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O Cidadania, que apoia Simone Tebet (MDB) na disputa pela Presidência, cobrou do Congresso a abertura de um processo de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro (PL). Em nota divulgada nesta terça-feira, 19, o partido argumenta que o presidente "perdeu qualquer compostura que ainda pudesse ter pelo cargo que ocupa" após as acusações contra o sistema eleitoral em reunião com embaixadores estrangeiros nesta segunda, 18.

"As urnas eletrônicas que deram a ele e a seus filhos diversos mandatos tirarão de Bolsonaro em outubro não apenas o cargo, mas o foro especial por prerrogativa de função. E o poder e a influência que hoje detém sobre os órgãos de controle. Mas isso não exime o Congresso Nacional de cumprir o seu papel e abrir um processo de impeachment", afirma o texto, assinado pelo presidente nacional da sigla, o ex-deputado e ex-senador Roberto Freire.

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Bolsonaro é alvo de mais de 140 pedidos de impeachment encaminhados à Câmara dos Deputados desde que assumiu a Presidência, em 2019. O presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), vem engavetando todos os novos pedidos de afastamento. Ele também não se manifestou, até o momento, sobre a reunião de Bolsonaro com os representantes de embaixadas estrangeiras.

Ex-vice-presidente da Câmara, o deputado federal Marcelo Ramos (PSD-AM) chamou a apresentação de Bolsonaro de "patética" e afirmou que o silêncio de Arthur Lira é "mais ensurdecedor" do que o dos embaixadores que participaram do evento. "Ao posto de Presidente da Câmara não é dado o direito de escolher o silêncio cúmplice", escreveu, em sua conta no Twitter.

Outro parlamentar a cobrar Lira publicamente, nesta terça, foi o deputado federal Túlio Gadêlha (Rede-PE). "O presidente da Câmara precisa se manifestar diante das mentiras de Bolsonaro sobre as urnas eletrônicas e as ameaças à democracia, ontem, diante de embaixadores de diversos países", escreveu, também no Twitter.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), divulgou nota ainda nesta segunda-feira reafirmando que "a segurança do processo eleitoral não pode ser questionada" - mas não citou a possibilidade de processo de impeachment. Outros parlamentares apontaram crime de responsabilidade e já encaminharam ação ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o presidente da República. O grupo que assina o documento reúne integrantes do PT, PSOL, PCdoB, Rede, PSB e PV.

O Congresso entrou em recesso nesta segunda-feira, 18, pelas próximas duas semanas. A partir desta quarta-feira, 20, começa o prazo em que as convenções partidárias podem ser convocadas para oficializar candidaturas à Presidência, Senado, Câmara e governos estaduais.

Após estrear na última disputa pela Prefeitura do Recife, a delegada Patrícia (PSDB) confirmou, na sexta-feira (8), que vai brigar por uma vaga na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) em 2022. A pré-campanha como deputada estadual foi lançada com o apoio de figuras políticas e apoiadores em uma casa de recepções em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. 

"Eu escolhi servir ao povo de Pernambuco. O melhor instrumento para melhorar a vida de uma sociedade é a política feita com amor, honestidade, transparência e vontade de trabalhar, e eu tenho certeza que este ano será histórico, a gente vai renovar a Assembleia Legislativa", afirmou a pré-candidata.  

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Além da presença de quadros de destaque do seu novo partido, como a pré-candidata ao Governo, Raquel Lyra (PSDB) e o ex-senador Armando Monteiro Neto (PSDB), o lançamento da pré-campanha de Patrícia atraiu lideranças do Cidadania, entre elas o presidente estadual, João Freire, a deputada estadual, Priscila Krause (Cidadania) e o deputado federal Daniel Coelho (Cidadania).

Adversário do ex-governador de São Paulo João Doria, o deputado Aécio Neves (PSDB-MG) disse nesta segunda-feira (23) que "o PSDB nunca teve dono" e defendeu a unidade do partido, hoje no centro de sua maior crise. Aécio tem feito articulações para impedir que o PSDB apoie a candidatura da senadora Simone Tebet (MDB-MS) à sucessão do presidente Jair Bolsonaro.

"É hora de aproveitarmos esses últimos acontecimentos para reconstruirmos a unidade do PSDB em torno do único caminho que permitirá que o partido continue a cumprir sua trajetória em defesa do Brasil, ou seja, com uma candidatura própria à Presidência da República", afirmou Aécio.

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Nos bastidores, até tucanos afirmam que os movimentos do deputado são feitos para beneficiar Bolsonaro, mas ele nega. "Continuo defendendo, como sempre fiz, que tenhamos candidatura própria", insistiu o deputado.

Sem citar suas divergências com Doria, que já tentou expulsá-lo do partido, Aécio disse que, após a desistência do ex-governador, o PSDB está em condições de "analisar outros nomes" do próprio partido. Defensor do ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite nas prévias do ano passado, Aécio avalia agora que ou o gaúcho ou o senador Tasso Jereissati (CE) podem ser candidatos.

A cúpula do PSDB cancelou a reunião que estava marcada para esta terça-feira, 24, em Brasília, após Aécio e seu grupo fazerem pressão contra o apoio a Simone. Na semana passada, os presidentes do PSDB, MDB e Cidadania decidiram respaldar a pré-candidatura da senadora ao Palácio do Planalto, antes mesmo da desistência de Doria, mas agora enfrentam divergências.

"Lamento que a reunião da Executiva Nacional tenha sido adiada", afirmou Aécio. "Espero que possamos nos reunir o mais rapidamente possível para debatermos de forma clara e democrática os caminhos para o nosso futuro. O PSDB nunca teve dono e não será agora, nesse momento grave da vida nacional, que terá", completou, insinuando que a queda de braço pode continuar por algum tempo.

