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Com salários brutos que podem chegar aos R$ 50 mil, um grupo de militares terá a partir do mês que vem um aumento de até R$ 1.600 nos rendimentos. O reajuste ocorrerá em um dos penduricalhos que elevam o soldo e beneficiará, principalmente, o oficialato das Forças Armadas.

A medida ocorre no momento em que a economia sofre com o impacto do novo coronavírus. Milhões de trabalhadores da iniciativa privada perdem empregos ou são atingidos por suspensão e corte de salários e o governo enfrenta dificuldades para manter um auxílio emergencial de R$ 600 aos informais. Ao mesmo tempo, o presidente Jair Bolsonaro está envolto em crises e busca reforçar sua base de apoio, composta por militares, policiais, evangélicos, ruralistas e, agora, políticos do Centrão.

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Chamada de "adicional de habilitação", a benesse foi criada ainda na gestão de Fernando Henrique Cardoso e é dada para quem fez cursos ao longo da carreira. O valor era o mesmo desde 2001. No ano passado, Bolsonaro autorizou o reajuste para até 73% sobre o soldo, em quatro etapas (mais informações nesta página). Na primeira delas, o penduricalho para quem fez "curso de altos estudos", por exemplo, subirá a partir de julho de 30% para até 42% sobre o valor do soldo. O aumento vale para militares da ativa e da reserva.

Com isso, um general de quatro estrelas, topo hierárquico das três Forças, passará a somar R$ 5.600 por mês ao soldo de R$ 13.400. Até então, o adicional era de cerca de R$ 4.000 mensais. Eles ainda acumulam outros adicionais que elevam o salário para, pelo menos, R$ 29.700 - a remuneração pode subir, a depender da formação, permanência em serviço, atividades e local de trabalho.

Atualmente, recebem o adicional basicamente oficiais e, no caso do Exército, alguns praças. Militares de baixa patente da Aeronáutica e da Marinha também pressionam para receber. Questionado pelo Estadão, o Ministério da Defesa não informou quantos militares recebem o benefício e qual será o impacto total na folha de pagamento da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.

Os penduricalhos acabam camuflando reajustes salariais, vetados pelo governo por causa da crise econômica. Desde que assumiu, em janeiro de 2019, Bolsonaro já fez outros agrados aos militares. Empregou 2.900 no seu governo e promoveu uma reforma da Previdência mais amena.

'Ajuda de custo'

Com a passagem para a reserva a partir de 2020, eles ainda fazem jus a outro benefício ampliado na reforma, a chamada "ajuda de custo" na passagem para a inatividade. O pagamento dobrou e passou a ser oito vezes a remuneração - o almirante Bento Albuquerque, ministro de Minas e Energia, por exemplo, teve direito a cerca de R$ 300 mil de uma só vez em maio.

Hoje, os maiores salários brutos entre os 381 mil militares em geral são do general Luiz Eduardo Ramos (ministro-chefe da Secretaria de Governo) e de Bento Albuquerque. Em março, pagamento mais recente publicado pelo governo, eles receberam, respectivamente, R$ 51.026,06 e R$ 50.756,51, conforme o Portal da Transparência. Os valores, contudo, caíram para R$ 24.861,18 e R$ 28.140,46, pela regra do abate-teto. O redutor é aplicado porque servidores não podem acumular vencimentos além de R$ 39,2 mil, valor do salário de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). O que pode mudar em breve também por uma medida do governo Bolsonaro.

Em abril, a Advocacia-Geral da União emitiu parecer no qual considera que, para os militares, a regra do abate-teto incidirá sobre cada um dos vencimentos que acumulam e não mais sobre o somatório deles. Ou seja, se um militar recebe R$ 20.000 das Forças e R$ 39.200 do Executivo, ele poderá embolsar R$ 59.200 por mês, uma vez que cada uma das rendas não ultrapassa o teto. A manobra, revelada pela revista Época, por enquanto, não é aplicada por causa da pandemia.

O reajuste no penduricalho a partir de julho é o primeiro de uma série de quatro que ocorrerão até 2023. Terá direito não apenas quem fez o "curso de altos estudos". Também serão beneficiados, em menor porcentual, os militares que fizeram cursos de formação, especialização e aperfeiçoamento.

O aumento é aguardado nos quartéis desde a aprovação da reforma da Previdência, em 2019. A lei proposta pelo governo mudou o sistema de proteção social dos militares, mas veio acompanhada de uma reestruturação das carreiras, com a criação de adicionais e reajuste de alguns já existentes. Somente os militares tiveram direito a aumentos durante as mudanças nas regras de aposentadoria.

O Ministério da Defesa não respondeu qual será o impacto do aumento do adicional na remuneração nem quantos militares da ativa e da reserva terão direito a receber a mais. A pasta confirmou apenas que o pagamento será feito a partir de julho. Em vez de chamar de aumento, a Defesa dá ao reajuste o nome de "reescalonamento".

'Despesas autossustentáveis'

Segundo a pasta, as despesas previstas com a reestruturação das carreiras militares são "autossustentáveis". Isso porque foram feitas mudanças no sistema de proteção social, com aumento da contribuição para custeio da pensão militar e universalização da cobrança. A economia é de R$ 800 milhões aos cofres públicos, disse o ministério. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Telefônica, dona da marca Vivo, anunciou nesta terça-feira, 17, que dará bônus de internet no celular por dois meses para os seus clientes. A medida faz parte das ações da empresa em meio à pandemia de coronavírus. Em nota, a empresa diz que tem reforçado a capacidade de transmissão de dados de suas redes móvel e fixa e que "está preparada para este momento".

Na segunda, 16, a operadora já havia liberado canais de TV e, para clientes corporativos, isentou de cobrança na franquia de dados para uso de ferramentas colaborativas. Em nota, a empresa diz que a medida visa apoiar os brasileiros a desempenhar suas funções e realizar atividades de qualquer lugar durante a pandemia do Covid-19.

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Os bônus de internet nos planos de celular começarão a ser oferecidos automaticamente, nos próximos dias, para os clientes ativos de planos pós-pagos e controle e nas ativações e renovações da promoção Vivo Turbo no pré-pago.

"As medidas seguem o propósito da marca de Digitalizar para Aproximar. Em momentos em que a distância física é recomendada, a Vivo, por meio da conexão, está atuando para atender a potencial demanda adicional que deve surgir", diz a empresa.

A empresa informa ainda que tornará a navegação no aplicativo coronavirus SUS gratuita para todos clientes de celular (pré e pós-pago). Os dados consumidos não serão descontados da franquia dos clientes.

