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Em um intervalo de 15 anos, Jacqueline Santos Silva deixou de ser uma dedicada estudante de ciências biológicas na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) para se tornar, com apenas 34 anos de idade, professora dos programas de graduação em ecologia e biodiversidade de conservação, além de coordenadora geral dos cursos de graduação da instituição. Entre a altíssima exigência em termos de quantidade e qualidade de artigos científicos publicados, aulas, orientações, além dos planejamentos e correções que acaba levando para casa, a professora tem a carga horária ainda mais sobrecarregada pelas funções administrativas que desempenha na universidade.

Tal quadro tornou-se comum nas universidades públicas desde a década passada, quando, embora o número de matrículas no ensino superior tenha dobrado para 7,1 milhões em 2014, a proporção entre professores e alunos tenha aumentado, com o déficit de contratações de novos servidores, segundo defende a Associação dos Docentes da Universidade Federal de Pernambuco (Adufepe).

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 Pesquisadora em oceanografia desde a graduação, através de projetos de iniciação científica, Jacqueline aliou dedicação e ao investimento na área também no mestrado e no doutorado, em cujo primeiro ano surgiu a oportunidade lecionar em uma universidade pública.“Como existia uma carência muito grande de professores doutores em oceanografia, principalmente no interior, foi aberta a vaga em Serra Talhada (no Sertão pernambucano) para o nível de mestre. Meu currículo já continha publicações do mestrado e do doutorado, o que foi essencial para minha entrada”, lembra. Apesar da aprovação precoce, a professora reconhece que o nível de exigência dos concursos é cada vez maior. “Para ingressar no ensino superior, você precisa ter essencialmente o doutorado, porque está cada vez mais concorrido. Quando eles são oferecidos, os candidatos têm cerca de dois ou três pós-doutorados. Por isso, quem quer seguir essa carreira deve focar na formação”, aconselha. 

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A principal estratégia adotada pela professora para conciliar suas diferentes obrigações na universidade foi integrar suas pesquisas regulares à sala de aula. “A gente tem a ideia de projeto e seleciona alunos para que eles efetuem esse trabalho em campo, suprindo essa demanda. Esses meus alunos seriam os multiplicadores desse trabalho, trazendo o material coletado para a orientação, onde a gente discute estratégias”, comenta. Ainda assim, a carga de trabalho de Jacqueline acaba ultrapassando as 40 horas curriculares. “Também somos cobrados a trabalhar na administração, dentro da universidade pública existe essa carência. Apesar de a gente não ser preparado para gestão acadêmica na nossa formação, acabamos aprendendo no dia-a-dia”, completa.

O presidente da Adufepe, Augusto César Barreto, enaltece a interiorização do ensino público nos governos Lula e Dilma, mas critica a falta de investimento em pessoal e em estrutura de trabalho para atender às demandas do ampliado corpo discente. “A partir de 2003, passamos a ter professores com uma jornada de trabalho muito grande, que além de praticar ensino, extensão e pesquisa ainda precisam gerir as universidades. Isso gerou uma sobrecarga de trabalho assustadora, pois muitas universidades foram abertas de forma precária”, defende. 

De acordo com Augusto, no governo Temer, o processo de sobrecarga foi intensificado, devido à redução do quadro de técnicos e servidores. “Somos parceiros da Universidade de Brasília (UnB) de uma pesquisa, ainda em curso, que verifica que o adoecimento docente vem aumentando nos últimos anos, com recorrência de doenças cardiovasculares, obesidade e tentativas de suicídio, que a princípio não observavamos”, lamenta. Assim, o presidente se mostra pouco otimista quanto a melhoria das condições de trabalho dos professores universitários. “O congelamento dos gastos públicos com educação e o drástico corte de 23% nos investimentos nas universidades públicas sucateia laboratórios e faz com que certos setores das instituições não tenham dinheiro nem para comprar papel. Tudo isso aumenta o estresse docente”, acrescenta. 

Ensino superior no setor privado

A professora do cursos de graduação em administração e ciências contábeis da UNINABUCO - Centro Universitário Joaquim Nabuco , Simone Ventura, já somava passagens em jornais do Recife quando resolveu ingressar em uma especialização em gestão de marketing. Foi quando surgiu, junto com um convite da UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau, a vontade de ensinar. “O que chamou a atenção da universidade no meu perfil foi minha experiência técnica. Meu diferencial foi trazer o que aprendi no mercado para a sala de aula”, crava ela, que iniciou sua carreira como professora dando aulas de radiojornalismo. 

"Meu diferencial foi trazer o que aprendi no mercado para a sala de aula”, diz a hoje professora da UNINABUCO / Foto: Chico Peixoto/LeiaJáImagens

O Censo da Educação Superior de 2016 aponta que a participação de docentes com doutorado cresce tanto na rede pública quanto na privada, onde a maioria dos docentes têm mestrado. O número de especialistas, contudo, vem caindo em ambos os setores. A diretora acadêmica do Grupo Ser Educacional, Simone Bérgamo, comenta que embora as instituições da empresa priorizem a contratação de mestres e doutores, a admissão de profissionais que concluíram pelo menos uma pós-graduação latu sensu (especialização)- nível de escolaridade mínimo exigido pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) para a prática da docência no ensino superior- acontece quando o contratado possui boa didática ou experiência prática em sua área de atuação. “Aquele professor que veste a camisa da empresa e consegue motivar o aluno a aprender e ter prazer em entrar em contato com seu objeto de estudo sempre vai ter seu lugar reservado em qualquer unidade do grupo”, afirma.

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De acordo com o diretor de serviços pedagógicos da Estácio, Luis Claudio Dallier, a instituição oferece cursos de especialização voltados para o próprio magistério do ensino superior, uma porta de entrada para quem deseja seguir a carreira. “É uma forma de capacitar o professor tanto para docência quanto para gestão acadêmica. Além disso, a Estácio oferece um centro de capacitação para seus docentes e colaboradores, que funciona através de cursos presenciais ou a distância”, completa. 

Aprovada por 98% por cento da turma em sua estreia na UNINASSAU, segundo sua primeira avaliação regular, Simone Ventura pegou gosto pela sala de aula. Decidida a investir em sua formação, a professora tomou a decisão de deixar a universidade temporariamente para se dedicar ao projeto de mestrado em políticas e estratégias da comunicação, na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). “Quando terminei, recebi um convite da UNINABUCO para atuar no curso de administração. Dessa vez, meu diferencial foram as competências diversas presentes no meu currículo, que me permitiam trabalhar de empoderamento feminino a sustentabilidade”, comemora. 

Embora tenha criado gosto pela pesquisa, Simone sente dificuldade de aplicar a atividade com seus alunos. “Trabalhar essa extensão em instituição privada é um grande desafio devido ao perfil dos alunos. Muitos deles trabalham o dia todo, então tento compensar isso com muito trabalho e leitura, trazendo a pesquisa para a sala de aula”, coloca. Por outro lado, Simone enaltece a paradoxal inclusão de estudantes de baixa renda no ensino superior possibilitada pela rede privada. “Aí vem o professor e coloca temas como empoderamento feminino, racismo, homofobia e posicionamento da turma vai mudando, porque o ensino é o grande diferencial na vida das pessoas. Ser professor é mais do que uma profissão, é uma missão”, conclui.

 

O programa Globalizando desta semana fala sobre os desafios do comércio exterior. E tem como convidada a professora Erika Alencar, graduada em Direito pela Universidade da Amazônia (Unama), mestranda em Direito Fundamental pela mesma universidade e pós-graduada em Relações Internacionais e Comércio Exterior pelo Centro Universitário do Estado do Pará (Cesupa). Erika é presidente da Comissão de Relações Internacionais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-seção Pará) e professora dos cursos de Direito e Relações Internacionais da Unama.

