Tópicos | bebês

Mundo afora, a proliferação do coronavírus continua causando preocupação. Embora os órgãos de saúde informem à população que a maneira mais justa de controlar o aceleramento da doença é ficando em casa, um fato inusitado sobre a pandemia deu o que falar em Raipur, na Índia. Os pais de um casal de gêmeos resolveram batizar os filhos de Corona e Covid.

Segundo os pais das crianças, a ideia de registrá-las com o nome do vírus foi baseada em virtude da pandemia. "De fato, o vírus é perigoso e potencialmente fatal, mas seu surto fez as pessoas concentrarem a atenção no saneamento, na higiene e incorporarem outros bons hábitos. Assim, pensamos sobre esses nomes", explicou a mãe dos bebês, segundo informações do Press Trust of India.

##RECOMENDA##

"Quando a equipe do hospital também começou a chamar os bebês de Corona e Covid, finalmente decidimos dar seus nomes em razão da pandemia", completou ela. Corona e Covid nasceram no dia 27 de março. Os médicos informaram que os gêmeos são saudáveis.

A polícia nigeriana libertou 24 bebês e quatro adolescentes grávidas de uma maternidade ilegal na cidade petrolífera de Port-Harcourt, no sul do país - anunciou um porta-voz da polícia.

"Durante uma operação de infiltração na terça-feira, nossos homens descobriram uma organização dedicada ao tráfico de bebês em Port-Harcourt, onde 24 bebês de um a dois anos e quatro adolescentes grávidas foram resgatados", disse à AFP o porta-voz Nnamdi Omoni.

Outras "fábricas de bebês" do mesmo tipo foram descobertas pela polícia nigeriana nos últimos anos. Em alguns casos, os bebês podem sofrer rituais de magia negra.

Bebês do sexo masculino são geralmente vendidos por 500.000 nairas (US$ 1.400), enquanto as meninas são vendidas por cerca de 300.000 nairas, informou a polícia em casos anteriores.

País petrolífero com uma das maiores economias da África, a Nigéria também é uma das nações do mundo com o maior número de habitantes vivendo em extrema pobreza.

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) coloca o tráfico de pessoas em terceiro lugar nos crimes mais frequentes cometidos na Nigéria, depois da corrupção e do tráfico de drogas.

Uma enfermeira alemã, suspeita de ter injetado morfina em cinco bebês prematuros, foi detida nesta quinta-feira (30) na cidade de Ulm, sul da Alemanha, anunciou a polícia, que informou que as cinco crianças sobreviveram. 

Christof Lehr, promotor na cidade alemã, afirmou que a mulher foi detida por "tentativa de assassinato" dos cinco bebês.

A polícia encontrou no armário da enfermeira no hospital de Ulm uma seringa que continha leite materno e restos de morfina.

Os cinco bebês tinham entre um dia e um mês de vida e teriam recebido a morfina em dezembro, na unidade de prematuros do centro médico.

Dados coletados em 836 unidades de registro civil do Brasil revelam que a preferência nacional foi para nomes compostos em 2019. Neste ano, eles foram a preferência em São Paulo e ocuparam as três primeiras colocações do ranking estadual. Maria Eduarda foi o primeiro colocado com 3.188 registros, seguido por Enzo Gabriel, com 3.119 registros e Pedro Henrique com 3.026.

A preferência é a mesma em nível nacional, onde os nomes compostos ocuparam as sete primeiras posições do ranking, com destaque para Enzo Gabriel, primeiro colocado, com 16.672 registros, João Miguel, na segunda posição, com 15.082, e Maria Eduarda, terceira colocada, com 12.063.

##RECOMENDA##

Miguel e Alice, que há dois anos vinham alcançando as primeiras e segundas posições no ranking, perderam espaço. O nome masculino ocupa a oitava posição e o feminino, a décima.

O levantamento deste ano reuniu dados de todos os 7.732 cartórios de registro civil dos 26 Estados brasileiros e do Distrito Federal, que formaram uma base de mais de 2,5 milhões de registros realizados até o dia 20 de dezembro. As informações também estão no Portal da Transparência.

Os nomes de bebês mais escolhidos por região do Brasil em 2019

Os nomes compostos também lideraram nas preferências regionais, ocupando as 10 primeiras colocações em todas as cinco regiões do País.

No Sudeste e no Nordeste, a preferência foi para Enzo Gabriel. João Miguel foi o nome mais escolhido nas regiões Norte e Centro-Oeste. Já na região Sul, o nome de preferência dos pais foi Pedro Henrique.

O levantamento usou a Central Nacional de Informações do Registro Civil (CRC Nacional) como base central - plataforma eletrônica que congrega os dados de cartórios de todo o País.

Nos três Estados da região Sul, a liderança cabe a um nome simples: Miguel no Paraná e em Santa Catarina, enquanto Arthur é o nome mais escolhido no Rio Grande do Sul.

O único Estado fora da região Sul a ter na liderança com um nome simples foi o Espírito Santo, com a preferência por Miguel.

São Paulo e Rio de Janeiro foram os únicos estados onde a liderança do ranking de registros está com um nome feminino, Maria Eduarda.

Mudança de nome

Mesmo que, em regra, o nome seja imutável, existem exceções em lei onde a alteração é possível. Ela pode ser feita direto em cartório quando a pessoa completa a maioridade - entre 18 e 19 anos - sem qualquer motivação, desde que não prejudique os sobrenomes de família. O mesmo vale para a pessoa transgênero/transexual. Também é possível a correção de nome, quando for comprovado erro evidente no registro.

Alterações possíveis no sobrenome podem acontecer quando a pessoa viúva solicita ao cartório para que volte a utilizar o seu nome de solteira, mediante apresentação de certidão de óbito do cônjuge, ou quando os pais de filhos menores pedem, em conjunto, a inclusão de sobrenome, nos casos em que o nome registrado originalmente não refletir todas as linhagens familiares.

No casamento, é possível a inclusão de sobrenome do cônjuge, assim como no ato de reconhecimento de paternidade/maternidade - biológica ou socioafetiva - também é possível incluir sobrenome do pai ou da mãe, o mesmo ocorrendo na escritura de união estável, com posterior registro no Cartório de Registro Civil.

As demais alterações, como exposição do nome ao ridículo ou proteção a testemunhas, só podem ser feitas via procedimento judicial.

