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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou há pouco que a divulgação dos resultados da apuração do primeiro turno está atrasada devido a um problema técnico. Segundo o tribunal, uma lentidão no processo de totalização dos votos está causando demora na disponibilização das informações. 

O TSE informou que os dados da votação estão sendo recebidos normalmente dos tribunais regionais eleitorais, mas a soma dos resultados está “mais lenta que o previsto”. Técnicos do tribunal estão trabalhando para resolver o problema e acelerar o processo de divulgação. 

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A Corte também esclareceu a lentidão não tem relação com a tentativa de ataque cibernético confirmado mais cedo pelo presidente, ministro Luís Roberto Barroso. 

A votação foi encerrada em todo o país às 19h.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou, pelo Twitter, que não está "à altura de um presidente de Banco de um país sério" a atitude do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, de divulgar à imprensa conversa particular que tiveram nesta quarta-feira (28). Escreveu Maia: "a atitude do presidente do Banco Central de ter vazado para a imprensa uma conversa particular que tivemos ontem não está à altura de um presidente de Banco de um país sério".

Conforme mostrou o Broadcast Político/Estadão, nesta quarta-feira o presidente do Banco Central havia procurado o presidente da Câmara para tratar da crise política que ameaça o andamento das reformas no Congresso. Desde o dia 6 de outubro não são realizadas votações na Casa. O motivo é a obstrução feita pelos partidos da base do governo para tentar emplacar um nome alinhado ao líder do PP na Casa, deputado Arthur Lira (AL), na presidência da Comissão Mista de Orçamento.

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A oposição também segura os trabalhos para tentar colocar em pauta a medida provisória que prorroga o auxílio emergencial pelo valor de R$ 300. Maia criticou, em conversa com jornalistas, a articulação da base do governo.

O Ministério Público do Rio de Janeiro deu um parecer favorável a manutenção da decisão da 33ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que proibiu a TV Globo de exibir qualquer documento ou peça do processo sobre o esquema de rachadinhas no gabinete do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) na época que ele era deputado estadual. 

O processo corre na Justiça em supersigilo. O parecer do MP beneficia ainda mais o filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que não terá - segundo essas determinações - os atos de corrupção que é suspeito divulgados na mídia. 

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Segundo a Veja, a procuradora de Justiça Heloisa Maria Alcofra Miguel foi quem assinou o parecer favorável ao senador. "No caso, busca-se resguardar o interesse público de que a investigação seja feita de forma escorreita, célere e imparcial para que ao final se possa conhecer a realidade dos fatos e aplicar as sanções cabíveis aos autores das práticas ilícitas", diz a procuradora em seu parecer.

Essa já é a terceira derrota da Globo. No dia 16 de setembro, a 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio negou o recurso apresentado pela emissora, que pedia a suspensão da determinação da 33ª Vara Cível do TJ-RJ.

Não satisfeita, a Globo acionou o Supremo Tribunal Federal contra a decisão. Nesta última segunda-feira (19), o ministro Ricardo Lewandowski negou o recurso. 

Sem data marcada, agora caberá a três desembargadores do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro devem definir se proibirá definitivamente ou não a veiculação dos documentos das rachadinhas.

“Ela faz o marketing dela”, a frase que viralizou com influenciadores digitais e internautas nas redes sociais, parece ter sido feita para Anitta. A poderosa realmente faz tudo, inclusive o próprio marketing. Perto de lançar mais uma música em parceria com outros artistas, Anitta agitou as redes sociais no final da manhã desta terça-feira (25) com um pedido para os fãs.

A cantora pediu para os seus seguidores a definirem usando apenas quatro palavras. “Como descrever a Anitta (eu) em 4 palavras?”. Deixa aí nos comentários que sexta-feira eu te dou a resposta certa em #TaComPapato”, escreveu ela.

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A proposta lançada por ela nas suas redes sociais é para fazer a divulgação da nova música, que sai na sexta-feira com o DJ e produtor musical carioca Papatinho, para o primeiro álbum do artista, intitulado "Workalolic". A música ainda traz a parceria com os rappers cariocas BIN e Dfideliz.

Nos comentários, a missão dada pela cantora não foi difícil para os fãs que foram só elogios à artista. "Generosa, autêntica, determinada e afetuosa", respondeu a amiga da cantora, a advoga e comentarista da CNN Brasil Gabriela Prioli. Um fã da cantora brincou com as últimas alfinetadas de Anitta no presidente Jair Bolsonaro e escreveu que ela é "O Terror De Brasília".

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Após registrar números recordes de mortes pela Covid-19, o governo do Distrito Federal decidiu alterar a forma de divulgar boletins sobre o novo coronavírus. A partir desta quinta-feira (20) serão apresentados dados detalhados apenas de óbitos que ocorreram no dia. O objetivo é deixar de somar vítimas de outras datas, mas que só tiveram a confirmação da causa da morte nas últimas 24 horas.

A medida foi anunciada pelo secretário de Saúde do DF, Francisco Araújo, na quarta-feira. Ele afirmou que a população estava "desassossegada" com os números atuais. Nesta quarta-feira, por exemplo, o governo local confirmou 51 mortes, sendo oito ocorridas nas últimas 24 horas.

