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Quantas vezes você já olhou para todos os lados, analisou todos os problemas, refletiu sobre as possíveis soluções e, ainda assim, pensou em desistir? Desistir de tudo, desistir dos sonhos, desistir da vida, desistir da felicidade e tudo o mais que faz o seu sangue pulsar? Certamente muitas.

Acontece que somos testados, desafiados, confrontados a todo instante. Seja com situações inesperadas, outras um tanto previstas e até aquelas situações que parecem ser de outro planeta, mas que, ainda sim, surgem para analisar o nosso poder de insistência, a nossa força.

Viver não é uma tarefa fácil ou simples, porém é muito prazerosa. É cheia de encantos, de possibilidades e de grandes aventuras, e é justamente por isso mesmo que, quando nos deparamos com os momentos difíceis, tudo parece perder o sentido e a vontade de recuar surge querendo ganhar tamanho.

Em uma sociedade altamente conectada, ágil, cheia de afazeres e responsabilidades, é normal encarar os prognósticos do dia a dia como dilacerantes. Estão aí as contas para pagar, as questões de saúde, o comportamento dos filhos, os exemplos de violência, os conflitos internos e tantas outras coisas. Mas então vem o questionamento: quem não enfrenta esses dilemas hoje em dia? Todo mundo. Porém, a resolução está na maneira de encarar as situações e como dar a volta por cima.

Desistir, todo mundo vai querer, pelo menos uma vez na vida, mas o seu otimismo precisa ser mais forte e presente, e isso quem diz é a ciência. O nosso cérebro tem a capacidade de elaborar uma estratégia que faz com que nossos neurônios tendenciem ao otimismo, sobretudo para o futuro. Esse mecanismo se chama “viés otimista” e implica na propensão do cérebro humano em enxergar o amanhã como uma grande promessa.

Por isso é preciso compreender que o otimismo gera iniciativas e estas iniciativas farão com que a palavra desistir não ganhe força.

Durante protestos sobre temas diversos sociais, uma onda de “todos juntos” por um ideal toma conta de quem vai às ruas. Não foi diferente o que aconteceu, no final da tarde desta quinta-feira (15), no centro do Recife, durante o ato marcado em manifestação ao assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), que aconteceu na noite dessa quarta (14), no Rio de Janeiro. O protesto, que teve concentração na Câmara Municipal de Vereadores, saiu em caminhada até o Palácio do Campo das Princesas. Em um só tom, os que participaram do ato, em sua maioria jovem, clamavam por justiça e repetiam com insistência a frase “não vão nos calar”. 

No entanto, os militantes, manifestantes e até colegas de Marielle tiveram que durante a caminhada se deparar com o outro lado da história: a apatia. Se, de um lado, o momento era de dor e comoção onde muitos se abraçavam, do outro, não raro, foi visto pessoas que passavam reclamando a começar pelos motoristas que, impedidos de passar, de forma agressiva ressaltavam que travar o trânsito é algo “injusto”. 

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Mais a frente, enquanto caminhavam, muitos dos que passavam a pé também pareciam incomodados. Na hora em que os líderes pediram um minuto de silêncio, um cidadão que provavelmente voltava do trabalho gritou sem pensar: “Isso tudo aqui não resolve nada”. O outro chegou a dizer: "Palhaçada". Os manifestantes calados continuaram como que já conformados com esse tipo de tratamento. 

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No exato momento, uma das que discursaram na hora do silêncio, disse que existe luta enquanto há homens que “planejam” a morte dos que incomodam. “Todos querem o nosso silêncio, o silêncio da nossa liberdade, o silêncio do nosso corpo, mas não nascemos para a dor, não nascemos para o silêncio. O silêncio já não é mais um caminho. Não venha nessa de chamar uma mulher de vagabunda e engole esse assobio”, desabafou uma mulher que se definiu como uma “Marielle Presente”, em referência que todas representam a vereadora. 

No final do ato, que terminou em frente do Palácio do Campo das Princesas, foi mostrado uma outra face: o tumulto gerado pela “ausência” do Estado. Uma fileira de policiais e uma grade separou os manifestantes do palácio, o que gerou revolta por parte de alguns. “Cadê o governador que não vem falar com o povo”, indagou um dos presentes, apesar do horário avançado. “Para que esta grade?”, perguntou outro. Uma confusão iniciou quando alguns tentaram avançar derrubando as grades, mas a reação foi imediata: spray de pimenta contra o grupo. 

O simpático velhinho de roupa vermelha e barba branca que vemos nestes dias com destaque em centros comerciais de todo o mundo, tornou-se um ícone cultural da sociedade de consumo do terceiro milênio.

Apesar de ter se baseado em um bispo que viveu no século IV da nossa era, o sorridente personagem que encanta as crianças foi elaborado nos últimos 17 séculos com elementos de mitos de diversas regiões e países.

O personagem original foi um bispo da cidade de Mira, no antigo reino de Lícia - na atual Turquia - de nome Nicolau, célebre pela generosidade mostrada junto a crianças e pobres, mas que, mesmo assim, foi perseguido e preso pelo imperador Diocleciano.

Com a chegada de Constantino ao trono de Bizâncio, o bispo Nicolau foi libertado e pôde participar do Concílio de Niceia (325). Após a sua morte, foi canonizado pela Igreja Católica como São Nicolau. Surgiram, então, incontáveis histórias de milagres realizados pelo santo em benefício de pobres e desamparados.

Nos primeiros séculos após sua morte, São Nicolau tornou-se padroeiro da Rússia e Grécia, bem como de inúmeras sociedades beneficentes e das crianças, jovens solteiras, marinheiros, mercadores e prestamistas.

A partir do século VI, foram erguidas várias igrejas dedicadas ao santo, mas essa tendência foi interrompida com a Reforma, quando o culto a São Nicolau desapareceu da Europa protestante, com exceção da Holanda, onde era chamado de Sinterklaas.

Na Holanda, a lenda do Sinterklaas fundiu-se com antigas histórias nórdicas sobre um mago mítico que andava em um trenó puxado por renas, premiava com presentes as crianças boas e punia as que se comportavam mal.

No século XI, mercadores italianos que passavam por Mira roubaram relíquias de São Nicolau e as levaram para Bari, a partir do quê essa cidade italiana, onde o santo jamais pôs os pés, tornou-se um centro de devoção e peregrinação.

No século XVII, emigrantes holandeses levaram a tradição de Sinterklaas para os Estados Unidos, cujos habitantes adaptaram o nome para Santa Claus, mais fácil de ser pronunciado, e criaram uma nova lenda, consolidada no século XIX, sobre um velhinho alegre e bonachão que percorria o mundo em seu trenó no Natal, distribuindo presentes.

Enquanto nos Estados Unidos ele era conhecido como Santa Claus, do outro lado do Atlântico, no Reino Unido, chamava-se Father Christmas (Papai Noel). Com um nome ou outro, o certo é que o personagem baseado no bispo Nicolau tornou-se rapidamente o símbolo do Natal - estimulando as fantasias infantis - e, principalmente, um ícone do comércio de presentes de Natal, que envolve anualmente bilhões de dólares.

A tradição não demorou a cruzar novamente o Atlântico, dessa vez renovada, e se estender a vários países europeus, em alguns dos quais Santa Claus mudou de nome. Na França, o Father Christmas dos ingleses virou Père Noël, nome que os espanhóis e os portugueses traduziram para Papá Noel e Pai Noel - e a tradição se estendeu rapidamente à América Latina.

Dizem ainda que o visual moderno do Papai Noel (roupas vermelhas e gorro com barrete branco) teria sido uma invenção da Coca-Cola, que nos anos 30 promoveu uma campanha repaginando o Bom Velhinho com as cores oficiais de seu produto.

Todos ainda estão chocados com o acidente ocorrido neste domingo último em um bairro da zona norte do Recife. A irresponsabilidade de um bandido que estava usando como arma um carro terminou por destruir a vida de muitas famílias, a ação marginal deste cabala por nome de João Victor Ribeiro de Oliveira, de 25 anos, informou que era usuário de maconha e que tinha problemas com bebidas alcoólica, claro que isso é uma tática para se livrar de uma punição, aliás quem foi punido de maneira severa sem direito a nada foram as famílias vitimadas por esse bandido. O problema maior está na falta de punição para estes tipos de delitos no Brasil. O presidente da Comissão de Direito Viário da OAB/SP, Maurício Januzzi Santos, destacou que a pena prevista hoje para o motorista embriagado que provoca acidentes com morte é irrisória, com previsão de apenas dois a quatro anos de reclusão. Segundo ele, muitas vezes essa pena é trocada por serviços a comunidade, o que, na sua opinião, seria “um tapa na cara” na família da vítima de acidente de trânsito. O advogado também defendeu, como fizeram outros especialistas a instituição do crime doloso para os motoristas embriagados que provoquem acidentes, com pena de reclusão de 5 a 8 anos. O presidente da Associação Brasileira de Criminalística, Bruno Telles, apresentou uma análise dos sinistros de trânsito no DF em 2012, que mostra que em cerca de 75% das coalizões pelo um dos motoristas usou álcool e, em 12%, houve uso de drogas ilícitas. “Consideramos fundamental a previsão na legislação que o pessoal que faz a fiscalização possa aplicar exame para outras drogas também”, disse. Ele também defendeu o teste de bafômetro para todo motorista envolvido em coalizão, independentemente se é culpado ou vítima; e aumentar a pena para motoristas que transitam sob o efeito de drogas. Para um criminoso desses 30 anos é pouco para ficar preso, me desculpem a força das palavras mas  o melhor seria a pena de morte.
 
