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A plataforma digital brasileira de transferências internacionais, Remessa Online, está oferecendo um curso gratuito e virtual de educação e organização financeira. Para se inscrever e ter acesso à capacitação acesse o site da empresa.

Ministrado pelo economista e professor universitário André Galhardo, o curso irá abordar temas como planejamento financeiro, taxa de inflação, cartão de crédito, juros e spread bancário, custo efetivo total de financiamentos, entre outros.

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A capacitação, que é dividida em oito videoaulas com duração entre 7 e 12 minutos, é voltada tanto a pessoas que já conhecem um pouco de finanças quanto para quem está começando a organizar a vida financeira. Outros temas como: negociação de dívidas, câmbio e Taxa Selic e dicas de investimentos também serão trabalhados ao longo das videoaulas.

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Saber administrar o que entra e o que sai do nosso bolso é fundamental. Entretanto, nem sempre é uma tarefa simples e sem essa habilidade podem surgir dificuldades no futuro. Para que isso não aconteça, a educação financeira é de extrema importância para o controle de finanças, auxiliando também no desenvolvimento de independência financeira e na hora da tomada de decisões.

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O contador e professor de Graduação e Pós-Graduação da UNINASSAU Rogério Moura explica que a educação financeira é um dos principais métodos para quem deseja empreender e ter um equilíbrio nas contas. Ele defende que a disciplina seja adotada nas escolas públicas e particulares, nos ensinos fundamental e médio. “Agora que estão com uma visão mais avançada diante desse contexto para começar a aplicar essa disciplina dentro do cenário”, observa.

O professor afirma que muitas pessoas não são devidamente informadas sobre questões financeiras e faz uma diferença entre a matemática e a educação financeira. “Na matemática você aprende a fazer os devidos cálculos, e na educação financeira, além de você fazer os cálculos, você se educa diante dos seus gastos e os seus ganhos. Nesse cenário, há uma importância muito grande de nós conhecermos esse método, de podermos estar nos educando diante dessa disciplina”, ressalta.

Rogério Moura diz que, para quem adota esse método no cotidiano, os benefícios são de grande valia, sendo possível ter um retorno significativo e positivo a partir dessa escolha. “Você consegue ter um controle de tudo aquilo que você gasta e de tudo aquilo que você arrecada”, aponta.

De acordo com um panorama traçado por especialistas durante a abertura da Global Money Week 2021 – campanha anual de conscientização financeira realizada em março – a pandemia aumentou e escancarou as desigualdades sociais no mundo inteiro, chamando atenção para a importância da educação financeira de crianças e jovens.

Segundo Rogério Moura, muitas pessoas perderam os seus recursos e foram demitidas. Ele reitera que se faz necessária uma redução nos gastos, que hoje não podem ser exagerados, como um modo de prevenir que a situação se torne mais difícil futuramente por causa das dívidas.

Sendo assim, diz ele, a educação financeira deve partir desde o início, desde quando surge o controle dos gastos até se alcançar um resultado positivo. O professor reitera que possuir essa capacidade é fundamental em momentos de crise. “Todos têm que controlar os gastos”, complementa.

Elaine Cristina Rodrigues é autônoma e relata que tem o costume de anotar tudo o que compra em uma agenda para não perder o controle, e se planeja de acordo com a estimativa e lucro das vendas dela.

A partir disso, ela distribui as prioridades, como dízimo, luz, despesas domésticas, internet, cartões de crédito e outros. “Como utilizo o cartão para tudo, existem meses que são mais caros que os outros. Quando os valores são mais baixos, aí sim eu gasto com coisas aleatórias”, explica.

Elaine diz que a organização se tornou um hábito para ela desde que fez parte de uma caixinha entre amigos, da qual era responsável por gerenciar. Em relação aos benefícios, ela destaca que passou a ter mais seriedade e responsabilidade com as finanças. “Desde então, sou mais compromissada com meus gastos, pois gosto e priorizo saná-los antes do tempo”, acrescenta.

A vendedora, porém, lembra que já foi organizada em relação às finanças de maneira excessiva e que isso gerou consequências até mesmo para a saúde dela. “Eu me preocupava tanto com as contas que já cheguei a tomar remédios para dormir, acabei prejudicando minha saúde por um tempo. Hoje eu continuo organizada, só que de uma forma tranquila”, diz.

Elaine enfatiza que aqueles que desejam ter uma organização financeira precisam ter também compromisso e responsabilidade, e indica que o começo disso pode ser como o dela, tendo o controle de tudo em uma agenda. “Liste tudo aquilo que compra, todos os valores. Não cometa o erro de comprar além do valor que você recebe, isso acaba causando um transtorno financeiro, psicológico e moral”, reforça.

Por Isabella Cordeiro.

Nos últimos meses, o executivo André Veloso já foi sondado para, pelo menos, 20 vagas de diretor financeiro, também conhecido como CFO (sigla em inglês para Chief Financial Officer). Nos últimos dois anos, ele trabalhou na T4F (Time for Fun) e ajudou a companhia a lidar com os efeitos da pandemia, que paralisou o setor de entretenimento. Havia tanto trabalho para preservar caixa, cortar custos e renegociar dívidas, que Veloso nem conseguia avaliar direito o que chegava até ele de proposta.

No mês passado, no entanto, ele decidiu aceitar uma vaga e trocar a T4F pela Bemobi Mobile, que abriu o capital no início deste ano. "Contou a favor não só a questão financeira como também o ambiente e o projeto que será tocado", explica. Veloso destaca que a parcela de incentivo de longo prazo, que normalmente pode envolver participação na empresa ou uma fatia da valorização das ações, foi bastante relevante na sua escolha pela nova vaga, até mais que o salário fixo.

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"Dependendo da proposta, você tem mais tranquilidade na condução do trabalho e sabe que terá reconhecimento de todo valor agregado, que vai ser premiado pelo esforço", diz o executivo, que atua como CFO há 11 anos no mercado.

Como Veloso, muitos outros profissionais estão sendo assediados por recrutadores para mudar de emprego em troca de salários altos e incentivos que variam de empresa para empresa, mas podem significar ter parte das ações da companhia. Segundo dados da consultoria Egon Zenhder, multinacional especializada em desenvolvimento e recrutamento de lideranças, os incentivos de longo prazo (ILP) tiveram uma alta de quase 60% entre 2020 e 2021.

Ou seja, as empresas estão apostando nesse instrumento para atrair os profissionais e retê-los por períodos mais longos. Além de os valores terem aumentado mais em relação a pares de outras áreas, como diretor de marketing (19,03%), o prazo para receber os incentivos totais aumentou cerca de 12 meses, para quatro anos e meio (para os executivos de marketing esse prazo subiu metade, para três anos).

