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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) rompeu o silêncio que vinha adotando em relação ao acordo de colaboração premiada feito pelo seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cesar Barbosa Cid. Por meio de uma nota divulgada pelos seus advogados nesta quinta-feira, 21, o ex-presidente negou todas as suspeitas que pairam sobre ele e prometeu "medidas judiciais cabíveis contra toda e qualquer manifestação caluniosa, que porventura extrapolem o conteúdo de uma colaboração que corre em segredo de Justiça".

O ex-ajudante de ordens fez um acordo de colaboração premiada que foi homologado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes no último dia 9, no meio do feriado prolongado do 7 de setembro. A delação colocou Mauro Cid, que estava preso desde maio, em liberdade. Os termos do acordo, ajustado com a Polícia Federal (PF), estão em segredo de Justiça, mas alguns detalhes vieram a público.

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Como mostrou o Estadão, Mauro Cid teria dito que entregou nas mãos de Bolsonaro dinheiro vivo oriundo da venda de joias que foram recebidas durante agendas oficiais da Presidência, confirmando a suspeita da PF de que o ex-presidente coordenava esse suposto esquema. Nesta quinta-feira, 21, outro trecho da delação foi revelado: Cid diz que, depois das eleições passadas, Bolsonaro se reuniu com a cúpula das Forças Armadas para avaliar a possibilidade de um golpe de estado.

Nessa última ocasião, o ex-presidente teria apresentado aos militares uma "minuta de golpe", que teria sido entregue a ele por Filipe Martins, ex-assessor internacional da Presidência. Durante uma sessão do Senado, em março de 2021, quando acompanhava o então ministro das Relações Exteriores, Martins teria feito um gesto supremacista, gesto que lhe rendeu uma ação criminal.

Ele foi absolvido na primeira instância da Justiça Federal e o Ministério Público Federal (MPF) recorreu para o Tribunal Regional Federal da 1ª Região, onde o caso aguarda julgamento.

A nota divulgada pela defesa de Bolsonaro diz que o ex-presidente "jamais compactuou com qualquer movimento ou projeto que não tivesse respaldo em lei, ou seja, sempre jogou dentro das quatro linhas da Constituição Federal" - repetindo, no final desta frase, um dos jargões frequentes de Bolsonaro.

No final do texto, os advogados do ex-presidente reiteram que ainda não conseguiram ter acesso ao conteúdo da delação. Nesta terça, 19, Bolsonaro e sua esposa Michelle, que também é investigada no caso das joias sauditas, pediram ao STF para ter acesso ao conteúdo acordo de delação.

A declaração desta quinta muda o tom de Bolsonaro a respeito do seu ex-ajudante de ordens. Até o momento, o ex-presidente vinha argumentando que Cid agiu por conta própria e negou ter dado qualquer ordem para que o tenente-coronel cometesse crimes. A caminho de Abadiânia, no dia 18 de agosto, Bolsonaro disse ao Estadão que Cid "tinha autonomia" e que desejava "clarear o mais rápido possível" toda a situação.

O ex-ajudante de ordem, Mauro Cid, contou em delação premiada que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se reuniu com militares da alta patente para debater sobre uma eventual minuta que inviabilizasse o cumprimento do resultado das eleições de 2022. A informação foi divulgada pelo UOL. 

Cid, que é tenente-coronel do Exército, detalhou que o almirante Almir Garnier, então comandante da Marinha, teria se manifestado favoravelmente ao plano golpista, contudo o Alto Comando das Forças Armadas não aderiu ao plano intervencionista. 

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O relato de Cid está entre os anexados na delação premiada, que segue em sigilo, mas o UOL teve acesso. Quem teria confeccionado a minuta golpista foi o assessor Filipe Martins. Mauro Cid disse ter participado da reunião em que Bolsonaro tomou conhecimento do documento e também do encontro com os militares.

De acordo com as informações, Mauro Cid relatou detalhes sobre a minuta que, segundo ele, convocaria uma nova eleição com prisão dos adversários. A PF investiga, agora, se o documento entregue por Felipe Martins é o mesmo encontrado na casa do ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, Anderson Torres. 

Falsificação de certificados de vacina

Em sua delação, o ex-ajudante de ordens também falou sobre a falsificação de certificados de vacina que o levaram à prisão em maio, além de outros casos como o esquema de venda de joias, que envolve o presidente e arrasta militares do Exército, Marinha e Aeronáutica para problemas de Bolsonaro.

Veracidade das revelações e defesa de Cid

A investigação da PF ainda deve realizar diligências para verificar a veracidade das revelações feitas pelo delator.

Em nota, a defesa de Cid afirmou não ter os depoimentos a respeito da reunião de Bolsonaro com a cúpula militar e disse que eles são sigilosos.

Investigação estaria 'esticando a corda' dos militares

Em entrevista ao Estadão, os militares chegaram a dizer que veem a Justiça "esticando a corda" com prisões e investigações que envolvem as Forças, e alegaram que isso geraria instabilidade e insegurança. A afirmação ocorreu depois que a PF prendeu comandante da PM no DF, além de coronéis e tenente por omissão ante 8 de janeiro.

Na acusação desse caso, a PGR narrou que provas colhidas apontam que "havia profunda contaminação ideológica de parte dos oficiais da Polícia Militar do DF que se mostrou adepta de teorias conspiratórias sobre fraudes eleitorais e de teorias golpistas".

Em 2021, o Estadão revelou que o então ministro da Defesa, Walter Braga Netto, fez ameaça e condicionou as eleições de 2022 ao voto impresso.

O caso foi no dia 8 de julho, quando o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), recebeu um duro recado do Braga Netto, por meio de um importante interlocutor político.

O general havia pedido para comunicar, a quem interessasse, que não haveria eleições em 2022 se não houvesse voto impresso e auditável. Ao dar o aviso, o ministro estava acompanhado de chefes militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica.

Cid foi liberado da prisão para participar de delação premiada

O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, estava preso desde maio, quando foi revelado um esquema falsificação de carteiras de vacinação contra a covid-19. No entanto, no último dia 9, Cid foi liberto do Batalhão da Polícia do Exército, em Brasília, após sua delação premiada ser homologada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Ao longo dos quatro anos em que Bolsonaro ocupou o Palácio do Planalto, Mauro Cid foi chefe da ajudância de ordens do então presidente. Esse posto é dado a um oficial, que deve ficar à disposição do presidente no desempenho das funções, como um secretário particular do chefe do Executivo.

