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Depois de um ano inteiro sem funcionar devido à pandemia do novo coronavírus, que levou os senadores a se reunirem apenas remotamente, as comissões permanentes voltarão às atividades em 2021. Das 13 existentes, sete voltarão a funcionar nesta terça-feira (23). Mais três retomam as atividades amanhã.

Em 2020, projetos que deveriam passar pelas comissões foram direto ao plenário da Casa. Com isso, muitos senadores reclamaram que não houve tempo e oportunidade suficientes para discutir certos projetos, como o da venda de terras para estrangeiros, aprovado em dezembro.

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Nesta terça-feira serão instaladas as comissões de Assuntos Econômicos (CAE), de Educação, Cultura e Esporte (CE), de Serviços de Infraestrutura (CI), de Assuntos Sociais (CAS) e de Direitos Humanos (CDH). À tarde estão marcadas as instalações das comissões de Relações Exteriores (CRE) e Senado do Futuro (CSF).

Amanhã (24) reúnem-se as comissões de Meio Ambiente (CMA), de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) e de Ciência e Tecnologia (CCT), todas na parte da manhã. O retorno das comissões seguirá os moldes das sessões deliberativas de plenário, de forma semipresencial. Ou seja, a reunião será realizada na sala reservada às comissões, com a presença dos senadores que se sentirem aptos a acompanhar. Os demais integrantes das comissões que preferirem participar por videoconferência, também poderão fazê-lo.

“Aos poucos, vamos iniciar o trabalho das comissões no Plenário 3, onde funciona a Comissão de Constituição e Justiça, que tem um aparato tecnológico para fazer também reuniões semipresenciais. Então, prevalece a regra do ano passado: a prioridade dos projetos que venham diretamente ao plenário, permitindo que outras propostas possam ser debatidas nas comissões da Casa, com o início das atividades nessas comissões”, disse o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

Os integrantes de cada comissão seguirão a indicação dos líderes de cada partido, mas dependerão da proporcionalidade da bancada. Ou seja, o partido com mais senadores terá mais vagas nas comissões. As maiores comissões, como a de Educação (CE) e a de Assuntos Econômicos (CAE), têm 27 senadores cada. Já as menores, como a de Meio Ambiente (CMA), a de Desenvolvimento Regional (CDR) e a de Ciência e Tecnologia (CCT), têm 17 senadores cada.

Os presidentes de cada comissão serão escolhidos justamente no dia de sua instalação, ou seja, hoje e amanhã. A escolha do presidente e do vice de cada colegiado ocorrerá em votação secreta. É comum que os líderes busquem entendimento para que seja escolhido um nome de consenso, geralmente referendado como presidente pelos demais participantes da comissão.

Entre outras funções, as comissões realizam audiências públicas e fiscalizam as políticas governamentais no âmbito de suas temáticas. Em muitas situações a comissão pode, inclusive, votar projetos em caráter terminativo sem a necessidade de passar pela análise do plenário.

A 3ª edição da Technovation Summer School for Girls (TechSchool) vai oferecer, a partir deste sábado (20), atividades sobre tecnologia gratuitas ao vivo, de forma virtual. Serão quatro sábados de eventos, a partir das 14h. Para assistir, basta acessar o canal do Youtube, não é preciso inscrição prévia.

A TechSchool, iniciativa promovida pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, é uma escola de verão gratuita e online para meninas aprenderem a criar aplicativos para celular. As inscrições para a escola já estão encerradas, mas o público em geral poderá acompanhar esses quatro eventos online.

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O primeiro evento acontecerá nesse domingo (21), com a participação da professora Maria Cristina Ferreira de Oliveira, diretora do ICMC. A doutoranda Maria Lydia Fioravanti, uma das fundadoras do Grupo de Alunas de Ciências Exatas (Grace), do ICMC, e embaixadora da competição Technovation Girls Brasil disse que, na live deste sábado, haverá explicação sobre o funcionamento da competição e resultados já alcançados por equipes brasileiras serão apresentados.

“Na sequência, as estudantes que não conseguiram uma vaga na TechSchool, mas que desejam participar dessa competição, vão poder preencher um formulário. Dependendo do número de interessadas, vamos tentar localizar mentores que possam ajudá-las no desenvolvimento de aplicativos de forma desvinculada da TechSchool”, explicou a Maria Lydia.

Em 13 de março, será a vez de palestra sobre a importância da primeira imagem de um buraco negro. O tema será abordado pela pós-doutoranda Lia Cordovil Faraco de Medeiros, do Instituto de Estudos Avançados em Princeton, nos Estados Unidos.

No dia 20 de março, o público poderá assistir ao evento com Amanda Dias, atualmente Engenheira de Software na Microsoft, que será um bate-papo em que ela vai relatar sua trajetória na computação como forma de inspiração para quem quer seguir na área. No mesmo dia, a palestra A Potência Feminista.

Encerrando as transmissões ao vivo, em 10 de abril, o público poderá conferir o resultado dos projetos de aplicativos desenvolvidos em grupo pelas 50 participantes da TechSchool. Haverá também depoimentos de mulheres que trabalham na área de tecnologia.

A programação completa dos eventos online estão no link icmc.usp.br/e/063c8. Para assisti-los, basta acessar o canal www.youtube.com/c/graceicmcusp.

A partir deste sábado (20) até o dia 1º de março, o Rio Grande do Sul está sob suspensão geral das atividades, das 22h às 5h. Decreto com a medida foi publicado, hoje, em edição extra Diário Oficial do Estado. Com 11 regiões em bandeira preta, que significa “nível altíssimo” em relação à velocidade de transmissão do novo coronavírus (covid-19) e capacidade hospitalar, a medida, segundo o governo do estado, é um patamar ainda não registrado desde o início da pandemia, conforme o modelo de Distanciamento Controlado.

O objetivo da bandeira preta é sinalizar o alerta máximo e reforçar o cumprimento dos protocolos e das regras sanitárias. “Não é o mesmo que decretar lockdown, medida mais extrema que foi adotada em alguns estados e em outros países. No entanto, diante da gravidade da situação, o governo do estado decretou a suspensão geral das atividades.

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As regiões de Canoas, Capão da Canoa, Caxias do Sul, Erechim, Lajeado, Novo Hamburgo, Palmeira das Missões, Passo Fundo, Porto Alegre, Santa Cruz do Sul e Taquara estão sob esta classificação. As outras dez regiões com covid-19 estão em bandeira vermelha.

“Posso afirmar, sem dúvida nenhuma, que é o pior momento que enfrentamos, e não imaginávamos que enfrentaríamos um momento como este depois das duas primeiras ondas que tivemos”, disse o governador Eduardo Leite ao divulgar o mapa preliminar da 42ª rodada do Distanciamento Controlado.

A educação infantil em creches e pré-escolas, o Ensino Fundamental, de anos iniciais e finais, o Ensino Médio e Técnico e o Ensino Superior (incluindo graduação e pós-graduação) só podem ocorrer de forma remota.

O ensino presencial é permitido, com restrições, atendimento individualizado e sob agendamento, apenas para atividades práticas essenciais para conclusão de curso de Ensino Médio Técnico concomitante e subsequente, Ensino Superior e pós-graduação da área da saúde (pesquisa, estágio curricular obrigatório, laboratórios e plantão), e Ensino Médio Técnico subsequente, Ensino Superior e pós-graduação (somente atividades práticas essenciais para conclusão de curso: pesquisa, estágio curricular obrigatório, laboratórios e plantão).