"O mercado está mais acirrando. Uma das formas de manter os profissionais é incrementar esse incentivo de longo prazo e amarrá-los por mais tempo", diz Luis Giolo, consultor líder da prática de sucessão de presidentes e Conselhos no Brasil da Egon Zenhder. Esses bônus variam muito entre as empresas, mas podem chegar a R$ 30 milhões por ano, com prazos de 2 a 5 anos para recebimento. Atualmente, o salário médio de um CFO é de R$ 130 mil por mês, segundo levantamento da consultoria. Entre o ano passado e agora, a remuneração cresceu 8% - acima da inflação. Os bônus de curto prazo praticamente não mudaram.

Na avaliação de Giolo, a expectativa é de que esse movimento de demanda pelos diretores financeiros continue em alta nos próximos meses por uma série de fatores. Primeiro porque durante o ano passado houve uma demanda reprimida. Muitas empresas seguraram contratações e agora estão retomando. Outros estão tirando alguns projetos do papel e precisam de executivos experientes.

Também tem o efeito dos IPOs (oferta pública de ações), que mesmo tendo esfriado um pouco devem ser retomados em algum momento. E, nesse caso, as empresas exigem profissionais que já tiveram experiência com abertura de capitais, diz o sócio do Grupo Fesa, de recrutamento executivo. "Há profissionais disponíveis no mercado, mas a maioria dos que contratei até agora estava em outras companhias. Isso gera uma inflação no setor."

Muitas empresas precisaram buscar esses profissionais para arrumar a casa por causa dos efeitos da pandemia. Além de ter de cortar despesas, algumas tiveram de reestruturar dívidas. O CFO André Veloso conta que foi procurado para ocupar vagas em diferentes empresas e setores. "Mas o motivo quase sempre estava ligado à agenda de crescimento. As companhias queriam se reestruturar para voltar a crescer ou para abrir o capital", disse ele. O que o atraiu para a empresa escolhida foi o projeto de crescimento inorgânico, ou seja, por meio de aquisições, o que deve exigir uma atuação forte da área financeira. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Liverpool anunciou nesta terça-feira o balanço financeiro da última temporada e revelou um prejuízo de 46 milhões de libras (R$ 348 milhões) em seus cofres por causa da pandemia do novo coronavírus. O déficit acontece um ano após o atual campeão inglês registrar lucro de 42 milhões de libras (R$ 318,2 milhões).

O anúncio ajuda a entender em parte a motivação da equipe em participar da lucrativa e "restrita" Superliga Europeia, que não existe mais no momento. O clube estima que a perda total de receita causada pela pandemia chegará a 120 milhões de libras (R$ 909,3 milhões).

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A suspensão da temporada em março de 2020 e seu retorno a portas fechadas três meses depois foram duros golpes para um clube com uma renda pouco menos diversificada do que os gigantes de Manchester - City e United. No mês passado, o proprietário americano da Fenway Sports Group chegou a concordar em vender 10% do clube ao fundo de investimento RedBird Capital por 543 milhões de libras (R$ 4,1 bilhões).

As receitas comerciais (como patrocinadores e merchandising) do time aumentaram 29 milhões de libras (R$ 219,7 milhões), mas não foram capazes de compensar a queda do dinheiro levantado em dias de jogo e direitos televisivos, em um total acumulado de 72 milhões de libras (R$ 545,6 milhões). A massa salarial, por sua vez, passou de 310 milhões de libras (R$ 2,3 bilhões) para 325 milhões de libras (R$ 2,4 bilhões).

"Este relatório financeiro, que termina em maio de 2020, começa a mostrar o impacto inicial da pandemia e as reduções significativas em alguns itens de receita", disse o CEO Andy Hughes. O dirigente garantiu, no entanto, que o Liverpool, que se encontrava "numa situação financeira sólida" antes da pandemia, conseguiu "gerir eficazmente os custos para navegar neste período sem precedentes".

Com uma dívida anunciada de R$ 900 milhões, a diretoria do Corinthians tem o desafio de reorganizar sua saúde financeira em meio à crise que assola o clube, o Brasil e o futebol dentro de campo. Mas diante do planejamento para equacionar esse problema com a captação de receitas e patrocinadores, as constantes pendências trabalhistas vêm sendo um complicador na tarefa de arrumar a casa.

O episódio mais recente é o do ex-jogador Clodoaldo, presente na campanha do rebaixamento do clube em 2007 e que ficou sob contrato até 2011. O atleta ganhou uma ação trabalhista contra o Corinthians alegando direitos de imagem e arena que não recebeu, além de férias, 13.º e FGTS. O valor estipulado é de R$ 900 mil que serão pagos em 18 parcelas de R$ 50 mil. A dívida só deve terminar no fim de junho de 2022. Ou seja, o clube continua pagando por um jogador que não tem mais no elenco. O acordo entre as partes põe fim a um imbróglio que se arrastava por nove anos na Justiça do Trabalho de São Paulo.

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Essas pendências têm minado o Corinthians numa temporada que o clube não pode contar com o dinheiro da torcida nem de alguns patrocinadores. A diretoria segue trabalhando em cima desta realidade. Durante uma transmissão no canal da torcida organizada Gaviões da Fiel, o diretor financeiro Wesley Melo comentou sobre negociações avançadas com duas empresas que devem auxiliar a gestão do clube. Uma delas é a KPMG, uma das quatro maiores multinacionais de auditoria, consultoria e assessoria tributária.

"Está vindo para nos auxiliar com essa dívida de mais de R$ 900 milhões. Não é uma auditoria, é uma inspeção. A gente precisa reduzir esta dívida, dar um fôlego e ser honesto com cada um desses credores", afirmou Melo na transmissão. Ele responde pelas finanças do clube.

O caso de Clodoaldo é apenas a ponta de um iceberg no que diz respeito a jogadores que batem à porta do Parque São Jorge atrás de seus direitos trabalhistas. O atacante Guilherme, que esteve no clube entre os anos de 2016 e 2019, ingressou com uma ação na Justiça do Trabalho cobrando R$ 2 milhões. As pendências reivindicadas pelo atleta (férias, 13º, FGTS) foram relativas ao seu último ano de vínculo.

Nesta lista de credores, até quem nunca vestiu a camisa do Corinthians também está cobrando seus direitos. É o caso do atacante Luidy, que ficou quatro anos sob contrato e nesse período foi emprestado para diversos clubes como Londrina, CRB, São Bento e Ceará. O processo corre na 23ª Vara de São Paulo e o valor da pedida é de pouco mais de R$ 720 mil.

As penhoras de receitas são fruto de má gestão financeira. A Justiça determinou no mês passado o confisco de cerca de R$ 2,1 milhões pela dívida da compra de Marlone junto ao Penapolense. A transferência ocorreu há pouco mais de cinco anos e o processo corre desde 2017. Em nota, o clube se pronunciou informando estar ciente das penhoras e que se pronunciaria dentro dos prazos judiciais.

