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Com passagem vitoriosa pelo Santa Cruz em 2015 e 2016, o atacante Bruno Moraes, o 'general', está de volta ao Arruda. O clube confirmou o retorno do atleta pelas redes sociais, nesta segunda-feira (26). O jogador é o 41º reforço da temporada. 

Bruno, em diversas entrevistas, nunca escondeu seu desejo de retornar ao Santa Cruz, clube onde viveu momentos marcantes. Em 59 partidas pela Cobra, ele marcou 20 vezes.

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Seu último clube foi o Dibba Al Fujairah dos Emirados Árabes. Bruno, recentemente, até confirmou que chegou a negociar um retorno ao Arruda, o que não aconteceu na ocasião. Na equipe atual, ele vai brigar pela vaga junto ao Wallace Pernambucano, Pipico e Léo Gaúcho. Os dois primeiros, inclusive, estão lesionados. 

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Após condicionar as eleições de 2022 ao interesse do presidente Jair Bolsonaro pelo voto impresso, o ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, foi chamado de "elemento perigoso" pelo relator da CPI da Covid-19, o senador Renan Calheiros (MDB-AL). Em uma série de publicações em seu perfil no Twitter, nesta quinta-feira (22), o parlamentar pediu a exoneração do militar para proteger a democracia.

De acordo com o senador, a ameaça contra o direito constitucional ao voto foi confirmada pela posição do Ministério da Defesa, que se apoia no ‘terror’ para amedrontar a população.

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“As declarações de Braga Netto, irresponsáveis e inconsequentes, ofendem a Constituição e o povo. Ele tem que ser exonerado o quanto antes, removido do posto que ocupa [...] O Brasil não pode se sujeitar ao capricho de mantê-lo onde está”, recomendou.

Nas publicações, Calheiros chega a apontar que o general foi alçado ao comando da pasta mais próxima das Forças Armadas como intenção do presidente da República em ameaçar as instituições democráticas, já que sua popularidade despenca a cada nova divulgação de pesquisas de intenção de voto.

"Bolsonaro quer manter a sociedade refém de sua obsessão continuísta. A população não o quer mais", advertiu.

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Em meio ao clima de atentado contra as eleições revelado pelo Estadão, o ministro assinou um comunicado oficial em que trata a situação como 'desinformação' e classifica como 'narrativa' para gerar instabilidade. No entanto, ele não desmentiu as articulações da Defesa pela obrigatoriedade do uso de urnas eletrônicas com voto impresso em 2022.

Também no Twitter, o presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL), que teria sido pressionado para que a proposta seja tocada com pressa na Casa, reiterou que o povo vai julgar seus representantes em outubro do próximo ano com ‘voto popular, secreto e soberano’, mas também não comentou sobre o perigo da suspensão da eleição criado por Braga Netto.

Calheiros seguiu a posição de Lira e afirmou que "o Congresso não deve admitir isso. O Senado, a Câmara dos Deputados e o Judiciário não podem ser ameaçados", escreveu.

Antes de ser nomeado assessor da Diretoria de Logística do Ministério da Saúde pelo então ministro Eduardo Pazuello, o general da reserva Ridauto Lúcio Fernandes chegou a indicar que mataria e faria coisas que não podem ser listadas para defender sua Pátria. Mesmo após indícios de superfaturamento e propina na compra de vacinas pelo governo Bolsonaro, o militar reforçou apoio ao presidente e vai assumir a direção do setor responsável pela aquisição de imunizantes no combate à pandemia.

"[...] Por minha Pátria em morro. E também mato e faço coisas que não vou listar aqui, para não provocar chiliques", escreveu Ridauto, que criticava um artigo publicado pelo ex-deputado federal Fernando Gabeira. "Acha que o Exército mudou em 50 anos? Adoraria mostrar que não mudou”, acrescentou em tom ameaçador.

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A posição contra o texto "O perigoso esporte de humilhar generais", publicado pelo O Globo, foi exposta em uma mensagem compartilhada em listas de WhatsApp com oficiais e policiais militares. O material desenvolvido por Gabeira em novembro do ano passado sugeria que o próprio presidente Jair Bolsonaro (sem partido) rebaixava o alto escalão das Forças Armadas ao desautorizar Pazuello em negociações das vacinas.

O general da reserva vai ser nomeado para o posto de Roberto Dias na Diretoria de Logística da Saúde. O ex-diretor foi exonerado no último dia 29 após ser denunciado por Luiz Paulo Dominguetti Pereira, representante da empresa Davati Medical Supply, que relatou ter sido pressionado para pagar a propina de US$ 1 - equivalente a R$ 5,21 - por vacina comprada de um lote com 400 milhões de doses do imunizante da AstraZeneca. 

Em maio do ano passado, período de maior atrito entre o Executivo e o Supremo Tribunal Federal (STF), marcado por manifestações antidemocráticas com a participação de Jair Bolsonaro, Ridauto defendeu a decretação de estado de sítio, quando o presidente centraliza o poder e suspende temporariamente a atuação dos Poderes Legislativo (deputados e senadores) e do Judiciário.