No período, o tenente-coronel teve livre acesso ao gabinete presidencial, ao Palácio da Alvorada e até mesmo ao quarto ocupado pelo ex-chefe do Executivo em hospitais, após cirurgias.

*Com a Agência Estado

A Polícia Civil do Distrito Federal, por meio da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Ordem Tributária, vinculada ao Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (DOT/DECOR), deflagrou, na manhã desta quarta-feira (20), a operação denominada “Falso Profeta", para o cumprimento de dois mandados de prisão preventiva e dezesseis mandados de busca e apreensão, com o objetivo de combater organização que atua na prática de estelionato e outros crimes no Distrito Federal e em várias outras unidades da federação.

A investigação aponta que os suspeitos formam uma rede criminosa organizada, estruturalmente ordenada, hierarquizada e caracterizada pela divisão de tarefas, especializada no cometimento de diversos crimes como falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e estelionatos por meio de redes sociais (fraude eletrônica), com o fim de obter vantagem econômica em prejuízo de milhares de vítimas no Brasil e no exterior que são induzidas a investirem quantias em dinheiro com a promessa de recebimento futuro de valores milionários.

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O golpe consiste na conversa enganosa através de redes sociais (Youtube, Telegram, Instagram, Whatsapp, etc.), abusando da fé alheia, da crença religiosa e invocando de uma teoria conspiratória apelidada de “Nesara Gesara”, para convencer as vítimas, em sua grande maioria evangélicas, a investirem suas economias em falsas operações financeiras ou falsos projetos de ações humanitárias, com promessa de retorno financeiro imediato e rentabilidade estratosférica. Foi detectada, por exemplo, a promessa de que somente com um depósito (“aporte”) de R$ 25 as pessoas poderiam receber de volta nas “operações” o valor de Um Octilhão de Reais, ou mesmo “investir” R$ 2.000 para ganhar 350 bilhões de centilhões de euros.

O golpe pode ser considerado um dos maiores já investigados no Brasil, uma vez que foram constatadas, como vítimas, pessoas de diversas camadas sociais e localizadas em quase todas as unidades da federação, estimando-se mais de 50.000 vítimas.

De acordo com a investigação, iniciada há cerca de um ano, o grupo é composto por cerca de duzentos integrantes, incluindo dezenas de lideranças evangélicas intitulados pastores, que induzem e mantêm em erro as vítimas, normalmente fiéis que frequentam suas igrejas, para acreditar no discurso de que são pessoas escolhidas por Deus para receber a “Benção”, ou seja, as quantias milionárias.

Como instrumento da fraude, os investigados constituem pessoas jurídicas “fantasmas” e de fachada simulando ser instituições financeiras digitais (falsos bancos), com alto capital social declarado, através das quais as vítimas supostamente irão receber suas fortunas. E, para dar aparência de veracidade e legalidade às operações financeiras, os investigados ainda celebram contratos com as vítimas, ideologicamente falsos, com promessas de liberação de quantias surreais provenientes de inexistentes títulos de investimento, que estariam registrados no Banco Central do Brasil (BACEN) e no Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF).

A investigação também apontou movimentação superior a R$ 156 milhões, nos últimos cinco anos, bem como foram identificadas cerca de quarenta empresas “fantasmas” e de fachada, e mais de oitocentas contas bancárias suspeitas.

Em dezembro do ano passado, a Polícia Civil do Distrito Federal prendeu em Brasília um suspeito de envolvimento no esquema, após ele ter feito uso de documento falso perante uma agência bancária localizada na Asa Sul, simulando possuir um crédito de aproximadamente R$ 17 bilhões. Porém, mesmo após a prisão em flagrante desse indivíduo, à época o principal digital influencer da organização criminosa, o grupo continuou a aplicar golpes.

Nessa nova etapa da investigação, em que participaram cerca de cem policiais civis, foi realizado o cumprimento de mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e quatro Estados – Goiás, Mato Grosso, Paraná e São Paulo. Também são cumpridas medidas cautelares de bloqueio de valores, bloqueio de redes sociais e decisão judicial de proibição de utilização de redes sociais e mídias digitais.

Além do DECOR, participaram da operação policiais do Departamento de Polícia Especializada, e das Polícias Civis dos estados de Goiás, Mato Grosso, Santa Catarina, Paraná e São Paulo.

Os alvos poderão responder, a depender de sua participação no esquema, pelo cometimento dos delitos de estelionato, falsificação de documentos, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, crimes contra a ordem tributária e organização criminosa.

Com informações da assessoria.

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e André Mendonça protagonizaram uma discussão acalorada no segundo dia de julgamento, nesta sexta-feira (15), dos réus da invasão à Praça dos Três Poderes em Brasília, no dia 8 de janeiro. O debate aconteceu durante a sessão que julgava a conduta de Aécio Lúcio Costa Pereira, que foi preso por ter participado dos atos de vandalismo na capital federal. 

Na sua fala, Mendonça relativizou os acontecimentos do dia 8 de janeiro, defendendo que, enquanto foi ministro da Justiça, no governo Bolsonaro, esteve a postos para evitar que qualquer intercorrência como essa acontecesse, como as manifestações do 7 de setembro em anos anteriores. “Em todos esses movimentos, de 7 de setembro, como ministro da Justiça, eu estava de plantão com uma equipa à disposição. Seja no Ministério da Justiça, seja com policiais da Força Nacional que chegariam aqui em alguns minutos para impedir o que aconteceu. Eu não consigo entender, e também carece de resposta, como o Palácio do Planalto foi invadido da forma que foi invadido. Vossa Excelência sabe o rigor de vigilância e segurança que deve haver lá”, afirmou o ministro, se dirigindo ao ministro Gilmar Mendes. 

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Moraes o interrompe afirmando que também já foi ministro da Justiça, no governo Temer, e sabe as condutas corretas que devem ser tomadas, e contextualiza o cenário atual, em que oficiais das forças armadas estão presos por envolvimento nos atos golpistas em questão. “As investigações demonstram claramente o porquê houve essa facilidade. Cinco coronéis comandantes da PM estão presos, exatamente porque desde o final das eleições, se comunicavam por ‘zap’, dizendo exatamente que iriam preparar uma forma de, havendo manifestação, a polícia militar não reagir”, ponderou o magistrado. 