Diante desse cenário, uma das medidas prioritárias do departamento de futebol tem sido desidratar a folha de pagamento. Em meio a toda essa situação, o técnico Vagner Mancini tenta manter um time competitivo nas competições que terá pela frente, como o Paulistão Sicredi 2021. A condição do Corinthians não contempla sua dívida de mais de R$ 1 milhão do clube com seu estádio em Itaquera.

O enxugamento de seus gastos mensais vai continuar. Estima-se que a folga do clube passe dos R$ 10 milhões. O clube quer reduzir ao menos R$ 3 milhões. Da Neo Química Arena, o Corinthians ganhou um cheque de R$ 300 milhões no total, mas diluídos em 20 anos. Novas transações podem acontecer nesse sentido. Quando o estádio voltar a operar, espera-se que o torcedor possa aparecer e apoiar o clube.

Atual campeão pernambucano, o Salgueiro desistiu da disputa da Série D do Campeonato Brasileiro. Preocupado com sua situação financeira, o time já havia pensado em desistir da Copa do Nordeste mas para não sofrer punições, preferiu jogar. O clube enviou comunicado a Federação Pernambucana de Futebol (FPF-PE), que entrou com pedido a CBF para a desistência.

Segundo o presidente de FPF-PE, Evandro Carvalho, o caráter da desistência do Salgueiro é financeiro. Mesmo com a ajuda de custos dado pela CBF, o clube achou melhor optar pela desistência, para não haver endividamentos que prejudiquem o clube.

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“O Salgueiro já havia tentado por desistir da Copa do Nordeste, mas como não haviam entrado com a solicitação na data correta, o convencemos a jogar para evitar punições. Como a série D é um campeonato longo, seis meses, a folha do clube é de R$ 200 mil, sem o apoio do empresariado ou da prefeitura, não acharam outra forma sustentável para disputar”, explicou Evandro Carvalho, ao LeiaJá.

Quem herda a vaga?

Segundo o GE, o Central quer a vaga do Salgueiro para a disputada da quarta divisão do futebol nacional. Mas, segundo Evandro Carvalho, não há confirmação ainda.

“Agora a CBF vai olhar o regulamento direitinho para ver quem vai herdar a vaga”, se resumiu a dizer.

A competição

A série D está prevista para começar no dia 26 de maio na sua fase preliminar, onde classificam quatro clubes para a fase de grupos, que será iniciada no dia 5 de junho. O Salgueiro estaria no grupo 3, com ABC, América-RN, Atlético-CE, Caucaia-CE, Campinense, Treze e Souza-PB.

A Prefeitura do Recife anunciou, nesta sexta-feira (26), que fechou o ano de 2020 com um valor de R$ 123 milhões em caixa. O dado foi exposto pela secretária de Finanças da capital pernambucana, Maíra Fischer, durante audiência pública na Comissão de Finanças da Câmara Municipal para apresentar o resultado do desempenho fiscal do último quadrimestre do ano passado.

Para Maíra Fischer, o trabalho da Prefeitura do Recife permitiu investimentos importantes na área de saúde, além da manutenção de serviços essenciais mesmo no ano atípico.

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“O desempenho das transferências e algumas receitas refletem o quadro de crise vivenciado no ano passado, mas que impulsionaram uma engenharia financeira que permitiu manter os serviços prestados pela prefeitura em dia e que possibilitaram importantes investimentos na área da saúde. Ainda assim, o resultado do último quadrimestre nos alerta para os próximos desafios. Por isso já lançamos um robusto Plano de Ajuste Fiscal, com meta de economia de R$ 100 milhões”, refletiu. 

No que se refere às receitas municipais, o Recife apresentou queda na arrecadação. Segundo a gestora municipal, parte desse desempenho foi o reflexo sentido a partir do quadro apresentado entre maio e julho do ano passado, mas apresentando indicativo de melhora a partir de agosto. 

Ajuste fiscal - Como medida para controle das finanças do município, o prefeito João Campos anunciou o Plano de Ajuste Fiscal no início de fevereiro. O controle e o corte de despesas internas visam uma economia ao cofre público municipal de R$ 100 milhões.

*Com informações da assessoria de imprensa

Os números ainda estão no vermelho para o Vaticano devido à queda nas doações (25%), à perda líquida de receita dos Museus do Vaticano (85%) e às reduções que teve de aplicar em 2020 aos aluguéis de suas instalações para empresas em crise após um ano difícil causado pela pandemia.

"É um período difícil para o Vaticano, como para todo o mundo", admitiu um alto funcionário da Santa Sé, que consultou as contas de 2020 e as comentou para a AFP.

“A situação financeira não é alarmante”, frisa.

A Cúria Romana, administração central da Igreja, que agrupa 60 entidades ao serviço do papa, regista um buraco "na ordem dos 90 milhões de euros" (108 milhões de dólares), nas suas contas de 2020, face a um déficit de 11 milhões de euros (13 milhões de dólares) em 2019.

Essa é uma das peças do quebra-cabeça que constituem as contas não consolidadas do Vaticano, calculadas separadamente pelo Governador do Estado da Cidade do Vaticano, o banco do Vaticano, o Denário de São Pedro, um fundo de pensões e fundações. No total, o Vaticano emprega cerca de 5.000 pessoas, que recebem regularmente seus salários.

O orçamento para 2021 da Cúria foi aprovado terça-feira pelo "Conselho de Economia", do qual fazem parte cerca de vinte pessoas, que se reuniram por videoconferência, informou o Vaticano na quarta-feira, sem dar mais detalhes.

- Milhões de euros desapareceram -

No ano passado, a Santa Sé teve que utilizar suas reservas financeiras, que estavam bem supridas para poder sustentar "vários anos" em caso de necessidade.

Com isso, compensou uma queda da ordem de "20 a 25%" em suas receitas em 2020, que provavelmente se repetirá em 2021, segundo a mesma fonte vaticana.

O chamado "Denário de San Pedro", que arrecada doações ao papa de todo o mundo, registrou uma queda de cerca de 25%. Grandes doações de dioceses ou instituições também registraram quedas semelhantes.

A reabertura dos Museus do Vaticano em 1º de fevereiro significaram uma boa notícia. O Governador do Estado, que os administra, teve que cortar pela metade os 30 milhões de euros que costuma contribuir com a Cúria para seu funcionamento.

Por sua vez, o Banco do Vaticano (IOR) aumentou a sua contribuição para a Cúria, cerca de 32 milhões de euros, contra 12 milhões em 2019.

Devido à pandemia, o papa aumentou os gastos com ajuda humanitária, em particular as contribuições para igrejas no Leste.

O Vaticano, dono de muitos imóveis, principalmente em Roma, decidiu apoiar empresas em dificuldade com a redução dos aluguéis comerciais.

