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Daqui a poucos dias 2022 inicia e com ele todas as despesas de começo do ano. E quem tem filhos na escola tem uma conta a mais: a compra do material escolar, que vai acompanhar a inflação e a alta do dólar. Segundo a Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (ABFIAE), o aumento pode chegar a 30%.

“Para 2022, temos reajustes elevados em todas as categorias de materiais escolares, variando de 15% a 30%, em média”, afirmou o o presidente executivo da ABFIAE, Sidnei Bergamaschi.

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De acordo com entidade, as indústrias e os importadores estão sofrendo esse ano um grande aumento de custos. “São aumentos elevados e frequentes nas diversas matérias-primas como, por exemplo, papel, papelão, plástico, químicos, embalagem, etc. Para os produtos importados, os principais impactos são a variação do dólar no Brasil, os aumentos de custos na Ásia e a elevação dos preços de fretes internacionais, decorrente da falta de containers. Além disso, as medidas antidumping para importações de lápis da China, adotadas pelo governo brasileiro este ano, aumentaram os custos na categoria de lápis”, observou Bergamaschi.

O executivo afirmou que nenhum produto escapará da alta de preços.  “Provavelmente todas as categorias de produtos sofrerão aumentos de preços”. E mesmo os produtos nacionais não terão tanta procura, por falta de opções. “Pode ocorrer alguma migração de volume de produtos importados para nacionais, mas em pequena escala. Para a maioria dos produtos atualmente importados, as opções de fornecimento nacional são pequenas”.

Este ano foi marcado por aulas híbridas em diversos estados, e com isso muitos estudantes reaproveitaram materiais escolares de 2020. Com o avanço da vacinação e a volta às aulas totalmente presencial, pelo menos na Educação Básica, a expectativa da entidade para 2022 é cautela.

“Acreditamos que a retomada das aulas presenciais na maioria dos locais no final de 2021 movimentou o setor, mas sem atingir os patamares pré-pandemia. Nosso mercado foi um dos mais atingido durante a pandemia, com escolas e comércio fechados, com uma queda no varejo de papelaria superior a 37%. Apesar de existir uma boa expectativa com o retorno das aulas presenciais em 2022, os comerciantes do setor de papelaria estão cautelosos, pois sofreram muito em 2021, quando não teve volta às aulas, muitas empresas estão em dificuldades financeiras e outras encerraram as suas atividades. Além disso, a degradação dos índices econômicos - dólar elevado, inflação em alta, desemprego e baixo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), põe em risco os resultados para nosso segmento”, avalia o executivo.

Alternativas

E se os preços estarão nas alturas, o jeito é buscar alternativas para economizar, explica o economista Sérgio Tavares. “Em primeiro lugar, é importante pesquisar bastante os preços, seja em lojas de rua, nos shopping centers e lojas online. Os preços costumam oscilar muito e dado o volume de itens a serem comprados, a economia pode ser boa para quem tem organização e disciplina neste sentido”.

Para quem se organizou, pagar à vista, em dinheiro, pode render um bom desconto. “Uma segunda abordagem é a tentativa de desconto para pagamento à vista ou em dinheiro, por exemplo, caso a compra tenha valor relevante. O valor à vista nunca pode ser o mesmo do valor total parcelado. O cliente deve perguntar antes se o preço à vista e o mesmo do preço parcelado, o  estabelecimento tem o dever de dar desconto para pagamento à vista”, orienta o diretor da STavares Consultoria Financeira.

Outra forma de economizar é conversar com outros pais, seja através de grupos e fazer compras conjuntas em livrarias, editoras e no atacado. Isso aumenta a probabilidade de conseguir preços menores.

“Uma última alternativa é comprar diretamente da escola, desde que a comodidade não represente maior preço em relação às lojas. Mas, o que é primordial é pesquisar bastante item a item em maior número de estabelecimentos possível, listando os descontos e facilitadores na forma de pagamento para a tomada de decisão. Dependendo do resultado da pesquisa, pode haver casos em que é mais lucrativo dividir a compra dos itens em vários estabelecimentos”, finaliza o economista.

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) promove nos dias 21 e 22 de dezembro a 2ª edição da Expo UFPE 2021, que apresenta aos alunos do ensino médio os cursos de graduação oferecidos pela instituição por meio de palestras virtuais e interação via chat. O evento será transmitido através do canal da UFPE no YouTube, por isso, não é necessário realizar inscrições.

De acordo com a instituição, esta edição abordará os seguintes temas: cursos de graduação, formas de ingresso na Universidade, projetos acadêmicos, apoio pedagógico e de acessibilidade; políticas estudantis e programas de assistência; programas de intercâmbio na graduação, empregabilidade e mercado de trabalho.

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Os estudantes também terão a oportunidade de participar do evento em janeiro de 2022, período em que serão realizadas três lives, nos dias 6, 13 e 20, sobre escolha da profissão, ações afirmativas e informações sobre o Sistema de Seleção Unificada – Sisu - do MEC, principal forma de ingresso na UFPE. Na ocasião, será possível tirar dúvidas por meio do chat.

Programação

O primeiro dia da Expo UFPE 2021 terá início às 8h, com sessão de abertura. Participarão o reitor Alfredo Gomes, o vice-reitor Moacyr Araújo, a pró-reitora de Graduação, Magna Silva, e a secretária-executiva de Desenvolvimento da Educação de Pernambuco (SEE), Ana Selva.

Logo em seguida, haverá a apresentação cultural Frida. Nesse dia, também haverá painéis que serão realizados até às 17h. Entre os temas presentes no primeiro dia estão: A UFPE e a Interiorização, Pessoas que transformam o mundo e UFPE além da sala de aula.

No dia 22, a programação vai até às 12h e conta com dois painéis: Política e Organização Estudantil na UFPE e A Internacionalização da Graduação e a Empregabilidade.

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Em março de 2020, o avanço da pandemia da covid-19 obrigou o fechamento das escolas e a suspensão das aulas presenciais em todo o Brasil para conter a propagação do vírus. Um ano e seis meses depois, em setembro de 2021, a vacinação contra o coronavírus permitiu o retorno dos alunos às escolas de Belém. O clima é de emoção e esperança, apesar das dificuldades.