Os bandidos da Brasília querem mesmo acabar com a lava Jato
Pasmem os queridos leitores, o  senador Renan Calheiros (PMDB-AL) não tem dúvida de que a Operação Lava Jato, em sua avaliação, tem cunho político partidário, um dos maiores marginais da política brasileira disse isso  ao avaliar a declaração de procuradores da República, como Deltan Dallagnol, de que em 2018, ano de eleição presidencial, se dará a "batalha final". 
Querem mesmo abafar tudo
 
"A declaração de que "a batalha final será em 2018", confirma que muitas investigações são políticas, sem provas, com delações encomendadas e objetivos pré-determinados. Daí os arquivamentos",  acreditem mas quem disse isso acima entre aspas foi o homem de bem, político correto e homem sério  Renan Calheiros. O nobre  senador publicou o texto  em seu perfil no Twitter. Então estamos mesmo perdidos com esse tipo de gente mandando no Brasil.
Os motivos da revolta de Renan
Os procuradores  federais disseram em carta nesta segunda-feira que que o futuro da operação depende da composição do próximo Congresso Nacional e exortaram a população a fazer boas escolhas, de preferência, candidatos ficha limpa, sem histórico de corrupção e que pretendem se eleger para apoiar a Lava Jato.
PSDB  se arrumando
 
Finalmente após jantar com Marconi Perillo e Tasso Jereissati, o governador Geraldo Alckmin disse que aceita mesmo  presidir o PSDB para fortalecer a legenda que está jogada nas mãos de Aécio e companhia.
A fala

Se o meu nome puder unir o partido, fortalecer o partido, como vigoroso instrumento de mudança para o Brasil, é nosso dever", afirmou o governador de São Paulo já de olho na presidência do Brasil no ano que vem.
Reunião
O PSDB  ainda tem marcada convenção no dia 9 para eleger sua nova Executiva.  Marcone Perillo, governador de Goiás, e Tasso Jereissati , senador pelo Ceará, retiraram suas candidaturas a presidente do partido em acordo com Alckmin.
 
O escolhido
Geraldo Alkmin é mesmo o favorito entre tucanos para disputar o Planalto, o governador paulista evitou comentar como se comportará, caso assuma o PSDB, em relação ao PMDB e ao governo Michel Temer. Enquanto isso o senador projeto de mafioso Aécio Neves continua calado e chupando dedo.
 
De olho na cadeira de Temer
O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa conversou por mais de uma vez com o presidente do PSB, Carlos Siqueira. Barbosa se filiará ao partido apenas para concorrer à Presidência.
 
Criticas a Aécio Neves
 
O ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que a decisão da Suprema Corte de dar ao Senado o aval para decidir sobre a prisão e as medidas cautelares impostas ao senador Aécio Neves (PSDB-MG) vai entrar para a "antologia de erros" do STF. Mais um ministro assumindo a porcaria feita pelo STF.
 

No dia 20 de novembro de 1695 morria Zumbi, o último dos líderes do maior quilombo do período colonial brasileiro, o Quilombo dos Palmares. Zumbi foi vítima de uma emboscada armada por um companheiro, em combate, enquanto defendia sua comunidade. O líder dos Palmares teve a cabeça cortada e exposta em praça pública, na cidade de Recife, para servir de exemplo a outros escravos.

O Dia da Consciência Negra foi estabelecido pelo projeto de lei número 10.639, de 2003. Foi escolhida a data da morte de Zumbi dos Palmares para representar o dia. A ocasião é dedicada à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. Para celebrar a data, a Universidade da Amazônia (Unama), a partir do Núcleo de Responsabilidade Social, promoveu durante a semana vários debates e discussões sobre o tema.

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Na tarde de terça-feira, dia 21, uma mesa-redonda discutiu a visibilidade negra na atualidade, no auditório David Mufarrej, localizado na unidade Alcindo Cacela da Unama. No evento foi exibido o curta-metragem “Pretas”, grande vencedor do Festival Osga de Vídeos Universitários 2016, premiado em seis categorias, incluindo a de melhor filme.

A atriz, roteirista e estudante de Comunicação Social Joyce Cursino participou da mesa-redonda. Ela afirmou que é muito importante levar esse debate para a universidade e discutir como os estudantes negros conseguiram chegar nesse espaço e a partir de que medidas eles conseguem exercer sua cidadania. “Quando a gente fala de consciência negra, estamos falando de uma luta diária para exercer a cidadania, e de direitos que foram historicamente tomados de nós. A todo o momento vemos uma sociedade patriarcal e racista tentando restringir esses direitos”, disse.

Rodrigo Souza, jornalista do Portal Cultura e estudante de letras – Língua Brasileira de Sinais pela Universidade do Estado do Pará (Uepa), participou da mesa de debates. O jornalista disse que a universidade é um espaço para se discutir temas não discutidos na escola. Ele também relatou que se reconheceu como negro dentro da universidade. “A universidade tem esse papel social de levar conhecimento. É fundamental que a universidade promova debates, principalmente sobre a questão racial”, afirmou Rodrigo.

Durante o evento, um grupo de estudantes surdos assistia ao debate. Enquanto a intérprete de Libras (Língua Brasileira de Sinais) não chegava ao auditório, Rodrigo desceu do palco e traduziu para Libras as falas dos convidados. O jornalista contou que produz conteúdos acessíveis a pessoas surdas, com janelas de Libras e legenda. “É muito importante levar informação pra essas pessoas. É preciso olhar para o surdo e o enxergar como consumidor de informação. Porém, esse consumo só é possível através da acessibilidade”, finalizou.

Outros debates e discussões ocorreram durante a semana. Ainda no dia 21, foi promovida a mesa-redonda “Conexões entre a África e o Pará – Do tráfico às comunidades remanescentes de quilombo”, com participação do mestre em História Social Benedito Carlos Costa Barbosa, além de uma palestra sobre “Redes coloniais do comércio de escravos na Amazônia pós-companhia de comércio do Grão Pará e Maranhão (1778-1815)”, com participação de Diego Pereira Santos, também Mestre em História Social.

Por João Paulo Jussara.

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A youtuber Nikki Perkins e o fotógrafo Jamie Perkins poderiam passar como um casal normal, caso não usassem as suas redes sociais para combater o racismo. Ela é negra e ele branco, e, como várias pessoas em relações interraciais, eles sofrem comentários racistas na internet.

Ao falar um pouco sobre a sua história, o casal conta que tiveram que lutar pelo direito de serem respeitados. “E nós ainda, infelizmente, lutamos contra o racismo e a negatividade devido ao nosso amor”, dizem em uma das postagens.

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Jamie também expôs que uma das maiores razões pela qual decidiram produzir vídeos para o Youtube foi para compartilhar a diversidade da família. “Foi para mostrar ao mundo como os casais interrraciais são, porque sentimos que estamos tão mal representados nos meios de comunicação social”, desabafou.

E uma das formas de combate ao preconceito mais usadas pelos dois são as declarações de amor nas postagens. “Tão incrivelmente orgulhoso desse homem. Eu tenho o melhor marido do mundo, ele tem um espírito tão amável”, se declarou.

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Jamie também retribui em seu Instagram. Ao homenagear Nikki pelo seu aniversário, ele escreveu: “Nós estivemos em tantas aventuras. Eu sou tão abençoado por ter uma incrível esposa e melhor amiga”, escreveu.

Os brasileiros que fazem uso do Benefício de Prestação Continuada (BPC), que consiste na renda de um salário-mínimo mensal para idosos acima de 65 anos ou deficientes que não se mantem ou não são mantidos pelos familiares, devem se inscrever no Cadastro Único até o dia 31 de dezembro deste ano. Após a data, as pessoas que não estiverem cadastradas perderão o direito de receber o benefício.

Para se cadastrar, o responsável familiar deve ter mais de 16 anos. Não é preciso que ele seja beneficiário direto do BPC, basta morar na mesma casa em que vive o beneficiário e dividir as responsabilidades com despesas e renda.

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O responsável deve procurar um dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) mais próximo, de preferência, no mês de aniversário do beneficiário. Caso a data do aniversário já tenha passado, a família deve fazer o cadastro o mais rápido possível.

A inscrição no Cadastro Único também permite que o beneficiário tenha acesso a outros programas sociais, como a Tarifa Social de Energia Elétrica e a Carteira do Idoso, entre outros.

Famílias de beneficiários do BPC já inscritas no Cadastro Único devem atualizar dados sempre que houver modificações, como mudança de endereço, alteração na composição familiar, ou, ainda, no prazo máximo de até dois anos. A desatualização do cadastro poderá levar à suspensão do benefício. 

Apesar das críticas que permeiam a sociedade com relação às famílias nas quais pais políticos influenciam os seus filhos a também seguirem a mesma caminhada, a maioria que segue essa carreira pública garante que apesar de confessar que existe uma facilidade para entrar no meio quando se tem alguém na família, apenas conseguem se consolidar os que possuem competência. Em entrevista ao LeiaJá, o deputado estadual Silvio Costa Filho (PRB) é um dos que defendem que são coisas distintas. 

