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A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 1820/21. que institui política de atenção integral às vítimas e aos familiares de vítimas da pandemia de Covid-19. O objetivo é assegurar a plena recuperação de pacientes que tenham ficado com sequelas físicas e amenizar impactos sociais. 

A proposta, apresentada pelo deputado Alexandre Padilha (PT-SP), foi aprovada por recomendação da relatora, deputada Tabata Amaral (PSB-SP). Ela fez ajustes na redação, determinando ainda que a futura lei deverá promover a redução das desigualdades em todas as formas.

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“É uma proposta recoberta de mérito”, disse. Pelo texto aprovado, a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios deverão elaborar política específica com foco na atenção integral às vítimas da Covid e seus núcleos familiares e sociais, com enfoque na saúde, na educação e na proteção social e econômica.  A proposta prevê proteção especial para as crianças e os adolescentes órfãos da pandemia. As ações deverão assegurar o acompanhamento psicossocial e de saúde, medidas de fortalecimento de vínculos e do desenvolvimento como pessoa e acolhimento em famílias, caso não estejam no cadastro de adoção.

  Tramitação

O texto tramita em caráter conclusivo e ainda será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

*Da Agência Câmara de Notícias

A dependência econômica das mulheres é uma das principais causas da manutenção dos ciclos de violência doméstica e sexual. O alerta foi dado por Raquel Marques, diretora-presidente da ONG Artemis, que luta por políticas de proteção às mulheres vítimas da violência. 

Ela sugeriu, durante audiência da comissão externa da Câmara que debate a violência conta a mulher, que os recursos do Benefício de Prestação Continuada (BPC) prevista na Lei Orgânica da Assistência Social possam ser utilizados para atender mulheres vítimas de violência e seus filhos.   

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Em relação aos custos, Raquel Marques destacou que preservar a vida e sanidade emocional dessas mulheres e crianças vai resultar em uma desoneração, no futuro, dos serviços de assistência social e de saúde.  “Se pensarmos na alternativa, que seria crianças irem para um abrigo ou para a Fundação Casa depois de terem passado por lares violentos, desestruturados, enfim, coisas muito extremas, esse assunto fica completamente pacificado. Uma criança em um orfanato, um abrigo público, custa de R$ 1.000 a R$ 5.000”, afirma. 

Dentro de casa

Já a representante do Fórum Brasileiro de Segurança, Juliana Martins, destacou que 81% dos feminicídios são praticados por companheiros ou ex-companheiros, e que durante a pandemia o 190, número de chamada de emergência da polícia, recebeu um chamado de violência doméstica por minuto.  Juliana Martins disse ainda que é preciso desmistificar e discutir a questão do estupro que ocorre, em sua maioria, dentro de casa e tem uma grande subnotificação. 

“A violência sexual é subnotificada especialmente por conta do medo, sentimento de culpa e vergonha. Às vezes as vítimas são desestimuladas pelas autoridades e desencorajadas as prosseguirem com as denúncias. A violência está no meio de nós, a gente precisa olhar para essa violência que acontece dentro de casa”. 

Falta de equipamentos de atendimento

A deputada Tabata Amaral (PSB-SP) afirmou que a falta de equipamentos de atendimento próximos às mulheres, principalmente na periferia das cidades, faz com que a aplicação da Lei Maria da Penha não seja completa. 

“É onde a gente exclui principalmente mulheres negras, mulheres periféricas, mais vulneráveis. Uma das iniciativas da bancada feminina neste ano foi justamente aprovar um projeto, que eu tive a honra de relatar e que já virou lei, que destina um percentual mínimo do Fundo de Segurança Pública para políticas de combate à violência contra a mulher”, disse. 

A coordenadora do Observatório da Saúde da População Negra da Universidade de Brasília, Marjorie Nogueira, destacou que o racismo institucional é um dos entraves para que mulheres negras tenham acesso a seus direitos, apesar dos dispositivos legais vigentes no país. 

“Muitas vezes, uma mulher negra é desqualificada no momento da denúncia e não é considerada ali a sua fala, o seu depoimento. Ela é revitimizada naquele espaço de denúncia e isso dificulta que ela acesse determinados serviços previstos na Lei Maria da Penha”, apontou.  Marjorie Nogueira também defende a adoção de públicas sociais que garantam a autonomia econômica para que mulheres em situação de violência possam se libertar da dependência de seus agressores. 

*Da Agência Câmara de Notícias

Em publicação no Twitter, a deputada Tabata Amaral (PSB-SP) escreveu, nesta segunda-feira (28), sobre a decisão do ministro Raul Araújo, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que acolheu, no sábado (26), pedido do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, e expediu decisão liminar - ou seja, provisória - proibindo manifestações políticas no festival Lollapalooza, realizado no fim de semana em São Paulo.

"Tiro no pé! Decisão antidemocrática e autoritária contra expressão política de artistas em ano eleitoral e em um dos maiores festivais do mundo só reforçou o coro: #ForaBolsonaro! O povo não aguenta mais!", escreveu a deputada.