Confira a íntegra da mensagem de Ridauto Fernandes à lista de oficiais e PMs publicada pelo O Globo:

"Militares de carreira são escravos de seus valores. Isso é o que a sociedade não entende. E, como seres humanos, são diferentes uns dos outros. Inclusive quanto à escala de valores, que varia de um para o outro. De um modo geral, varia pouco. O que quero dizer com isso, em relação ao tema abordado pelo ex-MR-8 Gabeira, é que, por alguns valores, um militar passa (facilmente) por cima de muita coisa. Desculpem os que se sentirem ofendidos, mas por minha Pátria em morro. E também mato e faço coisas que não vou listar aqui, para não provocar chiliques. Se eu achar que minha Pátria estiver precisando, aceito de cabeça erguida humilhações e cusparadas. E, se achar que minha Pátria estiver precisando, providenciarei para que aquele que a esteja agredindo seja neutralizado. Adoro essa palavra, neutralizado. Que ideia essa, Gabeira. Pensar que a imagem do Exército e das Forças Armadas será arranhada, triscada sequer, porque o Presidente da República mandou um de seus ministros, que também é militar, fazer algo com que não concorda e o ministro, DISCIPLINADO, aceitou. Que ideia, Gabeira. Essa convivência próxima que vc mesmo diz que teve com certas lideranças militares não lhe ensinou nada? Mas não sou ingênuo de achar que vc apenas se enganou. Ah, não. Cada palavra sua é medida e pensada. E visa colocar integrantes das Forças Armadas, os menos experientes e menos preparados, contra seus Chefes. Tem coisa bem mais perigosa que humilhar generais, posso te assegurar. Quando vc diz que derrotará Bolsonaro e quantos militares estiverem a seu lado, estou imaginando que será pelo voto e pela via legal. É isso? Porque, se a ideia for outra forma QUALQUER, confesso que teria um grande prazer em estar ao lado do Presidente. Nem sempre cumprir o dever é algo sacrificante. Acha que o Exército mudou em 50 anos? Adoraria mostrar que não mudou. Gen Ridauto."

Tão brasileiro quanto o samba, o funk é quase unanimidade no país, podendo ser encontrado em inúmeras comunidades - e até casas de shows das mais nobres - do Norte ao Sul do país. A música que majoritariamente é produzida na favela traz consigo uma carga pesada de representatividade, senso de pertencimento e autoestima para aqueles que com ela convivem, a despeito de um expressivo preconceito que teima em marginalizar o gênero afastando-o da grande mídia e dos redutos tidos como de alta cultura. 

No Recife, capital de Pernambuco, o funk provou todo seu poder entre as décadas de 1990 e, sobretudo, 2000. Para o bem e para o mal. Na virada para o segundo milênio, quando na internet tudo ainda era ‘mato’, os envolvidos no segmento conseguiram impulsioná-lo através de fotologs - sites equivalentes ao que é hoje o Instagram. As lan houses instaladas nas comunidades, que vendiam acesso à internet por hora, geralmente a R$ 1 cada, transformavam-se em verdadeiros escritórios para que os funkeiros pudessem fazer o trabalho de divulgação, uma vez que computadores com acesso à rede eram artigos de luxo naquela época.

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Além da ‘world wide web’, outra ferramenta muito usada para espalhar a palavra dos MCs no auge da cena funk eram as carrocinhas de CDs piratas que circulavam pela cidade tocando os ‘batidões’, sem contar a influência causada por esses artistas em suas próprias comunidades. Mas o verdadeiro ápice da massa funkeira se dava mesmo nos bailes. Nas festas, os ‘bondes’ de cada comunidade se encontravam para exaltar a sua periferia e ‘duelar’ com outras ‘galeras’. A música dava o tom, tanto de valorização de cada bairro quanto da rivalidade entre eles, com letras sobre suas vivências que estimulavam a autoestima e o senso de pertencimento, porém, afloravam também uma agressividade que geralmente culminava em confronto. 

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MC Leozinho do Recife, um dos nomes de maior peso do movimento funk em Pernambuco. 

Os ‘bailes de galera’ ou ‘bailes de corredor’, que ‘bombaram’ nas periferias recifenses entre as décadas de 1990 e 2000,  reuniam milhares de pessoas e revelaram artistas que estão na cena até os dias atuais. Os MCs Boco, Schevchenko, Cego e Leozinho - esse último considerado um visionário do segmento e batizado como General -, começaram a construir suas carreiras nesse período, em festas que entraram para a história do funk pernambucano como o Baile do Rodoviário e Baile do Téo, todos realizados em bairros periféricos da Região Metropolitana da capital.

Outro funkeiro dessa época, ainda na ativa, é MC Pito, que guarda “na mente” boas lembranças dos antigos bailes: “Ficou em memória, toda a repercussão que o funk teve em Recife e em Pernambuco. Nós somos uma das capitais mais fortes no funk no Brasil, desde aquele tempo e ainda mais hoje”, disse em entrevista ao LeiaJá. No entanto, ao passo que o movimento se misturava a outros elementos do cotidiano das comunidades, como as torcidas organizadas e até mesmo o tráfico e disputas territoriais, a violência também aumentou nos eventos.

A polícia e a Justiça começaram a bater de frente com o movimento  e não era incomum que os eventos terminassem com batidas policiais. A violência em torno dos bailes contribuiu para que o estigma contra o gênero aumentasse e, consequentemente, sua maior marginalização. A pressão crescente em torno da cena, o preconceito instaurado e a falta de visibilidade de seus artistas para além de suas periferias, acabou colocando um ponto final na história das festas de galera. 

MC Pito é um dos veteranos da cena. Foto: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

Em meados de 2000, o famoso Baile do Rodoviário encerrou sua história em uma operação policial que contou com a intervenção das polícias civil, militar e até a Polícia de Trânsito da capital. “Quando veio do Rio pra cá não tinha essa ideia de funk consciente, funk de paz, era o funk de corredor, um som agitado e um bonde de cada lado, aquela selvageria. Toda ação traz uma reação, então acarretou em preconceito, uma má visão da sociedade e as autoridades tiveram que usar de força maior até que acabaram os bailes”, relembra MC Pito. 