Ranking de nomes mais registrados em São Paulo

O levantamento selecionou uma lista com os dez nomes mais frequentes registrados em todo o Estado de São Paulo em 2019. Confira:

Maria Eduarda - 3.188 registros

Enzo Gabriel - 3.119 registros

Pedro Henrique - 3.026 registros

Miguel - 2.661 registros

Maria Clara - 2.551 registros

Helena - 2.376 registros

Davi Lucca - 2.318 registros

Ana Clara - 2.305 registros

Maria Luiza - 2.259 registros

Arthur - 2.200 registros

Ranking nacional de nomes de bebês mais registrados no País em 2019

De acordo com dados coletados em todos os cartórios brasileiros, estes são os dez nomes mais registrados do ano no País:

Enzo Gabriel - 16.672

João Miguel - 15.082

Maria Eduarda - 12.063

Pedro Henrique - 11.103

Maria Clara - 10.751

Maria Cecília - 9.570

Maria Julia - 9.448

Miguel - 9.436

Maria Luiza - 9.132

Arthur - 9.132

LeiaJá também

--> João Miguel foi o nome mais registrado nos cartórios de PE

Os nomes de bebês mais escolhidos em 2019 foram Miguel e Helena pelo segundo ano consecutivo, de acordo com o levantamento da plataforma mundial BabyCenter. Miguel ainda tem um dado curioso, segundo a plataforma: é o nome mais escolhido para crianças no Brasil em quase uma década.

Na preferência de nomes femininos, houve variações. Nos últimos dez anos, além de Helena, lideraram a lista Júlia, Sophia e Alice.

##RECOMENDA##

O BabyCenter elabora o ranking há dez anos com base em dados de 480 mil bebês nascidos ao longo do ano e cadastrados na plataforma digital gratuita de informações sobre gravidez e desenvolvimento infantil.

Nomes de meninas mais escolhidos do ano

Helena, Alice e Laura foram os nomes mais escolhidos pelas famílias brasileiras para bebês meninas nascidos em 2019, segundo o BabyCenter. A grande novidade do ranking feminino é a queda nos nomes compostos que, apesar de muito populares, parecem estar saindo de moda. Valentina, vítima de memes na internet, caminha para sair da lista dos dez mais usados. Nomes terminados em "elly" começam a cair em desuso, depois de anos de sucesso.

Liz e Maitê se destacam entre os nomes que vêm crescendo na preferência de mães e pais. Pérola, Bella e Aurora também estão entrando na moda.

Meninos

Miguel é, há nove anos, o nome masculino mais escolhido para bebês no Brasil, de acordo com os dados levantados pelo tradicional ranking do BabyCenter Brasil. As maiores preferências para meninos se mantiveram estáveis em 2019, com Arthur e Heitor fazendo companhia a Miguel no topo da lista. Samuel subiu e chegou ao nono lugar.

A disparada de Valentim marca o ranking de 2019. E a novidade em termos de tendência é a desvalorização dos nomes compostos, que caíram tanto para meninos como para meninas, depois de muitos anos crescendo.

Nomes simples, curtos e internacionais estão na moda, como Ravi, Levi e Noah. Enzo, vítima de piadas na internet nos últimos anos devido à popularidade, segue despencando, e a queda atingiu até o nome Lorenzo.

Nomes compostos

Desde que o ranking BabyCenter Brasil de nomes de bebê começou a ser elaborado, em 2009, a paixão dos brasileiros pelos nomes compostos ficou bem clara nos dados. Mas, em 2019, eles tiveram queda.

Praticamente todos os nomes duplos do ranking caíram. João Miguel, o nome composto de menino mais usado, está em 25º lugar no total. No início da década, em 2010, o principal nome duplo de menino era João Pedro, na 14ª posição.

Para as meninas, o nome composto mais escolhido no ano foi o clássico Maria Luísa, que está em 15º lugar. Bem diferente de 2010, quando Maria Eduarda era o quarto nome mais usado para as bebês nascidas no Brasil.

Destaques

Os nomes que se destacaram com subidas rápidas e que estão deixando de ser "originais" e "alternativos", foram:

- Liz: subiu 20 posições, principalmente pelo significado religioso "Deus é meu juramento". Também é o nome da filha da cantora Thaeme Mariôto. Liz é um nome curto, que combina com as tendências atuais, e que lembra elementos da natureza, pela relação com "flor de lis". O nome entrou nos top cem do ranking BabyCenter em 2013 e vem crescendo desde então.

- Aurora: subiu 21 posições. Faz uma referência à princesa do filme da Disney A Bela Adormecida, que também aparece na série Malévola.

- Gael: cresceu 23 posições. É um nome curto, inspirado inicialmente pelo ator Gael García Bernal, e vem sendo usado também como alternativa a nomes de sucesso terminados em "el" como Miguel e Gabriel.

- Valentim: é um dos nomes que tiveram a alta mais significativa já registrada pelo ranking BabyCenter, subindo 44 posições, mais popular que nomes tradicionais como Eduardo, Antônio ou Vitor. Valentim pode ser entendido como uma variação de Benjamin, outro nome que subiu rápido desde que foi usado pela top model Gisele Bündchen. O significado "valente" contribui para a subida, e outra influência pode ter sido o personagem interpretado por Danilo Mesquita na novela Segundo Sol, junto com o Ícaro de Chay Suede, que também alavancou este nome no ranking.

Quando uma criança nasce prematura e abaixo do peso, o bebê é levado imediatamente para a incubadora. Até quatro décadas atrás, esse recém-nascido tinha que ficar isolado da mãe porque os médicos temiam principalmente o risco de infecções. Criado em 1979, em Bogotá, na Colômbia, o Método Canguru tira os bebês desse isolamento e estabelece o protagonismo materno no tratamento neonatal.

Os bebês são colocados em posição vertical no colo da mãe ou do pai, amparados por um tecido, como se fossem filhotes de canguru e podem ficar ali por horas. Não é que as incubadoras passem a ser substituídas, mas essa tecnologia humanizada funciona como um complemento importante no tratamento.

##RECOMENDA##

“As incubadoras são muito boas, a tecnologia é muito apropriada para a saúde e a sobrevivência das crianças. O que fizemos foi permitir que as mães entrassem em todos os serviços de recém-nascidos, assim o bebê ficava com a pessoa mais importante para ele,” afirma Hector Martinez, pediatra e criador do Método Canguru. Ele ressalta que a presença da mãe é fundamental para o desenvolvimento do bebê.  

