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O Sport Club do Recife reforçou aos torcedores, por meio de nota publicada neste domingo (30), que nenhum ingresso para a final da Copa do Nordeste na próxima quarta-feira (3), na Ilha do Retiro, no Recife, foi impresso. O clube alertou acerca de possíveis ingressos falsos que estariam à venda em locais físicos. Segundo a nota, as bilheterias físicas estarão abertas apenas na véspera da partida.

“A carga esgotada com cerca de dez horas contemplou apenas a plataforma online, uma vez que as bilheterias físicas abrem apenas na terça-feira (2) – somente para o proprietário e sócio-proprietário de cadeiras centrais, única modalidade ainda com tíquetes à disposição, caso assim siga até o dia citado. Qualquer anúncio de bilhete físico, portanto, é falso”, diz a nota.

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Segundo a nota de esclarecimento, o clube relembra que a compra de ingressos por meio de vendedores ambulantes, conhecidos como cambistas, é considerada “uma prática ilegal e criminosa, conforme apontado pelo Estatuto do Torcedor.”

A organização reforça que, no dia da partida, só será permitida a entrada no estádio aos torcedores portando ingresso gerado pela plataforma digital.

A Polícia Federal (PF) toma hoje (23) o depoimento de militares do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) que foram identificados em imagens gravadas dentro do Palácio do Planalto em 8 de janeiro. As oitivas estão sendo realizadas na sede da corporação em Brasília.

A PF intimou nove militares que foram identificados nas gravações pelo ministro interino do GSI, Ricardo Capelli, após assumir o cargo. Os nomes dos servidores não foram divulgados oficialmente.

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Na sexta-feira (21), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator das investigações sobre os atos golpistas, determinou que todos fossem ouvidos pela PF no prazo de 48 horas.

A medida foi tomada após as gravações de câmeras de segurança do Planalto, divulgadas pela CNN Brasil, mostrarem o ex-ministro do GSI Gonçalves Dias e outros servidores no interior do Palácio do Planalto durante os atos. Dias pediu demissão do cargo após o surgimento das imagens.

Moraes também determinou a quebra do sigilo das imagens captadas durante a invasão do Palácio do Planalto para envio à investigação que está em andamento no STF.

As imagens estavam em poder do GSI e foram utilizadas como provas iniciais para justificar a abertura de sindicância contra os envolvidos.

Um funcionário da Organização Internacional para as Migrações (OIM), agência que integra a Organização das Nações Unidas (ONU), morreu nesta sexta-feira, 21, durante confronto que completará uma semana no Sudão. A informação foi confirmada pelo diretor geral da instituição em um comunicado.

"Com grande pesar confirmo a morte de um membro da OIM no Sudão esta manhã, depois que veículo no qual trabalhava com sua família no sul de El Obeid ficou em meio a um fogo cruzado entre as partes enfrentadas", declarou Antonio Vitorino, diretor da Organização. "A OIM lamenta esta tragédia, reitera o apelo pelo fim da violência e exige a proteção dos civis", escreveu.

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Na última semana, outros três funcionários da ONU morreram no confronto, logo depois de o chefe da missão especial da organização, Volker Perthes, ter feito um comunicado pedindo "cessação imediata" do confronto. "Apelo a ambas as partes para que parem imediatamente os combates e restabeleçam a calma em todo o Sudão. A segurança do povo sudanês é uma prioridade", escreveu.

Pedido de trégua

Apesar do pedido de trégua de 72 horas, o exército e os paramilitares continuam lutando no Sudão, com explosões e confrontos pelas ruas de Cartum. No dia anterior, a ONU e os Estados Unidos solicitaram uma trégua de "pelo menos" três dias para permitir que civis celebrassem o Eid al Fitr, que marca o fim do mês de jejum muçulmano do Ramadã.

No entanto, o chefe do exército Abdel Fatah al-Burhan descartou, na quinta-feira, 20, negociar com seu ex-número dois, Mohamed Hamdan Daglo, chefe das Forças de Apoio Rápido (FAR) paramilitares.

