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O ex-presidente Lula (PT) deu detalhes de seu encontro com o presidente da França, Emmanuel Macron, ocorrido nesta quarta-feira (17) no Palácio do Eliseu, residência oficial do chefe do Executivo francês. Segundo o líder petista, a conversa tratou de temas como urgência climática e questões globais, como fome e pobreza.

"Também conversamos sobre o futuro da União Europeia e a integração da América Latina", disse Lula nas redes sociais. "Acredito que os líderes mundiais precisam sentar à mesa para dialogar e enfrentar esses desafios com uma governança global. Dividimos preocupações como o avanço da extrema direita pelo mundo e as ameaças à democracia e aos direitos humanos", completou.

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O ex-presidente brasileiro foi recebido com protocolo direcionado a chefes de Estado. Emmanuel Macron é desafeto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e crítico da atual política ambiental brasileira. 

Lula tem cumprido uma série de compromissos na Europa desde a última quinta-feira (11). Ele esteve em Berlim, na Alemanha, tendo se reunido com o futuro chanceler do país. Na Bélgica, o petista discursou no Parlamento Europeu, onde foi aplaudido de pé após declarar que o Brasil vive uma "tragédia sem precedentes" desde que Bolsonaro assumiu o governo. Na terça-feira (16), já na França, o ex-presidente almoçou com a prefeita de Paris, Anne Hidalgo.

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Em menos de 24h da inauguração, o "Touro de Ouro" colocado em frente à sede da Bolsa de Valores brasileira (B3), no Centro de São Paulo, foi alvo de protesto. Com cerca de três metros de altura, a estátua em fibra de vidro foi instala nessa terça-feira (16) para motivar os investidores como uma representação do famoso Touro de Bronze de Wall Street, nos Estados Unidos.

O Touro de São Paulo amanheceu com um lambe-lambe escrito "FOME" em letras garrafais. O ato foi publicado pelo coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos (PSOL), que parabenizou a ação de movimentos sociais.

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"AGORA EM SP! O touro ganhou a marca do Brasil de Bolsonaro! Parabéns ao Coletivo Negro Raiz da Liberdade e a Fogo no Pavio pela ação de denúncia!", publicou o psolista.

Os grupos já haviam invadido a Bolsa de Valores para protestar contra a desigualdade alimentar no mês passado. "O que para eles simboliza a força do mercado financeiro, para nós é um símbolo da fome, da miséria e da superexploração do trabalho", escreveu a Juventude Fogo no Pavio em seu perfil nas redes sociais.

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva retorna ao Brasil sob elogios de eurodeputados, após discurso emocionado no Parlamento Europeu, onde visitou nessa segunda-feira (15), em Bruxelas, na Bélgica, como parte de sua tour pelo continente. Em sua fala, disse que sua gestão quer provar “que é possível resolver os problemas do povo pobre, quando ele é colocado no Orçamento”, que o Brasil “tem jeito” e que é possível “construir uma economia justa, sem a destruição do meio ambiente e livre da exploração desumana da força de trabalho”.

O momento rendeu aplausos de pé por parte dos convidados do Parlamento e se tornou assunto das manchetes internacionais das últimas 24 horas. À ocasião, também foi crítico ao seu opositor e possível concorrente em 2022, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Disse que o conservador “representa uma peça importante da extrema direita fascista e nazista mundial” e que “não passa de uma cópia mal feita de Trump”.

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“Acabamos com a fome, a ONU reconheceu. Criamos 22 milhões de empregos”, disse recentemente o ex-presidente. A seguir voltou a dirigir seus dardos contra Bolsonaro: “A extrema direita não pensa no povo trabalhador, no pobre, no emprego, no índio, no negro, na população LGBT+, não pensa em nada que não seja a ganância e o processo de desestruturar o Estado brasileiro”, criticou Lula. Não sabe governar. Vendem, como estão fazendo com a Petrobras e querem fazer com os bancos públicos”.

Lula participou nessa segunda-feira (15) de um ato no Parlamento Europeu em que também esteve presente o ex-primeiro-ministro socialista espanhol José Luis Rodríguez Zapatero. “Temos o objetivo de compartilhar as agendas das esquerdas na América Latina e na Europa. E temos que enfrentar os populismos de direita e de extrema direita”, disse a líder dos social-democratas europeus, a espanhola Iratxe García, que declarou que apoiará o Partido dos Trabalhadores (PT) na próxima eleição.

Desde que saiu da prisão, Lula lidera as pesquisas em clima de polarização. “Estou preparado, motivado e com plena saúde”, tem dito. Mas não admite isso abertamente, cauteloso e respeitando os prazos do partido. “Estamos em um momento muito especial da política brasileira. Meu partido é atacado todos os dias”, destacou. “Mas meu partido vai ter um candidato em fevereiro ou março, e também temos que ver se vamos formar coalizão”, continuou.

A agência alimentar da ONU anunciou nesta segunda-feira que o número de pessoas à beira da fome em 43 países subiu para 45 milhões, enquanto a fome aguda dispara em todo o mundo.

O aumento em relação aos 42 milhões de pessoas registrados no começo do ano se explica em grande parte por uma avaliação que revelou que outros 3 milhões de pessoas sofrem com a fome no Afeganistão, indicou o Programa Mundial de Alimentos (PMA).

"Dezenas de milhões de pessoas estão olhando para o abismo. Os conflitos, as mudanças climáticas e a Covid-19 aumentam o número de pessoas que passam fome", disse o diretor executivo do PMA, David Beasley. "Os dados mais recentes mostram que existem agora mais de 45 milhões de pessoas que caminham para estar à beira da inanição", assinalou, após uma viagem ao Afeganistão, onde o PMA aumenta sua ajuda a quase 23 milhões de pessoas.