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Mesmo após a decisão do ministro do TSE, vários artistas se manifestaram contra Bolsonaro no festival que ocorreu no Autódromo de Interlagos, na zona sul da capital - entre eles, Marcelo D2, do Planet Hemp.

A Justiça Federal em Brasília aceitou a queixa-crime movida pela deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) contra o presidente da Fundação Palmares Sérgio Camargo.

A decisão é do juiz Renato Coelho Borelli, da 12.ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal, que deu dez dias para Camargo se defender das acusações. O magistrado não chegou a julgar o mérito do caso e analisou apenas se a denúncia atendeu os critérios legais para seu recebimento.

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A deputada entrou com uma queixe-crime por difamação e falsa acusação de injúria racial depois que Sérgio Camargo usou as redes sociais para insinuar que ela foi racista ao denunciá-lo por fake news.

"A branca mimada e privilegiada não aceita que um preto ria dela. Esse meme foi compartilhado por milhares de pessoas, e ela ter escolhido logo um negão para processar mostra um provável racismo e perseguição. Inclusive, outros notáveis compartilharam esse meme. Ou ela prova que processou TODOS, ou restará provada a perseguição a um negro que venceu e vence diariamente sem ser afromimizento da esquerda", escreveu o presidente da Palmares.

O embate entre Tabata e Camargo começou depois que ele compartilhou uma publicação falsa em que ela teria escrito "Deixa eu menstruar, Bolsonaro" e recebido, do presidente Jair Bolsonaro (PL), a resposta: "E quando foi que eu proibi?". A deputada entrou então com um processo pedindo a responsabilização pela divulgação do diálogo falso.

Tabata é uma das autoras do projeto, vetado por Bolsonaro no ano passado, que instituiu a distribuição gratuita de absorventes para mulheres de baixa renda. Depois de barrar a proposta, o presidente assinou nesta semana, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, um decreto no mesmo sentido. O veto também foi derrubado nesta quinta pelo Congresso.

Os deputados Tabata Amaral e Felipe Rigoni e o senador Alessandro Vieira enviaram um ofício ao ministro da Educação, Milton Ribeiro, pedindo explicações sobre as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2021.

No documento, os parlamentares questionam o Ministério da Educação (MEC) sobre as denúncias de estudantes que alegam erros nas notas do exame, como também, solicitam a Ribeiro o quantitativo de participantes que procuraram a ouvidoria do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

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"Nesta semana, o Inep decidiu antecipar as divulgações das notas do Enem. Em um primeiro momento, os estudantes apontaram nas redes sociais que os resultados de 2021 não aparecem ao fazer o login no sistema, somente o de anos anteriores. Agora, os estudantes denunciam que houve erros nas notas", diz trecho do ofício.

Nas redes sociais, a deputada Tabata Amaral falou sobre o envio do documemto. "Milhares de estudantes relataram que, mais uma vez, o INEP errou notas do Enem. Por isso, enviamos um ofício ao MEC cobrando explicações pelos possíveis erros nas notas da prova. É inaceitável tanto despreparo! Que as notas sejam revistas e o ocorrido seja esclarecido #REVISAINEP", escreveu.

No Flow Podcast dessa segunda-feira (7), o apresentador Monark defendeu a criação de um partido nazista no Brasil e o direito de ser antissemita. Ele baseou seu apoio ao extremismo com o que entende como direito à liberdade de expressão.

“Eu sou mais louco do que vocês. Eu acho que tinha que ter partido nazista reconhecido pela lei”, disse durante a gravação com os deputados federais Tabata Amaral (PSB) e Kim Kataguiri (Podemos).

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Para fundamentar sua teoria de equilíbrio no debate político, Monark justificou a defesa ao regime ao sugerir que "a esquerda radical tem muito mais espaço do que a direita radical”.

​Embora seu argumento se limite à população judaica, o nazismo feriu diretamente o direito elementar à vida e assassinou representantes de outros grupos sociais como gays, negros e ciganos.

Em alguns momentos, Kataguiri concordou com o posicionamento e pontuou que a Alemanha errou ao criminalizar o nazismo.

Mesmo repreendido por Tabata, Monark continuou a apoiar o totalitarismo e afirmou que “se um cara quisesse ser anti-judeu, eu acho que ele tinha o direito de ser”.

A deputada o rebateu mais uma vez e distanciou o nazismo das características do que se entende como liberdade de expressão. O apresentador questionou: "Você vai matar quem é anti-judeu? […] Ele não está sendo anti-vida, ele não gosta dos ideais"

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"Estava bêbado"

Após a repercussão negativa, o apresentador do "Flow Podcast", Monark, publicou um vídeo em suas redes sociais, afirmando que errou e que estava alcoolizado durante a gravação do programa.

"Eu errei, a verdade é essa. Eu tava muito bêbado e eu fui defender uma ideia que acontece em outros lugares no mundo, nos EUA por exemplo. Mas fui defender essa ideia de um jeito muito burro, eu tava bêbado. Falei de uma forma muito insensível com a comunidade judaica. Eu peço perdão pela minha insensibilidade, mas eu peço um pouco de compreensão, são 4 horas de conversa, eu tava bêbado", justificou Monark.