No serviço público, apenas áreas da saúde, segurança, ordem pública e atividades de fiscalização atuam com 100% das equipes. Demais serviços atuam com no máximo 25% dos trabalhadores presencialmente.

Serviços essenciais à manutenção da vida, como assistência à saúde humana e assistência social, seguem operando com 100% dos trabalhadores e atendimento presencial.

Nos serviços em geral, restaurantes (à la carte ou com prato feito) podem funcionar apenas com tele-entrega e pague e leve, e 25% da equipe de trabalhadores. Essa definição também vale para lanchonetes, lancherias e bares. Salões de cabeleireiro e barbeiro permanecem fechados, assim como serviços domésticos.

O comércio atacadista e varejista de itens essenciais, seja na rua ou em centros comerciais e shoppings, pode funcionar de forma presencial, mas com restrições.

Equipes de no máximo 25% dos trabalhadores são permitidas. O comércio de veículos, o comércio atacadista e varejista não essenciais, tanto de rua como em centros comerciais e shoppings, ficam fechados.

Cursos de dança, música, idiomas e esportes também não têm permissão para funcionar presencialmente.

No lazer, ficam proibidos de atuar parques temáticos, zoológicos, teatros, auditórios, casas de espetáculos e shows, circos, cinemas e bibliotecas. Demais tipos de eventos, seja em ambiente fechado ou aberto, não devem ocorrer.

Academias, centros de treinamento, quadras, clubes sociais e esportivos também devem permanecer fechados.

Todas as áreas comuns de lazer dos condomínios devem permanecer fechadas, incluindo academias.

Locais públicos abertos, como parques, praças, faixa de areia e mar, devem ser utilizados somente para circulação, respeitado o distanciamento interpessoal e o uso obrigatório e correto de máscaras. É proibida a permanência nesses locais.

Missas e serviços religiosos podem operar sem atendimento ao público, com 25% dos trabalhadores, para captação de áudio e vídeo das celebrações.

Bancos, lotéricas e similares podem realizar atendimento individual, sob agendamento, com 50% dos funcionários.

No transporte coletivo municipal e metropolitano de passageiros, é permitido ocupar 50% da capacidade total do veículo, com janelas abertas.

*Com informações do governo do Rio Grande do Sul

O secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Bruno Schwambach, informou na tarde desta quinta-feira (10), através da coletiva online realizada pelo governo estadual, que nas vésperas do Natal (24) e do Ano Novo (31), os bares e restaurantes só poderão funcionar até 20h. 

Por outro lado, a partir desta sexta-feira (11), o comércio varejista, tanto de rua como de centros comerciais, como shoppings centers, terá o seu horário de funcionamento ampliado, ficando até o dia 23 de novembro com o horário das 9h até às 00h. 

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"É importante que haja a consciência e o comprometimento de todos os setores, para o cumprimento dos protocolos, tanto geral como específicos, tendo como base o distanciamento social, higiene e a comunicação e monitoramento", explica Bruno.

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Nesta quarta-feira (2), a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) divulgou nota oficial sobre o funcionamento das atividades na instituição de ensino em 2021. De acordo com a UFRPE, o plano de funcionamento vigente, aprovado pelos Conselhos Superiores da Instituição, segue até março de 2021.

O posicionamento, segundo a instituição, é em resposta às dúvidas geradas a partir da publicação da Portaria MEC nº 1.030, de 1º de dezembro de 2020, sobre retorno das aulas presenciais em janeiro de 2021.

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 “Já está em andamento a construção coletiva da proposta de funcionamento das atividades acadêmicas e administrativas a partir de abril de 2021, que passará por consulta pública e posterior aprovação nos Conselhos até março”, diz documento. Para informações sobre o atual plano de funcionamento da UFRPE, acesse o documento disponibilizado pela instituição de ensino.

Até este domingo (1º), por meio de seu Sistema Integrado de Gestão de Eventos (Sigeventos), a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) recebe candidaturas para 23 minicursos e eventos virtuais. As oportunidades são para cursos de curta duração, bate-papos virtuais, ciclos de debate, formação, jornada, palestras, seminários e workshops.

Dependendo de cada ação, podem se candidatar alunos, técnico-administrativos, professores e público externo. Algumas das atividades oferecidas são "Minicurso: Fundamentos da Especialização em Educação Infantil", "Narrativas de Horror do Século XIX", "Aprimoramento Personalizado de Língua Inglesa" e "Aprendizagem Autônoma e Independente”.

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Dúvidas a respeito do cadastro, acesso ao sistema e começo das atividades das capacitações devem ser encaminhadas à Pró-Reitoria de Graduação (PRG) da UFPB, por meio dos e-mails: codesc@prg.ufpb.br e prg@prg.ufpb.br. Confira todas as ações previstas.

Após um longo período sem funcionar devido a pandemia do novo coronavírus, os cinemas no Recife e na Região Metropolitana já possuem permissão do Governo do Estado para voltar às atividades, seguindo as normas de saúde orientadas pelos órgãos responsáveis. 

Para seguir o distanciamento social e algumas normas estabelecidas para segurança do público, algumas redes de cinema implementaram algumas melhorias e mudanças, como a rede de cinemas UCI Kinoplex, que retoma suas atividades na próxima quinta-feira (22), e implementou um sistema exclusivo para purificação do ar nas suas salas. 

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A novidade chamada iWave, é composto por polarizadores de íons que destroem não apenas o vírus do Covid-19, como qualquer outro microrganismo nos dutos de ar condicionado e foi implementado em todos os cinemas da rede no Recife, que abrangem: UCI Kinoplex Plaza Casa Forte Shopping, UCI Kinoplex DeLux e UCI Kinoplex Shopping Recife e UCI Kinoplex Shopping Tacaruna.  

A rede de cinemas Moviemax, que fica no Camará Shopping, em Camaragibe, que já iniciou suas atividades na última quinta-feira (15), também implementou mudanças, os clientes que pretendem comprar os ingressos são instruídos a fazer sua compra pela internet, com um sistema que bloqueia cadeiras próxima a escolhida pelo usuário para manter o distanciamento social.

Neste 15 de outubro, Dia do Professor, vamos conhecer os desafios enfrentados e lições aprendidas, tanto no âmbito profissional quanto humanitário, do professor de ciências e biologia da rede pública de ensino de Pernambuco, Arthur do Nascimento Cabral. A pandemia de Covid-19 tem ocasionado desafios e na educação não foi diferente. O docente relata que, na primeira fase de suspensão das aulas presenciais, fechamento das escolas e discussão sobre uma possível utilização da internet como sala de aula, a ansiedade atacou muitos professores.

“Pelo menos eu senti ansiedade e conversei com colegas de trabalho que também sentiram a mesma coisa”, afirma. Além de situações como acúmulo de pensamentos e insegurança, o docente relata que não tinha computador e os preços estavam bem altos para adquirir o equipamento de imediato. “Boa parte do ensino remoto passei sem computador, não tinha o equipamento. Até o mês de junho eu estava me virando apenas com o celular ou pegando o equipamento emprestado com amigos, foi bem complicado, até que ganhei um de presente e deu para aliviar, após isso, meu celular quebrou por não ter suportado tantos arquivos, daí eu fiquei mais de duas semanas sem aparelho celular. Quero frisar que isso é uma realidade; todos os professores e professoras têm usado seu próprio aparelho e nem sempre dão conta do recado, assim como aconteceu comigo”, conta.