"O custo dos combustíveis sobe, o preço dos alimentos dispara, os fertilizantes estão mais caros, e tudo isso alimenta novas crises, como a que acontece agora no Afeganistão, bem como emergências de longa duração, como o Iêmen e a Síria", acrescentou Beasley.

Segundo o PMA, o custo de evitar a fome no mundo chega agora a US$ 7 bilhões, ante US$ 6,6 bilhões no começo do ano. O programa adverte que as formas de financiamento tradicionais estão saturadas.

As famílias que enfrentam a insegurança alimentar aguda são "obrigadas a tomar decisões devastadoras", casando seus filhos antes do tempo, retirando os mesmos da escola ou alimentando as crianças com insetos, folhas silvestres ou cactos. "Enquanto isso, as informações do Afeganistão dão conta de famílias que são forçadas a vender seus filhos, em uma tentativa desesperada de sobreviver", destacou Beasley.

As secas no Afeganistão se somam ao colapso econômico e levam as famílias ao limite, enquanto, na Síria, 12,4 milhões de pessoas não sabem de onde virá sua próxima refeição, informou o diretor.

O aumento da fome também é observado em Etiópia, Haiti, Somália, Angola, Quênia e Burundi, de acordo com a agência da ONU, que tem sede em Roma.

Como mais um retrato da fome no Brasil, um vídeo de um homem implorando por comida tem repercutido nas redes sociais. A gravação foi feita na última terça-feira (02), na Asa Norte, Brasília e divulgada pelo jornalista Carlos Alberto Júnior.

Pedindo por ajuda, o homem grita entre os blocos do condomínio que se chama Marcos e pergunta se as pessoas podem ajudá-lo com comida. "Meu nome é Marcos. Alguém compra um pão pra nós? Um leite? É fome. Por favor, é fome", exclama. 

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O jornalista responsável pela gravação diz que cenas como essa se repetem toda semana no local. "Famílias famintas param embaixo dos blocos e pedem qualquer tipo de ajuda. Esse rapaz se apresenta como Marcos e grita: “É fome!” Eu nunca havia presenciado isso na vida", declara Carlos.

Situação comum no Brasil

Cenas de pessoas com fome e pedindo ajuda já se tornaram comuns. Em outubro, no bairro Cocó, área nobre de Fortaleza, Ceará, um grupo foi filmado procurando alimentos dentro de um caminhão de lixo. A comida tinha sido jogada fora por um supermercado da localidade.

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Desde que seu marido disse a Fahima que eles deveriam vender suas duas filhas para que a família não morresse de fome depois de ser deslocada pela seca no oeste do Afeganistão, sua esposa não parou de chorar.

Farishteh, de seis anos, e Shokriya, de um ano e meio, sorriem com o rosto cheio de lama ao lado da mãe em sua casa de barro coberta com lonas perfuradas, sem saber que foram dadas em troca de dinheiro às famílias de seus futuros maridos, também menores de idade.

Seus compradores pagaram cerca de US$ 3.350 pela mais velha, e US$ 2.800, pela mais nova.

Assim que o valor total for pago, o que pode levar anos, as duas meninas terão de se despedir de seus pais e deste campo para deslocados internos em Qala-i-Naw, capital da província de Badghis, onde a família, originária de um distrito vizinho, encontrou refúgio.

Milhares de famílias deslocadas da região, uma das mais pobres deste país da Ásia Central, vivem esta trágica história. A maioria fugiu da seca que assola suas localidades de origem.

Em acampamentos de refugiados e vilarejos, os jornalistas da AFP identificaram pelo menos 15 famílias forçadas a proceder dessa forma por quantias de US$ 550 a US$ 4.000 para sobreviver.

A prática é generalizada. Os responsáveis pelos acampamentos e aldeias contabilizaram dezenas de casos desde a seca de 2018, um número que aumentou com a de 2021.

A família de Sabehreh, de 25 anos, vizinha de Fahima, pegou comida fiado em uma mercearia. O proprietário ameaçou "prendê-los", se não pagassem.

Para pagar suas dívidas, a família vendeu Zakereh, de três anos, que se casará com Zabiullah, filho do dono da mercearia, de quatro anos. A menina não suspeita de nada. Enquanto isso, o pai de seu futuro marido decidiu esperar até que ela tivesse idade suficiente para levá-la com eles.

"Não estou feliz por ter feito isso, mas não temos nada para comer nem beber (...). Se continuar assim, (também) teremos que vender nossa filha de três meses", desespera-se Sabehreh.

"Muitas pessoas estão vendendo suas filhas", diz outro vizinho, Gul Bibi, que vendeu sua filha Asho, de oito ou nove anos, para um homem de 23 anos, a quem sua família também devia dinheiro.

Bibi teme que esse homem volte do Irã para tirá-la de seu colo. "Sabemos que isso não é certo (...), mas não temos outra opção", resigna-se.

- Calvário interminável -

Em outro acampamento em Qala-i-Naw, Mohammad Assan enxuga as lágrimas enquanto mostra fotos de suas filhas Siana, de nove anos, e Edi Gul, de seis, que partiram com seus respectivos maridos jovens.

"Nunca mais as vimos. Não queríamos fazer isso, mas tínhamos que alimentar as outras crianças", explica Assan.