Acompanhe esse e outros temas no programa Globalizando, na Rádio Unama FM 105.5, produzido pelos alunos do curso de Relações Internacionais da Universidade da Amazônia (Unama). Clique no ícone abaixo para ouvir o Globalizando.

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     No período de 16 a 18 de Maio, Belém será sede do I Congresso Paraense de Pedagogos. O evento, que será realizado no Hotel Sagres, reunirá cinco mil profissionais vindos de todo o Brasil e de outros países, como Argentina, Venezuela, Chile, que, dentre outros temas, irão discutir a “Regulamentação da Pedagogia e os novos desafios da profissão de pedagogo".

Promovido pela Associação dos Pedagogos do Estado do Pará- ASSPEEPA, o Congresso terá a participação dos seguintes profissionais: Administradores Escolares, Supervisores Escolares, Orientadores Escolares, docentes em disciplinas pedagógicas ou afins, no ensino médio bem como na educação infantil e educação geral (séries iniciais do ensino fundamental).

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Voltado para os profissionais de Pedagogia e acadêmicos, o evento – que tem a Coordenação Geral do Pedagogo Jean Carlos Nascimento Lobato, presidente da Associação dos Pedagogos do Estado do Pará -, visa à participação, à troca de experiências entre todos os participantes, bem como incentivar a busca por conhecimentos que venham complementar melhorias e estratégias de crescimento para o profissional de Pedagogia e a melhoria da educação no Estado.

Mais informações: 98432.2458 – 98088.895

Da assessoria do evento.

A cinco meses das eleições presidenciais, os brasileiros estão tendo que absorver discursos e defesas diferenciadas de 16 nomes que já se colocaram para a disputa, considerada por estudiosos como a mais fragmentada desde 1989. A retórica dos pré-candidatos tem perpassado por temas como a efetivação de reformas, entre elas a da Previdência, questões indígenas, ambientais e de moradia, além das empresariais e de cunho mais conservador. 

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Entretanto, apesar da disposição dos pré-candidatos em apresentarem suas posturas nas andanças que têm feito pelo país, o desafio inicial deles quanto a absorção dos seus discursos, de acordo com a cientista política Priscila Lapa, é lidar com o “total desligamento do eleitor” e o “distanciamento da sociedade” com a classe política.    

Sob a ótica da estudiosa, com o espaço de tempo que ainda falta para a campanha eleitoral, a população ainda não está “prestando atenção” nos discursos dos presidenciáveis. Por outro lado, ao analisar o impacto das falas dos postulantes ao cargo de presidente da República a partir do início do período de campanha, ela ponderou que a expectativa será pela transformação das múltiplas exposições feitas em propostas concretas. 

“Quando falamos de eleição presidencial cabe tudo, desde as questões econômicas até as morais. Na última, por exemplo, teve um debate sobre o aborto. No contexto atual, que é um diferencial, as pessoas estão naquela de vamos ver onde tudo isso vai dar, ou seja, se o discurso se sustenta com propostas mais consolidadas ou não”, argumentou.

Como exemplo, Lapa pontuou a retórica do deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ), que aparece em segundo lugar nas intenções de votos. Segundo ela, ainda não há uma proposta clara do pré-candidato. 

“Ele apresenta seu discurso, fala um monte de coisas, mas não consegue concretizar nada, não há uma proposta clara. O desejo de uma proposição viável e concreta que vá além da fala é uma característica apreciada pelo eleitor”, ressaltou a cientista política.

A advertência de Lapa pela ausência de propostas concretas também foi exposta pelo cientista político Antônio Henrique que, além disso, salientou que o nível de fragmentação dos discursos “deixa os votos mais pulverizados pelas diversas matrizes políticas e pensamentos econômicos” apresentados. 

Na análise do estudioso, a possibilidade de sucesso eleitoral é para o postulante que alinhar seu discurso com os anseios do chamado “eleitor mediano”. “Com este nível de fragmentação relativamente elevado a população pode ficar perdida, sem identificar exatamente a centralidade da candidatura de um presidenciável especificamente. A única certeza que nós temos, por hora, é que esta eleição é de dois turnos, por causa desta fragmentação elevada. Neste sentido, o candidato que tem maior chances de vencer o pleito eleitoral é aquele que vai se alinhar ao eleitor mediado, seus anseios e interesses”, explanou. 

Para Henrique, o presidenciável “que ficar colado a algum tipo de elite ou defenda a alguma área específica” deve ter poucos votos. “Qualquer candidato que passar esta imagem de rico, ligado a população mais abastada do Brasil, tende a ter uma quantidade de votos diminuída”, observou, citando o pré-candidato do Novo, João Amoêdo. 

“Assim como também os que defendem a redução de direitos, como por exemplo o caso da reforma trabalhista. Isso, inclusive, explica porque que a reforma da Previdência não conseguiu passar no Congresso ainda este ano, por ser muito mal avaliada, apesar de ser necessária para a manutenção da saúde e da conta do estado”, complementou o cientista político. 

Debate que predominará o pleito

Apesar das identidades defendidas pelos presidenciáveis, o cientista político Elton Gomes acredita que durante o debate eleitoral no período da campanha será predominado por dois pontos: segurança pública e corrupção. 

“Os discursos para candidaturas majoritárias passam pelo entendimento da classe econômica, mas nos últimos anos por conta da operação Lava Jato e do descontrole da segurança pública nos centros urbanos, fez com que se fortalecesse o discurso no ponto de vista da política. A pauta da corrupção e da segurança pública se exacerbaram no Brasil tornando marginal o histórico discurso sobre a estabilidade econômica, que funcionou nas campanhas durante esses últimos 20 anos”, disse. 

De acordo com Gomes, isso se justifica porque a retórica militante, apresentada pela maioria dos pré-candidatos, “não é interessante do ponto de vista do eleitor médio”. “O eleitor médio não é ativista e é ele quem define a eleição. Ele não vê isso como determinante”,  sustentou.

Efeito do discurso na escolha do voto

A cientista Priscila Lapa ainda fez um panorama sobre o efeito das múltiplas falas diante da escolha do voto pelo eleitor. Segundo ela, a absorção, que já não é tão intensa assim, varia de acordo com o perfil do eleitorado.  

“As discussões ideológicas não dominam o eleitorado, estão com quem tem maior instrução e renda, por exemplo. Já o segmento maior, com o menor grau de instrução, vai seguir a escolha pragmática: quem vai resolver o problema do país e como vai. A agenda ideológica perde espaço. O que tem decidido as últimas eleições majoritariamente é a questão econômica. A segurança e confiança na retomada do crescimento da economia”, ponderou, esclarecendo que “apesar das outras questões”, no pleito deste ano isso não vai ser diferente.

O III Congresso Multidisciplinar de Saúde, que será realizado pela Universidade da Amazônia (Unama), ocorrerá nos dias 26 a 28 de abril, no Hangar – Centro de Convenções da Amazônia. O tema deste ano é “A humanização e os novos desafios da área da saúde”. A programação contará com palestrantes de todo o Brasil para agregar ainda mais conhecimento aos participantes. Veja a programação aqui.

O diretor do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) da Unama, professor Wagner Muniz, diz que eventos como o congresso podem acrescentar bastante ao Currículo Lattes, que é um dos requisitos considerados importantes em entrevista de emprego. “O interesse em debater assuntos da atualidade e participar de um evento como este é muito bem visto pela academia e mercado, mostrando que o profissional está sempre em busca de mais conhecimento e oportunidades”, contou.

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Primeiros socorros no esporte, simulação realística no cuidado ao paciente traumatizado, humanização do parto e nascimento, obesidade nos dias atuais são algumas das conferências da programação. Os participantes poderão apresentar trabalhos científicos no evento e as inscrições para participar do congresso estão abertas e podem ser feitas aqui (http://sereduc.com/RDgXMT).

Israel se prepara para festejar seu 70º aniversário, exibindo sua potência militar e seu improvável sucesso econômico frente às ameaças regionais renovadas e às incertezas domésticas.