Paralelamente, a Cúria no ano passado economizou cerca de 10% de suas despesas cancelando conferências e viagens, de acordo com uma fonte interna do Vaticano.

A margem de manobra do Vaticano é estreita porque "ele não pode pedir emprestado ou aumentar impostos como um estado", explicou o jesuíta espanhol Juan Antonio Guerrero Alves no início de outubro, chefe da Secretaria de Economia do Estado desde janeiro de 2020. do Vaticano.

"Além disso, a Santa Sé não funciona como empresa, não visa o lucro", sublinhou o religioso.

Nesta terça-feira (29), o prefeito eleito do Recife, João Campos (PSB), anunciou a economista Maíra Fischer para assumir a Secretaria de Finanças durante sua gestão. Desde 2011 no Governo do Estado, ela integrava a equipe de Planejamento, Orçamento e Gestão.

Nas redes sociais, o futuro prefeito fez um breve resumo da carreira da sua indicada. "Formada em Ciências Econômicas pela UFPE, com especialização em Gestão pela UAB Portugal e mestranda em Gestão pela UAB Portugal, ela é servidora pública da carreira de Gestor Governamental de Planejamento, Orçamento e Gestão do estado de Pernambuco desde 2011", listou.

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João ressalta que Maíra já contribui na transição de governos e demonstra "muito compromisso e capacidade de liderar um dos setores mais complexos e desafiadores de uma gestão". Ele também apresenta as competências da secretária e espera apoio na "pavimentação das ações que queremos, com a ajuda do nosso povo, construir para alcançar o objetivo de termos uma cidade cada vez melhor”, concluiu.

A 7ª edição da Semana Nacional de Educação Financeira (ENEF), evento com a participação do Sicredi Nacional, empresa de serviços financeiros, é realizada até 29 de novembro. A ação discute a temática “Resiliência Financeira: Como atravessar a crise?”.

O encontro, que é realizado anualmente, é organizado pelo Comitê Nacional de Educação Financeira (CONEF). Por meio de transmissões on-line, as ações serão realizadas em todo o País, alcançando os mais de 4,5 milhões de associados, em 23 estados e no Distrito Federal, onde a entidade atua. “O objetivo é estimular o cuidado e a mudança de comportamento em relação às finanças do brasileiro, contribuindo para uma vida mais próspera e sustentável. A ideia é alcançar vários públicos, como pessoas físicas e jurídicas, mas também jovens e até as crianças”, assegura a gerente de agência da Sicredi Recife, Magali Guimarães, de acordo com a assessoria da instituição.

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Na atual edição do evento, haverá o lançamento do “Programa Cooperação na Ponta do Lápis”, que, de acordo com Magali, é uma ação de “educação financeira, que será implantada em todo o país, com participação de todas as cooperativas e Fundação Sicredi”. Ainda segundo a gerente, o objetivo é “desenhar uma vida financeira mais sustentável, com ações relevantes e assim levar este tipo de educação a diversos públicos, e ajudá-los a transformar as suas finanças pessoais, através de informação, conhecimento e boas práticas em relação ao dinheiro”.

Na programação do evento, a Sicredi Recife realiza, no dia 26, às 20h, no canal do Youtube da instituição, uma live sobre ‘Finanças pessoais em tempos de crise’, com o consultor financeiro, sócio da ACBrasil e especialista em cooperativismo de crédito, Elias Bispo. Dentre os assuntos a serem abordados estão a importância de fazer escolhas financeiras conscientes, orçamento dentro da realidade familiar e sonhos e planejamento financeiro.

A Sicredi Recife realizará, ainda, a distribuição de um guia de bolso sobre educação financeira. “Quem for às nossas agências vai ter acesso a um material bem interessante, para levar para casa e tirar todas as suas dúvidas sobre o tema”, informa a gerente Magali Guimarães, segundo a assessoria.

Um dos destaques da ação é a parceria com a instituição Maurício de Souza Produções (MSP), trazendo personagens da Turma da Mônica. O público-alvo são as crianças, com gibis e animações dos personagens abordando temas acerca da educação financeira, de maneira lúdica. “O hábito de consumo consciente deve ser inserido na vida da criança e adolescente desde cedo, pois eles são consumidores em potencial do que é ofertado, na maioria das vezes, pelas redes sociais. O quanto antes essa educação for apresentada aos mais jovens, mais cedo será o impacto positivo”, ressalta Magali.

“Para a Sicredi Recife, educação financeira é um desafio real e urgente, no Brasil. O endividamento das famílias, a inadimplência e o baixo índice de pessoas com recursos em poupança são alguns dos fatores que reforçam a importância do tema. Por isso, queremos ser uma instituição transformadora, comprometida com o desenvolvimento econômico e social, a fim de construímos juntos uma sociedade mais prospera”, conclui a gerente.

Serviço

O que: 7ª Semana Nacional de Educação Financeira (ENEF)

Quando: 23 a 29 de novembro de 2020

Destaque na programação: - Live “Precisamos falar de dinheiro”

Participantes: Vera Rita de Mello Ferreira (Psicanalista e Dra. em Psicologia) e Marcos Piangers (Referência sobre paternidade e família, no Brasil).

Data: 23/11

Hora: 19h

Local: Youtube do Sicredi Recife - Live “Finanças pessoais em tempos de crise” Participante: Elias Bispo (consultor financeiro, sócio da ACBrasil e especialista em cooperativismo de crédito)

Data: 26/11

Hora: 20h

Local: Youtube da Sicredi Recife.

- Programa Cooperação Na Ponta do Lápis Informações: www.sicredi.com.br/site/napontadolapis/

- Turma da Mônica e Cooperação Na Ponta do Lápis Informações: www.sicredi.com.br/turmadamonica

Com informações da assessoria

Os prefeitos que assumirão a administração de suas cidades a partir de 1º de janeiro de 2021 encontrão mais dificuldades que os seus antecessores. A economia brasileira estará em recuperação após a recessão mais aguda da história, provocada pela pandemia de covid-19. No rastro da crise, queda de arrecadação e aumento do desemprego. As despesas não deverão dar trégua, ainda sob ameaça de mais gastos por causa de novas infecções.

“Num primeiro momento, eles vão enfrentar um cenário de terra arrasada”, prevê Ricardo Macedo, professor do curso de Ciências Econômicas do Ibmec no Rio de Janeiro. “Quem assumir uma prefeitura, além de ter poucos recursos, tem que descobrir novas fontes de receita.” Em sua opinião, o poder público municipal tem que fiscalizar mais, renegociar dívidas, e recuperar receitas - “pra fazer o caixa fluir”.

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Os novos administradores municipais começarão o mandato fazendo conta de menos. Conforme previsto em lei, os municípios, assim como estados e Distrito Federal, deixarão de receber o auxílio emergencial pago pela União após nove meses de pandemia. Até dezembro de 2020, esses entes federativos terão recebido R$ 79,19 bilhões do governo federal.