“Eu também fui ministro da Justiça, e sabemos, sabemos nós dois que o ministro da Justiça não pode utilizar a força nacional se não houver autorização do governo do Distrito Federal, porque isso fere o princípio federativo”, continuou. 

Mendonça, no entanto, rebate: “Não em relação aos prédios federais”, e Moraes prossegue “não em relação à Praça dos Três Poderes”. Neste momento, o ministro Alexandre de Moraes eleva o tom da voz e reage às falas de André Mendonça. 

“É um absurdo. Com todo o respeito, Vossa Excelência querer falar que a culpa do 8 de janeiro foi do ministro da Justiça é um absurdo, quando cinco comandantes estão presos, quando o ex-ministro da Justiça [Anderson Torres], que antecedeu vossa excelência fugiu pros Estados Unidos e jogou o celular dele no lixo e foi preso, e agora vossa excelência vem no plenário do Supremo Tribunal Federal, que foi destruído, para dizer que houve uma ‘conspiração’ do governo contra o próprio governo?! Tenha dó! Tenha dó”, indagou Moraes. 

Mendonça não contra-argumentou à fala do ministro, apenas finalizou pedindo: “Não coloque palavras na minha boca. Tenha dó vossa excelência”. 

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Condenação 

Aécio Pereira foi condenado em primeira instância a 17 anos de prisão, sendo 15 em regime fechado, além de uma multa calculada em cerca de R$ 44 mil. 

 

Um homem foi preso em Tancredo Neves, na Bahia, pelos crimes de estelionato e falsidade ideológica, após tentar se passar pelo ator global Chay Suede, durante uma tentativa de golpe contra uma agência bancária.

O suspeito foi preso na tarde da terça-feira (12), em uma ação das polícias Civil e Militar do estado. De acordo com os agentes, Alealdo Saraiva Silva, como foi identificado o preso, usou os dados e a imagem do ator para abrir uma conta por meio de aplicativo. 

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Apesar da farsa ter durado pouco, Alealdo chegou a realizar uma transferência via Pix de R$ 1 mil para a nova conta bancária. Porém, instantes depois, teve o acesso bloqueado pela instituição financeira. Segundo a delegada Marita Souza, com os documentos e uma conta no Banco Regional de Brasília, o golpista conseguiu R$ 200 mil de limite no cartão de crédito e R$ 25 mil no cheque especial. 

O suspeito foi levado pelos policiais da 35ª CIPM, autuado e detido para audiência de custódia. Nos registros dele, constam ao menos outras três tentativas de golpe, em outras instituições financeiras, através do mesmo método de falsidade ideológica.  

 

Prestes a ser mais uma vítima do golpe do Pix no WhatsApp, uma mulher de Teresina, no Piauí, conseguiu escapar depois de questionar o criminoso que se passava pelo seu filho, nessa quarta (13). O golpista chegou a pedir o envio de R$ 2,5 mil.

O golpista abordou a vítima com a foto do filho no aplicativo e disse que estava com um novo número pessoal, com o antigo deixado apenas para trabalho. A mulher desconfia e prontamente questiona: "qual o nome da tua avó paterna? Diz aí".

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Sem saber a resposta, o criminoso insiste no golpe e tenta gerar dúvida com outra pergunta: "está desconfiando de mim?". "Claro", rebate a mulher, que ainda ligou para confirmar se realmente conversava com o filho.

Após a troca de mensagens, a vítima ligou para confirmar que era o filho.  Reprodução

Entrevistada pelo g1, ela disse também disse que estranhou a forma como o criminoso se comunicava e observou que o Pix solicitado estava no nome de uma pessoa que ela não conhece. Após conseguir escapar da tentativa de golpe, a mulher bloqueou o contato.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou seu antecessor, Jair Bolsonaro, de "genocida" por causa de seu comportamento na pandemia de Covid-19 e o acusou de ter tentado dar um "golpe".
Em seu programa semanal nas redes sociais, o mandatário disse também que um de seus objetivos é "acabar com o ódio", cuja disseminação no Brasil ele atribui a Bolsonaro.
"Eu sempre falo que ele vai ser julgado ainda como genocida, porque não é brincadeira terem morrido 700 mil pessoas [de Covid], uma grande parte por falta de cuidado e orientação do governo, por falta de respeito à medicina e à ciência", declarou Lula.
Em seguida, o presidente cobrou uma "investigação correta sobre por que morreu tanta gente no Brasil". "Fora as outras coisas que estão aparecendo por aí", acrescentou o presidente, em referência ao escândalo das joias que deveriam ter sido incluídas no patrimônio do Estado e teriam sido vendidas ilegalmente por aliados de Bolsonaro nos EUA.
"Um cidadão que não tem coragem de passar a faixa, um cidadão que se esconde porque estava prevendo um golpe.

*Da Ansa

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Decepcionados com as Forças Armadas por não aderirem à tentativa de golpe, bolsonaristas querem esvaziar as celebrações do 7 de Setembro. Símbolo do patriotismo brasileiro, tradicionalmente, o Dia da Independência promove desfiles cívico-militares, mas, no governo de Jair Bolsonaro (PL) a data foi usada como evento eleitoreiro.

As publicações nos perfis do Exército, da Marinha e da Aeronáutica passaram a ser tomadas pela campanha virtual de bolsonaristas que que incentivam o "fique em casa" para boicotar os desfiles em todo o país, nesta quinta (7).

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LeiaJá também: Secom divulga cronograma do desfile de 7 de Setembro

Apoiadores do ex-presidente também começaram a compartilhar a campanha de doação de sangue mobilizada por Flávio Bolsonaro (PL) para o Dia da Independência. O senador chegou a afirmar que o presidente Lula (PT) estaria desesperado com a possibilidade de fiasco de público do 7 de Setembro.

O presidente da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), deputado Evandro Leitão (PDT), caiu em um golpe de pirâmide financeira, perdeu mais de R$ 100 mil e foi à Justiça para tentar o reaver valor investido. O processo teve a distribuição cancelada e foi arquivado por falta de pagamento de custas. O parlamentar pediu assistência judiciária gratuita, mas o juiz da causa não concedeu o pedido.