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"Vamos fugir dessa metodologia que o País inteiro está usando, porque não está funcionando", disse Araújo em entrevista à imprensa. A decisão do Distrito Federal ocorre dias após o recorde de 66 mortes confirmadas em 24 horas, registrado na segunda-feira (17).

O secretário afirma que as mortes mais antigas serão somadas a tabelas que mostram o total de vítimas durante a pandemia.

Com a mudança, o Distrito Federal coloca em prática um desejo o presidente Jair Bolsonaro e do ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, que foi barrado por pressão do Congresso e uma decisão do Supremo Tribunal Federal.

O governo federal tentou, no começo de junho, mudar a forma de divulgar dados. A ideia era a mesma do Distrito Federal: retirar do foco a soma de mortes do dia com aquelas de datas passadas.

Além de atrasar a divulgação dos boletins, o ministério chegou a retirar do ar o painel de informações sobre a Covid-19. Em 5 de junho, Bolsonaro comemorou: "Acabou matéria no Jornal Nacional."

O número de mortes do dia com a Covid-19 como causa confirmada também é pouco fiel ao cenário da doença, pois há vítimas que levam até semanas para receber o diagnóstico correto. O ministério, por exemplo, somou 1.212 mortes às estatísticas na quarta-feira, 19, sendo apenas 279 de vítimas do dia. Porém, há outros 3.173 óbitos em investigação.

Após as reações negativas, o governo Bolsonaro recuou e voltou a apresentar os dados agregados. Como resposta à tentativa de restringir dados, consórcio formado pelo jornal O Estado de S. Paulo, O Globo, Extra, G1, Folha de S.Pauloe UOL passaram a divulgar diariamente boletim próprio sobre a covid-19, em trabalho conjunto.

Em 29 de junho, o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), disse ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) que abriria bares, restaurantes, escolas e outras atividades, "sem restrições", até o começo de agosto.

Na mesma entrevista, que antecedeu a retomada de atividades em pleno avanço da doença, o governador minimizou o impacto sobre os serviços de saúde: "Vai lotar nada. Vai ser tratado como uma gripe, como isso deveria ter sido tratado desde o início."

À época havia 47.701 casos e 559 mortos pela doença. Segundo boletim da quarta do ministério, há 141.762 casos acumulados e 2.148 mortos.

O ministério mostrou, na quarta-feira, que o Distrito Federal está entre as 9 unidades da federação com aumento de mortos registrados na semana que se encerrou em 15 de agosto sobre a anterior. Para evitar avanço ainda maior da doença, Ibaneis decidiu recuar da reabertura de escolas públicas.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulga, nesta quarta-feira (1º), às 11h, em coletiva de imprensa, o resultado da enquete sobre as novas datas de realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020. 

O anúncio será feito pelos secretário-executivo do Ministério da Educação (MEC), Antonio Paulo Vogel, e o presidente do Inep, Alexandre Lopes. Na oportunidade, também serão apresentadas informações sobre o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade).

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Desde o início da pandemia que estudantes e pessoas públicas começaram uma campanha na internet para que fosse realizado o adiamento da prova do Enem 2020 que, inicialmente, seria aplicada em novembro deste ano. Por ordem judicial e em razão da suspensão de aulas, o Exame foi adiado.

Com isso, uma enquete foi proposta pelo então ministro da Educação, Abraham Weintraub, na qual participantes do Enem 2020 votaram para decidir a nova data para realização do Exame. O prazo para participar da enquete terminou nesta terça-feira (30).

Aproveitando que o ex-ministro Sergio Moro está sem foro privilegiado, o Partido dos Trabalhadores (PT) resolveu denunciá-lo por interceptação sem autorização judicial. O pedido de abertura de processo surge após quatro anos e três meses da divulgação da conversa entre a então presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula, feita pelo ex-juiz federal. 

A conversa foi divulgada em 16 de março de 2016, revelando a possibilidade de Lula se tornar ministro do governo Dilma e ganhar foro privilegiado. A notícia-crime foi aberta pelo secretário-geral do partido, o deputado federal Paulo Teixeira (SP), no Ministério Público do Paraná. O pedido é para que seja aberta uma ação penal para responsabilizar o ex-ministro de Jair Bolsonaro pelo vazamento da conversa. 

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A notícia-crime foi assinada por mais cinco advogados, entre eles Eugênio Aragão, procurador aposentado e ministro da Justiça do governo Dilma. Na tese apresentada, o partido fala que o tempo mostrou a intenção de Moro ao divulgar a conversa. Segundo o documento, o ex-juiz agiu ciente do descumprimento da lei para prejudicar o núcleo do PT. 

Segundo o documento enviado ao MP-PR, “as ações de Moro resultaram no agravamento da instabilidade na política do país, devido ao modo como foi divulgado e a interpretação que foi dada pelos investigadores, que sugeriram tratar de uma conversa ilícita dos ex-presidentes”.

A comissão mista destinada a acompanhar a situação fiscal e a execução orçamentária e financeira das medidas relacionadas ao coronavírus ouve o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, nesta terça-feira (23). A reunião será realizada de forma virtual, a partir das 10hs. O ministro falará sobre as ações executadas pela pasta no combate à pandemia da Covid-19.