“O socorro da União aos municípios não tem como se repetir em 2021. É um ano de muito desafio na parte fiscal”, descreve José Ronaldo de Castro Souza Júnior, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). “Os gestores municipais estão sem quase nenhuma disponibilidade de caixa para políticas públicas, investimentos e gastos que não sejam pagar salários”, descreve.

O consultor da área de estudos técnicos da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) Eduardo Straz também usa o termo “desafio” para falar da situação dos municípios no primeiro ano de mandato dos novos prefeitos. “A sociedade via cobrar fomento de emprego e renda e já vai votar pensando nisso”, alerta aos candidatos - lembrando que até o período de transição e de preparação da nova administração vai ser mais curto por causa do adiamento das eleições em mais de um mês entre outubro e novembro.

Mais desequilíbrios

A extinção do recurso da União, a presença do coronavírus e a eventual retomada lenta da economia poderão agravar a situação fiscal de muitos municípios, especialmente entre aqueles que sofrem com o desequilíbrio entre o que arrecada e o que gastam – sobretudo em despesas obrigatórias.

De acordo com o Índice Firjan de Gestão Fiscal, medido com dados de 2018 junto a 5.337 municípios (96% das cidades brasileiras), mais de um terço das prefeituras não gera receita suficiente para manutenção da própria estrutura administrativa. Um quinto das prefeituras terminou aquele ano sem caixa para quitar todas as despesas. Quase a metade das cidades (49,4%) gasta a maior parte da receita com pessoal (54%).

O estudo Multi Cidades - Finanças dos Municípios do Brasil, publicado pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP), também com dados de 2018 referentes a 4.533 cidades (81,4% do total), esboça igualmente quadro de preocupações para os novos prefeitos: de cada R$ 10 que o conjunto das administrações municipais dispunha, R$ 9,09 foram gastos com despesas de pessoal (R$ 300,19 bilhões no total) ou custeio da máquina pública (R$ 247,14 bilhões). Apenas 6,4% (R$ 38,37 bilhões) de tudo que foi gasto se destinaram a investimentos.

Gastos sociais

Pessoal e custeio são as principais despesas para os municípios cumprirem suas obrigações estabelecidas em lei com educação (gastos de R$ 163,55 bilhões), com saúde (R$ 151,63 bilhões) e assistência social (R$ 17,98 bilhões). As três grandes rubricas consumiram juntas 55,3% (R$ 333,16 bilhões) de tudo que as cidades dispunham.

“Para manter escola pública, posto de saúde, Centro de Referência de Assistência Social (Cras), Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e todos os serviços essenciais abertos, os municípios tiveram que contratar pessoas. O pagamento desse pessoal consome grande parte dos recursos que vem dessas transferências”, assinala Eduardo Straz, da CNM.

O Brasil tem 5.570 municípios, ou 5.568 cidades se desconsideramos que Brasília e Fernando de Noronha que não têm prefeitura. O número expressivo de localidades indica a possibilidade de diferenças na situação econômica e social. Segundo a FNP a receita por habitante média dos municípios foi de R$ 2.992,79 em 2018.

Os valores apurados mudam conforme a região. No Sul, a média foi de R 3.475,43, enquanto no Norte, foi de R$ 2.295,98. A receita disponível é diferente conforme o porte do município e a vocação econômica das cidades e a disponibilidade de recursos naturais.

De acordo com o estudo da Frente Nacional dos Prefeitos, “existe um reduzido número de municípios, cerca de 0,7% do total, que conta com elevadíssimas receitas per capita anuais, cujos valores superam R$ 10 mil por habitante. Na sua grande maioria, são aqueles beneficiados pelo recebimento de royalties e participações especiais do petróleo e gás natural, royalties da mineração ou compensações financeiras pela ocupação de parte de seus territórios pelas represas destinadas à geração de energia elétrica.”

Distorções

Quanto ao tamanho da população, as regras de distribuição de recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), repartido pela União, favorecem os menores e os maiores municípios. Assim, as cidades com até 20 mil habitantes contaram em média com R$ 3.244,57 per capita, valor acima de cidades com mais de 500 mil habitantes, que tiveram em média R$ 3.216,72 per capita em 2018.

Um grupo de cerca de 100 municípios, apelidado de G100, preocupa especialmente a Frente Nacional dos Prefeitos. “Há uma porção significativa, de cerca de 10% do total, cujas receitas são inferiores a R$ 2 mil por habitante. Entre esses últimos, um subgrupo constituído por municípios com mais de 80 mil habitantes, além de possuir uma baixa receita per capita, reúne alguns dos piores indicadores nas áreas de saúde, educação, segurança pública, emprego e renda e ainda maior presença de pessoas na condição de extrema pobreza.”

“Hoje os municípios mais pobres são os municípios maiores das regiões metropolitanas. São municípios dormitórios”, detalha Paulo Miota, gerente de desenvolvimento territorial do Sebrae. Segundo ele, os mandatários dessas cidades estão sempre na luta por mais repasses federais e dos estados, e pela inclusão de emendas no Orçamento Geral da União. “O prefeito faz o quê, se ele tem pouca arrecadação e uma demanda enorme?”, pergunta.

Eduardo Straz, da CNM, também aponta para a distorções e opina que o país deve rever o “arranjo federativo”. Ele salienta que oito de cada dez municípios têm perfil rural, no entanto, a base de arrecadação prevista em lei para os municípios é de matriz urbana, como o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), por exemplo. Ou seja, a principal vocação econômica e de geração de riqueza do município, a agricultura familiar, gera recursos que não ficam para o município.

“Sobre toda essa riqueza criada de produto primário, o município não tem competência de tributar nada, quem arrecada é outro ente federativo. Assim, quem vive dependente do município são o estado e a União”, pondera Miota ao inverter o discurso de que os municípios são dependentes das transferências constitucionais do estado, fundo de participação com base no Imposto sobre a Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS) e da União - fundo de participação formado com base no Imposto de Renda sobre a Fonte (IRRF) e no Imposto sobre Produto Industrializado (IPI).

Problemas e soluções

Mas se os problemas estão nos municípios, as soluções também podem estar, admitem os especialistas. “O prefeito tem muitas possibilidades, apesar de muitas limitações. Onde tem um grande problema também tem oportunidade”, acredita Paulo Miota, do Sebrae. O receituário é simples: “o dinheiro do município fica no município.”

As prefeituras costumam ser o maior empregador e o maior comprador nas cidades. Miota sugere que a administração municipal confeccione na cooperativa local de costureiras o uniforme da rede pública, que se contrate microempreendedores individuais (MEI) para fazer pequenos reparos em prédios públicos e que comprem toda a merenda escolar da produção local.