Leitão diz no processo que, em dezembro de 2021, cedeu criptomoedas para a Braiscompany, gestora de criptoativos, e pagou R$100.193,39. Os ativos ficavam guardados na carteira da empresa e não poderiam ser resgatados antes de um ano, período durante o qual a empresa faria investimentos com as criptomoedas. A promessa era de rendimentos de 6% a 8% por mês em cima do valor investido - percentual muito mais alto do que o mercado costuma remunerar.

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A empresa escondia um sistema de pirâmide e parou de pagar os clientes em fevereiro deste ano, quando entrou na mira do Ministério Público do Ceará. Além do valor dado na cessão das criptomoedas, o deputado também pediu à Justiça que lhe desse uma indenização por danos morais de R$ 40 mil. O processo foi protocolado no dia 6 de junho.

Sem condições de pagar

A juíza da 22ª Vara Cível de Fortaleza, Maria Valdenisa de Sousa Bernardo, intimou o deputado para juntar documentos que comprovassem a sua hipossuficiência financeira, porque ele ingressou com a ação fazendo um pedido de assistência judiciária gratuita. Ele não pagou as custas alegando que não tem condições financeiras. Elas são calculadas em cima do valor da causa e, de acordo com uma certidão que está no processo, custavam R$ 7 mil. Leitão também pediu segredo de Justiça.

Como presidente da Alece, o deputado recebe uma remuneração bruta de R$ 31,2 mil. No processo, ele argumentou que paga a faculdade de seus dois filhos - um que estuda direito e outro que faz medicina - e, por isso, não tem condições de pagar as custas. As mensalidades das duas graduações, segundo o deputado, somam R$ 12,4 mil.

"É inadmissível que o requerente seja tolhido de seu direito de Gratuidade da Justiça. (...) Cerca de 58,07% da verba salarial dele está comprometida com a educação de seus filhos", disse o advogado de Leitão no processo. O deputado também diz que sua esposa está desempregada e que ele sustenta toda a família. Em outubro de 2022, Leitão declarou um patrimônio de R$ 1,1 milhão à Justiça Eleitoral.

Processo arquivado

Maria Valdenisa, juíza do caso, entendeu que os argumentos apresentados por Leitão "indicam potencial capacidade financeira" e que as mensalidades das faculdades dos filhos não eram suficientes para ela conceder assistência judiciária ao deputado. Ela deu mais 15 dias para ele apresentar novas provas ou pagar os R$ 7 mil de custas.

Como o presidente da Alece repetiu os mesmos argumentos de antes, a magistrada sentenciou o processo e mandou cancelar a distribuição. "A situação financeira (do deputado) é confortável para pagar as custas judiciais, ainda que o autor tenha que pagar a faculdade dos filhos", concluiu Maria Valdenisa. A sentença foi publicada no dia 10 de agosto no Diário de Justiça e, no dia 18, sexta-feira passada, o advogado de Leitão concordou com o arquivamento.

O Estadão fez contato com Evandro Leitão através de ligações e e-mails ao gabinete, mas não obteve resposta. O advogado do deputado, Abraão Bezerra de Araújo, também foi procurado por mensagens e ligações, mas não respondeu aos questionamentos da reportagem.

Entenda como funcionava a pirâmide financeira

A Braiscompany é uma empresa de gerência de criptoativos com sede em Campina Grande (PB). As atividades da companhia estão paralisadas desde fevereiro deste ano. "Havia um time comercial gigante que convencia as pessoas a fazerem a locação das criptomoedas. A pessoa comprava-as, alugava-as e ia recebendo a rentabilidade", explicou Victor Jorge, professor do MBA da FGV, sócio do escritório Jorge Advogados e especialista em criptomoedas.

As pessoas eram convencidas a entrar no negócio pela promessa de rendimentos classificados pelo advogado como "estratosféricos", o que já é um traço comum em esquemas de pirâmide. Outro indício que ele aponta é o fato de o cliente não ter controle sobre o seu próprio ativo. No caso da Braiscompany, a empresa é que ficava com as criptomoedas dos clientes - as quais poderiam, inclusive, nem existir.

Antônio Neto Ais e Fabrícia Campos Ais sócios Braiscompany criptomoedas

CPI das Pirâmides Financeiras quer ouvir Campos Neto e donos da Braiscompany; entenda

"Not your keys, not your coins. Se você não tem a chave do cofre, as moedas não são suas", disse Jorge. Como a empresa colocava uma cláusula de permanência, os clientes também não podiam resgatar os valores e ficavam "amarrados" ao esquema, sem conseguir sair.

Em dezembro de 2022, a Braiscompany começou a atrasar os pagamentos e, em fevereiro deste ano, cessou-os por completo. O Ministério Público do Ceará começou a investigar a empresa e o esquema de pirâmide foi revelado. Os sócios, Antônio Neto Ais e Fabrícia Campos, estão foragidos da Justiça desde então. A suspeita do MP é de que os dois tenham desaparecido com R$ 600 milhões de mais de 10 mil vítimas.

Após o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) inocentar a ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) por supostas pedaladas fiscais em ação de improbidade administrativa durante seu governo, parlamentares usaram suas redes sociais para afirmar que a atual presidenta do banco dos Brics sofreu um golpe de estado em 2016.

A deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), atual presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, fez três publicações após a decisão desta última segunda-feira (21), nas quais relembrou declarações da ex-chefe do Executivo sobre o cenário político brasileiro no período em que ela deixou o Palácio do Planalto. Gleisi escreveu que "o mundo dá voltas" e que "a história mostrou a verdade".

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"Nossa presidenta Dilma Rousseff foi inocentada no caso das pedaladas fiscais pelo TRF1. É a justiça sendo feita com uma mulher honesta e honrada vítima da misoginia e da arbitrariedade. Não podemos esquecer no que virou o Brasil depois de 2016, ataques à soberania e aos direitos dos trabalhadores, deterioração das políticas sociais, chegando ao bolsonarismo que demoliu o Estado e atentou contra a democracia, trazendo preconceito, ódio e violência".

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Outra petista a se manifestar sobre o assunto foi a deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ). Ela destacou que os aliados da ex-presidenta sempre disseram "que não houve nenhuma pedalada ou ilegalidade na atuação" de Dilma. Compartilhando da mesma opinião, a deputada federal Talíria Petrone (PSOL-RJ) acusou a direita brasileira de ter sido responsável pela saída da ex-mandatária. Além disso, a parlamentar fez críticas aos opositores de Dilma, que segundo ela, abriram o "caminho" para os governos dos ex-presidentes Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL).