Os parlamentares devem questioná-lo sobre a sistemática de divulgação de dados da pandemia, como o número de contaminados e a totalização das vítimas da Covid-19 no Brasil, que tem sofrido atrasos e constantes modificações na sistemática, tanto que uma subcomissão foi criada para fazer uma contabilidade paralela desses dados.

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*Da Agência Câmara de Notícias

Após forte reação negativa sobre atrasos e omissões na divulgação de dados da covid-19, o Ministério da Saúde recuou e irá informar dados sobre infectados e mortos às 18h, diariamente, disse nesta segunda-feira, 8, o secretário-executivo da pasta, Elcio Franco.

A decisão ocorre após, na última semana, o Ministério da Saúde retardar, por quatro dias, para cerca de 22h a apresentação de balanços diários da pandemia, que costumavam sair por volta das 19h.

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O atraso nos dados chegou a ser comemorado pelo presidente Jair Bolsonaro. "Olha, não interessa de quem partiu (a ordem para o atraso). Acho que é justo sair dez da noite. Sair o dado completamente consolidado", afirmou na última sexta-feira, 5, em frente ao Palácio da Alvorada.

Bolsonaro também disse que "acabou a matéria no Jornal Nacional" sobre a doença, referindo-se ao telejornal da TV Globo, e cobrou que sejam divulgados apenas os números de pessoas que morreram naquele dia. Isso porque os dados apresentados pelo Ministério da Saúde incluem os óbitos que ocorreram em datas anteriores, mas só tiveram a confirmação de que a causa foi a covid-19 nas últimas 24 horas.

Como o Estadão revelou, a mudança na forma de divulgação dos dados ocorreu após Bolsonaro determinar que o número de registros ficasse abaixo de mil por dia. A solução encontrada seria divulgar apenas dados de mortes que ocorreram, de fato, durante o dia.

No informe de sexta-feira passada, o ministério ainda omitiu o número total de mortos no País desde fevereiro, quando foram registrados os primeiros casos da doença. O painel da covid-19 no site da Saúde ainda ficou fora do ar até sábado. Segundo Elcio Franco, havia "necessidade de reformulação" da página.

Partidos da oposição e a Defensoria Pública da União (DPU) chegaram a ir à Justiça para reverter o atraso e a omissão de dados sobre o novo coronavírus no País. O Ministério Público Federal abriu procedimento extrajudicial para apurar o caso.

O atraso da divulgação dos boletins sobre a Covid-19 no Brasil e o anúncio de revisão na metodologia de compilação dos dados por parte do Governo Federal têm causado polêmicas entre políticos, juristas e jornalistas. Diante disso o Tribunal de Contas da União (TCU) e do Supremo Tribunal Federal (STF) estudam determinar um horário fixo para a divulgação dos dados oficiais sobre infectados e mortos pela pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2) no país. 

Nas redes sociais, o ministro do TCU, Bruno Dantas, alegou que “cogita propor” que os tribunais de contas federais e estaduais solicitem os dados os dados sobre a Covid-19 para divulgação até às 18h, diariamente. Ele também afirma que as instituições devem atuar no sentido de superar “novas dificuldades para divulgar dados nacionais” sobre a pandemia. 

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O ministro Gilmar Mendes, do STF, apoiou o posicionamento de Bruno Dantas ao compartilhar seu texto e afirmar ainda que o dever de prestar contas sobre a Covid-19 no país se trata de uma “questão de saúde pública”. 

No que diz respeito ao Congresso Nacional, há movimentações no sentido de buscar averiguar se o governo poderia estar manipulando números. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou que irá propor à Comissão Especial que acompanha temas ligados à pandemia que realize uma contagem paralela do número de mortos, infectados e recuperados da Covid-19 no Brasil.

Randolfe também Disse que levará ao STF uma ação alegando que o governo descumpre preceitos fundamentais da Constituição Federal, exigindo transparência de dados. 

Para o deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), que é que é líder do PSB na Câmara, está claro que Bolsonaro quer alterar dados sobre a doença e mudar a percepção sobre a real situação no país.

“Bolsonaro está desesperado para manipular o número de mortos por Covid-19, que sobe aceleradamente por causa da irresponsabilidade dele. Negar a realidade é regra nesse governo", disse ele, que também pretende acionar a justiça contra o chefe do Executivo Nacional. “Nós do PSB vamos entrar no STF, representar no TCU e convocar o ministro da Saúde para prestar esclarecimentos à Câmara", afirma o deputado.

Entenda o caso

O ápice das polêmicas em torno da divulgação dos dados sobre a Covid-19 no Brasil foi a última sexta-feira (5), quando o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) determinou o atraso do boletim do Ministério da Saúde. Na ocasião, ele disparou “acabou matéria no JN”, deixando clara a intenção de impedir a divulgação dos dados no telejornal em questão. 

Bolsonaro afirmou que os dados estavam sendo divulgados há três dias cada vez mais tarde para que os números fossem mais consolidados. “Ninguém tem que correr para atender à Globo. Se ficar pronto às nove, tudo bem, mas não vai correr às seis da tarde para atender à Globo, a TV funerária”, disse ele.