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A partir do momento em que o meio de aprendizagem passou a ser totalmente on-line, o professor conheceu situações de alunos que não tinham acesso à rede sem fio para acompanhar as aulas. Com isso, Arthur teve a iniciativa de levar as atividades para esses alunos de bicicleta.

Sobre a atitude, ele explica que antes de entrar na universidade, quando estava amadurecendo a ideia de ser professor,  teve contato com alguns educadores durante uma possivél pandemia da H1N1. “Os professores me deram palavras de incentivo e falaram que me ajudariam caso houvesse mesmo a pandemia, já que eu não iria ter condições financeiras para estudar; aquilo fez muita diferença, então acho que retribuí isso na sociedade hoje, da forma que fiz, através de um gesto simples que foi pegar a bicicleta e entregar as atividades pedalando 10 km, assim como seria um gesto simples o que fizeram comigo no passado”, diz Arthur.

“Ao ver que muitas famílias não tinham aparelho de telefone ou tinham para dividir entre quatro, cinco ou seis  pessoas, e não tinham internet, que é um direito básico que defendemos e muitas vezes achamos que todo mundo tem, e na verdade não tem, então, conhecer essas situações de perto me fez ter uma sensibilidade maior, acho que nem como profissional em si, mas acho que muito mais como ser humano que tem empatia com o próximo”, fala o docente.

No ensinamento on-line, Arhur promove lives nas terças e sextas-feiras durante o turno da manhã, para as turmas do sexto e sétimo ano da Escola de Referência em Ensino Fundamental e Médio Deputado Oscar Carneiro, em Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife (RMR); já nos outros dias da semana, ele se dedica a cumprir obrigações burocráticas e pedagógicas da escola.

Sobre as solicitações que recebe dos estudantes, Arthur diz que ocorrem a todo instante. “A partir das 7h30 até as 22h, sempre tem algum estudante entrando em contato para tirar dúvidas. Costumo mandar a resposta por escrito, áudio ou vídeo. Tenho em mente que muitos alunos usam o celular do pai ou da mãe e boa parte dos responsáveis só chega à noite; é o tempo que se tem para entrar em contato e até fazer as atividades. Tem sido assim: tem horário para começar o trabalho, mas não tem hora para acabar”, comenta Arthur.

O educador demonstra ser um profissional compreensivo com os alunos e entende que todos vivem uma realidade diferente. “Profissionalmente falando, hoje eu me incomodo muito menos, quase nada, quando o estudante manda mensagem para mim, perguntando alguma algo ou pedindo algum material até tarde da noite. Vi uma realidade de perto e sei que não é maldade e sim necessidade, é um pai ou uma mãe que chegou naquele horário e só tem aquele momento para estudar e mesmo assim coloca seu filho para aprender”, explica.

Mesmo se mostrando forte, o professor revela que surgiram alguns questionamentos profissionais. "Com a crise que tem sido gerada por causa da doença, será que os empregos serão mantidos? Será que eu irei permanecer empregado quando acabar essa pandemia?”, questionou o educador. O professor afirma que sempre  busca tirar alguma lição dos desafios e dificuldades enfrentadas por ele, colegas de trabalho e alunos. Ele relata que o ensino remoto foi iniciado com desafios.

Arthur ainda acrescenta que começou a saber de informações de estudantes e de outros professores que sofreram impactos psicológicos oriundos dos efeitos da pandemia. Priscila Silva, psicóloga clínica e com especialidade em andamento em Terapia Cognitiva-Comportamental, explica que “a questão do novo assusta a pessoa que já estava adaptada a um comportamento no modelo das aulas presenciais, tanto os professores, quanto os alunos, ou qualquer outro profissional que passou por essa mudança".

“Para os professores retomarem as atividades presenciais, mesmo com toda a segurança, muitos não sabem como vai ser e emocionalmente não estão preparados para voltar”, acrescenta a especialista.

De acordo com a psicóloga, “o medo por si, o medo pela família, devido à pandemia, também causa essa insegurança". "Todos ficaram muito abalados, e o medo é algo emocional, o medo acaba desequilibrando as outras emoções, como o desejo e a alegria de voltar às atividades. Então, por causa do medo, eles não conseguem deixar que essa alegria se sobressaia”, analisa Priscila.

“Ter acompanhado essas realidades de perto fez com que a minha atuação como profissional pegasse cada vez mais esse meu lado humano, não que eu não trouxesse esse lado humano para a questão do ensino; é um objetivo que eu sempre trouxe para as minhas aulas, mas acho que agora isso ficou muito mais forte porque são muitos problemas estruturais na sociedade. Se você está em uma sala de aula com 40 alunos, são 40 cabeças, realidades e criações diferentes. Para você conseguir chegar em cada uma é preciso saber se comunicar da melhor forma possível, considerando a realidade de cada pessoa, então acho que vivenciar tudo isso reforçou muito a questão da humanidade como profissional”, comenta o professor Arthur.

“No processo de entrega das atividades, percebi que muitos estudantes, muitas famílias tiveram o fator alimentar abalado. Se formos olhar para a escola, pelo menos na que trabalho é uma escola semi-integral, os estudantes merendam e almoçam, então a perda de duas refeições para as famílias que vivem com muito pouco faz uma diferença absurda. Nesse contexto, percebo uma mudança de olhar para a escola, não só como aquele espaço de interação social, mas um espaço onde o estudante pode se alimentar e ter uma garantia nutricional melhor”, analisa Arthur.

O docente ainda comenta que durante, o período da pandemia, percebeu que muitas famílias reconhecem o trabalho do professor. “Pensamos que não, mas as famílias estão reconhecendo todo o esforço dos professores e professoras. Muitos pais têm tido dificuldades para auxiliar os alunos nesse ensino remoto, muitos deles estavam afastados da escola, não estudavam muito tempo e agora se depararam com esse processo de ter que auxiliar os filhos e percebem o quanto é difícil com um, imagina com 40 crianças dentro de uma sala”, explica.

Vanuza Silva, 29 anos, mãe de José Carlos, 11 anos, relata que auxiliar o filho nos estudos tem sido difícil. “Antes eu já sabia e durante este período da pandemia tive a  certeza do quanto o papel do professor é importante para todos nós. Não é fácil, exige muita dedicação e paciência, o que não tenho. Algumas vezes, Carlos não entende um assunto e tem dificuldades para terminar alguma atividade, então esse processo de ajudar e fazer com que ele entenda como deve ser feito o exercício, além da explicação, também exige uma conversa para que ele se acalme e consiga finalizar”, relata a Mãe.

“Hoje sinto na pele um pouco da dedicação que os professores impõe para ajudar os nossos filhos a terem um futuro melhor, posso ver e também sentir que é mais do que cumprir um horário de trabalho, é estar junto e oferecer o melhor”, acrescenta.

”Percebo que tem mudado o olhar sobre o professor. Acho que esse resgate da importância do professor vem acontecendo e tem sido muito gratificante, porque virou comum abrir uma aula on-line e ter um pai ou uma mãe de algum estudante. Eles dizem ‘professor, muito obrigado, você está fazendo um trabalho muito bacana'", conta o educador.

O professor finaliza com uma reflexão. “Tem uma frase de Paulo Freire, grande educador pernambucano, que ele fala que a população precisa de esperança, mas não esperança do verbo esperar, esperança do verbo esperançar, que é se juntar com o outro para mudar uma realidade e criar oportunidades. Acho que é isso que o professor faz hoje, leva esperança para os alunos. Partindo desse princípio, eu fiquei com mais vontade de estar junto das comunidades, principalmente daquelas mais carentes para poder levar um pouco mais de esperança e mostrar que o estudo é o caminho, mostrar que assim como não desistiram de mim no passado e hoje eu pude terminar uma graduação, terminar um mestrado, essas crianças no futuro também podem fazer isso e vão fazer isso”, finaliza Arthur.