As convenções dos partidos para homologar as candidaturas devem ser realizadas entre julho e agosto. Tanto o PSDB quanto o MDB estão divididos. Uma ala do tucanato acha que é possível uma composição tendo Tasso ou Leite como vices em chapa liderada por Simone, mas as negociações, até agora, terminaram em impasse. O problema é que o nome da senadora não é consenso nem no MDB: há no partido um grupo que quer se aliar ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e outro, a Bolsonaro.

Uma ala do PSDB vai sugerir que o partido considere o ex-governador Eduardo Leite (RS) e o senador Tasso Jereissati (CE) como opções na disputa presidencial, criando um novo impasse na sigla após a desistência de João Doria.

O pedido contraria um acordo firmado pelas cúpulas do PSDB, MDB e Cidadania de apoio à senadora Simone Tebet (MDB-MS) como cabeça de chapa, como defende o presidente da sigla tucana, Bruno Araújo. Tasso também é citado por parte do PSDB como candidato a vice da emedebista, de quem é próximo no Senado.

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Uma reunião que aconteceria nesta terça-feira, 24, e sacramentaria o apoio tucano à pré-candidatura de Simone foi cancelada. Pelo roteiro planejado por Araújo, a ideia seria reunir a Executiva do PSDB nesta terça e anunciar uma aliança com Simone, que também contaria com o endosso do Cidadania.

O principal argumento do grupo que resiste a uma aliança com Simone neste momento é que a candidatura dela possa ser rifada pelo MDB no período das convenções, que vai de julho a agosto, o que deixaria o PSDB à deriva nas vésperas do início da campanha. O MDB contém alas regionais que apoiam o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"Temos que esperar a homologação por parte da Executiva do MDB do nome da Simone. Amanhã (terça-feira) o MDB se reúne, delibera sobre essa questão, não deixando nenhuma dúvida quanto a sua candidatura para que depois a gente faça isso diante da Executiva (do PSDB)", disse o secretário-geral do PSDB, deputado Beto Pereira (MS), ao Estadão.

Mesmo com o adiamento da reunião do PSDB, a Executiva do MDB vai confirmar, nesta terça-feira, 24, a pré-candidatura de Simone Tebet à Presidência. As alianças, porém, devem ser anunciadas mais adiante.

Simone ganhou o apoio do ex-presidente do MDB Romero Jucá (RR). "O MDB precisa ter a condição de colocar para a sociedade brasileira o que pensa e o que defende na economia, na política, nos programas sociais. Partido que não disputa eleição não forma time", disse Jucá.

O ex-senador comemorou a possibilidade de o PSDB e o Cidadania apoiarem a pré-candidatura de Tebet, embora haja divergências nesses partidos sobre os próximos passos. "O apoio do PSDB e do Cidadania é muito importante. Portanto, temos aí a construção de um caminho alternativo posto pela sociedade brasileira", afirmou.

Há consenso dentro das Executivas do MDB e do Cidadania por apoio a Tebet, mas um grupo do PSDB, composto pelos ex-presidentes do partido Aécio Neves e José Aníbal, ainda tenta fazer valer a ideia de candidatura própria tucana.

Aníbal citou Leite e Tasso como opções, mas admitiu que Tasso ainda precisa ser convencido a disputar o Planalto. Durante reunião do partido na semana passada, o senador disse que "não está no projeto de vida" ser candidato a presidente e nem a vice de Tebet. "Tasso tem muita resistência e até resistência da família, mas vamos esperar", afirmou Aníbal.

Já Araújo afirmou que o PSDB não deve ter candidato próprio à Presidência. "Claro que como presidente do PSDB eu gostaria muito que tivéssemos uma candidatura própria, mas há algo maior do que tudo isso, há algo maior que a vontade de João Doria, algo maior que minha vontade", disse em entrevista coletiva em São Paulo após o pronunciamento de Doria.

"O Brasil não precisa de mais divisão interna. O gesto de João Doria hoje nos obriga moralmente. Nos mostra que o projeto está acima de tudo, e quem fizer um movimento diferente desse está demonstrando que tem mais compromisso com si mesmo do que com um projeto de Brasil", completou.

Araújo chegou a ser escolhido coordenador da pré-campanha de Doria, mas passou a trabalhar contra a candidatura presidencial do paulista. A avaliação é que a rejeição de Doria atrapalharia os planos de reeleição do governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), e consequentemente tiraria um tucano do comando do maior Estado do País.

Já o senador Renan Calheiros (MDB-AL) minimizou o peso de eventual aliança do PSDB com Simone e disse que a legenda deve apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou liberar os diretórios.

"O que significa o apoio do PSDB? O PSDB acabou de 'cristianizar' o candidato que legitimamente ganhou as prévias", declarou Renan ao Estadão, numa referência à desistência do ex-governador de São Paulo João Doria, após ser abandonado pelo partido. "Não tem nenhuma vinculação com essa questão de PSDB, de Doria. O MDB gostaria muito de ter um candidato competitivo, de modo a ajudar a alavancar os palanques estaduais. Qual o desafio? Mudar a fotografia das pesquisas. Se isso não acontecer, não se justifica a candidatura", completou ele.

O presidente do Cidadania, Roberto Freire, afirmou que o grupo que rejeita uma aliança com Tebet é minoritário e que uma aliança será anunciada formalmente amanhã.

"Nós tivemos uma reunião e fizemos um indicativo. Esse gesto de João Doria tem a ver com o indicativo que foi feito, ele julgou que ser a favor do Brasil neste momento é retirar a candidatura dele. Não fez isso para nada, não, para que a gente continuasse discutindo candidato", disse Freire ao Estadão.