O gerente de desenvolvimento territorial do Sebrae também recomenda que as prefeituras diminuam a burocracia e agilizem a liberação de alvarás, “sem abrir mão do controle”,  para o estabelecimento de empresas nas casas de quem faz home office. Ele sugestiona que os municípios procurem se consorciar com outras cidades para investimentos em saúde e tratamento de resíduos sólidos. Há mais sugestões no Guia do Candidato Empreendedor, disponível no site do Sebrae. 

O Vaticano anunciou, neste sábado (10), o fortalecimento das medidas de controle do fluxo financeiro de suas diferentes instituições, por meio de modificações em uma lei de 2013.

"As últimas modificações fazem parte de uma estratégia global, cujo objetivo é tornar a gestão das finanças do Vaticano cada vez mais transparentes, no âmbito de controles intensos e coordenados", declarou Carmelo Barbagallo, presidente do Organismo de Informação Financeira (OIF), em uma entrevista publicada pelo Vaticano.

O OIF, considerado o gendarme financeiro do Vaticano, é encarregado de controlar os fluxos financeiros do pequeno Estado, no âmbito da luta contra a lavagem de dinheiro e o terrorismo.

Com as modificações, "os mecanismos de defesa e controle das instituições (do Vaticano) que são afetadas de várias maneiras pelos fluxos financeiros serão ainda mais fortes", explicou Barbagallo.

"Cada sistema jurídico tem a missão fundamental de proteger e defender a dignidade de cada pessoa. Neste contexto, gerir com prudência e controlar com eficácia não é apenas um dever jurídico, mas também moral. Isto é ainda mais verdadeiro no que diz respeito ao controle de fluxos financeiros", acrescentou.

Uma equipe de especialistas do Moneyval, o órgão do Conselho da Europa que avalia as medidas de combate à lavagem de dinheiro, iniciou uma inspeção das contas do Vaticano há dez dias, a quinta desse tipo desde 2012.

Esta inspeção ocorre enquanto a justiça do Vaticano investiga há um ano o opaco financiamento da Santa Sé para a compra de um edifício de luxo em Londres.

Há cerca de duas semanas, um dos cardeais mais influentes do Vaticano, o italiano Angelo Becciu, foi afastado pelo papa sob suspeita de "malversação" em favor de seus irmãos. Ele também ocupou um cargo de responsabilidade no investimento do edifício de Londres.

O papa lembrou aos especialistas do Moneyval, a quem recebeu há dois dias, que um texto publicado em 19 de agosto obriga os funcionários do Vaticano a relatar qualquer atividade suspeita ao OIF.

O Papa Francisco deu passos decisivos nesta semana para acelerar sua reforma das finanças do Vaticano, cenário de inúmeros escândalos por seus controversos investimentos. Escolhido em 2013, há sete anos, para mudar as estruturas econômicas e financeiras da Santa Sé e garantir sua transparência, Francisco deu esta semana mais um importante passo de sua ambiciosa missão.

Todos os fundos de todos os diferentes órgãos e ministérios da Santa Sé serão administrados por uma única entidade, a Administração do Patrimônio da Sé Apostólica (Apsa), que administra entre outros as milhares de propriedades imobiliárias do Vaticano em Roma, explicou o presidente da entidade, o bispo Nunzio Galantino, em entrevista ao jornal Il Corriere della Sera.

O objetivo do Papa é impedir que os dicastérios, isto é, ministérios, assim como a poderosa Secretaria de Estado, manejem fundos que em alguns casos chegam a várias dezenas de milhões de euros e centralizem sua gestão para garantir também seu controle e transparência ao monitorar as contas do Vaticano.

A ideia vem do prefeito para a Economia, o jesuíta espanhol Antonio Guerrero Alves, nomeado no ano passado para substituir o cardeal australiano George Pell, acusado e absolvido em seu país por um caso de abuso infantil.

"O sistema de controle das operações financeiras era insuficiente. Levamos sete anos trabalhando nisso", afirmou o cardeal hondurenho Oscar Rodríguez Maradiaga, coordenador do grupo de seis cardeais que assessora o papa em suas reformas econômicas.

Os inimigos internos

O maior obstáculo para a realização das reformas são os "inimigos internos" do papa, ressaltou Rodríguez Maradiaga ao jornal italiano La Stampa. Para o especialista em Vaticano, Marco Politi - autor de vários livros sobre o pontificado, incluindo "A solidão de Francisco" - o papa está sozinho nessa batalha.

Apesar de ter usado a "mão de ferro" na sexta-feira contra o cardeal italiano Angelo Becciu, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, ao retirar todos os seus direitos de cardeal por causa do uso irregular de fundos da Secretaria de Estado, Francisco não tem recebido manifestações públicas de apoio até ao momento.

"Com este terremoto você pode ver a solidão de Francisco. O Papa está sozinho: os conservadores estão felizes que os escândalos estourem, há outro setor que nunca fala, nem com ele nem contra ele, e a frente reformista, que deveria apoiá-lo, também não quer interferir sobre a má gestão do dinheiro da Igreja", explicou Politi à AFP.

Em meio ao clima marcado por investigações e suspeitas de manipulação dos fundos do Vaticano, o cardeal australiano George Pell retorna a Roma esta semana, o poderoso "ex-ministro da Economia".

Em sete anos de pontificado, uma série de etapas importantes foram concluídas na luta contra a lavagem de dinheiro, que tiveram a aprovação do órgão de controle europeu denominado Moneyval.

Em 2015, foram encerradas 5.000 contas suspeitas do banco do Vaticano, e foi introduzida uma lei que rege as licitações, assim como as despesas internas, com o objetivo de prevenir outros escândalos de corrupção e evitar a adjudicação de contratos a amigos ou familiares.

As finanças da rainha Elizabeth II registraram perdas de 15 milhões de libras, quase 19 milhões de dólares, devido à pandemia da Covid-19, anunciou nesta quinta-feira (24) a casa real britânica, garantindo que não irá recorrer a dinheiro público para sanear as contas.

O orçamento da casa real, que cobre os gastos oficiais da soberana e a manutenção dos palácios reais, foi de 82,4 milhões de libras (105 milhões de dólares) até março de 2020, de acordo com um relatório financeiro apresentado nesta quinta-feira.

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Mas, justamente em março, o Reino Unido impôs um confinamento contra o coronavírus, o que atingiu duramente as finanças reais, que ficaram sem as importantes receitas geradas pelas visitas turísticas aos palácios.

Apesar da suspensão da quarentena, nem todas as instalações foram reabertas ao público, muito menos numeroso pós-pandemia.

Neste cenário, o tesoureiro da rainha Elizabeth, Michael Stevens, calculou que o orçamento central da casa real sofrerá perdas de 15 milhões de libras nos próximos três anos.