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Depois de relatarem a experiência com as aulas remotas, o professor de biologia da rede privada Henac Almeida e o professor de física da rede pública Lauro Santana contam como está sendo o retorno para as aulas presenciais. “Nosso retorno foi tranquilo. Sempre de máscara, com álcool, distanciamento sendo mantido”, disse Henac Almeida.

O professor de biologia conta que as duas escolas particulares onde trabalha estavam prontas para a reabertura. “Tinha álcool à vontade. Foram instaladas diversas pias para ter sempre água e sabão disponível. O cuidado foi bem feito”, declarou.

Henac afirma que, para ele, o retorno ao presencial foi tranquilo, mas os alunos tiveram dificuldades. “Senti eles bem retraídos no início. E senti os alunos com um preparo um pouquinho comprometido”, afirmou.

Para Henac, isso aconteceu porque os estudantes não tiveram um ambiente propício ao estudo durante o período de aulas remotas. “Para que o aluno acompanhe as aulas em casa, é preciso que família e escola se unam de uma maneira maior do que hoje. Para conseguir manter uma rotina tal qual é necessária no colégio. E eu sinto que poucos conseguiram isso”, explicou.

Mesmo com o retorno das aulas presenciais, o professor acredita que o regime on-line ainda fará parte da educação dos alunos. “Nós ainda temos fagulhas de pandemia pelo mundo. Ainda há aquele medo da pandemia reacender. Então acho que muitos pais ainda vão priorizar a aula on-line”, opinou. Diante dessa nova etapa do retorno à normalidade, o professor espera que as famílias e as escolas saiam da pandemia mais unidas na educação dos alunos. “Gosto de pensar de maneira otimista: a pandemia pode ser o grande start para que a gente tenha essa continuidade maior entre escola e família”, concluiu.

Rede pública

Professor do ensino médio em três escolas públicas de Belém, o físico Lauro Santana conta que o retorno das aulas presenciais nas escolas em que trabalha ocorreu de forma gradativa. “O retorno aconteceu começando com 25% dos alunos, posteriormente 50% e finalmente com 100%”, disse. Para Lauro, o retorno foi difícil e necessitou preparo psicológico. “Devido a perdas de amigos que faziam parte do nosso dia a dia. Senti a ausência dessas pessoas, por isso desta vez tivemos que nos preparar também psicologicamente”, relata.

Mesmo com essa dificuldade, Lauro não deixou de cumprir seu papel como educador. “Os alunos estavam retornando trazendo consigo incertezas. Repassamos o mesmo conteúdo para os grupos de uma turma diversas vezes. Assim aconteceu até voltarem as aulas com o número total de alunos por turma”, contou.

O professor também relata que estava com sentimentos mistos de alegria e preocupação. “Alegria por rever os alunos e poder ministrar aulas interagindo no mesmo ambiente com eles. Preocupação pois os alunos não tinham recebido a 1ª dose da vacina contra a covid-19”, declarou.

Após a experiência do ensino remota e de testemunhar as dificuldades dos alunos de participar ou ter acesso as aulas on-line, Lauro tem boas expectativas com o retorno à sala de aula. “Esperança de ter em sala um número expressivo de alunos, já que durante as aulas online a frequência era baixa devido ao não acesso à internet pela maioria dos alunos”, afirmou.

Por Felipe Pinheiro.

 

O Colégio de Aplicação (CAp), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), divulgou a lista dos novos alunos selecionados por meio de sorteio realizado quarta-feira (1). Ao todo, 56 vagas, referentes ao 6º do ensino fundamental, foram preenchidas para o ano letivo de 2022. A relação dos selecionados pode ser consultada através do site da instituição.

De acordo com UFPE, o sorteio registrou 3.272 inscrições, sendo 2.942 para a livre concorrência e 330 para a reserva de vagas. Nesta edição, houve um aumento de candidaturas, comparanedo-se a 2020. 

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Os sorteados serão convocados para realização da pré-matrícula, que será entre os dias 3 a 6 de janeiro. Após isso, em 11 de janeiro, será divulgada no site do CAp a listagem dos candidatos aptos à matrícula, após análise dos documentos anexados na pré-matrícula. 

Já a matrícula está prevista para 17, 18 e 19 de janeiro, das 7h30 às 12h, na secretaria do colégio. No ato da matrícula, deverão ser entregues: documento original da transferência definitiva ou transferência provisória; cópia da Carteira de Identidade e do CPF do candidato e foto 3x4 recente.

A edição 2021 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será a segunda a ser realizada sob os efeitos da pandemia de covid-19. Mas dificuldades não se encerram na prova de ingresso para o ensino público superior. Quem busca formação universitária no sistema privado também sofre os efeitos da crise sanitária, que agravou a inflação e o desemprego, resultou em elevados índices de evasão escolar e aumentou a inadimplência no pagamento do financiamento dos estudos.

Várias iniciativas do Senado têm objetivo de suspender, refinanciar ou até cancelar as dívidas dos estudantes do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), o maior programa do Ministério da Educação (MEC) para o setor. 

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Desde 2001, o Fies já beneficiou cerca de 3 milhões de cidadãos. Destinado a estudantes que não têm condições de pagar a mensalidade de uma universidade privada, o fundo facilita o acesso de mais pessoas ao ensino superior. O Fies paga as parcelas do curso para o aluno enquanto ele ainda está matriculado, para que ele realize o pagamento quando estiver formado, sem juros. 

A crise da covid-19 fez aumentar substancialmente os índices de inadimplência dos contratos com o Fies. A Lei 14.024, publicada em 9 de julho, suspendeu temporariamente as obrigações financeiras com o Fies durante o período de vigência do estado de calamidade pública causado pela pandemia, reconhecido pelo Decreto Legislativo 6, de 20 de março de 2020. Também em razão da pandemia, o MEC, através de portaria publicada em abril de 2021, dispensou os estudantes de apresentar pessoalmente os documentos necessários para contratação ou aditamento semestral do Fies e  prorrogou até 31 de dezembro deste ano o prazo de renovação dos contratos relativos a 2021. 