Sobre a possibilidade de o PSDB ou o Cidadania indicarem o candidato a vice, o dirigente afirmou que o assunto ainda vai ser melhor debatido. "Quem é que está com vice? O único que tem é Lula e que fez por pressões internas mal esclarecidas. Temos tempo", declarou. O PSDB e o Cidadania vão formar uma federação, o que significa que precisam ter a mesma posição em todas eleições nacionais, estaduais e municipais por quatro anos, além de precisarem agir como uma bancada só no Congresso.

A desistência do ex-governador João Doria (PSDB) de concorrer à Presidência da República aumenta as chances do pré-candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, vencer as eleições presidenciais em primeiro turno. A avaliação é do cientista político e diretor da Quaest, Felipe Nunes. Em parceria com o banco Genial, a Quaest tem produzido pesquisas de intenção de voto nacionais e estaduais.

Na avaliação do pesquisador, é possível analisar a saída de Doria da disputa presidencial a partir de três pontos de vista: político, simbólico e numérico. "Politicamente, Lula aumenta as chances de vitória no primeiro turno com o voto útil, pois o eleitor do Doria rejeita mais Bolsonaro do que Lula", defende Nunes. Nos cálculos da Quaest, 77% dos eleitores do ex-governador paulista rejeitam o presidente e 62% rechaçam o petista.

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Já do ponto de vista simbólico, seria a oportunidade de a terceira via se unir e apresentar um candidato único, acredita Felipe Nunes. O tucano retirou sua pré-candidatura nesta segunda-feira, diante da dificuldade de conquistar apoio no PSDB, que prefere apoiar a senadora Simone Tebet (MDB) ao Palácio do Planalto. Em pesquisas qualitativas, ela apresenta rejeição menor.

"Simbolicamente, a terceira via aumenta as chances de organizar sua tropa para tentar viabilizar uma opção fora da polarização. A coordenação das elites é fundamental para que os eleitores possam tomar decisões eleitorais. Até aqui, a terceira via mais atrapalhou do que ajudou o eleitor", destaca o diretor da Quaest.

Já do ponto de vista numérico, lembra Felipe Nunes, o ex-governador de São Paulo sempre registrou baixa intenção de voto nas pesquisas. "Numericamente, não tem mudança significativa porque Doria sempre apareceu com pouco voto (de 3% a 5%). Mas Ciro (Gomes, do PDT) tem o maior potencial entre esses eleitores (54%). Lula tem potencial de 36% e Bolsonaro de 19%", afirma o cientista político. "(Simone) Tebet é muito desconhecida", acrescenta.

O PSDB, MDB e Cidadania divulgaram uma nota nesta quinta-feira, 19, em que se comprometem a apresentar uma candidatura presidencial competitiva para a eleição de 2022. Em diversos momentos da nota, os três partidos citam que o ex-governador João Doria (PSDB) pode não ser o escolhido mesmo tendo vencido as prévias presidenciais tucanas.

"O Brasil terá uma nova candidatura, competitiva, para vencer, que será oficializada em breve. O povo brasileiro - e não disputas ideológicas e partidárias - estará no centro do debate político nas eleições de outubro. Para problemas reais, soluções reais", afirmam a cúpula das três legendas.

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O nome escolhido pelos presidentes das três siglas é o da senadora Simone Tebet (MDB-MS). O acordo será anunciado na próxima terça-feira, 24. No dia anterior, o comando do PSDB vai até São Paulo se reunir com Doria e tentar fazer com que ele desista da pré-candidatura.

"Em novembro de 2021, o PSDB realizou suas prévias, vencidas pelo governador João Doria. Em dezembro de 2021, deixando de lado conveniências políticas locais e pessoais, os partidos e seus respectivos pré-candidatos iniciaram as discussões para a formação de uma chapa única", afirma a nota assinada pelos dirigentes partidários Bruno Araújo (PSDB), Baleia Rossi (MDB) e Roberto Freire (Cidadania).

Em outro trecho da nota, as legendas também citam uma fala da senadora Simone Tebet em que ela diz que pode não ser a candidata.

"Na mesma linha, a senadora Simone Tebet afirmou em entrevista que é preciso ‘deixar os projetos pessoais porque o que interessa é o centro democrático estar no segundo turno das eleições’. No dia 16 de maio, a senadora reforçou seu posicionamento", escreveram os presidentes dos partidos.

Apesar disso, há no texto mais menções à possibilidade de Doria abrir mão de disputar a eleição. Os dirigentes também dizem que o paulista participou desde o início das negociações por uma candidatura unificada dos partidos.

"O marco zero dessas conversas ocorreu em São Paulo numa reunião na qual participaram, na residência do ex-presidente Michel Temer, os presidentes Baleia Rossi, do MDB, Bruno Araújo, do PSDB, o então governador João Doria, vencedor das prévias tucanas, e o vice-governador Rodrigo Garcia", consta na nota.

Os presidentes do PSDB, do MDB e Cidadania decidiram nesta quarta-feira, 18, indicar a senadora Simone Tebet (MDB-MS) como candidata única da terceira via à Presidência. A decisão ainda precisa passar pelo crivo das Executivas nacionais dos três partidos, que devem se reunir na próxima terça-feira, 24, mas já indica que o ex-governador João Doria, pré-candidato do PSDB, foi rifado.

Pesquisas feitas pelos partidos indicaram que a rejeição a Doria é muito alta e Simone teria maior potencial de crescimento. Doria teve o nome aprovado em prévias do PSDB, em novembro do ano passado, mas, desde então, enfrenta resistências.

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"Até terça-feira que vem fica pública uma posição apresentada aos três partidos. Vamos aguardar para ver se os três partidos confirmam essa posição", disse o presidente do PSDB, Bruno Araújo, ao sair da reunião. "A partir daí, inicia-se um processo entre os dois candidatos postos no qual poderemos passar para a fase seguinte de começar a construir de forma sólida essa aliança, construindo aspectos regionais e demandas que possam fortalecer essa candidatura presidencial", afirmou Araújo.