Além do vínculo afetivo que é fortalecido com esse contato pele a pele diário, os benefícios da prática incluem regularização da temperatura do bebê – por causa do calor do colo dos pais – e ganho de peso. “O Método Canguru favorece muito o aleitamento materno. Todas as pesquisas realizadas demonstram que os bebês que utilizam o método mamam por mais tempo exclusivamente no peito, e a mãe tem facilidade maior para amamentar,” ressalta a pediatra neonatologista e consultora do Ministério da Saúde Zeni Lamy. Segundo a especialista, que é uma das precursoras da introdução da prática no Brasil, estudos demonstram que, a longo prazo, ela leva a uma melhor escolaridade e a menos comportamentos de desvios, como o uso de álcool e outras drogas, além da violência.

No Brasil, o Método Canguru é adotado há 20 anos e hoje é utilizado por 200 unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). A mãe fica em um leito próximo ao do bebê e pode ficar com a criança no colo quanto tempo quiser. No mundo, a metodologia está presente em cinco continentes e é uma ferramenta para ajudar os 20 milhões de bebês prematuros que nascem todos os anos.

O consumo de alimentos ultraprocessados é cada vez mais precoce no Brasil. Crianças com menos de 2 anos chegam a ter praticamente a metade da sua alimentação diária composta por produtos industrializados. São farináceos, bebidas lácteas, refrigerantes, biscoitos. Por isso, o Ministério da Saúde lançou nessa quarta-feira (13) uma campanha de prevenção da obesidade infantil.

O objetivo é alertar e orientar as famílias sobre a importância da formação de hábitos saudáveis na infância. Foi lançada também uma nova versão do guia alimentar para bebês. A alimentação com altas quantidades de sal, gordura e açúcar desde a primeira infância tem impacto direto nos índices de obesidade dos pequenos e também da população em geral.

##RECOMENDA##

Dados do governo mostram que 15,9% das crianças com menos de 5 anos já apresentam excesso de peso. Nos últimos 13 anos, o porcentual de obesos no País passou de 11,8% para 19,8%. Foi um aumento de 67,8%, um dos maiores índices de crescimento no mundo.

Já está bem estabelecido cientificamente que o excesso de peso pode causar doenças crônicas como diabete, hipertensão e colesterol alto. Também é fator decisivo para o desenvolvimento de problemas cardíacos e câncer. "O cenário de obesidade infantil é muito preocupante, com índices cada vez mais altos de diabete e hipertensão", afirmou o nutricionista Cristiano Boccolini, da Fiocruz. "Cada vez mais as crianças estão recebendo produtos ultraprocessados em vez de comida de verdade. Temos de desembalar menos e descascar mais."

A má alimentação desde a primeira infância tem causas múltiplas, como indicam especialistas. Um dos maiores problemas está relacionado ao aleitamento materno. O recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é que bebês de até 6 meses se alimentem exclusivamente do leite materno.

Dados do governo brasileiro mostram, no entanto, que duas em cada três crianças com menos de 6 meses já recebem algum outro tipo de leite, em geral acrescido de alguma farinha e açúcar. E apenas um terço continua recebendo leite materno até os 2 anos. Nesta faixa etária, 49% já se alimentam também de sucos adoçados, refrigerantes e biscoitos. O preconizado é zero açúcar até essa idade.

"A amamentação previne a obesidade na idade adulta, as crianças amamentadas têm menos chances de se tornarem adultos obesos", afirmou Boccolini. "Mas, além disso, a complementação alimentar dos bebês deve ser feita com comida de verdade - arroz, feijão, carne, legumes e verduras."

Alguns obstáculos são a pouca disponibilidade das mães que precisam trabalhar e o alto preço dos alimentos mais saudáveis. "O paladar das crianças na hora de descobrir o açúcar é muito aguçado", disse o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que lançou a campanha no Rio. "É preciso evitar alimentos que não agregam valor nutricional, mas agregam peso. E criança tem de andar descalça, correr, pedalar. Se essas atividades forem substituídas por horas de tela, vamos pagar um preço muito alto."

"O leite materno tem menos proteína que o leite de vaca, mas é uma proteína de qualidade superior. Quando tira a o leite materno, a criança recebe um excesso de proteína que já favorece o ganho de peso", afirmou o nutricionista Marcio Atalla, embaixador da campanha do ministério. "Além disso, tem muita criança com menos de 2 anos tomando refrigerante, comendo biscoito; um excesso de caloria que ela não gasta nessa idade e vai reverter no sobrepeso."

Controle

Os pais tentam equilibrar a alimentação dos filhos, mas enfrentam dificuldades. Chocolate soa como palavra mágica para Bryan, de 4 anos. "Ele adora, come qualquer um", conta o pai, o vistoriador Pedro Reis, de 22 anos, morador da Tijuca, na zona norte do Rio. "Se deixar, come todo dia, mas eu e a mãe não permitimos. É uma vez por semana mais ou menos", conta o pai.

Já Rafael, de 1 ano, ainda nem sabe o que é o sabor doce. "Só dou pra ele comida sem sal nem açúcar", conta a mãe do bebê, a nutricionista Mayra Reis, de 34 anos. "Sei que não vai dar pra manter essa regra para sempre, mas meu objetivo é que, até os 2 anos, ele não coma nada industrializado. No começo deu certo, mas agora ele vê os primos comendo (lanche do) McDonald's e também quer", diz. "Eu não deixo. O máximo que ele come não feito em casa é biscoito de polvilho e algum pão."

A nutricionista convenceu o marido a manter o filho na dieta, mas a falta de sal e açúcar motivou protestos da sogra, "Ela reclamou, disse que a comida ficaria sem sabor nenhum. Mas eu expliquei que assim é que o Rafael sentiria o verdadeiro gosto dos alimentos." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em meio ao surto do vírus Zika que impactou milhares de famílias pelo Brasil, entre 2015 e 2016, nasceu a pequena Nicole, em Salvador, na Bahia. Enquanto a mãe Ingrid Graciliano aguardava a chegada da filha, que completa 4 anos este mês, o susto: um diagnóstico de microcefalia. A doença da filha a afetou emocionalmente. Ingrid passou a desenvolver os primeiros sintomas da depressão pela novidade, pela quebra de expectativa e por imaginar os cuidados e a luta que seria criar Nicole.