Propostas do Senado Em 5 de maio o Senado aprovou o PL 1.133/2021, do senador Jayme Campos (DEM-MT), que prorroga até o fim de 2021 a suspensão temporária das obrigações financeiras dos estudantes beneficiários do Fies. A proposta tem por objetivo manter os estudantes matriculados no ensino superior, mesmo com as dificuldades financeiras provocadas pela pandemia do coronavírus. O projeto aguarda votação no Plenário da Câmara dos Deputados.  Outro projeto, o PL 3.403/2021, do senador Chico Rodrigues (DEM-RR), amplia a suspensão de pagamentos até 30 de junho de 2022. Por sua vez, o PL 1.841/2021, do senador Paulo Rocha (PT-PA), cancela as parcelas devidas ao Fies relativas ao período de março de 2020 a março de 2022, desde que sejam de  estudantes com renda familiar bruta de até três salários mínimos ou que ficaram desempregados no período em consequência da crise sanitária.

Já o projeto PL 4.038/2021, do senador Wellington Fagundes (PL-MT), que aponta os elevados índices de atraso nos pagamentos do Fies, suspende até o fim de 2022 a cobrança de juros e multa dos estudantes. O senador Fernando Collor (Pros-AL) propôs um programa de regularização e refinanciamento do Fies, com descontos escalonados nos encargos moratórios e parcelamento da dívida em até 175 parcelas mensais (PL 4.076/2021). 

E, em proposição mais recente, o senador Rogério Carvalho (PT-SE) estabelece “anistia total e irrestrita” dos débitos com o Fies (PL 4.093/2021), chamando atenção para a situação de mortes e desemprego que deixou muitos estudantes sem apoio familiar. 

Também foi encaminhado à análise da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), onde aguarda recebimento de emendas, o PL 3.607/2021, do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), que flexibiliza os critérios do teto do financiamento do Fies em relação à renda familiar per capita e abre exceções ao teto para inscritos em programa social do governo e para atletas olímpicos em formação.  O senador Carlos Viana (PSD-MG), entre outras medidas no PL 3.463/2021, propõe que estudantes que estejam há pelo menos dois anos em acolhimento institucional tenham prioridade ao financiamento com recursos do Fies. 

Evasão escolar

Os motivos econômicos para o aumento da evasão escolar durante a crise de covid chamaram a atenção da Subcomissão Temporária para Acompanhamento da Educação na Pandemia, que discutiu a questão em audiência pública com representantes da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e da União Nacional dos Estudantes (UNE), em 8 de novembro. Na ocasião, os debatedores alertaram para a necessidade de um programa para atrair jovens de volta às escolas e universidades, e reivindicaram a recomposição do orçamento de bolsas de estudo e do Plano Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes). 

Já os especialistas ouvidos pela Comissão de Educação (CE) em audiência pública realizada em 8 de novembro associaram as propostas de reforma tributária em tramitação no Congresso a uma ameaça que afeta tanto o Fies quanto o Programa Universidade para Todos (ProUni) — programa que oferece bolsas de estudo integrais e parciais em instituições particulares de educação superior. Para eles, os projetos PL 3.887/2020 e PL 2.337/2021, que alteram as regras tributárias, podem tornar o ProUni economicamente inviável e resultar em gastos ainda maiores por parte das universidades públicas. 

*Da Agência Senado 

Na cidade de Gijón, na Espanha, um professor foi suspenso ao dar nota dez a todos os seus alunos. Segundo a tese defendida em entrevista ao El Comercio, o professor prefere recompensar os acertos dos alunos ao invés de puni-los pelos erros.

O profissional em questão é Yván Pozuelo, de 47 anos, que dava aula de francês há dez anos e defende seu próprio método de ensino. “[Ao dar a nota 10] há uma motivação total para a aprendizagem”, explicou o professor em um livro publicado com suas metodologias de ensino .

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A Secretaria de Educação de Astúrias abriu uma investigação contra o professor e recomendou à escola que ele fosse afastado por oito meses, sem remuneração. O documento apresentado para investigação contém 2,5 mil páginas contra o docente.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) prevê a aplicação dos testes e questionários do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) 2021 para mais de 6 milhões de alunos da educação básica. O quantitativo é uma estimativa com base na coleta de dados do Censo Escolar.

Este ano, o SAEB será aplicado nas instituições de ensino no período que vai de 8 a 10 de novembro. As datas serão de acordo com o agendamento e seguirá os protocolos de prevenção à Covid-19. Além disso, de 13 de outubro a 23 de dezembro serão aplicados questionários eletrônicos destinados a dirigentes municipais de Educação, diretores das escolas do ensino básico e professores da educação infantil.

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O Sistema de Avaliação da Educação Básica, em 2021, seguirá os moldes de 2019, cuja aplicação foi censitária nas escolas públicas para o quinto e o nono anos do ensino fundamental e para a terceira e a quarta séries do ensino médio. Já as escolas privadas serão avaliadas em caráter amostral, que contará, além do questionário, com testes de língua portuguesa e matemática.

Diferente das outras edições, o Saeb será também direcionado ao diagnóstico da educação infantil que será em formato amostral, através de questionários eletrônicos aplicados aos secretários municipais de Educação, diretores e professores dessa etapa educacional.

Alunos de uma escola particular, localizada em Criciúma, município de Santa Catarina, foram suspensos após apologia ao nazismo. Seis estudantes, todos do nono ano do ensino fundamental, aparecem em um vídeo, divulgado na última quarta-feira (27), fazendo saudação nazista em uma sala de aula. A ação ocorreu há três meses. 

Em nota divulgada, nas redes sociais, pelo Colégio da Associação Beneficente da Indústria Carbonífera de Santa Catarina (Satc), é ressaltado que a instituição repudia o ato praticado pelos alunos. "Apologia ao nazismo é crime! Repudiamos e não compactuamos de nenhuma forma com tais atitudes. Deste modo, as providências cabíveis foram tomadas, com a suspensão de alunos, advertência e a realização de reflexão sobre o nazismo e o quamto esse regime foi pavoroso para a história humana", diz trecho do comunicado. Confira na íntegra:

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Nesta sexta-feira (27), a instituição de ensino voltou a falar sobre o caso através de um vídeo. Mais uma vez, o SATC afirmou que repudia "qualaquer apologia ao nazismo". O gestor da unidade reforça que os alunos envolvidos foram orientados e receberão "as devidas sanções".