"Foi golpe e sempre soubemos: em unanimidade, o TRF-1 manteve a decisão pelo arquivamento do processo que acusava Dilma Rousseff de improbidade pelo caso das "pedaladas fiscais". A justificativa da direita para o impeachment foi uma grande farsa! Abriu caminho para os seis anos de horror que vivemos. A verdade venceu", escreveu.

O senador Jaques Wagner (PT-BA), ex-ministro da Defesa e da Casa Civil de Dilma Rousseff, classificou as acusações contra a líder petista como "infundadas". Sua colega de Casa Legislativa, a senadora Teresa Leitão (PT-PE), também se manifestou sobre a decisão do TRF-1m afirmando que em 2016 o Brasil "sofreu um golpe".

"Dilma Rousseff é uma lutadora. Lutou contra a tortura, enfrentou um câncer e defendeu a democracia. O Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF1) a inocentou de ter cometido as chamadas "pedaladas fiscais", o que foi usado para o seu afastamento em 2016, quando este país sofreu o golpe", escreveu a parlamentar pernambucana.

Decisão do TRF-1

A decisão desta última segunda-feira (21) considerou o entendimento aplicado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a Lei de Improbidade Administrativa (LIA), que passa a exigir a comprovação de responsabilidade subjetiva para a tipificação dos atos de improbidade. Sendo assim, por unanimidade, a 10ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) arquivou a ação do Ministério Público Federal (MPF) contra Dilma Rousseff.

 A 4ª Vara Federal Cível do DF já tinha definido o arquivamento do caso no ano passado, mas o MPF recorreu pedindo que a ação de improbidade fosse restaurada. Além da ex-chefe do Executivo, a ação do MPF também tinha como alvos o ex-ministro da Fazenda, o Guido Mantega; o ex-presidente do BNDES, Luciano Galvão Coutinho; e o ex-subsecretário de Política Fiscal do Tesouro Nacional, Marcus Pereira Aucélio

Em 2016, as pedaladas fiscais foram um dos elementos do processo de impeachment de Dilma.



 

 

Chegaram a público, nesta terça-feira (22), uma série de gravações das conversas trocadas, de forma privada, entre o hacker Walter Delgatti Netto e outros investigados em uma operação para fraudar o sistema eleitoral e, assim, promover dúvidas infundadas sobre as urnas eletrônicas. 

Os áudios foram entregues à Polícia Federal na última sexta-feira (18) e recém-divulgados à imprensa, tendo a primeira divulgação no portal Metrópoles. Nos registros, o preso cita o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a deputada federal Carla Zambelli (PL), no contexto de simulação de fraude que tem sido apurado pelas autoridades. 

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O programador cita, por exemplo, que Bolsonaro fez questão de encontrá-lo, mesmo recebendo contraindicações quanto à proximidade com Delgatti. O hacker também afirma ter se aproximado da família de Zambelli. 

A história do código-fonte 

Em 9 de agosto de 2022, Delgatti foi gravado citando uma reunião na sede do Partido Liberal, em Brasília. Trata-se da reunião de 10 de agosto, supostamente com o presidente do partido, Waldemar Costa Neto, e outros aliados, menos de 24h após a gravação.  

“Eles vão configurar o código-fonte para dar o resultado que eles querem. Eles vão pegar agora uma urna. Eles mesmo vão fazer isso”, afirmou Walter Delgatti. Na ocasião, explicou que o objetivo do ataque ao sistema eleitoral era induzir o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a autorizar militares a fazer uma “fiscalização” nas urnas, de modo a facilitar possíveis contestações a uma eventual vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que ainda era candidato. 

Nesse mesmo dia, Delgatti foi filmado dentro do hotel Phenícia, em Brasília, conversando com um funcionário no balcão da recepção. Lá, um motorista que dirigia um carro com uma placa “fria” passou para buscá-lo e levou o hacker ao encontro de Bolsonaro no Palácio da Alvorada, como revelou a revista Veja em agosto do ano passado. 

"Quem manda aqui sou eu" 

No mês seguinte, no dia 22 de setembro, dez dias antes do primeiro turno, o programador contou detalhes do que seria um protagonismo do ex-presidente Bolsonaro na empreitada, dando a entender que os dois teriam se encontrado várias vezes. “O Bolsonaro, ele tá fazendo questão que eu vá lá. Aí, teve alguém da equipe que falou: “Irmão, é bom ele não vir aqui porque pode queimar”. Ele (Bolsonaro) falou: “Quem manda aqui sou eu, e ele vai vir”. 

Proximidade com a família Zambelli 

Na sessão da CPMI dos Atos Golpistas, Delgatti foi questionado sobre a proximidade com a deputada Carla Zambelli, investigada por ter recrutado o programador. Segundo a defesa da parlamentar, a proximidade seria por conta de um projeto de trabalho que envolvia o cuidado com as redes sociais da política. Segundo a gravação obtida pelo Metrópoles, no entanto, o programador e Zambelli tinham uma relação quase familiar, segundo relato do hacker. 

“Eles estenderam a mão para mim, cara. A Carla me tratou hoje como se fosse um filho, coisa que nunca aconteceu na minha vida”, disse Delgatti. “A ponto da mãe dela me servir leite com Nescau, na mesa, e acompanhado com ela”, contou o programador, revelando que jogou até vídeo-game com o filho de Zambelli. 

 

Como você vem acompanhando, Larissa Manoela deu uma entrevista para o Fantástico no último domingo, dia 13, falando sobre os problemas financeiros que anda enfrentando por causa de seus pais.

O assunto, claro, ganhou uma proporção gigantesca nas redes sociais e vários memes acabaram circulando no Twitter - ou X - sobre a fala em que Larissa Manoela revela que não tem dinheiro nem para comprar um milho na praia.

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Depois disso, uma foto da artista dentro de um ônibus começou a circular na internet e ela foi publicamente até a sua conta do Twitter pedir para os fãs não ficarem enviando pix - transação rápida e sem taxas - para o CPF dela porque ele está vinculado com uma conta que ela não tem acesso.