Stevens, porém, deixou claro que, em um momento em que milhões de pessoas sofrem com reduções de renda ou com o desemprego, a casa real não irá pedir aos contribuintes para que cubram o déficit.

"Não temos a intenção de pedir financiamento adicional e tentaremos gerir o impacto através de nossos próprios esforços", garantiu aos jornalistas.

A casa real britânica já congelou os salários de seus funcionários, não realiza novas contratações e "busca ativamente cortar gastos não essenciais", disse uma fonte na monarquia.

O ministro canadense das Finanças, Bill Morneau, anunciou nesta segunda-feira (17) sua demissão, em um contesto de divergências crescentes com o premier, Justin Trudeau, sobre os gastos no combate à pandemia de coronavírus.

"Agora que iniciamos uma nova fase da luta contra a pandemia, é o momento de um novo ministro das Finanças colocar em prática este projeto", disse Morneau em entrevista coletiva. "Por isso, renuncio aos meus cargos de ministro das Finanças e deputado", declarou, após se reunir com Trudeau.

Morneau, que era ministro desde 2015, anunciou a intenção de se candidatar ao cargo de secretário-geral da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).

A imprensa canadense deu conta, na última semana, de divergências profundas entre Morneau e Trudeau em relação à forma de reativar a economia canadense, enfraquecida pela pandemia, sem colocar em risco as finanças públicas, que sofrerão um déficit de mais de 343 bilhões de dólares este ano, segundo previsões do governo.

O comissário federal de ética canadense havia aberto no mês passado uma investigação sobre Morneau por sua ligação com a associação de caridade We Charity, que empregava sua filha e à qual o governo havia concedido um contrato importante sem licitação pública.

A investigação também afeta Trudeau por suposto conflito de interesses, após a divulgação de que a mulher, a mãe e o irmão do premier foram pagos pela mesma organização beneficente.

O banco de talentos do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) está com vagas para a área de instrutor de finanças e instrutor de segurança do trabalho. Para se candidatar, é necessário experiência mínima de um ano em docência, disponibilidade para trabalhar 35 horas semanais nos turnos da tarde e noite, e conhecimento em ferramentas de Ensino a Distância (EAD).

Os candidatos devem ter ainda formação na área e experiência profissional. O banco de talentos será para instrutores do quadro temporário.

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Os interessados devem enviar currículo até o dia 26 de julho para o e-mail rhsenac@pe.senac.br, colocando no assunto a opção de área para qual está se cadastrando. Atenção, o Senac confirma que e-mails sem a definição do assunto serão desconsiderados.

Confira abaixo os requisitos para se candidatar ao banco de talentos

Instrutor de Finanças – Experiência profissional, experiência mínima de um ano em docência e conhecimento em ferramentas EAD (diferencial), disponibilidade para trabalhar 35h semanais nos turnos da tarde e à noite. 

Instrutor de Segurança do Trabalho – Experiência profissional, experiência mínima de um ano em docência e conhecimento em ferramentas EAD (diferencial), disponibilidade para trabalhar 35h semanais nos turnos da tarde e à noite.

Mesmo com a crise causada pela pandemia, algumas empresas estão com postos de trabalho disponíveis para início imediato. Além de oferecer chances para quem procura o primeiro emprego, as contratantes disponibilizam vagas em esquema home office e para pessoas com deficiência (PCD). São 1.115 oportunidades em companhias que vão preencher o quadro de funcionários em áreas como finanças, logística e marketing.

A plataforma de recrutamento Luandre abriu processo seletivo para a contratação de 800 pessoas para o cargo de auxiliar de logística. A empresa dará preferência para candidatos que procuram o primeiro emprego, mas exige que tenham o ensino médio completo. O salário é de R$ 1.323,77 por mês e as inscrições devem ser realizada pelo site da recrutadora.

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Já o contact center Vikstar vai contratar 250 funcionários em São Paulo (capital e interior, nas cidades de Fernandópolis e Votuporanga) e no norte do estado do Paraná (município de Londrina). A maior parte dos novos colaboradores deve atuar no esquema home office. Do total, 34 vagas serão direcionados para pessoas com deficiência (PCD). Os selecionados vão exercer o trabalho em processos de vendas, atendimento ao cliente e suporte técnico. É recomendado que os candidatos tenham computador próprio (processador Intel core i5, 4 Mb de RAM e Windows 7, como configuração mínima) e conexão com internet de pelo menos 15 megabytes por segundo (Mbps). O rendimento é de R$ 1.224 mensais, mais benefícios, com comissões variáveis em algumas funções. O cadastro para participar da seleção deve ser feito no site da empresa.

Na cidade do Rio de Janeiro e região metropolitana da capital fluminense, o Grupo Petra Gold selecionará 50 consultores de vendas. A empresa, que atua no ramo da construção civil e no mercado financeiro, oferece salário de R$ 2.250, mais benefícios, e contratação em regime celetista para quem comprovar três anos de experiência na área. O processo seletivo da companhia receberá currículos dos interessados até a próxima sexta-feira (26), no e-mail rh@petragold.com.br.

O segmento de marketing também oferece vagas nos estados de São Paulo e do Paraná. A Squid, empresa que projeta e realiza campanhas com influenciadores digitais, tem 15 oportunidades em aberto para ampliar o quadro de funcionários. Em território paulista, cinco profissionais serão contratados para exercer os cargos em gestão de relacionamento com o cliente (Mkt CRM pleno), social Ads (Mkt Ads junior/pleno), comercial sênior, tecnologia backend sênior e planejamento. Já para atuação na cidade de Curitiba (PR), dez pessoas vão ocupar as funções de tech backend pleno/sênior, general manager Duopana, comercial new business, customer sucess account manager e User Experience (UX). Tanto a sede do Sul como a do Sudeste receberão currículos por meio do endereço eletrônico talentos@squidit.com.br.

O Banco Santander está com 1500 vagas de emprego, em busca de profissionais para atuar nos setores de risco, jurídico, tecnologia, dados e de finanças da empresa. O objetivo do banco com as contratações é reforçar o serviço de atendimento digital e trabalho remoto. 

Para se candidatar às vagas, os profissionais interessados devem enviar seus currículos para o site “Trabalhe Conosco” do Santander ou, no caso dos interessados nas vagas do setor de riscos, para o site específicos para essas oportunidades de emprego

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O banco conta ainda com um banco de talentos específico para a área de tecnologia, que tem foco em diversidade. Residentes na capital, região metropolitana e na cidade de São Carlos podem se inscrever para vagas em setores como infraestrutura, inteligência de dados e ainda desenvolvimento Java, Front End e Mobile através da internet.