Ele, que é filho do deputado federal Silvio Costa (PTdoB), contou que se formou em Pedagogia e, desde cedo, trabalhou na área educacional, mas que de tanto acompanhar o pai “nas caminhadas políticas” começou a tomar gosto e disse que “se apaixonou” pela vida pública quando se tornou presidente do Diretório Acadêmico da sua universidade. “Procurei ele para conversar dizendo meu interesse em disputar uma eleição. Ele naturalmente fez uma reflexão comigo para saber se de fato era isso que eu queria para a minha vida. Na hora que eu disse que sim, ele me deu todo o apoio e todo o incentivo para que disputássemos a campanha para vereador em 2004”. 

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O deputado estadual disse que é preciso desmistificar a carreira política. “Meu pai foi um espelho porque admirava a garra que ele sempre teve na política e a coragem de enfrentar os desafios e sua seriedade, mas Dr. Arraes [ex-governador de Pernambuco] dizia que não existe herança na democracia. Para disputar uma eleição você tem que ir para o voto e, graças a Deus, estou no meu terceiro mandato. Cada um tem trabalhado no seu estilho e acho que cada um está conseguindo ter a sua performance eleitoral, cada um com o seu perfil”, frisou. 

O vereador do Recife Eriberto Rafael (PTC), filho do deputado Eriberto Medeiros (PTC), tem a mesma linha de raciocínio de Silvio Costa Filho. “Existe sempre esse preconceito. Eu acho que a ligação familiar, pai, tio, avô, faz com que você tenha um vislumbre, que você seja mordido por essa mosca, quando você vê já está dentro dele e você não consegue mais sair. No entanto, a família pode até levar para o caminho da política, mas você só consegue trilhar uma carreira vitoriosa com a sua marca pessoal”, disse. 

O parlamanetar recifense conta que desde que o pai iniciou sua primeira disputa, em 1996, quando tinha sete anos e já o acompanhava. Ao longo dos anos, começou a participar ativamente. “Mas, eu sempre tive a vontade muito grande de me formar primeiro. Terminei faculdade de Biomedicina e o mestrado, mas sempre com aquela influência presente. As pessoas falavam bem do meu pai e via esse exemplo positivo que ele dava, a gente vai se contagiando. A política é uma coisa que é muito dinâmica, uma coisa que você se contagia tendo um exemplo bom e positivo. Ele é um exemplo vitorioso, que sempre prezou pela verdade e que ajudou a construir o meu caráter”, assegurou. 

Os exemplos de filhos que se inspiraram nos seus pais são muitos. Outro caso é o do chefe do gabinete do governador Paulo Câmara (PSB), João Campos, filho do ex-governador Eduardo Campos, que faleceu em tragédia aérea em 2014. De lá para cá, é notório que ele vem construindo uma trajetória em busca de alçar voos maiores na disputa eleitoral de 2018, embora não fale sobre o assunto. 

O herdeiro político do líder socialista vira e mexe toca no nome do pai em eventos e entrevistas. No mês passado, por exemplo, em entrevista ao LeiaJá, pediu que o trabalho iniciado por Eduardo continuasse em Pernambuco. Também disse que ele e aliados podem, juntos, dar continuidade a esse trabalho. “Eles [Eduardo e Miguel Arraes] sempre lutaram para que as desigualdades sociais fossem diminuídas”, disse. 

Em outra conversa, o chefe de gabinete falou que a falta do seu genitor era grande. “Ele era uma pessoa presente, mas a união da nossa família e o amor que temos nos faz superar isso”. Nesta semana, em uma publicação no Instagram, João Campos fez uma homenagem com uma foto no qual aparece pequeno ao lado de Eduardo. “É sobre sentir saudade. Te amo mais do que tudo”. 

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A deputada estadual Priscila Krause (DEM) é mais uma que não nega a influência do seu pai, o ex-governador de Pernambuco Gustavo Krause para ingressar na política. “Ele foi minha maior referência. Não tenho a menor dúvida da influência que o meu pai teve na minha vida inteira, em todas as minhas escolhas. Quando decidi ingressar na política, ele pediu para que eu fizesse uma reflexão sobre o caminho da política e minha vocação. Ele teve essa preocupação como pai, mas quando eu disse que o que realmente era seguir a vida pública, a partir daí ele pediu para me preparar e exigir de mim uma postura muito profissional e madura. Ele respeitou a minha escolha. É uma pessoa única e sua sempre esteve nos momentos mais cruciais”, contou. 

Krause também acredita que exista um preconceito ou pré-conceito sobre essa relação de pais e filhos na mesma carreira quando se trata de políticos. “Por conta disso tudo que estamos passando e que não é de agora, apesar de estarmos no pior momento. Veja que tem filho de médico que é médico, o filho de engenheiro que é engenheiro, jornalistas que é filho de jornalistas e muitas vezes você vê até como um motivo da sociedade achar algo muito bom seguir a tradição do pai. Mas, por conta desse pré-conceito que existe em relação à política, que é uma crescente, existem essas críticas”, lamentou. 

“Eu fico me perguntando como é que alguém que não tem vocação se mantém na política. Te garanto que não aguenta não. A gente vê o lado do glamour ou o lado podre, mas na verdade existe um lado de muita renúncia, de muito sacrifício, talvez fique mais evidente quando tem mulheres fazendo parte da política porque ainda existe uma cobrança maior da mulher em seu papel doméstico, mas homem também tem muita renúncia”, disse. 

Sobre esse contexto, no entanto, a parlamentar disse que é preciso prestar atenção no risco de formação de oligarquias. “É algo real. Então, você tem de fato posturas oligárquicas em qual a questão hereditária está muito forte, mas ela não é exclusiva. Voce poder ter oligarquias que não são da mesma família, mas que fazem parte de uma oligarquia, então isso tem que olhar mesmo prestando mais atenção e, de fato, perceber quem tem e quem não tem vocação”, destacou. 

O servidor público que acredita na tese de que terá estabilidade durante toda a vida, após passar em um concurso público, deve ficar atento ao projeto de lei da senadora Maria do Carmo (DEM). Pela proposta, caso aprovada, o funcionário pode perder o cargo após ser avaliado quatro vezes consecutivas com notas abaixo de 30 em uma pontuação que vai até 100. 

A parlamentar diz que o objetivo não é "punir os servidores", mas fiscalizar o serviço que é prestado à sociedade. "Protegendo a sociedade dos maus funcionários, que se aproveitam da estabilidade para prestar um mau serviço", justificou. 

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O relator do projeto, o senador gaúcho Lasier Martins (PSD), contou que na próxima terça-feira (15) será realizada uma audiência pública e, posteriormente, mais uma. Logo após os dois encontros, apresentará o seu relatório. Ele contou que a avaliação será feita por meio de uma comissão formada por três pessoas: o chefe imediato do servidos, um colega de trabalho a ser sorteado e um representante do setor de Recursos Humanos, o que ele acredita que impedirá de acontecer uma "retaliação". 

Para Lasier, não há o que temer porque se um servidor não conseguir atinir a nota mínima, ele não merece credibilidade. "Ter passado em um concurso já é um sinal de qualidade (...) se não conseguir galgar a nota [mínima], ora, isso é impossível e eu acho que um funcionário nessas condições não merece a credibilidade e a remuneração do dinheiro do contribuinte". 

Questionado se os que obtiverem uma nota acima da média teria alguma vantagem, ele disse que não. "Ele está fazendo a obrigação. Será um funcionário respeitado e admirado", destacou. 

Martins é autor de um projeto que acaba com o sigilo no BNDES de forma a garantir mais "transparência" e reduzir a corrupção."É a finalidade: dar transparência porque é dinheiro público e dinheiro do tesouro nacional, que foi gasto, esbanjado, em uma orgia inadmissível com obras no exterior", disse. 

Promover o bem é um dos principais objetivos da Legião da Boa Vontade (LBV). Com o intuito de ajudar, desde crianças até pessoas da terceira idade, muitos serviços são oferecidos de forma gratuita e voluntária pelos membros da organização. 

No Recife, a sede da instituição fica localizada nos Coelhos e atende aos demais bairros da região, como as comunidades do Coque e Joana Bezerra. Diariamente, cerca de 500 famílias são beneficiadas com atendimentos promovidos pelos projetos sociais da LBV. 

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A equipe da TV LeiaJá marcou presença na celebração da data e você confere os detalhes no vídeo a seguir:

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Dos dias 25 a 28 de maio e 1º a 4 de junho o espetáculo ‘Grito’ se apresenta no Teatro Hermilo Borba Filho trazendo uma discussão sobre o lugar da mulher na sociedade contemporânea. A montagem questiona os limites que engessam o comportamento social do sexo feminino.

‘Grito’ é resultado de uma pesquisa começada há alguns anos e que ouviu mulheres de diferentes idades, classes sociais e bairros do Recife, feita pelo Coletivo Soma. A pesquisa 'Ver-ter: Um olhar sobre os sentimentos periféricos', incentivada também pelo Funcultura, reuniu relatos sobre violência sexual, agressões diárias e nas diversas vivências das recifenses. 