Reportagem integra o especial "Lições", produzido pelo LeiaJá. O trabalho traz histórias sobre os aprendizados dos professores em meio aos desafios impostos pela pandemia de Covid-19. Veja, a seguir, as demais reportagens:

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A população de idosos têm crescido no Brasil e no mundo, e conforme esse grupo ganha mais espaço na sociedade as estratégias e condutas que as pessoas idosas devem tomar para ter mais qualidade de vida ganham mais importância. Um desses cuidados é o de garantir um bom funcionamento do cérebro, protegendo a memória, raciocínio e outras funções.

Para chamar atenção para essa mudança nas sociedades e seus desafios, foi criado, pelo Senado Federal, o Dia Nacional do Idoso, comemorado em 27 de setembro. A Organização das Nações Unidas (ONU) também aprovou, em 1990, a criação do Dia Internacional do Idoso, celebrado no dia 1 de outubro.

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No Brasil, por exemplo, é esperado que os idosos sejam quase 30% da população até 2050, e que a partir de 2030 o País tenha mais pessoas acima de 60 anos do que pessoas entre 0 e 14 anos. A expectativa de vida atual, que ainda deve crescer, é de 79,7 anos.

Além de alguns cuidados e mudanças no cotidiano conforme envelhecemos, a população idosa se deparou com um novo problema em 2020: a pandemia do novo coronavírus. Por fazerem parte do grupo de risco para a doença, os idosos precisam ter cuidados redobrados, junto com a necessidade de praticar o isolamento social.

Thais Bento Lima da Silva, professora do curso de gerontologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH - USP), afirma que esse cenário levou a impactos na rotina dos idosos, que também influenciam o bem-estar psicológico desse grupo, demandando uma ressignificação de suas rotinas.

"Muitos eram frequentadores de centros de convivência, atividades culturais, programas com vínculos estabelecidos, que foram afetados pelo distanciamento social. Isso implica em mudanças na rotina, nos objetivos, e até de significado de vida", comenta Thais. A consequência, assim, é o surgimento de pensamentos mais ansiosos, estresse e sintomas da depressão.

Outro problema é que, dentro de casa, as atividades que podem ser feitas são limitadas, em especial para aqueles com difícil acesso à internet ou falta de conhecimentos para navegar na rede. Esse cenário acaba sendo propício, também, para uma rotina mais parada, que gera menos estímulos para o cérebro e leva a efeitos no órgão e em suas funções.

"[A pandemia] Afetou a qualidade de sono pois a rotina é mais ociosa, o idoso fica mais tenso, mais preocupado, fica difícil relaxar, pensar em coisas positivas, e ele deita com essa agitação, inquietação", complementa a professora. Mas como lidar com esse cenário?

A importância dos exercícios cognitivos

Os exercícios cognitivos recebem esse nome pois trabalham com atividades de estímulo para o cérebro. Tânia Ramos, gestora do Programa AtivaIdade, que reúne diversos exercícios de estimulação cognitiva para pessoas com mais de 60 anos, observa que existem "dezenas de atividades, e a maioria é bem simples, fácil de fazer".

A ideia é que esses exercícios mantenham o cérebro estimulado, já que o envelhecimento ainda é acompanhando por uma desaceleração da rotina e da quantidade de experiências pelas quais passamos.

O objetivo é estimular "memória, cognição, coordenação motora, raciocínio lógico", explica Tânia, permitindo que o cérebro não apenas possa continuar a exercer bem essas funções, mas também preservar o grau de raciocínio ou as memórias que a pessoa já possui.

"Há muitas mudanças positivas decorrentes da estimulação cognitiva, ela compensa mudanças do envelhecimento. Você usa mais estratégias para lembrar e o cérebro passa por uma neurogênese, formando novos neurônios, fortalecendo a rede neural", comenta Thais Bento. Assim, é criada uma "reserva cognitiva", que ajuda inclusive a lidar com doenças.

Tânia explica que contam como exercícios cognitivos atividades simples, como caça-palavras, sudoku, xadrez, tricô, crochê, palavra-cruzada, atividades artesanais como um todo, leitura, leitura em voz alta, contas simples de matemática, e também práticas que demandam um pouco mais de disposição, como dançar ou cantar.

Já Thais observa que é importante levar em conta as vontades do idoso na hora de definir quais exercícios fazer - até porque atividades feitas com má vontade não costumam trazer bons resultados. O idoso deve ter protagonismo no processo, e a partir daí é possível inserir novidades e desmistificar opiniões sobre certas práticas.

"A história de vida deve ser valorizada, a trajetória não pode ser esquecida, o que o idoso enfrentou, seus sonhos, o que contribuiu para a sociedade, e ele deve se enxergar como um ser em constante mudança e aprendizado", destaca a professora.

Entretanto, é válido tentar apresentar atividades inéditas, e também ir alterando partes específicas da rotina, como forma de trazer novos estímulos e desafios continuamente para o cérebro. Essas pequenas mudanças fazem parte da chamada técnica neuróbica, e envolve, por exemplo, se vestir de olhos fechados, mudar onde usa um acessório, usar a mão não dominante para fazer tarefas, ou seja, criar desafios.

Outro passo importante nesse processo, segundo Tânia, é deixar de lado preconceitos: "a própria terceira idade tem um preconceito que o idoso não pode brincar, se divertir, fazer graça, elas já se sentem incomodadas com isso e não fazem nada". Ela destaca que é válido realizar as atividades que gosta, mas cair na rotina não é benéfico, nesse sentido, é importante ir, ao menos, alternando essas práticas periodicamente.

Mas os estímulos cognitivos que podemos fornecer para o cérebro vão além dessas atividades. Viajar, por exemplo, é ótimo para qualquer pessoa, e serve como um grande estímulo neurológico pela mudança de cenário e as novas experiências.

Aprender uma língua, voltar a estudar, criar ou planejar um novo negócio também são atividades válidas, desde que a pessoa tenha condições (físicas, psicológicas e financeiras) para tal. Tânia destaca que não é necessariamente um problema se o plano não sair do papel, já que planejar uma viagem ou um negócio já gera estímulos.

E, para aqueles que têm mais facilidade com a internet, é válido aproveitar o ambiente virtual para conversar com amigos, procurar jogos e outras atividades, ler artigos e e-books. É importante, porém, ter dois cuidados: não ficar viciado em ficar no ambiente digital e também não cair apenas em exercícios que não são voltados para os mais velhos.

"Tem que ver a autoria do material, o profissional, anteriormente acreditava-se que essas atividades cognitivas eram só para crianças e adolescentes, então elas predominam na internet, mas isso não serve pra idoso, porque ele é um adulto mais velho, tem que entender a preferência dele", explica Thais.

A importância do contato

A professora de gerontologia observa que os exercícios cognitivos costumam ser mais efetivos quando feitos em grupo, seja com familiares ou com outros idosos. Um problema que ela aponta, porém, é que às vezes, na tentativa de ajudar, os familiares de uma pessoa idosa podem acabar atrapalhando.

"O que a gente observa é que muitas famílias se preocupam com uma possível piora do desempenho cognitivo dos familiares, e sem respaldo profissional buscam atividades na internet, mas é importante ter cuidado com o que se encontra lá", aconselha Thais. Isso não significa que é necessário sempre procurar orientação profissional, mas ela costuma aumentar a efetividade dos exercícios.