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Educação financeira é um tema importante não apenas em temporadas de vacas magras, mas em qualquer momento em que seja preciso lidar com dinheiro. Para ajudar quem quer acompanhar de perto suas movimentações financeiras Lorelay Lopes, Head de Negócios do UP Consórcios, fintech criada pela área de inovação da Embracon, dá dicas de seis aplicativos feitos para ajudar a manter as economias pessoais e familiares no lugar. Confira:

Guiabolso - aplicativo para ajudar no controle financeiro pessoal, com funções para quem quer ficar de olho em gastos excessivos e estipular metas de economia. Ele permite categorizar despesas, criar gráficos de desempenho, além de funções simples, como consulta de saldo, extrato e fatura de cartão. Está disponível para iOS, Android e web, grátis.

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Finance - app para gestão financeira completo, que inclui recursos para controle de contas bancárias, conta caixa, cartão de crédito, conta poupança, contas a pagar e receber. Possui também a funcionalidade Lista de Compras, que permite cadastrar, com facilidade e praticidade, suas listas do dia a dia (supermercado, padaria, farmácia), de médio e longo prazos (móveis, reparos na residência) e de sonhos (viagens, veículos, imóveis). Além disso, os preços podem ser atualizados para que suas decisões de compras sejam cada vez melhores e caibam no orçamento. Somente para iOS.

Minhas Economias - aplicativo para organizar as finanças e controlar os gastos. Ele divide as despesas e receitas em categorias, algumas como alimentação, transporte, casa, entre outras que já vêm pré-estabelecidas. O usuário pode alterá-las e adicionar novas categorias e contas. Dentro de cada segmento é possível criar subcategorias. Na seção casa, por exemplo, é possível editar aluguel, luz e água. Ao classificar as despesas, é possível ter um maior controle dos recursos financeiros e acompanhar como o dinheiro está sendo gasto.

MoneyWise - disponível apenas para Android, permite monitorar o saldo por dia, semana, mês ou ano. O aplicativo ajuda o usuário a criar orçamentos para atingir metas e não ficar mais no vermelho. Os dados, que podem ser exportados para o computador e importados em um app de planilhas, servem para o usuário fazer um orçamento semanal, quinzenal ou mensal. A própria pessoa que decide quais transações serão incluídas e adiciona gastos com tags como transporte, restaurante e outros.

Orçamento Inteligente - este aplicativo disponibiliza mais de 30 tipos de transações. Tem um layout didático, simples e moderno. É possível sincronizá-lo com outros dispositivos da família em uma só planilha. Faz alertas de contas a vencer e pagamentos com três dias de antecedência. Grátis apenas iOS.

Mobills - gerenciador financeiro grátis que tem como função administrar as finanças pessoais, disponível para dispositivos Android e iOS Permite assumir os gastos com supermercado, lazer, cabeleireiro, transporte, contas de luz, água, telefone, entre outros, por meio de filtros como as categorias forma de pagamento e período de tempo. O app fornece gráficos interativos dos gastos, que podem ser exportados para Excel.

Nada parece acalmar o apetite do mundo financeiro por investimentos sustentáveis, um setor complexo que representa, segundo estimativas, um terço dos ativos em nível global e que enfrenta o desafio de demonstrar seu impacto real.

- O conceito e suas opções -

Um investimento sustentável financia um projeto favorável ao meio ambiente ou ajuda um ator a efetuar sua transição ecológica.

Os dois principais termos técnicos são ISR (Investimento Socialmente Responsável) e os critérios ESG (Ambientais, Sociais e de Governança).

Os investidores podem escolher entre cinco opções: a exclusão (de empresas de atividades contaminantes, por exemplo), a seleção das melhores em termos de ESG, o aspecto temático (fundos dedicados à água...) e o investimento com "impacto positivo", que melhora concretamente uma situação.

- Energias fósseis e nucleares -

É sustentável investir em grupos petroleiros? Para alguns não, mas para outros, sim, pois consideram que sua transição é necessária. Por exemplo, uma emissão de bônus "verdes" lançada pela Repsol gerou um acalorado debate no setor financeiro em 2017.

E no caso da energia nuclear? Quando o governo francês defendeu que esta fosse integrada na "rotulagem ecológica" europeia destinada a produtos financeiros, provocou protestos do Greenpeace.

- Furor investidor -

A dívida verde - bônus emitidos no mercado para financiar projetos ecológicos e submetidos a posteriori a uma avaliação -, ocupa um lugar preponderante.

Mas os investimentos sustentáveis vão além e incluem ações ou obrigações de empresas, por exemplo de provedores de energias renováveis, empréstimos para projetos verdes e inovações como o crédito baseado no impacto, no qual o empréstimo custa menos se forem alcançados os objetivos ESG definidos previamente.

Dos 92 trilhões de dólares em ativos financeiros em 2018, US$ 30 trilhões eram considerados como investimentos verdes, segundo Stéphane Marciel, encarregado de bônus sustentáveis e Julien Brune, correspondente de conselho e estruturação da dívida do Société Générale CIB.

A Europa se situa no topo, com 14,075 trilhões, seguida de perto da América do Norte, com 13,694 trilhões, muito distantes da Ásia, com 2,180 trilhões.

Para Noémie de la Gorce, analista de Finanças Sustentáveis, da S&P Global Ratings, "os mercados se lançaram em uma corrida para demonstrar que podiam participar do financiamento de [o combate às] mudanças climáticas".

- Falta de regulação -

Nenhuma regulação internacional se aplica às finanças verdes.

Mas a maioria dos atores são regidos pelos grandes princípios dos bônus sustentáveis, elaborados sob a égide da Associação Internacional de Mercados de Capitais (ICMA), destaca Frédéric Gabizon, encarregado do mercado de bônus no HSBC França.

A publicação em junho, de parte da Comissão Europeia, de um sistema de classificação constitui uma antecipação maior, embora por enquanto não tenha valor vinculante.

- Fraudes -

A onda verde também traz a questão do "greenwashing" ou maquiagem verde, ou seja, quando um projeto é apresentado como ecológico sem ser.

"Felizmente, as verdadeiras mentiras são incomuns, existem maus hábitos e alguns abusam do argumento ecológico", segundo o Fórum para o Investimento Responsável, uma associação que reúne representantes financeiros e ONGs.

Em caso de fraude, a sanção é dupla: os investidores fecham as comportas e a má fama se propaga.

- A chave: o impacto real -

As operações sustentáveis implicam sistematicamente uma avaliação sobre como se destinam os fundos e cada vez mais sobre seu impacto. Os informes são feitos pelos tomadores de empréstimos, mas cada vez mais se recorre a auditorias externas. Mas a avaliação do impacto é uma ciência jovem e complexa.

"Sobre as energias renováveis, pode-se dizer sem muita controvérsia que têm um impacto positivo. Mas no caso do carro elétrico, para além da redução de emissões, é preciso integrar o impacto da extração de minerais necessários para a bateria", segundo a especialista da S&P.

Para De la Gorce, "demonstrar o impacto real é o desafio mais importante" para o futuro das finanças responsáveis.

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