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Com atualização de Camilla Dantas

A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) divulgou, nesta quinta-feira (6), que testou positivo para a Covid-19. A parlamentar usou o Twitter para falar sobre o assunto e pediu para que a população fique atenta quanto à vacinação contra a doença. 

"Recebi há pouco o teste positivo para Covid. Estou com sintomas leves e seguirei em isolamento pelo tempo recomendado. Cuidem-se todos, não deixem de se vacinar e fiquem atentos às datas para a dose de reforço da vacina", escreveu a deputada pessebista.

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O namorado dela e prefeito do Recife, João Campos (PSB), também está com a doença. Além dele, o irmão Pedro Campos e a noiva dele, Guta Carneiro, receberam o diagnóstico positivo. Os quatro passaram o réveillon juntos em Pernambuco acompanhados de outros familiares. O deputado federal Felipe Rigoni (PSB-ES) também estava com eles, mas até o momento não divulgou se foi infectado ou não pela doença. 

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O prefeito e a deputada, inclusive, estiveram nos primeiros dias do ano em Fernando de Noronha - onde o uso de máscaras não era obrigatório. Nesta quinta-feira, a administração da Ilha anunciou uma mudança no protocolo local e vai retomar a obrigatoriedade do item de segurança a partir do dia 13.  

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) afirmou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que "apenas compartilhou" uma fake news sobre a também deputada Tabata Amaral (PSB-SP). A publicação apontava que a parlamentar havia feito lobby para o empresário João Paulo Lemann ao defender a aprovação do projeto que ofertava absorventes para mulheres em situação de vulnerabilidade do país. 

No post feito no Twitter, Eduardo dizia que Tabata "desta maneira quase infantil mais parece querer atender ao lobby de seu mentor-patrocinador Jorge Paulo Lemann, um dos donos da produtora de absorventes P&G, do que realmente conseguir um benefício ao público."

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Ao se posicionar diante do STF, segundo o UOL, a defesa do filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que vetou uma proposta semelhante a apresentada por Tabata, pontuou: "se limitou-se a compartilhar o print de uma imagem que circulava no WhatsApp, sem proferir qualquer comentário de cunho criminal".

Veja as publicações:

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Argumentos de Eduardo

Ao STF, a defesa de Eduardo Bolsonaro ponderou que "ele jamais afirmou que a deputada federal teve a sua campanha financiada pelo empresário Jorge Paulo Lemann" e "utiliza conteúdo de autoria desconhecida em imagem".

Ainda segundo a defesa, os "tuítes do querelado [Eduardo] não passam de mera oposição política". "Não restam dúvidas de que a mensagem publicada pelo querelado está coberta pelo manto da imunidade parlamentar material", argumentou. "[Eduardo] exerceu, tão somente, sua liberdade de opinião acerca do projeto defendido pela querelante [Tabata]", emendou.

O ator José de Abreu, filiado ao Partido dos Trabalhadores, foi às redes sociais para rebater a deputada Tabata Amaral (PSB-SP), minutos depois de declarações feitas pela parlamentar serem divulgadas em entrevista à BBC Brasil nesta quarta-feira (27). À reportagem, Amaral repreendeu a postura silenciosa do PT e de deputadas feministas diante de ofensas feitas pelo ator global à agenda política da socialista.

Em resposta, o artista disse que Tabata, a quem ironicamente chama de "socialista da Ambev", jamais se pronunciou sobre as ofensas do ex-colega de partido, Ciro Gomes (PDT), à petista Dilma Rousseff - chamada de "aborto" pelo pedetista -, e que o feminismo de Amaral é "seletivo". Zé de Abreu também acredita ser um dos novos "alvos" da liberal.

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Apesar de ser adepto à política do "RT não é endosso" - sendo o "RT" um recurso similar ao "Compartilhar", mas no Twitter -, Abreu respondeu e retuitou diversas críticas às novas falas de Tabata Amaral, que não é bem acolhida pela bolha petista, pelos seus flertes com a agenda do Centrão, tendo, inclusive, votado a favor da reforma da Previdência. Um episódio recente também gerou faíscas, novamente com uma filiada ao PT, quando Tabata compartilhou seu projeto de distribuição de absorventes higiênicos para pessoas em vulnerabilidade social aproveitando a repercussão de um outro projeto, original, de autoria da deputada Marília Arraes (PT-PE).

“Ignorou o machismo e campanha suja do namorado contra Marília Arraes!”, escreveu a usuária Vannia39M em publicação compartilhada por Zé de Abreu. Vannia se refere à disputa pela Prefeitura do Recife nas últimas eleições municipais, que ficou entre os primos Marília Arraes e João Campos (PSB-PE).

Citando diretamente a reportagem com a entrevista de Tabata, o ator escreveu: “Falar mal do PT dá capa! A deputada socialista radical de centro não reclamou do Siro [SIC] chamar Dilma de aborto, né? seu feminismo tem lado”.