"As minhas filhas estão certamente melhores lá, com comida", tenta se consolar, antes de mostrar os pedaços de pão que os vizinhos compartilham com sua família, sua única refeição do dia.

Assan, que também tem de pagar pelos cuidados de sua esposa doente, continua endividado. Há poucos dias, começou a procurar um comprador para sua filha de quatro anos.

"Alguns dias fico louca, saio da barraca e não me lembro bem para onde estou indo", disse sua esposa, Dada Gul, sentada na tenda esfarrapada.

É uma provação sem fim para as mães: a decisão de vender sua filha, a espera até sua partida, muitas vezes por anos, até que as filhas tenham 10 ou 12 anos. E, então, a separação.

Rabia, uma viúva de 43 anos também desalojada pela seca, está fazendo o possível para adiar o terrível prazo. Sua filha Habibeh, de 12 anos, vendida por cerca de US$ 550, deveria ter partido há um mês, mas a mulher implorou à família de seu futuro marido que esperasse mais um ano.

"Eu quero ficar com minha mãe", sussurra a adolescente, com olhos tristes.

Rabia compraria sua filha de volta, se ela "tivesse algo para comer e beber".

Mas ela e seus três filhos mal têm do que viver. Seu filho de 11 anos trabalha em uma padaria por meio dólar por dia, e o de 9 anos coleta lixo por 30 centavos.

"Meu coração está partido (...), mas tinha que salvar meus filhos", justifica Rabia.

"Nos acampamentos, você come com alguns centavos por dia, que ganhamos mendigando, ou empurrando um carrinho de mão. Nós nos perguntamos como vamos sobreviver no próximo inverno", lamenta a mãe.

Esses casamentos "se devem a problemas econômicos, não é uma norma imposta" pelo Talibã, ressalta o governador em exercício de Badghis, Malawi Abdul Sattar, em conversa com a AFP.

A idade mínima legal para as meninas se casarem era de 16 anos no governo anterior, antes de o Talibã assumir o poder em agosto.

De acordo com um relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) de 2018, 42% das famílias afegãs têm uma filha que se casa antes dos 18 anos. A principal motivação é econômica, porque o casamento é visto, muitas vezes, como um meio de garantir a sobrevivência de uma família.

As meninas que se casam cedo podem, no entanto, ser expostas a sérios riscos: desde um parto complicado até violência doméstica.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usou as redes sociais, nesta quarta-feira (20), para reforçar a tese de que ainda não é a hora de definir se ele será candidato à Presidência em 2022 ou não. Segundo o petista, o momento é de priorizar a recuperação da economia e saúde do país.

"Não é momento de priorizar as eleições de 2022. Ainda estamos nos recuperando de uma pandemia que ceifou a vida mais de 600 mil pessoas, deixou milhares de órfãos. A fome e o desemprego castigando a vida do povo", declarou.

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Lula voltou a afirmar também que pretende unificar os setores progressistas.

"Vou deixar pra definir candidatura lá pra fevereiro/março. E vamos trabalhar pra construir a união dos setores progressistas. Sou defensor da ideia de que é normal que cada partido queira ter seu candidato, mas os setores progressistas podem se unificar em torno da construção de um programa que priorize a questão social", complementou.

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A fome cresce no Brasil em meio à pandemia da Covid-19, com mais da metade da população vivendo a insegurança alimentar, sem ter acesso pleno e permanente a alimentos. Segundo a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), são mais de 19 milhões de brasileiros passando fome atualmente.

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Na tentativa de diminuir a fome e possibilitar que moradores das comunidades mais carentes de Pernambuco recebam alimentos, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) iniciou, em março de 2020, vários projetos como o "Marmitas Solidárias"  e o "Roçado Solidário", sendo este último responsável pelas plantações dos alimentos que são distribuídos para a Rede de Bancos Populares de Alimentos que tem dezenas de bancos descentralizados.

Assentamento Che Guevara, em Bonito, Região Metropolitana do Recife. Foto Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens

Nova remessa

Na manhã desta quinta-feira (14), como parte da Jornada Nacional de Soberania Alimentar, os movimentos populares que integram a Via Campesina fizeram a doação de 10 toneladas de alimentos produzidos nos assentamentos e acampamentos da reforma agrária para 19 bancos populares espalhados no Grande Recife. 

Vani Souza, integrante do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), afirmou que "nós temos como proposta mudar esse cenário. Não vamos permitir, num país com terras agricultáveis, de camponeses e camponesas, ver 20 milhões de pessoas passando fome por um projeto de morte do capitalismo, do agronegócio e de Bolsonaro". 

Jaime Amorim, que integra a Direção Nacional do MST e da coordenação da Via Campesina Internacional revelou que "não basta ter segurança alimentar, fazer com que o alimento chegue a todas as partes do mundo. É necessário que ele seja saudável, tenha boa relação com o meio ambiente, que as pessoas sejam respeitadas, que quem produz alimentos tenha direitos. A soberania alimentar é um princípio da vida componesa", detalha.

 

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) usou as redes sociais, nesta segunda-feira (4), para afirmar que o ministro da Economia, Paulo Guedes, "lucrou" com a fome dos brasileiros. A afirmativa de Randolfe acontece após a revelação feita pela Pandora Papers, apontando que Paulo Guedes mantém uma offshore no exterior. Além dele, diversos empresários brasileiros compõem a listagem. 

"Paulo Guedes lucrou com a FOME e a MISÉRIA do povo brasileiro!", escreveu Randolfe, listando o aumento do gás de cozinha, da gasolina e da carne. 