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Todas essas histórias foram transformadas em coreografia e agora constituem no primeiro espetáculo do Coletivo Soma, formado pelas bailarinas Anne Costa, Marta Guimarães e pela fotógrafa Dani Neves, com direção da atriz e bailarina Lilli Rocha.

Os ingressos antecipados já podem ser adquiridos pela internet e estarão à venda no local, nos dias das apresentações.

Serviço

Espetáculo 'Grito'

25, 26, 27 e 28 de maio e 1, 2, 3 e 4 de junho| 20h de quinta a sábado e 19h no domingo

Teatro Hermilo Borba Filho (Avenida Cais do Apolo, s/n, Recife Antigo)

R$ 10 (meia) e R$ 20 (inteira)

Informações: 3355-3320

A Universidade da Amazônia (Unama) realizou nos dias 15 e 16 de maio o primeiro Fórum de Inclusão, no campus Alcindo Cacela. O evento “Ser Inclusivo: Tornando direitos em práticas cotidianas” foi promovido pelo Núcleo de Atendimento ao Educando Especial (NAEE) e contou com uma programação voltada para minicursos em sala de aula sobre a iniciação em Libras, especificidades das deficiências, elaboração de materiais adaptáveis para pessoas especiais, acessibilidade e outros temas.

O objetivo do fórum foi discutir a diversidade social e os direitos fundamentais voltados para a igualdade e coparticipação de toda a sociedade. Durante o evento, a vice-reitora da Unama, Betânia Fidalgo, entregou o prêmio de melhor aluna para Karlena Magno, estudante de Arquitetura e Urbanismo. A estudante, que foi homenageada, é deficiente auditiva e faz acompanhamento através do NAEE da instituição.

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Para a acadêmica do 7° semestre de Pedagogia Mayara Sena, que participou de um minicurso sobre Atendimento Educacional Especializado (AEE), é muito importante garantir os direitos dos alunos que possuem algum tipo de deficiência. “Essa questão da integração desses alunos com deficiência na sociedade e saber assegurar que eles têm direitos que devem ser cumpridos e estou muito satisfeita de estar em uma universidade que promove um evento tão especial como este”, contou.

O Atendimento Educacional Especializado (AEE) é um serviço da educação especial que identifica, elabora e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem qualquer barreira de inclusão, tornando plena a participação de todos os alunos, considerando suas necessidades específicas.

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Para os entrevistados pelo Instituto de Pesquisa Uninassau, a maioria da população e dos políticos são corruptos. O balanço divulgado, neste domingo (25), foi encomendado pelo Portal LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio.  

De acordo com os dados do Instituto Uninassau, 97,6% declaram que concordam com a afirmação “os políticos em sua maioria são corruptos”. Apenas 1,4% discordam e 1% não soube ou não quis responder. 94,1% dos entrevistados também acredita que “parte da sociedade brasileira é corrupta”, 4,8% discordaram e 1,1% não souberam ou não quiseram responder. 

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A confiança nas instituições brasileiras também é pequena. O Instituto Uninassau perguntou qual era o órgão em que mais se confiava. A maioria disse que nenhuma (45,9%) e 16,3% não souberam ou não quiseram responder totalizando 62,2%. 

A Polícia Federal (PF) é a mais bem vista com 14% seguido pelas igrejas e instituições religiosas (8,5%), exército e Forças Armadas (4,7%), Corpo de Bombeiros (4,2%), Ministério Público (1,8%) e outras (4,7%). Para o coordenador do Instituto de Pesquisa Uninassau, Adriano Oliveira, a PF é a mais aceita porque a população associa o órgão à Operação Lava Jato. 

Se preferem a democracia ou a Ditadura Militar, 84,2% afirmaram que preferem a primeira opção enquanto 8.5% escolheram a ditadura. 7,2% não souberam ou não quiseram responder. 

Foram entrevistadas 624 pessoas no período de 13 a 14 de dezembro de 2016. O nível estimado é de 95% de confiança e uma margem de erro estimada em 4 pontos percentuais para mais ou para menos.

 

 

Em mais um capítulo criminoso que está impondo medo na população pernambucana, a cidade de Gameleira, na Mata Sul de Pernambuco, foi alvo de criminosos, nesta quarta-feira (2). Violência que levou a Polícia Civil a convocar uma coletiva de imprensa para tentar acalmar a sociedade, por meio do detalhamento de ações policiais integradas que prometem combater investidas contra agências bancárias. Segundo as autoridades, os grupos criminosos são muito bem articulados e fazem investidas utilizando armas de guerra. 

“A sociedade está precisando de uma resposta emergencial. Eles não estão mais atacando só agências bancárias. Estão começando a atacar comércio, farmácias, supermercados. A sociedade está ficando refém. Não posso falar que eles estão mais bem armados que a Polícia, mas realmente são armas de guerra. Usam calibre 762, mesmo que o exército brasileiro utiliza. Você colhe também capsula do calibre 556, mesmo que o exército americano usa em seus fuzis”, declarou o chefe de polícia Antônio Barros.

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Barros garante que a Polícia Civil de Pernambuco está preparada para enfrentar as equipes criminosas. “A Polícia também tem seu armamento de guerra através das suas unidades táticas, como o Core. Vamos enfrentar com o que há de melhor”, prometeu, reforçando que serão realizadas investigações interligadas para combater os criminosos. 

Neste mês de novembro, novas equipes direcionadas para prevenção, repressão e investigações de roubos e furtos entram em ação. Quatro grupos, contando com agentes e delegados, atuarão no interior do Estado, principalmente com foco no Agreste e Sertão de Pernambuco. 

A Faculdade Joaquim Nabuco, unidade de Paulista, sediará na próxima segunda-feira (29), a palestra “O Desafio do Educador no Século XXI: a inclusão em foco”. O evento é gratuito e será realizado das 19h às 21h, no Bloco C da unidade, situado na Rodovia PE-15, ao lado do Shopping North Way. 

Para participarem, é necessário que os interessados façam uma inscrição prévia que pode ser acessada pela internet. Estão sendo disponibilizadas 240 vagas. Além de dialogar com a comunidade acadêmica sobre os obstáculos encontrados pelo educador frente à educação inclusiva na atualidade, a atividade também tem o objetivo de promover uma discussão sobre a educação inclusiva, debater as dificuldades de aprendizagem e discutir a importância da formação continuada do educador, para atender às novas necessidades dessa educação. Apesar do foco ser para os professores que já atuam na docência, o evento é aberto ao público.

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A palestra será ministrada pela professora da Nabuco Paulista, Lauricéia Tomaz, graduada em Pedagogia pela UFPE, com especialização em Educação Especial e mestrado em Educação na Linha de Estudos Culturais pela UFPB. Quem também conduzirá o encontro é a coordenadora do curso de pedagogia da Joaquim Nabuco, Simone Silva.

Serviço

“O Desafio do Educador no Século XXI: a inclusão em foco”

Faculdade Joaquim Nabuco Paulista, Bloco C - Rodovia PE-15, ao lado do Shopping North Way

segunda-feira (29), das 19h às 21h

Entrada gratuita

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A produção e a troca do conhecimento são alguns dos pilares do ensino superior. Mas a universidade também deve seguir o rumo da função social, em que a partir dos ensinamentos em sala de aula e da prática da graduação, a sociedade recebe contribuições graças ao trabalho conjunto de alunos e professores. É nesse contexto que os projetos de extensão mostram seu valor e nos fazem refletir sobre o verdadeiro papel das instituições de ensino.

O novo especial produzido pelo Portal LeiaJá, “Universidade para o povo”, destrincha os benefícios para a sociedade dos projetos de extensão realizados em universidades públicas e privadas. Neles, além do desejo dos universitários de alcançar espaço no mercado de trabalho, a busca pelo bem estar social também está na pauta universitária. Estudantes e docentes saem dos muros das salas de aula e se lançam entre o povo para minimizar problemas sociais, bem como a população retribui enriquecendo de maneira prática a formação acadêmica dos discentes. Clique nos links a seguir e confira as reportagens:

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“Projetos de extensão: ensino superior aliado ao benefício social” faz um ‘raio-x’ da essência e das características das atividades extensionistas desenvolvidas nas universidades, tanto públicas, quanto privadas. Existem regras e objetivos para que os trabalhos ocorram com a participação de estudantes e professores.

Na reportagem “Palhaçoterapia em busca da humanização de futuros médicos”, estudantes de medicina saem das salas de aula e ganham os corredores e alas dos hospitais, compartilhando alegria e humanizando o tratamento dos pacientes. Pesquisas apontam que o método é eficaz nas busca pela cura das doenças.

Quebrando barreiras e preconceitos, universitários de direito usam o conhecimento adquirido para lutar pelos direitos das pessoas privadas de liberdade. Na matéria "A universidade chegou ao sistema carcerário", conheça o projeto “Além das grades”.

O ensino básico brasileiro ainda sofre com baixo desempenho. Despertar o desejo pelos estudos entre as crianças é um passo importante para mudar essa situação. Veja como isso é possível na reportagem “Educação para crianças carentes dentro da universidade”.