E concluiu: “A deputada socialista da Ambev quer me eliminar da vida artística e da política! Que coisa mais fascista! Pois vai ter que me aguentar de protagonista da novela das nove e concorrendo com ela por votos em 2022. Pena que por estados diferentes”.

Para a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP), o Partido dos Trabalhadores só repreende atitudes machistas quando é conveniente. A parlamentar se refere ao episódio de ofensas proferidas pelo ator José de Abreu (PT-SP), militante da esquerda e possível candidato à Câmara pela sigla em 2022. Em entrevista à BBC no início de outubro, mas com divulgação apenas nesta quarta-feira (27), Amaral lamentou o silêncio da legenda e alegou que os dirigentes não estão comprometidos com as pautas abordadas pelos petistas.

No final de setembro, após a deputada defender em uma entrevista a necessidade de "furar a bolha da esquerda e da direita" e "chegar ao povo", José de Abreu compartilhou um tuíte de outro perfil que dizia querer socar a parlamentar. O caso gerou grande solidariedade à Tabata nas redes sociais, mas também silêncio de parte das lideranças da esquerda, inclusive de deputadas feministas, assim como da cúpula do PT, partido ao qual o ator é filiado desde 2013.

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"Toda vez que alguém se silencia diante de um caso como esse, a pessoa é conivente com o que está acontecendo. Então, na hora que as principais lideranças do PT silenciam sobre o que ele fez e o apresentam como candidato à Câmara dos Deputados, o partido está mostrando que, na prática, não só não é comprometido contra o machismo, como despreza essa luta dependendo de quem é o alvo e dependendo de quem é o agressor", criticou, em um segundo encontro com a BBC News Brasil em outubro, dessa vez virtual.

Não só a sigla não repudiou sua atitude publicamente, como Zé de Abreu anunciou pouco depois que pretende se candidatar pelo PT à Câmara dos Deputados em 2022. Para Tabata, a postura do partido no episódio demonstra conivência com o ataque que sofreu, o que a deputada classifica como crime de incitação à violência. À época que o tuíte foi compartilhado, Tabata confirmou que tomou medidas legais diante do caso.

"Da mesma forma que é lamentável que tenha uma pessoa como (o presidente Jair) Bolsonaro na política, que diz tantos absurdos contra mulheres como a (deputada do PT) Maria do Rosário, é lamentável que o Partido dos Trabalhadores tenha uma pessoa que incita a violência contra as mulheres por discordância (política). É um desserviço para as mulheres, é um desserviço para a política, para o nosso Brasil, mas acho que entra na lista de incoerência na luta dos partidos como um todo contra o machismo", diz ainda, recordando o episódio em que Bolsonaro, quando era deputado, disse à Rosário "não te estupro porque você não merece", continuou.

A deputada atribui os ataques ao fato de “não rezar fielmente a cartilha de nenhum dos lados, intensificada por sua condição de jovem mulher”, referindo-se à direita e à esquerda. Ela contou que é justamente nesses encontros com novas lideranças, especialmente femininas, que renova sua motivação na vida pública. Na sua visão, apenas com o aumento das mulheres na política, em uma transformação estrutural que deve levar anos ainda, esse ambiente se tornará menos hostil e violento para elas.

Após a ampla repercussão, José de Abreu publicou um artigo no jornal Folha de S.Paulo com o título "Peço desculpas, Tabata; errei redondamente", em que diz que agiu por "impulso", argumenta que retuitar mensagem "não é endosso" e faz críticas a sua atuação parlamentar. Para Tabata, "as desculpas ficam apenas no título".

"É um artigo em que ele se autopromove. Em que basicamente ele justifica a agressão pelos meus posicionamentos políticos. E aí eu sou muito firme em dizer que, da mesma forma que não tem minissaia, não tem comportamento que justifique o assédio, não tem posicionamento político que justifique alguém te intimidar", afirma.

"Incitação à violência é crime. Nunca fiquei sabendo de crime que foi resolvido porque alguém escreveu um pedido de desculpas. Então, para mim, não muda nada", acrescentou, decidida a não recuar de providências judiciais contra o ator.

Uma queixa-crime emitida pela deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) circula desde essa segunda-feira (25) na Suprema Corte. O documento tem argumentação contra o também deputado Eduardo Bolsonaro, segundo O Globo, pelo crime de difamação, por comentários feitos pelo parlamentar sobre um projeto, de autoria da socialista, que concede absorventes gratuitos a mulheres em situação de vulnerabilidade.

Segundo Eduardo, Tabata estaria agindo para “atender ao lobby de seu mentor-patrocinador Jorge Paulo Lemann", empresário associado à empresa Procter & Gamble, conhecida como P&G, uma multinacional voltada à produção de bens de consumo, como absorventes higiênicos.