Os dados foram divulgados apenas às 22h e, apesar do horário extremamente tardio, sem o número total de mortos e infectados desde o início da pandemia no país. Quando os números finalmente foram divulgados, a Rede Globo anunciou plantão e o jornalista William Bonner anunciou os dados atualizados, gerando grande movimentação nas redes sociais. 

Questionado sobre a falta de parte das informações que usualmente são repassadas nos boletins sobre a Covid-19, o Ministério da Saúde informou por meio de nota que a divulgação dos dados de 24 horas permite acompanhar a realidade do país no presente e que “ao acumular dados, além de não indicar que a maior parcela já não está com a doença, não retratam o momento do país. Outras ações estão em curso para melhorar a notificação dos casos e confirmação diagnóstica". 

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Questionado sobre o terceiro dia com atraso seguido na divulgação de mortos e infectados pela covid-19 pelo Ministério da Saúde, o presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta sexta-feira, 5, que "acabou matéria no Jornal Nacional", telejornal da TV Globo, sobre a doença.

Bolsonaro não confirmou que é dele a ordem para que os dados, antes entregues por volta das 19h, sejam apresentados apenas às 22h. "Não interessa de quem partiu (a ordem). Acho que é justa essa ideia da noite, sair o dado completamente consolidado", disse o presidente.

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A primeira divulgação às 22h ocorreu na quarta-feira, 3, quando o Brasil confirmou, em 24h, que covid-19 era a causa de 1.349 mortes que estavam sob análise, número recorde. No dia seguinte, novo recorde: 1.473.

Em declaração à imprensa em frente ao Palácio da Alvorada, Bolsonaro disse que "ninguém tem de correr para atender a Globo" e cobrou que sejam divulgados apenas os números de pessoas que morreram naquele dia.

O número de vítimas do novo coronavírus confirmadas de um dia para o outro, de fato, não significa que todas as mortes ocorreram neste período. Os dados consideram investigações de óbitos que só foram encerradas nas últimas 24h, mas podem ter ocorrido semanas antes.

Há, porém, 4.159 mortes em análise, que podem ainda aumentar a conta de vítimas da covid-19. Ou seja, o número de mortes confirmadas em cada dia cresce conforme estas análises são concluídas.

Como o Estadão revelou, informes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) enviados ao Palácio do Planalto e a ministros alertam para alta subnotificação de infectados e mortos no Brasil. "A participação do Brasil torna-se mais significativa se for considerado que o País tem 10 a 15 vezes menos testes diagnósticos realizados por milhão de habitantes que os demais (países) e, portanto, é provável que os números brasileiros estejam subestimados e sejam de maior proporção do que os apresentados", diz relatório de 12 de maio.

O dia com maior número de mortes (670) pela covid-19 no Brasil foi 12 de maio, segundo dados de quarta-feira, 3. Como a mortes em investigação, este dado ainda deve crescer.

Bolsonaro também voltou a minimizar nesta sexta-feira, 5, números da doença no País. Ele sugeriu que outras doenças são a causa real de muitas mortes.

"Tem de saber quem perdeu a vida 'do covid' ou 'com covid'. A pessoa tem 10 comorbidades, 94 anos. Tem, pegou vírus. Potencializa. Parece que esse pessoal.. Globo, Jornal Nacional, gosta de dizer que o Brasil é recordista em mortes. Falta, inclusive, seriedade. Mortes por milhões de habitantes nem se faz", disse Bolsonaro.

Conforme dados de quinta-feira, 4, o País atingiu a marca de 34.021 vidas perdidas pela covid-19, tornando-se o terceiro em número de mortos, segundo ranking da Universidade Johns Hopkins, às 19h de ontem.

O Ministério da Saúde nega atraso proposital. "Essas situações podem acontecer, porque esse processo de checagem é muito variável", disse o secretário substituto de Vigilância em Saúde, Eduardo Macário, na quinta-feira, 4.

A divulgação tem sido feita cada vez mais tarde. No começo da pandemia, ainda na gestão de Luiz Henrique Mandetta (DEM), a situação epidemiológica era apresentada diariamente em entrevista à imprensa. Desde o começo de maio, na gestão de Nelson Teich, os dados passaram a ser divulgados à noite e são comentados por técnicos apenas em declarações a jornalistas no dia seguinte.

Desde a saída de Mandetta, a comunicação do Ministério da Saúde tem sido esvaziada pelo Palácio do Planalto. Segundo técnicos da pasta, é uma imposição de auxiliares do presidente Jair Bolsonaro, por exemplo, parar de divulgar nas redes sociais da Saúde o número diário de mortes confirmadas. Agora, o ministério divulga nas redes sociais o "placar da vida", que destaca o número de recuperados.

O número de recuperados, comemorado pelo governo, porém, espelha um dado negativo: o de infectados. Quanto maior a soma de pacientes, maior será o de recuperados.

As entrevistas da Saúde à imprensa também perderam protagonismo. Antes, o ministro ou o "número 2" da pasta, secretário-executivo, conduziam as declarações ao lado de técnicos da Secretaria de Vigilância Sanitária.