Internamente

A Vivo mantém ainda um comitê de crise para atuar em ações relacionadas à covid-19. Para seus funcionários, a empresa diz que ampliou a possibilidade de trabalho remoto. Para funcionários vindos de qualquer país, mesmo sem sintomas, ou que tiveram contato com pessoas que chegaram do exterior, deverão ficarem esquema de home office por 14 dias.

O Ministério da Educação (MEC) anunciou nesta terça-feira (18) que vai pagar um bônus para professores e diretores de escolas que conseguirem alcançar bons resultados em avaliações de desempenho de leitura de estudantes na fase da alfabetização. O valor a ser pago e como será calculada a bonificação não foram informados pelo ministério.

O anúncio do bônus foi feito durante a apresentação do programa Tempo de Aprender, elaborado pela Secretaria de Alfabetização (Sealf) do MEC, conforme antecipou o jornal O Estado de S. Paulo. O programa vem sendo elaborado desde o início do ano passado dentro da Política Nacional de Alfabetização.

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"Não vai ser um ranking das escolas com melhor desempenho, vamos estimular um modelo colaborativo dentro das escolas", disse Carlos Francisco Nadalim, secretário de Alfabetização. A previsão é de que o programa comece em 2020, mesmo com o ano letivo já iniciado nas redes de ensino. E o bônus não será aplicável a todos as unidades participantes neste ano - a ação se iniciará por amostra. O número de locais que poderá ser contemplado com o bônus também não foi informado.

Segundo o secretário, o programa prevê dois tipos de avaliação: um teste de fluência para medir quantas palavras por minuto são lidas pelas crianças do 2ª ano do ensino fundamental (7 anos) e outro teste escrito. Com o resultado dessas avaliações é que serão concedidos os bônus. Nadalim não informou se serão estabelecidas metas de desempenho para cada unidade de ensino ou outros critérios de avaliação.

O teste de fluência de leitura já é usado por redes de ensino e educadores que acreditam que a leitura é uma decodificação e são mais ligados ao método fônico de alfabetização, em que há ênfase nos sons das letras. Outros grupos criticam o teste por considerarem que a velocidade de leitura não demonstra que a criança compreende o que lê.

Estrutura

O programa Tempo de Aprender, segundo Nadalim, é estruturado em quatro eixos: formação de professores; apoio e recursos pedagógicos; aprimoramento de avaliações; e valorização docente. Secretários municipais e estaduais de Educação de todo o País temem que o novo programa leve à paralisação de ações bem-sucedidas que já estão em prática.

Para eles, as informações sobre a implementação do programa ainda são genéricas e insuficientes. Os secretários pontuam ainda que as ações propostas não foram discutidas.

Na apresentação, Nadalim falou que será feita "formação prática" dos professores por meio de um curso online. Ele não detalhou quantas horas terá o curso nem como será a parte prática. O secretário também falou que vai reformular as regras e diretrizes para as compras do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) e PNLD Literário - sem informar quais serão as mudanças.

Intercâmbio

A Política Nacional de Alfabetização prevê um programa de intercâmbio, como forma de incentivo e capacitação. Segundo Nadalim, será feita uma parceria, no valor de R$ 6 milhões, com a Universidade do Porto e o Instituto Politécnico, em Portugal. Serão selecionados 50 professores - o que corresponde a 0,016% dos docentes alfabetizadores da rede pública do País. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Eles estão aposentados. Mas recebem todo mês um bônus por desempenho da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Nos últimos 12 meses, saíram dos cofres públicos R$ 360.683,16 para pagar gratificações a servidores que não trabalham mais no Estado. Os 42 ex-funcionários da Alesp conseguiram acesso ao benefício por meio de decisões judiciais do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) anteriores a 2014.

Criada por lei complementar em 2007 e conhecida pela sigla GED, a gratificação especial de desempenho é um benefício pago a alguns servidores da Alesp, para premiar, em tese, resultados positivos do seu trabalho. A distribuição da gratificação, no entanto, não está atrelada a avaliações ou índices de produtividade dos funcionários. Todo mês, a Casa separa uma cota de bônus para distribuir aos servidores que estão na ativa. Cabe às lideranças de cada partido escolher quem vai receber a gratificação e quanto vai ganhar.

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Já os aposentados recebem por decisão judicial sempre o mesmo valor - 41 ganham o piso (R$ 589,35) e apenas um recebe o valor máximo (R$ 5.893,58).

Histórico

A ideia de gratificações por desempenho começou a aparecer no serviço público a partir de 1998, com a reforma administrativa, que deu mais autonomia de gestão orçamentária a órgãos públicos. Bonificações foram criadas em vários níveis do funcionalismo e aposentados passaram a buscar, na Justiça, acesso ao mesmo tipo de gratificação. O argumento mais comum nas ações é o de que deve haver paridade entre a remuneração de servidores ativos e inativos. O excesso de processos fez a discussão chegar ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Ao analisar, em 2007, uma gratificação concedida a servidores federais, a Corte gerou uma súmula vinculante. A norma dizia que, quando não há processos individuais de avaliação de desempenho, as gratificações funcionam, na prática, como um aumento salarial. Logo, deveriam ser recebidas também pelos aposentados, em respeito à norma de paridade. Esse entendimento foi seguido pela Justiça paulista até 2014.

Processos

As ações individuais de servidores aposentados da Alesp foram assinadas por advogados indicados por uma associação que representa funcionários públicos inativos em São Paulo. O Estado não localizou os defensores. A relação dos 42 servidores aposentados que recebem a GED foi fornecida pela Alesp a pedido do Estado. As sentenças concedidas a esses ex-funcionários mostram que juízes paulistas seguiram o entendimento do Supremo de que, como não há avaliação individual, o bônus de desempenho faz parte do salário dos servidores estaduais.

Questionada sobre o pagamento do benefício, a Assembleia informou que a GED "se destina à valorização de servidores em razão do desempenho e eficiência". Segundo o Legislativo paulista, "a vantagem não apresenta caráter geral, ou seja, não é - e nunca foi - paga a todos os servidores da ativa".

Para a Alesp, como a gratificação não é paga a todos os servidores, ela não pode ser considerada um aumento salarial e, portanto, a regra da paridade não deveria valer.

A partir de 2014, o TJ-SP passou a negar a concessões da GED a inativos com base nesse entendimento. Mas quem já tinha conseguido autorização judicial, continua recebendo. "É razoável (que a Justiça não esteja mais decidindo que aposentados devem ter essa gratificação), uma vez que não são todos os servidores da ativa que recebem", diz Jacintho Câmara, professor de direito administrativo da Faculdade de Direito da PUC-SP e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Direito Público.