"Aos meus fãs, em especial: por favor, não façam pix para o meu CPF. Essa chave não está vinculada à nenhuma conta que me pertença. É golpe! Essa conta não pertence a mim e nem a ninguém da minha família ou do meu círculo de amigos. Agradeço muito pelo carinho e pela preocupação", disse.

De acordo com a pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), os brasileiros pretendem investir mais no presente dos pais em 2023. Cerca de 39% deve optar por realizar as compras pela internet, sobretudo em sites (73%), aplicativos (70%) e redes sociais (22%). Essas datas comemorativas são atrativas para golpistas.

Confira a seguir, dicas que o especialista em direito digital, proteção de dados e advogado, Walter Calza Neto, deixa para realizar as compras online com mais segurança. 

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Evite acessar links promocionais recebidos por meio de apps de mensagem ou SMS: Neste caso, opte por consultar o site ou os canais oficiais da loja, se ela for conhecida.

“Quando falamos em segurança online, é essencial saber identificar os sites confiáveis. Geralmente, um site seguro tem sua URL começando com "https". Outro bom indicativo é a presença de selos de segurança de empresas renomadas, sites com críticas positivas entre os usuários tendem a ser mais confiáveis e consultar plataformas de registros de reclamações antes de efetuar a compra pode evitar muitos problemas. A existência de políticas de privacidade também é um bom sinal. Assim, vale sempre checar avaliações recentes e priorizar compras em plataformas conhecidas ou que tenham sido recomendadas por pessoas de sua confiança”, explica Walter. 

Busque sempre os meios de pagamentos seguros: Evite usar PIX ou realizar transferências bancárias, pois pela facilidade e rapidez da transição por estes meios de pagamento são os preferidos dos golpistas.

“Cobranças desconhecidas em seu extrato bancário ou fatura do cartão, a não entrega de produtos no prazo ou a recepção de e-mails suspeitos solicitando informações pessoais são indicativos de problemas. Entre em contato com seu banco se notar cobranças estranhas e informe sua desconformidade com as compras fraudulentas. Também é recomendável alterar suas senhas, especialmente se achar que suas informações foram comprometidas. E, por fim, não se esqueça de registrar um Boletim de Ocorrência online e reportar os fatos a entidades como o Procon, fornecendo todos os detalhes do ocorrido”, aconselha o especialista. 

Sempre desconfie que uma promoção parecer fora do convencional: Entre em contato com a loja pelo site ou pelos canais oficiais para confirmá-la. Além disso, atente-se à segurança do site e da loja virtual checando a presença do selo de site seguro em formato de cadeado.

“Realizar compras pela Internet próximo a datas comemorativas oferece diversos benefícios. Em primeiro lugar, oferece conveniência, permitindo que as pessoas façam suas compras no conforto de suas casas, evitando filas, trânsito ou aglomerações que são comuns em datas comemorativas como o Dia dos Pais. Além disso, as lojas online proporcionam uma vasta gama de produtos, possibilitando que os consumidores tenham a facilidade de comparar marcas e preços”, afirma Neto. 

Milhares de pessoas expressaram apoio nesta quinta-feira (3) em Niamey aos autores do golpe de Estado que derrubou o presidente do Níger, Mohamed Bazoum, que está sequestrado há oito dias e que teve a "libertação imediata" demandada pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

Os manifestantes foram convocados pelo movimento M62, uma coalizão de organizações da sociedade civil, no dia do 63º aniversário da independência do Níger da França, a ex-potência colonial que mantém 1.500 soldados no território nigerino para ajudar no combate aos grupos armados extremistas.

"Abaixo a França!", "Viva a Rússia, viva Putin!", gritaram alguns manifestantes na capital do Níger, país produtor de petróleo e urânio.

Desde o golpe de Estado de 26 de julho, liderado pelo ex-comandante da guarda presidencial, o general Abdourahaman Tiani, as relações com a França e outros países ocidentais passam por um momento de grande tensão.

No domingo passado foram registrados incidentes durante um protesto diante da embaixada da França, o que provocou a retirada de mais de 500 franceses do Níger.

"Estamos interessados apenas na segurança, venha da Rússia, China ou Turquia", declarou um dos manifestantes, o empresário Issiaka Hamadou. "Simplesmente não queremos os franceses, que nos roubam desde 1960", acrescentou.

Nos Estados Unidos, um dos principais aliados do Níger, ao lado da França, e que também mantêm mil militares no país, o presidente Biden pediu a "libertação imediata" do presidente Bazoum e de sua família.

"O povo do Níger tem o direito de escolher seus líderes. Eles expressaram sua vontade por meio de eleições livres e justas - e isso deve ser respeitado", destacou Biden em um comunicado.

Bazoum, 63 anos, está detido com sua família desde o golpe de Estado na residência presidencial. Nesta quinta-feira, a energia elétrica do edifício foi cortada voluntariamente, de acordo com seu partido.

- Retirada de estrangeiros -

Desde terça-feira, a França fretou cinco aviões para uma operação de retirada de que foi concluída nesta quinta-feira.

O ministro francês das Forças Armadas, Sébastien Lecornu, anunciou que 1.079 cidadãos franceses e estrangeiros "estão a salvo".

O governo dos Estados Unidos ordenou na quarta-feira a saída dos funcionários não essenciais da embaixada em Niamey, mesma medida anunciada pelo Reino Unido nesta quinta-feira.

A Comunidade Econômica de Estados da África Ocidental (Cedeao), presidida pela Nigéria, afirmou que está preparada para uma operação militar no Níger, mas destacou que esta é a "a última opção sobre a mesa".

Os comandantes do Estado-Maior dos países da região estão reunidos em Abuja, capital da Nigéria, até sexta-feira, dois dias antes do fim do ultimato anunciado pela Cedeao para o retorno de Bazoum ao poder.

Uma delegação da Cedeao, liderada pelo ex-presidente nigeriano Abdulsalami Abubakar, foi enviada a Niamey para "negociar" com os golpistas.

A Nigéria decidiu cortar o fornecimento de energia elétrica ao Níger, que depende em 70% da energia gerada no país vizinho.

O Banco Mundial, que liberou 1,5 bilhão de dólares em ajuda ao Níger em 2022, anunciou a suspensão de pagamentos "para todas as operações e até novo aviso".

Os golpistas enviaram um representante ao Mali e Burkina Faso, dois países também liderados por militares golpistas e que enfrentam a violência jihadista.