O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, porém, não participa das coletivas. As perguntas ao ministério têm sido respondidas por secretários substitutos, que se negam a responder temas mais espinhosos.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira, 2, que a divulgação de seus dados pelo movimento hacktivista Anonymous Brasil é uma "clara medida de intimidação" do grupo. "Medidas legais estão em andamento, para que tais crimes, não passem impunes", disse Bolsonaro pelo Facebook.

"Em clara medida de intimidação o movimento hacktivista 'Anonymous Brasil' divulgou, em conta do Twitter, dados do Presidente da República e familiares. Medidas legais estão em andamento, para que tais crimes, não passem impunes", afirma o presidente no texto.

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Mais cedo, o ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, informou que solicitou abertura de inquérito à Polícia Federal para investigar o vazamento de informações cadastrais e patrimoniais do presidente, de seus familiares e demais autoridades.

"As investigações devem apurar crimes previstos no Código Penal, na Lei de Segurança Nacional e na Lei das Organizações Criminosas", declarou o ministro da Justiça em nota.

A divulgação dos dados ocorreu na noite desta segunda, 1º, em perfis no Twitter que dizem ser ligados ao grupo hacker Anonymous. Além de Bolsonaro, supostos dados de seus filhos Carlos, Eduardo e Flávio, além de integrantes do governo como os ministros Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) e Abraham Weintraub (Educação), tiveram dados expostos. Uma das contas que vazou os dados foi suspensa minutos depois e o site onde estavam armazenadas as informações saiu do ar.

A Anonymous atua em outros países e ressurgiu no último domingo, 31, após desdobramentos do caso de George Floyd, homem negro assassinado durante uma abordagem policial nos Estados Unidos. A conta que vazou supostos dados de autoridades brasileiras nesta segunda, 1º, estava sem publicar no Twitter desde outubro de 2018. No último domingo, 31, anunciou a volta.

O Ministério da Justiça determinou a instauração de um inquérito para apurar o vazamento de supostos dados do presidente Jair Bolsonaro, seus filhos, ministros e aliados. O pedido da investigação pela Polícia Federal (PF) foi confirmado ao Estadão pelo ministro da Justiça, André Mendonça, nesta terça-feira, 2.

A divulgação dos dados ocorreu na noite dessa segunda-feira, dia 1º, em perfis no Twitter que dizem ser ligados ao grupo hacker Anonymous Brasil. Além de Bolsonaro, supostos dados de seus filhos, Carlos, Eduardo e Flávio, além de integrantes do governo como os ministros Damares Alves e Abraham Weintraub foram expostos. Uma das contas que vazou os dados foi suspensa minutos depois e o site onde estavam armazenadas as informações saiu do ar.

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A Anonymous atua em outros países e ressurgiu no último domingo, 31, após desdobramentos do caso de George Floyd, homem negro assassinado durante uma abordagem policial nos Estados Unidos. A conta que vazou supostos dados de autoridades brasileiras nesta segunda estava sem publicar no Twitter desde outubro de 2018. No último domingo, anunciou a volta.

O Palácio do Planalto e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) ainda não se manifestaram oficialmente sobre o vazamento envolvendo. No entanto, confirmam que os dados são mesmo de Bolsonaro, porém desatualizados. O filho do presidente e vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) confirmou que os dados são verdadeiros.

Além de Bolsonaro e seus filhos, tiveram os supostos dados vazados o deputado estadual Douglas Garcia, aliado do presidente, os ministros Abraham Weintraub e Damares Alves, e o dono da Havan e também aliado de Bolsonaro, Luciano Hang. Entre os dados vazados estão informações como e-mails, telefones, endereços, perfil de crédito, renda, nomes de familiares e bens declarados. Garcia também já havia confirmado o vazamento de seus dados pelo grupo.

O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos não confirma a autenticidade dos dados da ministra Damares Alves, mas divulgou nota repudiando "a divulgação criminosa de dados, em clara violação aos direitos fundamentais à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem". "A divergência de ideias jamais deveria ser justificativa para a prática de ação totalitária e antidemocrática como esta. Que os responsáveis sejam devidamente identificados e processados, nos termos da lei", diz o texto da pasta.

Dados pessoais da família Bolsonaro, ministros e de apoiadores do presidente foram divulgados pelo grupo hacker Anonymous Brasil, na noite dessa segunda-feira (1º). Após a publicação, a página saiu do ar.

Foram expostos os CPFs, telefones, endereços, e-mails, empresas, histórico partidário e dados sobre imóveis de Jair Bolsonaro e dos três filhos envolvidos na política. Outros alvos dos hackers foram os ministros da Educação, Abraham Weintraub; a Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves; o cofundador da Havan, o empresário Luciano Hang; e o deputado estadual Douglas Garcia (PSL).

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Pouco tempo após a divulgação, as publicações foram excluídas e a página foi retirada do ar. "Apagamos os documentos com as informações pessoais do Carlos Bolsonaro e do Jair, todos conseguiram salvar? O twitter é automático, esse tira do ar esse tipo de arquivo, por isso retiramos. Vocês podem compartilhar o link pela DM. Quem tiver comenta, quem quiser também", escreveu o perfil.

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Investigado pela participação no Gabinete do ódio - suspeito de propagar fake news a favor de Bolsonaro - o deputado Douglas Garcia (PSL) confirmou o ataque e disse que faria um boletim de ocorrência.