"O SATC é uma casa de educação e, como tal, tem que resolver os seus problemas usando da educação. É necessário que a gente use esse tipo de abordagem para dar o melhor encaminhamento. É fundamental também que se entenda que o professor que foi saudado não é judeu. Ele usou esse exemplo, inclusive, para dizer que sendo, esses alunos estariam comentendo uma ação muito prejudicial", explica o gestor. Confira o vídeo: 

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A bancada do PSOL na Câmara dos Deputados entrou com uma representação no Ministério Público Federal pedindo a abertura de uma investigação contra o ministro da Educação, Milton Ribeiro, pelas declarações de que alunos com deficiência "atrapalham" o aprendizado dos demais e, em alguns casos, é "impossível a convivência".

O ofício foi encaminhado na sexta-feira, 20, ao subprocurador Carlos Alberto Vilhena, que coordena a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão. De acordo com os parlamentares, as falas do ministro foram "desrespeitosas" e "discriminatórias".

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"É inaceitável, no Estado Democrático de Direito, que a apologia à discriminação seja proclamada, abertamente, por um Ministro de Estado. A declaração preconceituosa e discriminatória utilizada pelo Ministro precisa ser repelida pelas instituições competentes", argumentam.

Os deputados pedem que Ribeiro seja obrigado a pagar uma indenização por danos morais coletivos a entidades de direitos humanos que atuem na defesa das pessoas com deficiência e necessidades especiais.

Em entrevista ao programa Novo Sem Censura, da TV Brasil, no último dia 9, o ministro da Educação criticou o que chamou de "inclusivismo". "O que é o inclusivismo? A criança com deficiência era colocada dentro de uma sala de alunos sem deficiência. Ela não aprendia, ela atrapalhava, entre aspa, essa palavra falo com muito cuidado, ela atrapalhava o aprendizado dos outros, porque a professora não tinha equipe, não tinha conhecimento, para poder dar a ela atenção especial", afirmou ao criticar as diretrizes anteriores para inclusão dos alunos com deficiência na rede pública.

Dias depois, em visita ao Recife, Ribeiro afirmou que existem crianças com graus de deficiência em que "é impossível a convivência em sala de aula" e defendeu o uso de salas especiais para esses alunos. "Nós temos 1,3 milhão de crianças com deficiência que estudam nas escolas públicas. Desse total, 12% têm um grau de deficiência em que é impossível a convivência", afirmou o ministro. "O que o nosso governo fez? Ao invés de jogá-los em uma sala de aula simplesmente pelo inclusivismo, nós estamos criando salas especiais para que essas crianças possam receber o tratamento que merecem e precisam", acrescentou.

Com a repercussão das declarações, o Ministério da Educação afirmou, por nota, que Ribeiro "manifestou publicamente o seu pedido de desculpas às pessoas que se sentiram ofendidas". A pasta disse ainda que "reafirma o seu compromisso com o desenvolvimento de políticas públicas que contemplem de fato as necessidades das modalidades especializadas".

A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, que recebeu a representação do PSOL, também divulgou uma nota. Nesta caso, no entanto, o texto serviu para repudiar as declarações do ministro. "A concretização da política aprovada pelo governo federal representa retrocesso e vai na contramão da busca pela garantia de acesso à educação inclusiva", diz o texto.

COM A PALAVRA, O MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

A reportagem entrou em contato com o Ministério da Educação para comentar a representação e aguarda resposta. O espaço está aberto para manifestação.

Depois de tentar justificar sua fala sobre crianças com deficiência, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, usou as redes sociais para pedir desculpas às pessoas que se sentiram ofendidas. Ribeiro havia declarado que alunos com deficiência atrapalham o ensino dos demais estudantes em sala de aula, além de citar o termo “inclusivismo”.

“Inicio pedindo perdão a todos que sentiram-se ofendidos ou constrangidos com a forma como me expressei em relação aos nossos educandos especiais”, postou Milton Ribeiro no Twitter. Em seguida, ele argumentou que suas palavras foram usadas de maneira “não apropriada”. Mais cedo, em evento na Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), no Recife, o ministro afirmou que seu discurso foi tirado de contexto.

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“Algumas palavras foram utilizadas de forma não apropriada e não traduzem, adequadamente, o que eu quis expressar. Minha intenção foi referir-me quanto à dificuldade de desenvolvimento adequado de algumas crianças com deficiências em classes comuns”, continuou o gestor no Twitter.

Reprodução/Twitter/Milton Ribeiro

Em entrevista ao LeiaJá, especialistas explicaram as consequências negativas da fala do ministro sobre estudantes com deficiência. Confira as análises dos entrevistados.

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O senador Romário (PL-RJ) criticou o ministro da Educação, Milton Ribeiro, em publicação nas redes sociais nesta terça-feira, 17. Segundo o ex-jogador de futebol, "deselegância, imbecilidade e idiotice" é o que ele vem fazendo com a educação do País. "Toma vergonha na cara", disse ainda. O parlamentar se irritou com comentários sobre alunos com deficiência feitos pelo ministro em uma entrevista. Ribeiro, contudo, alegou ter sido mal interpretado.

À TV Brasil no dia 9 de agosto, o ministro da Educação disse que, no chamado "inclusivismo", crianças com deficiência "atrapalhavam, entre aspas" o aprendizado de outros alunos sem a mesma condição. Os motivos que faziam isso ocorrer, segundo ele, é que "a professora não tinha equipe, não tinha conhecimento para dar a ela atenção especial".

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Com a repercussão da fala do ministro, Romário, que tem uma filha com síndrome de Down e carrega a inclusão como uma de suas principais bandeiras, dirigiu uma série de tuítes a Ribeiro na segunda-feira, 16, afirmando que "somente uma pessoa privada de inteligência, aqueles que chamamos de imbecil, podem soltar uma frase como essa. Eles existem aos montes, mas não esperamos que estes ocupem o lugar de ministro da Educação de um país".

O senador defendeu, além disso, que "pessoas com deficiência em sala de aula estão, com a sua presença, também contribuindo para uma importante lição, a de que somos diversos e que não podemos deixar ninguém pra trás". Por fim, Romário escreveu: "O ministro da Educação faltou a muitas aulas, deixando a imbecilidade tomar o lugar da inteligência e da humanidade."

O ministro da Educação, em resposta às postagens de Romário, rebateu que "é muito deselegante quando um representante do parlamento se dirige desta maneira a um ministro de estado, ainda mais com base em uma frase tirada do contexto."