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Randolfe afirmou também que pretende convocar o ministro para esclarecimentos e apresentar uma notícia-crime no Supremo Tribunal Federal. "Para o povo, a alta do dólar representa tudo mais caro. Para Paulo Guedes, representa lucro milionário de sua empresa no exterior. Iremos convocar o Ministro e o Presidente do BC [Roberto Campos Neto] para se explicarem ao Senado, além de apresentar notícia-crime ao STF!", emendou.

O senador não foi o único político a repercutir o assunto. O ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, também falou sobre a revelação no Twitter. Segundo o petista, manter contas em paraísos fiscais é antiético e pode causar improbidade.

"É antiético manter contas em paraísos fiscais para não pagar impostos. Se a conta é de uma autoridade econômica e foi declarada, pode ser legal, mas é grave. Se houve movimentação financeira é improbidade. Se usou informação privilegiada é crime! Se não apurar, é conivência!!", argumentou o Haddad.

Além deles, o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) disse que irá acionar o Ministério Público Federal contra Guedes e Campos Neto. "Eu e os demais líderes da oposição na Câmara vamos acionar o MPF para que Paulo Guedes e Roberto Campos Neto sejam investigados por manterem empresas num paraíso fiscal. A legislação brasileira proíbe que membros da cúpula do governo mantenham esse tipo de negócio", esclareceu.

A entrada da mansão de R$ 6 milhões do senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), na área nobre de Brasília, foi tomada por manifestantes do Movimento de Trabalhadores Sem Teto (MTST) na manhã desta quinta-feira (30). A mobilização protesta contra a desigualdade social no Brasil, exposta no aumento dos índices de insegurança alimentar e falta de moradia.  

"Tem rachadinha financiando a fome do nosso povo! Basta o povo não vai viver de ossos e migalhas", publicou o MTST em seu perfil oficial nas redes sociais. O coordenador do movimento, Guilherme Boulos (PSOL), também se pronunciou. "Enquanto o povo está na fila do osso, a família Bolsonaro esbanja luxo com dinheiro duvidoso", escreveu.

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A mansão acomodada em um terreno de 2.500m², constitui 1.100 m² de área construída no Setor de Mansões Dom Bosco, Lago Sul de Brasília. De acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), este foi o 20º imóvel adquirido por Flávio em 16 anos.

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Na denúncia do caso de "rachadinhas", o MPRJ entende que a compra e venda de, pelo menos, dois imóveis do senador serviram para lavar dinheiro. A aquisição da mansão ocorreu às vésperas do Superior Tribunal de Justiça (STJ) anular a quebra de sigilo bancário e fiscal solicitada pela investigação, publicou a Folha de S. Paulo.

A escritura informa que o filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) financiou R$ 3,1 milhões pelo Banco de Brasília (BRB) para negociar o novo empreendimento e parcelou em prestações de R$ 18.744,16, reforça o documento do 1º Ofício do Registro de Imóveis do Distrito Federal.

No entanto, Flávio e a esposa Fernanda declararam renda mensal de R$ 36.957,68, sendo R$ 28.307,68 dele e R$ 8,650 dela. A soma é menor que o valor mínimo exigido pelo BRB para o tipo de financiamento contratado, já que a parcela compromete cerca da metade da renda do casal. O BRB é comandado pelo governador do Distrito Federal e aliado do presidente Bolsonaro, Ibaneis Rocha (MDB).

 

Enquanto o Brasil bate recordes de produção no campo, parte dos brasileiros passa dias sem se alimentar. A contradição, apontada pela líder do Bloco Parlamentar Senado Independente, Eliziane Gama (Cidadania-MA), reforça uma preocupação recorrente entre senadores, mas que ganhou contornos dramáticos na pandemia. Uma série de projetos para enfrentar o problema da fome tramitam no Senado.

O Brasil é o segundo maior exportador de alimentos do mundo, segundo a Organização Mundial do Comércio (OMC), mas Relatório da Organização da ONU para Agricultura e Alimentação (FAO, em inglês) divulgado no dia 12 de julho estima que 23,5% da população brasileira tenha vivenciado insegurança alimentar moderada ou severa entre 2018 e 2020, um crescimento de 5,2% em comparação com o último período analisado, entre 2014 e 2016. 

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O estudo aponta que o número de brasileiros em insegurança alimentar severa saltou de 3,9 milhões para 7,5 milhões, equivalente a um crescimento percentual de 1,9% para 3,5%. As pessoas nessa situação passam fome por falta de comida e, em casos extremos, ficam dias sem alimentação. 

“A insegurança alimentar grave no Brasil, quando se come uma só vez por dia, atingiu 7,5 milhões de pessoas em 2020, contra 3,9 milhões em 2016. E com o agronegócio 'bombando'! Para matar a fome do mundo, precisamos primeiro matar a fome dos nossos irmãos”, apontou a senadora Eliziane. 

Outros levantamentos divulgados neste ano sobre o efeito da pandemia na barriga dos brasileiros reforçam o agravamento da fome. De acordo com um deles, feito pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), 55,2% da população (cerca de 116,8 milhões de pessoas) enfrentam algum grau de insegurança alimentar. Outra pesquisa, realizada pela Universidade Livre de Berlim em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais e a Universidade de Brasília, apontou que 15% da população estavam em estado de insegurança alimentar grave no ano passado.

Projetos

Entre os projetos em análise no Senado para tentar frear a insegurança alimentar está o PLP 53/2021 que proíbe, durante a pandemia, aumentar acima da inflação os preços dos alimentos da cesta básica nacional. A proposta do senador Jader Barbalho (MDB-PA) também concede às famílias carentes em situação de vulnerabilidade social o direito de receber a cesta básica durante a pandemia e prevê alíquota zero para uma série de tributos que incidem sobre itens dessa cesta.