Com o fim dos bailes e o já natural distanciamento das casas de show e programas populares da TV local, o funk estava fadado a desaparecer em Pernambuco. Foi aí que MC Leozinho acabou se jogando na cena ‘queridinha’ dos pernambucanos, o brega. O General, como é conhecido, já havia feito uma fundamental intervenção no movimento, ao lançar o Rap da Cyclone, música que homenageia não só o seu mas vários bairros periféricos da cidade e contribuiu para a diminuição da rivalidade existente entre eles. A música ganhou tanta força que ficou famosa até fora do Estado e é uma das mais pedidas nos shows do artista até hoje.

Mas foi por volta de 2008, ao lançar seu primeiro brega, Dois Corações, que o funkeiro acabou abrindo os caminhos para as boates mais badaladas do Recife e para a televisão. Provando ser possível uma coexistência saudável entre os dois estilos, ele passou a apresentar um pouco de cada em seus shows e a mistura acabou originando um terceiro gênero musical: o bregafunk. Leozinho é considerado o pioneiro no segmento que hoje domina as paradas do país e já chegou até ao exterior. Vários MCs de funk pegaram carona nesse ‘bonde’ e hoje ostentam carreiras consolidadas dentro e fora do Estado. “A tendência é crescer e chegou em um nível que não tem como cair mais, é um gênero que foi lançado no Brasil e no mundo, agora não volta mais”, disse Leozinho em entrevista ao LeiaJá.

MC Leozinho, o General, é considerado o precursor do bregafunk. Foto: Divulgação

No entanto, embora o bregafunk tenha conquistado tamanho reconhecimento, a força do funk ‘raiz’ parece mesmo ser imbatível ainda. Não há uma apresentação em que o General consiga terminar a primeira canção sem que o público já esteja pedindo por seus grandes sucessos, como o Rap da Cyclone e Cenário Louco. “Se eu não cantar funk no meu show a galera não gosta não. Meu público que vai ao show vai por causa do funk, eu acho. A galera curte o brega, mas o público vai pro show pra me ver cantar o funk. Se eu parar de cantar o brega e ficar cantando só os meus funks, acho que faço mais uns 20 anos de carreira”, brinca o MC que promete um EP de inéditas para agosto, além de lançamentos nos projetos Poesia Bregafunk e Invasão, esse último voltado ao funk consciente. 

Retomada na paz

Apesar do triunfo do bregafunk em meio a um aparente desaparecimento do funk raiz, um movimento de retomada da cultura dos bailes ganhou corpo no Recife por volta de 2016. O surgimento do Baile da PAZ, realizado pela equipe Funk Antigo de Pernambuco (FAPE), deu nova cara aos eventos e novos fundamentos à cena. “A rapaziada do funk antigo uniu todas as galeras, as galeras que eram rivais hoje se falam e vão pro baile curtir junto”, conta Leozinho. Com a chegada da pandemia, os eventos pararam de acontecer, no entanto, as articulações dos envolvidos na cena continuam através das redes sociais. 

Também somam força a esse movimento associações como a Relíquia da Pichação (RDP) e coletivos como o Pancada Funk PE, este último fundado por alguns MCs veteranos como o próprio MC Pito e MC Pato do Ibura, falecido em abril deste ano em virtude da Covid-19. O objetivo hoje, para além de voltar a curtir os bailes, é trabalhar em prol das comunidades e fortalecer a cultura do funk dentro do Estado, sobretudo para tirá-lo em definitivo da marginalização, como explica Pito. “A diminuição do preconceito vem de dia a dia, não acontece de imediato, mas esse momento do funk da paz aconteceu uma coisa muito importante que no passado não existia, que é o funk se mobilizar para ajudar a comunidade, fazer ação social, levantar meios de revitalizar uma praça, um campo de futebol em nome do movimento. Isso abriu o leque pra sociedade ter outra análise do que rolava antes, há 20 anos atrás e o que vem acontecendo agora”.

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Hoje, o funk tem se aliado a outras cenas, como a  do brega, rap, trap e até mesmo do samba com intuito de promover a autoestima das pessoas que o fazem e o consomem e provar para a sociedade que é uma cultura valiosa e tão poderosa quanto qualquer outra. Além de servir como instrumento de identificação e pertencimento dos moradores das comunidades, o funk também movimenta a economia local, gera empregos diretos e indiretos e consegue, através das letras conscientes, orientar os mais jovens a andarem ‘pelo certo’, longe das drogas e da criminalidade. 

Nesse caminho, o movimento conseguiu subverter a violência e aos estigmas mais negativos com apurado senso de coletividade dos seus fazedores e a força de vontade de quem acredita no funk como ferramenta de empoderamento e libertação, como bem coloca MC Pito. “É uma chama que até hoje não conseguiu se apagar, mesmo com justiça em cima, polícia em cima, sociedade discriminando mas a gente vai arrumando meios para ir se esquivando e segurando firme a bandeira do funk. O meu maior objetivo hoje em dia não é estourar, é somente que minhas músicas sejam eternizadas no cotidiano das pessoas que quando escutem elas digam; ‘poxa me inspirei nessa música e eu vi que como ele falou na música aconteceu na minha vida’;  é fazer a música para ser consumida verdadeiramente pelas pessoas”. 