Já Tânia destaca que, muitas vezes, existem formas melhores da família ajudar os idosos: "conversar é o mais importante para quem convive com um idoso, não deixar essa pessoa como se fosse à parte. Pedir para contar histórias, jogar junto, cantar junto, organizar fotos. São coisas cognitivas e afetivas".

"Os familiares não podem ver os idosos como incapazes, por mais que possam ter alguma deficiência ou algo que não esteja bem, eles têm outras capacidades que estão ok, devem ver onde podem colaborar com isso. É muito triste ver as pessoas mais jovens querendo deixar os idosos fazendo nada", afirma.

Além dos familiares, é válido que os idosos mantenham o contato com seus amigos, e também busquem conhecer novos amigos, pensando não apenas nos estímulos para o cérebro que isso traz, mas também na redução da solidão e na importância afetiva desse contato.

Os centros comunitários, clubes, grupos em redes sociais, chamadas em vídeo e outros locais de contato são importantes para isso, mas Thais observa que ainda falta um investimento público para criação de espaços físicos, o que limita a quantidade de idosos que podem ter essas novas experiências, no geral os de parcelas mais ricas da população.

"Existem poucos serviços específicos considerando a complexidade do Estado de São Paulo, falta uma oferta de mais serviços, o que obriga um deslocamento maior para fazer essas atividades. Essas limitações precisam ser supridas com políticas públicas voltadas para essas pessoas idosas", opina a professora.

O objetivo final, segundo a professora, é permitir que a pessoa idosa tenha uma boa qualidade de vida e possa envelhecer bem: "a ideia é que o idoso possa manter autonomia e independência, então precisa ver o que facilita e promove isso, focando em um estilo de vida saudável, boa qualidade de sono, exercícios e na estimulação cognitiva".

Quer saber onde encontrar alguns desses exercícios cognitivos de forma gratuita? Até o mês de novembro o Programa AtivaIdade estará disponibilizando alguns conteúdo gratuitos para idosos nas redes sociais. A EACH-USP também possui uma parceria com o Método Supera, que disponibiliza gratuitamente e-books de exercícios e aulas abertas para adultos e idosos, confira aqui.

Para os interessados em voltar aos estudos, é válido também pesquisar programas universitários, como o Programa Universidade Aberta à Terceira Idade, da Universidade de São Paulo, que permite que pessoas com mais de 60 anos frequentem gratuitamente algumas disciplinas oferecidas nos diversos campi da instituição. E para os interessados em desenvolver novos hobbies, o YouTube é uma ótima ferramenta para encontrar tutoriais em vídeo de tarefas como artesanato, culinária e crochê.

Recém inaugurado, o Ginásio de Esportes Geraldo Magalhães, o Geraldão, terá o fim de semana movimentado com jogos treinos de futsal, vôlei e de Handebol. Já nesta sexta-feira (28), as equipes finalistas do futsal feminino do torneio 'Recife Bom de Bola' se enfrentam às 18h30. 

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O Geraldão vai receber nesta sexta, sábado (29) e no domingo (30) jogos treinos que vão movimentar o local que ficou fechado por sete anos para uma reforma que em tese seria finalizada em 2014. Hoje, os finalistas do futsal feminino do 'Recife Bom de Bola', Geração Garra e Garra, se enfrentam. Às 20h, Sport e ASEC Caruaru entram em quadra.

Neste sábado, a partir das 15h, o Geraldão reúne os finalistas masculinos do 'Recife Bom de Bola': Os Mixadores encaram o Ladeira FC. Em seguida, muda a modalidade e são as equipes do Sport e do Clube Português de handebol que farão a bola rolar no Geraldão.

A partir das 9h do domingo, mais um jogo treino e nova modalidade, desta vez paralímpica. O Náutico enfrenta a seleção de Alagoas no vôlei sentado masculino; às 10h, haverá um clássico do vôlei local entre Santa Cruz x Sport. A promessa é de que a partir do dia 5 de outubro as atividades ofertadas para a população sejam iniciadas. 

Após 35 dias em greve, nesta terça-feira (22) funcionários dos Correios devem voltar ao trabalho. Ontem (26), no julgamento do dissídio da categoria, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) aprovou reajuste de 2,6%.A maioria dos ministros também entendeu que o movimento, que começou em 17 de agosto, não foi abusivo. Pela decisão, metade dos dias de greve será descontado do salário dos empregados, a outra metade terá que ser compensada. No caso de descumprimento da decisão de retorno imediato, a multa diária foi fixada em R$ 100 mil.

Em nota, a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresa dos Correios e Similares ( Fentect), criticou a decisão do TST.  “Essa decisão representa mais um ataque aos direitos da classe trabalhadora, e um retrocesso a nossa categoria. É mais uma mostra de como o Judiciário se mantém servil ao patronato, atuando de forma político partidária, e se mantendo distante do propósito de justiça e dignidade à classe trabalhadora”, disse José Rivaldo da Silva, secretário-geral da federação.

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Além de considerar o reajuste insuficiente, entre as maiores perdas contabilizadas pela entidade está a redução dos dias de licença maternidade na empresa, que passará de 180 dias, como praticada em todo o governo federal, para 120 dias. O documento publicado pela Federação diz que a entidade realizará, na manhã de hoje, reunião com sua diretoria para avaliação do cenário. Apesar de não falar explicitamente em manutenção da greve, a Fentect orienta todos os sindicatos filiados a manterem a realização de assembleias previstas para hoje, para analisar a proposta e “decidir de forma coletiva e democrática sobre o resultado do julgamento.”

Retomada de serviços

Os Correios também se manifestaram sobre o resultado do dissídio. Também em nota, a empresa esclareceu que segue executando o plano de continuidade do negócio, com a realização de mutirões de entrega, inclusive em fins de semana e feriados, com o objetivo de reduzir os efeitos da paralisação parcial dos empregados à população.

A estatal acrescentou que, desde o mês de julho, buscou negociar os termos do Acordo Coletivo de Trabalho 2020/2021, de maneira “a fortalecer as finanças e preservar sua sustentabilidade”. “A empresa agora empreenderá todos os esforços para recompor os índices de eficiência dos produtos e serviços, considerados essenciais, nesse momento em que a população brasileira mais precisa”, garante o documento.

Durante o fechamento de escolas por causa da pandemia de Covid-19, 94.204 crianças e adolescentes cearenses de seis a 17 anos matriculados em escolas públicas ficaram sem aulas remotas no Ceará. Os números são apresentados por uma pesquisa realizada pelo Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) em parceria com a Rede de Pesquisa Solidária, baseada em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

O contingente de estudantes ficou sem atividades ou aulas não presenciais no mês de julho (excluindo aqueles de férias). 

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O perfil mais atingido pela desigualdade de acesso motivada pela falta de internet e equipamentos eletrônicos é o de pretos, pardos e indígenas, que representam 69,4% (65.893 alunos) do total de estudantes sem atividades. 28.311 estudantes brancos, 30% do todo, não conseguiram acesso. O número reflete a realidade do ensino público do estado, composto por 1.258.947 alunos, dos quais apenas 351.131 (27,9%) são brancos. 

Em nota à imprensa, a Secretaria da Educação do Estado do Ceará (Seduc) afirmou que desde o primeiro semestre, o Plano de Atividades Domiciliares norteia o ensino não apenas pela internet, mas também através de impressos, na rádio e na televisão. “Neste segundo semestre, também estão programados cursos de formação em Tecnologias Digitais para a Educação, voltados aos professores, com o objetivo de oferecer condições apropriadas ao uso de ferramentas digitais", diz a nota.