Como não há avaliação, cabe aos próprios deputados estaduais decidir quem vai receber o pagamento extra. Até 2018, cada parlamentar tinha uma cota de quase R$ 9 mil. Em 2019, a distribuição passou a ser prerrogativa das lideranças partidárias, e a cota é dividida de forma proporcional, conforme o número de deputados.

De acordo com especialistas em direito administrativo, a falta de avaliações de performance pode levar a GED até a ser considerada inconstitucional. "Fica uma avaliação subjetiva, que em direito administrativo se chama de discricionária", afirma Câmara. "Conferir mais essa discricionariedade me parece inadequado do ponto de vista da técnica da administração. Está dando poder a uma pessoa decidir quem vai ganhar mais ou menos", acrescenta o professor da PUC.

Críticos à GED salientam ainda que ela pode ser usada para facilitar a prática da rachadinha, quando deputados recolhem parte da renda de seus servidores para custear despesas do gabinete ou para outras finalidades. "Em tese, se algum deputado pratica rachadinha, ele terá um incentivo econômico para não usar essa gratificação para aquele servidor que fez o pacto com ele", diz Câmara.

Natal

Em dezembro, o TJ-SP suspendeu o pagamento de cerca de R$ 10 milhões com um bônus natalino a 3.266 servidores da Alesp. O abono viria embutido no auxílio-alimentação do mês de dezembro, o que, segundo a Justiça, pode ser entendido como desvio de finalidade. O vale-refeição tem caráter de reembolso e não tem incidência de imposto de renda e contribuição previdenciária. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Por Aurilene Cândida

A partir de 2021, a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) irá ampliar o bônus de inclusão regional nas notas de estudantes do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Segundo a instituição, o acréscimo de percentual na média final do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) irá valer apenas para estudantes do estado de Pernambuco.  

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Atualmente, apenas egressos de escolas da Zona da Mata e do Agreste de Pernambuco recebem 10% a mais na nota do Enem, caso forem concorrer ao Sisu. No entanto, a decisão tomada pela instituição não valerá para todos os cursos. 

Em 2019, a Cidade Universitária realizou um levantamento para saber a origem dos candidatos aprovados no curso de medicina no campus Recife. No total, foram  ofertadas 140 vagas, mas apenas 53, ou 37,9%, foram preenchidas por jovens pernambucanos. As outras 87 vagas, ou 61,1%, ficaram com vestibulandos de outros estados. 

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A Justiça de Mato Grosso determinou o fim de um bônus de R$ 23.873,16 nos contracheques dos conselheiros do Tribunal de Contas do Estado. O pagamento é feito todo mês a título de indenização pelo exercício da atividade parlamentar e não está sujeito ao teto remuneratório da Constituição. O "cotão" de R$ 23 mil é um dos bônus que os conselheiros recebem, como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo em julho.

A verba foi instituída em 2015 no tribunal e é "inspirada" num benefício similar concedido aos deputados estaduais de Mato Grosso. O "cotão" é distribuída sem que os conselheiros precisem justificar o uso ou apresentar notas fiscais. O extra entra livre na conta de conselheiros, auditores e procuradores, sem impostos, por ser verba indenizatória.

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Com salário-base de R$ 35.462,22, gratificação por desempenho de função de R$ 3.831,10, auxílio-alimentação de R$ 1.150 e cota de R$ 23 mil, na prática são pagos R$ 64,3 mil por mês aos conselheiros, o dobro do teto constitucional, de R$ 39,2 mil. Eles ainda recebem um vale-livro anual no valor de R$ 70,9 mil, pago em duas parcelas. Não é preciso comprovar a compra de obras técnicas.

A decisão de derrubar o "cotão" foi do juiz da Vara de Ação Civil Pública e Ação Popular do Tribunal de Justiça (TJ-MT), Bruno D'Oliveira Marques. Cabe recurso. Para o juiz, os valores não poderiam ser pagos aos conselheiros por simetria com os deputados estaduais, pois a lei que previu o benefício tratava apenas dos integrantes da Assembleia Legislativa.

As ações foram propostas por um grupo liderado por Elda Mariza Valim, presidente do Observatório Social de Mato Grosso, entidade que fiscaliza os órgãos no Estado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Tribunal de Contas da União (TCU) deve mandar um recado ao presidente da República, Jair Bolsonaro, na tarde desta quarta-feira, 7, no julgamento que discute a legalidade do Bônus de Eficiência e Produtividade pago a auditores fiscais da Receita Federal. A tendência é o tribunal apontar que, se irregularidades apuradas não forem corrigidas pelo Ministério da Economia, o governo poderá ter dificuldades na aprovação das contas da Presidência da República no ano de 2019.

O relatório da Secretaria de Macroavaliação Governamental (Semag) do TCU apontou uma série de irregularidades no pagamento, instituído no governo Michel Temer.

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Entre elas, a inexistência de base de cálculo e índices de eficiência institucionais previstos em lei formal; a exclusão do bônus da base de cálculo previdenciária; a criação de despesas com a instituição do bônus sem a devida compensação; e o potencial conflito de interesses entre o público e o privado.

De acordo com a Semag, a implementação do bônus variável só poderia ser feita se houvesse uma lei formal estabelecendo e se fossem adotadas medidas de compensação, tendo em vista a renúncia de receita previdenciária e a criação de despesa obrigatória de caráter continuado.

Porém, antes que seja adotada uma medida mais contundente como a ordem de suspensão do pagamento do benefício, o tribunal tende a determinar ao Ministério da Economia em até 30 dias adote medidas para compensar a despesa fixa com o bônus.

Caso contrário, o TCU entende que poderá avançar para a suspensão do pagamento por descumprimento à Lei de Responsabilidade Fiscal - o que pode ter reflexos no julgamento das contas do presidente da República.

Ministros da corte sugeriram ao relator Bruno Dantas que incluísse determinação para que o Ministério da Economia notifique a Casa Civil de que, se o problema não for resolvido, pode haver risco à aprovação das contas da Presidência da República de 2019 pelo TCU.

Segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo, a tendência era que o alerta a Jair Bolsonaro constasse do voto final.

A sessão do plenário do Tribunal de Contas da União está marcada para as 14h30.