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A deputada afirma que as informações divulgadas nas publicações não são verdadeiras e que Eduardo "compartilhou uma fake news para desprestigiar, de forma sórdida, sua adversária política". Ela também afirmou que Lemann não tem qualquer relação com P&G e que ela não tem qualquer relação com Lemann.

"Por essas razões, patente que o querelado compartilhou mensagens objetivando violar a honra objetiva de Tabata Amaral, através de desgaste de sua reputação", diz a defesa da deputada. O caso está com o ministro Dias Toffoli.

A deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP) criticou, em publicação no Twitter, o veto do presidente Jair Bolsonaro ao projeto que previa a distribuição gratuita de absorventes higiênicos para estudantes dos ensinos fundamental e médio, mulheres em situação de vulnerabilidade e para as que estão encarceradas.

"Bolsonaro vetou o projeto de distribuição de absorventes! Com isso, ele mostra seu desprezo pela dignidade das mulheres vulneráveis e pela luta da sociedade contra a pobreza menstrual. Vamos derrubar o veto e mostrar que o Brasil é muito melhor que Bolsonaro!", escreveu. Tabata também apresentou um projeto visando a distribuição e ganhou o apoio de deputadas e senadoras de diferentes partidos.

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Jair Bolsonaro Bolsonaro vetou nesta quinta-feira (7) trechos da nova lei que previa a oferta gratuita de absorventes femininos e outros cuidados básicos de saúde menstrual. A decisão exclui a previsão de que o item seja distribuído sem custos a estudantes de baixa renda de escolas públicas e mulheres em situação de rua ou de vulnerabilidade extrema. Ao justificar o corte da distribuição gratuita, Bolsonaro argumentou que, embora seja "meritória a iniciativa do legislador", a proposta não indicaria uma "fonte de custeio ou medida compensatória".

José de Abreu deu o que falar nos últimos dias. O ator gerou repercussão ao republicar na sua conta do Twitter uma mensagem que prometia agredir a deputada federal Tabata Amaral. Após receber duras críticas sobre o assunto, Abreu se manifestou. Durante sua participação no canal Fala, Lola, Fala, no YouTube, ele pediu desculpas para a parlamentar.

"Eu errei redondamente. A minha vida é repleta de erros, e uma das coisas que eu aprendi é que quando você é muito crítico, você tem que aprender a fazer uma autocrítica. […] Vou fazer uma carta para Tabata, em vídeo. Vou escrever um pedido de desculpas para ela. Vou propor uma atitude política", declarou.

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Embora tenha se redimido, José de Abreu ainda não teve resposta de Tabata. Até o momento, ela não se pronunciou para comentar a fala dele. Quando soube do ataque de José de Abreu, Tabata Amaral fez questão de dizer que a postura dele foi machista e violenta.

"José de Abreu repostou uma mensagem que dizia que me socaria até ser preso. Simplesmente por discordar de minhas ideias. Infelizmente o machismo é muito presente, muito violento e tenta nos silenciar", disse, em entrevista à CNN Brasil. Ela garantiu que o caso tomou proporções judiciais.

A deputada federal Tabata Amaral (PSB) assinou uma coluna na Folha de S.Paulo, na última sexta-feira (24), na qual comenta o compartilhamento feito pelo ator José de Abreu de um tuíte com ameaça de agressão física à parlamentar. No texto, Amaral também apresenta outros ataques de cunho misógino que ela já recebeu nas redes sociais.

"E não, esses ataques não vieram apenas de milicianos bolsonaristas. Vieram também de militantes de esquerda, filósofos, jornalistas, atores de novela, parlamentares e ministros", escreve a deputada.

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"Todas as mulheres que ousaram se posicionar politicamente já sofreram alguma forma de violência política de gênero. Simone Tebet, Dilma Rousseff, Joice Hasselmann, Manuela D’Avilla, Marina Silva e Talíria Petrone. Marielle Franco", ela acrescenta.

No último sábado (18), o ator José de Abreu compartilhou um tuíte em que um internauta dizia contra Tabata Amaral "Se eu encontro na rua, soco até ser preso". Neste sábado (25), o ator criticou a deputada após ela publicar a coluna. "Você colocar meu nome na chamada do artigo por causa de um RT é de uma desonestidade intelectual imensa. Fala mais de você do que de mim", escreveu.

Tabata Amaral entrou com uma ação na Justiça para que o ator explique a motivação por trás do compartilhamento do tuíte. 

Na noite desta quinta-feira (17) a deputada federal pelo estado de São Paulo (SP), Tabata Amaral, fez o anúncio oficial de sua filiação ao PSB, durante uma entrevista no programa Conversa com Bial, exibido pela Rede Globo. A parlamentar estava sem legenda desde que rompeu com o PDT em 2019, após votar a favor da reforma da Previdência, contrariando a orientação do partido.

"Como alguém que acredita em partidos e ficou dois anos nessa luta para conseguir o direito de se filiar a um novo partido, eu vou para o PSB, foram muitas conversas, e vou muito feliz", disse, se referindo ao impasse na Justiça que resultou no parecer positivo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em maio deste ano, autorizando a saída do PDT sem a perda do mandato.