As FAR anunciaram às 4h GMT (1h em Brasília) de sexta-feira "seu acordo de trégua de 72 horas" para dar uma pausa aos sudaneses presos neste fogo cruzado. Ao mesmo tempo, o general Burhan apareceu na televisão estatal pela primeira vez desde o início dos confrontos para um discurso por ocasião do Eid, no qual não mencionou nenhuma trégua.

"No Eid deste ano, nosso país sangra: a destruição, a desolação e o barulho das balas prevalecem sobre a alegria", disse. "Esperamos sair desta prova mais unidos (...), um só exército, um só povo", destacou, vestindo uniforme militar, entre duas bandeiras sudanesas.

No último sábado, 15, o grupo paramilitar tomou o palácio presidencial do Sudão e outros pontos-chave do país, dando início ao conflito que já dura quase uma semana. Na manhã desta sexta, segundo a OMS, o conflito já soma 400 mortes e 3.500 feridos, incluindo membros das forças de segurança. A milícia Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês) acusou o Exército do país de atacar suas forças em uma de suas bases no sul de Cartum, e revidou a provocação.

O exército sudanês, por sua vez, havia dito que os combates começaram depois que as tropas do RSF tentaram atacar suas forças na parte sul da capital, acusando o grupo de tentar assumir o controle de locais estratégicos em Cartum, incluindo o palácio. Os militares classificaram as declarações da RSF como "mentiras".

Como resultado dos ataques, um avião comercial pegou fogo em aeroporto do Sudão e já ocorrem desabastecimento e cortes de energia no país.

Os confrontos envolvem tropas de dois generais, que eram aliados: Abdel Fatah al-Burhan, comandante das Forças Armadas, e o general Mohammed Hamdan Dagalo, chefe do grupo Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês).

Ambos orquestraram em conjunto um golpe militar que ocorreu em outubro de 2021 e agora disputam a hegemonia do poder. Nos últimos meses, organismos internacionais intermediaram um acordo entre os comandantes e partidos políticos para restabelecer a democracia sem sucesso.

'Não há espaço para negociações políticas'

"Gostaríamos que os combates parassem devido ao Eid, mas sabemos que isso não acontecerá", disse Abdallah, morador da capital, à AFP na quinta-feira. Em entrevista por telefone à Al Jazeera, Al-Burhan disse na quinta-feira que não havia espaço "para negociações políticas" com seu rival.

Se o general Daglo, apelidado de "Hemedti", não desistir de sua tentativa de "querer controlar o país", será "esmagado militarmente", alertou. Durante o dia, Al-Burhan recebeu ligações do secretário-geral da ONU, dos presidentes do Sudão do Sul e da Turquia, do primeiro-ministro etíope e dos chefes da diplomacia dos Estados Unidos, Arábia Saudita e Catar.

Washington anunciou o envio de militares para a região caso tenha que evacuar sua embaixada. O aeroporto de Cartum está fechado desde sábado passado e as embaixadas pedem aos cidadãos que fiquem seguros.

Na capital, muitas famílias estão sem seus últimos suprimentos e não têm eletricidade ou água encanada. As linhas telefônicas funcionam apenas de forma intermitente. Muitos tentam fugir entre postos de controle de ambos os lados e corpos espalhados pelas ruas.

Muitos civis também fugiram para o exterior para escapar da violência, concentrada principalmente em Cartum e na região oeste de Darfur. Entre 10.000 e 20.000 pessoas, a maioria mulheres e crianças, cruzaram a fronteira para o Chade, de acordo com o Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur).

Ambos os lados continuam anunciando vitórias e fazendo acusações mútuas que são impossíveis de verificar no terreno. (Com agências internacionais).

Ao que parece, Helen Gazarolli está passando por maus bocados nos últimos tempos. Isso porque a apresentadora levou um golpe financeiro do ex-namorado, César Henrique, no valor de dois milhões e quinhentos mil reais. Na última quarta-feira, dia 19, ela usou as redes sociais para se pronunciar e abriu o coração.

- Amores, estou aqui me pronunciando em respeito a minha história por tudo que conquistei e construí por mais de 20 anos de televisão e em respeito a todos vocês da imprensa e a vocês meus amigos, familiares e aos meu fãs. Essa é a única verdade. E eu confio nela. Confio na justiça. Confio na justiça de Deus acima de tudo. Sim, sou umas das vítimas. E a dor e o sofrimento que isso me causou emocionalmente e ainda vem causando é grande. Ainda mais por uma pessoa que namorei por anos. Mas estou seguindo minha vida com força e fazendo oque mais amo que é trabalhar. Sou guerreira e sempre fui!