No que se refere às desigualdades sociais, a secretaria alega que promove atividades por meio da Coordenadoria da Diversidade e Inclusão Educacional para questões do campo, indígena, quilombola e relações étnica-raciais. “Muitos projetos desenvolvidos por escolas e regionais têm focado na valorização da identidade negra estudantil e na superação do racismo, de modo a garantir que o estudante consiga cada vez mais se ver valorizado nos projetos pedagógicos das escolas". 

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A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) divulgou, nesta segunda-feira (14), o calendário de retomada parcial e gradual da atividades presenciais de servidores, professores e estudantes na unidade. As datas foram definidas após um mês da divulgação do plano de retomada.

Além do cronograma divulgado, a Unicamp também estabeleceu um planejamento com medidas de segurança para os campis, tais como: aplicação de testes para detectar a Covid-19, videoaulas sobre o retorno seguro e o download e registro no aplicativo de acompanhamento da saúde destinada para aqueles que regressarem.

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Nesse retorno gradual, a Universidade ressaltou que a prioridade é voltada para estudantes concluintes e que precisam desenvolver atividades nas dependências dos campi. Mesmo assim, as aulas remotas ainda serão mantidas.

De acordo com a assessoria de comunicação da Unicamp, o cronograma levou em consideração “as regiões onde a Universidade mantém seus campi permanecessem há, pelo menos, quatro semanas na fase amarela do Plano São Paulo”, ou seja, em regiões em que há uma tendência de queda nos número de contaminação pelo coronavírus.

Em último balanço, em 11 de setembro, o estado de São Paulo registrou uma queda de 37% de novos casos da Covid-19. Enquanto isso, a Região Metropolitana de Campinas contou 40% de queda na média móvel de novos casos. Os dados foram concedidos pela Unicamp. 

Outras informações podem ser consultadas no site da Unicamp. Veja, abaixo, o calendário elaborado para a retomada de atividades presenciais: 

19/10 - Período 1: até 20% de servidores;

02/11 - Período 2: até 40% de servidores;

16/11 - Período 3: até 60% de servidores, até 25% de alunos de graduação, pós-graduação e extensão e até 25% de crianças atendidas pelo CECI/DeDIC;

30/11 - Período 4: até 80% de servidores, até 50% de alunos de graduação, pós-graduação e extensão e até 50% de crianças atendidas pelo CECI/DeDIC; 

14/12 - Período 5: até 100% de servidores, até 75% de alunos de graduação, pós-graduação e extensão e até 75% de crianças atendidas pelo CECI/DeDIC;

23/12 a 04/01/2021 - Recesso de fim de ano

04/01/2021 - Período 6 - até 100% de servidores, até 100% de alunos de graduação, pós-graduação e extensão e até 100% de crianças atendidas pelo CECI/DeDIC;

18/01/2021 - Ingresso na Fase 3 do plano de retomada gradual das atividades.

Estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e do Travessia (correção de fluxo dos Anos Finais) no Recife terão aulas através do rádio. O projeto “Escola do Futuro em Casa na Rádio”, da Secretaria de Educação do município, realizará a transmissão de conteúdos educativos na Rádio Frei Caneca FM (101,5) e também no site da emissora, das 18h às 19h, de segunda a sexta-feira a partir desta quarta (26). 

Os conteúdos dos programas serão conectado aos livros didáticos distribuídos aos 7.798 alunos, com blocos de 15 minutos, um para cada um nível de ensino. Além disso, os dias da semana terão seus respectivos componentes curriculares e o programa ficará disponível em formato de podcast após a transmissão no site da Secretaria de Educação do Recife

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A partir das aulas, os professores irão elaborar planos de aulas e atividades não presenciais por meio de materiais impressos ou mídias sociais de longo alcance. Esses conteúdos deverão atender aos alunos da turma para que haja interação e para que as atividades sejam feitas e devolvidas em seguida para orientação, avaliação da aprendizagem e registro de carga horária.

“Mais uma vez estamos ampliando as nossas estratégias pedagógicas para alcançar de forma mais abrangente a comunidade escolar, neste momento de suspensão das aulas presenciais por conta da pandemia”, pontuou o secretário de Educação do Recife, Bernardo D’Almeida, à assessoria de imprensa da secretaria. 

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Nesta segunda (3), o Governo de Pernambuco anunciou o protocolo para retomada das atividades presenciais em órgãos públicos que estavam suspensas em decorrência da pandemia do novo coronavírus. O plano de retomada se dará de maneira gradual e progressiva, sendo dividido em três fases. Ele terá início após a decisão do Comitê Estadual Socioeconômico de Enfrentamento ao Coronavírus, e será concluído com a revogação do Decreto Estadual nº 48.809, de 14 de março de 2020, que regulamenta medidas temporárias para o enfrentamento da emergência de saúde pública.

Dentre os principais pontos do protocolo estão: a manutenção dos servidores que se encaixem no grupo de risco da covid-19 em trabalho remoto; o fornecimento de máscaras para servidores ou empregados públicos e disponibilização de álcool 70% no ambiente de trabalho; o afastamento e a testagem de funcionários que apresentarem sintomas da doença, bem como daqueles com que tiverem tido contato; a flexibilização do horário de início e término do expediente, para evitar aglomerações, com destaque para os trabalhadores que utilizarem o transporte público, evitando o horário de pico; o distanciamento de 1,5m entre as estações de trabalho; a higienização dos ambientes de trabalho no mínimo 4 (quatro) vezes ao dia; limite máximo de 10 participantes, quando indispensável a realização de reuniões presenciais, sendo preferíveis as reuniões à distância; distanciamento em elevadores e limitação de passageiros em veículos oficiais.

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De acordo com o governo estadual, as medidas foram debatidas no mês de julho, entre a Secretaria de Administração (SAD), Secretarias de Saúde (SES) e de Desenvolvimento Urbano e Habitação (SEDUH) e o Fórum de Servidores do Estado. A implementação das medidas e “a divulgação do calendário para retomada das atividades presenciais nos órgãos e entidades da administração direta e indireta dependerá da evolução dos indicadores diariamente avaliados pela Secretaria Estadual de Saúde”, frisa a nota oficial.

“É muito importante adotar protocolos sanitários para a retomada das atividades presenciais, a partir de uma ampla discussão democrática entre os atores envolvidos. Isso traz uma maior segurança e proteção aos usuários dos serviços, servidores públicos e demais colaboradores que atuam nos órgãos e entidades do governo”, afirma a secretária de Administração, Marília Lins.

As lojas do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-PE) localizadas em shoppings retomaram, nesta terça (3), suas atividades. Em decorrência da pandemia da covid-19, contudo, o atendimento presencial será distribuído de maneira gradual, entre as 10h e as 20h, sendo guiado por novos protocolos preventivos à doença. O caminhão Detran Itinerante segue estacionado nos centros de compras do Recife, Jaboatão e Caruaru, onde, no sistema drive thru, realiza entrega da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e Certificado de Registro e Licenciamento de Veículos (CRLV).