Depois do recolhimento, desde terça-feira, em memória de seus compatriotas mortos a serviço do país, ou em atentados, os israelenses se dedicam até a noite de quinta-feira às celebrações que marcam a criação de seu Estado proclamado em 14 de maio de 1948. A data é festejada agora em função do calendário hebraico.

Em meio aos preparativos, Israel vive sob o espectro de um ataque do Irã, seu inimigo ferrenho.

O medo de um atentado, nos moldes da ofensiva surpresa de uma coalizão árabe durante as celebrações do Yom Kippour (Dia do Perdão) em 1973, foi aventado após um ataque lançado em 9 de abril contra uma base aérea na Síria. O governo Bashar al-Assad e seus aliados Rússia e Irã responsabilizam Israel pelo ataque.

"O ataque do regime sionista na Síria não ficará sem resposta", declarou Ali Akbar Velayati, conselheiro do guia supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, depois que sete iranianos morreram no episódio.

Desde o início da guerra na Síria, em 2011, dezenas de ataques remotos a esse país têm sido atribuídos a Israel, que não confirma, mas também não nega sua autoria.

Esses atos têm como alvo posições sírias e arsenais do Hezbollah libanês, grupo que também atua militarmente no conflito ao lado de Assad, assim como Moscou e Teerã.

- Os 'conselhos' de Lieberman -

Em fevereiro, Israel admitiu pela primeira vez ter atingido alvos iranianos, após a intrusão de um "drone" do inimigo em seu espaço aéreo. Foi a primeira confrontação abertamente declarada entre Israel e Irã na Síria.

Israel insiste em que não permitirá a Teerã se entranhar militarmente na Síria.

Nesta quarta-feira (18), jornais israelenses publicavam matérias sobre elementos específicos da presença, na Síria, dos Guarda Revolucionária, unidade de elite iraniana.

A publicação combinada de imagens de satélite de bases aéreas e de aparelhos civis suspeitos de conterem armas, assim como mapas e até nomes de autoridades militares iranianas, representa um alerta, de acordo com analistas militares: Israel sabe onde e quem retaliar, se necessário.

Por precaução, o Exército decidiu não enviar caças F-15 para as manobras previstas para acontecerem em maio nos Estados Unidos.

Sem evocar uma ameaça iraniana imediata, o ministro da Defesa, Avigdor Lieberman, advertiu: "não procuramos problema", mas "aconselho nossos vizinhos ao norte (Líbano e Síria) e ao sul (Faixa de Gaza) a levarem seriamente em consideração" a determinação de autodefesa de Israel.

"Com a ajuda de Deus, esse Estado continuará a existir por 7.000 anos. Os que querem nos matar não vencerão", frisou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

- A busca de um lar -

Para Israel, o festejo por seu 70º aniversário é a data para - nas palavras de Netanyahu - "construir o escudo e pegar a espada em mãos", celebrar o "milagre" de sua existência, sua força militar, a prosperidade da "nação start-up" e seu modelo democrático.

Com mais de 8,8 milhões de habitantes, a população se decuplicou desde 1948, segundo estatísticas oficiais. O crescimento atingiu 4,1% no quarto trimestre de 2017, e o país reivindica uma dúzia de Prêmios Nobel.

Israel registra, porém, os maiores índices de desigualdade entre os países desenvolvidos, e o futuro de seu premiê, envolvido em escândalos de corrupção, é incerto.

Para além de Egito e Jordânia e apesar dos sinais de convergência, Israel nunca estabeleceu a paz com seus vizinhos árabes. Uma solução para o conflito entre israelenses e palestinos nunca pareceu tão distante.

O aniversário de Israel coincide com "a Marcha do Retorno", um movimento organizado desde 30 de março na Faixa de Gaza,território palestino sujeito do bloco israelense. Após quase três semanas de episódios violentos ao longo da fronteira que deixaram 34 palestinos mortos, novas manifestações são esperadas para esta sexta (20).

"Israel foi estabelecida para que o povo judeu, que nunca se sentiu em casa em parte alguma do mundo, tenha, enfim, um lar", declarou o escritor David Grossman, em uma cerimônia na terça à noite em uma Tel-Aviv agitada pelos militantes de direita que protestam contra a presença de famílias palestinas.

"Hoje, após 70 anos de conquistas impressionantes em tantas áreas, Israel, com toda sua força, é, talvez, uma fortaleza. Mas ainda não é um lar. Os israelenses nunca terão um lar, enquanto os palestinos não tiverem o seu", vaticinou.

Pressionado a apresentar melhores resultados nas pesquisas de intenção de voto e se firmar como o candidato do centro à Presidência da República, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) viveu momentos de susto e alívio em sua primeira semana longe do Palácio dos Bandeirantes. Se, por um lado, ele ficou fora das investigações da Operação Lava Jato no Estado, o tucano viu novamente seu desempenho eleitoral ser colocado em xeque.

No âmbito jurídico, Alckmin temia que o rótulo de "investigado pela Lava Jato" contaminasse sua campanha, e por isso comemorou o envio do inquérito para apurar recebimento de caixa 2 à Justiça Eleitoral. A avaliação interna agora é que a decisão dá ao tucano uma narrativa segura para se defender e não cair na vala comum da corrupção que aflige outros políticos.

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"Não será danoso para nós (a apuração do caso pelo TSE). Danoso é ficar sem julgar e ele sempre ser citado como envolvido na Lava Jato. No meio de tudo isso que está acontecendo, Alckmin tem todas as condições de responder sobre esse caso na campanha", afirma o deputado federal Silvio Torres, membro da executiva nacional do PSDB e principal aliado de Alckmin no Congresso.

Em pesquisa divulgada neste domingo, 15, pelo Datafolha, o ex-governador aparece, no melhor dos nove cenários avaliados, com 8% das intenções de voto, atrás de seus principais adversários. Ele vê Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT) herdarem votos do ex-presidente Luiz Inácio da Lula da Silva (condenado e preso na Lava Jato) e o crescimento da preferência pelo nome de Joaquim Barbosa - o ex-ministro do STF se filiou ao PSB para concorrer ao Planalto.

O Datafolha mostrou ainda que, nesta largada da campanha ao Palácio do Planalto, o tucano deixa o governo com aprovação de 36% do eleitorado paulista, índice inferior aos 55% de José Serra em 2010 e aos 66% de popularidade que o próprio Alckmin registrou em 2006. Em nota, o tucano diz que neste momento "candidaturas seguras se misturam a meras possibilidades".

Palanque duplo

A situação em São Paulo, aliás, é outra fonte de preocupação para Alckmin. A insistência do ex-prefeito João Doria em se lançar candidato ao governo mesmo sem a chancela de Alckmin, que sempre defendeu palanque único e chegou a sinalizar apoio a seu vice, o atual governador Márcio França (PSB), divide ainda mais o partido e levanta desconfianças sobre a real intenção do ex-prefeito de renunciar ao cargo com apenas 15 meses de mandato à frente da Prefeitura.

Aliados de Alckmin avaliam que Doria não desistiu de disputar a Presidência e que o resultado das próximas pesquisas podem detonar um movimento de pressão por parte dele. A isso se soma a possibilidade cada vez mais real de Barbosa se candidatar e passar a ocupar o palanque eletrônico de França - este sim classificado como aliado leal.

No xadrez eleitoral de Alckmin, há ainda outras peças a tirar da frente, talvez a principal delas seja estancar o crescimento do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) em São Paulo. Em campanha desde o ano passado, o parlamentar tem feito uma espécie de dobradinha com Doria, ao menos no discurso antipetista, posição que Alckmin resiste em assumir.

Sombra

A sombra da Lava Jato, porém, ainda ronda sua pré-campanha. A força tarefa de São Paulo pode pedir o compartilhamento das informações colhidas na esfera eleitoral e instaurar de forma independente um inquérito criminal contra Alckmin. Para piorar, nesta terça-feira, 17, o senador Aécio Neves pode se tornar réu por corrupção no Supremo Tribunal Federal (STF) e, na próxima semana, a Justiça de Minas pode prender o ex-presidente tucano Eduardo Azeredo que, assim como Lula, é condenado em segunda instância.