Homenagem a MC Pato do Ibura

Neste sábado (27), o coletivo Pancada Funk PE promove uma live para homenagear um de seus fundadores, o MC Pato do Ibura. Participam da transmissão os MCs Tibiro, Feru, Rugal, Omago, Frenk, Beca e Pito. A live marca também o início da formulação de projetos que estão à espera do fim da pandemia para poderem acontecer. Segundo MC Pito, além de um CD de inéditas suas, já pronto e aguardando o melhor momento para lançamento, virão sites, clipes, e outras ações que visam promover os artistas e a cena do funk. A live será exibida nas redes sociais do coletivo a partir das 13h.

O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello não vai depor na CPI da Covid no Senado nesta quarta-feira (5) por supostamente ter tido contato com dois assessores infectados pelo novo coronavírus.

A revelação foi feita pelo presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), na abertura da sessão desta terça (4), que tem os depoimentos dos também ex-ministros Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich.

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"Fui comunicado hoje de manhã que Pazuello teve contato com dois coronéis auxiliares dele no final de semana que estão com Covid. Segundo a informação que eu tenho, ele vai entrar em quarentena e não virá depor amanhã", disse Aziz. O adiamento do depoimento, no entanto, ainda não foi oficializado.

Pazuello já teve Covid em outubro do ano passado e há menos de 10 dias foi flagrado andando sem máscara de proteção em um shopping de Manaus. O uso do dispositivo é uma das principais medidas para evitar a infecção pelo novo coronavírus.

O depoimento de Pazuello é o mais aguardado da CPI, já que o general da ativa foi ministro da Saúde durante a maior parte da pandemia (maio de 2020 a março de 2021). Em sua gestão, mais de 280 mil pessoas morreram de Covid no Brasil, sem contar a subnotificação.

Fiel a Bolsonaro, o militar deve ser questionado sobre a demora na compra de vacinas por parte do governo, o colapso de hospitais em Manaus, a ausência de um programa nacional de testagem e a promoção de tratamentos precoces de ineficácia comprovada.

Da Ansa

Depois de ter ficado de fora da reunião ministerial feita pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na manhã desta terça-feira (9), o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB), que não foi chamado, disse não ter ficado incomodado.

"Não fui convidado, não fui chamado. Acredito que o presidente julgou que era desnecessária a minha presença. Não estou incomodado, não", disse Mourão ao ser questionado pela imprensa em Brasília.

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Essa não é a primeira vez que o vice-presidente fica de fora de uma reunião ministerial neste ano. No entanto, na primeira vez Mourão se recuperava da Covid-19.

Na corda bamba por críticas de incompetência à frente das ações de enfrentamento à Covid-19, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, passou a dizer que não havia recomendado o uso da cloroquina para se sustentar no cargo. Ainda assim, dificilmente o líder da pasta será demitido, mesmo com a dança das cadeiras proposta pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante a pandemia, indica o cientista político Elton Gomes.

Para o especialista, apesar da experiência em logística militar como general do Exército, Pazuello não teve parâmetro para reagir diante da logística civil em um cenário de pandemia. "O mais provável é que ele permaneça no cargo nesse primeiro momento. Demiti-lo agora, além de gerar atrito com o núcleo militar do bolsonarismo, equivaleria a um 'atestado de derrota política'", avalia Gomes.

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A mudança de postura em relação às vacinas, sobretudo após a autorização da Coronavac pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), deu certa sobrevida ao ministro. Contudo, sua atuação para garantir o sucesso do Plano Nacional de Imunização será fundamental para sua permanência. "Se nos próximos dez ou quinze dias o Governo Federal não trouxer os insumos para produção da vacina de Oxford pela Fiocruz, a situação de Pazuello pode se deteriorar de modo praticamente irreversível", aponta o analista.

Sem malícia política para lidar com as condutas inconstantes do presidente e derrotado pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), na busca por um imunizante eficaz, a incerteza no horizonte do general não é exclusividade da gestão Bolsonaro. Enquanto a pandemia era agravada, os ex-ministros Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich saíram da pasta por discordar da posição negacionista do chefe do Executivo.

A troca de ministros é considerada como tradição e, na visão de Elton Gomes, a busca por apoio para Arthur Lira (PP) na eleição da Câmara dos Deputados também pode interferir no comando da Saúde. “No presidencialismo de coalizão brasileiro, a literatura acadêmica reconhece que as trocas de titulares de pastas e reformas ministeriais são instrumentos regularmente empregados pelo chefe do Executivo para atingir seus objetivos políticos, mantendo apoio congressual, implementando sua agenda e realizando o recall de ministros incompetentes ou envolvidos em escândalos", complementou.

A líder indígena Sonia Guajajara, candidata a vice-presidente da República pelo Psol em 2018, e a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) apresentaram uma queixa-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, o general reformado Augusto Heleno. O general está sendo acusado de difamação.

Heleno associou Sonia e a Apib, coordenada por ela, a um suposto crime de lesa-pátria durante publicações no Twitter em setembro. Ele acusou a Articulação de "estar por trás do site defundbolsonaro.org, cujos objetivos são publicar fake news contra o Brasil: imputar crimes ambientais ao presidente da República; e apoiar campanhas internacionais de boicote a produtos brasileiros." Em seguida, Heleno disse que a "Emergency Apib é presidida pela indígena Sonia Guajajara, militante do PSOL e ligada ao ator Leonardo Di Caprio, crítico ferrenho do nosso país."

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"O site da Apib se associa a diversos outros, que tb trabalham 24 horas por dia para manchar a nossa imagem no exterior, em um crime de lesa-pátria", disse ainda o ministro.