Hoje, ela é a presidente da Associação de Anjos da Bahia e compara a situação a um luto, o que levou à depressão, doença que atinge muitas mães e cuidadoras de crianças afetadas pela síndrome congênita do Zika. “A depressão veio depois que eu tive Nicole e se potencializou ainda mais. Olhava para ela e via que não me acompanhava com o olhar porque tinha baixa visão, né. Aquilo me doía muito. Eu amamentava e ela não olhava pra mim. Não é um luto passageiro, é um luto eterno porque a gente sempre vai procurando aquela criança que a gente sonhou”, disse.

##RECOMENDA##

Segundo ela, a situação da filha gera um desgaste psicológico muito grande. “Eu me separei do meu marido, tive um quadro de depressão muito crítico, pensamentos suicidas, comecei a tomar ansiolítico. Tinha uma vida plena antes, trabalhava, estudava e não poderia me colocar no mercado de trabalho porque tinha de cuidar daquela criança ali.”

Ingrid disse também que a falta de apoio familiar e suporte de políticas públicas para os cuidadores das crianças influencia no agravamento do quadro depressivo. Segundo a presidente da associação, quase 80% das crianças afetadas pelo Zika foram deixadas pelo pai e dez mães da associação já tentaram suicídio.

“É preciso cuidar de quem cuida”. É o que defende, com unhas e dentes, a psiquiatra Darci Neves, também epidemiologista e professora do instituto de saúde coletiva da Universidade Federal da Bahia, depois que realizou um estudo preliminar sobre quem cuida das crianças afetadas pelo vírus. “A expectativa de uma família perante algo tão inusitado como foi a síndrome congênita do Zika, nos fez pensar que pudessemos aliviar esse sofrimento. Pensamos em cuidar de quem cuida. Se isso não for feito, a criança também não é beneficiada”, afirmou a médica.

Segundo a psiquiatra, o estudo foi realizado com famílias de 165 crianças que foram impactadas, de alguma forma, com o surto do zika vírus, entre 2015 e 2016, em Salvador. O resultado, de acordo com ela, era previsto na literatura médica, mas a confirmação de que uma a cada três pessoas que cuidam dessas crianças apresentam diagnóstico de depressão. E a maior parte, 90%, é de mães.

Para a especialista, a síndrome congênita do Zika vírus gera o fator surpresa na família e ocasiona o estresse que pode levar à depressão. Além disso, ela considera necessária a elaboração de políticas públicas que deem suporte a quem cuida dos pequenos, principalmente as mães.

Estudo

Com o título Desenvolvimento Infantil na Comunidade, a equipe que a médica coordena acompanhou as 165 crianças de até 3 anos de idade, em Salvador. Todas foram afetadas, de alguma forma, pelo surto do Zika: podendo ser microcefalia, hidrocefalia ou sem interferência na aparência do bebê, mas de caráter neurológico.

Nessa avaliação sobre o desenvolvimento dessas crianças, a pesquisa analisou três fatores: cognição, motricidade e linguagem. No fim das contas, o estudo aponta uma idade mental de 1 ano de idade, em crianças de 3 anos. “Há muitas outras alterações neurológicas que não necessariamente acontecem na cabeça. Essas alterações que atingiram o cérebro da criança tem um poder de dano muito grande. Observamos que as funções cognitivas estão abaixo do que disseram. A gente encontrou esses percentuais elevados para funções cognitivas, para a função motora e de linguagem”, disse Darci.

No desenvolvimento motor, por exemplo, foi avaliada a capacidade de agarrar objetos, andar e pular. Em mais de 80% das crianças avaliadas apresentaram atraso, em relação a outras crianças da mesma idade. A capacidade cognitiva, como percepção, memória e raciocínio foi afetada pelo Zika em 79% dos pequenos. E quanto à linguagem, o estudo revelou um atraso em relação à idade em 78% das crianças avaliadas.

Foi na capital baiana que o vírus da doença foi identificado pela primeira vez, em 2015, em pacientes infectados. A microcefalia se tornou a complicação mais conhecida em bebês de mães que tiveram o vírus Zika, mas existem outras complicações, como problemas motores e neurológicos que podem afetar a visão, a audição e o desenvolvimento da criança.

Cerca de 60% das mães participaram da pesquisa, coordenada pela professora da UFBA, Darci Neves, com financiamento de agências de pesquisa Capes e CNPq e do Ministério da Saúde. Caso o financiamento seja mantido, o próximo passo do estudo é analisar o desenvolvimento dessas crianças na fase escolar, nos próximos anos. Só assim vai ser possível embasar a elaboração de políticas públicas às crianças e familiares afetados pelo Zika.

Um grupo de cientistas encontrou vasilhas de argila similares a mamadeiras em túmulos de bebês pré-históricos, o que demonstra, pela primeira vez, que eles eram alimentados com leite de ruminantes quando deixavam de ser amamentados.

Pequenos recipientes de argila com bico e de um tamanho que permitia a um bebê segurá-los com a mão apareceram pela primeira vez na Europa durante o período Neolítico (por volta de 5.000 anos antes de Cristo) e se disseminaram na Idade do Bronze e na do Ferro.

Arqueólogos supunham que estes recipientes servissem para dar de beber a bebês, mas sem ter provas. Poderiam também ter sido usados para alimentar doentes, idosos ou portadores de deficiência.

Para ter certeza, uma equipe de pesquisadores analisou três itens encontrados em cemitérios na Baviera (Alemanha), dois dos quais datavam de 800 a 450 a. C., e o terceiro de um sítio de 1.200 a 800 a. C. Todos foram enterrados junto com crianças de 0 a 6 anos de idade.

Análises químicas dos resíduos de lipídios contidos nestes recipientes revelaram a presença de ácidos graxos de origem animal, confirmando que os bebês bebiam leite animal durante o desmame ou como complemento ao leite materno, detalhou o estudo publicado nesta quarta-feira (25) na revista científica Nature.

"É a primeira prova direta do que os bebês bebiam durante a pré-história na Europa" durante o desmame, disse à AFP Julie Dunne, pesquisadora de arqueologia biomolecular da Universidade de Bristol (Reino Unido).