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O apresentador Fabio Porchat usou suas redes sociais na manhã desta segunda-feira (1º) para anunciar que irá selecionar um pequeno negócio para ser divulgador. O concurso “Divulga Porchat” tem prazo de 24h para inscrição.

Para participar, é necessário enviar uma foto, vídeo ou texto para o email que foi disponibilizado pelo artista com um argumento para convencê-lo a escolher sua empresa. Para os pequenos negócios é preciso seguir alguns critérios estabelecidos como ter CNPJ, uma plataforma de vendas online, e um produto já existente e precificado.

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O selecionado ganhará um contrato, tendo o artista como garoto-propaganda, além de ter a divulgação da sua empresa nas redes sociais de Fabio, com vídeos, fotos e stories. 

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Mais de 100 entidades nacionais assinaram documento divulgado nesta segunda-feira, 25, denunciando um projeto que permite regularização fundiária de imóveis da União sem vistoria. O Projeto de Lei 2.633/20 está em análise na Câmara dos Deputados e, segundo Reginaldo Marcos Aguiar, diretor da Confederação Nacional das Associações de Servidores do Incra (Cnasi), se insere no contexto de "passar a boiada", expressado pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, durante a reunião ministerial de 22 de abril. "Nosso temor é que no meio desse PL vá alguma coisa que possa ser enquadrada como a 'passada de boiada' do ministro", disse.

O PL substituiu medida provisória editada em 2019 pelo presidente Jair Bolsonaro que permitia regularizar até 15 módulos fiscais por autodeclaração, ou seja, sem a necessidade de vistoria.

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Conforme o documento, elaborado por servidores do Incra e entidades representativas, o projeto traz um "perigoso conjunto de medidas que se aprovadas vão facilitar a legalização da grilagem de terras, piorando enormemente o cenário de deterioração fundiária e ambiental em grandes áreas da União, com sérias e negativas consequências sociais para o Brasil".

De acordo com as entidades, "é inaceitável a apresentação deste projeto de lei quando a prioridade são as políticas públicas de saúde, providências sanitárias e de proteção econômica e social num cenário de excepcionalidade, provocado pela pandemia de Covid-19".

Na avaliação delas, caso seja aprovado, o PL 2.633 poderá provocar a expansão da pandemia em regiões da Amazônia, em razão do aumento do desmatamento e do assédio a territórios de povos e comunidades tradicionais, "como já vem se verificando nos últimos meses".

Segundo o documento, sob o pretexto de regularização fundiária está explícito o interesse de descumprir normas, prevendo até a autodeclaração de ocupantes irregulares. "Além de não beneficiar os pequenos produtores, a nova legislação prejudica o Estado e toda a sociedade ao possibilitar a venda de milhões de hectares de terras públicas a preços bem abaixo do mercado", diz a nota.

As entidades destacam ainda que as políticas públicas para enfrentar a desigualdade e os conflitos no campo são a reforma agrária, a criação de unidades de conservação e o reconhecimento de terras indígenas e territórios quilombolas; a titulação dos posseiros propriamente ditos; a reversão de grandes áreas públicas ocupadas ilegalmente. No documento, consideram inaceitável a tramitação de leis de tão grande impacto sem debates prévios e democráticos, "sem que se considerem as questões técnicas, jurídicas e sociais envolvidas".

Para Aguiar, o PL está associado com a ideia da 'boiada' do ministro do Meio Ambiente. Na reunião ministerial do dia 22, que teve o vídeo divulgado por ordem do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, Salles defendeu mudar regras enquanto a imprensa se concentra na covid-19.

O ministro disse que considerava o momento uma oportunidade para modificar normas que podem ser questionadas na Justiça, sugerindo fazer uma "baciada" de alterações e "passar a boiada".

Para o representante dos servidores do Incra, "possivelmente eles querem engavetar qualquer ação que possa prejudicar os ruralistas e, consequentemente, quem destrói o meio ambiente. Nosso temor é que no meio desse PL vá uma emenda, alguma coisa que possa ser enquadrada como a 'passada de boiada' do ministro. Esse projeto de lei pode servir de cavalo para levar alguma coisa que possa facilitar a vida dessa galera que destrói o meio ambiente e faz grilagem de terras".

A reportagem entrou em contato com o Incra e com o Ministério do Meio Ambiente, mas não obteve retorno até a publicação deste texto.

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, utilizou sua conta no Twitter neste domingo, 24, para se manifestar com relação à repercussão de suas declarações durante reunião ministerial com o presidente Jair Bolsonaro, dia 22 de abril.

"Tentam deturpar minha fala para desestabilizar a Nação. Não ataquei leis, instituições ou a honra de seus ocupantes. Manifestei minha indignação, LIBERDADE democrática, em ambiente fechado, sobre indivíduos. Alguns, não todos, são responsáveis pelo nosso sofrimento, nós cidadãos", escreveu Weintraub.

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Na sexta-feira, 22, o ministro do Superior Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, liberou a divulgação de vídeo da reunião entre o presidente Bolsonaro e ministros. A reunião ministerial e mensagens enviadas por celular foram citadas pelo ex-ministro Sérgio Moro como prova da tentativa de interferência do presidente Bolsonaro na Polícia Federal.