Sônia e a APIB dizem na queixa-crime que foram surpreendidas pelas postagens, que atribuíam a elas atos de extrema gravidade. A queixa-crime diz que as acusações são mentirosas e nocivas à honra.

"Fica evidente que o Twitter postado tem cunho difamatório, sem qualquer compromisso com a veracidade dos fatos, irrigado por teorias de conspirações que, tais fatos, por si só, justificam a condenação do querelado [Augusto Heleno] e o deve indenizar e reparar os danos causados à parte requerente", continua o texto.

Os advogados destacam que o general não se retratou e ainda reafirmou o teor em entrevista à Rádio Bandeirantes. Alguns dias depois, foi revelado que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), subordinada ao GSI, participou da Cúpula do Clima das Nações Unidas, COP-25, em dezembro de 2019 em Madri. No Twitter, o ministro disse que o órgão deve acompanhar campanhas internacionais apoiadas por "maus brasileiros". Sônia e a APIB estavam na COP-25.

Em setembro, Guajajara havia interpelado Augusto Heleno para que ele explicasse o conteúdo das publicações, mas o ministro Dias Toffoli decidiu não dar prosseguimento à petição. O crime de difamação prevê pena de detenção de três meses a um ano mais multa. O ministro não se posicionou sobre o caso até o momento.

Há seis meses à frente do Ministério da Saúde, o general Eduardo Pazuello usou R$ 88 milhões de verbas da pasta em propagandas sobre a Covid-19 que ignoram a prevenção e tratam de temas diversos da pandemia, como reabertura do comércio e promoção do agronegócio. Para o senador e ex-ministro da Saúde Humberto Costa (PT-PE), a decisão demonstra o completo descompromisso do governo Bolsonaro no combate ao coronavírus.

A verba gasta por Pazuello seria suficiente para pagar uma parcela do auxílio emergencial de R$ 300 a 293 mil brasileiros. Dados mostram que, depois da decisão de Bolsonaro de cortar o auxílio pela metade, a pobreza, a miséria e a fome se alastraram no país e, atualmente, a fila do Bolsa Família voltou a ter mais de 1 milhão de pessoa à espera do benefício.

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O desperdício de dinheiro público levou Humberto a recorrer ao Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União para que o emprego dos recursos, com total desvio de finalidade, seja devidamente apurado. No ofício enviado à procuradora-geral Cristina Machado, o senador ressalta que os recursos do Ministério da Saúde são usados para outros fins que não os da saúde.

"É inaceitável que, com o Brasil chegando a 177 mil mortos e enfrentando a violência de uma segunda onda de Covid, sem que nem mesmo tenhamos saído da primeira, o governo empregue dinheiro em propaganda para alienar a população e promover suas ideias bestiais. Isso é criminoso. É a utilização descarada de verbas públicas para propósitos absolutamente escusos", afirmou Humberto.    

*Da assessoria 

Ex-ministro da Secretaria de Governo, o general Carlos Alberto dos Santos Cruz usou o Twitter para disparar contra a fala do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre a necessidade do Brasil deixar de ser um "país de maricas" diante do combate à Covid-19.

Usando letras garrafais, Santos Cruz subiu o tom contra o seu ex-aliado e disse que os eleitores votaram por equilíbrio e união e não para "shows" constantes. 

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"CANSADO DE SHOW", começou o ex-auxiliar de Bolsonaro. "O Brasil não é um país de maricas. É tolerante demais com a desigualdade social, corrupção, privilégios. Votou contra extremismos e corrupção. Votou por equilíbrio e união.  Precisa de  seriedade e não de show, espetáculo, embuste, fanfarronice e desrespeito", emendou o general, que chegou a estar entre os assuntos mais comentados do Twitter após a fala.

A avaliação mais crítica do ex-ministro não foi a primeira exposta nesta semana. Há dois dias ele também comentou sobre a polêmica envolvendo a CoronaVac. "GANHOU DE QUEM? Vacina, qualquer que seja, é saúde pública. É para a população. Não é assunto particular. O trato tem ser técnico e dentro da lei. Fora disso é irresponsabilidade, falta de noção mínima das obrigações, desrespeito pela saúde dos cidadãos. Vergonha! Sem classificação!", observou Santos Cruz.

Foto: CMC

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Em nota à imprensa publicada no site da Diretoria de Educação Preparatória e Assistencial (Depa) do Sistema Colégio Militar do Brasil, órgão subordinado ao Exército Brasileiro e ao Ministério da Defesa, foi anunciada a reabertura de todos os 14 colégios militares do Exército que há pelo país. O retorno será na próxima segunda-feira (21). 

A nota afirma que os colégios mantiveram atividades virtuais desde a suspensão das aulas presencial - por causa da Covid-19 -. O texto justifica a reabertura sob a alegação de que “esse meio virtual não contempla toda a complexidade que envolve o ensino-aprendizagem, em especial o contato direto dos discentes com os seus professores (...) e os alunos estão sendo conscientizados para o cumprimento dos procedimentos de higienização e afastamento, como já ocorre nos Colégios Militares de Manaus, Belém e Rio de Janeiro”. 