Por muito tempo, pessoas diagnosticadas com hanseníase viveram isoladas compulsoriamente do restante da sociedade. Um projeto de extensão desenvolvido em Pernambuco luta pelos direitos dos ex-pacientes segregados nos leprosários. Saiba mais na matéria “União pelas vítimas de hanseníase”

Nem sempre o sistema público de saúde disponibiliza tratamento adequado para o povo. Por isso, a própria universidade pode ser um refúgio em prol de quem precisa de cuidados. No Recife, uma atividade de extensão exemplifica a função social da graduação: “Quando a prática vai além da formação”.

Ter o controle da própria situação financeira é fundamental para cada cidadão, principalmente em um período de crise econômica. Por meio da universidade, muita gente ganha consultorias contábeis sem precisar botar a mão no bolso. Confira: “Gratuita e útil: prática contábil para auxiliar a população”.

O próprio ensino superior pode traçar o caminho de quem sonha chegar à graduação. Todos os anos, milhões de candidatos dedicam suas vidas aos livros em busca de um lugar na formação dos seus sonhos. Na reportagem “O caminho até a universidade”, veja como um projeto gratuito alimenta os objetivos de estudantes carentes.

As reportagens são de Nathan Santos e Camilla de Assis, com edição de Thiago Graf. Os registros fotográficos e vídeos são de Líbia Florentino, Paulo Uchôa e Chico Peixoto. As edições de vídeo são de Bruno Araújo, Jr Oliveira, Paulo Guimarães e Caio César; enquanto as artes informativas ficam por conta de Raphael Sagatio.

        

Tímida e com um estreito sorriso no rosto, Késsia dos Santos Silva, de 20 anos, chega a uma pequena sala situada nas dependências da Colônia Penal Feminina do Recife, conhecida como “Bom Pastor”. Há quatro meses, a jovem cumpre pena por tráfico de drogas e sonha em sair do presídio, descrito por ela como um local “muito ruim”. No espaço reservado para atender detentas que precisam de auxílio jurídico, Késsia é recebida por estudantes e profissionais de direito e, prontamente, é inserida em um bate papo bem humorado. De repente, toda a timidez inicial vai dando lugar a um sorriso mais largo, deixando a jovem cada vez mais descontraída e com esperança de que, enfim, a liberdade vire novamente realidade em sua vida.

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A conversa com os universitários e profissionais durou o suficiente para, minutos depois do início, as lágrimas ganharem o rosto de Késsia. Um choro de felicidade começou logo após a notícia de que a jovem poderia cumprir pena domiciliar, conforme decisão judicial. Grávida de nove meses, Késsia estampou no semblante a felicidade e, ao mesmo tempo, o alívio em saber que deixará de viver atrás das grades para voltar aos braços da família. Moradora de Jardim São Paulo, bairro da Zona Oeste do Recife, ela viverá novamente ao lado do pai e de um filho de cinco anos, bem como poderá esperar com mais tranquilidade o nascimento do seu novo bebê.

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A história de Késsia é mais uma entre dezenas que são vivenciadas pelo projeto de extensão “Além das grades”, composto por alunos da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e profissionais formados em direito. Ao todo, cerca de 40 pessoas deixam seus compromissos profissionais e mergulham semanalmente no universo carcerário do Estado. Oficializada em abril de 2015, a iniciativa tem como objetivo levar assistência jurídica para a população que vive nos presídios estaduais, tendo as mulheres como público alvo inicial. No caso de Késsia, o grupo identificou a possibilidade de a Justiça conceder prisão domiciliar para detentas mães de filhos com até 12 anos de idade. Porém, o Além das grades atua também em outros diversos casos e se preocupa em acompanhar o dia a dia das pessoas beneficiadas, mesmo após o alvará de soltura.

Para a professora-coordenadora do projeto de extensão, Cristiniana Cavalcanti, é gratificante lembrar que, antes de qualquer oficialização acadêmica por parte da UFPE, o Além das grades nasceu de uma ideia dos próprios alunos. A docente ainda entende que o trabalho realizado possibilita aos estudantes a chance de compreender o presidiário não apenas como um criminoso, mas também como uma pessoa que tem direitos a serem respeitados ou que estão na cadeia sem o mínimo de culpa. “É um projeto importante porque se trata de uma resposta da própria academia no sentido de mostrar uma contrapartida que a universidade pode dar de maneira mais efetiva para a sociedade, tanto academicamente, como fora da academia, e para as pessoas que estão no sistema carcerário. Os detentos começam a incorporar a noção que também são sujeitos que merecem ter direitos integralmente respeitados”, detalha.

Enfrentar os dilemas carcerários e ainda buscar o respeito aos direitos dos detentos perante a Justiça, no entanto, também é uma tarefa cercada de embates, geralmente oriundos do preconceito. De acordo com os estudantes, muitos deles são alvos de críticas tanto de colegas da faculdade, como também de familiares. São taxados de defensores de bandidos ou aconselhados para largar as problemáticas dos presídios brasileiros e apenas se dedicar a outros casos. Porém, a professora Cristiniana, diante das críticas, tem uma ideia que vai justamente de encontro às reclamações de quem não conhece o projeto de perto.

“O Além das grades é uma quebra de paradigma, porque a gente volta os olhares a essa população encarcerada e não apenas como uma análise do Direito Penal em si. Quando a gente chega à realidade do sistema prisional, identificamos que há uma necessidade de observância de situações que não são atendidas da forma como a gente imagina quando estamos no plano teórico. É um olhar voltado para a justiça social”, explana a docente.

Mas não existem críticas ou preconceito que impedem a atuação dos estudantes. Para os universitários do projeto, o motivo da prisão de um detento é, de fato, um crime passível de punição, mas, a partir do momento que ele começa a pagar pelo que fez dentro das unidades prisionais, existe a possibilidade, mesmo que mínima, dele voltar para sociedade e começar uma nova vida. Os participantes do Além das grades também têm uma preocupação com o estudante que sairá da instituição de ensino. É o que explicam no vídeo a seguir Alana Barros da Silva, de 24 anos, do oitavo período do curso de direito, e Murilo Correia, que completa o último período aos 23 anos de idade:

Além das grades e dos muros da faculdade

É no contato com os presidiários que os estudantes e profissionais do projeto de extensão vivenciam de perto a realidade do sistema carcerário. Celas lotadas, violência, injustiças e outras inúmeras violações fazem parte de um contexto que pouco contribui para o processo de ressocialização dos detentos. O fato é que o Além das grades não surgiu para resolver todos os problemas dos presídios, mas entrou em atuação para, no mínimo, alertar a sociedade e a Justiça que o sistema é falho. Academicamente falando, todos os participantes concordam que a experiência é enriquecedora e contribui em larga escala para a formação dos universitários.

“A universidade, além do ensino e da pesquisa, também tem a extensão como uma função social. Saímos dos muros das universidades e chegamos ao seio da sociedade através do projeto. Nós constatamos o grande problema que existe dentro do sistema carcerário do Brasil. É dentro dos presídios onde existem graves violações dos Direitos Humanos, que são assegurados pela Constituição Federal. A atuação do nosso grupo identifica diversas irregularidades, desde a superlotação até problemas com a alimentação. Quando a gente faz um atendimento e presenciamos a alegria de uma detenta pela causa alcançada, nos sentimos felizes e com a sensação de dever cumprido”, declara um dos integrantes do Além das grades, Tiago Pereira, de 30 anos, aluno do 10º período da graduação. 

Importante para quem ainda está em sala de aula, a iniciativa também é valorizada por quem já entrou no mercado de trabalho. É o caso de Daniel Cezar de Lima, formado em direito em 2011, e que teve a oportunidade vivenciar o Além das grades desde o início do trabalho. Mesmo tendo concluído a graduação, o profissional reserva espaços na sua agenda de compromissos para atuar no projeto, tanto no atendimento dentro dos presídios, como nos órgãos judiciários responsáveis pelos casos das presidiárias. E além de participar intensamente, ele ainda fez um convite para uma colega de trabalho, que prontamente aceitou. Manuela Muller é outra integrante do projeto que não deixa de contribuir com o que aprendeu na universidade. No vídeo a seguir, o estudante Tiago e os profissionais Daniel e Manuela descrevem com mais detalhes a prática do Além das grades: 

Entre as reeducandas beneficiadas, o sentimento é de agradecimento. Elas enxergam nos “meninos do projeto” os responsáveis pelos poucos momentos em que são tratadas com respeito e que podem vislumbrar um futuro bem longe da cadeia. Muitas delas não reúnem condições financeiras para contratar advogados particulares e, às vezes, encontram barreiras para chegar aos defensores públicos. Por toda a ajuda do Além das grades, o projeto também é visto como um “socorro” para aquelas não têm dinheiro em prol do custeamento de advogados particulares.

No ano passado, o “Além das grades” realizou cerca de 130 atendimentos. As visitas à Colônia Penal Feminina do Recife ocorrem todas as terças e quintas-feiras, geralmente no horário da manhã. O grupo também almeja iniciar atividades nos presídios masculinos, mas tudo dependerá de autorização do Governo do Estado. Interessados no projeto podem entrar em contato pelo telefone (81) 9-8752-7401. Confira uma galeria de imagens do Além das grades:

 

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O cultivo de uma saudável vida escolar é fruto do plantio de uma boa base educacional. Entretanto, segundo a Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA), promovida pelo Ministério da Educação (MEC), 15% da população que ingressa em instituições de ensino tem problemas de aprendizado e necessita de um reforço na educação. A psicóloga Maria Helena de Souza Patto, especialista em psicologia escolar, por exemplo, explica que existe uma grande dificuldade de aprendizagem para crianças em situação de vulnerabilidade social e econômica. Tais crianças que estão ingressas nessas condições não têm respaldos materiais que as auxiliem no crescimento educacional. 