O fato de se encontrar "mamadeiras" dentro dos túmulos de crianças, junto com a análise química, "confirma que estes recipientes eram utilizados para alimentá-los com leite animal", prosseguiu a cientista, autora principal do estudo.

"Algumas destas 'mamadeiras' são quase brinquedos, tinham que fazer as crianças rir", acrescentou Dunne.

"Esta descoberta nos dá uma visão mais refinada de como as famílias pré-históricas geriam a alimentação infantil no momento do desmame, um período de risco para a criança", explica.

O leite animal, não pasteurizado, tinha mais riscos de contaminação do que o leite materno. Mas seu uso se tornou possível com o aparecimento da agricultura e a pecuária, se inscreve, no entanto, no marco de uma melhora global da alimentação, que conduziu a um aumento na taxa de natalidade, destaca o estudo.

Para as mamães, a amamentação é um dos momentos mais prazerosos com o bebê. Saber a maneira ideal de amamentar é importante para evitar dificuldades logo nos primeiros dias, por isso, empoderar mães e pais para que a amamentação seja exclusiva nos primeiros meses da criança é um dos objetivos da campanha "Agosto Dourado".

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o leite materno tem tudo o que uma criança precisa nos seis primeiros meses de vida, além de oferecer os anticorpos necessários para os bebês. "A campanha alerta sobre a importância da amamentação, para que as pessoas façam uma reflexão sobre esse assunto, que é uma responsabilidade de todos, não só da mãe e do pai", ressalta a enfermeira obstétrica e coordenadora do Grupo de Apoio ao Aleitamento Materno do Hospital São Luiz Itaim, Marcia Regina.

##RECOMENDA##

Além de discutir sobre a importância do aleitamento materno, a campanha também dá dicas para mães de primeira viajem que precisam de auxílio como, por exemplo, o melhor local e horário de amamentar. "Nos primeiros meses da criança, o ideal é amamentar em um ambiente o mais tranquilo possível. Depois, a mãe vai se adaptando aos locais em que precisa realizar outras tarefas. A mamãe deve se entregar à amamentação e as pessoas ao seu redor devem se certificar de que ela não seja interrompida", explica Marcia.

Segundo a especialista, todas as mulheres são capazes de produzir leite, por meio do apoio e do estimulo à amamentação. Mesmo se a mulher não conseguir amamentar, há a possibilidade de tentar tirar o leite e dar para o bebê. A orientação é sempre procurar ajuda em um serviço de apoio especializado ou em bancos de leite.

A 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Amazonas manteve condenação de um hospital maternidade responsabilizado pela troca de bebês de duas mulheres.

O Hospital da Sociedade Portuguesa Beneficente do Amazonas pedia prescrição da pena, e alegava que o conhecimento do dano teria sido no momento do nascimento, ao passo que uma das mães e autora da ação, só procurou a Justiça 18 anos depois.

##RECOMENDA##

O relator do caso na 2ª Câmara Cível, no entanto, entendeu que o conhecimento do ano contaria a partir do teste de DNA, em 2008. Como a ação foi protocolada menos de um ano depois, estaria dentro do prazo prescricional.

O Hospital da Sociedade Portuguesa Beneficente do Amazonas foi condenado a pagar R$ 240 mil para Maria e sua filha por danos morais.

Confusão foi revelada por um exame de DNA

Em 1990, a mulher deu à luz sua primeira filha. Contudo, poucos dias depois do nascimento, ela notou que a criança não se parecia fisicamente com ela ou com seu marido.

Familiares e amigos questionavam a fidelidade de Maria. Desconfiado que teria sido traído, o marido a deixou um mês depois e pediu o divórcio.

Quase dezoito anos depois, a mulher entrou na Justiça para exigir pensão alimentícia do ex-marido, que só aceitaria após ela concordar em realizar um exame de DNA.

Feito o exame, foi constatado que nem ela, nem o ex-marido eram os pais da criança.

Com a palavra, o Hospital da Beneficência Portuguesa do Amazonas

"Os fatos narrados, objeto da ação judicial teriam ocorrido há 29 anos, na antiga maternidade. Independente de ter sido em outra época, com responsabilidade direta de outra diretoria, essa direção entende que é responsável pela instituição, independente de quanto tempo o fato ocorreu.

A área da maternidade da Beneficente Portuguesa, foi desativada há mais de uma década depois de realizar milhares de partos.

Sobre a decisão judicial, estamos no aguardo da notificação por oficial de justiça para análise do nosso setor jurídico.

A nossa centenária instituição está à disposição da sociedade e da imprensa, a qualquer tempo."

A Organização Mundial da Saúde (OMS) advertiu nesta segunda-feira (15) que os alimentos industrializados para bebês contêm, com frequência, excesso de açúcar e rótulos que geram confusão.

"Em quase metade dos produtos examinados mais de 30% das calorias eram de açúcares totais e um terço dos produtos continham açúcar adicionado ou outros agentes adoçantes", destacou o departamento europeu da OMS.

O estudo examinou quase 8.000 produtos de mais de 500 lojas de Viena (Áustria), Sofia (Bulgária), Haifa (Israel) e Budapeste (Hungria) de novembro de 2017 a janeiro de 2018.

Um consumo elevado de açúcar pode aumentar o risco de sobrepeso e de cáries, assim como uma exposição precoce aos produtos açucarados pode criar uma preferência nociva por estes alimentos para o resto da vida, alerta a OMS.

"Uma boa nutrição durante o período neonatal e a infância é essencial para assegurar ótimos crescimento e desenvolvimento da criança, e uma saúde melhor mais tarde em sua vida", recorda a diretora regional da OMS para a Europa, Zsuzsanna Jakab, citada em um comunicado.

Em 2018, a instituição fez um alerta contra o avanço da obesidade e do sobrepeso entre os europeus, que ameaça inverter a tendência do aumento da expectativa de vida.

Consumir bebidas açucaradas, incluindo sucos de frutas, provoca uma tendência a abandonar os alimentos mais ricos em nutrientes.

Um terço dos produtos examinados continham açúcar, suco de frutas concentrados ou outros adoçantes em sua composição, ingredientes que não deveriam ser adicionados aos alimentos para crianças.

Entre 18% e 57% dos produtos continham mais de 30% de calorias procedentes de açúcares, lamenta a OMS.