Outro documento chamado “INFORMATIVO GERAL Nº 006 - Mensagem do Diretor aos Responsáveis e Alunos do SCMB” e datado nesta quarta-feira (16), foi postado no site da Depa e traz a assinatura do diretor de Educação Preparatória e Assistencial, general de Divisão Francisco Carlos Machado Silva. Nele, o diretor se dirige em primeira pessoa aos alunos, pais e responsáveis para informar que as aulas serão retomadas a partir de 22 de setembro pois “já há algum tempo, todos os Colégios Militares do Sistema encontram-se preparados para receber os seus alunos de volta. Os Colégios de Manaus, Belém e Rio de Janeiro já retornaram. O primeiro há mais de dois meses e de forma plenamente exitosa”. Apesar do tom otimista em relação ao resultado das reaberturas já realizadas, houve impasse na retomada das aulas presenciais do Colégio Militar do Rio de Janeiro, onde professores entraram em greve sanitária.

“Assim, é que eu me dirijo aos nossos queridos alunos para que ajustem seus uniformes, engraxem seus sapatos, coturnos e botas, cortem seus cabelos, ensaiem seus coques e preparem as suas boinas para o encontro que teremos a partir do próximo dia 21 de setembro, segunda-feira. Serão jornadas memoráveis, quando, de forma tranquila e organizada, poderemos matar a saudade das nossas rotinas e bradar um poderoso Zum zaravalho!”, informou outro trecho do documento. 

Foram feitos também alguns esclarecimentos acerca de como será a retomada: “Não será uma volta plena, para todos os anos escolares ao mesmo tempo. As informações vão chegar por comunicados e serão difundidas de modo oportuno, via redes sociais. De nossa parte, estamos confiantes e ansiosos por este reencontro. Um fraterno abraço e que Deus nos acompanhe nessas jornadas”.

Pernambuco 

Em Pernambuco, onde vigora um decreto estadual de suspensão das aulas até o dia 22 de setembro (terça-feira), o anúncio feito pela Diretoria de Educação Preparatória e Assistencial (Depa) do Sistema Colégio Militar do Brasil contraria a determinação tomada pelo governador Paulo Câmara (PSB) na última segunda-feira (14). O LeiaJá entrou em contato com a assessoria de comunicação da Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco em busca de um posicionamento sobre o assunto e aguardamos um retorno. 

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A filha do ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, foi nomeada para cargo de supervisora da Diretoria de Gestão de Pessoas da Empresa Pública de Saúde do Rio de Janeiro S.A., a RioSaúde. A nomeação foi publicada no Diário Oficial do Rio de Janeiro desta quinta-feira (23).

A RioSaúde é uma empresa pública que administra várias unidades da rede de saúde, inclusive o hospital de campanha. 

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A nomeação de Stephanie dos Santos Pazuello, retroativa a 6 de julho, é encarada como mais um movimento do prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) pelo apoio da família Bolsonaro. Crivella vai buscar a reeleição em 2020.

Stephanie não é a única filha de ministro militar a ocupar um cargo público. Adriana Villas Bôas, filha do ex-comandante do Exército e assessor especial da Presidência Eduardo Villas Boas, assumiu a coordenação das Pessoas com Doenças Raras na Secretaria dos Direitos das Pessoas com Deficiência. O salário é de R$ 10,4 mil.

Isabela Oassé de Moraes Ancora Braga Netto, filha do ministro da Casa Civil, Walter Braga Netto, desistiu de ocupar uma vaga na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) após a repercussão negativa. O nome já havia sido aprovado pela Casa Civil, comandada pelo seu pai.

O ex-atacante do Santa Cruz Bruno Moraes aproveitou o clássico deste domingo (19), na Ilha do Retiro, para provocar o Rubro-Negro com uma lembrança do gol marcado por ele em 2016 em cima do Sport pela Sul-Americana. O "general" publicou a foto em seu instagram do momento da comemoração. 

O gol foi histórico e teve todo um contexto em torno dele. O general estava no banco de reservas e por pouco não ficou de fora do jogo. Bruno entrou em campo após lesão do titular Grafite e foi dos pés deles que nasceu o gol que colocou o Santa Cruz na sua primeira disputa internacional. 

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Bruno Moraes marcou contra o Sport no clássico das multidões em 2016. Foto: Antônio Melcop/Santa Cruz

Na legenda, Bruno disse: "Hoje tem Clássico das Multidões. Boa sorte amigos". O ex atacante do Santa Cruz é desejo da torcida, desejo esse que ele mesmo já revelou em live realizada pelo LeiaJá. Bruno segue sem clube depois do seu contrato com o São Caetano encerrar. 

Sport e Santa Cruz se enfrentam neste domingo, às 16h, sem a presença das torcidas por conta das regras de isolamento social. O Leão precisa da vitória para se manter vivo no Estadual. Já o Santa tem sua classificação garantida.

O Irã emitiu uma ordem de prisão contra Donald Trump pela execução do general Qaseim Soleimani, ocorrida no dia 3 de janeiro, no Iraque. O mandado desta segunda-feira (29) pede ajuda da Interpol para capturar o presidente norte-americano e outros 30 envolvidos no bombardeio.

O promotor Ali Alqasimehr afirmou que o grupo é acusado de "assassinato e terrorismo", segundo a agência iraniana IRNA. Ele ainda garantiu que o processo prossegue, mesmo ao término do seu mandato.

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A Al Jazeera aponta que Alqasimehr enviou uma "notificação vermelha" à Interpol, solicitando a busca e apreensão dos acusados. A instituição ainda não se pronunciou sobre o requerimento.

O Ministério da Saúde está há 35 dias sem um ministro, desde que o oncologista Nelson Teich deixou o comando da pasta. Na linha de frente do combate a uma das maiores pandemias do mundo está o general Eduardo Pazuello, que não tem experiência na área e assumiu inteirinamente a pasta. Luiz Henrique Mandetta (DEM), que comandou o Ministério da Saúde antes de Teich, classificou que "médicos não sabem fazer guerra, os generais não sabem fazer saúde".