Ambos os julgamentos preocupam o entorno de Alckmin, já aconselhado a "rifar" Aécio com declarações críticas e uma obstrução formal à sua pretensão de concorrer ao Senado. O grupo do senador mineiro já teria comunicado ao partido que ele desistiu de participar das eleições, o que ao menos reduziria o impacto na campanha nacional e também na disputa no Estado, onde seu afilhado, Antonio Anastasia, se dispôs a tentar um novo mandato no governo.

"Esses dois fatos (Aécio e Azeredo) contaminam o cenário mineiro, é claro, mas Anastasia tem posição sólida, é sério e vai saber formar uma candidatura vencedora e ainda ajudar Alckmin", diz o deputado federal Marcus Pestana, para quem a "instabilidade é geral" na política hoje.

Oficialmente alheio à má fase, Alckmin tem se dedicado a formar uma coligação que garanta posição confortável até a data de registro das candidaturas, em 15 de agosto. A lista inclui PSD, PPS e PTB, por exemplo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Quantas vezes você já olhou para todos os lados, analisou todos os problemas, refletiu sobre as possíveis soluções e, ainda assim, pensou em desistir? Desistir de tudo, desistir dos sonhos, desistir da vida, desistir da felicidade e tudo o mais que faz o seu sangue pulsar? Certamente muitas.

Acontece que somos testados, desafiados, confrontados a todo instante. Seja com situações inesperadas, outras um tanto previstas e até aquelas situações que parecem ser de outro planeta, mas que, ainda sim, surgem para analisar o nosso poder de insistência, a nossa força.

Viver não é uma tarefa fácil ou simples, porém é muito prazerosa. É cheia de encantos, de possibilidades e de grandes aventuras, e é justamente por isso mesmo que, quando nos deparamos com os momentos difíceis, tudo parece perder o sentido e a vontade de recuar surge querendo ganhar tamanho.

Em uma sociedade altamente conectada, ágil, cheia de afazeres e responsabilidades, é normal encarar os prognósticos do dia a dia como dilacerantes. Estão aí as contas para pagar, as questões de saúde, o comportamento dos filhos, os exemplos de violência, os conflitos internos e tantas outras coisas. Mas então vem o questionamento: quem não enfrenta esses dilemas hoje em dia? Todo mundo. Porém, a resolução está na maneira de encarar as situações e como dar a volta por cima.

Desistir, todo mundo vai querer, pelo menos uma vez na vida, mas o seu otimismo precisa ser mais forte e presente, e isso quem diz é a ciência. O nosso cérebro tem a capacidade de elaborar uma estratégia que faz com que nossos neurônios tendenciem ao otimismo, sobretudo para o futuro. Esse mecanismo se chama “viés otimista” e implica na propensão do cérebro humano em enxergar o amanhã como uma grande promessa.

Por isso é preciso compreender que o otimismo gera iniciativas e estas iniciativas farão com que a palavra desistir não ganhe força.

Durante a inauguração da Cinemateca Pernambucana, localizada na Fundaj, no Recife, o ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), contou que muitas pessoas disseram que ele estava sendo “maluco” em assumir o ministério com os argumentos de que a pasta era complexa. No entanto, o democrata disse que sempre enfrentou os desafios durante sua trajetória na política.

“Eu assumi o Ministério da Educação há menos de dois anos. O desafio que estava à minha frente era grandioso. Não foram poucas as pessoas que me disseram naquela oportunidade que eu estava sendo louco maluco assumindo um ministério tão complexo e com desafios tão grandes na área da educação em um momento de tamanha conturbação política e institucional”, discursou durante evento que aconteceu nessa segunda-feira (26).  

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Um dos possíveis pré-candidatos a governador de Pernambuco falou que, durante toda sua vida pública, aprendeu a não negar desafios. “Eu nunca aprendi a recuar diante de tarefas e missões importantes na minha vida. Ao longo da minha existência como homem público, eu enfrentei desafios como deputado, como vice-governador, como governador”. 

Mendonça Filho, em seu pronunciamentainda falou que focou no que era essencial para a área educacional e que priorizou em projetos que estavam sendo debatidos há anos. “Mas que não havia decisão política. Um bom exemplo é a reforma do ensino médio, um debate que existia há 20 anos”, salientou ressaltando que a reforma vai gerar muito mais oportunidades aos jovens que, segundo ele, se sentiam desestimulados para concluírem o ensino médio. 

Poucos dias após a virada do ano. Intensifico a minha reflexão quanto aos desafios vindouros e relembro as conquistas dos anos que se passaram. Mas, não podemos pensar exclusivamente em nossas conquistas. Precisamos refletir sobre as conquistas coletivas da sociedade brasileira, porém, continuamos com imensos desafios.

2018 chega com seu maior desafio: as eleições presidenciais após dois anos de polêmicas. É também ano de Copa do Mundo após o último fracasso, em 2014, em território nacional. Ano em que que precisaremos investir em parcerias, alianças, acordos e uniões para atingir os objetivos pessoais e profissionais.

O Brasil vive um momento de otimismo na economia. Em 2017, a ordem foi “arrumar a casa”. Nos anos anteriores, as dificuldades do cenário impuseram muitos desafios às empresas. Algumas fecharam as portas, outras precisaram enxugar custos e redefinir todas as suas estratégias. O desenvolvimento econômico brasileiro carece de mais investimento do estado. Não sou defensor do capitalismo estatal, mas, prego o investimento público na infraestrutura. Ele provoca o espírito animal do empresariado.

O investimento público deve estar acompanhado da iniciativa privada. As parcerias público-privada estão sendo constantemente implantadas por vários gestores públicos. Tais parcerias precisam continuar a existir, já que, através delas, é possível aumentar a capacidade do investimento estatal e, por consequência, dotar o Brasil de atrações para investimentos privados, inclusive estrangeiros.

A saúde pública brasileira continua a ser um problema e um desafio. É absolutamente necessário que o tema saúde pública esteja na pauta dos debates em 2018, não apenas nas promessas políticas, mas como uma preocupação governamental. Entretanto, é preciso esquecer que o debate simplista, ou seja: mais verbas, melhor saúde. Precisamos discutir a oferta de médicos, a eficiência da gestão dos hospitais públicos e a construção de laboratórios públicos para garantir que todo brasileiro possa ter condições dignas de atendimento.

A educação é outro desafio permanente. O Brasil avançou, mas ainda ocupamos posições inferiores nos rankings educacionais. É preciso debater a federalização do ensino básico. A educação básica requer investimentos nas estruturas das escolas e dos professores. A educação superior uma avaliação de custos.

Mais um ano se passou e os desafios continuam. O ano de 2018 precisa ser de total recuperação e crescimento. Precisamos buscar soluções dos problemas apresentados, já que teremos eleição presidencial e, assim, tais temas ficam aflorados.

A falta de reconhecimento e de condições de trabalho tem atraído cada vez menos alunos para uma profissão que já esteve entre as mais valorizadas no país: a de professor. O Dia do Professor é hoje, mas há motivo para comemorar?

A cada 100 jovens que ingressam nos cursos de pedagogia e licenciatura no país, apenas 51 concluem o curso. Entre os que chegam ao final do curso, só 27 manifestam interesse em seguir carreira no magistério. As informações foram levantadas pelo movimento Todos Pela Educação, com base em dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

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“Temos um apagão de professores, principalmente pela desvalorização. A gente já atrai pouco e, dos que vão para a formação inicial, poucos permanecem na carreira. E não se consegue ter uma área de atuação que consiga atrair os melhores alunos do ensino médio”, diz a presidente executiva do Todos Pela Educação, Priscila Cruz.