Em conversas reservadas, o presidente do PSDB já disse que a candidatura de Doria é inviável eleitoralmente e que sua rejeição atrapalha a tentativa de reeleição do governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB). A cúpula das três siglas vai trabalhar para que Tebet seja a candidata do grupo. Procurado, Doria não se manifestou até a publicação deste texto.

"Temos consenso entre nós. Vamos ter que colocar para o partido para poder dizer esse candidato que vocês chamam de terceira via", declarou o presidente do Cidadania, Roberto Freire.

Logo após a reunião desta quarta, Araújo comentou uma mensagem em que Doria diz que "o momento é de diálogo". Ele elogiou o ex-governador e afirmou que "é a atitude de um líder que tem compromisso com o seu País".

Integrantes da Executiva do PSDB vão se reunir com Doria antes de terça e tentar fazer com que ele desista de ser candidato a presidente. Ainda não há data e local definidos para o encontro.

Aliados de Doria querem que a reunião seja em São Paulo. "Provavelmente aqui (São Paulo), se for no início da semana", disse o tesoureiro do partido, Cesar Gontijo.

Doria tem demonstrado resistência a abrir mão de ser candidato a presidente e já prometeu judicializar a questão. Além dele, outra ala do partido, também resiste a se aliar com o MDB. O grupo liderado pelo deputado Aécio Neves (PSDB-MG) teme que Tebet seja rifada pelos caciques emedebistas, que estão mais interessados em apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou o presidente Jair Bolsonaro (PL). Aécio também rejeita a candidatura de Doria e prefere que outros nomes do PSDB entrem na disputa, como o do senador Tasso Jereissati (CE) ou do ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite.

O presidente do MDB, Baleia Rossi, afirmou que uma alternativa a Lula e Bolsonaro é importante, criticou polarização e disse que o foco de um projeto de País deve ser resolver os problemas dos brasileiros e não a "briga pela briga".

"A sensação da população é que essa polarização prejudica os brasileiros. Esse é um dado extremamente relevante para a construção de uma alternativa mais equilibrada, moderada, que busque responder aos problemas reais dos brasileiros e não uma briga pela briga", afirmou Baleia.

A pré-candidata ao Governo de Pernambuco, Marília Arraes (SD) recebeu, nessa quinta-feira (12), o título de cidadã da cidade de Olinda, em evento realizado na Câmara Municipal. A honraria foi entregue pelo vereador Ricardo Sousa (PSL), autor da proposta de entrega da cidadania, que elogiou e parabenizou a ex-deputada durante a solenidade.

"Olinda inspira em momentos que a gente precisa ter coragem. Fiquei muito emocionada em receber o título de cidadã. Olinda é uma cidade que é mãe. Mãe da cultura e de nossas revoluções. E para ser mãe numa sociedade tão difícil, é preciso ter coragem. É isso que a vida quer da gente. Coragem e ousadia para fazer o bom combate. E é essa coragem que aprendi com Arraes", declarou Marília.

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Estiveram no evento o prefeito Yves Ribeiro (PSB), o deputado estadual Wanderson Florêncio (PSC), além de vereadores ex-líderes da política do Agreste e da Zona da Mata do estado.

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Depois de muitas idas e vindas, o grupo conhecido como terceira via na disputa eleitoral decidiu lançar um único candidato à sucessão do presidente Jair Bolsonaro (PL). Em reunião realizada nessa quarta (6), em Brasília, dirigentes do MDB, PSDB, União Brasil e Cidadania fecharam uma aliança e anunciaram que vão divulgar o nome de quem representará o grupo na disputa ao Palácio do Planalto no dia 18 de maio.

Até agora, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) é a mais cotada para encabeçar a chapa única. O maior problema ocorre nas fileiras do PSDB porque o ex-governador de São Paulo João Doria, vencedor das prévias do partido, está emparedado pela movimentação do correligionário Eduardo Leite. Ex-governador do Rio Grande do Sul, Leite tenta avançar algumas casas no jogo e até admite ser vice em dobradinha com Tebet.

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Os dois conversaram ontem no Senado, onde posaram para fotos. Após o encontro, disseram que só uma candidatura única é capaz de furar a polarização entre Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, favorito nas pesquisas de intenção de voto.

"O meu partido fez prévias, tem o seu pré-candidato estabelecido. Nós respeitamos isso, ninguém está deslegitimando as prévias, mas não se trata aqui apenas de atender a formalidades e, sim, de ajudar o País a encontrar um caminho", afirmou Leite.

Tebet mudou um pouco o discurso. Antes de se reunir com o gaúcho, dizia que o vencedor das prévias do PSDB era Doria. "O Eduardo está dizendo que respeita as prévias, mas vem como um soldado. E por trás dele vêm outros soldados", disse ela. "Estou esperançosa".

Embora o nome de Tebet seja cotado para encabeçar a chapa, 13 líderes de diretórios do MDB, principalmente no Nordeste, querem apoiar Lula no 1.º turno. "Qualquer candidatura, para sobreviver, precisará ser competitiva, senão rebaixa os palanques estaduais e se torna desnecessária. O MDB já conhece esse filme", disse o senador Renan Calheiros (MDB-AL), um dos líderes do movimento pró-Lula no partido.

Negociações

Em um dia marcado por articulações políticas, Doria e o presidenciável do PDT, Ciro Gomes - que também estavam em Brasília -, tiveram uma série de conversas reservadas, em busca de parcerias. Ciro almoçou com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e com seu irmão, o senador Cid Gomes (PDT-CE). Pediu apoio, mas o presidente do PSD, Gilberto Kassab, ainda diz que lançará candidato próprio. Nem o PSD nem o PDT fazem parte do grupo da terceira via, que se autointitula "centro democrático".