O departamento europeu da organização, que vai do Atlântico até o Pacífico, inclui 53 países tão heterogêneos como Rússia e Andorra, Alemanha e Tadjiquistão.

- Até 60% de rótulos enganosos -

O estudo mostra ainda que entre 28% e 60% dos alimentos considerados inapropriados pela OMS tinham rótulos como aptos para bebês de menos de seis meses.

"A OMS recomenda que os lactantes se alimentem exclusivamente com leite materno durante os seis primeiros meses de vida e, portanto, nenhum alimento deve ser comercializado como adequado para crianças com menos de seis meses", destaca o informe.

Para estimular os países membros a adotar novas diretrizes, a OMS atualizou suas recomendações.

A organização deseja acabar com a promoção de substitutos do leite materno e recomenda que a alimentação de crianças entre seis meses e dois anos tenham como base os alimentos ricos em nutrientes, preparados em casa.

Todos os açúcares adicionados e adoçantes também devem ser eliminados dos alimentos para bebês.

Os rótulos das bebidas açucaradas, em particular os sucos de frutas e o leite concentrado, e de produtos de confeitaria deveriam indicar que estes alimentos não são adequados para crianças com menos de três anos.

Um estudo feito com bebês de mulheres infectadas pelo zika na gestação mostra que um terço deles registrou algum atraso no desenvolvimento até dois anos e oito meses após o nascimento. O achado indica que o vírus pode provocar problemas neurológicos, visuais e auditivos mesmo em bebês nascidos sem microcefalia ou qualquer outra anormalidade.

Responsáveis pelo estudo, os pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) vêm acompanhando 216 bebês nascidos entre 2015 e 2016 no País. Todos eles são filhos de mulheres que tiveram a infecção pelo vírus confirmada em algum momento da gravidez.

##RECOMENDA##

De acordo com a pesquisa, publicada na última segunda-feira na revista científica Nature Medicine, 68 das 216 crianças avaliadas (31,5%) tiveram problemas neurológicos detectados no período de 7 a 32 meses de idade.

"O problema mais comum foi atraso no desenvolvimento da linguagem, mas observamos também atrasos motores e cognitivos", destacou a pediatra Maria Elisabeth Moreira, pesquisadora da Fiocruz. "Nossa intenção é monitorar essas crianças até a idade escolar", destaca a médica.

De acordo com a especialista, embora não seja possível afirmar que todos os casos de atraso sejam sequelas do zika, há uma associação entre a infecção e os problemas no desenvolvimento. "Há outras causas para atrasos no desenvolvimento, mas vemos uma associação porque temos um grupo controle de bebês, de mães que não foram infectadas pelo zika, e, nesse grupo, o índice de bebês com problemas no neurodesenvolvimento é de 15%, metade do registrado no grupo de bebês de mães com zika", explica ela.

Os resultados da pesquisa reforçam descobertas feitas pelo mesmo grupo logo após o início da epidemia de zika e microcefalia no País. Na época, os cientistas já verificavam que as sequelas da infecção poderiam aparecer meses após o nascimento.

Agora, com as crianças mais velhas e a possibilidade de um tempo maior de monitoramento, os cientistas concluem que o aparecimento dos problemas pode ser ainda mais tardio.

Inverso

Os cientistas também acharam entre os bebês monitorados casos inversos, ou seja, nos quais o bebê nasceu com alguma anormalidade e se desenvolveu normalmente depois.

Do total de crianças acompanhadas, 49 apresentavam algum problema logo após o nascimento, mas 24 delas (49%) tiveram avaliações normais no segundo e terceiro anos de vida.

Entre os bebês com alguma anormalidade, oito haviam sido diagnosticados com microcefalia. Destes, dois voltaram a ter um crescimento cerebral adequado, sem apresentar, no decorrer do crescimento, qualquer problema neurológico, motor, visual ou na linguagem.

Maria Elisabeth destaca que esses dois bebês puderam ter uma boa evolução porque, embora tivessem perímetro cefálico abaixo do adequado ao nascer, não tinham lesão cerebral, diferentemente da maioria dos bebês com microcefalia.

Para a especialista, ambos os achados do estudo reforçam a necessidade de monitoramento constante dessas crianças para detecção de eventuais sequelas tardias e do início precoce das terapias de estimulação para que eventuais anormalidades detectadas no nascimento possam ser revertidas ou minimizadas.

Esse cenário, porém, ainda está longe de ser alcançado no Brasil. De acordo com dados do Ministério da Saúde, dos 3,3 mil bebês nascidos com má-formação causada pelo zika entre 2015 e 2018, só 35% têm acesso à estimulação precoce.

Outro problema é a falta de recursos para pesquisas que mostrem o impacto das terapias de estimulação nessas crianças. "Precisamos de mais investimentos. Tentamos, mas não conseguimos financiamento para essa pesquisa", diz Maria Elisabeth. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Para garantir a segurança dos pequenos, o transporte de bebês e de crianças até 7 anos e meio deve ser feito em bebê conforto, cadeirinha ou assento de elevação. E sempre no banco de trás. Com o uso recorrente de aplicativos como Uber, surge entre os pais a dúvida: a regra vale também para esse tipo de transporte?.

O diretor de Educação deTrânsito do Detran-DF, Marcelo Granja, explica que o previsto em lei é que veículos de aluguel e de transporte coletivo estão livres de seguir essa regra. “Táxi e Uber hoje não precisam usar os equipamentos de segurança. Esses veículos de aluguel e ônibus de transporte coletivo não precisam ter essas adaptações.”

##RECOMENDA##

Essa previsão está na Resolução 277 de 2008 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). O texto diz que veículos de transporte coletivo como ônibus, transporte escolar, táxis e veículos de aluguel estão dispensados da regra de equipamentos de retenção.

Como esses dispositivos são projetados para reduzir o risco de morte ou lesão grave para as crianças em casos de colisão ou de freada brusca do veículo, Marcelo Granja diz que, apesar de não haver a obrigatoriedade na lei, os pais devem sempre dar preferência a transportar as crianças nos dispositivos adequados que garantem maior segurança.

Ele cita como exemplo o caso dos bebês. “Até 1 ano, o bebê tem uma fragilidade muito grande, não consegue sentar. Os dados indicam o risco de um bebê estar no colo dos pais e em situações de frenagem poderem ser arremessados.”