Na opinião de Priscila, entre as políticas de atratividade necessárias para aumentar o interesse na profissão está a melhoria dos salários. Segundo Priscila, atualmente o professor ganha metade do que os profissionais de outras áreas com ensino superior completo. “Realmente fica difícil atrair os melhores alunos do ensino médio para a carreira se a gente não conseguir fazer com que o salário melhore”, acrescenta.

Priscila destaca que é preciso melhorar também as condições de trabalho do professor. A proximidade dos jovens com a profissão faz com que eles vejam de perto a realidade dos professores, que nem sempre é atrativa. “O fato de o jovem verificar no seu dia a dia que os professores não são valorizados, e muitas vezes são atacados pelos próprios jovens, pelas famílias, pela sociedade, pelo governo, isso faz com que o jovem desista da profissão”, lamenta Priscila.

Para o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araújo, a falta de políticas que valorizem os profissionais da educação desmotiva os profissionais. Segundo Heleno, existe atualmente um processo de disputa muito grande com outras profissões, que oferecem melhor remuneração.

“Até os profissionais de pedagogia estão fugindo dessa profissão, porque os salários são diferentes, e vão fazer o seu trabalho em outros espaços, que têm uma valorização maior”.

Ele ressalta que, apesar de alguns avanços nos últimos anos no processo de valorização dos profissionais da educação, como a lei do piso nacional do magistério, ainda há dificuldades, como o descumprimento, em alguns estados e municípios, da legislação que define o mínimo a ser pago a profissionais em início de carreira, além do achatamento da carreira de professor.  “Há estados que pagam o piso para o professor do nível médio e o mesmo valor para nível superior”, diz Heleno Araújo.

De acordo com a CNTE, em 2004 o salário dos professores no país representava cerca de 60% da média salarial de outras profissões – atualmente é 52% da média. “Este é o movimento inverso do Plano Nacional de Educação, que diz que, até 2020, o salário médio dos professores deve ser equiparado ao salário médio de outras profissões”, afirma.

Plano nacional

O Ministério da Educação (MEC) deve lançar nos próximos dias uma política nacional de formação de professores, já articulada à Base Nacional Comum Curricular, que vai focar na valorização dos profissionais. Segundo o MEC, está em estudo a ampliação das oportunidades das licenciaturas para a nova geração de docentes da educação básica e também para os que já estão em sala de aula.

Para o MEC, a valorização do professor é fundamental para a educação. “Existe a clareza de que o professor tem um papel central no desenvolvimento educacional de nossos estudantes e de que, para exercer essa profissão, ele precisa ser valorizado em todas as suas dimensões”, diz o ministério, em nota.

Especializada em produtos fast food, a McDonald's divulgou um processo seletivo de estagiários que tem tudo para agradar os amantes de jogos eletrônicos. A empresa utilizará dinâmica de games para escolher os candidatos por meio de um desafio online.

Segundo a rede, os participantes passarão por um desafio virtual que será revelado durante a seleção. Depois disso, receberão uma pontuação que servirá para posicioná-los no ranking da seletiva; os melhores colocados participarão de uma conversa via vídeo que definirá os finalistas.

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Quem se classificar como finalista também passará por um desafio presencial acompanhado por gestores da McDonald's. Os candidatos devem ter previsão de formação entre dezembro de 2018 e dezembro de 2019 e os cursos exigidos são os seguintes: direito, administração, engenharia, relações internacionais, tecnologia da informação e arquitetura. 

Os aprovados deverão atuar, por pelo menos dois anos, em escritórios da McDonald's localizados no Estado de São Paulo. É importante que os selecionados tenham o idioma inglês no nível intermediário, além de disponibilidade para começar o estágio já neste mês de outubro. 

As inscrições devem ser feitas pela internet até 17 de setembro, sem a necessidade de taxa de participação. De acordo com a rede, as remunerações para os aprovados custam R$ 1.500, bem como há R$ 275 de ticket restaurante e mais R$ 600 de transporte ou estacionamento, entre outros benefícios. No site do processo seletivo, você confere em quais setores da empresa os estágios serão realizados, além de outras informações sobre o estágio.     

Sustentado por uma aliança de 14 partidos, o presidente Michel Temer completa nesta sexta-feira, 12, um ano no governo, à procura de uma marca para sua gestão. Com apoio no Congresso, mas anemia nas pesquisas que medem a popularidade, Temer enfrenta o desafio de atravessar as investigações da Lava Jato sem perder os principais nomes da equipe, além de reduzir o desemprego e de reformar a Previdência.

Avalista de uma agenda polêmica, que tem como prioridade mudanças na aposentadoria e na lei trabalhista, o presidente encomendou programas para dar uma cara mais social ao governo. Desde o impeachment de Dilma Rousseff, Temer tenta convencer a população de que está no rumo certo para debelar a crise. A estratégia inclui o PMDB, que promove pesquisas para detectar as aflições da sociedade e traçar o perfil ideal de um candidato ao Palácio do Planalto, em 2018.

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"Todos os partidos tradicionais terão grande perda nas próximas eleições", disse ao Estado o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. Para ele, apesar das dificuldades, Temer conseguiu recuperar a confiança do mercado. "Pegamos a maior crise econômica da história. Logo que o desemprego estiver em queda, a partir do terceiro trimestre, haverá o reconhecimento do acerto do governo."

Delações

Padilha é um dos oito ministros que aparecem nas delações da Odebrecht. Comanda a articulação política e os principais programas passam por seu crivo. Quando o assunto é Lava Jato, porém, ele adota o silêncio. Pela linha de corte estabelecida por Temer, ministros denunciados pelo Ministério Público serão afastados e, se virarem réus, demitidos. A saída foi planejada levando em conta a tradicional morosidade da Justiça.

Na atual composição da equipe, 20 dos 28 titulares vieram do Legislativo. Apesar de ter maioria no Congresso, o Planalto teme novas traições e orientou os partidos aliados a enquadrarem suas bancadas, fechando questão a favor da reforma da Previdência. A lista deverá ser puxada pelo PMDB, mesmo com a contrariedade do líder do partido no Senado, Renan Calheiros (AL). "É possível fazer a atualização de leis sem que haja imposição do capitalismo selvagem", disse ele. "Nós caminhamos para uma convulsão social e queremos novas eleições", afirmou a líder do PT no Senado, Gleisi Hoffmann (PR).

Os protestos, porém, não abalam o governo. Se antes o processo no Tribunal Superior Eleitoral que pede a cassação da chapa Dilma-Temer era motivo de preocupação, hoje não parece mais representar ameaça ao presidente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Daniel (nome fictício), de 13 anos, estudava desde o 1.º ano do ensino fundamental na mesma escola e tinha muitos amigos. No ano passado, mudou o comportamento e passou a rejeitar o colégio. Chegou a faltar um mês inteiro e dizia para os pais que preferia morrer a ir para lá. A família procurou a escola quando descobriu que ele estava sofrendo bullying, mas não teve apoio. Insatisfeitos com a condução, os pais decidiram mudá-lo de colégio.

Há um ano, uma lei federal determinou que todas as escolas tenham ações contra esse tipo de violência. Mas pais e especialistas continuam relatando que muitas não adotam medidas efetivas de combate. A discussão do tema ganhou força na última semana com a repercussão da série da Netflix 13 Reasons Why, que trata de bullying e suicídio em uma escola americana.

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A escola em que Daniel estudava disse não saber que ele sofria bullying. "Falei com a direção para entender, mas disseram que não tinha acontecido nada, que nunca viram nada. Era uma turma com 11 alunos, como não sabiam que meu filho estava sofrendo?", pergunta a mãe, uma enfermeira de 39 anos que pediu para não ser identificada.