Nenhum dos pré-candidatos participou da reunião de cúpula dos partidos. Em comunicado emitido após o acordo, MDB, PSDB, União Brasil e Cidadania destacaram que o objetivo da aliança é apresentar um candidato como alternativa aos polos que atualmente dominam a disputa. "Conclamamos outras forças políticas democráticas para que possam se incorporar a esse projeto em defesa do Brasil e de todos os brasileiros", diz o comunicado. O texto é assinado pelo presidente do União Brasil, Luciano Bivar; do MDB, Baleia Rossi; do PSDB, Bruno Araújo; e do Cidadania, Roberto Freire.

O União Brasil informou que apresentará um pré-candidato a ser submetido à análise do grupo no próximo dia 14. O ex-juiz Sérgio Moro se filiou recentemente ao União, após sair do Podemos. Presidido pelo deputado Luciano Bivar, o União diz, no entanto, que o projeto para Moro será em São Paulo, provavelmente disputando uma vaga na Câmara. As divergências de Moro com dirigentes de seu novo partido - principalmente com ACM Neto, que é candidato ao governo da Bahia - ficaram nítidas na semana passada, quando ele afirmou que não será candidato a deputado federal.

O próprio Bivar tem interesse em integrar a chapa presidencial, mas seu nome sempre é citado como vice. Ontem, ele negou que a inclusão de um indicado pelo partido nas próximas conversas sobre candidatura única dificultará a construção de um consenso. "O maior mentor de criar esse consenso fomos nós."

Critérios

Bivar afirmou ainda que a escolha do candidato do grupo levará em conta vários critérios, e não apenas as pesquisas de intenção de voto. "Pesquisas são fotografias de momento. Precisa ver a capilaridade, o Fundo Partidário, a receptividade, a rejeição. Tudo isso vai ser considerado, prevalecendo um sistema de bom senso político", disse ele.

Doria passou o dia em reuniões com deputados e senadores na sede do PSDB, em Brasília, e hoje viajará para a Bahia. Desembarcará em Rio das Contas, terra natal de seu pai, para tentar construir uma nova imagem na campanha, menos elitista e mais popular. As últimas pesquisas indicam que o ex-governador está estacionado num patamar muito baixo, na casa de 2%. É com esse argumento que adversários no PSDB, como o deputado Aécio Neves (MG) e o ex-senador José Aníbal (SP), querem tirá-lo do páreo.

Leite e Tebet também têm índices inexpressivos de intenção de voto, mas, de acordo com seus apoiadores, têm maior potencial de crescimento porque seus porcentuais de rejeição são baixos.

"Com todo respeito, qual é o projeto da Simone (Tebet), do MDB? Onde conflita com o do Ciro e por que não conversamos?", disse Cid Gomes, após o almoço com Pacheco. "Qual é o projeto do União Brasil, que não tem candidato? Tem alguma afinidade com o que Ciro defende ou é só uma negação ao Lula e ao Bolsonaro?"

Coordenador da campanha de Ciro, o senador afirmou que o irmão tem procurado partidos de centro, mas sente falta de propostas concretas por parte da terceira via. "O que nós temos defendido é que, para além da negação do Lula e do Bolsonaro, cada um apresente seu projeto para o Brasil e a gente veja onde é possível negociar. Não dá para ser só o projeto da negação nem só o projeto pessoal", insistiu Cid.

A deputada estadual Priscila Krause anunciou sua filiação ao Cidadania nesta quinta-feira (31), partido que tem o deputado federal Daniel Coelho como líder em Pernambuco e vice-presidente da sigla, que confirmou a filiação da deputada nas suas redes sociais. 

Daniel Coelho deu boas-vindas à nova integrante do partido, que deve estar juntos no palanque de Raquel Lyra (PSDB) como candidata ao Governo de Pernambuco. "Como é bom estar junto de quem a gente confia. @priscilakrauseoficial, seja bem-vinda no Cidadania 23. Desde 2005, quando começamos juntos na Câmara Municipal, somos parceiros de lutas. Desde lá, combatemos com coragem essa aliança atrasada que "controla" o nosso estado. Agora, no mesmo partido, vamos juntos com @raquellyraoficial abrir uma nova história para Pernambuco", disse, na publicação do Instagram. 

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Também nas redes sociais, Priscila falou sobre a sua entrada na sigla para "juntos mudarmos Pernambuco". "Deixando para trás o pior governo da história de Pernambuco, comandado pelo PSB, do qual sempre fui e sou oposição. O projeto de um novo governo para o nosso estado tem sob a liderança de Raquel Lyra, na federação PSDB/Cidadania, a mais consistente opção de sucesso", ressaltou.

O prefeito Professor Kelton Pinheiro (Cidadania) da cidade de Bonfinópolis, no interior de Goiás, revelou que os pastores “do MEC” Gilmar Santos e Arilton Moura, apontados como operadores do gabinete paralelo criado no Ministério da Educação, chegaram a oferecer desconto de 50% na propina para liberação de verbas para escolas. Moura teria cobrado R$ 15 mil pelo serviço de envio de verbas, conseguidas através de negociações privilegiadas e extraoficiais com a pasta federal, devido à relação do lobby evangélico com o ministro Milton Ribeiro e o presidente Jair Bolsonaro (PL). 

O gestor fez a declaração ao Estadão na manhã desta quinta-feira (24). De acordo com Kelton, o desconto na propina foi oferecido pelo pastor Arilton Moura durante um almoço no restaurante Tia Zélia, em Brasília, após uma reunião com o ministro da Educação, Milton Ribeiro. 