No artigo “A família pode e a escola pública: anotações sobre um desencontro”, Maria Helena explica que “no mundo da ‘carreira aberta ao talento’, venceriam os ‘mais aptos’, afirma o darwinismo: nessa linha de raciocínio, diferenças individuais ou grupais de capacidade estariam por trás das diferenças sociais”.

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De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Paulo Montenegro (IPM), apenas 8% das pessoas com idade propícia ao trabalho têm plenas condições de compreender e se expressar. Outro levantamento, feito em 2015, revela que 56,2% das crianças de oito anos, que estão no ensino fundamental público, não entendem o que leem. Já 26,2% não aprenderam a escrever de forma satisfatória, bem como 55% comentem erros de ortografia e concordância.

Pensando neste panorama, desde 2012, a Faculdade Boa Viagem (FBV), na Zona Sul do Recife, desenvolve um projeto de extensão que auxilia jovens carentes com reforço escolar. Os pequenos são oriundos das comunidades “Dancing Days” e “Sítio Grande”, localizadas no próximo da instituição de ensino. A coordenadora do projeto, Janaína Calazans, explica que o ComuniArt surgiu de uma ideia de integração da faculdade com a sociedade. “O principal objetivo é acelerar o desenvolvimento pedagógico de crianças e adolescentes. Então, o projeto surgiu da necessidade de firmar uma aproximação efetiva com as duas comunidades”, conta.

Para materializar a ideia, Janaína afirma que foi necessário fazer uma seleção dos alunos. “Pedimos para que as líderes comunitárias das duas comunidades circunvizinhas fossem às escolas municipais que existem nos locais e levantassem, junto à coordenação e às professoras, aquelas crianças que mais tinham deficiência de aprendizagem”, explica. No primeiro ano de realização do projeto, dez foram selecionadas. “Elas foram encaminhadas para a gente e começamos um trabalho de tentar ajudá-las a aprender de uma forma mais lúdica e tranquila”, diz.

Atualmente, o projeto de extensão ComuniArt funciona com base nas diretrizes curriculares de educação exigidas pelo MEC. Nesse contexto, apesar de as crianças receberem um reforço escolar, nem sempre o conteúdo visto pelos pequenos é, necessariamente, aquilo que se deu em sala de aula. “Às vezes, a defasagem de conteúdo na escola é grande e os professores ficam muito tempo em um determinado conteúdo, deixando de dar outros. Então, aqui a gente também trabalha com novas aprendizagens e não só com aquilo que a criança já viu em sala”, detalha a coordenadora do projeto.

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Como funciona a iniciativa

Todos os anos, novos jovens são selecionados para participar do projeto ComuniArt. Atualmente, 13 estudantes de oito a 14 anos são contemplados. Os discentes de comunicação social da FBV que participam da extensão atuam como monitores dos pequenos. No mínimo, cada criança possui um universitário que a auxilie.

Todas as quintas-feiras, por volta das 14 horas, é realizado o reforço escolar. “Resolvemos intensificar a aprendizagem de conteúdo. Isso com outras formas de aprender, com atividades lúdicas, indo para os laboratórios da faculdade. Usamos muito o laboratório de química, para fazer experiências, bem como o espaço de gastronomia, para vermos como os alimentos se comportavam”, explica Janaína.

Apesar de a extensão ter nascido por meio dos cursos de comunicação social, universitários de outras áreas também são aceitos. “A gente já teve aqui alunos de administração, de design, mas o projeto está aberto e não há nenhum critério de diferença de voluntário. Basta ter compromisso, interesse e gostar daquilo que vai fazer”, pontua.

Os alunos voluntários atuam de forma compromissada com o projeto. De acordo com as regras, são permitidas até três faltas e que precisam ser justificadas. Embora todo o processo de ausência do tutor ocorra de maneira consensual com a coordenação da extensão, é necessário que o aluno faltante envie as atividades que iria trabalhar com a criança. “Mesmo que ele falte, deve enviar os modelos das fichas que ele iria aplicar com o estudante. O material da aula é necessário para que a gente remaneje outro tutor para cuidar daquela criança”, explica a coordenadora do projeto.

Transformação pessoal - Segundo Janaína Calazans, a mudança acontece não só na vida das crianças - que recebem uma nova oportunidade de vida por meio da educação -, como também no dia a dia dos estudantes voluntários. “Nós temos alunos que têm uma realidade muito distante da realidade das crianças que são atendidas pelo projeto. Então, o que a gente vê são alunos do ensino superior tendo contato com um contexto que era quase marginal para eles, no sentido de estar à margem da sociedade”, explica.

O prazer em contribuir

Mesmo com todos os afazeres diários pessoais e acadêmicos, o estudante Igor Luiz Almeida se dispõe a ser um dos voluntários do projeto ComuniArt. Aos 19 anos, ele está no primeiro período do curso de publicidade da FBV e vê a extensão como algo muito além do que só uma forma de ganhar horas extracurriculares. “É muito bom poder contribuir para o aprendizado dessas crianças. Eu decidi ingressar no ComuniArt porque eu acho que a educação é uma das principais coisas que devem ser apoiadas na vida e esse projeto investe muito na formação dessas crianças carentes”, comenta o estudante.

Mesmo sendo o tutor de uma das crianças atendidas, Igor não vê seu trabalho como um aprendizado unilateral. “O benefício que eu vejo desse projeto é que existe uma troca muito grande de conhecimento. Não só a gente dando para eles, como também as crianças oferecendo suas experiências de vida”, destaca o universitário.

Fila de espera

Apesar da renovação anual do projeto, nem todas as crianças deixam o ComuniArt. “Isso varia muito. Quando a gente sente que a criança está pronta para seguir com as próprias pernas, a gente dá ‘alta’ a ela”, brinca Janaína. Ainda segundo a coordenadora, o aluno que não tiver um bom rendimento continuará no projeto para aprimorar seu aprendizado. “Nós não podemos atender mais crianças porque, primeiro, temos uma infraestrutura limitada. E segundo porque não temos voluntários suficientes”, completa a coordenadora. 

Pelos bons resultados da extensão, a disputa por vagas é tão grande que uma lista de espera precisou ser criada para acomodar uma maior quantidade de crianças possíveis. A organização do projeto estima que cerca de 100 alunos tiveram evolução na leitura e escrita após participarem do ComuniArt. 

Perspectiva 

Olhos curiosos e atentos são os das crianças que fazem parte do projeto ComuniArt. Interessadas em aprender mais e afinar o que já foi dado em sala de aula, os pequenos sentam nas cadeiras da FBV, juntamente com seus tutores, e discutem os conteúdos.

Maycon Alexandre Luiz da Silva tem 13 anos e está no oitavo ano do ensino fundamental. O menino, de aspecto tranquilo, estuda na Escola Gercino de Pontes, no bairro de Afogados, na Zona Sul do Recife. Desde o início do ano, Maycon é uma das crianças beneficiadas pelo projeto de extensão. A timidez do garoto, no entanto, não esconde a satisfação em estar no “reforço”.

Serviço

Projeto ComuniArt

Local: Faculdade Boa Viagem

Endereço: Rua Jean Emile Favre, 422 - Ipsep,

Telefone: (81) 4020-4900

Funcionamento: Todas as quintas-feiras, das 14h às 17h

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Por quase 40 anos, brasileiros portadores de hanseníase viveram isolados do restante da sociedade. Uma política oriunda do Governo Federal que criou, em 1923, o isolamento obrigatório das pessoas diagnosticadas com a doença, com o intuito de evitar a propagação de contágios em uma época que não existiam conhecimentos médicos suficientes sobre a enfermidade. Nos chamados hospitais colônias, pacientes viveram por anos e anos, construíram famílias entre eles próprios, criaram pequenas cidades, mas não conseguiram superar os traumas da doença e principalmente o cruel preconceito oriundo de uma sociedade ainda presa na falta de informações acerca do diagnóstico.

Chamados de leprosos, os pacientes eram tratados com desprezo e, ao se depararem com pessoas sadias, temiam ser desrespeitados. Viviam envergonhados e até se sentiam culpados, uma vez que a hanseníase era tida entre muita gente como uma maldição herdada desde a época bíblica. Uma vez diagnosticado, o indivíduo não tinha escolha e era retirado de qualquer maneira do convívio social, deixando para trás seus familiares. Até as mulheres, minutos após o nascimento dos seus filhos, não podiam amamentar as crianças, pois os bebês eram retirados das mães e levados para um local chamado preventório, cuja intenção era evitar que os filhos sadios não se contaminassem com as mães portadoras de hanseníase.

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Um dos poucos registros de leprosários no Brasil – Santo Angelo, São Paulo, 1962. Fiocruz/Arquivo

Nas linhas gerais da medicina, a doença é classificada como infecciosa, de evolução crônica, causada pelo Mycobacterium leprae. Segundo definição da Sociedade Brasileira de Dermatologia, “a hanseníase acomete primeiro a pele e os nervos periféricos, e pode atingir também os olhos e os tecidos do interior do nariz. O primeiro e principal sintoma é o aparecimento de manchas de cor parda, ou eritematosas, que são pouco visíveis e com limites imprecisos. Nas áreas afetadas pela hanseníase, o paciente apresenta perda de sensibilidade térmica, perda de pelos e ausência de transpiração. Quando lesiona o nervo da região em que se manifestou a doença, causa dormência e perda de tônus muscular na área”. Quando não há o devido tratamento, os doentes podem perder partes do corpo.