Mandetta, que foi demitido por Jair Bolsonaro (sem partido) em abril deste ano, aponta que o Ministério da Saúde perdeu a credibilidade em plena pandemia que já deixou quase 50 mil mortos e mais de um milhão de infectados no Brasil. 

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"A única coisa que não deveriam ter feito era perder a credibilidade do Ministério da Saúde porque em epidemia, credibilidade é o que dá autoridade. É lastimável eles terem perdido a credibilidade que foi construída com base em números, transparência e divulgação plena à sociedade", avalia o ex-ministro em entrevista à AFP.

O atacante Bruno Moraes, conhecido como 'General', conversou nesta quinta-feira (28) com o LeiaJá em uma live no Instagram do portal. No papo, o artilheiro, que atualmente está sem clube após não renovar com o São Caetano, vê com bons olhos um possível volta ao Tricolor do Arruda. 

Bruno passou pelo Santa em 2015 e 2016. No período, ajudou o clube no acesso à Série A e conquistou a Copa do Nordeste e o Pernambucano. "Foi um dos meus maiores prazeres no futebol", declarou o atacante, se referindo a conquista do Nordestão. 

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O desejo de retornar ao Santa Cruz não é negado pelo atacante: "Eu ainda quero voltar para Recife, quero voltar a vestir essa camisa. Não escondo a ninguém".

Mesmo com situação bem diferente do que encontrou em 2015, quando a equipe retornou à primeira divisão, o fato do time está na Série C não é barreira para ele. "Isso daí não atrapalharia em nada. Quando o projeto é sério e as coisas bem organizadas não importa onde o clube está", concluiu.

Você pode acompanhar todo o papo no Instagram do LeiaJá:

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No ano de 2015, depois de rodar em alguns clubes do interior paulista, o atacante Bruno Moraes desembarcou no Recife para assinar com o Santa Cruz. O objetivo era ajudar o clube a retornar à elite do futebol brasileiro. Em 2016, ele deixou o clube, mas o carinho da torcida, que lhe deu o apelido de 'General', usado até hoje, ainda é grande. 

Nesta quinta-feira (28), o atacante participa de uma live no Instagram do LeiaJá, mediada pelo repórter Luan Amaral para relembrar o período vestindo a camisa da cobra coral. A live começa às 17h.

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No tricolor pernambucano, Bruno chegou depois de vencer a série A-2 do Paulistão, com a Ferroviária. E não demorou para o atacante cair nas graças da torcida. Na Série B, ele ajudou o tricolor no acesso. No ano seguinte, venceu a Copa do Nordeste e o Campeonato Pernambucano.

O general Eduardo Pazuello foi nomeado interinamente (em caráter temporário) ministro da Saúde após o pedido de demissão de Nelson Teich, com menos de um mês de gestão à frente da pasta. A exoneração de Teich com consequente nomeação temporária de Pazuello foi publicada no Diário Oficial deste sábado (16).

Pazuello se formou na Academia Militar das Agulhas Negras, em 1984, e coordenou a Operação Acolhida, responsável por refugiados da Venezuela no Brasil, e comandou a 12ª Região Militar, no Amazonas. Sua formação, no entanto, é exclusivamente militar e não inclui, de modo algum, estudos de medicina ou outra área da saúde.

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A chegada de Pazuello ao ministério se deu por indicação do também general Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Ainda no final de abril, Pazuello já havia assumido o cargo de secretário-executivo no ministério e nomeado militares para diversos cargos.

Apesar de haver chance de sua efetivação no posto, ainda estão no páreo pelo ministério a médica oncologista Nise Yamaguchi, defensora do uso da hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19, e o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), ex-ministro da Cidadania de Bolsonaro.

Na condição de ministro interino, caberá a Pazuello decidir sobre novos protocolos acerca da utilização de cloroquina, ponto que levou à saída re Teich e à demissão de seu antecessor, Mandetta. Mesmo sem respaldo da comunidade científIca, Bolsonaro voltou a insistir que o ministro da saúde libere o medicamento aos pacientes leve como condição para permanência no cargo.

Por meio de nota, a pasta afirma que orientações de assistência aos pacientes estão em análise e aos poucos o presidente vai liberar o uso da cloroquina para todos os casos.

“O objetivo é iniciar o tratamento antes do seu agravamento e necessidade de utilização de UTI (Unidades de Terapia Intensiva). Assim, o documento abrangerá o atendimento aos casos leves, sendo descritas as propostas de disponibilidade de medicamentos, equipamentos e estruturas, e profissionais capacitados. As orientações buscam dar suporte aos profissionais de saúde do SUS (Sistema Único de Saúdel) e acesso aos usuários mais vulneráveis às melhores práticas que estão sendo aplicadas no Brasil e no mundo”, informou o ministério.

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Responsável pelas portarias sobre armas e munições revogadas pelo presidente Jair Bolsonaro, o general de Brigada do Exército Eugênio Pacelli Vieira Mota afirmou, em carta, que as normas visavam à segurança nacional e não atenderam "interesses pontuais" do setor armamentista.

O general deixou o cargo de diretor de fiscalização de produtos controlados uma semana depois de os atos terem sido publicados pelo Exército. Durante o período em que esteve na vaga, ele chefiou o grupo que elaborou os textos.

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O jornal O Estado de S. Paulo revelou ontem que o Ministério Público Federal abriu duas investigações para apurar indícios de interferência do presidente em atos exclusivos do Exército por ter revogado as três portarias sem qualquer justificativa plausível. Segundo a procuradora regional da República Raquel Branquinho, o presidente pode ter agido para beneficiar uma parcela do seu eleitorado, que defende a indústria das armas.