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Segundo Kelton, o pastor Arilton disse que o valor da propina era de R$ 30 mil. No entanto, ele propôs o pagamento de R$ 15 mil ao prefeito, porque ele teria sido “indicado pelo pastor Gilmar”. O pastor Arilton Moura, narrou o prefeito, se aproximou deles depois de ter passado por outras mesas. "Sentou do meu lado, em um dos lados da mesa, falou: 'olha prefeito, eu vou ser direto com você. Tem lá um recurso para liberar com ministro, mas eu preciso de R$15 mil hoje'", afirmou Arilton Moura, de acordo com o relato. 

O gabinete paralelo 

Desde a semana passada, denúncias de um suposto gabinete no Ministério da Educação sugerem que o ministro Milton Ribeiro intermediou o interesse de pastores bolsonaristas através da pasta. Verbas bilionárias foram liberadas em negociações privilegiadas entre o MEC e essas lideranças religiosas, apesar de nenhum envolvido ter cargo oficial no governo. 

De acordo com áudio divulgado na segunda-feira (21) pelo jornal Folha de São Paulo, o ministro Ribeiro diz que houve um "pedido especial" do presidente Jair Bolsonaro para atender aos pedidos dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura. 

Milton Ribeiro foi convocado para prestar depoimento na Comissão de Educação do Senado Federal. O chefe da pasta federal deve comparecer à Casa Legislativa na próxima quinta-feira (31). 

O colegiado também aprovou convites aos pastores beneficiados, Gilmar Santos e Arilton Moura; ao presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Marcelo Lopes da Ponte; e ao prefeito de Luís Domingues (MA), Gilberto Braga (PSDB). As datas ainda não foram definidas, mas a previsão é que a agenda seja estipulada após a oitiva do ministro. 

 

Em ano de eleições presidenciais e para o Congresso Nacional, a política tem sido um tema ainda mais recorrente nas redes sociais. Várias campanhas, oficiais e extra-oficiais, solicitando aos cidadãos a regularização do Título de Eleitor vêm tomando conta dos temas discutidos na internet e os mais jovens têm sido alvo de algumas delas. Os famosos aderiram a um desses movimentos e estão em uma espécie de mutirão para incentivar adolescentes de 16 e 17 anos a fazerem o documento e participarem da votação. 

Vários nomes famosos já se posicionaram, através das redes sociais, dando aquele 'toque' aos mais novos. As ex-BBBs Juliette e Marcela McGowan, a influenciadora Gkay, e as cantoras Luisa Sonza e Anitta foram algumas delas. Essa última até brincou dizendo estar "cansada de levar o Brasil nas costas" e chamou a garotada para a ação. "Então, agora é isso hein. Me pediu foto quando me encontrou em algum lugar? Se for maior de 16 eu só tiro a foto se tiver foto do título de eleitor".

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Na última semana, o Tribunal Superior Eleitoral realizou a Semana do Jovem Eleitor. A ação tinha como objetivo convocar os jovens que têm voto facultativo para que tirassem seus títulos eleitorais e participassem do pleito deste ano. Na ocasião, famosas como a ex-sister Thelma de Assis e a atriz Taís Araújo se engajaram na causa. "Alô, Thelmers de 16 e 17 anos, já tiraram o título? Avisem aos amigos e familiares de vocês, até 4 de maio hein, quero ver todo mundo com o título pronto", disse a campeã do BBB 20.

O senador Alessandro Vieira (Cidadania), pré-candidato à Presidência da República, anunciou sua desfiliação do partido, alegando que a manutenção de Roberto Freire no comando da agremiação torna inviável sua permanência.

De acordo com ele, o Brasil exige renovação na política e o Cidadania responde mudando seu estatuto e garantindo a permanência de Roberto Freire por 34 anos na presidência da legenda.

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"Por evidente incompatibilidade, manifesto minha desfiliação do partido. A democracia exige espírito público e desprendimento", afirmou o senador, em publicação feita no Twitter.

Os diretórios estaduais do Cidadania e do PSDB reuniram-se na noite desta terça-feira (22), no Recife, para afinar as articulações políticas. Em pauta, a construção da campanha eleitoral em Pernambuco. O presidente estadual do Cidadania, João Freire, e o secretário-geral do partido, Guga Cabral, conversaram com a prefeita de Caruaru e presidente do PSDB estadual, Raquel Lyra, e com o dirigente tucano Rubens Júnior.

Durante a reunião, Raquel demonstrou animação com o trabalho em conjunto. As legendas homologaram a federação — que alia os dois partidos a nível nacional — no último sábado (19). Em Pernambuco, o Cidadania foi pioneiro em apoiar a possível candidatura de Raquel Lyra ao Governo do Estado.

Para Guga Cabral, a conversa reforçou a coesão das siglas. “A construção em conjunto das chapas de deputados estaduais e federais é promissora. Juntaremos bons quadros e esses nomes devem edificar um projeto forte para nosso estado. Os parlamentares dos dois partidos devem trabalhar em conjunto ”, afirmou o secretário.

Ao LeiaJá, João Freire enfatizou que ainda não houve um consenso sobre a quantidade de nomes para disputar as cadeiras. “Tivemos uma primeira conversa comigo, Raquel Lyra e dois dirigentes nossos para iniciar as tratativas. Agora, vamos federar e iniciar as discussões das possíveis chapas”, informou.

“Fizemos o primeiro momento institucional, porque as conversas políticas já existiam de antes e, agora, estamos visando a divisão das decisões porque a chapa vai ser conjunta e a gente precisa criar uma sintonia para que a decisão tomada possa ser coletiva. O Cidadania tem uma chapa, PSDB também, mas ainda não entramos nesse detalhe”, disse Freire. 