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O namorado dela, João Campos (PSB), que é prefeito do Recife (PE), também participou da conversa. Contudo, quando perguntada se a entrada no partido teria ligação com as ambições de Campos, Tabata pontuou que sua “trajetória política é independente”, assim como foram as conversas com os partidos, e disse achar “natural” ambos estarem no “mesmo lugar”, pois o casal possui “uma visão de Brasil que é muito compartilhada”.

Segundo a deputada, a escolha do PSB foi tomada após muitas conversas e tem maior  relação com o caráter progressista da legenda. Para ela, o partido apresenta “muita clareza do seu papel no combate a esse governo tão autoritário, tão incompetente, tão corrupto que infelizmente lidera o nosso país”.

Tabata Amaral ainda pontuou o desejo de ver Luiza Trajano, dona da rede Magazine Luiza, como candidata à Presidência em 2022 e citou o nome do ex-governador Márcio França (PSB) como uma opção para assumir o comando do estado de São Paulo.

 

Fora do PDT após conseguir se desfiliar do partido com a autorização do Tribunal Superior Eleitoral (sem partido), a deputada Tabata Amaral deve se filiar ao PSB nas próximas semanas. O seu namorado e prefeito do Recife, João Campos (PSB) foi um dos principais responsáveis pelas tratativas com o partido.

Segundo o Estadão, Tabata quer uma sinalização do PSB de que vai poder disputar a Prefeitura de São Paulo em 2024. O PSD e o PSDB chegaram a sondar a deputada, mas as conversas não avançaram. 

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Tabata Amaral deve chegar ao PSB após o partido ganhar mais força com a vinda de suas lideranças de peso: o governador do Maranhão Flávio Dino, que trocou o PCdoB para disputar uma vaga ao Senado em 2022. e o deputado federal Marcelo Freixo, que deixou o PSOL para disputar o governo do Rio de Janeiro.

A posição da deputada Tabata Amaral (PDT-SP), que votou a favor do Projeto de Lei (PL) 591/21 do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) parar iniciar o processo de privatização da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), virou polêmica nas redes sociais. Nessa quinta-feira (5), ela publicou um vídeo para explicar sua posição.

Com 286 votos a favor, 173 contra e duas abstenções, o PL sobre a venda dos Correios passou na Câmara e vai seguir ao plenário do Senado antes de ser sancionada. As bancadas do PT, PSOL, PCdoB e Rede foram contra a proposta relacionada a atuação do setor privado na distribuição de cartas, telegramas, cartões postais e emissão de selos.

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Ataques virtuais à parlamentar

Nas redes sociais, Tabata voltou a ser chamada de 'oportunista' e 'traidora' por apoiar a desestatização da empresa, defendida pelo Governo. "Será que foi em Harvard que a Tabata Amaral aprendeu a odiar pobre?"; "Mente que nem sente! Vergonha de uma politiqueirazinha como você! Vejo meu dinheiro indo pro ralo ao pagar seu salário e inúmeros benefícios! Traidora do povo! Fecha essa matraca podre!", comentaram alguns internautas.

Após repercutir negativamente, a parlamentar destacou que "nem toda concessão é ruim, e nem toda privatização é boa", mas que, "no caso dos Correios, esse serviço deixou de ser essencial a nossa Segurança Nacional e que, portanto, a iniciativa privada pode contribuir melhorando a qualidade do serviço e trazendo novos investimentos".

Demissão dos profissionais

Sobre a demissão em massa de profissionais dos Correios, ela apontou que o texto-base indica que "nenhum funcionário dos Correios poderá ser demitido no primeiro um ano e meio. Além de limitar o fechamento de agência em regiões remotas" e lembrou que o advento tecnológico vai fazer com que o envio postal seja menos presente.

Acompanhe

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A parlamentar ainda citou duas emendas que apresentou para o relatório final da proposta. Uma possibilita que os atuais funcionários dos Correios possam ser sócios das empresas que vão administrar os envios, com recebimento de 2% das ações, e a outra sugere o fim das isenções tributárias ao serviço para identificar o aumento na arrecadação Federal.

A deputada federal Tabata Amaral (sem partido) fará uma sessão de autógrafos na Livraria da Jaqueira do Bairro do Recife, área central da capital pernambucana, na próxima quarta-feira (28). O evento está marcado para acontecer das 16h às 22h, com o objetivo de receber leitores do livro “Nosso Lugar”, escrito pela parlamentar e lançado em 2020.

De acordo com as informações disponíveis na editora do livro, a Companhia das Letras, a obra conta a trajetória de Tabata até a campanha eleitoral de 2018, quando ela foi eleita deputada pelo PDT com 264.450 votos. A relação da parlamentar com a capital pernambucana tornou-se próxima a partir do relacionamento com o atual prefeito da cidade, João Campos (PSB).