Durante a reunião, Weintraub chegou a dizer: "Por mim, botava esses vagabundos todos na cadeia. Começando no STF". Ao levantar o sigilo do vídeo da reunião, o decano do STF apontou aparente "prática criminosa" na conduta de Weintraub, "num discurso contumelioso (insultante) e aparentemente ofensivo ao patrimônio moral" em relação aos ministros da Corte. Para Celso de Mello, a declaração de Weintraub põe em evidência "seu destacado grau de incivilidade e de inaceitável grosseria" e configuraria possível delito contra a honra (como o crime de injúria).

Na reunião ministerial em que admite interferir em órgãos do governo, o presidente Jair Bolsonaro defendeu armar a população para, segundo a sua visão, evitar que se imponha uma ditadura no País. No encontro, ocorrido no Palácio do Planalto no dia 22 de abril, o presidente indica ver fragilidade nas instituições ao declarar considerar ser "fácil", "facílimo" dar um golpe e acabar com o atual sistema democrático. "Quero todo mundo armado! Que o povo armado jamais será escravizado."

"Pôr uma ditadura! Facílimo! Um bosta de um prefeito faz uma bosta de um decreto, algema, e deixa todo mundo dentro de casa. Se tivesse armado, ia para a rua", afirmou Bolsonaro, se referindo a medidas restritivas impostas para evitar a propagação do novo coronavírus. "E se eu fosse ditador, né? Eu queria desarmar a população, como todos fizeram no passado quando queriam, antes de impor a sua respectiva ditadura."

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Na sequência, Bolsonaro cobra dos ministros da Defesa, Fernando Azevedo, e da Justiça, na época ainda Sérgio Moro, que assinassem uma portaria para dar "um puta de um recado para esses bostas". A portaria citada foi publicada no Diário Oficial da União do dia seguinte, aumentando o número de munições de armas de fogo que cada pessoa pode ter acesso.

Com a modificação, o número de projéteis permitidos, no ano, pode ultrapassar 6 mil, segundo as contas do Instituto Sou da Paz. "Por que que eu tô armando o povo? Porque eu não quero uma ditadura! E não dá pra segurar mais! Não é? Não dá pra segurar mais", disse Bolsonaro na reunião.

A medida foi publicada uma semana após Bolsonaro ordenar suspender outras três portarias do Exército que, na visão de especialistas, dificultavam a aquisição pelo crime organizado de munições desviadas de quartéis. Como revelou o Estadão, o Ministério Público Federal investiga interferência indevida do presidente no episódio. Na segunda-feira, procuradores acionaram a Justiça para que as normas sejam restabelecidas.

'Rabo entre as pernas'

Bolsonaro também cita decisões "monocráticas" tomadas por ministros do Supremo Tribunal Federal para fazer referência a um possível impeachment.

"O dia que for proibido de ir para qualquer lugar do Brasil, pelo Supremo, acabou o mandato. Espero que eles não decidam, ou ele, né? Monocraticamente, querer tomar certas medidas porque daí nós vamos ter uma crise política de verdade", disse Bolsonaro. "Eu não vou meter o rabo no meio das pernas. Isso daí...zero, zero. Tá certo?", completou o presidente.

Bolsonaro se referia à sua participação em uma manifestação que defendia o fechamento do Congresso e do STF no fim de semana anterior. A organização do ato virou alvo de inquérito na Corte por decisão do ministro Alexandre de Moraes.

Poucos dias antes, Moraes já havia decidido, monocraticamente, que o governo federal não poderia derrubar decretos de Estados e municípios que estabeleceram medidas de isolamento social. A decisão do ministro foi confirmada mais tarde pela maioria da Corte.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente Jair Bolsonaro recebeu na manhã deste sábado (23), no Palácio da Alvorada, um grupo de Youtubers de perfil pró-governo. O encontro contou com a presença das deputadas Carla Zambelli (PSL-SP) e Bia Kicis (PSL-DF). A visita dos Youtubers, que não constava da agenda oficial do presidente, ocorre após a liberação pelo ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), do sigilo da reunião ministerial do dia 22 de abril, apontada como prova pelo ex-ministro Sergio Moro de possível interferência de Bolsonaro na Polícia Federal (PF). O vídeo da reunião veio a público ontem, após a decisão do STF.

Ao Broadcast Político, Zambelli afirmou que os influenciadores comentaram sobre o vídeo no café da manhã com o presidente e apresentaram a impressão que seus seguidores tiveram. "Não teve uma impressão negativa sobre o vídeo na visão desses Youtubers porque o público deles é bolsonarista", disse. E acrescentou: "Assim, é o que todo mundo está falando. Esse vídeo praticamente reelegeu o presidente antecipadamente."