O governador da Paraíba, João Azevêdo, decidiu trocar o Cidadania pelo PSB para concorrer a um segundo mandato. A defecção ocorre um dia após a legenda comandada por Roberto Freire aprovar a proposta de formar uma federação partidária com o PSDB, que tem o governador de São Paulo, João Doria, como pré-candidato ao Palácio do Planalto. Azevêdo, por outro lado, deve colar sua imagem na do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Segundo o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, a filiação oficial do governador da Paraíba vai ocorrer na próxima quinta-feira, 24. Ao Broadcast Político, o dirigente partidário disse que havia se reunido na semana passada com Azevêdo para discutir a mudança de sigla do paraibano, que já foi filiado ao PSB no passado.

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Siqueira reconheceu que o apoio formal do PT a seu partido na Paraíba "será difícil". No Estado, a legenda está inclinada a apoiar a candidatura do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB). "Mas o nosso palanque será, obviamente, um forte palanque para o ex-presidente Lula. O governador é um entusiasta da candidatura do ex-presidente", afirmou.

Neste domingo, 146 lideranças petistas na Paraíba, incluindo o deputado federal Frei Anastácio, divulgaram uma nota em que defendem a candidatura de Azevêdo à reeleição, após se reunirem neste sábado, 19, para debater a questão. O movimento contraria a direção estadual do partido, que articulou o apoio a Vital do Rêgo.

"Participamos, neste sábado, de plenária e defendemos palanque de Lula e João Azevêdo na Paraíba", escreveu o parlamentar em publicação nas redes sociais. "O objetivo foi discutir a conjuntura política nacional, estadual e a eleição de Lula, além da construção partidária, a nossa reeleição para deputado federal e a do companheiro Anísio Maia para deputado estadual".

Federações

A proposta de se federar com o PSDB foi aprovada pelo Diretório Nacional do Cidadania neste sábado, 19. Mesmo assim, a legenda manteve a pré-candidatura do senador Alessandro Vieira (SE) ao Palácio do Planalto. Já os tucanos, que têm Doria como postulante, também negociam uma aliança com o MDB e o União Brasil.

A federação cria uma "fusão temporária" entre os partidos e precisa durar, pelo menos, quatro anos, desde as eleições até o final do mandato seguinte. De acordo com novo prazo estabelecido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), as legendas têm até o dia 31 de maio para registrar federações.

Na Paraíba, o PSDB pretende lançar o deputado federal Pedro Cunha Lima ao governo do Estado. Se a federação com o Cidadania realmente for fechada, poderia haver uma disputa entre o parlamentar e o governador Azevedo - se ele continuasse no Cidadania - para decidir quem representaria a aliança na disputa estadual.

O PSB e o PT também negociam formar uma federação com o PCdoB e o PV, mas as negociações estão travadas por questões regionais em Estados como São Paulo, Espírito Santo e Rio Grande do Sul. Na Paraíba, o partido de Lula pretende lançar ao Senado, na dobradinha com Vital do Rêgo, o ex-governador Ricardo Coutinho, desafeto de Azevêdo.

"O ex-governador retornou para o PT e tem lá seus problemas com o governador João Azevêdo", disse Carlos Siqueira, ao comentar as dificuldades de uma união entre petistas e socialistas no Estado.

A Executiva Nacional do PSDB aprovou nesta quinta-feira por unanimidade o que chama de avanço no entendimento com o Cidadania para a formação de uma federação partidária, informa a legenda em nota. "Temos um levantamento preliminar que indica que a federação é bem-vinda. Precisamos avançar no regramento para essa convivência. O Cidadania tem sido parceiro importante do PSDB e há convergência política tanto nas eleições quanto no Legislativo", diz o presidente do PSDB, Bruno Araújo, na nota.

De acordo com o PSDB, os líderes tucanos defenderam na reunião da Executiva que a decisão final sobre a federação com o Cidadania seja tomada "o quanto antes". "Para que também se definam mais rapidamente as chapas que vão disputar as eleições estaduais e nacionais", acrescenta o comunicado oficial.

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"Além das aproximações já adiantadas pelas lideranças nos Estados, as conversas continuarão sendo conduzidas pelo presidente Bruno Araújo, o secretário-geral Beto Pereira e os líderes na Câmara, Adolfo Viana, e no Senado, Izalci Lucas, com o objetivo de mapear e aparar eventuais arestas regionais", finalizada a nota do PSDB.

A federação partidária é uma novidade das eleições de 2022 e cria uma "fusão temporária" entre os partidos que precisa durar pelo menos quatro anos. A possibilidade foi criada pelo Congresso no ano passado e regulamentada por uma resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Para siglas menores, a federação oferece a chance de escapar da chamada cláusula de barreira, dispositivo que restringe a atuação parlamentar de um partido que não alcançar determinado porcentual de votos. Para as legendas maiores, oferece a chance de conquistar mais vagas no Congresso.

O futuro União Brasil é peça fundamental para o arco de alianças projetado pelo presidenciável do PSDB, João Doria. O governador paulista trabalha para apresentar ao eleitor uma chapa formada também por MDB e Cidadania. Com os quatro ou cindo partidos reunidos - a fusão entre DEM e PSL precisa ser oficializada -, Doria ganharia capilaridade nos Estados, recursos para a campanha, tempo de rádio e TV e ainda isolaria seu principal adversário no centro expandido, o ex-juiz Sérgio Moro (Podemos).

A menos de três meses da data-limite para deixar o cargo e se dedicar exclusivamente à eleição, Doria tenta se aproximar dos partidos usando sua própria sucessão como ponta pé para a negociação nacional. Com o União Brasil, a estratégia deu certo e o apoio da futura sigla à reeleição de Rodrigo Garcia (PSDB) em São Paulo - ele assumirá o governo em abril - já foi anunciado.

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Filiado ao DEM por 27 anos, o vice-governador é figura central na tarefa de atrair seus antigos correligionários para a campanha de Doria. Em dezembro, durante o jantar que selou a aliança para o governo paulista, o presidente nacional do DEM, ACM Neto, reconheceu disponibilidade para conversar com os tucanos, mas ressaltou que dará o mesmo tratamento aos demais pré-candidatos, como Moro e a senadora Simone Tebet (MDB).