Para a psicóloga Luciana Zobel Lapa, pesquisadora da Universidade Estadual Paulista (Unesp), ainda falta formação aos profissionais nas escolas. A violência costuma ser velada - longe do alcance dos professores. "Por isso, é preciso um olhar atento às pistas que os alunos dão." Segundo Luciana, para prevenir é preciso compreender todos os envolvidos nas agressões. "O autor, que não tem sensibilidade moral e não se incomoda com a dor do outro, e o alvo, que possui imagem rebaixada de si mesmo e se vê como merecedor da agressão. E também os espectadores, que não se posicionam por medo de serem vítimas ou que carecem de sensibilidade moral."

Ações - A orientadora educacional do ensino fundamental Ana Claudia Esteves Correa, do colégio Stance Dual, na Bela Vista, região central de São Paulo, conta que a escola criou grupos antibullying entre os próprios alunos do 6º ao 9º anos. "Eles são preparados para interferir nas situações de bullying. Isso tem dado muito certo, porque eles chegam mais perto do problema do que um adulto, já que o bullying é muito sutil", afirma. A especialista diz ainda que há uma forte formação do professor nesse sentido. A escola determina que se avalie como os estudantes fazem os trabalhos em grupo.

No Equipe, em Higienópolis, atividades de lazer têm como objetivo unir os estudantes. "Temos procurado fazer um trabalho de convivência, de criar situações em que as crianças interajam entre si", diz a diretora Luciana Fevorini.

Gabriel (nome fictício), de 15 anos, começou a sofrer bullying quando mudou de escola, no 8º ano do ensino fundamental. "Ele nunca havia tido problema, mas começou a ficar muito quieto em casa e a dizer que não queria ir para escola. Achei que era uma fase de adaptação, mas a situação piorou", conta a mãe, advogada de 40 anos, que também pediu anonimato.

Como Gabriel não contava o que acontecia a mãe decidiu transferi-lo para outra unidade. "Os meninos das duas unidades se conheciam e criaram um grupo no WhatsApp para xingá-lo.

Tiravam sarro por ele ser muito tímido e não gostar de futebol", diz a mãe, que em 2016 foi mais de dez vezes à escola. Segundo ela, a direção não tomou medidas para ajudá-lo e dizia que era "fase de adolescente". "O coordenador o chamou para uma conversa e foi muito agressivo. Deu a entender que ele não tinha inteligência emocional para superar a situação." A mãe, então, buscou ajuda médica. "Ele achava que merecia os xingamentos, que era tudo aquilo que diziam." Neste ano, Gabriel foi para o Colégio Santa Maria. "Ainda faz terapia, mas está muito melhor."

Responsabilidade - Segundo Ana Paula Lazzareschi, advogada especialista no tema, as escolas devem ter trabalho de socialização e podem sim ser responsabilizadas por bullying. "Não adianta fazer um trabalho genérico, dar uma cartilha pronta aos alunos".

Perseguição - Aos 12 anos, Larissa (nome fictício) ficará ao menos 30 dias fora da escola por determinação médica. Após sofrer bullying em três colégios de Belo Horizonte ao longo de três anos, ela está em tratamento psiquiátrico e toma remédios contra depressão. Negra e adotada, adorava ir às aulas, até ser alvo de agressões físicas e psicológica de colegas.

"Era uma das poucas negras do colégio, mas nunca a incomodou. Os colegas nunca haviam dito ou a tratado diferente, apesar de olhares tortos que percebia de alguns pais. Mas, quando fez 9 anos, os apelidos e provocações com sua pele e cabelo começaram", conta a aposentada Lúcia Helena, de 51 anos, mãe da menina. Após perseguições em duas escolas, foi para um colégio religioso, onde tudo piorou, segundo relato da mãe. "A escola não soube recepcioná-la, e ela foi excluída dos grupos."

A menina sofria ofensas raciais e a direção dizia que ela entendia errado as "brincadeiras". Em novembro, foi ofendida por uma menina e revidou com um tapa. A direção quis suspendê-la por entender que ela era a agressora. Desistiu, mas o episódio abalou Larissa, que passou a dizer que preferia morrer a voltar à aula. Em depressão, perdeu as provas finais e a recuperação. Foi reprovada, apesar das boas notas no restante do ano.

"Tentei explicar que ela não tinha condições de fazer as provas, que estava sob efeito de remédios fortíssimos, mas a escola foi irredutível", diz. A mãe recorreu à Justiça para reverter a reprovação, sem sucesso. Agora tenta ação criminal. A menina está matriculada em outro colégio, para onde vai após se recuperar.

"Ela não quer sair de casa nem conversar, desenvolveu fobia de escola. O dano é tão grave que os médicos me recomendaram não deixá-la sozinha, vigiar o que faz e evitar deixar facas e remédios ao seu alcance", conta Lúcia. "A gente se culpa por não ter entendido a gravidade do problema antes, por não ter exigido da escola uma ação."

Em nota, o colégio disse que adotou ações em conformidade com "o regimento escolar" e que se pauta pelo caráter cristão.

Só um neófito em política não enxergaria que as andanças do governador Paulo Câmara (PSB) pelo Interior, tendo como pano de fundo os seminários “Pernambuco em ação”, já cumprido em três regiões – Pajeú, Itaparica e Moxotó, todas no Sertão – se reveste de uma modelagem disfarçada de campanha. Câmara é candidatíssimo à reeleição.

Mas para ficar bem na foto, ofuscada pela onda de violência que se abate no Estado, Câmara terá, obrigatoriamente, que trabalhar para reverter seu crescimento. Não é fácil. Falando por onde passou, o governador afirmou que segurança pública era o desafio de todos os gestores estaduais, não exclusividade de Pernambuco. Reconheceu, entretanto, que a criminalidade cresceu.

E para isso, terá que investir muito mais em segurança pública. No balanço que apresentou às lideranças interioranas, o secretário de Planejamento, Márcio Stefanni, revelou que o volume de recursos aplicados em segurança pública representam hoje 13,5% da arrecadação estadual. “É a segunda área de maior investimento, perdendo apenas para educação”, enfatizou.

Para se viabilizar, Câmara tem que trabalhar, também, outra vertente: água. O Estado enfrenta uma das piores secas da sua história e aonde a água chegar, seja por meio de adutoras ou poços, a imagem do Governo tende a dar um salto. Segundo o presidente da Compesa, Roberto Tavares, Pernambuco é um dos estados que mais investem em adutoras.

Duas delas – a do Moxotó, que vai suprir Arcoverde, e a do Agreste, que resolve o desabastecimento de Caruaru e mais dez municípios em seu entorno, dependem não apenas de recursos e boa vontade do Estado, mas da Transposição do São Francisco. Como o cronograma do eixo que já jogou águas nos canais de Pernambuco está bem avançado, é possível que esse grande contingente humano, num raio que vai de Arcoverde a Caruaru, passando por mais de 40 localidades, possa ter água nas torneiras mais breve do que imaginava.

A soma, portanto, da redução da criminalidade com água em abundância abre um horizonte para o governador construir a sua reeleição. Vai dar certo? Paulo e seus assessores mais imediatos dizem que resultado em segurança pública não é como uma obra, que tem início, meio, fim e é comemorada com a sua inauguração. Depende, segundo eles, de muitos fatores. É esperar para ver.

DESMORALIZADO – A reeleição do presidente da União dos Vereadores de Pernambuco (UVP), Josinaldo Barbosa (PTB), sepulta de vez o grupo do ex-presidente Biu Farias, ex-vereador em Surubim, e do prefeito de Triunfo, João Batista (PR). A derrota avassaladora, por 310 votos de diferença, aponta, mais do que isso, que nenhum deles exerce mais influência junto à categoria. Biu Farias nem tanto, mas João Batista botou a cara na campanha de André Valença, adversário de Josinaldo, deixando suas obrigações em Triunfo, como gestor, para cabalar votos em Bonito, no Agreste, onde foi realizada a eleição da UVP. Saiu de lá desmoralizado.