Em um comunicado conjunto, os governos de Burkina Faso e do Mali afirmaram que qualquer intervenção armada seria considerada "uma declaração de guerra" e provocaria a saída dos países da Cedeao.

Em Niamey, o general Tiani declarou em discurso exibido na televisão na quarta-feira que rejeita as sanções e se nega "a ceder a qualquer ameaça".

"Rejeitamos qualquer interferência nos assuntos internos do Níger", afirmou.

A Rússia defende o diálogo "para evitar o agravamento da situação".

Até o momento não está prevista a retirada dos soldados franceses e americanos que participam na luta contra os movimentos extremistas no Níger.

O Ministério das Relações Exteriores da França anunciou que a operação para retirar seus cidadãos do Níger começará nesta terça-feira (1º) e que "os cidadãos europeus que desejarem deixar o país" poderão participar.

"Tendo em vista a situação em Niamei [capital do Níger], os atos de violência perpetrados anteontem contra nossa embaixada e o fechamento do espaço aéreo, que deixa nossos compatriotas sem a possibilidade de sair por seus próprios meios, a França está se preparando para evacuar seus cidadãos e os cidadãos europeus que desejarem deixar o país. Essa evacuação começará hoje", disse o ministério.

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O governo francês estima que o número de civis franceses no Níger esteja entre 500 e 600. Até o momento, outros governos europeus não anunciaram operações de retirada de cidadãos, mas países como a Espanha pediram a seus cidadãos que informassem seu paradeiro à embaixada.

Em uma entrevista à BFMTV na noite desta segunda-feira, a ministra das Relações Exteriores da França, Catherine Colonna, reiterou os pedidos de seu país para a reintegração do presidente deposto Mohamed Bazoum e negou as acusações dos militares pró-golpe do Níger de que a França está preparando uma intervenção militar.

Ele também enfatizou que é "possível" que a Rússia esteja tentando "tirar proveito" da crise, mas evitou culpar Moscou pelo golpe e o atribuiu a "uma ação oportunista" de um oficial militar de alto escalão. A França, uma antiga potência colonial no Níger, tem um contingente de 1.500 soldados no país para apoiar a luta contra o golpe.

No último domingo (30), durante uma manifestação em apoio aos golpistas, centenas de pessoas protestaram violentamente em frente à embaixada francesa na capital do Níger.

Em resposta, o governo do presidente Emmanuel Macron advertiu sem rodeios que agiria "imediata e decisivamente" se seus interesses fossem atacados.

Na segunda-feira (31) o Palácio do Eliseu, sede do governo francês, disse que Macron havia conversado em várias ocasiões com Bazoum e com seu antecessor, que está atuando como mediador, bem como com os líderes de outros países da região, como parte de uma longa série de contatos em busca de uma solução para a crise no Níger.

Golpe de Estado

Na última sexta-feira (28), militares consolidaram o golpe que derrubou o primeiro governo democraticamente eleito no Níger. O general Abdourahamane Tchiani foi nomeado o novo líder do país africano, que teve a Constituição suspensa. Com isso, os Poderes Executivo e Legislativo ficam unificados sob o comando de Tchiani.

Em discurso na TV estatal, o general disse que foi nomeado presidente da junta militar que derrubou o governo e justificou o golpe pela "deterioração da situação de segurança" no país.

No mesmo dia, Macron fez coro aos apelos internacionais pela libertação de Bazoum e restituição da ordem democrática no país. "Este golpe de Estado é completamente ilegítimo e profundamente perigoso para os nigerinos, para o Níger e para toda a região", repreendeu Macron.

A história do Níger é marcada por uma secessão de golpes desde que o país declarou independência da França, na década de 1960.

A tomada de poder pelos militares também foi condenada por vizinhos africanos, Estados Unidos, ONU e União Europeia, que suspenderam a ajuda financeira que fornecem ao Níger. AssIm como, líderes da África Ocidental agora fazem bloqueio econômico contra o Níger em tentativa de ultimato aos golpistas. (Com agências internacionais).

O presidente do Níger, Mohamed Bazoum, foi detido por membros da Guarda Presidencial (GP) nesta quarta-feira (26), em uma tentativa de golpe de Estado condenada pelos países africanos, Estados Unidos e pela União Europeia (UE).

Segundo uma fonte ligada à presidência, que não quis ser identificada, "depois de alguns diálogos, a Guarda Presidencial recusou-se a libertar o presidente e o Exército lançou um ultimato", provocado pelo "impulso" dos membros da guarda, que bloquearam o acesso ao palácio presidencial, na capital, Niamey.

Outra fonte ligada ao presidente Bazoum, no poder desde abril de 2021, disse à AFP que a tentativa de golpe estava "destinada ao fracasso".

A Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao) confirmou a "tentativa de golpe de Estado" e manifestou o seu "espanto e preocupação", exortando "os autores deste ato a libertarem imediata e incondicionalmente o Presidente da República democraticamente eleito".

O presidente do vizinho Benin, Patrice Talon, viajará para Niamey para tentar realizar a mediação entre a guarda presidencial e Mohamed Bazoum, anunciou o presidente nigeriano, Bola Tinubu.

No fim da tarde, a GP dispersou com tiros de advertência manifestantes apoiadores do presidente Bazoum. Eles tentaram se aproximar da presidência, onde o governante está preso.

Em mensagem publicada no Twitter, renomeado X, e posteriormente apagada, a presidência do Níger indicava que "elementos da Guarda Presidencial tentaram obter o apoio das Forças Armadas nacionais e da guarda nacional".

"O Exército e a Guarda Nacional estão dispostos a atacar os elementos da GP envolvidos" caso não mudem de postura, acrescentou a Presidência, que destacou que tanto Bazoum como a sua família "passam bem".

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, conversou com o presidente do Níger à tarde e manifestou "seu total apoio e solidariedade", informou seu porta-voz. Horas antes, Guterres havia condenado "qualquer tentativa de tomar o poder à força".

A União Africana (UA) também condenou "a tentativa de golpe de Estado" e pediu o "retorno imediato e incondicional dos militares traidores aos seus quartéis".

O chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, disse que o bloco de 27 países condena "qualquer tentativa de desestabilizar a democracia e ameaçar a estabilidade do Níger".