A carta do general foi entregue aos seus subordinados e superiores na sua despedida. O documento foi visto como uma demonstração de que as normas feriam os interesses dos eleitores do presidente. "... Desculpe-me se por vezes não os atendi em interesses pontuais... Não podia e não podemos: nosso maior compromisso será sempre com a tranquilidade da segurança social e capacidade de mobilização da indústria nacional", escreveu o general em referência a empresários do setor.

Na avaliação dos procuradores, as normas revogadas dificultavam o acesso do crime organizado a munições e armas desviadas de quartéis. O cancelamento das portarias e a saída do general do cargo ocorreram sob pressão de lobistas de empresas de armas e munições.

Na carta, Pacelli ressaltou "conquistas" relacionadas à modernização no controle de armamentos durante sua gestão e citou as portarias. "Foram quatro importantes decretos presidenciais a serem normatizados", afirmou o general. Pacelli não faz qualquer agradecimento ao seu ex-chefe, o general Laerte de Souza Santos, que assinou a revogação das portarias, por determinação de Bolsonaro. Laerte é chefe do Comando Logístico do Exército, ao qual o setor de Pacelli estava subordinado.

Exoneração

À reportagem, o Centro de Comunicação Social do Exército ressaltou que a exoneração do oficial não ocorreu por pressão política ou interferência da Presidência. A assessoria destacou que a mudança no cargo é uma "atividade de rotina", feita regularmente para promoção de generais.

Pacelli entregou o cargo numa "cerimônia de passagem de posse" a 16 de abril. No dia seguinte, Bolsonaro foi ao Twitter para informar que tinha determinado o cancelamento das portarias elaboradas pelo grupo do general. A ordem do presidente de revogar as normas foi aceita pelo Comando Logístico do Exército (Colog) no dia 18.

Havia dois meses que Pacelli sofria pressão nas redes sociais de grupos armamentistas por conta da publicação das portarias. Clubes de colecionadores, atiradores e caçadores (CACs), além de páginas no Facebook que vendem armas, vinham ironizando a atuação do general por causa das portarias. Esses grupos, segundo procuradores ouvidos pela reportagem, cobram para que o presidente interfira em funções que, por lei, são atribuídas ao Exército.

A investigação sobre interferência de Bolsonaro no Exército aumentou o desgaste do chefe do Planalto no Congresso e a pressão pela abertura de um processo de impeachment. Deputados do PSB avaliam incluir a acusação por ingerência no Exército no pedido que haviam por ingerência na PF.

Investigação amplia pressão no Congresso

A investigação sobre interferência no Exército, revelada ontem pelo jornal O Estado de S. Paulo, aumentou o desgaste do presidente Jair Bolsonaro no Congresso e a pressão pela abertura de um processo de impeachment. Bolsonaro entrou na mira do Ministério Público Federal (MPF) por indícios de violar a Constituição ao interferir em atos exclusivos do Exército e dar o comando para que três portarias da instituição militar - que tratavam sobre monitoramento de armas e munições - fossem derrubadas.

Na Câmara, deputados do PSB, que apresentaram um pedido de impeachment com base nas acusações de interferência na Polícia Federal, avaliam incluir a acusação por ingerência no Exército no processo. Além disso, parlamentares do partido apresentaram há uma semana um projeto de decreto legislativo para resgatar a validade das portarias anuladas.

"É muito grave ter editado uma portaria no meio da pandemia para não se ter controle sobre armas e munições", afirmou o deputado Aliel Machado (PSB-PR), que assina o projeto de decreto legislativo com Alessandro Molon (PSB-RJ).

A ala do Congresso favorável à ampliação do porte e posse de armas, por outro lado, tentou justificar afirmando que o presidente tem poder para chamar para si esse tipo de decisão administrativa. Na avaliação do líder do PSL no Senado, Major Olimpio (SP), a iniciativa de Bolsonaro é mais uma tentativa de permitir a abertura do mercado de armas de fogo no País, hoje controlado por uma empresa. "Esse caso é diferente de interferência em um inquérito da Polícia Federal. Bolsonaro tenta mexer no regramento de produtos controlados e a força do lobby é terrível, mas ele vem tentando promover uma abertura", afirmou.

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, usou o Twitter, nesta terça-feira (24), para negar que tenha sido internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital da Forças Armadas (HFA). "Quarentena em casa", informou o auxiliar do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). 

Augusto Heleno está em isolamento desde o último dia 18, quando fez o exame e o resultado deu positivo. No dia seguinte, ele anunciou que a contraprova também tinha apontado que ele havia sido infectado pelo novo coronavírus, apesar de assintomático. "Estou isolado em casa e não atenderei telefonemas", disse o ministro na ocasião. 

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Nesta terça, na rede social, Heleno disse que precisava desmentir um vídeo que, segundo ele, circula na internet, mostrando generais sendo impedidos de visitá-lo na UTI do HFA.

“Texto falso e nojento. ‘Generais, impedidos de visitar o Gen Heleno na UTI, partem para cima do enfermeiro que bravamente responde…’ JAMAIS ME INTERNEI NO HFA e MUITO MENOS NA UTI. Quarentena em casa, sem enfermeiro e sem visitas. O vídeo é absurdo, sob todos os aspectos”, escreveu.

Heleno é um dos 23 membros da comitiva brasileira que esteve nos Estados Unidos juntamente com o presidente que contraiu a covid-19.

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