A Petrobras começou a executar um programa de eficiência e meritocracia entre os seus funcionários, nos mesmos moldes da iniciativa privada. O primeiro passo foi anunciar o fim da participação nos lucros (PLR) para, em seu lugar, adotar uma remuneração variável, que começará a ser paga no ano que vem. Documento apresentado aos funcionários no início deste mês e obtido pelo 'Estadão/Broadcast', sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, mostra que, pelas novas regras, o presidente da Petrobras poderá receber até 13 salários a mais em um ano, dobrando seus ganhos, se as métricas da empresa forem ultrapassadas.

Se o centro das metas for atingido, o bônus deve chegar a dez remunerações extras. Pelas regras atuais, o teto da remuneração extra é de oito salários. No ano passado, o ganho médio dos diretores da estatal foi de R$ 2,1 milhões, sem contar os bônus. Para o pessoal operacional e sem cargo de chefia, o ganho máximo é de 2,6 salários adicionais, se o desempenho for excepcional. Se as metas forem atingidas, pode chegar a dois salários.

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O gerente executivo de gestão de pessoas da Petrobras, Cláudio Costa, atrelou o aumento da renda dos funcionários da empresa à venda de ativos. Segundo ele, à medida que as metas financeiras e de segurança forem atingidas, maior a chance de os empregados receberem remunerações mais robustas. "Os funcionários e executivos só vão chegar ao topo da remuneração com o desinvestimento, porque as metas financeiras incluem a desalavancagem (redução do compromisso do caixa com o pagamento da dívida), que depende da venda de ativos", acrescentou.

Para ter uma referência de como a iniciativa privada funciona, a Petrobras contratou estudo de uma consultoria. Com base nesse estudo, Costa diz que a remuneração variável dos empregados ficará em linha com a média do mercado, enquanto a do presidente e de executivos "ficará bem abaixo". "Um executivo desse patamar (do presidente da empresa, Roberto Castello Branco) ganharia fácil em torno de 20 remunerações variáveis, mas temos uma limitação imposta pela Sest (Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais, ligada ao ministério da Economia)", afirmou.

A FUP, sindicato dos trabalhadores do setor de petróleo, contesta a posição da empresa. "Se a diretoria acabar com a PLR vai descumprir a lei (10.101/2000). Se não há um entendimento com o sindicato, tem de haver uma mediação e depois uma arbitragem. A empresa pode pagar o que quiser de remuneração variável, mas não pode substituir a PLR. E, se vender todos os ativos, não vai ter nem empregado para receber nada", disse o coordenador da federação, José Maria Rangel.

"O fim da PLR e sua substituição pelo prêmio de performance é uma mensagem para os funcionários e sindicatos. Todas as grandes corporações fazem isso. O problema é como será aplicado", afirmou Herbert Steinberg, presidente da Mesa Corporate Governance, consultoria especializada em gestão de empresas e recursos humanos. Ele diz que é preciso utilizar ferramentas de controle para fazer valer a meritocracia, para que as metas não sejam nem frouxas nem rígidas demais, mas factíveis.

Já Fernando Filardi, professor do Mestrado Profissional em Administração do Ibmec, chama a atenção para o perigo de a remuneração estar atrelada, principalmente, a resultados financeiros. "As empresas estão estimulando cada vez mais os gestores a focarem em resultados financeiros, e isso não é saudável. Os resultados, especialmente os mais danosos, vêm no longo prazo e são uma tragédia, em alguns casos crime ambiental, crime contra a vida", avalia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Sem conseguir até agora apoio suficiente para aprovar a reforma da Previdência, o Palácio do Planalto decidiu abrir o cofre. A estratégia do governo foi feita sob medida para agradar a deputados e senadores de primeiro mandato com repasses individuais que podem ficar perto de R$ 5 milhões. O valor ainda não está fechado, mas a Casa Civil negocia a concessão de uma espécie de bônus para os novatos, já que eles só terão direito às emendas parlamentares a partir de 2020.

A ideia é que os calouros do Congresso possam destinar recursos a seus redutos eleitorais para a conclusão de obras já em curso e também para ações e serviços em saúde e educação. Dos 513 deputados, 243 estão no primeiro mandato. No Senado, 46 dos 81 são novos. Se a equipe econômica aprovar o valor próximo a R$ 5 milhões, o total liberado será de aproximadamente R$ 1,4 bilhão para deputados e senadores eleitos em primeiro mandato.

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A cifra não inclui emendas impositivas (obrigatórias) para os parlamentares que foram reeleitos. Cada um deles receberá R$ 15,4 milhões, despesa já prevista no Orçamento. Ao longo do ano serão R$ 9,2 bilhões para Câmara e Senado. Embora sejam obrigatórias, as emendas sempre funcionaram como moeda de troca em momentos de votações consideradas cruciais para o governo, como é o caso das mudanças na aposentadoria. Informado por líderes de partidos, na terça-feira, de que a reforma da Previdência não passa no Congresso como está, o presidente Jair Bolsonaro já admite "cortar gorduras" e negociar alguns pontos, como baixar a idade mínima para aposentadoria das mulheres de 62 para 60 anos (mais informações no caderno de Economia).

Apesar do discurso oficial contrário à barganha política, o Planalto também vai liberar cargos de segundo escalão, além das emendas e do crédito para parlamentares calouros. Trata-se de uma prática antiga, mas que vai na contramão da retórica de campanha. Ainda não se sabe, no entanto, se os repasses aos recém-eleitos ocorrerão por meio de crédito suplementar - modelo que necessita de aprovação do Congresso - ou se os valores serão remanejados dentro do próprio Orçamento.

"Não tem nada de diferente nisso. Se fosse toma lá, dá cá, os repasses seriam só para os deputados e senadores aliados, mas não é isso. Todos os novatos vão receber, independentemente de partidos, para colocar nas suas bases", disse o secretário especial da Casa Civil para a Câmara, Carlos Manato. Ex-deputado, Manato afirmou que "isso é justiça".

Diante das queixas de "descaso" do governo, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, assegurou a líderes partidários, na terça-feira, que a equipe econômica não vai passar a tesoura nas emendas parlamentares. "Não haverá contingenciamento", disse ele. Responsável pela articulação política do Planalto com o Congresso, o titular da Casa Civil também avisou que os políticos poderão fazer indicações para cargos em repartições federais nos Estados, desde que preenchidos "critérios técnicos", como determina a Controladoria-Geral da União (CGU). Advertiu, porém, que ministros terão poder de veto sobre as indicações.