Já as lojas passam a contar com barreiras físicas para atendimento, mudança do fluxo de entrada, fornecimento de equipamentos de proteção e higienização individual, marcação no piso para a distância e o reforço da limpeza nas áreas comuns. De acordo com o Detran-PE, os usuários que estão com a CNH vencida não precisam ter pressa na renovação, já que, com a revogação da Resolução 782/20 do Contran, de 18 de junho, continuam suspensos por tempo indeterminado os serviços de: validade da CNH ou permissão para dirigir (PPD) vencida desde 19/02/2020; registro e licenciamento de veículos novos, desde que ainda não tenham expirado; recursos de suspensão do direito de dirigir e de cassação da Carteira de Habilitação; defesa de autuação (multas); recursos de multas; defesa processual; identificação de condutor infrator (inclusive os processos em andamento); expedição de Certificado de Registro de veículo (CRV/recibo ou DUT) em caso de transferência de propriedade do veículo adquirido desde 19/02/2020.

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Segundo o órgão, "notificações de penalidades somente poderão ser expedidas e enviadas pelos Correios após a revogação da Deliberação 185 do Contran, que suspende por tempo indeterminado os prazos de Defesa de Autuação e Identificação de Condutor Infrator".

Também fica ampliado para 18 meses o prazo para que o processo de habilitação do candidato permaneça ativo. Quanto ao CRLV 2019, o limite para circulação é de: setembro (placas com final 1 e 2); outubro (placas com final 3,4 e 5); novembro (placas com final 6,7 e 8).

Importantes instituições de ensino de Pernambuco, a UPE, UFPE e UFRPE anunciaram a criação de Períodos Letivos Excepcionais (PLE) para a retomada das aulas de graduação de forma remota. Nessa terça-feira (28), detalhes foram passados à imprensa em uma entrevista coletiva que contou com a presença dos reitores das três instituições e também do professor e padre Pedro Rubens, reitor da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap). 

UFPE

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Na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o semestre remoto será iniciado a partir do dia 17 de agosto, com três meses de duração, com a possibilidade de os estudantes cursarem até 300 horas/aula. Apenas os alunos que estiverem nos dois últimos semestres do curso poderão ter uma carga horária maior, com o objetivo de agilizar a formatura.   

As atividades, de acordo com o reitor Alfredo Gomes, poderão ser realizadas tanto de forma simultânea à presença virtual do professor durante uma aula ao vivo, por exemplo (síncronas), como desenvolvidas em tempos diferentes (assíncronas). Para auxiliar os estudantes que têm dificuldades de conexão e acesso à internet e equipamentos eletrônicos, a Universidade recorrerá tanto a programas de locação e doação de equipamentos para alunos vulneráveis quanto ao programa do Ministério da Educação (MEC) para aquisição de pacotes de dados para alunos de universidades e institutos federais. 

No que diz respeito às atividades práticas, o reitor afirmou que algumas delas, como estágios curriculares, ainda serão desenvolvidas, mas com os devidos cuidados de saúde para que não haja disseminação da Covid-19. “Atividade prática é fundamental na formação, algumas serão realizadas tendo em vista o processo de conclusão, mas dentro de um regramento muito rigoroso de distanciamento e EPI para respeito à vida e não transmissão”, declarou Alfredo.

Ainda de acordo com o reitor, as avaliações dos alunos serão realizadas, mas só serão incluídas no histórico escolar se o estudante tiver êxito. “Os estudantes serão avaliados e isso será incorporado na carga horária, mas se ele não se sentir confiante com o processo remoto, não participa, mas não contabiliza a disciplina (...) Sendo avaliado e tendo sucesso, será integralizado no curso dele normalmente”, disse Alfredo. 

UPE

A Universidade de Pernambuco (UPE) terá seu período excepcional de 8 de setembro a 25 de novembro, com dez semanas de duração e 240 horas/aula em disciplinas teóricas. O semestre será optativo e o estudante que não conseguir acompanhar as aulas até o fim, desistir do semestre ou não for aprovado também não será punido nem terá registro em seu histórico. 

De acordo com o reitor Pedro Falcão, durante o período de aulas remotas, assim como já vem acontecendo com as teses na pós-graduação, as orientações e defesas de Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) serão feitas também de modo virtual, enquanto as avaliações se darão por meio de projetos, trabalhos e atividades on-line, preferivelmente assíncronas. 

UFRPE

Assim como a UFPE, a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) iniciará o semestre excepcional 2020.3 no dia 17 de agosto e irá até novembro. Haverá, ainda, o semestre 2020.4 com término em março. Os períodos excepcionais da UFRPE também serão ministrados de forma não obrigatória. 

Além disso, a instituição de ensino anunciou o pagamento de um auxílio parcelado no valor de R$ 1.380 para 3 mil estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica para aquisição de aparelhos eletrônicos com o objetivo de facilitar o acesso às aulas remotas. 

De acordo com o reitor Marcelo Carneiro Leão, cada semestre excepcional terá dez semanas de duração, com foco em atividades assíncronas, uma vez que elas não exigem uma conexão de internet tão potente quanto as que são interativas, e as avaliações serão baseadas, assim como na UFPE, em projetos e trabalhos on-line. 

Sobre atividades práticas, ele explicou que com exceção de situações de conclusão de curso, elas serão muito raras e os períodos excepcionais serão essencialmente focados em disciplinas teóricas. “As disciplinas ofertadas quase todas puderam ser adequadas à parte teórica. A não ser as de final de curso para ter a conclusão de curso pro aluno concluir, em situações raras. Por isso algumas não poderão ser ofertadas. A gente sabe que é um prejuízo, mas vai optar pela vida das pessoas”, afirmou o reitor. 

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A pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo Coronavírus (SARS-CoV-2) que já matou mais de 80 mil pessoas e ultrapassou a marca de 2 milhões de infectados no Brasil até esta terça-feira (21), dificultou a vida de muitos estudantes ao forçar o fechamento de escolas para evitar aglomerações. Problemas como a perda de renda por parte dos pais e a dificuldade de acesso à internet para acompanhar aulas remotas têm sido obstáculos à educação no país e no mundo, ao ponto de a ONG britânica Save The Children estimar que a pandemia pode tirar 10 milhões de crianças da escola definitivamente.

Para evitar cenários catastróficos como esse para o futuro de seus alunos, o professor de biologia Arthur do Nascimento Cabral, de 29 anos, percorre vários pontos da Região Metropolitana do Recife (RMR) entregando envelopes com tarefas escolares aos estudantes dos sexto e sétimos anos da Escola de Referência em Ensino Fundamental e Médio Deputado Oscar Carneiro, que não têm conseguido fazer as atividades de forma remota. Toda sexta-feira, ele sai de bicicleta com os envelopes contendo as tarefas, leva um para cada aluno e recolhe as atividades respondidas na semana anterior. 

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Contratado para ensinar em escolas do Governo do Estado de Pernambuco há três anos, Arthur decidiu ser professor inspirado por educadores que teve e nunca desistiram dele ou seus colegas enquanto foi aluno de escolas públicas, mas principalmente por seu tio, Valfrido, que era vendedor e se tornou professor, concluindo a graduação em história aos 45 anos. “[Meu tio] era vendedor, tem quatro filhos e decidiu que para mudar de vida teria que estudar, mesmo com essa idade ele resolveu fazer uma faculdade, se tornou professor de história e a educação possibilitou essa guinada na vida dele e dos meus primos”, contou Arthur. 

As primeiras experiências em sala de aula, saindo do lugar de aluno e indo para a frente da turma como professor, foram uma surpresa. Até hoje, para Arthur, cada dia é como a primeira vez no momento em que ele tem contato com as histórias de vida e realidades de cada aluno.  