A parlamentar é outra peça importante no xadrez de Doria. Sempre elogiada pelo governador, ela é apontada por aliados do tucano como um nome a compor a chapa e, quem sabe, ajudar a afastar o MDB do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No Nordeste, especialmente, há uma ala disposta a pedir votos para o petista na eleição deste ano.

Federação

Já com o Cidadania, há a possibilidade de os partidos se reunirem em uma federação - modelo no qual as siglas mantêm sua autonomia, mas seguem juntas nas eleições e também depois delas, por um período mínimo de quatro anos.

Presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire diz que a executiva tratará do tema em reunião no dia 19. "Temos algumas alternativas as serem avaliadas, inclusive conversas com outros partidos, como o Podemos. Mas acredito que hoje a ala que apoia a federação com o PSDB seja majoritária."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Executiva Estadual do Cidadania expulsou na noite desta segunda-feira (22) o deputado estadual Fernando Cury do quadro de filiados do partido. A decisão foi tomada por recomendação do Conselho de Ética da sigla e é embasada no caso de importunação sexual contra a também deputada estadual Isa Penna (PSOL), ocorrido há quase um ano.

Em 21 de dezembro de 2020, as câmeras do circuito interno da Assembleia Legislativa de São Paulo flagraram o parlamentar colocando as mãos nos seios da colega que, por estar de costas pra ele, não pôde impedir. Punido internamente na Casa, Cury ficou suspenso de suas atividades parlamentares por 180 dias.

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A decisão interna do partido foi tomada com ampla vantagem, mas demorou quase dez meses para alcançar consenso. Assinado por Alisson Luiz Micoski, titular do Conselho de Ética do Cidadania, o parecer pela expulsão foi divulgado no dia 10 de janeiro. Nesta noite, com o quórum necessário para o prosseguimento da reunião, o documento foi aprovado com 27 votos favoráveis à expulsão e apenas três contrários. Cury segue como deputado até o fim de seu mandato ou de outra decisão diferente da Alesp. A expulsão do partido não implica em nenhum tipo de cassação.

Cury ainda responde pela acusação de importunação sexual apresentada pelo Ministério Público de São Paulo. Ele já é réu no processo, que aguarda as considerações da defesa. O parlamentar alega que sua aproximação se deu como um gesto de gentileza mal interpretado e chamou o toque nos seios da parlamentar de "abraço". A reportagem tenta conta com ambos nesta noite.

Pela primeira vez, a Câmara Municipal do Recife concederá o título de cidadã do município a uma mulher transexual. Na manhã desta segunda (22), os vereadores aprovaram o Projeto de Decreto número 20/21, de autoria de Cida Pedrosa (PCdoB) e Hélio Guabiraba (PSB), que reconhece a atuação na área dos Direitos Humanos de Chopelly Santos, presidente da Articulação e Movimento para Travestis e Transexuais de Pernambuco (Amotrans).

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“Chopelly Santos, presidenta da Amotrans/PE e vice-presidenta da ANTRA receberá um merecido reconhecimento por sua trajetória de vida dedicada aos direitos humanos e à defesa dos direitos das pessoas trans e toda a população LGBTQIA+, que tem toda a minha admiração e respeito. Uma felicidade enorme ver essa proposição aprovada por ampla maioria entre os vereadores votantes! Que seja a primeira de muitas”, celebrou a vereadora Cida Pedrosa, em suas redes sociais.

Contrária à homenagem, a vereadora Michelle Collins (PP) chegou a pedir, durante a sessão, que os colegas votassem contra o decreto, por já ter sido alvo de notas de repúdio da Amotrans. Apesar disso, a concessão do título foi aprovada por 24 votos favoráveis, contra apenas quatro negativas.

Em encontro realizado em Vicência, na Mata Norte, neste sábado (6), pelo Movimento Levanta Pernambuco, que reúne lideranças do PSDB, PL, PSC e Cidadania, o ex-senador Armando Monteiro (PSDB) ressaltou que os problemas do Estado só serão resolvidos com quem tiver “a responsabilidade de introduzir Pernambuco em um novo tempo”.

Na reunião, Armando lembrou que a oposição está avançando. “Tá na hora de mudar e esta frente está aberta para incorporar novas lideranças. Este é um movimento que vai se ampliar a cada dia.”

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Armando fez essas declarações logo após realizar um diagnóstico dos problemas que a Zona da Mata enfrenta nos últimos anos: falta de água, infraestrutura rodoviária precária e desemprego. “Estou desde 2014 aqui no campo da oposição. Esse grupo do PSB não tem mais o que oferecer a Pernambuco. Além de posições muito cínicas do ponto de vista político, promove alianças ao sabor das conveniências eleitorais. Na verdade, eles pouco entregaram”, destacou Armando, diante da prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB) e do prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL), entre outros nomes da oposição.

“Por tudo isso, tá na hora de mudar. Nesse grupo político, vai surgir uma liderança que terá responsabilidade de introduzir Pernambuco nesse novo tempo que estamos querendo construir. Estamos nesse ciclo de encontros para ouvir, para aprender e para escutar”, enfatizou o ex-senador, aludindo aos encontros do Levanta Pernambuco, que percorrerão todo o Estado.

Por fim, Armando voltou a frisar que a Zona da Mata é credora de uma dívida histórica por parte do Governo do Estado. “Pernambuco tem uma dívida histórica com a Zona da Mata. A infraestrutura do Estado construída ao longo dos séculos extraindo a riqueza da Mata. Tá na hora de devolver à Zona da Mata o muito que ela deu ao Estado”, finalizou.

*Da assessoria

 

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