'União'

Bolsonaro não tem até agora uma base de sustentação consolidada no Congresso e só conta com a adesão formal de seu partido, o PSL. A legenda tem se mostrado dividida, mas a deputada novata Joice Hasselmann (SP), escolhida como líder do governo no Congresso, promete trabalhar pelo bom relacionamento. "Se precisar, vou pedir votos até para o PT", comentou. "Na pauta de costumes a gente briga, mas, na Previdência, precisamos ter união."

Para o deputado Daniel Freitas (PSL-SC), que também está no primeiro mandato, a estratégia do governo para beneficiar os calouros garante a isonomia entre os parlamentares. "Ficamos felizes porque vamos poder contribuir com nossos Estados e municípios", argumentou.

Freitas nega o isolamento do PSL e diz ter convicção de que a reforma da Previdência será aprovada depois que forem feitos pequenos "ajustes" na proposta. "São questões pontuais, que não devem ser ampliadas para o País não perder a possibilidade de caminhar a passos largos", observou o deputado.

Líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS) classificou como "uma vergonha" a liberação do crédito para os novatos. "É fisiologismo e contraria tudo o que Bolsonaro disse na campanha", insistiu. Ao ser lembrado de que a verba também deve beneficiar a oposição, Pimenta respondeu: "Nunca tratamos e nem trataremos disso com ninguém." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As bolsas europeias fecharam em baixa nesta sexta-feira, 26, e recuaram também na comparação semanal. O menor apetite global por risco pesou novamente sobre os mercados, após uma sessão ruim nas bolsas da Ásia e em jornada negativa também para as praças americanas, enquanto investidores continuaram a monitorar balanços corporativos e questões como o orçamento da Itália e as negociações da separação do Reino Unido da União Europeia, o chamado Brexit.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em baixa de 0,75%, em 352,39 pontos, e na semana recuou 2,45%.

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O impasse sobre o orçamento da Itália continuou em foco. O governo local se recusa a ceder em sua meta de déficit orçamentário equivalente a 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto as autoridades da União Europeia pressionam por mudanças. Hoje, Luigi Di Maio, vice-premiê italiano, afirmou que o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, está "envenenando ainda mais o clima" com seus comentários sobre o tema. Ontem, Draghi comentou que, conforme os juros dos bônus da Itália sobem, o espaço para expansão fiscal no país "fica menor". Além disso, a agência S&P deve se pronunciar sobre o rating da Itália ainda nesta sexta-feira.

Na bolsa de Londres, o índice FTSE-100 fechou em baixa de 0,92%, em 6.939,56 pontos, e na semana recuou 1,56%. Entre as ações em foco, Royal Bank of Scotland caiu 4,1%, após um balanço corporativo que não agradou. Por outro lado, Randgold subiu 3,5%, acompanhando a alta do ouro.

Em Frankfurt, o DAX teve queda de 0,94%, para 11.200,62 pontos, e na comparação semanal caiu 3,06%. Entre os bancos alemães, Deutsche Bank recuou 3,40% e Commerzbank, 1,65%. No setor automotivo, BMW subiu 0,90%.

Na bolsa de Paris, o índice CAC-40 recuou 1,29%, a 4.967,37 pontos, e na semana perdeu 2,31%. Entre os papéis mais negociados, Orange caiu 1,19% e AXA, 1,22%. Crédit Agricole teve queda de 1,67% e, no setor de energia, Total recuou 1,52%.

Em Milão, o índice FTSE-MIB caiu 0,70%, a 18.683,27 pontos, e na semana teve queda de 2,08%. Banca Carige terminou o dia estável, mas Intesa Sanpaolo caiu 0,79% e Banco BPM recuou 1,94%. ENI, por outro lado, subiu 1,07%.

Na bolsa de Madri, o índice IBEX-35 fechou em queda de 0,62%, a 8.730,40 pontos, e na semana perdeu 1,82%. Os bancos espanhóis não tiveram sinal único, com Santander em baixa de 1,20%, BBVA em queda de 0,35%, mas Banco de Sabadell com ganho de 5,13%.

Em Lisboa, o índice PSI-20 teve baixa de 1,27%, a 4.924,95 pontos, e na semana caiu 2,01%. Banco Comercial Português recuou 2,82% e EDP Renováveis teve baixa de 0,25%, enquanto no setor de energia Galp teve queda de 1,28%. (Com informações da Dow Jones Newswires)

Sem discussão em plenário, os vereadores de São Paulo aprovaram um reajuste da gratificação especial para os servidores do Legislativo de até R$ 16 mil, que beneficia 145 funcionários de elite. Segundo a Câmara Municipal, a medida tem por base o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) de que as gratificações não são consideradas no cálculo do teto do funcionalismo público. Na prática, eles receberão remunerações de até R$ 40 mil.

O atual presidente da Câmara, Milton Leite (DEM), havia adotado discurso de acabar com os chamados "supersalários" do Legislativo. Procurada, a assessoria de imprensa do vereador informou que ele não comentaria a votação.

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A aprovação foi revelada pela Rádio CBN. O texto havia sido aprovado por 31 votos a favor e 8 contrários. A medida estava na última página de um projeto de lei aprovado na quarta-feira passada que já instituía uma série de benefícios para os servidores do Legislativo Municipal - que tem orçamento anual de R$ 500 milhões.

O "pacotão" incluiu um auxílio-saúde de até R$ 1.079, por meio de reembolso, para os 55 vereadores paulistanos (que têm um salário mensal de R$ 18 mil). Além desse benefício, os funcionários da Casa também tiveram direito a auxílio creche, de R$ 573,45.

Custos

Somente esses dois bônus já iriam causar uma despesa extra de R$ 38 milhões para os cofres públicos. Essa nova leva de benefícios vai custar outros R$ 5,6 milhões - R$ 4,5 milhões neste ano. Assim, esse projeto criou gastos totais de R$ 43,6 milhões à cidade. A "caça" aos supersalários defendida por Leite em seus discursos teria rendido economia de R$ 20 milhões, segundo informações da assessoria do vereador.

O texto aprovado reajustou gratificações já existentes, criadas pela Câmara a partir de 2003, em até 77%.

Os valores são pagos para servidores de carreira, concursados (que trabalham na administração da Casa, não nos gabinetes dos vereadores), e exercem funções de chefia. Os valores variam de acordo com o tipo de chefia exercida.

São quatro faixas de gratificação. Na primeira, o aumento é de R$ 2.528,56 para 2.856,40. Na segunda faixa, de R$ 5.057,16 para R$ 6.232,15. Na terceira, o aumento é de R$ 7.585,70 para R$ 12.074,79. Já na quarta, por fim, o valor cresce de R$ 10.114,26 para R$ 16.186,277. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os mercados acionários europeus encerraram o pregão desta quarta-feira, 23, em forte baixa, à medida que os investidores monitoraram o noticiário geopolítico e comercial e mantiveram no radar a divulgação da ata da reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) realizada no início do mês.