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E continuou:

- Mais de 20 anos de televisão eu nunca me envolvi em escândalo, quem me conhece sabe o tanto que eu preservo a minha vida pessoal. Primeiramente, esclarecer que não existe um ex-marido, porque eu nunca fui casada. Sim, eu namorei uma pessoa por muitos anos, e sofri um golpe financeiro grande! Mas sofri um golpe também emocional, e quem convive comigo sabe com isso tem me causado dor.

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Pouco mais de dois meses após assumir o mandato na Câmara Municipal do Recife, o coletivo Pretas Juntas confirmou a ruptura na manhã desta quarta-feira (19). A co-vereadora Débora Aguiar acusa a vereadora Elaine Cristina de golpe e diz que sequer houve uma conversa sobre o seu desligamento e de outras coordenadoras do mandato. 

Com 2.965 votos conquistados em 2020, a campanha alcançou a suplência do PSOL na Casa e, em fevereiro deste ano, assumiu a cadeira após a titular, Dani Portela, eleger-se como deputada na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). A informação sobre o fim do coletivo foi dada nas redes sociais pela vereadora Elaine Cristina.  

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Ela indicou que era violentada e cerceada pela co-vereadora e pelas quatro coordenadoras que foram expulsas do coletivo. Segundo ela, essas pessoas “deveriam estar somando comigo nas batalhas e enfrentamentos diários no espaço legislativo, que por si só já é tão hostil a todas nós". 

No comunicado, Elaine apontou que as ex-companheiras desrespeitavam a própria composição coletiva e os princípios e valores adotados pelo grupo. "Num projeto que se diz coletivo, não cabem posturas autoritárias e violentas de qualquer tipo. Não é possível fazer um projeto de fortalecimento de mulheres negras nos espaços de poder, se algumas assumem uma postura de instrumentalizar outras, sem qualquer respeito aos princípios e valores que devem reger a nossa prática política". 

A co-vereadora Débora Aguiar também se pronunciou e acusou a ex-colega de golpe. Ela pontuou que a vereadora abandonou as demandas dos movimentos sociais que apoiaram a candidatura das Pretas Juntas e começou a diminuir a atuação de outras mulheres dentro do mandato.  

Débora conta que foi retirada do cargo sem qualquer diálogo e bloqueada do perfil das redes sociais nesta manhã. "Elaine Cristina e Larissa Montanhas não estavam comprometidas em defender as agendas antiprobicionistas, e que fortalecem a democracia e Elaine Cristina se negava a falar de forma integral os discursos que nós construíamos, se isentando de denunciar o bolsonarismo, a política punitivista, a exemplo dos casos das violências nas escolas. Diversas reuniões e agendas, eu não fui comunicada nem convidada. Desarticular minha ida a espaços, como na última reunião de Parlamentares Negros em Brasília", apontou. 

A gestão do coletivo Pretas Juntas era composta por cinco coordenadoras, que deveriam tomar as decisões em consenso. Entretanto, o acordo não teria se cumprido por parte de Elaine. "Durante esses três meses de forma autoritária tomaram várias decisões sem o consentimento da Coletiva e das coordenadoras. Desde agendas políticas a decisões financeiras".  

"Ontem à noite, mais uma vez, Elaine mostrou sua postura autoritária e sem nenhum diálogo comigo, exonerou quatro das cinco coordenadoras. É extremamente desrespeitoso e vergonhoso o que ela tem feito com a vida das pessoas", complementou Débora Aguiar. 

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O LeiaJá entrou em contato com a vereadora Elaine Cristina e com a co-vereadora Débora Aguiar, mas não foi atendido. 

Em nota, o PSOL Pernambuco informou que ainda vai se reunir para debater sobre a ruptura, ams acolhe a vereadora Elaine Cristina como representante do partido na Casa.