Já o PL 3.098/2020, de autoria senador Plínio Valério  (PSDB-AM), determina ao Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan) a atribuição de distribuir cestas básicas a todos os cidadãos necessitados. O projeto altera a Lei 11.346, de 2006, para garantir a entrega de cestas básicas com alimentos adequados à consecução do direito humano à alimentação e produtos higiênicos. 

É preciso que a lei estabeleça de maneira inequívoca que faz parte do Sisan a viabilização do acesso de pessoas em dificuldades econômicas a alimentos adequados e saudáveis”, afirma Plínio.

Para evitar o desperdício de alimento, o PL 2.895/2019, do senador Jorge Kajuru (Podemos-GO), incentiva a formação de redes de coleta e doação de alimentos para entidades de assistência social. A proposta, que tem relator na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) o senador Nelsinho Trad (PSD-MS), determina que os alimentos distribuídos deverão estar em condições propícias para consumo. Kajuru aponta que "a maioria das organizações sociais dependem de doações voluntárias, que são esporádicas, descoordenadas e concentradas em datas especiais, que inspiram a generosidade do brasileiro”.

“Entretanto, em tempos de crise econômica, é bastante recorrente a falta de alimentos nessas instituições. Enquanto isso, são desperdiçadas toneladas de alimentos que não foram comercializados em estabelecimentos varejistas, atacadistas e em praças de alimentação de centros comerciais”, justifica o senador no projeto.

*Da Agência Senado

O curso preparatório 'Os Caras de Pau do Vestibular' está com inscrições abertas para o aulão de Humanas voltado aos estudantes que prestarão o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Será o primeiro encontro da série "Estigmas", cuja temática inicial será fome.

O evento será no formato presencial diretamente na instituição, no dia 8 de agosto, às 8h, e não terá transmissão pela internet. Além do roteiro elaborado pelo departamento artístico do curso, o aulão contará com a participação de alunos e ex-alunos na formação de um elenco teatral. As aulas serão ministradas pelos professores Benedito Serafim, Charliton Soares, na disciplina de geografia, e Marlyo Alex e Jonnas Magalhães, em história. Filosofia e sociologia serão guiadas por Marcílio Cruz e Cristiane Pantoja.

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Para conter a transmissão do novo coronavírus, o curso segue os protocolos de segurança, como o distanciamento entre as cadeiras na sala de aula. O uso de máscara de proteção é obrigatório em todos os espaços da instituição, e na entrada haverá uma pessoa para verificar a temperatura de todos.

Para se inscrever, basta enviar uma mensagem para o WhatsApp 3097-3041, informando nome completo e usuário do Instagram, se tiver, para participar de sorteios durante o evento. O pagamento pode ser feito via transferência por pix ou diretamente na instituição, que fica na Rua Corredor do Bispo, número 90, no bairro da Boa Vista, área central do Recife. O primeiro lote está sendo vendido por R$ 10, cada ingresso.

A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou nesta segunda-feira (12), que houve um agravamento dramático da fome mundial em 2020 e que, muito provavelmente, isso esteja relacionado às consequências da Covid-19.

A ONU aponta que, embora o impacto não tenha sido totalmente mapeado, um relatório de várias agências estima que cerca de 811 milhões de pessoas no mundo todo enfrentaram a fome em 2020. A edição deste ano de O Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo. é a primeira avaliação global desse tipo na era da pandemia. 

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Em 2020, a fome disparou em termos absolutos e proporcionais, ultrapassando o crescimento populacional: estima-se que cerca de 9,9% de todas as pessoas tenham sido afetadas no ano passado, ante 8,4% em 2019.

Mais da metade de todas as pessoas enfrentando a fome (418 milhões) vive na Ásia; mais de um terço (282 milhões) na África; e uma proporção menor (60 milhões) na América Latina e no Caribe. Mas o aumento mais acentuado da fome foi na África, onde a prevalência estimada – em 21% da população – é mais do que o dobro de qualquer outra região.

No geral, mais de 2,3 bilhões de pessoas não tiveram acesso à alimentação adequada durante todo  2020. A desigualdade de gênero se aprofundou: para cada 10 homens com insegurança alimentar, havia 11 mulheres com insegurança alimentar.

Crianças menores de cinco anos sofriam de desnutrição crônica, ou eram muito baixa para a sua idade - mais de 45 milhões tinham desnutrição aguda ou eram muito magras para a sua altura.

A pandemia de Covid-19 contribuiu, em 2020, para o aumento do número de pessoas que passam fome e terá efeitos de longo prazo na segurança alimentar - alertou a Organização da ONU para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

Esse agravamento da fome no mundo (+18% ano a ano), o mais importante nos últimos 15 anos, compromete mais do que nunca a meta das Nações Unidas de erradicar a fome no mundo até 2030, segundo o relatório da FAO publicado nesta segunda-feira (12).

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"Em 2020, entre 720 milhões e 811 milhões de pessoas no mundo enfrentaram a fome, ou seja, 118 milhões de pessoas a mais do que em 2010, se levarmos em conta a média dessa faixa (768 milhões)", alerta a FAO neste relatório publicado em colaboração com o Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (IFAD), com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o Programa Mundial de Alimentos (PMA) e a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Mais da metade das pessoas mal alimentadas vivem na Ásia (418 milhões), mais de um terço na África (282 milhões), e 8% delas (60 milhões), na América Latina.