Diante do fim do isolamento compulsório em 1962, das atuais campanhas na mídia e graças ao trabalho médico no tratamento da doença, boa parte da sociedade brasileira entende atualmente que a hanseníase tem cura e deve ser tratada de forma ambulatorial assim que descoberta. Mesmo assim, uma parcela da sociedade insiste em discriminar os portadores da doença e os ex-enfermos. É nesse contexto que um programa de extensão da Universidade de Pernambuco (UPE), iniciado em 2011, atua incansavelmente para preservar o lugar dessas pessoas entre a população. O cuidado com a saúde é apenas um dos pilares do trabalho. O bem estar social, o respeito, a quebra de paradigmas, o incentivo à qualificação e o combate ao preconceito são outros objetivos de professores e alunos que saem dos muros do ensino superior e ingressam nas realidades de pessoas marcadas por um passado cruel, necessitadas de ajuda e de um acompanhamento humano. É quando a prática deixa de ser apenas uma etapa da graduação e ganha o status de “função social”, colocando os universitários na “escola da vida”, onde aprendem que a formação, por si só, não foca apenas no mercado profissional, mas busca também contribuir para as minorias.

“O Programa de Extensão Hanseníase Cuidado e Direito e Saúde surgiu em 2011 para legitimar uma prática que já acontecia na Universidade, que é a inserção de estudantes de enfermagem no Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan). O Morhan luta pelas causas das pessoas com a doença, tem unidades em todo o Brasil e em Pernambuco foi inaugurado na Década de 80. O objetivo maior da relação da extensão com o Movimento é levantar as demandas necessárias que têm haver com a garantia dos direitos das pessoas com a hanseníase”, explica a coordenadora do projeto, a professora Raphaela Delmondes.

Segundo a professora, os estudantes participam de todas as atividades do Morhan, tais como audiências públicas que discutem os direitos dos doentes, integração em frentes de lutas, propagação de educação em saúde em diversos setores e visitas a serviços de saúde. Essas últimas acontecem, principalmente, a partir de denúncias de descaso nos serviços prestados à população, colocando estudantes e integrantes do Movimento em ação para apurar os casos e, havendo a necessidade, denunciar formalmente aos órgãos competentes. Sobretudo, o cotidiano das pessoas que viveram nos hospitais colônias e ainda hoje permanecem nesses locais - porque na época do fim do isolamento não tiveram para onde ir - é um dos casos acompanhados pelo trabalho de extensão que nos alerta para um passado sombrio, mas que ainda está presenta na mente de muita gente.

Saúde no sentido mais amplo

De acordo com Rhaphaela Delmondes, durante as ações, os universitários compreendem que a busca pela saúde está em um patamar que vai muito além do estado físico das pessoas. “Nós compreendemos que quando a gente fala que o programa é de hanseníase, cuidado e direito à saúde, trabalhamos na perspectiva ampliada de cuidado. Entendemos que o direito à saúde é fundamental para o ser humano, abrangendo todas as necessidades sociais possíveis de ser atendidas. Por exemplo, estudar é saúde, bem como ter moradia, bem estar, lazer e o próprio cuidado com a saúde. A gente compreende a saúde de uma forma mais ampla”. explana a docente.

A coordenadora do projeto ainda destaca o papel do ensino superior no sentido da formação acadêmica e da proposta de moldar profissionais com compromissos éticos. “A Universidade procura formar o estudante com pensamentos ético e político. Não buscamos apenas a formação técnica. É assim que encontramos o papel social do ensino superior. Quando o estudante participa de um projeto como o nosso, ele se transforma e transforma o meio em que vive, ao se tornar um profissional mais comprometido em ajudar a sociedade, garantindo os direitos das pessoas que mais precisam”, complementa a professora.

Estudante do sétimo período do curso de enfermagem da UPE, Ana Maria de Araújo (foto à esquerda), de 22 anos, teve no programa a oportunidade de conhecer mais de perto a realidade dos portadores de hanseníase. Durante os dois anos em que participa das atividades do projeto, a jovem assimilou os objetivos das ações e começou a enxergar que compreender a saúde além do estado físico do indivíduo é muito mais importante tanto para o paciente, quanto para o estudante universitário. A jovem revela que, apesar de existirem professores responsáveis por guiar as atividades, não há “hierarquia”, fator que, segundo Ana Maria, facilita a troca de conhecimentos entre todos os envolvidos. “É uma relação de troca. Todo mundo tem algo para ensinar e aprender. Vejo como uma relação horizontal em busca do saber. Tudo isso nos ajuda bastante na formação e principalmente no dia a dia do programa, quando precisamos colocar em prática as coisas que aprendemos”, diz a estudante.

A experiência adquirida no trabalho é exaltada por Geoclebson da Silva Pereira, de 19 anos. No sétimo período do curso de enfermagem, há quase oito meses o universitário começou a vivenciar um projeto de extensão universitária, que pela primeira vez o aproximou do universo prático da graduação. “A partir do grupo comecei a me inteirar da hanseníase. Tudo que aprendo me ajuda a pensar nos debates sociais e me faz ajudar pessoas que, por diversos fatores, desconhecem os direitos que têm. Posso dizer que está sendo uma experiência riquíssima e que vem contribuindo muito para minha formação”, relata Geoclebson.

Coordenadora do programa de extensão da UPE ao lado de Raphaela Delmomdes, a professora Danielle Christine Moura dos Santos reforça a importância da prática, principalmente quando acontece através da troca de conhecimentos. “Na formação dos profissionais, a existência da experiência propicia uma abordagem técnica do que foi aprendido na sala de aula. O estudante consegue articular conhecimentos e a vivência traz para o aluno um olhar que vai além da doença em si. Não posso dizer que um universitário que participa de um projeto de extensão tem uma formação melhor do que aqueles que não participam, mas posso afirmar que a experiência contribui para uma graduação diferente, porque o estudante conhece histórias que ele vai levar para sua prática profissional. Quando esse universitário for atender uma pessoa com hanseníase, por exemplo, ele vai discutir com o paciente, além da doença, como estão algumas situações ligadas à garantia dos direitos das pessoas portadoras”. No vídeo a seguir, a professora Danielle e os estudantes Geoclebson e Ana Maria compartilham depoimentos sobre a vivência do projeto:

 

Parceiro do programa da UPE, Gildo Bernardo da Silva, de 64 anos, é coordenador do Morhan em Pernambuco. Diagnosticado com hanseníase anos atrás e curado graças ao tratamento adequado, seu Gildo conhece de perto a força do cruel preconceito contra as pessoas portadoras da doença. Por isso dedica grande parte do seu tempo em prol das causas e direitos dos indivíduos enfermos egressos dos hospitais colônia, em um trabalho paralelo com a Universidade que vem gerando bons frutos. Pelo menos 300 pessoas já foram beneficiadas pelas atividades do projeto, porém, de acordo com Gildo, a luta ainda está longe de cessar.

“O Morhan, em parceria com este belo projeto da UPE, que envolver tanto as professoras quanto os alunos, ainda luta para minimizar o impacto do preconceito contra as pessoas com hanseníase. Buscamos, ainda, garantir assistência social e o tratamento adequado aos portadores, e não esquecemos de batalhar pelos ex-moradores dos hospitais colônias, para que eles não sofram discriminação e que tenham todos os direitos garantidos”, destaca Gildo. “Além disso, trabalhamos em busca de serviços assistenciais psicológicos e terapêuticos, porque eles são muito importantes para minimizar os traumas mentais deixados nas pessoas que viveram o isolamento ou que ainda temem preconceito. Nosso movimento também é apoiador do serviço de saúde público para o tratamento dos doentes”, complementa o coordenador do Morhan.

E os traumas ainda se fazem presentes na vida de Juliano Vieira de Farias, de 71 anos. Ex-paciente do hospital colônia de Pernambuco, mesmo local onde funciona hoje o Hospital da Mirueira, na cidade de Paulista, Região Metropolitana do Recife, o senhor convive com as sequelas físicas da hanseníase e as marcas mentais causadas pela sociedade que separava e condenava os doentes. Passou 31 anos da sua vida no que ele chama de “depósito de lixo humano”, perdeu convívio familiar e, afirmando ter se acostumado a “viver sozinho”, nunca conseguiu casar e ter filhos. Um alento para tanto sofrimento, segundo ele, é o trabalho desenvolvido pelos estudantes da UPE e integrantes do Morhan.

“Fui arrastado de dentro de casa aos 14 anos de idade e me jogaram no hospital da Mirueira. Morava no bairro da Várzea, no Recife, com meus pais e mais sete irmãos. Me deixaram longe deles e passei a viver em um lugar que classifico como depósito de lixo humano. Quando saí e passei a morar fora do hospital aqui na Mirueira, cheguei até a ser apedrejado por pessoas que não tinham preconceito. Se esse projeto dos estudantes tivesse começado esse trabalho em 1950, eu não teria passado por tanta coisa que passei na minha vida até hoje. É um trabalho que me alegra muito, apesar de tanto sofrimento, porque ajuda a tirar da cabeça da sociedade um preconceito que nunca deveria existir”, conta Juliano Vieira.