"A Direção do partido irá se reunir em breve para discutir o ocorrido. De antemão, a legenda reconhece o significado do coletivo que foi eleito com mais de 2,5 mil votos na capital pernambucana e sua dedicação em importantes pautas como a defesa da classe trabalhadora e a luta feminista, antiprobicionista e antirracista. Contudo, o espaço legislativo na Câmara Municipal do Recife é do PSOL , que acolhe a psolista Elaine Cristina, e defenderá o mandato que pertence à legenda", considerou o partido.

Desde janeiro no Batalhão de Aviação Operacional, em Brasília, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres realiza trabalhos de serviços gerais na cadeia. Preso por suspeita de não atuar contra a tentativa de golpe de 8 de janeiro, ele teria perdido 12 kg e desistido de um cursinho à distância. 

Torres começou os serviços de limpeza - sempre acompanhado de um militar - para tentar reverter seu estado de “tristeza profunda”. Nos três meses que está preso, ele “chora constantemente” e se mostra abalado pelo afastamento das filhas. As informações são do Uol

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O ex-ministro chegou a se matricular em um curso de eletricista no mês passado, mas desistiu na última semana. Sua defesa foi assumida pelo então colega de gestão, o advogado e ex-chefe da Casa Civil do Distrito Federal (DF), Eumar Novacki. 

"Ao passo que não vê as filhas desde a sua prisão preventiva, 'entrou em um estado de tristeza profunda, chora constantemente, mal se alimenta e já perdeu 12 quilos'", descreve um trecho da manifestação do advogado, que pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). 

Moraes não concede soltura

Moraes negou a soltura por considerar que diligências ainda seriam cumpridas pela Polícia Federal, entre elas a perícia da minuta golpista encontrada em sua casa. A decisão foi tomada antes do nome de Torres ser citado no caso da blitz ilegal da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no segundo turno. 

Nessa segunda (17), a Procuradoria-Geral da República (PGR) também defende sua soltura com o usi de tornozeleira eletrônica e proibição de deixar o DF. Além de perder o cargo de Secretário de Segurança distrital, Torres também segue afastado como delegado da PF. 

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Mara Maravilha contou que passou por uns maus bocados. Entrevistada pelo Cidade Alerta, nessa terça-feira (4), a apresentadora revelou ter sido vítima de um golpe. A baiana disse que perdeu R$ 100 mil. Tudo aconteceu quando um suposto empresário sugeriu que os álbuns antigos de Mara fossem repaginados visualmente para comercialização. Isso foi em 2020.

Atendido pelo nome de Daniel Musso, o rapaz nunca entrou em contato com a estrela de programas infantis para mostrar o resultado do projeto. Sem ter o dinheiro que foi investido, Mara Maravilha acabou buscando ajuda para solucionar o caso. No Instagram, ela afirmou que o homem chegou a ser preso em Curitiba pelo crime de estelionato.

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"Sou apenas mais uma entre muitas pessoas que são vítimas desses estelionatários… Lugar de bandido é na prisão, e ele foi liberto pela Juíza Sazonará Sedano sem sequer pagar fiança. Mas continuaremos reivindicando nossos direitos e esse não será o desfecho de missão cumprida pela justiça", explicou. A defesa de Mara declarou que estará no aguardo para que a justiça seja feita.

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No dia em que os extremistas exaltam o aniversário de 59 anos do golpe militar de 1964, o senador Hamilton Mourão (Republicanos) elogiou o regime de excessão e afirmou que a ditadura "dinamizou a sociedade brasileira". 

General do Exército e ex-vice-presidente do governo Bolsonaro, Mourão defendeu o golpe e o chamou de "Revolução de 31 de março". "Somam-se ataques às Forças Armadas desfechados nesta semana em mais um aniversário da Revolução de 31 de março de 1964", escreveu para o Correio Braziliense. 

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O senador entende que o período de ditadura, no qual civis foram torturados pelo Estado, foi positivo e desconsiderou totalmente o viés de golpe. "É praticamente impossível não encontrar os traços e antecedentes das reformas empreendidas naquele período, que dinamizaram sua sociedade e, principalmente, fortaleceram a democracia brasileira, que, pela primeira vez, teve um regime inaugurado sem golpe de Estado." 