Em seguida, Ribeiro anexou um print em que usuários contextualizam sua fala durante a entrevista concedida à TV Brasil e escreveu ainda: "Quero acreditar que o Sr. não tenha assistido à entrevista e caiu na onda de quem distorceu o sentido de minha frase."

Ministro disse que universidades deveriam ser para poucos

Durante a mesma entrevista concedida à TV Brasil, o ministro da Educação disse que as universidades brasileiras deveriam ser para poucos. Ao longo da conversa, Ribeiro defendeu ainda a volta às aulas na educação básica, ironizou a demanda dos professores por vacinação contra a covid-19 e se mostrou, mais uma vez, surpreso com o tamanho da pasta que ele chefia há mais de um ano.

Para o ministro, os institutos federais, com ensino tecnológico e profissionalizante, serão "as vedetes" do futuro. Ele disse estar cansado de encontrar motoristas que têm graduação completa. "Tem muito engenheiro, advogado, dirigindo Uber porque não consegue a colocação devida, mas, se fosse técnico em informática, estaria empregado porque há demanda muito grande", afirmou Ribeiro.

O vereador e vice-presidente da Comissão de Saúde da Câmara do Recife, Tadeu Calheiros (Podemos), protocolou um requerimento, na Casa José Mariano, solicitando ao prefeito João Campos a prioridade dos estudantes e profissionais de educação da rede municipal de ensino na testagem contra a Covid-19. De acordo com o pedido do parlamentar, os resultados de casos sintomáticos devem ser entregues em até 24h após o exame.

“Essa medida é fundamental para que a gente possa assegurar a continuidade das atividades de toda comunidade escolar. Sabemos que a pandemia trouxe uma defasagem imensurável a todos esses estudantes, uma vez que o Brasil ficou com os colégios fechados muito mais tempo que a média de todo o mundo. Por isso mesmo, precisamos desta agilidade: caso algum aluno ou funcionário apresente qualquer tipo de sintoma, devemos testar imediatamente e providenciar um resultado em um curto espaço de tempo. Isso vai assegurar, diante de um resultado negativo, a sequência das atividades normalmente", argumentou o vereador.

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"Em situações que o diagnóstico positivo seja confirmado, podemos garantir o intervalo necessário para tratamento e a proteção dos demais. Esse conjunto todo vai gerar uma redução do absenteísmo - evitando novos prejuízos na aprendizagem desses jovens”, emendou Calheiros.

Vale destacar que as aulas presenciais da rede municipal estão voltando com grupos escalonados desde o dia 22 de julho, em sistema de rodízio de turmas. Ao todo, o Recife conta com 320 escolas, que reúnem mais de 92 mil alunos.

Com o final do recesso parlamentar da Câmara do Recife se aproximando, a expectativa é que o requerimento seja posto em votação já nas primeiras sessões ordinárias de agosto.

*Da assessoria de imprensa

O Ministério da Educação (MEC) divulgou, na manhã desta quarta-feira (14), em uma cerimônia realizada na sede do Instituto Nacional de Ensino e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), as novas ações para o Novo Ensino Médio.

As mudanças começarão a ser implementadas a partir de 2022 para os estudantes do primeiro ano do ensino médio e, até 2024, todos os anos serão contemplados com os novos referenciais curriculares. As redes de ensino deverão encaminhar ao MEC, até fevereiro de 2022, por meio de um sistema específico, os referenciais curriculares alinhados à Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

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O Novo Ensino Médio objetiva ampliar a carga horária, de forma progressiva, para mil horas anuais nas unidades escolares que ofertam o ensino médio, assim como definir uma nova organização curricular que contempla, além da BNCC, os seguintes itinerários formativos: Linguagens e suas Tecnologias, Matemática e suas Tecnologias, Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Formação Técnica e Profissional, que poderão ser escolhidos pelos alunos para se aprofundar.

Entre as mudanças, também haverá a formação de profissionais com apoio técnico e financeiro do MEC e atualizações das matrizes do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e do novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

A portaria 521, divulgada no Diário Oficial da União (DOU), deve orientar as Unidades da Federação quanto aos procedimentos que deverão ser cumpridos e apoiar no processo de execução de seus currículos alinhados à BNCC.

O evento contou com a participação de secretários da Educação estaduais e distrital, representantes do Conselho Nacional de Educação (CNE), governadores, representantes das Comissões de Educação da Câmara e do Senado e representantes do Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed). O presidente Jair Bolsonaro, que estava com a presença confirmada para o lançamento do Novo Ensino Médio, não compareceu à cerimônia devido a dores abdominais que o fizeram dar entrada no Hospital das Forças Armadas.

O Colégio da Polícia Militar do Paraná (CPM-PR) está com inscrições abertas para a seleção de novos estudantes ingressarem no 6º ano do Ensino Fundamental e no 1º ano do Ensino Médio para as instituições nas cidades de Curitiba, Cornélio Procópio, Foz do Iguaçu, Londrina, Maringá, Pato Branco e União da Vitória. No total são 190 vagas, sendo 120 para o 6º ano e 70 para o 1º ano. A taxa de inscrição é de R$ 95 e o prazo para realizar a candidatura é até o dia 11 de outubro diretamente no site da CPM-PR.

A solicitação de isenção do pagamento da taxa pode ser feita até o dia 3 de setembro. Os candidatos devem apresentar no ato da inscrição a certidão de cadastro válido e ativo no Cadastro Único para programas Sociais do governo federal. O edital com os resultados de deferimento dos pedidos será publicado no site do CPM a partir do dia 24 de setembro.

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Dentre as vagas disponíveis, 90 são para ampla concorrência e outras 90 preferenciais para filhos e dependentes legais de militares estaduais do serviço ativo, reserva remunerada ou reforma. As 10 vagas restantes serão destinadas para candidatos da educação especial. 

Poderão participar da seleção para o 6º ano do ensino fundamental os estudantes que estejam no 5º ano e nascidos nos anos 2009, 2010, 2011 ou 2012, e para o 1º ano do ensino médio os estudantes que estejam no 9º ano do ensino fundamental e que tenham nascido nos anos 2005, 2006, 2007 ou 2008.