Nos demais veículos, é obrigatório usar os equipamentos de segurança até os 7 anos e meio. A partir daí, até os 10 anos, a criança já pode usar apenas o cinto de segurança, mas continua sendo transportada no banco de trás. Após os 10 anos, pode passar para o banco dianteiro.

Também há regulamentação para quando o número de crianças com idade inferior a 10 anos for maior que o número de assentos disponíveis no banco traseiro. Nesse caso, é permitido que aquele com maior estatura seja transportado no banco da frente usando o dispositivo de retenção adequado para o peso e a idade e cinto de segurança. Nos casos de veículo que só têm o banco dianteiro, as crianças vão neste banco.

Segundo o diretor do Detran, as diferenças na forma de transportar os pequenos levam em conta a segurança, fragilidade de cada faixa etária e o conforto. “Vamos imaginar uma criança de 1 ano num cinto de três pontas. O cinto vai ficar totalmente incompatível com o tamanho, estatura, peso dessa criança. E, mesmo com o cinto, ela pode ser lesionada porque pode bater a cabeça, ainda não tem a firmeza do corpo. O que a legislação buscou foi trazer o conforto e segurança para a criança nesse deslocamento”, acrescenta Marcelo Granja. Os bancos dos carros e os cintos de segurança são projetados para pessoas com mais de 1,45m de altura, estatura que geralmente é atingida por volta dos 11 anos de idade.

Dados da organização Criança Segura mostram que, quando usados de forma adequada, os dispositivos de segurança reduzem em até 71% o risco de morte em caso de colisão. Levantamento feito pela instituição, com base em dados de 2016 do Ministério da Saúde, revelam que, dentre as mortes por acidentes no Brasil, os de trânsito foram os que mais vitimaram crianças e adolescentes até os 14 anos.

A Organização Mundial da Saúde cita a falta do uso dos dispositivos de retenção para crianças entre os três principais fatores de risco para acidentes de trânsito para essa faixa etária. Os outros são velocidade e distrações.

Quem for pego transportando bebês ou crianças de forma irregular pode ser multado. A infração é gravíssima no valor de R$ 293,47. “A grande motivação dessa infração é colocar para os pais que a criança está muito vulnerável. É o pai, o responsável, que tem que dar essa referência de segurança para a criança”, diz Marcelo Granja.

Projeto de lei

Na úlima semana o presidente Jair Bolsonaro enviou ao Congresso Nacional um projeto de lei que propõe mudanças no Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Uma delas é a substituição da multa por uma advertência por escrito para o motorista que transportar crianças sem os dispositivos de retenção veicular.

Transporte de crianças

Até 1 ano: bebê conforto. É o único dos dispositivos que deve ser instalado de costas para o movimento do veículo

De 1 a 4 anos: cadeirinha

De 4 a 7 anos e meio: assento de elevação

De 7 anos e meio a 10 anos: cinto de segurança no banco traseiro

Após 10 anos: já pode ser transportada no banco dianteiro, sempre com cinto de segurança

*O uso do equipamento ideal para cada idade pode variar também de acordo com o peso do bebê ou criança, conforme indicação do fabricante.

Com intenção de evitar a troca de bebês na maternidade, o Hospital da Polícia Militar de Belo Horizonte, em Minas Gerais, começou a realizar o cadastro biométrico dos recém-nascidos. Desenvolvido pela empresa brasileira Griaule, o sistema registra a palma da mão do bebê, ao invés dos dedos, que ainda são muito pequenos para uma impressão 100% eficaz. Os dados coletados são anexados aos da mãe da criança no registro hospitalar.

Para tornar a troca mais difícil, os dados do bebê são coletados ainda na sala de parto. Eles são registradas por um leitor e têm as imagens vinculadas à identidade da mãe automaticamente. Além disso, nenhum bebê da maternidade pode deixar o prédio sem passar pelo reconhecimento biométrico.

##RECOMENDA##

O cadastro biométrico de recém-nascidos é obrigatório desde 2018, quando o Ministério da Saúde lançou uma portaria obrigando os hospitais a registrarem os bebês, mas ainda é novidade nas instituições de saúde. A ideia é, além de inibir o roubo de crianças em instalações médicas diminuir o número de crianças que são abandonadas na maternidade.

A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado debateu nesta semana a liberação do aborto por grávidas infectadas pelo vírus Zika. O assunto está na pauta de votação do Supremo Tribunal Federal (STF), com julgamento marcado para o dia 22 de maio. Convidados da comissão apresentaram dados que mostram um impacto do vírus em fetos muito menor do que se imaginava quando a epidemia da doença se espalhou em algumas regiões do país, em 2016.

Na ação que está no Supremo desde 2016, a Associação Nacional de Defensores Públicos (Anadep) defende, dentre outras medidas, a descriminalização do aborto no caso de grávidas infectadas pelo Zika. Raphael Parente, do Conselho de Medicina do Rio de Janeiro, afirmou que se sabe muito mais sobre o vírus hoje do que se sabia na época.

##RECOMENDA##

“Quando a Adin [ação direta de inconstitucionalidade] foi proposta, o conhecimento sobre o [vírus] Zika era muito incipiente. O conhecimento aumentou muito de lá pra cá. Um estudo publicado na revista The New England mostrou que apenas 15% dos bebês expostos ao Zika tiveram algum tipo de problema grave. Uma pesquisa mais recente, do CDC [Centro de Controle e Prevenção de Doenças] dos Estados Unidos, mostrou 5%”, disse Parente.

Lenise Garcia, doutora em microbiologia e presidente do Movimento Brasil Sem Aborto, apresentou dados do Ministério da Saúde divulgados em maio de 2017. No estudo, a microcefalia foi confirmada em menos de 20% dos casos, depois de alguns meses do nascimento da criança. Em 42% dos casos a doença foi descartada após investigação.

“Se mesmo depois de nascida a criança, é descartada a microcefalia em mais de 50% dos casos, imaginem como é incerto fazer um pré-diagnóstico intrauterino”, disse Lenise. Ela acrescentou que, na Polinésia Francesa, de onde se suspeita ter vindo o vírus, 1% das crianças nasceram com microcefalia, em um universo onde 66% da população foi contaminada pelo vírus.