"Vemos que os números aceleraram ainda mais fortemente", lamentou o diretor em Genebra do escritório da FAO nas Nações Unidas, Dominique Burgeon, em entrevista à AFP.

De forma mais ampla, o número de pessoas que não tiveram acesso à alimentação adequada ao longo do ano - ou seja, "quem, em alguns momentos do ano, pode ter dificuldades para se alimentar" - foi de 2,3 bilhões em 2020, afirmou Burgeon.

Isso significa "320 milhões mais pessoas" do que em 2019, acrescentou.

Trata-se de um aumento "equivalente ao verificado no conjunto dos cinco anos anteriores", segundo o relatório.

"Houve fatores que contribuíram para esta situação, essencialmente ligados a conflitos, ao impacto das mudanças climáticas, aos problemas econômicos que alguns países enfrentavam", lembra Burgeon.

"Tudo isso foi agravado pela situação de pandemia", de acordo com Burgeon.

Em alguns países, "principalmente os mais pobres, onde foram aplicadas medidas para prevenir a propagação da pandemia, as restrições de movimento impediram, por exemplo, que os pequenos agricultores levassem sua produção para os mercados", deixando-os sem renda para sobreviver.

Já "nas cidades, há, por vezes problemas de abastecimento, o que faz com que os preços aumentem", sublinhou Burgeon, referindo-se a países da região do Sahel, ou da África subsariana, como o Congo.

- Atraso do crescimento infantil -

"Mesmo antes da pandemia de covid-19, não estávamos no caminho de eliminar a fome e todas as formas de desnutrição no mundo até 2030. Hoje, a pandemia tornou essa tarefa ainda mais difícil", estima o relatório.

Pior ainda, de acordo com as projeções deste documento, "cerca de 600 milhões de pessoas poderão passar fome em 2030, em parte como resultado dos efeitos de longo prazo da pandemia da covid-19 na segurança alimentar global, o que é 30 milhões a mais do que em um cenário, no qual não teria ocorrido uma pandemia".

"O mundo não está a caminho de cumprir as metas de 2030 para nenhum dos indicadores de nutrição", diz o relatório, segundo o qual "a pandemia de covid-19 provavelmente teve um impacto na prevalência de múltiplas formas de desnutrição e pode ter efeitos duradouros".

O relatório informa ainda que "22% (149 milhões) das crianças com menos de cinco anos são afetadas por retardo de crescimento", destacando-se os "problemas de desenvolvimento cognitivo" que afetarão a vida desses menores.

Em uma carta escrita à mão, publicada na íntegra pelo deputado Glauber Braga (Psol-RJ), o ativista Rodrigo Pilha anunciou que deu início a uma greve de fome no presídio da Papuda, onde está detido. O militante filiado ao PT foi preso durante um protesto contra o presidente Jair Bolsonaro realizado no dia 18 de março, na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Na ocasião, ele carregava um cartaz com os dizeres "Bolsonaro Genocida". 

"Queridos familiares e amigos, após refletir bastante na última madrugada de cárcere, decidi que inicio a partir de hoje uma greve de fome sem data para acabar. Tendo em vista que o Judiciário segue me proibindo de falar, conceder entrevistas, e agora me mantém preso, mesmo eu tendo conquistado o direito ao regime aberto, optei por usar meu corpo e a resistência pacífica para protestar contra estes e diversos outros absurdos que seguem ocorrendo no sistema penitenciário do DF, por conta do autoritarismo policial e judicial", escreveu Pilha. 

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De acordo com o ativista, a greve de fome se dará em protesto às condições de cumprimento de pena que são impostas aos presos, bem como às violações de direitos humanos que ocorrem no sistema prisional do Distrito Federal. Pilha menciona a recorrência de ameaças de castigo e agressão, xingamentos e maus tratos por parte de policiais penais, bem como a realização de inquirições sem a presença dos advogados dos detentos.

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 "As celas e alas seguem hiper lotadas, com pessoas dormindo por cima das outras, e até no chão sujo em meio a baratas e escorpiões. O banheiro mais parece uma pocilga e os banhos de sol são de meia hora apenas. Castigos excessivos e por razões banais, com o mero intuito de causar a regressão penal dos presos, acabam por institucionalizar a tortura psicológica por parte do estado no cotidiano dos presídios", diz trecho da carta. 

Lideranças de esquerda consideram que a prisão de Rodrigo Pilha é inconstitucional e que se deu por motivos políticos. "Essa é a carta do preso político Rodrigo Pilha, petista que está mantido preso mesmo com ordem judicial para soltá-lo. Está na cadeia desde o dia 18 de março, onde sofreu tortura, porque chamou Bolsonaro de genocida em manifestação na frente do Palácio do Planalto", comentou o deputado federal Jorge Solla (PT-BA), em suas redes sociais.

Dezenas de milhares de crianças desnutridas correm o risco de morrer em zonas de difícil acesso na região etíope de Tigré, devastada pela fome - alertou a ONU nesta sexta-feira (11).

"Sem acesso humanitário para aumentar nossa ajuda, cerca de 30.000 crianças que sofrem uma grave desnutrição nestas zonas muito pouco acessíveis correm um grande risco de morrer", declarou o porta-voz do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), James Elder.

Seus comentários surgem um dia depois de a ONU alertar que 350.000 pessoas sofrem com a fome nessa região e que outros dois milhões estão prestes a cair nestas condições extremas.