Segundo o edital do processo, os candidatos passarão por diversas etapas até a divulgação do resultado dos aprovados. Após a homologação das inscrições, os candidatos receberão o documento de ensalamento para a realização de uma prova, que será aplicada no dia 7 de novembro. A avaliação para o ensino médio será às 8h, e para o ensino fundamental, às 14h.

As provas realizadas são das disciplinas de língua portuguesa, matemática, ciências, geografia e história, sendo a pontuação máxima para os candidatos ao 6º ano de 35, e para o 1º ano, 40 pontos.

Os candidatos com necessidades especiais que precisarem de uma condição diferenciada para a realização da prova deverão citar em campo específico da página de inscrição os recursos necessários, anexando o laudo médico com data não superior a um ano de inscrição e parecer de profissional competente.

Os gabaritos oficiais da prova objetiva serão divulgados no portal do candidato no dia 3 de dezembro, e a lista dos aprovados e dos suplentes para o Processo Classificatório será publicada no dia 9 do mesmo mês. As matrículas serão realizadas nos dias 16 e 17, para os aprovados no 6º ano e no 1º ano respectivamente.

Como forma de evitar a transmissão do novo coronavírus, as medidas sanitárias propostas pelas autoridades deverão ser obedecidas no dia da aplicação das avaliações classificatórias. Será obrigatório o uso de máscara facial pelos candidatos, aplicadores e fiscais. As demais recomendações sobre distanciamento, higienização e demais questões serão divulgadas no site do CPM em um edital próprio que será divulgado antes das provas.

A Secretaria de Educação Básica (SEB), ligada ao Ministério da Educação (MEC), lançou um curso de extensão em matemática. A formação gratuita é destinada a professores e alunos e conta com uma série de minicursos que vão auxiliar na aprendizagem da disciplina.

As inscrições são realizadas de forma on-line e as aulas serão disponibilizadas no Ambiente Virtual de Aprendizagem do MEC (Avamec). No total, o curso terá duração de 60 horas e contra com 5 mil vagas.

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Os minicursos estão divididos nas seguintes temáticas: operações com números naturais; operações com números inteiros, operações com números racionais/fracionários, operações com números racionais/decimais, potenciação e radiciação, expressões, equações, e funções.

A “ineficiência histórica” das políticas de telecomunicações no Brasil gerou uma “elite estudantil” na pandemia da Covid-19, acentuando desigualdades no acesso e na qualidade da educação. A análise está no relatório Acesso à Internet Residencial dos Estudantes, do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), lançado hoje (15).

“O modesto avanço alcançado pelas políticas de acesso à internet focado exclusivamente nas escolas foi de pouca utilidade quando estas foram fechadas e alunos e professores tiveram que ficar em casa”, diz o texto da pesquisa desenvolvida por Jardiel Nogueira. Os dados mostram que conexão estável, sem restrições, e equipamentos adequados seguem restritos.

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Nogueira aponta que “o Brasil não está nessa situação por falta de políticas de conectividade, mas pela falta de efetividade das políticas que já foram lançadas”. Desde 1997, com o Programa de Tecnologia Educacional, que levou os laboratórios de informática para as escolas, e atualmente o Programa de Inovação Educação Conectada (Piec), com foco na conexão da internet para as escolas, aquisição de equipamentos e formação de professores.

Realidade

Entre os dados compilados, o relatório destaca que, apesar do avanço no número de usuários de internet nos últimos anos, 47 milhões de brasileiros permanecem desconectados, sendo que 45 milhões (95%) estão na classe C e D/E, conforme números da TIC Domicílios 2019.

Sobre a realidade dos estudantes, levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) estima que cerca de 6 milhões de alunos vivem completamente sem acesso à internet fixa ou móvel em casa. Além disso, na classe A apenas 11% dizem fazer uso da rede exclusivamente no celular. Nas classes D e E, o percentual salta para 85%.

Para o Idec, “apesar de serem úteis em casos extremos, celulares limitam as possibilidades pedagógicas de produção de conteúdo, pesquisas acadêmicas e uso autônomo para aprendizado, tanto do professor quanto do aluno”.

Outro dado destacado no estudo é de uma pesquisa Datafolha de 2020 a qual mostra que o número de lares que possuem celulares chega a 89% dos estudantes, mas 38% deles precisam dividir o aparelho com outras pessoas da casa.

A maioria das soluções emergenciais adotadas por secretarias municipais e estaduais passou pelo acesso à internet: aplicativo com aulas e materiais para download; portal que centraliza as ofertas pedagógicas e orientações oficiais; dados patrocinados para acesso a serviços pedagógicos sem descontar do pacote de dados; empréstimo, subsídio ou doação de equipamentos para uso dos alunos e/ou professores; doação de chips; transmissão de aulas via TV ou rádio; e disponibilização de material impresso.

“Desde o começo da pandemia a gente alertou que não eram aconselháveis políticas públicas emergenciais que não considerassem a realidade de infraestrutura dos domicílios, acesso a insumos por parte dos estudantes e de suas famílias e foi o que aconteceu. Foram construídas políticas públicas emergenciais de base excludente”, avaliou Andressa Pellanda, da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, que participou do lançamento.

Saídas

O Idec destaca como uma medida importante a derrubada do veto ao Projeto de Lei 3477, que garante R$ 3,5 bilhões para conectar alunos e professores em suas residências. “É o maior aporte de recursos da história”, aponta o pesquisador. Além disso, a aprovação do Fundo de Universalização de Serviços de Telecomunicações (Fust) para destravar os recursos necessários para expandir a conectividade nas escolas.

“Apontamos para a necessidade de se garantir a equidade no acesso à internet para além da pandemia. Educação na internet não é só plataforma, acesso à aula, é equidade no acesso ao conhecimento. É um horizonte a ser buscado”, defendeu Diogo Moyses, coordenador da área de telecomunicações e direitos digitais do Idec. A Agência Brasil procurou o Ministério da Educação e aguarda retorno.

Especialmente neste sábado, dia 12 de junho, é celebrado do Dia dos Namorados. Mas para além das mensagens amorosas, a data também pode ser um momento de reflexão sobre como os relacionamentos interferem nas trajetórias educacionais dos jovens.