Sai federal – Quadro jovem que se encaixa ao perfil do projeto de renovação da política estadual, o deputado estadual Lucas Ramos (PSB) já comunicou ao governador Paulo Câmara (PSB) que será candidato a deputado federal nas eleições de 2018. Lucas tende a ocupar o vácuo que será aberto no Sertão do São Francisco, sua base principal, com a desistência da reeleição do deputado Adalberto Cavalcanti (PTB), que disputará um mandato para Assembleia Legislativa. Jeitoso e habilidoso, Lucas está pavimentando o salto federal com a adesão ao seu projeto de novas lideranças entre o Agreste e o Sertão.

Recursos para Sertânia – Presente ao seminário do Moxotó, sábado passado em Arcoverde, o prefeito de Sertânia, Ângelo Ferreira (PSB), saiu de lá satisfeito. Conseguiu R$ 1 milhão para adequar à estrutura da Compesa a nova realidade da Transposição do Rio São Francisco. Ganhou ainda os sistemas de abastecimento de Rio da Barra, povoado de Valdemar Siqueira e em Albuquerque Né, além das comunidades que estão em um raio de 5 km do canal. “Vamos conseguir também o recapeamento da PE-265, que o governador já autorizou fazer o projeto. O Governo do Estado tem um olhar especial para o Moxotó”, afirmou.

Temer sofre pressão – Depois de forte reação de deputados, o presidente Michel Temer foi aconselhado a sancionar o projeto da terceirização aprovado pela Câmara. Deputados da base aliada foram ao Palácio do Planalto e alertaram que sofreram desgaste ao votar a medida e que o Senado não poderia agora aprovar outro projeto mais restrito sobre o tema. A reação se deu depois que o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), afirmou que os senadores irão votar nos próximos dias um projeto mais recente sobre o tema. Inicialmente, Temer iria aproveitar os dois projetos aprovados para realizar vetos sobre a terceirização, mas agora deve sancionar o texto da Câmara.

Articulação foi de Madalena – Das três plenárias que participou entre quinta-feira e sábado passados, dentro do roteiro dos seminários “Pernambuco em ação”, a de Arcoverde, como polo do Sertão do Moxotó, foi, disparado, a maior. Aliados experientes em eventos semelhantes arriscam num público em torno de duas mil pessoas. O sucesso é atribuído ao poder de articulação da prefeita Madalena Brito (PTB), que se empenhou e trabalhou com afinco a semana inteira, mobilizando prefeitos, vereadores e representantes das diversas entidades representativas da sociedade civil.

CURTAS

DEFESA – A defesa do presidente Michel Temer entregou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) as alegações finais do peemedebista no processo que pede a cassação da chapa Dilma-Temer. Nos últimos argumentos, a defesa de Temer, coordenada pelo advogado Gustavo Guedes, pede ao tribunal que as contas da campanha de Temer sejam separadas das de Dilma e que sejam anulados os depoimentos da Odebrecht.

TUCANO – Na volta do exterior, onde faz um curso de especialização em gestão pública, o ex-prefeito de Petrolina, Julio Lóssio (PMDB), anuncia sua desfiliação do PMDB. Está fortemente inclinado a virar tucano, mas o PSDB no município é controlado pelo deputado Guilherme Coelho, com quem leva uma relação entre tapas e beijos.

Perguntar não ofende: Temer escapa das garras do TSE no processo de contas da campanha com Dilma?

No seu pronunciamento, nesta terça (27), durante a autorização para o início das obras da segunda fase da II Perimetral Metropolitana-Via Metropolitana Norte/Fragoso (VMN), em Olinda, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), declarou que 2017 será um ano de muitos desafios. “Tenho certeza que a gente vai começar 2017 ainda mais preparado com os desafios que estão por vir e ainda mais determinados em buscar superar os desafios. Fazer com que Pernambuco venha a melhorar a qualidade de vida do seu povo”, disse durante a solenidade realizada no Palácio do Campo das Princesas. 

O governador também pontuou a necessidade de parcerias para o Brasil voltar a gerar emprego e renda. “Como o ministro Bruno Araújo disse, o momento brasileiro exige pé no chão e parcerias com o esforço federal, estadual e com os municípios. Só assim, a gente vai conseguir fazer o Brasil sair desse contexto e voltar a gerar emprego, renda e caminhos que possam fazer com que a população melhore a qualidade de vida. Eu vou continuar governando Pernambuco dessa forma: buscando as parcerias, cobrando recursos e buscando, a partir disso, oportunidades de dar boas notícias ao povo pernambucano como estamos fazendo hoje com a presença de todos vocês”, declarou.

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Câmara ainda disse que 2016 foi um ano de muitas dificuldades. “Mas o trabalho dos pernambucanos possibilitou chegar aqui com a certeza de que estamos no caminho certo. Um caminho em favor do nosso estado. A gente vai estar junto, em breve, anunciando outras ações em favor das comunidades, das cidades e da melhoria da qualidade de vida do povo”.

VMN

O primeiro trecho desta segunda parte do projeto compreende a construção de um viaduto sobre a rodovia da PE-15 e a implantação de 1,4 quilômetros de vias ao longo do Canal do Fragoso. A partir dessa obra, a região terá um ganho na mobilidade urbana.  

“O anúncio que foi feito aqui é muito importante. É uma obra de muita complexidade, mas que foi muito bem pensada. Um projeto ainda do governo de Eduardo, que olhava realmente o futuro. É esse esforço que todos nós devemos fazer olhar as cidades não apenas a curto prazo. Temos que olhar as cidades sempre pensando no futuro, pensando nas novas gerações e é com essa forma de pensar e com esse planejamento que a gente tem buscado no dia a dia do nosso governo estar sempre presente”, finalizou o socialista.

A Universidade da Amazônia (Unama) realizou a abertura oficial do I Congresso Brasileiro de Gestão. A solenidade ocorreu na quinta-feira (10), no campus BR, localizado na cidade de Ananindeua, Região Metropolitana de Belém. O congresso será realizado até o próximo sábado (12).

A vice-reitora da Unama, Maria Betânia Fidalgo, presidiu a mesa oficial e proferiu um discurso em que destacou a importância de Congresso de Gestão para que os profissionais estejam preparados para as adversidades do mercado. “Um gestor sempre encontra muitos obstáculos no meio do caminho e saibam que cada obstáculo terá uma recompensa. Quero que saiam daqui prontos para superar cada obstáculo”, destacou a vice-reitora.

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Na ocasião, foi realizada a entrega da comenda Unama, que foi criada em 27 de outubro de 2015 e é concedida a instituições e personalidades nacionais e estrangeiras que se destacam no campo educacional ou prestam relevantes serviços em prol da ciência e da tecnologia, do desenvolvimento econômico e social, do esporte ou da cultura brasileira.

A primeira agraciada foi a psicóloga organizacional Nara Abdon D’ Oliveira, que é diretora do grupo Gestor Consultoria. Ela foi graduada pela Universidade da Amazônia, em 1994; o segundo agraciado foi o presidente do Sindicato das Indústrias do Estado do Pará (Simineral), José Fernando Gomes Júnior; o terceiro agraciado da noite foi o presidente do Grupo Mônaco, Armindo Dociteu Denardin; o quarto agraciado foi o presidente da Associação Comercial do Pará (ACP) e diretor presidente da Parabucano Corretora de Seguros, Fábio Lúcio de Souza Costa.

O presidente da ACP, Fábio Lúcio de Souza Costa, também foi quem realizou a primeira conferencia do I Congresso de Gestão, cujo tema foi “Liderança e Superação: O diferencial no Sucesso Profissional”. O diretor do Centro de Ciências Humanas e Sociais da Universidade da Amazônia, professor Mário Tito, foi o presidente da mesa de conferência. 

Por Louise Bandeira.