“O início é sempre impactante, enquanto estudante eu vivenciei a escola pública, mas quando você chega do outro lado, se olha como professor, está ali na frente e consegue enxergar os problemas dos estudantes, que são muito complexos, cada estudante tem uma história de vida diferente, cada estudante tem a sua marca. Até hoje entrar em sala de aula, conversar com os alunos é sempre um desafio. Quando eu entro na escola, é como se fosse minha primeira vez”, relatou o professor.

Arthur sai de sua casa no bairro da Várzea, no Recife, e pedala cerca de 8,5 Km para chegar até a Vila da Fábrica, em Camaragibe, onde fica a escola. Lá, ele percorre o bairro e também as regiões de Tabatinga e Aldeia de Baixo para entregar as atividades a cerca de 20 alunos antes de retornar para casa, em um trajeto que leva a manhã inteira. 

Foi por ter a sensibilidade de perceber as necessidades particulares de cada aluno e se preocupar com elas que Arthur começou a levar as tarefas em casa. Ele conta que algum tempo depois de começar a pandemia, a Secretaria de Educação implementou um projeto de aulas gravadas e ao-vivo chamado Educa PE, e atividades com base nessas aulas eram enviadas para os alunos através da internet. No entanto, alguns alunos, sempre os mesmos, não estavam enviando as respostas. Ao falar com outros professores, Arthur percebeu que o problema era geral e, junto à gestão da escola, começou a tentar entender as possíveis razões. A falta de acesso à internet ou equipamentos eletrônicos surgiram entre as possibilidades. 

Contando com apoio da escola, de outros professores e de alguns amigos conforme o tempo passava, a ideia de levar as tarefas até a casa dos alunos de bicicleta, apesar do cansaço e de algumas localizações em terrenos de difícil acesso, não apenas foi viabilizada como posta em prática. O retorno, segundo o professor, não poderia ser melhor: alguns estudantes que a princípio riram e ficaram surpresos com a visita, gostaram e hoje já o esperam com o envelope de tarefas na mão. 

Questionado sobre o que lhe motiva, afinal, a fazer um esforço tão grande pela garantia de que todos os seus alunos possam ter acesso às atividades que estão sendo feitas pela escola durante o período de pandemia, Arthur afirma que a educação é um direito e que sempre fará o que puder pelos estudantes. 

“Eu acredito que a educação deva chegar a todos, então como na escola a gente percebeu que existia essa lacuna de estudantes que não estavam tendo acesso à educação, houve a criação dessa ideia de levar um pouco de educação para esses estudantes. Pode ser pouco? Pode ser. Uma iniciativa que não contemple a educação em toda a sua totalidade? Com certeza deve ser. Mas a gente não tem vivido isso também e esses estudantes têm recebido com muito carinho esse acesso à educação, mesmo que não seja muita coisa. Mesmo que um único estudante precise de acesso à internet, precise de acesso à educação eu vou estar lá para ajudar”, disse o educador.

Com a grande repercussão que sua iniciativa alcançou, Arthur se sente grato pelo reconhecimento, mas conta que ele tem apenas um desejo: que iniciativas semelhantes sejam feitas pelo País para que mais alunos possam estudar.

 

Em entrevista ao LeiaJá, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) mostrou-se otimista em relação a recuperação econômica do Brasil pós-pandemia e acredita que as atividades produtivas devam retornar até setembro. Segundo boletim do Ministério da Saúde, mais 20.286 casos do coronavírus foram confirmados nessa segunda-feira (13), no entanto, o pernambucano acredita que o país esteja entrando em um "período de declínio do contágio".

"Acredito que estamos caminhando para um período de declínio do contágio do coronavírus, sobretudo nas regiões metropolitanas, muito embora os dados apontam para a disseminação do vírus pelo interior do País. Ainda assim, podemos vislumbrar, até setembro, a normalidade das atividades produtivas", afirmou o senador por meio de nota.

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Mesmo confiante, o líder do Governo no Senado prega cautela para a flexibilização do comércio. Ele ainda pontuou sobre a autonomia e responsabilidade de cada gestor, pois "a disseminação não se dá de forma igual". "Deve ser planejado pelos governadores em diálogo com os prefeitos de acordo com a realidade de cada município", explica.

A aposta de FBC é que o Brasil se recupere da recessão econômica com a geração de empregos. Na sua visão, os postos de trabalho seriam disponibilizados através do avanço da agenda de reformas e privatizações.

Ele também ressaltou o comprometimento do Governo Federal para atravessar a pandemia e informou que já foram repassados cerca de R$ 40 bilhões aos estados. Desse recurso, Pernambuco teria recebido R$ 447 milhões para abastecer a saúde com equipamentos e instalar UTIs. Contudo, o senador afirmou que uma "boa aplicação dos recursos pelos gestores públicos" é necessária para garantir o atendimento adequado à população.

As medidas restritivas de prevenção e de enfrentamento à Covid-19 no estado do Rio de Janeiro foram prorrogadas até o dia 21 de julho. O decreto, assinado pelo governador Wilson Witzel, foi publicado na edição desta terça-feira (7) do Diário Oficial, que manteve atividades em setores do comércio e da indústria.

Ainda não está liberada a frequência às praias, lagoas, rios, piscinas públicas e clubes. Está permitida, no entanto, a prática de esportes nos parques, se não houver aglomeração, e as atividades esportivas individuais ao ar livre, inclusive em praias e lagoas, como ciclismo, caminhadas, montanhismo e trekking ao ar livre. Também estão autorizadas as atividades esportivas de alto rendimento, desde que sem público e obedecendo protocolos de higienização.

O uso de máscaras de proteção respiratória ainda é obrigatório em qualquer estabelecimento público e em locais privados, que estejam com funcionamento autorizado ao acesso coletivo.

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Prefeituras

O governo do Rio manteve algumas recomendações às prefeituras fluminenses sobre a reabertura gradual de setores do comércio e da indústria, obedecendo às características de cada cidade e, por isso, os municípios têm autonomia para manter suas determinações e regras.

De acordo com o governo do estado, para a definição das medidas foram levados em consideração os dados epidemiológicos da Secretaria Estadual de Saúde, como a redução do número diário de óbitos e das internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave, além das projeções da Secretaria de Fazenda sobre os impactos econômicos para o estado.

Shoppings

O horário para os shopping centers e centros comerciais não foi alterado e permanece das 12h às 20h, mas com limitação de 50% do público. Todos têm que garantir o fornecimento de álcool em gel 70%. As praças de alimentação podem reabrir, mas com o limite de 50% da capacidade. Áreas de recreação, de cinemas e afins continuam fechadas.

Os bares, restaurantes e lanchonetes, que estão autorizados a funcionar no estado desde o dia 6 de junho, também têm que respeitar o limite de 50% da capacidade.

Turismo

Equipamentos e pontos turísticos, como o Cristo Redentor e o Pão de Açúcar, podem receber o público, mas também nesse caso, com limite de 50% da capacidade de lotação.

Igrejas

Organizações religiosas podem funcionar com distância de 1 metro entre as pessoas e a manutenção de álcool em gel 70%. Deve também ser observada a obrigatoriedade do uso de máscara pelos frequentadores e por integrantes de igrejas e templos. As missas presenciais no município do Rio voltaram no sábado passado (4), com o limite de 30% da capacidade e medidas de prevenção como distanciamento dos fiéis, disponibilidade de álcool em gel, higienização dos templos e uso de máscara pelos frequentadores.

Conforme o decreto, se houver descumprimento das medidas previstas, as forças de segurança pública poderão atuar em eventuais práticas de infrações administrativas e de crimes previstos.

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