O LeiaJá entrevistou um casal de estudantes que encontraram, um no outro, uma maneira de lidar com a pressão dos estudos para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Maria Alice Dias, de 17 anos, que está no terceiro ano do ensino médio e em uma árdua dedicação para alcançar seu sonho de ingressar em uma instituição de ensino superior, encontrou, no também estudante Luís Eduardo de Lima, 17, um parceiro para dividir com ela grandes momentos de carinho e até de ajuda na preparação para o vestibular.

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O casal de futuros médicos esbarra em um momento muito conturbado para Maria Alice. Ela conta, em entrevista, que Luís Eduardo entrou na sua vida em uma fase de muitas perdas. “Eduardo entrou na minha vida em uma fase que eu estava muito frágil, perdi minha mãe no fim de 2019 e outro parente no começo de 2021. Foi algo bem tenso. Ele me ajuda muito”, relata. 

Luís Eduardo conta que ambos se conheceram na escola. “Estamos juntos há um ano e três meses”, acrescenta. Maria Alice, no entanto, detalha com mais precisão o exato momento: “No dia 17 de fevereiro deste ano, a gente deu nosso primeiro beijo e, em março, quando ele estava na minha casa, no dia 7, à meia-noite, assistindo um filme, eu pedi ele em namoro. Ele chorou e aceitou, foi lindo. Ele me faz tão bem”, conta a jovem.

Os feras, que vivem em Serra Talhada, no Sertão de Pernambuco, garantem que estão dando o máximo na preparação para o Enem 2021. Luís Eduardo, que também está cursando o terceiro ano do ensino médio remotamente, diz que em meio aos estudos, sempre arruma um tempo para a sua namorada. "A nossa rotina de estudos nunca atrapalhou o nosso relacionamento. Claro, é muito importante estudar, mas também é fundamental saber a hora de parar e descansar", relata. Ele complementa: “A gente só se vê nos finais de semana. Então, a gente tira esse tempo para estarmos juntos. Se um estiver com uma dúvida em relação a algum assunto, o outro o ajuda a entender. Mas, nós costumamos tirar o tempo só para a gente”.

Luís Eduardo e Maria Alice estudam juntos. Eles sonham em passar em medicina. Foto: Arquivo pessoal

Há muitas formas de expressar o amor, uma delas é por meio de atitudes. Luís Eduardo citou algumas pequenas ações que sua namorada faz que ajudam a enfrentar a pressão para o Enem. "Quando estou com a cabeça pesada com os estudos, ela me acalma, coloca minha cabeça em outro lugar, longe dos estudos, conversa comigo sobre outras coisas, e por aí vai", diz.

Já para Maria Alice, o namorado tem algumas atitudes que são reconfortantes quando ela está na preparação para o Exame Nacional. “Quando eu estudo até tarde, ele fica comigo em ligação e quando percebe que estou muito cansada, ele diz para eu parar e a gente fica conversando”, conta.

Esta corrida fase de estudos pode prejudicar muitos jovens casais que vivem em uma relação amorosa. No entanto, a psicóloga especialista em relacionamentos, Edna Raposo, afirma que ter um namoro saudável pode ajudar nessa pressão causada pelo período de preparação para o vestibular. "Está na companhia de outra pessoa, de um namoro, propriamente dito, pode ser um meio saudável sim, desde que seja respeitado o momento de cada um, longe de exigências que gerem estresse e preocupações", explica.

 A pedagoga Erica Mota, que atua como coordenadora do Projeto Mind Lab, programa para escolas que ajuda no desenvolvimento de habilidades dos alunos, na Prefeitura do Recife, revela que já acompanhou diversos casais de estudantes e, muitas vezes, há momentos de altos e baixos na relação. "É uma idade de muita inquietação. É necessário o apoio das famílias para ajudar bastante com o compromisso didático. Eu como mãe e professora sempre favorecia, elogiava, juntava para o estudo acontecer, depois reforçava positivamente. Tornou-se até prazeroso e leve os combinados que eu fazia com os alunos", comenta.

De acordo com Erica, vale ressaltar a importância de uma boa mediação quando os casais decidem estudar juntos. "É bom combinar o que vocês gostam; quais são as sequências das disciplinas e conteúdos; quais vão ser os horários e os locais; e ter o compromisso consigo e com o outro", pontua.

A psicóloga Edna alerta sobre algumas atitudes que devem ser evitadas dentro de um namoro, uma vez que elas podem prejudicar o casal, principalmente se forem estudantes: “Faltar com respeito, reclamar, faltar com atenção, não se divertir a dois, ficar apenas no celular quando estiver junto, faltar com a comunicação, mentir e pensar só em si como se fosse mais importante que o outro”.

Para Edna Raposo, a afetividade e o companheirismo têm muito a contribuir para o bem-estar e o desenvolvimento emocional dos casais, principalmente dos estudantes que estão na pressão do vestibular. Ao LeiaJá, a especialista em relacionamentos lista dez atitudes em um namoro que podem ajudar quem vive na correria dos estudos.

Estude juntos

“Sempre que algum dos lados pode socializar o que já conhece, vale revisar os conteúdos juntos”. -

Viva horas de lazer

“Sair da rotina de estudo também faz bem para que se possa distrair um pouco a cabeça”.

Converse sobre o futuro

“Compartilhar de suas preocupações, criar estratégias e maneiras de enfrentamento caso  ão haja uma possível aprovação no vestibular”.

Evite assuntos geradores de estresse

“Conflitos devem ser evitados para não causar dispersão e noites mal dormidas, que com certeza será prejudicial na atenção do dia seguinte".

Elogie

“Fazer com que o outro se sinta acolhido e admirado para que sua autoestima fique firme e os dois bem cuidados na aparência e nos sentimentos de segurança e confiança”.

Assista um bom filme

“Veja algo interessante, que seja prazeroso e recheado de risadas”.

Organize os horários e mantenha contato

“Organizar os horários é essencial, sejam eles presenciais ou on-line, por telefonemas, mensagens de WhatsApp ou chamadas, não importa, que seja possível para ambos. Neste caso, é importante combinar antes para que não atrapalhe a organização do outro”.

Tenha humor

“Manter o bom humor é essencial, por isso não podem faltar mimos e bastante carinho”.

Respeite a liberdade

“Sair com o grupo de amigos e ter momentos livres para socializar coisas novas são importantes”.

Fique em família também

“Fazer algumas refeições juntos aos pais, avós, irmãos, entre outros, é bom para fortalecer esse vínculo e instantes de prazer”.