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O resultado do 2º turno, com apenas uma mulher eleita, reforça a tese de que a participação feminina na política ainda é mínima. Dos 114 candidatos às prefeituras com a disputa definida em dois turnos, 5,3% eram mulheres. A única delas a conquistar o pleito foi a tucana Raquel Lyra (PSDB) que o município de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, até 2020. A ela somam-se outras 638 que venceram no 1º turno. O número, entretanto, é quase oito vezes menor do que o total de prefeitos eleitos: 4.914. 

Para a presidente nacional do PSDB Mulher, Solange Jurema, a disparidade é resultado de um contexto social que responsabiliza a mulher por atividades domésticas e não as oferece suporte de participação política.

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“A atuação das mulheres na política é muito difícil, essa é a verdade. E isso ocorre por vários motivos. Primeiro porque que o tempo das mulheres é muito reduzido. As atividades dentro de casa ainda são, em sua maioria, exercidas pelas mulheres, que se responsabilizam pela família. Com isso, não sobra muito tempo para exercer a política. Além disso, a gente não tem equipamentos públicos suficientes que deem suporte para essas mulheres, como creches e escolas em tempo integral”, argumentou.

Tal necessidade é latente em todos os municípios e impede não apenas a participação da mulher na política, como também o retorno de muitas ao mercado de trabalho. “Sei que sou referência e preciso sim trazer oportunidades para que mulheres possam entrar no mercado de trabalho. Isso tem no meu programa de governo, vamos instalar creches para que as mães deixem seus filhos e retomem seus lugares no mercado, tenha vontade de sair de casa e ir à luta”, comprometeu-se a prefeita eleita, Raquel Lyra. 

Sob a análise dela, somente a partir daí outras mulheres vão integrar o campo político-eleitoral. “A política é uma discussão maior e nós vamos tentar proporcionar isso [em Caruaru]. Elas só vão sair de casa se e ser candidatas quando tiverem políticas públicas”, acrescentou. 

Este ano, no Brasil 2.124 mil mulheres se candidataram ao comando das prefeituras. Delas 97 estavam concorrendo ao cargo em Pernambuco. Contudo, o número, muitas vezes, é utilizado apenas para cumprir a legislação que determina a reserva mínima de 30% para um dos dois sexos. De 2009, o pleito municipal deste ano foi o segundo com a lei em vigor. 

Enforcar-se e perder os sentidos, atear fogo na própria mão, segurar uma pedra de gelo até ter queimaduras na pele. Esses são alguns dos "desafios" difundidos em canais na internet e redes sociais que são reproduzidos por adolescentes. O primeiro, conhecido como "jogo da asfixia", causou a morte de um adolescente de 13 anos em São Vicente, no fim de semana passado, e é alvo de preocupação de pais e educadores, que tentam evitar que mais jovens coloquem a vida em risco.

Durante a adolescência, um estudante de 23 anos, que preferiu não se identificar, participava de brincadeiras que o levavam ao desmaio. Há dois meses, em uma roda de amigos, repetiu a prática. "A gente estava bebendo e entrou nesse assunto. Eu mesmo fiz, porque falei que já tinha feito quando era mais novo. Não sei quanto tempo fiquei segurando o meu pescoço." O jovem diz que foi amparado pelos amigos e que não teve problemas após o jogo.

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Ele conta que já gravou vídeos participando de desafios e postou na internet, mas resolveu parar. "Já pinguei limão no olho e segurei sal com gelo. Existe uma adrenalina de se autodesafiar e de saber que você consegue. O problema é que, quando mais você faz, mais as pessoas te desafiam."

Há um ano, um estudante de 12 anos começou a praticar os desafios. Ele não fez o da asfixia, mas já colocou álcool em gel e ateou fogo na mão e segurou uma pedra de gelo com sal. "Eu sinto euforia. Meus amigos começam a me parabenizar. Gosto de me arriscar."

Professor de Psiquiatria da Universidade Santo Amaro e membro consultivo da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), Kalil Duailibi diz que é mais difícil para pais notarem a prática de desafios, como o "jogo da asfixia", porque eles não costumam deixar vestígios.

Duailibi afirma que um tripé leva os adolescentes a entrar em situações de risco para vencer competições. "O adolescente quer transgredir regras, tem o pensamento mágico de que nada de ruim vai acontecer e sente a necessidade de fazer parte de grupos."

Fundador do Instituto DimiCuida, Demétrio Jereissati, de 57 anos, perdeu um filho em 2014. O jovem de 16 anos se enforcou com um cinto ao participar do desafio. "Todo dia aumenta o número de desafios. Em 2010, eram 500 vídeos do jogo do desmaio. Agora, são 19 mil. Precisamos acabar com essa prática."

Campanha

Na última quinta, a Associação Rolezinho A Voz do Brasil lançou a campanha "Diga não ao desafio que desafia sua vida". "Não podemos deixar o jovem se automutilar. Temos de mostrar que isso mata de verdade", diz Darlan Mendes, presidente da associação.

Diretora do Colégio Branca Alves de Lima, na zona norte, Vânia Lira diz que a escola tem importante papel na orientação dos jovens. "A educação pode estar ligada à tecnologia. Para isso, fazemos palestras e conversamos com pais e alunos." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Diante da conjuntura econômica nacional, o governador Paulo Câmara (PSB) afirmou, nesta quinta-feira (26), que um dos desafios do novo secretário da Fazenda, Marcelo Barros, será encontrar uma maneira de ampliar as receitas do estado sem aumentar as alíquotas e, desta forma, “preparar Pernambuco para o [cenário] pós-crise”.  

Durante a cerimônia de posse dos novos auxiliares, que contou com a participação expressiva de deputados estaduais inclusive de partidos não aliados, o pessebista também chamou a atenção dos demais membros da equipe para estarem “coesos em favor do estado”. Além de Barros, também foram empossados os novos secretários do Planejamento, Márcio Stefanni; e da Micro e Pequena Empresa, Trabalho e Qualificação, Alexandre Valença.

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“Acreditamos, de pé no chão, que Pernambuco e seu povo é maior do que qualquer crise. Falo isso porque em momentos como este [de mudança da equipe] as reflexões dos desafios são enormes”, frisou. “Estes secretários têm a responsabilidade de continuar o trabalho dos seus antecessores e continuar agregando valor a nossa equipe. Temos muita coisa para tirar do papel”, acrescentou. 

Sobre ações de efeito imediato para ampliar a receita do estado, Paulo Câmara destacou que Marcelo Barros vai precisar “olhar segmento por segmento e ver se há oportunidades de melhorar a receita”. “Não cabe neste momento aumentar alíquotas”, sentenciou. 

Destacando a “má condução” da economia nacional, o secretário da Fazenda pontuou o “equilíbrio fiscal dinâmico” de Pernambuco e disse que espera trazer bons resultados para o estado. “Sei do enorme desafio de que terei pela frente, mas com muito diálogo vamos superar o cenário do país. Estamos vivenciando uma recessão econômica grande, mas Pernambuco é um estado com vocação para crescer, infelizmente precisamos pegar um atalho devido à má condução da conjuntura nacional”, observou.

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Estratégia de mudança

A alteração dos membros da equipe do Governo de Pernambuco é resultado do rompimento do PSB com o DEM e o PSDB, além do desejo de Paulo Câmara de dar um semblante mais próprio a gestão. Indagado pela imprensa, após a cerimônia, sobre quais foram os critérios de escolha dos novos secretários, o socialista destacou a técnica e a relação política. 

“A gente escolhe os secretários verificando a capacidade técnica e de atuar nessas áreas. Eles precisam estar determinados e motivados, conscientes de que nós temos uma forma de governar. Os três estão convictos de que esta forma de governar é a adequada e estão determinados em cumprir suas tarefas”, observou. “Tem também a confiança política, de todos eles. Ao saber que esta função exige não apenas conhecimento técnico, mas também habilidade política para atender os anseios da população”, acrescentou.

Já sobre os cargos deixados por tucanos e democratas no segundo escalão, Câmara disse que “até amanhã no máximo” os nomes serão anunciados.

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