“Nós temos o dado de que só 1% das crianças são afetadas quando a mãe tem a doença. Estudo científico com dados totais; não é amostragem da epidemia na Polinésia Francesa. Isso nos traz um questionamento a mais sobre usar a zika como justificativa para liberação do aborto”, acrescentou a microbióloga.

O autor do requerimento para a audiência pública, senador Eduardo Girão (Pode-CE), citou uma pesquisa realizada no Reino Unido sobre o impacto do aborto nas mulheres. “A mulher que faz aborto tem propensão muito maior a crises de ansiedade, a depressão, envolvimento com álcool e drogas e suicídio. Nesse aspecto é um caso de saúde pública sim. Quanto mais a gente debate esse assunto, mais a verdade vem à tona.”

Lenise acredita que, mesmo quando é confirmado um caso de microcefalia em um feto, seu direito à vida não pode ser negado. “E é particularmente problemático que se justifique o aborto em função de uma deficiência, porque é um preconceito com a pessoa com deficiência. Estou desconsiderando essa vida como uma vida digna de ser vivida.”

O Hospital Agamenon Magalhães (HAM), na Zona Norte do Recife, convoca genitoras que produzem leite em excesso para realizar doações à unidade referência no atendimento materno-infantil. O estoque conta com apenas 15 litros, suficiente para até dez dias. O leite materno recebido promoverá a recuperação e o crescimento saudável de recém-nascidos internados na UTI, UCI e alojamentos Canguru.

Para extração, o indicado é que a mãe use um lenço para proteger a boca e a cabeça, além de higienizar as mãos antes do processo. O leite retirado deve ser armazenado em pote de vidro com tampo de plástico. Para higienização, o ideal é lavá-los com água corrente e sabão neutro em seguida, colocá-los em uma panela com água e levar ao fogo. Após iniciar fervura, deixar por mais 15 minutos. As mães interessadas em doar seu leite devem ligar para o Hospital através do 3184.1690.

##RECOMENDA##

 

Mais de 100.000 bebês morrem por ano devido a conflitos armados, informa a ONG Save the Children em um informe publicado nesta sexta-feira na Alemanha.

Segundo a organização, ao menos 550 mil bebês morreram entre 2013 e 2017 nos 10 países mais afetados por guerras, devido à fome, falta de higiene ou de acesso a cuidados médicos, ou por rejeição de ajuda.

O número de mortos chega a 870.000 se forem incluídas todas as crianças com menos de cinco anos, considera a ONG, que precisa que a tragédia talvez esteja subestimada.

Em comparação, cerca de 175.000 combatentes teriam falecido no mesmo período nos países estudados: Afeganistão, Iêmen, Sudão do Sul, República Centro-Africana, República Democrática do Congo (RDC), Síria, Iraque, Mali, Nigéria e Somália.

"Todos os dias há crianças atacadas porque grupos armados ou forças militares não respeitam as leis dos tratados internacionais. Desde a utilização de armas químicas até o estupro como arma de guerra, os crimes de guerra são cometidos com total impunidade", advertiu Helle Thorning-Schmidt, representante da Save the Children.

Entre as recomendações dirigidas aos governos e grupos armados, a ONG insta os beligerantes a se comprometerem a não recrutar combatentes menores de 18 anos e a evitar o uso de armas explosivas em zonas habitadas.

Já imaginou sair do hospital ou da maternidade com orientações e treinamento em primeiros socorros para recém-nascidos? Pois é o que propõe o vereador Fred Ferreira (PSC) no projeto de lei que obriga as unidades de saúde públicas e privadas, no Recife, a oferecerem aos pais ou responsáveis legais dos bebês uma capacitação. 

De acordo com o texto, as orientações serão ministradas antes da alta e contemplarão instruções para assistência em casos de engasgamento, aspiração de corpo estranho e prevenção de morte súbita de bebês. Os hospitais e maternidades deverão informar aos pais ou responsáveis legais, que decidem se querem participar ou não, sobre a existência e a disponibilidade do treinamento, ainda durante o acompanhamento pré-natal.

##RECOMENDA##

“Para as mães e pais sem experiência, surge sempre a pergunta: O que fazer quando o bebê se engasgar, já que manobras arriscadas podem levar a criança a óbito? A morte de recém-nascidos pode ser evitada, através de medidas preventivas simples, as quais, infelizmente, não são de conhecimento de todos”, destaca o parlamentar.

Fred Ferreira lembra ainda que, segundo especialistas em pediatria, é comum a ocorrência de engasgamento com líquido, leite materno ou mesmo saliva em bebês com menos de um ano de idade. “Essa proposta é para que os responsáveis conheçam técnicas simples e cuidados básicos de prevenção”.

O projeto de lei será encaminhado para a análise das comissões competentes, após o início das atividades parlamentares.

*Do site da Câmara Municipal do Recife

Ninguém gosta de uma fralda suja, mesmo que seja uma das realidades que os pais têm de enfrentar. Pensando nisso, a empresa sul-coreana Monit criou uma fralda descartável inteligente capaz de detectar se um bebê urinou ou defecou. A tecnologia está em demonstração na Consumer Electronics Show (CES), a maior feira de eletrônicos do mundo, que ocorre em Las Vegas (EUA).

A Monit criou um sensor do tamanho de um cookie com Bluetooth que é acoplado à parte externa da fralda de um bebê. O pequeno aparelho pode detectar se há urina ou fezes na fralda e alertar pais e cuidadores por um aplicativo de smartphones.

##RECOMENDA##

A ideia, segundo a empresa, é reduzir os casos de assaduras e infecções do trato urinário nas crianças. Além disso, os dados do sensor podem ser usados ​​para rastrear o consumo de fraldas e padrões de sono de um bebê.

O monitor também promete reduzir os níveis de estresse dos pais, porque os libera parcialmente de ter que se preocupar constantemente com o estado das fraldas. O aplicativo exclusivo da empresa pode ser instalado e operado em até cinco dispositivos simultaneamente, tornando o cuidado das crianças um esforço em equipe.

O monitor de fraldas inteligente foi lançado na Coréia e no Japão no final de 2018. A empresa está fechando uma parceria com a Kimberly Clark para levar a tecnologia da Monit para a marca Huggies em abril. O preço não foi anunciado por enquanto.

LeiaJá também

--> LG lança máquina para fazer cerveja em cápsulas

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando