Tópicos | Eleições 2012

As empreiteiras concentraram suas doações eleitorais nas direções partidárias em 2012. Em vez de pulverizar recursos entre candidatos e comitês de campanha, as empresas de construção optaram por centrar seus esforços nas cúpulas dos partidos. Acabaram responsáveis por 49% de tudo o que as agremiações partidárias receberam de pessoas jurídicas na eleição.

Os dados que mostram a concentração das doações de empreiteiras nas receitas obtidas pelos partidos nas eleições de 2012 fazem parte de uma nova parcial da prestação de contas, publicada na terça-feira (27) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Eles não incluem receitas e despesas dos cem candidatos que disputaram o segundo turno. Além disso, faltam dados de candidatos, comitês ou diretórios partidários que extrapolaram o prazo de entrega da prestação de contas para o tribunal.

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Em dinheiro, as empreiteiras doaram R$ 270 milhões às direções estaduais e nacionais dos partidos. Apesar de cerca de 250 empresas do setor terem aberto seus cofres para os políticos, a concentração é brutal: as cinco maiores doadoras foram responsáveis por quase metade do dinheiro doado pela área.

Apenas uma delas, a Construtora Andrade Gutierrez Ltda, deu R$ 1,00 de cada R$ 5,00 que as direções partidárias receberam das empreiteiras nestas eleições. Foram R$ 53,2 milhões para os caciques redistribuírem entre candidatos do partido. A cúpula mais aquinhoada foi a do PMDB. PSDB, PSB e PSD também receberam altas somas. A construtora também doou altas somas para o PT, mas os dados ainda não constam na base de dados divulgada pelo TSE.

A Construtora Queiroz Galvão S/A, com R$ 30,8 milhões doados, e a Construtora OAS Ltda, com outros R$ 22,5 milhões, ficaram com a segunda e a terceira colocações no ranking das empresas que mais contribuíram para os cofres dos partidos nestas eleições. Das "top 10" mais generosas com os partidos, seis foram empreiteiras. Além de Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão e OAS, estão no topo do ranking a Camargo Corrêa, a Norberto Odebrecht e a Carioca-Christiani Nielsen. Em todos os casos, a maior parte das doações foi de tipo oculta. A outra metade das doações de empresas para as direções partidárias veio principalmente de cinco setores: alimentos e bebidas (10%), financeiro (9%), empreendimentos imobiliários (4%), mineração (4%) e saúde/farmacêutica (3%).

Procurada pelo Estado, a Construtora Andrade Gutierrez afirmou que sua participação no processo eleitoral "é realizada de forma oficial, de acordo com as regras da legislação brasileira e do TSE". A Odebrecht informou que "respeita rigorosamente os limites e condições impostas pela legislação eleitoral". Queiroz Galvão disse que não comentaria o assunto e OAS, Galvão Engenharia, UTC Engenharia, Camargo Corrêa e Carioca-Christiani Nielsen não se pronunciaram até o fechamento da edição. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Os candidatos a prefeito e a vereador em todo o País gastaram R$ 3,59 bilhões nas campanhas eleitorais deste ano, segundo os dados brutos da prestação de contas das eleições de 2012, publicados nesta terça-feira (27) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Não estão incluídas as despesas totais dos 100 candidatos que foram para o segundo turno. Eles entregaram ontem suas contas de campanha, vinte dias depois dos demais candidatos, e os dados ainda não estão disponíveis.

Assim, campanhas caras como as do prefeito eleito em São Paulo, Fernando Haddad (PT), e do seu concorrente José Serra (PSDB) estão parcialmente fora da conta do TSE, desinflando a conta do total dos gastos.

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Além das despesas efetuadas diretamente pelos candidatos, também foram gastos nas campanhas R$ 817 milhões pelos comitês eleitorais e mais R$ 796 milhões pelos partidos. Os três valores não podem ser somados porque a legislação autoriza triangulações dos gastos. Ou seja, um diretório partidário pode declarar como despesa um repasse feito para a campanha de um candidato ou para um comitê.

As cifras de arrecadação dos candidatos ficaram próximas do total gasto nas campanhas. Chegaram a R$ 3,53 bilhões. Metade foi para as contas dos 15 mil concorrentes a prefeitos e a outra para os 419 mil que disputaram um cargo de vereador. Partidos e comitês arrecadaram cerca de R$ 800 milhões cada.

As receitas totais vieram de mais de 900 mil doadores. Destes, apenas 357 injetaram mais de R$ 1 milhão. O topo da lista é encabeçado por empreiteiras. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Brasília – O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou que as prestações de contas finais do primeiro turno das eleições de 2012 podem ser acessadas no site oficial do tribunal. No link Prestações de Contas, é possível conferir as listas de doadores e valores doados.

Os candidatos do primeiro turno prestaram contas ao TSE até o dia 6 de novembro, enquanto os 100 candidatos que concorreram no segundo turno, em 28 de outubro, têm até terça-feira (27) para entregar as prestações de contas finais.

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O TSE divulgou todas as prestações de contas parciais desde o dia 2 de agosto, com nomes de doadores e valores doados às campanhas informados por candidatos e partidos. Até 2010, as listas de doadores e fornecedores só era conhecida no final das eleições.

A pesquisa pode ser feita por estado, município, partido, cargo, nome, CPF do candidato, nome do doador e valor da receita. As informações prestadas são de responsabilidade dos candidatos, e caso haja erro, eles estão sujeitos às sanções da Justiça Eleitoral.

Rio de Janeiro - O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) decidiu nesta quinta-feira (22) que a cerimônia de diplomação dos prefeitos eleitos neste ano devem ocorrer em solenidades realizadas nos 92 municípios fluminenses.

"Pensamos em prestigiar os prefeitos, reunindo todos numa única cerimônia perante o tribunal. Seria uma forma de homenageá-los, mas reconsideramos a proposta, porque a necessidade de deslocamento até a capital causaria um grande desconforto aos eleitos e seus convidados", disse o presidente do TRE-RJ, desembargador Luiz Zveiter.

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A solenidade única de diplomação de todos os prefeitos e vice-prefeitos do estado chegou a ser marcada para o dia 13 de dezembro, no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. Com a alteração, decidida nesta quinta, os juízes eleitorais de cada município é que ficarão encarregados de marcar as novas datas das cerimônias de diplomação dos prefeitos, vice-prefeitos e vereadores eleitos nas eleições municipais de outubro passado.

Brasília- Pela primeira vez na história do Brasil o número de mulheres candidatas a vereadora ultrapassou a marca dos 30%. Nas eleições deste ano, do total de 448.413 candidatos, elas representaram 32,6%. Em comparação ao pleito de 2008, houve um crescimento em números absolutos de 69.312 e de 10,5 pontos percentuais na presença de mulheres em listas eleitorais. Mas se a presença feminina engrossou as opções de voto, no resultado final das urnas o desempenho delas ainda está muito atrás do alcançado pelos homens.

Em 2009, o Congresso Nacional aprovou a minirreforma eleitoral (Lei 12.034/09). Pela nova lei, os partidos foram obrigados a preencher 30% das vagas em eleições proporcionais com candidatos de um dos sexos. Antes, só a reserva de 30% das vagas era obrigatória, o preenchimento efetivo não.

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Para representantes do movimento feminista, existe uma contradição muito grande no resultado das eleições municipais deste ano. Ao mesmo tempo que a lei de cotas está sendo cumprida, o resultado final mantém as mulheres na média dos 12%. “É uma contradição para alguns que acreditavam que só cumprindo as cotas o problema estaria resolvido. Isso faz a gente ter mais claro como é importante mudar as regras do sistema eleitoral. Não tem cota que resolva se as regras continuarem da mesma maneira”, avaliou Sívia Camurça, da coordenação da Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB).

Ainda segundo ela, este ano, muitas candidatas entraram na disputa só para preencher cotas e livrar os partidos de problemas com a Justiça Eleitoral. Também da articulação de Mulheres Brasileiras Guaciara César vai além, e diz que “em alguns casos foram candidaturas laranjas e as que não foram não tiveram viabilidade política”. Mas os problemas não param por aí. As mulheres também reclamam da falta de condições materiais suficientes para realizar campanhas, da alta competição entre as candidaturas, e do fato dos gastos das campanhas eleitorais brasileiras estarem entre os mais altos do mundo.

Para a AMB a solução do problema depende de uma reforma eleitoral que passe a adotar regras como lista fechada com alternância de sexo e financiamento exclusivamente público de campanha. Para conseguir a mudança, a aposta das feministas é mobilizar em 2013 a sociedade, especialmente nas redes sociais, para recolher 1,3 milhão de assinaturas para apresentação no Congresso Nacional de um projeto de iniciativa popular.

Na avaliação do cientista político da Universidade de Brasília Leonado Barreto, a reserva de vagas de candidatas já mostrou que não tem eficiência.  “É uma regra que não deu certo, não cumpriu com seu objetivo. Temos  que pensar em mudar essa abordagem. Ao invés de  reservar vaga para candidaturas, é preciso criar cota de cadeiras efetivas. Não vejo outra maneira de resolver isso no curto prazo”, disse.

Barreto também observou que não é possível falar da mudança de todo o sistema eleitoral  com o objetivo único de inserção de gênero, já que isso teria implicações em todo sistema político. Sobre a proposta de financiamento exclusivamente público de campanha, o cientista político ressaltou que o modelo traria candidaturas mais competitivas, desde que fosse estabelecido que as mulheres iriam receber mais dinheiro.

Das 26 prefeituras de capitais, a partir de 1º janeiro, só uma, a de Boa Vista, em Roraima, vai ser comandada por uma mulher, Teresa Surita (PMDB). Para as câmaras municipais, 7.648 mulheres foram eleitas em 2012, 13,3% do total. Em 2008, 12,5% do total de vereadores eleitos eram mulheres.

A empresa Rede Ponto Certo, que presta serviços de recarga do Bilhete Único para o sistema de ônibus e metrô em São Paulo, fez doações de R$ 300 mil para comitês de campanha no 2º turno da disputa pela Prefeitura, no momento em que Fernando Haddad (PT) e José Serra (PSDB) debatiam propostas de reforma das tarifas de transporte na cidade.

Os petistas receberam da Rede Ponto Certo R$ 200 mil em 19 de outubro. No 1º turno, Haddad havia apresentado um projeto de criação do Bilhete Único Mensal, em que o usuário pagaria R$ 140 por mês para viajar nos ônibus da cidade. Se a proposta for adotada, o sistema de recarga de bilhetes poderá ser alterado.

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A empresa também doou R$ 100 mil à campanha tucana em 26 de outubro - um dia depois que Serra apresentou uma proposta de ampliar a duração do Bilhete Único de três para seis horas.

A Rede Ponto Certo afirma que as doações são "uma política da empresa" e não quis comentar seu contrato com a SPtrans, empresa ligada à Prefeitura que administra o sistema de ônibus. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Mais de 80% dos repasses feitos aos comitês das campanhas do 2.º turno em São Paulo não podem ser rastreados. A maior parte do dinheiro que financiou as candidaturas à Prefeitura de Fernando Haddad (PT) e José Serra (PSDB) foi arrecadada por diretórios nacionais, estaduais e municipais, e só então entregue aos candidatos - o que impossibilita a identificação dos doadores.

A chamada "doação oculta" não é ilegal. Empresas interessadas em contribuir com campanhas podem fazer repasses aos partidos, que depois transferem o dinheiro para comitês de campanha ou para as contas abertas pelos próprios candidatos. Algumas empresas usam esse expediente para evitar que sejam ligadas a candidatos específicos e políticos eleitos no futuro.

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Os petistas arrecadaram R$ 36,7 milhões, dos quais R$ 27,3 milhões têm como origem a direção nacional do partido. No total, não poderão ser rastreados 83,4% dos repasses feitos aos comitês que financiaram parcialmente as campanhas de Haddad e dos vereadores da coligação.

A maior parte dos recursos arrecadados pelos comitês petistas foi usada na campanha de Haddad. Segundo os números apresentados pelo partido ao Tribunal Superior Eleitoral, 60,2% (R$ 22,1 milhões) do dinheiro doado aos comitês foi repassado diretamente ao candidato a prefeito. O restante do dinheiro foi destinado aos candidatos a vereador ou usado para pagar despesas dos comitês, como a contratação com advogados, e contas de luz e água.

Os comitês que financiaram partes das campanhas de Serra e dos vereadores de sua coligação receberam doações de R$ 33,9 milhões. Desse total, só 18% foram arrecadados diretamente pelos comitês. O diretório estadual repassou indiretamente aos comitês R$ 15 milhões e a direção nacional transferiu R$ 12,7 milhões para financiar as campanhas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Construtoras e empresas do setor imobiliário doaram pelo menos R$ 7,6 milhões em São Paulo aos comitês de campanha do PT e do PSDB, partidos que disputaram o 2.º turno na eleição para a Prefeitura com Fernando Haddad e José Serra, respectivamente. O valor representa 62% das doações depositadas diretamente nas contas abertas duas legendas na capital paulista.

Os petistas receberam R$ 4,6 milhões do setor de construção civil e do mercado imobiliário, o que representa 75% das doações feitas aos comitês financeiros da legenda. Já os tucanos obtiveram dessas empresas R$ 3 milhões - o equivalente a 49% dos depósitos feitos em suas contas.

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Construtoras e empresas do mercado imobiliário fizeram nove das dez maiores doações recebidas diretamente pelo comitê que financiou parte da campanha de Haddad, prefeito eleito, e das candidaturas a vereador do PT. No caso de Serra e de seus aliados, o setor representou sete dos dez maiores repasses.

Os números são apenas uma pequena parcela das doações recebidas pelos candidatos a prefeito e vereador nas eleições deste ano. Mais de 80% dos repasses aos comitês financeiros não podem ser rastreados, pois foram feitos de maneira indireta por diretórios nacionais, estaduais e municipais.

Os dados sobre doações aos comitês financeiros do PT e do PSDB foram divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral. Nessas contas, o PT recebeu R$ 36,7 milhões e os tucanos arrecadaram R$ 33,9 milhões. Os recursos repassados diretamente às contas de Haddad e de Serra só serão divulgados no fim de novembro, pois os candidatos que disputam o 2.º turno têm prazo de um mês para prestar contas após a votação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Os sentimentos e simbolismos do atual momento político após as eleições municipais serão tema de um encontro programado para esta terça-feira (13) pelo SOS CORPO. A roda de conversa tem como tema “O que fica das eleições 2012?” e será realizada na sede do SOS CORPO, no bairro da Madalena, Recife, Pernambuco, a partir das 18h30.  Evento é aberto ao público. 

Os palestrantes convidados são: Maria Eduarda Rocha, professora do Departamento de Sociologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e Roberto Efrem Filho, professor do Departamento do Curso de Direito da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

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Além de debater questões relativas às eleições municipais, também haverá o lançamento, no Recife, de materiais de estudo e debate sobre as propostas da Iniciativa Popular para a Reforma do Sistema Político. O estudo é composto por dois vídeos abordando a 'Democracia Direta' e a 'Democracia Representativa', a cartilha “Para Mudar: Reforma Política Já!”, e cinco postais que apresentam as principais propostas de mudanças no sistema político brasileiro. 

Os materiais visam também potencializar o recolhimento de assinaturas para o Projeto de Lei de Iniciativa Popular, lançado em 2011 pela Plataforma, aos moldes da Lei da Ficha Limpa, que necessita de 1,5 milhões de assinaturas. As assinaturas são recolhidas pelas redes, fóruns e articulações em todo o país e pelo portal www.reformapolitica.org.br .

 

SERVIÇO:

Roda de Conversa sobre Eleições 2012

Data: Terça-feira, 13 de novembro de 2012

Hora: 18h30

Local: Centro Cultural Feminista do SOS CORPO (Rua Real da Torre, 593, Madalena, Recife/PE)

No período eleitoral muitos aliados se tornam adversários, as coligações são montadas, vários blocos políticos se unem e outros se dividem. Mas passada a tempestade é o momento de reavaliações e construção de novas conjunturas, principalmente nesse período pós-eleições. Depois de ânimos inflamados e discursos de ataques e defesas, é preciso reerguer e reestrutura quadros partidários que se dissolveram no furor do pleito. Dentro desta conjuntura, busca-se curar as feridas, desarmar palanques e rancores, articular novas alianças.

O governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos (PSB) aumentou seu capital político não somente nas cercanias do Estado. Os socialistas cresceram em todo território nacional, chegando a conquistar cinco capitais. Mas levando em conta o território pernambucano, dos 185 municípios, o PSB conseguiu eleger 59 prefeitos, em segundo lugar ficou o PTB com 25, o PSDB conquistou 20 cidades e PT e PMDB estão empatados com 13.

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Com esse resultado os partidos precisam resolver uma questão óbvia na política, que é oposição e situação. Aquela história de cada um no seu quadrado não está valendo em Pernambuco. A oposição no estado ficou desarticulada, antes o PMDB não se misturava com os socialistas, agora todos estão juntos. Já o PT que era o principal aliado, olha para essa movimentação com bastante cautela, pois já perdeu o comando da capital pernambucana e da Frente Popular, além de correr o risco de cair no isolamento. A disputa interna entre os petistas influenciou nesse resultado.

É chegado o tempo de recolher os pedaços e montar uma nova colcha de retalhos. O PT vive um momento de autoavaliação, principalmente no tocante ao Recife, pois metade do partido quer a independência, enquanto a outra parte busca articular uma aliança com o prefeito eleito Geraldo Julio (PSB). Já o PSDB namora os socialistas e o resultado desse romance foi à reeleição do prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes (PSDB) que tem como vice, Heraldo Selva (PSDB), entre outras cidades Brasil a fora.

O deputado estadual, Daniel Coelho, que ficou em segundo lugar nas eleições do Recife, defende o lugar de oposição, mas, talvez a direção do seu partido não aceite esse caminho autônomo. Partidos de força menor não querem se rebelar e tratam de maneira subserviente a relação entre município e estado, pois não existe autonomia política ou financeira. Todos dependem dos repasses de verbas estaduais e federais.

Correndo por fora, Eduardo Campos se apresenta como um grande jogador pragmático que conquista terreno e reforça o seu nome para a disputa presidencial de 2014. Se o PT não o referenda como candidato a vice de Dilma em 2014, a presidenta, porém, também não se priva de afaga-lo, já que seu partido obteve um bom desempenho nas urnas.

A dúvida existe e só a proximidade do pleito e jogo político poderão resolver. Façam suas apostas.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou nesta quinta-feira (8) a receita e os gastos finais dos postulantes ao executivo municipal em 2012. Na cidade do Recife, Geraldo Julio (PSB) aparece em primeiro lugar com uma arrecadação de R$ 7,1 milhões. Em segundo lugar ficou Humberto Costa (PT), que recebeu R$ 2,9 milhões seguido de Daniel Coelho (PSDB), com R$ 2,7 milhões.

Mendonça Filho (DEM) gastou mais do que recebeu. Ele arrecadou R$ 2.62 milhões e registrou despesas de R$ 2,79 milhões, ficando com um saldo negativo de R$ 171 mil. Candidatos com pouca representação eleitoral, como Edna Costa (PPL), alcançou os R$ 23.3 mil e gastou de R$ 20,1. Jair Pedro (PSTU) declarou R$ 4.130 mas o TSE não está com suas despesas. Douglas Sampaio (PRTB), que entrou no lugar de Jacinto Esteves, e Roberto Numeriano (PCB), não apresentaram receitas ou despesas.

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Sendo o candidato que mais arrecadou, Geraldo também foi o que mais gastou: R$ 6,9 milhões. Humberto teve uma despesa de R$ 2,9 milhões e Daniel R$ 2,7 milhões.

A peemedebista Izabel Urquiza, que disputou as eleições majoritárias de Olinda este ano e foi derrotada pelo atual prefeito da cidade, Renildo Calheiros, espalhou outdoors para agradecer a população da cidade.

O texto de agradecimento pelos votos conquistados tem os seguintes dizeres: “81,998 votos de apoio e confiança. Muito obrigada, Olinda!”. São 13 outdoors que estão localizados na Cidade Tabajara, Jardim Atlântico, Casa Caiada, Bairro Novo, Bultrins, PE 15 e Salgadinho. Os locais foram alguns dos que a peemedebista visitou durante a campanha eleitoral.

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O Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) decidiu manter a eleição de Vado da Farmácia (PSB), que foi eleito prefeito do Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife, no dia 7 de outubro.  Por cinco votos a um a Corte do TRE-PE rejeitou, na manhã desta quinta-feira (8), o pedido do PSDB de impugnação da candidatura do socialista. 

O julgamento do Recurso Eleitoral nº 3-80 tem como relator o desembargador José Fernandes de Lemos, que pediu no dia 24 de outubro pelo provimento do recurso e cassação da candidatura. No entanto, a decisão foi adiada atendendo a um pedido de vistas do desembargador Ronnie Preuss Duarte. 

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O voto de Ronnie Preuss divergiu do relator ao entender que as condutas praticadas não foram suficientes para influenciar no resultado do pleito. O processo inclui gravações de áudio de reuniões internas da prefeitura onde houve menções a “trabalhar para fazer o sucessor”, o que alegadamente seria um pedido para os servidores fazerem campanha pelo candidato.

O relatório de atividades da Comissão de Propaganda do Recife nas Eleições 2012 foi entregue ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE), Ricardo Paes Barreto nesta quinta-feira (8). A entrega do documento foi feita pelo juiz titular, Gabriel Cavalcanti no gabinete da presidência do TRE-PE.

Na oportunidade, o juiz, que estava acompanhado do coordenador da Comissão de Propaganda Henrique Melo e da Assessora Télia Alvarenga, informou que o relatório apresenta a prestação de contas dos trabalhos e sugestões para as próximas gestões.

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Ricardo Paes Barreto afirmou que o Tribunal avaliará o que pode ser aproveitado do relatório, já que a Comissão conseguiu bons resultados no trabalho realizado período eleitoral.  

A eleição de 2012 é a segunda consecutiva em que os principais partidos que hoje fazem oposição ao governo federal encolhem nos municípios. Em oito anos, PSDB, DEM e PPS perderam 44% de seus prefeitos e passaram a governar uma fatia do eleitorado 50% menor.

Juntas, essas três legendas elegeram no mês passado prefeitos que governarão 20% do eleitorado a partir de 2013. O PSOL, que não existia em 2004, também é hoje de oposição, mas sua inclusão na conta não altera o resultado - as duas cidades em que venceu comportam apenas 0,2% dos eleitores.

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Nas eleições de 2008, PSDB, DEM e PPS conquistaram o direito de governar 28% dos eleitores. Esse índice já era inferior ao obtido em 2004, quando as siglas venceram em cidades que somavam 40% do eleitorado.

Em número de prefeitos, a crise dos três partidos também se revela, mas em menor grau: foram 1.968 eleitos em 2004, 1.416 em 2008 e 1.103 em 2012. Uma queda de 865 em oito anos.

O partido que mais perdeu peso ao longo do tempo foi o DEM, legenda que, ainda como PFL, chegou ao auge de sua importância nas eleições municipais de 2000, no governo Fernando Henrique Cardoso, quando venceu em 1.028 cidades do País e superou até o PSDB, partido do então presidente, que ficou com 985. Nos últimos oito anos, o eleitorado comandado pelo PFL/DEM passou de 13% para 4,6% do total do País.

A base governista como um todo, formada oficialmente por 20 partidos que elegeram prefeitos nas últimas eleições, ampliou seu controle do eleitorado de 58% em 2004 para 72% em 2012. Em relação a 2008, o crescimento foi pequeno: 1 ponto porcentual.

O bloco governista pode crescer ainda mais se o PSD do prefeito Gilberto Kassab, hoje um partido independente, formalizar sua adesão à base de apoio à presidente Dilma Rousseff. O PSD, que vai governar 6% dos eleitores do País a partir de 2013, está em conversações com o governo para obter uma vaga na Esplanada dos Ministérios.

O PV também integra o bloco dos independentes, mas seguiu a orientação do líder do governo na Câmara em 79% das votações na gestão Dilma. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo


As eleições municipais de 2012 em Verdejante, no Sertão Central de Pernambuco, encerraram no dia 7 de outubro, porém as propagandas eleitorais ainda não foram retiradas das ruas da cidade. De acordo com a Justiça Eleitoral, os candidatos, partidos e coligações têm o prazo de 30, após o término do pleito, para remover toda a propaganda eleitoral remanescente nas ruas. 

Em Verdejante, pinturas em muros, pichações, escritos e bandeiras do período eleitoral foram registrados pela promotora local, Carolina de Moura Pontes. A partir da constatação da promotora, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) expediu recomendação a todos os partidos, candidatos e coligações para que retirem a propaganda referente aos pleitos de 2008 e 2010 das ruas. 

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O prazo estipulado pelo MPPE foi de 30 dias para se fazer cumprir a determinação. Se a recomendação não for atendida no prazo estabelecido, a promotoria promete tomar as providências necessárias, incluindo ações judiciais.

A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha, anunciou nesta terça-feira que a eleição municipal deste ano teve o menor custo por voto desde 1996, quando começou a funcionar o sistema eletrônico de votação. Conforme dados divulgados em entrevista coletiva realizada após uma reunião com presidentes de tribunais regionais eleitorais (TREs), neste ano a eleição custou R$ 395.270.694,00 para a Justiça Eleitoral, o que equivale a R$ 2,81 por eleitor. Esse valor é 27% inferior ao de 2010, que foi de R$ 3,86. No ano 2000, o custo do voto tinha sido de R$ 4,45 e em 2002, de R$ 4,82.

Cármen Lúcia atribui a queda nos custos a fatores como a diminuição dos gastos com o envio de forças federais para reforçar a segurança em municípios. Tropas foram enviadas para 401 cidades no primeiro turno e para duas, no segundo turno. A presidente do TSE não quis comentar a eleição norte-americana. Mas disse que no primeiro turno da votação municipal ocorreram 197,2 milhões de acessos à página do tribunal na Internet, em 167 países além do Brasil. "Significa que a eleição brasileira, o nosso modelo, a nossa formulação, é observada por todos os lugares do planeta", afirmou.

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Uma pesquisa eleitoral divulgada neste domingo (4) pelo Washington Post e ABC News, revelam um empate entre os candidatos à presidência dos Estados Unidos da América (EUA). O democrata Barack Obama e o republicano e ex-governador de Massachusetts, Mitt Romney, estão com 48% das intenções de votos cada.

Faltando apenas 48 horas para as eleições, a pesquisa revela que quase metade dos americanos disse que a resposta de Obama à passagem do furacão Sandy pela costa leste dos EUA terá peso em seu voto. Uma avaliação anterior apontou que 79% classificaram a atuação do presidente como sendo boa ou excelente.

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Outro fator que pode influenciar na eleição de acordo com o Post é o último relatório de emprego (payroll). Segundo o Departamento do Trabalho, a economia americana criou 171 mil vagas de emprego em outubro, o que corresponde a 125 mil empregos acima da previsão. No entanto, a taxa de desemprego subiu de 7,8% em setembro para 7,9% em outubro.

Mesmo com o empate de votos, Obama tem vantagem na disputa porque iniciou a corrida pela Casa Branca com o apoio de 18 Estados mais a capital, totalizando 237 votos no Colégio Eleitoral, que define o vencedor. Já seu oponente, Romney, tem o apoio de 23 Estados, somando 191 votos eleitorais. Romney deve vencer na Carolina do Norte e Obama, em Nevada. Com isso, o presidente teria 243 votos contra 206 do ex-governador de Massachusetts.

 

O prazo para os candidatos que participaram do primeiro turno das eleições municipais 2012 apresentarem a Justiça Eleitoral a prestação de contas encerra na próxima terça-feira (6). Além dos prefeituráveis, os partidos políticos e comitês financeiros também terão que encaminhar suas contas finais nesta mesma data. 

Os participantes da eleição no dia 7 de outubro que deixarem de fazer a prestação de contas não irão obter a certidão de quitação eleitoral, o que impede a aquisição de registro de candidatura para o próximo pleito, devido a não estar em dia com a Justiça Eleitoral. 

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Para os prefeituráveis que participaram do segundo turno (no dia 28 de outubro) das eleições o prazo para prestação de contas se estende até o próximo dia 27.  Primeiro turno

As contas podem ser encaminhadas através do Sistema de Prestação de Contas Eleitorais (SPCE) de arquivo eletrônico pela internet. No entanto, a modalidade só pode ser utilizada pelo prestador de contas caso realize a atualização do sistema para a versão 1.07. 

É importante lembrar que o envio das prestações de contas finais pela internet não isenta candidatos, partidos e comitês da obrigatoriedade de entrega dessas prestações, com todos os seus demonstrativos e peças na forma impressa, à Justiça Eleitoral.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, articulador das campanhas petistas nas últimas eleições, está em busca de espaço para os candidatos que, mesmo derrotados, tiveram um bom desempenho na disputa. O primeiro convocado, o candidato petista em Campinas, Márcio Pochmann, reuniu-se com o ex-presidente no início da tarde desta quinta-feira no Instituto Lula, na capital paulista. Pochmann, que perdeu a disputa com Jonas Donizete (PSB), eleito com 57,69% dos votos contra 42,31% do petista, foi considerado "vitorioso" por ter levado a disputa para o segundo turno.

Cotado para compor o secretariado de Haddad, ele confirmou que seu futuro político foi o item principal da agenda com Lula, mas negou-se a dar detalhes. "Ainda não tem nada definido", desconversou. Pochmann foi secretário municipal em São Paulo no governo petista de Marta Suplicy, e depois assumiu a presidência do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mas nunca havia disputado uma eleição.

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Outro que está nos planos de Lula é o candidato derrotado em Taubaté, Isaac do Carmo. O ex-presidente elogiou o desempenho do petista que começou a disputa com 2% dos votos e levou as eleições para o segundo turno num tradicional reduto tucano. Carmo perdeu para Ortiz Júnior, do PSDB, por 62,96% a 37,08%, mas ainda aguarda decisão da Justiça, já que o Ministério Público Estadual pediu a anulação dos votos dados ao tucano.

Pós-graduado em Direito do Trabalho, o petista atua no movimento sindical há 16 anos e, como Lula, foi presidente do Sindicato dos Metalúrgicos. O ex-presidente quer dar projeção ao petista para que ele possa disputar a próxima eleição em condições de ganhar. Carmo, que ainda será recebido por Lula, já adiantou que pretende continuar na política. "Quase 60 mil votos são a base para que a gente continue trabalhando", disse.

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