O Programa PE no Campus, que oferece ajuda de custo mensal a estudantes oriundos da rede estadual de ensino aprovados em universidades públicas sediadas no Estado, poderá aumentar o valor do benefício. De acordo com informações divulgadas nesta quinta-feira (10) pelo Governo de Pernambuco, a quantia paga no primeiro ano de graduação deverá passar de R$ 950 para R$ 1.100. No segundo ano de curso, a quantia sairia de R$ 400 para R$ 440.

Um projeto de lei sobre o aumento foi enviado pelo Governo à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). A bolsa é concedida por 24 meses aos estudantes. “Com o novo valor, eles terão mais condições para dar continuidade aos estudos, podendo melhorar sua qualidade de vida. Esse reforço financeiro permitirá que os estudantes tenham uma alimentação de melhor qualidade e mais condições de moradia e transporte. Tudo isso é um esforço estratégico importante que o Governo vem fazendo para incentivar e garantir cada vez mais uma educação de qualidade para os pernambucanos”, disse o governador Paulo Câmara.

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Lançado em 2017, o programa tem o objetivo de melhorar as condições de acesso de alunos de escolas estaduais ao ensino superior público. Ao todo, mil bolsas são oferecidas, em que dessas, 900 são direcionadas a estudantes que escolherem concorrer às oportunidades utilizando notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), além de 100 voltadas aos resultados obtidos no Sistema Seriado de Avaliação (SSA) da Universidade de Pernambuco (UPE). Com o benefício, podem ser cobertos custos de moradia, transporte e alimentação.

Uma pesquisa feita pelo Colégio de Gestores de Comunicação das Universidades Federais (Cogecom), encomendada pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) sobre as ações promovidas pelas instituições federais de ensino superior (IFES) durante o primeiro ano da pandemia do novo coronavírus, apresentou seus resultados na última semana. O levantamento, chamado “Conhecimento e Cidadania”, avaliou os três aspectos principais que caracterizam uma universidade: ensino, pesquisa e extensão.

O estudo constatou que o número de estudantes que concluíram o curso de graduação durante a pandemia é superior a 50 mil pessoas, mesmo com as restrições e o atraso em alguns calendários acadêmicos. Joana Guimarães, reitora da Universidade Federal do Sul da Bahia, observa que houve, de fato, um tempo maior para concluir os períodos letivos, devido à necessidade de adequação com o calendário. “Mesmo assim, considerando o tempo reduzido, a gente percebe o quanto nós fizemos em termos de ensino, pesquisa e extensão”, ela analisa.

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Para Rose Mara Pinheiro, coordenadora do Cogecom, foi mais fácil fazer a coleta das respostas devido ao amplo uso de plataformas virtuais atualmente. “São dados muito significativos e que abrangem todas as áreas do tripé ensino, pesquisa e extensão. De forma geral, 70% das universidades responderam ao questionário”, afirma

Ao todo, 69 instituições de ensino foram questionadas durante fevereiro e abril de 2021. Veja o estudo completo.

Começa, no próximo sábado (15), o período de matrículas - que seguirá até 19 de maio - no semestre 2020.2 dos estudantes veteranos da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). De acordo com a instituição de ensino, as aulas serão iniciadas no dia 24 deste mês e os retardatários terão os dias 1º e 2 de junho para se matricularem, conforme orientações de edital.

Já de 24 de maio a 2 de junho, poderá ser feita a modificação de matrícula. Nessa fase, os alunos poderão incluir componentes curriculares, fazer trancamento do semestre ou matrícula vínculo. A Universidade alerta: “O trancamento do semestre letivo 2020.2 não será contabilizado no limite estabelecido nos normativos vigentes”.

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Sobre estágios, estudantes enquadrados nos grupos de risco da Covid-19, segundo o Ministério da Saúde, poderão cancelar as atividades sem prejuízo. Válido apenas para o estágio, o cancelamento também poderá ser feito por estudantes que convivam com pessoas do grupo de risco ou que tenham filhos em idade escolar.

A instituição de ensino ainda comunicou: “O vínculo com a UFPE, seja mediante matrícula em componentes curriculares, ou através de trancamento de semestre ou matrícula vínculo, deve ser renovado pelo aluno, necessariamente, a cada semestre letivo e sempre através do Siga. A não realização de qualquer dos procedimentos de matrícula acarretará na perda do vínculo com a UFPE”.

Confira, a seguir, mais orientações da Federal sobre o procedimento de matrículas e demais atividades acadêmicas:

Ingressantes – Os estudantes calouros não precisam realizar matrícula, pois ela é feita automaticamente nas disciplinas obrigatórias do 1º período. A dispensa de disciplinas deverá ser solicitada na Coordenação do Curso ou de Área, tão logo seja feita a entrega dos documentos na pré-matrícula. A matrícula em componentes curriculares eletivos ou optativos deve ser solicitada pelos ingressantes, diretamente no Siga, durante o período de correção e modificação de matrícula, sob orientação da Coordenação do Curso ou de Área, respeitando os prazos do calendário acadêmico.

Formato – As atividades acadêmicas previstas para o semestre de 2020.2, no âmbito da graduação presencial, serão realizadas em formato híbrido, com atividades 1) exclusivamente remotas ou 2) remotas e/ou presenciais, desde que preservadas as condições de biossegurança. As atividades remotas ocorrerão, preferencialmente, com o uso das ferramentas Google GSuite adotadas pela UFPE. Para ter acesso a essas ferramentas, os estudantes devem atualizar seu e-mail institucional por meio da criação de uma conta UFPE ID, que deve ser usada para fazer login. OUTRAS

Informações – O edital traz ainda informações importantes sobre autorização de uso de imagem e voz, monitoria, desbloqueio do CPF para acesso ao Siga, protocolo de matrícula, realização da solicitação de matrícula, disciplinas isoladas, recusa definitiva de matrícula e registro de frequência.

Guia do Estudante – O semestre letivo 2020.2 é regido pela Resolução nº 23/2020 do Conselho de Pesquisa, Ensino e Extensão (Cepe) da UFPE, em conjunto com as demais resoluções acadêmicas. Em caso de dúvidas, o estudante pode acessar o Guia do Estudante ou procurar a coordenação do seu curso.

Com informações da assessoria 

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