O índice pan-europeu Stoxx-600 fechou em queda de 1,09% (-4,33 pontos), aos 392,61 pontos.

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Após reuniões entre autoridades norte-americanas e chinesas em Pequim e em Washington, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se mostrou insatisfeito com a última rodada de negociações contrastando com comentários recentes do secretário do Tesouro do país, Steven Mnuchin, que anunciou uma "trégua" nas divergências comerciais.

Embora tenha dito que vê as relações entre os dois países como um "começo" quanto a lidar com o desequilíbrio na balança comercial, Trump disse que não ficou satisfeito com o progresso feito.

Além disso, as negociações entre EUA e União Europeia em relação às tarifas sobre as exportações europeias de aço e alumínio para os americanos continuam no radar.

Na tarde de terça-feira, fontes da Dow Jones Newswires informaram que Trump busca um corte de 10% nas exportações de aço e alumínio da UE para os EUA. Os americanos ofereceram ao bloco duas opções de cotas para isenção nas tarifas, enquanto as negociações caminham, tendo como prazo limite 1º de junho.

Dado o cenário pouco otimista com o comércio global, os investidores também atuaram à espera da ata da reunião de política monetária do Fed realizada no início deste mês, com a expectativa de que o documento traga pistas sobre o ritmo de aperto monetário a ser empregado nos EUA.

No entanto, o impacto de uma aceleração nas altas de juros pelo Fed pode ser limitado na zona do euro e no Reino Unido, à medida que o Banco Central Europeu (BCE) e o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) dão continuidade ao tom gradualista de aperto monetário.

Em Londres, o índice FTSE-100 fechou em queda de 1,13%, aos 7.788,44 pontos, não sendo ajudado nem mesmo pela desaceleração no índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), que passou de 2,5% na comparação anual de março para 2,4% em abril. Entre os bancos, o Lloyds perdeu 0,58% e Barclays cedeu 1,09%, tendo em vista um cenário pouco positivo para juros mais altos em solo britânico.

O índice FTSE-MIB, da Bolsa de Milão, por sua vez, encerrou o dia em baixa de 1,31%, aos 22.911,71 pontos, à medida que investidores continuaram atentos ao futuro político da Itália. Por lá, o Intesa Sanpaolo caiu 1,75% e o UniCredit recuou 2,23%.

No mercado de bônus, o juro do BTP italiano de 2 anos subiu de 0,189% na terça para 0,280% nesta quarta, enquanto o yield do BTP italiano de 10 anos avançou de 2,327% para 2,411%, dando prosseguimento à onda vendedora de títulos, à medida que o presidente do país, Sergio Mattarella, convocou Giuseppe Conte, candidato a primeiro-ministro, para uma reunião.

Em Paris, o índice CAC-40 fechou com recuo de 1,32%, aos 5.565,85 pontos. A petroleira Total contribuiu com parte das perdas, ao cair 3,10%, acompanhando o recuo dos preços do petróleo. Já na Bolsa de Frankfurt, o DAX baixou 1,47%, aos 12.976,84 pontos.

Na Bolsa de Madri, o índice Ibex-35 fechou em queda de 1,12%, aos 10.025,00 pontos, enquanto o PSI-20, de Lisboa, cedeu 1,51%, aos 5.700,05 pontos.

O governo federal gastou R$ 23,28 bilhões com gratificações e bônus de desempenho para servidores federais do Executivo em 2017, segundo levantamento do Ministério do Planejamento a pedido do 'Estadão/Broadcast'. A remuneração extra é uma prática disseminada entre o funcionalismo: cerca de 500 mil dos 633 mil servidores da ativa ganham esse tipo de prêmio para exercer a função pela qual já recebem salário. Os aposentados também são contemplados, embora não estejam mais exercendo as atividades.

O valor gasto por ano para pagar essas vantagens aos funcionários da ativa é suficiente para custear a folha do funcionalismo por um mês. As gratificações foram criadas para premiar a performance dos funcionários públicos, mas acabam funcionando como um aumento de remuneração, sem estarem atreladas a qualquer tipo de avaliação. No setor privado, o bônus é usado para incentivar o trabalhador a melhorar seu desempenho.

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Por lei, as gratificações no setor público teriam de variar conforme o cumprimento de metas. Mas, a maior parte dos adicionais é paga pelo valor máximo. Em muitos casos, o bônus não só ultrapassa o valor do salário base, como representa mais que o dobro dessa remuneração.

Diversas categorias recebem gratificações de desempenho, sobretudo carreiras administrativas e com funcionários com curso superior. O chamado carreirão, que abrange 300 mil servidores federais da área administrativa de vários ministérios, recebe gratificação desde 2002. De 2008 para cá, outras categorias, como funcionários do Ministério da Saúde, do Tribunal de Contas da União e professores, foram contempladas.

"Essas gratificações, na teoria, premiam o desempenho, mas, na prática, aumentam o salário", diz o especialista em economia do Setor Público da Fundação Getúlio Vargas, Nelson Marconi. Em tese, o valor da gratificação varia de acordo com o órgão e 80% do montante é pago se o ministério ou autarquia atingir metas coletivas. Os outros 20% correspondem a metas individuais. Para Marconi, o bônus deveria ser atrelado ao cumprimento de metas de resultado. "Isso seria um estímulo ao trabalho. Quando passa até para aposentados, desvincula-se do objetivo inicial."

Ao longo dos anos, o governo preferiu criar gratificações a dar reajuste porque esses adicionais não eram incorporados à aposentadoria. Mas isso virou uma guerra na Justiça e, como havia incidência de contribuição previdenciária sobre os valores, muitos tribunais entenderam que parte do benefício deveria ser pago também aos aposentados. Em 2012, o governo concordou com a incorporação na aposentadoria do equivalente à média do valor pago a título de gratificações nos cinco anos anteriores à aposentadoria. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A TIM anunciou nesta quarta-feira (7) que vai oferecer um bônus de internet aos consumidores que optarem pelo acesso às faturas mensais pela internet, em vez de de recebê-las em forma de correspondência. A ação oferece 500 MB extras por mês para quem fizer essa escolha e é válida para qualquer cliente dos planos pós-pagos ou controle elegíveis.