 

Além de seu Juliano, outras pacientes que viveram o cruel isolamento no antigo leprosário revelam lembranças que até hoje alimentam o choro de tristeza. Alguns permanecem morando no Hospital da Mirueira por não ter para onde ir. Confira no vídeo a seguir:

De acordo com o Morhan, no ano passado, o Brasil registrou mais de 30 mil casos de hanseníase. Dessa quantidade, cerca de 2 mil diagnósticos aconteceram em Pernambuco. Sobre os moradores do Hospital da Mirueira que viveram o isolamento compulsório, a Secretaria de Saúde do Estado, responsável pela unidade hospitalar, esclarece que vilas existentes dentro da área da unidade são voltadas para os antigos pacientes de hanseníase que foram internados na instituição e, devido à exclusão existente na época, terminaram se isolando da sociedade. Interessados nos atendimentos do projeto em parceria com o Movimento podem acessar a página do Morhan ou ligar para o telefone 0800.026.2001.  

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A dona de casa Josélia Aurora da Silva tem uma rotina repleta de compromissos. Da cidade de Toritama, no Agreste de Pernambuco, ela segue com destino ao Recife todas as semanas. Um trajeto de 180 km que ocorre, religiosamente, com início ainda de madrugada e desfecho apenas no final da tarde, quando ela volta para casa. Sua missão é acompanhar a filha Maria Eduarda Silva, de 20 anos - diagnosticada com paralisia cerebral - nos atendimentos médicos realizados na capital pernambucana. Além disso, a jovem recebe atendimento fisioterapêutico há quatro anos, sem contar os treinamentos de bocha, pois Maria Eduarda ainda é atleta e sonha em se tornar uma das esportistas mais conhecidas do Brasil em sua modalidade.

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Em meio a uma agenda tão cheia de compromissos, mãe e filha concordam em um fato: as sessões de fisioterapia e hidroginástica são as atividades preferidas da dupla. Mas, no passado, a felicidade delas dava lugar a apreensão e limitação vivida por Maria, que sentia os efeitos da deficiência física e tinha sérias dificuldades motoras.

Paciente de uma renomada instituição médica localizada no Recife, Maria Eduarda foi indicada para receber os serviços fisioterapêuticos da Clínica Escola de Fisioterapia da UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau, também situada na capital pernambucana. A partir dos atendimentos conduzidos por estudantes da instituição e orientados por especialistas e profissionais, a jovem foi desenvolvendo seu físico e alcançou diversas melhorias motoras, ganhando mais independência física e se mostrando mais corajosa para enfrentar a vida. Na medida em que era beneficiada pelo serviço, Maria Eduarda também encontrou na bocha outros benefícios e, atualmente, uma atividade complementa a outra, fazendo da paciente um exemplo de superação.

“Hoje, com toda a certeza do mundo, estou bem melhor. Consigo fazer algumas tarefas que antes eram impossíveis para mim, como ficar na cadeira sem cair. Agradeço muito a todos os alunos e fisioterapeutas que passaram pela clínica e que me ajudaram de diferentes maneiras. Fico muito feliz com todo esse atendimento maravilhoso que recebo”, conta Maria Eduarda. “A gente sabe que tratamento médico não é barato e não é em todo canto que encontramos fisioterapia a preços acessíveis. Por isso, não tenho do que reclamar da clínica. São pessoas extremamente dedicadas e que trabalham com seriedade para ver a evolução do paciente”, valoriza dona Josélia.

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A satisfação de Josélia e Maria Eduarda é também responsável pelo sentimento de trabalho bem feito da coordenadora da clínica, Fátima Di Lêu. O projeto, além do objetivo acadêmico de proporcionar experiência prática para os estudantes do curso de fisioterapia a partir do sexto período, também busca o bem estar das pessoas atendidas, que se torna também um meio de avaliação de todos os trabalhos desempenhados no espaço, como os de pediatria, traumato, vascular, respiratório, neuro funcional, entre outros. No vídeo a seguir, Fátima detalha os benefícios oferecidos para alunos e pacientes:

 

Atualmente, cerca de 120 alunos da UNINASSAU fazem parte do projeto de extensão e ajudam no atendimento médio de 600 pacientes por mês. O serviço é oferecido a preços populares, que variam de R$ 8 a R$ 17, de segunda a sexta-feira, no horário das 7h às 19h. Mais do que uma oportunidade de perceber na prática os temas trabalhados no ensino superior, a clínica propicia momentos de vivência com o ser humano, que necessita do auxílio prestado por quem aprendeu na universidade que a academia também tem uma função social. “Os discentes aprendem na sala de aula tudo sobre a doença e a Clínica Escola é a extensão, porque na sala você tem noção da doença, mas a partir do momento em que o estudante vai para a prática, passa a vivenciar a enfermidade e vai decidir qual será o atendimento mais adequado. Cada atendimento dura entre 50 minutos e uma hora”, explica Fátima Di Lêu.

Praticando o bem

Indo além da teoria aplicada em sala de aula e das leituras dos livros que incrementam a grade curricular dos cursos de saúde, o contato com os pacientes é um dos momentos mais ricos da formação acadêmica dos estudantes. A relação do estudante com a pessoa atendida, em muitas ocasiões, vai muito além da obrigatoriedade de oferecer um serviço de saúde e chega a um convívio mais humano, em que o paciente também passa a ser amigo do universitário. Estudante da clínica, Anderson Dias, de 26 anos, que está prestes a finalizar a graduação, acredita que quando existe amor pelo curso escolhido, há também um envolvimento com o paciente que busca, além da recuperação física, seu bem estar. “Tem que ter muito coração no tratamento de uma pessoa. Se você não possui amor pelo que faz, o atendido não vai se desenvolver. É preciso criar uma relação de amizade entre o aluno e o paciente, principalmente quando o tratamento leva um pouco mais de tempo. Acho que é bastante satisfatório você ver que o aprendizado da universidade serve para auxiliar quem necessita de ajuda”, valoriza.

Corroborando com Anderson, a também estudante Bruna Leite, 23, nono ano do curso de fisioterapia, acredita que “entrar na história” do paciente é “inevitável”. “A gente aplica aqui tudo que aprendemos nas aulas teóricas. Neste espaço, passamos a conviver com uma realidade bem diferente, com pessoas que precisam do nosso serviço e têm boas histórias de vida, me envolvo com todos os pacientes. De certa forma, você entra na vida deles de alguma maneira, seja com uma conversa antes da sessão de fisioterapia ou dialogando até durante o tratamento”, relata a estudante. Bruna ainda complementa: “Todo esse contato com a prática e com as pessoas nos ajuda muito, principalmente para quem está perto de finalizar o curso como eu”.

Um dos fisioterapeutas responsáveis pelo acompanhamento dos universitários durante os atendimentos, Alisson Ribeiro acredita que, além da promoção da prática, instigar os conhecimentos éticos entre os alunos é fator que contribui para a formação completa dos estudantes, o que pode vir a fazer diferença no mercado de trabalho. “Nós abordamos os valores éticos e noções de comportamento. E só depois mostramos algumas formas de tratamento, sempre conforme as especificidades de cada doença. Em algumas situações, os pacientes chegam muito debilitados e é muito comum a gente ver os alunos se envolvendo emocionalmente com eles. Queremos sempre ver o nosso atendido bem e alcançar, através do nosso trabalho, a melhora dele”, destaca o fisioterapeuta.

Quem recebe o tratamento, além de aprovar o serviço, também protesta contra o descaso na saúde brasileira. Muitos hospitais públicos não reúnem condições e nem estrutura para oferecer tratamentos fisioterapêuticos, levando os pacientes a procurarem socorro em clínicas privadas, que geralmente não têm preços acessíveis. Na ótica dos projetos de extensão como recursos em prol da sociedade, a Clínica Escola vira uma das poucas alternativas para quem necessita de um tratamento físico sem ter que pagar custos altíssimos.

Uma prova desta situação é o casal Jéssica Ferreira da Silva e Marcelo de Souza, que não conseguiu atendimento público. Vítimas de acidente de trânsito, a dona de casa sofreu fraturas e policial militar acabou perdendo uma perna. Há cerca de três meses, conseguiram alento na Clínica Escola e tentam se recuperar fisicamente. Já o pensionista João Alexandre Carneiro dos Santos frequenta a Clínica há mais tempo. Durante quatro anos, ele busca melhoras para um trauma sofrido na coluna, ao mesmo tempo em que faz grandes amizades com quem trabalho no espaço. Po fim, o vídeo a seguir ainda mostra o relato da estudante Socorro Lima, do oitavo período da graduação. Ela ressalta a satisfação de enriquecer sua formação acadêmica e, principalmente, poder contribuir para a saúde dos pacientes.

 

Serviço:

Clínica Escola de Fisioterapia da UNINASSAU

Preços: de R$ 8 a R$ 17, de

Segunda a sexta-feira, no horário das 7h às 19h

Endereço: Rua Jornalista Paulo Bitencourt, 168, bairro do Derby, área central do Recife

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