O conflito no Tigré é protagonizado pelas forças das antigas autoridades regionais - a Frente de Libertação do Povo do Tigré (TPLF) - e o exército federal etíope, apoiado por tropas das autoridades regionais vizinhas de Amhara, assim como pelo exército da Eritreia.

"Há fome agora em Tigré", disse o subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários, Mark Lowcock, destacando que "todos os especialistas com quem a gente fala diz que isso vai piorar muito".

Segundo ele, os dados mais recentes mostram um percentual de pessoas que passam fome "mais alto do que em qualquer outra parte do mundo até o momento, desde que 250 mil somalis morreram de fome em 2011".

A ONU afirma que mais de 90% dos mais de cinco milhões de habitantes da região de Tigré precisam de ajuda alimentar com urgência. Diante deste quadro dramático, a organização pede que se mobilize rapidamente mais de US$ 200 milhões para ajudas.

As agências internacionais de ajuda reclamam há meses que as forças etíopes e seus aliados eritreus impedem o acesso a amplas regiões do Tigré. Os eritreus também foram acusados de prejudicarem a ajuda humanitária.

"Não podemos entrar em um quarto da área onde é necessária a ajuda do PMA", disse Tommy Thompson, coordenador de emergências do Programa Mundial de Alimentos (PMA) da Etiópia, em coletiva de imprensa virtual em Genebra nesta sexta-feira.

"Ninguém esteve em muitos desses lugares e é lá onde achamos que as pessoas estão morrendo", acrescentou.

Além do acesso a essas áreas, ele pediu urgentemente financiamento adicional para as operações de ajuda e o fim das hostilidades, destacando o perigo para os profissionais humanitários nos lugares em que conseguem chegar.

"Nove trabalhadores humanitários foram assassinados", disse Thompson, explicando que enfrentam uma crescente hostilidade nos postos de controle. Além disso, frequentemente "fornecemos ajuda, só para depois a roubarem dos beneficiados".

- "Rejeitados pelas partes em conflito" -

A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem "equipes preparadas, clínicas móveis (...) capazes de alimentar, de fornecer cuidados", mas "nossas equipes são rejeitadas pelas partes em conflito", disse à imprensa a porta-voz Margaret Harris.

"As crianças desnutridas têm mais probabilidade de contrair e morrer de muitas doenças infecciosas, como a pneumonia, diarreia, malária, sarampo", acrescentou, explicando que "há todos os ingredientes para uma situação explosiva".

Na quinta-feira, Estados Unidos e União Europeia lançaram uma apelo conjunto para aumentar os esforços internacionais para combater esta fome emergente.

Ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 2019, Ahmed justificou a manobra em reação aos ataques contra bases militares federais por parte da Frente de Libertação do Povo de Tigré, o partido dessa região que dominou a Etiópia por três décadas.

Prometeu uma campanha rápida, mas quase seis meses depois de o exército federal tomar a capital regional, Mekele, os combates continuam no Tigré e a situação humanitária está se deteriorando.

O respeito às regras sanitárias para garantir a saúde dos manifestantes contra o coronavírus foi uma preocupação da organização do protesto pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro, no Recife. Na manhã deste sábado (29), após a concentração na Praça do Derby, o ato seguiu em fila pelas ruas do Centro.

Na capital pernambucana, a organização montou uma comissão de biossegurança formada por 150 voluntários, que distribuiu máscaras de proteção tipo PFF2, álcool 70% e orientou os manifestantes a manter distanciamento, o que não foi totalmente obedecido.

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"A ideia era fazer um ato simbólico, mas a população também mostra que tá querendo ir para as ruas. A orientação era para ser menos gente", comentou o diretor do Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST), Paulo Mansan, que se mostrou surpreso com a adesão ao ato.

A Polícia Militar chegou a impedir que os carros de som acompanhassem a passeata, mas milhares de pessoas caminham em direção à Avenida Conde da Boa Vista pela destituição do do presidente Jair Bolsonaro e do seu vice, o general Hamilton Mourão (PRTB).

Diante das mais de 459 mil vítimas fatais da Covid-19 no Brasil - segundo o Conass - o protesto cobra por agilidade na vacinação, testagem em massa e auxílio emergencial mínimo de R$ 600.

O Google.org, braço filantrópico do Google, está doando R$ 5,2 milhões para a organização sem fins lucrativos Amigos do Bem. Com o recurso, serão distribuídas 42,5 mil cestas básicas a 8,5 mil famílias durante cinco meses em 140 povoados nos Estados de Alagoas, Pernambuco e Ceará. Além do alimento, 50 povoados impactados pela seca serão abastecidos com 3,8 milhões de litros de água potável ao longo de um ano.

Por conta da pandemia, 19 milhões de pessoas vivem com fome no Brasil, segundo pesquisa da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberana e Segurança Alimentar (Penssan). Desse total, 7,7 milhões vivem no Nordeste, onde Amigos do Bem atua. A pesquisa conclui que a fome voltou aos níveis drásticos, comuns no início dos anos 2000.

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Além da epidemia de fome, a insegurança hídrica atingiu 40,2% do total de domicílios do Nordeste. Segundo pesquisa da Divisão Sanitária Nacional, o total de domicílios rurais com pessoas passando fome dobra quando não há disponibilidade de água para os cultivos de subsistência. Nas regiões em que a Amigos do Bem atua, 98% das comunidades relatam secas ao longo do ano.