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“Nesta obra, a deputada entrelaça suas experiências pessoais e profissionais – enquanto narra as dificuldades de ser uma mulher jovem no ambiente político – e conta como lida com fake news e ataques coordenados. Se seguirmos no ritmo atual, levaremos cerca de cem anos para alcançar mundialmente a igualdade de gênero na representação política. Acelerar essa transformação é o objetivo deste livro, e um imperativo para todas as pessoas que desejam uma sociedade mais justa”, escreve a Companhia das Letras na apresentação do livro da deputada.

Uma das figuras femininas insurgentes na política brasileira, Tabata tem 28 anos e foi criada na Vila Missionária, bairro humilde de São Paulo (SP). A trajetória prodigiosa da parlamentar surpreende desde muito cedo, a exemplo de sua participação na 1° Olimpíada de Matemática para Escolas Públicas (OBMEP), aos 11 anos.

Os torneios educacionais seguiram até o final do ensino médio, quando a hoje deputada chegou a acumular mais de 40 medalhas em competições nacionais e internacionais de matemática e ciências. Defensora da educação de qualidade, ela chegou a iniciar o curso de Física na Universidade de São Paulo (USP), mas foi aceita com bolsas de estudo integrais em 6 universidades norte-americanas.

Com isso, a parlamentar reiniciou a graduação em Harvard, nos Estados Unidos (EUA), dessa vez em Astrofísica. No segundo semestre, no entanto, mudou o foco de seus estudos para políticas públicas, o que a levou até a formação em Ciência Política com curso secundário em Astrofísica. Ainda em Harvard, passou a estudar a fundo os principais problemas da educação pública brasileira.

A Livraria Jaqueira fica na Rua Madre de Deus, número 110, ao lado do Paço Alfândega.

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber determinou que a Mesa Diretora do Congresso Nacional preste informações sobre a aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2022 e o aumento vertiginoso no fundo eleitoral - chamado de “fundão” - que passou de 1,8 bilhão em 2017 para R$ 5,7 bilhões após a validação dos parlamentares. 

Weber deu o prazo de 10 dias para que os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL), e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), expliquem as mudanças. A decisão da presidente em exercício do STF foi tomada na quinta-feira (22), no entanto, apenas nesta segunda (26) tornou-se pública, segundo o site Valor Econômico. 

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"Considerada a natureza da controvérsia, em que se contende a respeito da correção do procedimento legislativo de votação aplicado à espécie, determino a notificação das autoridades impetradas para que prestem informações, no prazo de dez dias, como providência prévia ao exame do pedido de liminar", escreveu a ministra. 

Rosa Weber também enviou uma notificação ao governo federal para, se for de seu interesse, ingressar como parte do processo. Embora a aprovação do fundão tenha sido sustentada, em sua grande maioria, por votos da base de apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ele tem repetido aos jornalistas que irá vetar o aumento, mas até agora não o fez. 

Após o período de recesso de julho, ao final do plantão da ministra, os autos serão encaminhados ao gabinete do ministro Nunes Marques. Ele é o relator original da ação conduzida por parlamentares que querem anular a votação da LDO e barrar o aumento do fundo destinado ao financiamento de campanhas eleitorais em 2022. 

O processo é assinado pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e pelas deputadas Adriana Ventura (Novo-SP), Tabata Amaral (Sem Partido-SP), e os deputados Daniel Coelho (Cidadania-PE), Felipe Rigoni (PSB-ES), Tiago Mitraud (Novo-MG) e Vinícius Poit (Novo-SP).

Por 6 votos a 1, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu nesta terça-feira (25) que a deputada federal Tabata Amaral (SP) pode se desfiliar do PDT sem perder o mandato. Os ministros atenderam a parlamentar, que pediu o reconhecimento de 'justa causa' para deixar o partido, alegando discriminação e suspensão de suas atividades por divergências com o comando da sigla.

O processo, que dura 19 meses, foi aberto em outubro de 2019, quando a deputada e outros sete integrantes do PDT na Câmara votaram a favor da reforma da Previdência, contrariando a orientação da legenda. Todos os dissidentes se tornaram alvo de processo administrativo na Comissão de Ética da legenda, por infidelidade partidária. Ao TSE, Tabata disse ser alvo de 'massacre' e 'fake news' promovidos pela cúpula do PDT, que estaria agindo para vê-la 'sangrar' até pedir a desfiliação.

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O relator do processo é o ministro Sérgio Banhos. No julgamento, ele afirmou que houve 'discriminação pessoal' contra a deputada. "Se o estatuto do PDT estabelece regras de fidelidade partidária que conformam a atuação parlamentar, bem como disposições punitivas de descumprimento, em tese, todos os filiados que tenham assim agido deveriam receber o mesmo tratamento", disse.

O ministro lembrou que o TSE já consolidou entendimento de que os partidos não podem determinar sanções disciplinares graves aos filiados quando houver acordo para autonomia política no exercício dos mandatos. A interpretação foi aplicada no julgamento que reconheceu justa causa para a desfiliação do deputado federal Felipe Rigoni (ES) do PSB. Ao incorporar as candidaturas advindas do movimento Acredito, como a de Tabata, o PDT autorizou, através do secretário-geral, a liberdade de posicionamento do grupo. Na carta-compromisso, assinada em abril de 2018, a sigla se comprometeu a 'dar voz e voto aos integrantes do Acredito filiados ao partido' e a 'respeitar as autonomias políticas e de funcionamento do Acredito, bem como a identidade do movimento e de seus representantes'.