Segundo a operadora, além de reduzir a utilização de papel, a conta online traz mais praticidade para os consumidores, que não precisam esperar a correspondência para conferirem seus gastos. O cliente recebe um aviso por e-mail e SMS quando a fatura está disponível e pode conferi-la pelo aplicativo Meu Tim ou pelo site www.tim.com.br.

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Na plataforma, é possível visualizar todo o consumo detalhado, relatório de gastos e as últimas seis contas, além de checar faturas em aberto. Se o usuário quiser pagar o boleto online, pode ser redirecionado para o ambiente digital do seu banco rapidamente.

Os clientes que ainda recebem a fatura em papel podem solicitar quando quiserem a alteração do tipo de conta e garantir o bônus na próxima renovação do pacote de dados. A adesão pode ser feita pelo aplicativo Meu Tim ou site ou ainda discando *144 do celular TIM ou 1056 de qualquer telefone.

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A Prefeitura do Recife divulgou, por meio da Secretaria de Educação, que distribuiu bônus para professores e outros educadores comprarem livros durante a 11ª Bienal Internacional do Livro de Pernambuco. O evento começa nesta sexta-feira (6), no Centro de Convenções, em Olinda.

De acordo com a gestão municipal, cada educador recebeu R$ 480, equivalendo a um investimento total superior a R$ 3 milhões. No total, a rede municipal de ensino possui 6.387 profissionais; eles receberam o bônus junto com as remunerações salariais.   

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“O benefício permanente é garantido pela Lei Municipal Nº 17.912/ 2013, sancionada pelo prefeito Geraldo Julio em outubro de 2013. O valor é pago a cada dois anos, quando acontece a bienal. Recebem o Bônus Bienal os servidores da Educação que estão no exercício de suas funções pelo menos até o mês anterior à realização do evento”, detalha a Secretaria de Educação, por meio da assessoria de imprensa.

Além dos professores, mais de 200 estudantes de seis escolas municipais visitarão o evento. Confira, a seguir, detalhes da programação completa da Bienal:

06.10 – Quinta-feira

• 17h - Plataforma de lançamento de livros

Obra: A Roseira e o Sapo

Autora: Valéria Aguiar

• 15h às 16h - Auditório Círculos das Ideias

Apresentação: Alfabetização em foco: O Projeto Alfaletrando

Palestrante: Priscila Angelina Silva da Costa Santos

09.10 – Segunda-feira

• 8h - Visitação de estudantes (E.M. Novo Mangue RPA1)

• 13h - Visitação de estudantes (E.M. Creuza de Freitas RPA4)

• 18h30min às 19h30min - Auditório Círculos das Ideias

Apresentação: Aprendizagem mediada pelas tecnologias assistivas

Palestrante: Adilza Gomes da Cunha Silva

10.10 – Terça-feira

• 8h - Visitação de estudantes (E.M. Antônio Tibúrcio RPA2)

• 13h - Visitação de estudantes (E.M. Poeta Carlos Pena Filho RPA5)

11.10 – Quarta-feira

• 8h - Visitação de estudantes (E.M. Margarida Siqueira RPA3)

• 13h - Visitação de estudantes (E.M. Poeta Paulo Bandeira RPA6)

12.10 – Quinta-feira

• 14h - Plataforma de lançamento de livros

Obra: Inclusão sem risco de excluir

Autora: Verônica de Fátima da Costa

• 16h30 - Bienalzinha - Bate Papo com o Escritor

Autora: Sandra Batista Ferreira

• 18h - Plataforma de lançamento de livros

Obra: Interdisciplinaridade: a complexidade entre o saber e o fazer pedagógico

Autora: Sandra Batista Ferreira

15.10 – Domingo

• 18h - Plataforma de lançamento de livros

Obra: Leitura em Paulo Freire e Bakhtin: palavras e mundos

Autora: Edite Marques Moura

• 19h - Plataforma de lançamento de livros

Obra: Ciclos de Aprendizagem e Inovação Pedagógica

Autora: Magali Maria de Lima Ribeiro

O delator da Odebrecht Hilberto Mascarenhas, que comandou o Setor de Operações Estruturadas da empreiteira - o "departamento de propina" que, segundo ele, movimentou US$ 3,37 bilhões de 2006 a 2014 -, afirmou em depoimento que a empresa descontava dos bônus anuais pagos a executivos o valor de repasses irregulares feitos pela companhia.

"É possível que um executivo que não tivesse feito ou solicitado nenhum pagamento irregular ainda assim ganhasse bônus pelos resultados?", questionou um dos procuradores. "Sim, ele seria até mais premiado, com certeza, por não ter feito a empresa correr riscos", respondeu Mascarenhas, durante depoimento no dia 15 de dezembro do ano passado.

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Segundo o ex-executivo, parte do bônus era paga oficialmente e parte, via Setor de Operações Estruturadas. "O setor fazia todos os pagamentos (da empresa) por fora, inclusive bônus", afirmou o delator. "Os bônus, anuais, eram referentes a resultados que os executivos deram", disse Mascarenhas.

Os servidores da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo irão receber pagamento do bônus por mérito durante o mês de abril. Os profissionais irão receber quase R$ 290 milhões.

Cerca de 200 mil profissionais estão na lista, incluindo professores, diretores, agentes de organização e equipes técnicas das escolas e órgãos centrais. O bônus é calculado a partir das notas do Idesp (Índice de Desenvolvimento da Educação de São Paulo). Também é levado em conta se a unidade avançou, atingiu ou superou a meta estipulada para o período.

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Como em 2016, o valor máximo do benefício que cada profissional receberá é proporcional a 0,7 salário extra. É que necessário que os servidores tenham trabalhado em no mínimo dois terços do ano letivo. Em caso de faltas, haverá desconto proporcional, sendo permitidas por lei apenas em caso de licença-maternidade, licença-paternidade, adoção e férias.

O ensino médio da rede estadual avançou no Idesp pelo quarto ano consecutivo. O ciclo alcançou 2,30, contra os 2,25 registrados em 2015.

Preocupada em alongar sua dívida, a Petrobras voltou nesta quinta-feira (7) ao mercado internacional para captar US$ 3 bilhões com a emissão de bônus, conforme antecipado pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, no início da semana. A demanda superou a expectativa de captação da estatal, e permitiu a negociação mais favorável para as condições de retorno aos investidores.

A operação ampliou a oferta de títulos da dívida da estatal realizada em maio, que estendeu os compromissos com vencimento entre fevereiro de 2017 e abril de 2019. Na ocasião, a estatal já havia levantado mais de US$ 6,7 bilhões.

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A estratégia, traçada pelo diretor financeiro da Petrobrás, Ivan Monteiro, é garantir alívio de caixa na estatal até o próximo ano.