Além da doação à Amigos do Bem, o Google anunciou R$ 78 milhões em créditos de anúncios a serem utilizados por autoridades de saúde para divulgação de informações essenciais por meio de campanhas na pandemia, como a importância da vacinação. Por meio do Google.org, a empresa já doou R$ 5 milhões à Gerando Falcões e contribuiu com o Movimento União BR para a compra de usinas de oxigênio entregues a seis municípios no Amazonas.

Nesta quinta-feira (6), o Facebook anunciou que realizará uma doação de R$ 10,8 milhões para combater a fome no Brasil durante a pandemia de Covid-19. O dinheiro será direcionado à Ação Cidadania, ONG voltada para o enfrentamento à fome e à miséria no país, que utilizará o recurso para adquirir cerca de 216 mil cestas básicas, custando R$ 50 cada. A ação deve beneficiar mais de 850 mil pessoas.

Cada cesta básica contará com 3 quilos de arroz, 3 quilos de feijão, um quilo de macarrão, um litro de óleo, um quilo de açúcar e um quilo de farinha. Durante a pandemia, a ONG já arrecadou recursos suficientes para amparar mais de 6 milhões de pessoas, com o equivalente a 83 milhões de pratos de comida oferecidos a brasileiros em situação de insegurança alimentar.

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"Contar com o apoio dessa magnitude de uma das maiores empresas do ramo da tecnologia nos faz ter ainda mais fôlego para seguir nossa missão de ajudar quem passa fome no Brasil. É com alegria que recebemos os recursos e nos honra o reconhecimento de nosso trabalho em prol de milhões de brasileiros em situação de insegurança alimentar. Unir esforços de solidariedade tem sido nosso maior desafio, e é incrível ter o Facebook nessa empreitada", comentou o diretor-executivo da Ação da Cidadania, Rodrigo "Kiko" Afonso, à CNN.

A UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau Recife irá realizar, nos dias 7 e 8 de maio, das 9h às 16h, sua campanha Trote Legal. O projeto acontece em parceria com a Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria Executiva de Juventude (Sejuv), e o VerdFrut e visa arrecadar alimentos não perecíveis para famílias acompanhadas pela Sejuv. A ação terá três pontos de drive-thru para entrega dos itens e é uma ação semestral que prevê a integração entre os alunos da instituição por meio de ações solidárias.

Com tema "Feijão com arroz - sua solidariedade pode ser o prato cheio na mesa de alguém", o Trote Legal deste ano terá pontos de arrecadação na Praça do Derby (ao lado do branco Bradesco), na Avenida Caxangá (em frente ao Compaz Miguel Arraes) e no Parque Dona Lindu. Os alimentos arrecadados serão destinados à campanha Aniversário Solidário, da Prefeitura do Recife.

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"Infelizmente, temos muito mais pessoas em situação de pobreza hoje por causa da pandemia. Acreditamos, literalmente, que a solidariedade de uma pessoa pode significar uma refeição a mais garantida para quem está precisando. O Trote Legal é uma forma de minimizar essas necessidades, integrar nossos novos alunos e engajá-los no voluntariado", afirma o reitor da UNINASSAU Recife, Yuri Neiman.

Aniversário Solidário

Iniciada em 12 de março, aos 484 anos de fundação da cidade do Recife, a campanha Aniversário Solidário da Prefeitura da Cidade do Recife tem o objetivo de arrecadar alimentos para pessoas em vulnerabilidade devido à pandemia. As doações podem ser feitas nos 11 pontos de vacinação drive-thru no Recife, em dez supermercados da Rede Big espalhado pela cidade, na sede da Prefeitura, no Bairro do Recife, ou no Compaz Ariano Suassuna, no Cordeiro.

As cestas básicas arrecadadas estão sendo entregues às famílias acompanhadas pelos serviços da rede de Assistência Social do município, aos trabalhadores informais cadastrados pela Prefeitura e a instituições filantrópicas que atendem pessoas em vulnerabilidade. Desde o início, a campanha Aniversário Solidário já arrecadou mais de 137 mil quilos de alimentos. Os mantimentos já foram transformados em mais de 9 mil cestas básicas entregues.

Confira todos os pontos de arrecadação:

TROTE SOLIDÁRIO UNINASSAU

- Praça do Derby (ao lado do banco Bradesco);

- Avenida Caxangá (em frente ao Compaz Miguel Arraes);

- Parque Dona Lindu.

PONTOS DE VACINAÇÃO DRIVE-THRU E DE DOAÇÃO:

- Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), na Tamarineira;

- Parque de Exposição de Animais, no Cordeiro;

- Fórum Ministro Artur Marinho - Justiça Federal de Pernambuco (Avenida Recife), no Jiquiá;

- Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), em Dois Irmãos;

- Juizados Especiais do Recife, na Imbiribeira;

- Parque da Macaxeira, na Macaxeira;

- Geraldão, na Imbiribeira;

- Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), na Cidade Universitária;

- Tribunal Regional Federal da 5ª Região, no Bairro do Recife;

- Big Bompreço Boa Viagem e Casa Forte.

OUTROS PONTOS DE DOAÇÃO:

- Prefeitura do Recife. Avenida Cais do Apolo, 925, Bairro do Recife (das 9h às 12h e 14h às 16h, de segunda a sexta);

- Compaz Ariano Suassuna. Avenida General San Martin, 1208, Cordeiro (das 9h às 12h e 14h às 16h, de segunda a sexta);

- Big Bompreço Caxangá, Casa Forte, Avenida Recife, Boa Viagem (durante o horário de funcionamento);

- Bompreço Domingos Ferreira, Arruda, Aflitos, Benfica, Casa Amarela, Espinheiro (durante o horário de funcionamento).

Da assessoria

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