"Os comentários ofensivos em face da autora, a quebra de confiança existente entre o PDT e o movimento Acredito e o repentino e inesperado fechamento dos espaços políticos para o grupo dissidente indicam clara situação de desprestígio e de conivência inviável", afirmou Banhos. "O referido acordo, firmado no marco final para filiação partidária, foi essencial para a decisão da autora de compor as hostes partidárias e de concorrer ao cargo de deputada federal. Sem a referenda garantia de resguardo à autonomia política, sem essa relação de fidúcia entre a agremiação e a cidadã, a autora não teria se candidatado pelo PDT", concluiu o ministro. Ele observou ainda que a eleição de Tabata 'somou muitos votos às eleições proporcionais'.

O relator foi acompanhado pelos colegas Luís Felipe Salomão, Carlos Horbach, Alexandre de Moraes, Mauro Campbell Marques e Luís Roberto Barroso.

Em seu voto, Moraes observou que, no momento da filiação, o PDT já sabia que Tabata tinha posições específicas divergentes das diretrizes da legenda. "Já sabiam dessa divergência dela em relação às questões previdenciárias, em outras questões também de cunho liberal, mas mesmo assim concederam legenda. Ou seja, houve um prévio acordo para que o partido pudesse ter uma maior representatividade nas eleições. Não pode depois essa pessoa sofrer uma perseguição desproporcional, como ocorreu", destacou.

Embora tenha acompanhado o relator, o ministro Carlos Horbach chamou atenção para as consequências da incorporação de movimentos de renovação política. "A formação desses movimentos suprapartidários, com pautas específicas, o surgimento desse fenômeno na vida democrática brasileira, pode trazer algumas consequências deletérias, impensadas, que podem prejudicar a ordem democrática. Penso que os partidos seriam levados a condição de verdadeiros hospedeiros", disse.

A divergência foi aberta pelo ministro Edson Fachin, que não viu descriminação contra a deputada e acabou isolado no julgamento. Ele considerou que as declarações públicas de dirigentes do partido não foi dirigidas especificamente à Tabata. "Não há, na minha ótica, como automaticamente concatenar o conteúdo de tais dizeres como aptos a configurar ofensas pessoais direcionadas direta e individualmente à requerente", afirmou. "[Foram] falas de teor crítico, incisivo e, evidentemente, ácido, mas não se identifica que estejam interativamente direcionadas a um filiado especificamente, mas a um grupo de filiados."

Tabata x PDT

Antes da votação, o advogado Cristiano Vilela de Pinho, que representa Tabata no processo, voltou a dizer que o PDT descumpriu o próprio estatuto ao suspender a deputada por mais de 60 dias. Ele também afirmou que o partido autorizou a 'liberdade de posicionamento' dos filiados do Acredito.

"O PDT firmou esse compromisso, através do secretário-geral do partido. Essas candidaturas foram propagadas no momento eleitoral sob essa bandeira, receberam os votos, e aí com menos de seis meses houve esse episódio e a tentativa de criminalizar, de criar uma situação insustentável, que fez com que ela não tivesse outra alternativa se não solicitar a justa causa", afirmou. "O PDT, nesse processo todo, onde suspendeu a deputada Tabata Amaral, descumpriu os artigos estatutários que regulamentam o tema."

O advogado disse ainda que o partido 'fechou as portas' para Tabata e fez com a deputada ficasse 'órfã da estrutura partidária'. Ele lembrou declarações públicas do presidente da sigla, Carlos Lupi, e do vice-presidente do PDT, Ciro Gomes, contra a parlamentar.

"Foram diversas ofensas com a finalidade de minar a figura política da deputada. São ofensas que estão em um patamar muito acima do permitido, do respeitado dentro de uma conivência harmoniosa intra-partidária", criticou ao lembrar menções como 'traidora' e 'vendida'.

Na outra ponta, o advogado Walber Moura Agra, representante do PDT, negou discriminação contra a deputada e lembrou que ela continuou a participar da Comissão de Educação. Também afirmou que o compromisso firmado com o movimento Acredito não foi chancelado pelo presidente da sigla e não pode funcionar como 'salvo-conduto' para os filiados violarem a doutrina do partido e as regras de fidelidade partidária estabelecidas na Constituição. Destacou ainda que a orientação para votação do texto da reforma da Previdência não foi uma orientação da bancada, mas uma convenção nacional.

"Isso vem de uma história que vai ser conjecturada com os posicionamentos do presidente Leonel de Moura Brizola. Quem não fecha as questões, sai do partido. Isso é histórico do PDT", disse. "Esse caso é muito além do que um simples acordo, um simples acerto, entre o PDT e o movimento Acredito."

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