De acordo com fontes do Broadcast, a demanda para os títulos emitidos hoje chegou a US$ 7,6 bilhões. Com isso, a companhia conseguiu reduzir a taxa de retorno oferecida aos investidores, limitando o custo da nova operação.

As taxas de retorno negociadas ficaram entre 7,875% e 8,750%, de acordo com fontes do mercado financeiro. Inicialmente, o retorno para os títulos de longo prazo passava de 9%.

Alongamento

Os papéis emitidos pela companhia passam a ter vencimento em 2021 e 2026. A principal demanda dos investidores foi para os títulos com vencimento mais próximo, que levantou US$ 1,75 bilhão. A operação ainda será concluída, com a definição da taxa de juros e da distribuição dos títulos entre os investidores habilitados.

Em comunicado, a Petrobras explicou que a operação terá "garantia total e incondicional" da empresa. A oferta será consolidada juntamente com a oferta concluída no último dia 23 de maio, formando duas séries únicas de acordo com o vencimento dos títulos.

A recompra dos títulos de curto prazo também foi iniciada ontem, de acordo com o comunicado oficial da empresa, com prazo até agosto. A prioridade é para adquirir os títulos com vencimento em 2017 - ao todo, a Petrobras tem dívidas de R$ 47 bilhões com vencimento no próximo ano. A dívida total da petroleira passa de R$ 450 bilhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As bolsas europeias ampliam as perdas nesta segunda-feira em meio a incertezas sobre as consequências depois que o Reino Unido optou por sair da União Europeia, o que levou a libra a atingir o menor nível em 31 anos. Da mesma maneira, o juro dos bônus soberanos britânicos de 10 anos caiu para menos de 1% pela primeira vez na história nos negócios.

Às 8h55 (de Brasília), a Bolsa de Londres recuava 2,09%, Paris perdia 2,12% e Frankfurt caía 2,23%. Já a Bolsa de Madri tinha queda de 1,59%, Milão perdia 2,54% e Lisboa baixava 1,68%.

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O clima de tensão ainda pesa sobre as bolsas. Prevendo uma forte onda vendedora no pregão de hoje, o ministro de Finanças do Reino Unido, George Osborne, procurou acalmar as famílias, empresas e mercados financeiros ao garantir que a economia britânica continua sólida, depois da vitória do Brexit na semana passada. Osborne, que falou a repórteres antes da abertura da Bolsa de Londres, disse que a economia do Reino Unido está forte e que seus bancos e sistema financeiro são saudáveis. Ainda assim, a tentativa de tranquilizar os ânimos não foi suficiente.

O mercado segue cauteloso para saber agora os desdobramentos da decisão do plebiscito. No final de semana, os ministros de Relações Exteriores de seis nações fundadoras da União Europeia reivindicaram que o Reino Unido tome as providências para deixar o bloco europeu "o mais rápido possível". Ministros da França, Alemanha, Itália, Holanda, Bélgica e Luxemburgo que se reuniram em Berlim no sábado afirmaram que o governo britânico precisa implementar rapidamente o artigo 50 do tratado da União Europeia, que trata da saída de um membro do grupo, para que o bloco siga em frente normalmente. As negociações podem demorar até dois anos após a notificação formal da intenção de saída por parte do Reino Unido.

Ontem, a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, alertou para mais volatilidade e incertezas nos mercados se as autoridades britânicas não fornecerem rapidamente aos investidores certezas e direcionamento sobre o novo estado de seu relacionamento com a União Europeia.

O alerta de Lagarde tem se confirmado. Hoje pela manhã, a libra continuou a cair fortemente pressionada ainda pelo resultado inesperado de um Brexit, levando a moeda a atingir o menor nível em 31 anos em relação ao dólar. No horário acima, a libra caía a US$ 1,3199.

Enquanto isso, o juro dos bônus soberanos britânicos de 10 anos caiu para menos de 1% pela primeira vez na história nos negócios de hoje, refletindo a alta nos preços dos Gilts, como são chamados os papéis. A queda no rendimento do Gilt vem em meio a apostas de que o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) ampliará os estímulos monetários após o plebiscito.

Em meio aos temores, mais uma vez as ações de bancos seguem penalizadas, uma vez que o setor bancário é um dos mais interligados da Europa. Entre as maiores quedas, destaque para os papéis do Barclays, em Londres, com baixa de 4,55% e o italiano Unicredit, em Milão, com retração de 7,71%.

No resto da Europa, vale destacar que a Bolsa de Madri abriu em alta de 1,5% refletindo o resultado das eleições parlamentares na Espanha, uma vez que a nação deu um passo para acabar com a incerteza política que há meses tem atormentado a segurança dos investidores. No domingo, a eleição na Espanha - a segunda em seis meses - não rendeu nenhuma maioria clara para qualquer partido, mas sinalizou um aumento na popularidade do conservador Partido Popular (PP), que teve 33% dos voto. Segundo o analista do UBS Bosco Ojeda, embora a incerteza persiste, duas configurações do governo estão se tornando cada vez mais provável. Ou o PP vai se unir com o partido centrista Cuidadanos e governar em minoria, ou formar uma grande coalizão com o Partido Socialista vice-campeão. A Bolsa, no entanto, foi pressionada pelo mau humor generalizado e não conseguiu se manter no terreno positivo.

Um grupo de acadêmicos e empresários alemães entrou com uma queixa contra o Banco Central Europeu (BCE) na principal corte da Alemanha, afirmou hoje o jornal alemão Welt am Sonntag.

Segundo o semanário, eles reclamam que a autoridade monetária europeia extrapolou seu mandato com a compra ostensiva de bônus e títulos corporativos.

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O BCE não quis comentar o caso.

A reclamação acontece em meio a uma recente onda de críticas, por parte de políticos alemães, sobre a política de juros ultra baixos do banco central, que estaria prejudicando as rendas de milhões de poupadores do país.

"A atual política do BCE não é nem necessária nem apropriada para estimular diretamente a economia da zona do euro" disse ao jornal Markus Kerber, um professor de finanças públicas e um dos que assinam a ação.

De acordo com Kerber, as políticas adotadas pela autoridade monetária trazem riscos incalculáveis para o balanço do próprio BCE e ao contribuinte alemão.

Ele espera que a corte alemã impeça, ao menos, o Bundesbank de participar do ainda mais do programa de compras do BCE e também de se juntar ao programa que irá comprar títulos corporativos europeus, que começa a operar em junho. Fonte: Dow Jones Newswires.

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