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O vídeo da reunião do dia 22 de abril mostra Bolsonaro cobrando mudanças no governo e fazendo pressão sobre Moro e demais auxiliares. No encontro, o presidente afirma que já havia tentado trocar "gente da segurança nossa no Rio de Janeiro", e que não teria conseguido. "E isso acabou. Eu não vou esperar foder a minha família toda, de sacanagem, ou amigos meu, porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence à estrutura nossa. Vai trocar! Se não puder trocar, troca o chefe dele! Não pode trocar o chefe dele? Troca o ministro! E ponto final! Não estamos aqui pra brincadeira", disse o presidente da República na ocasião. O presidente ainda defendeu o armamento da população como uma forma de impedir a ditadura no País e criticou governadores pela política de isolamento social.

Os influenciadores devem participar de manifestação em apoio ao governo amanhã, 24, a partir das 10h. "Os Youtubers combinaram que nesta semana eles viriam (para a manifestação)." Atos pró-governo aos finais de semana têm sido comuns em Brasília. O presidente inclusive costuma comparecer às manifestações.

Como revelou o Estadão, no último domingo (17), Bolsonaro fez chegar aos líderes do ato de apoio ao seu governo um pedido para que evitassem faixas e palavras de ordem contra o STF e o Congresso. Em ocasiões anteriores, o chefe do Executivo foi criticado por participar de protestos que pediam o fechamento do Supremo e do Congresso.

Na saída do Alvorada, Zambelli e Bia Kicis pararam para falar e tirar fotos com apoiadores. No Twitter, Bia Kicis publicou uma foto do presidente com as parlamentares e sete Youtubers.

"Encontro do Presidente @jairbolsonaro com YouTubers de direita. Todos felizes por conhecerem finalmente o Presidente que apoiam DE GRAÇA", escreveu Bia Kicis. A parlamentar do DF, deixou o Palácio na companhia do Youtuber Allan Frutuoso, do canal Vista Pátria.

O vídeo da reunião no Palácio do Planalto, divulgado por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello, é considerado uma peça-chave nas investigações que apuram as acusações, feitas pelo ex-juiz Sérgio Moro, de que o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir na Polícia Federal. Entre ameaças, ofensas e palavrões, as imagens mostram o chefe do Executivo cobrando mudanças no governo e fazendo pressão sobre Moro e os demais auxiliares.

Na reunião, ocorrida no mês passado, Bolsonaro afirmou que já havia tentado trocar "gente da segurança nossa no Rio de Janeiro", e que não teria conseguido. "E isso acabou. Eu não vou esperar f**** a minha família toda, de sacanagem, ou amigos meu, porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence à estrutura nossa. Vai trocar! Se não puder trocar, troca o chefe dele! Não pode trocar o chefe dele? Troca o ministro! E ponto final! Não estamos aqui pra brincadeira", disse o presidente da República.

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Bolsonaro alega que se referia à sua segurança pessoal, que é feita pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e não pela PF. De acordo com a transcrição feita pela PF, o ministro do GSI, Augusto Heleno, não fez nenhuma intervenção nesse momento. Reportagem do Jornal Nacional, veiculada na semana passada, mostrou que o presidente fez alterações - e até promoveu servidores - em sua segurança pessoal semanas antes da reunião sem dificuldade.

Moro, por sua vez, afirma que a reunião seria uma prova da tentativa de Bolsonaro de interferir no órgão. O ex-ministro também entregou aos investigadores troca de mensagens no celular.

Ao levantar o sigilo do vídeo, Celso de Mello não fez juízo de valor sobre esse trecho da reunião. O ministro, por outro lado, apontou "aparente prática criminosa" na fala do ministro da Educação, Abraham Weintraub, que disse que "botava esses vagabundos todos na cadeia. Começando no STF".

De acordo com a transcrição, Moro falou pouco no encontro, não questionou as declarações do presidente e limitou-se a pedir que o plano de recuperação social e econômica Pró-Brasil também abordasse questões de segurança pública e de controle de corrupção.

Durante a reunião com o primeiro escalão do governo, Bolsonaro reclamou que não pode ser "surpreendido com notícias". "Pô, eu tenho a PF que não me dá informações", reclamou o presidente na ocasião.

No encontro, o presidente afirmou que não esperaria o "barco começar a afundar pra tirar água" e que, portanto, iria interferir em todos os ministérios. "A pessoa tem de entender. Se não quer entender, paciência, pô! E eu tenho o poder e vou interferir em todos os ministérios, sem exceção", disse Bolsonaro. "E não dá pra trabalhar assim. Fica difícil. Por isso, vou interferir! E ponto final, pô! Não é ameaça, não é uma extrapolação da minha parte. É uma verdade", completou o presidente, olhando para o lado onde estava Moro.

Próximos passos

Com a divulgação do vídeo, a investigação vai se concentrar agora em novos depoimentos que serão recolhidos na semana que vem. O empresário Paulo Marinho prestará depoimento na terça-feira, às 9 horas, no Rio de Janeiro. O empresário acusa o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) de ter recebido informações vazadas da Operação Furna da Onça. Ele já depôs à PF e ao Ministério Público Federal, mas no âmbito de outra investigação.

Bolsonaro deverá ser o último a prestar depoimento no processo e, por ser presidente da República, pode enviar as respostas por escrito. Caberá ao procurador-geral da República, Augusto Aras, decidir se vai apresentar ou não uma denúncia contra o chefe do Executivo. O STF precisa de aval da Câmara para analisar uma eventual denúncia contra o presidente.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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