A França, ex-potência colonial que tem 1.500 soldados mobilizados no Níger, condenou "qualquer tentativa de tomar o poder à força".

Os Estados Unidos pediram aos membros da GP "que libertem o presidente Bazoum e se abstenham de toda violência", indicou o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan.

Várias partes do Níger, país do Sahel, estão mergulhadas em uma onda de violência jihadista. Desde que se tornou independente da França, em 1960, o país sofreu várias tentativas de golpes de Estado, quatro delas bem-sucedidas, a última em fevereiro de 2010, quando o presidente Mamadou Tandja foi deposto.

Operação conjunta das polícias civis de Goiás e São Paulo prendeu, nessa quinta-feira (20), uma dupla suspeita pelo golpe do 'falso militar americano'. Fingindo ser integrante das forças armadas dos Estados Unidos, um homem enganou uma vítima de Goiás, fazendo-a transferir mais de R$ 10 mil para a conta bancária do comparsa.

Segundo as investigações, após adicionar a vítima nas redes sociais e obter seu número de telefone pessoal, o criminoso, passando-se por militar americano, conversou com a vítima, diariamente, durante 24 dias, ganhando a confiança desta. 

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Em determinado momento das conversas, o falso militar americano diz que enviou produtos de valor, como joias e outros bens móveis, para a vítima. A mentira contada era que tais objetos teriam ficado retidos na rede aeroportuária do Brasil, sendo-lhe cobrada uma taxa, no valor de cerca de R$ 10 mil para a liberação dos produtos.

O aplicador do golpe é um homem da Nigéria, de 35 anos, residente na cidade de São Paulo. Segundo o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), nos últimos seis meses, o africano movimentou cerca de R$ 1,4 milhão em apenas uma de suas contas bancárias, algo incompatível com sua renda declarada, razão pela qual foi decretada sua prisão preventiva.

O segundo preso, também residente em São Paulo, de 18 anos, era o operador financeiro do esquema criminoso, responsável, portanto, por receber em suas contas bancárias os valores angariados ilicitamente.

Tendo em vista que foram descobertas outras vítimas que também pagaram valores nas contas do jovem, verificando-se, em apenas uma de suas contas, uma movimentação de R$ 200 mil em dois meses, foi decretada sua prisão preventiva.

A Operação Smith capturou os suspeitos nas cidade de São Paulo e Ferraz de Vasconcelos/SP. Além disso, foram cumpridos quatro mandados de busca domiciliar e sequestro de contas bancárias e arresto de bens móveis.

A Polícia Federal (PF) confirmou que prendeu um homem, nessa quinta-feira (20), que teria envolvimento com os atos golpistas de 8 de janeiro, em Brasília. A prisão ocorreu em Campos dos Goytacazes, no norte do estado do Rio de Janeiro, a cerca de 240 quilômetros do Rio. A Polícia Federal não deu mais detalhes sobre o caso.

A prisão acontece no âmbito da Operação Lesa Pátria, que investiga golpistas - incluindo financiadores – que participaram de ataques terroristas do começo do ano, quando o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal foram invadidos e depredados.

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Mandados de prisão

Até o fim do mês passado, a Lesa Pátria, que tem caráter permanente, tinha cumprido 68 mandados de prisão, 206 de busca e apreensão e instaurado 17 inquéritos.

Segundo a PF, os fatos investigados pela operação constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

A PF disponibiliza o e-mail denuncia8janeiro@pf.gov.br para receber informações sobre a identificação de pessoas que participaram, financiaram ou fomentaram os atos golpistas.

A Procuradoria da República no Distrito Federal defendeu nesta quinta-feira (20) o arquivamento da denúncia apresentada pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas de 8 de janeiro contra Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.

No início deste mês, a comissão entrou com uma ação contra Cid após ele prestar depoimento e se negar a responder perguntas que não o incriminariam. Para os parlamentares da comissão, o ex-ajudante teria cometido "abuso do direito ao silêncio" ao rejeitar informar até sua idade.

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Ao analisar o caso, o procurador Caio Vaez Dias entendeu que Mauro Cid não cometeu nenhum crime e pediu o arquivamento do processo. Caberá à 10ª Vara Federal decidir a questão.

Antes do depoimento, uma liminar da ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), garantiu a Mauro Cid o direito de ficar em silêncio diante de perguntas que pudessem incriminá-lo.

O ex-ajudante de ordens foi chamado para depor após a divulgação de mensagens apreendidas pela Polícia Federal (PF) em seu celular na investigação sobre supostas fraudes nos cartões de vacina de Bolsonaro. 

De acordo com relatório de investigação da Polícia Federal, as mensagens evidenciam que Cid reuniu documentos para dar suporte jurídico à execução de um golpe de Estado.

Defesa 

Procurado pela Agência Brasil, o advogado Bernardo Fenelon, representante de Mauro Cid, declarou que o Ministério Público agiu de "maneira precisa e em consonância com ordenamento jurídico" ao pedir o arquivamento.

Em nota, o defensor disse que a continuidade da representação da CPI seria "uma criminalização do direito constitucional ao silêncio".

"Ninguém pode ser constrangido a responder algo que possa eventualmente lhe prejudicar, tendo em vista que isto configura, indubitavelmente, a base do princípio humanitário do nemo tenetur se detegere - (a não obrigação de constituir provas contra si mesmo ), historicamente conquistado para afastar abusos do poder punitivo estatal", afirmou.

Em menos de uma semana do lançamento, o programa de renegociação de dívidas do governo federal, Desenrola Brasil, já sofre com a atuação de golpistas. No Youtube, ao pesquisar a palavra "Desenrola" o usuário pode ser direcionado a um chatbot falso e se tornar vítima de estelionato. 

O atendimento no chatbot criminoso atrai os devedores com a promessa de renegociação com descontos de até 99%. O governo federal alerta para a prática e reforça que as informações sobre o programa devem ser obtidas com o banco em que o interessado é cliente, sem intermediários.

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Também há links falsos no Facebook e no WhatsApp, onde a promessa é de atendimento personalizado e renegociação dentro do próprio aplicativo.  

Quem recebe até dois salários mínimos pode participar da Faixa 1 do Desenrola Brasil, após se inscrever no CadÚnico. Os benefícios só serão contemplados a partir de setembro, através do site "gov.br". A Faixa 2 é feita no banco, para quem tem renda de até R$ 20 mil. 

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