O próprio Exército orientou oficiais a não comemorarem a data este ano, sob ameaça de punição. Mourão enfatizou que os militares "conhecem muito bem seu papel nessa democracia" e criticou o atual governo por se omitir com a segurança pública. "Quem parece não conhecer são os que, achando-se donos da história, querem dirigir o país com os olhos no retrovisor." 

Passados 59 anos do golpe e da ditadura militar, ainda está presente na sociedade a chamada disputa de narrativas em torno do período.

Uma das questões é qual a real data do golpe: se o dia 31 de março ou 1º de abril. Para o professor de história da Universidade Federal Fluminense (UFF), Daniel Aarão Reis, essa é uma polêmica menor. Segundo ele, o início do golpe foi de fato no dia 31 de março.

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"Na madrugada do dia 31, o general Mourão Filho dá início ao movimento armado pela deposição do João Goulart, e as esquerdas, ironicamente derrotadas, passaram a caracterizar o golpe como tendo sido vitorioso no dia 1º de abril. Como a gente sabe, o 1º de abril é o dia da mentira", argumenta.

Outra disputa presente até hoje é em relação ao termo golpe ou revolução. Daniel Reis reitera que foi um golpe a deposição de João Goulart em 1964, apesar de ter havido apoio de parcelas da sociedade civil a essa deposição, e que partidários do golpe renomearam o movimento como revolução por ela estar associada a coisas positivas na época.

"Golpe é todo aquele movimento que pela violência depõe um presidente da República. Ora, isso é objetivo. No Brasil, João Goulart (Jango) foi deposto por um movimento violento, que não provocou derramamento de sangue notável porque o presidente e as demais lideranças de esquerda resolveram se render sem luta”, explica.

Indo mais profundamente sobre a denominação do período, o professor também explicou porque o período da ditadura civil militar não pode ser considerado um período revolucionário.

“Essas modificações pela raiz, essas transformações designam o processo como revolucionário ou não. Houve revolução na Rússia, em Cuba, houve revolução francesa, americana... Porque ali houve transformações das políticas econômicas e culturais. Isso não houve no Brasil, embora o Brasil tivesse passado por um processo intenso de modernização. Foi uma modernização conservadora e autoritária”, opina.

Sociedade dividida

As pesquisas de opinião feitas à época pelo Ibope nas grandes cidades mostravam uma sociedade dividida. Se antes do golpe 42% consideravam bom e ótimo o governo de João Goulart e 30% regular, após a ação dos militares, pesquisa do Ibope em maio de 1964 revelou que 54% dos entrevistados aprovaram a deposição de Jango.

O motivo da população ter mudado de apoio a Jango para apoio ao golpe pode ter sido o forte sentimento de anticomunismo associado a João Goulart e que foi incentivado pela grande mídia e por adversários políticos. Nas pesquisas do Ibope, o comunismo era visto como ameaça por mais de 65% dos entrevistados. Mas o professor de história da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Rodrigo Patto Sá Motta, reitera o equívoco que era associar João Goulart ao comunismo ou socialismo.

“Muitas pessoas acreditaram que o Brasil estava em vias de se tornar um país comunista, o que estava muito longe de ser verdade. O presidente João Goulart não era um socialista, nem muito menos um comunista. Ele era um político trabalhista a favor de algumas reformas sociais, de salários melhores para os trabalhadores. Mas não era socialista, até porque ele era uma pessoa muito rica, um dos maiores fazendeiros do Brasil. Mas ainda assim, então, houve toda essa agitação em torno da ideia de que o Brasil corria um risco sério de se tornar uma nova Cuba na América Latina”, diz Daniel Reis.

E para quem quiser entender mais as discussões em torno do período, o historiador Rodrigo Patto publicou, em 2021, um livro que estuda mais a fundo todas as questões, chamado de Passados Presentes, o golpe de 1964 e a ditadura militar.

O que era para ser uma simples compra de um celular, tornou-se uma grande dor de cabeça, ou melhor, um quebra-cabeças. Isso porque a Amazon, empresa multinacional de tecnologia e e-commerce, enviou um quebra-cabeça dos três porquinhos ao invés de um iPhone 11, ao jornalista Eduardo Sena, morador de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife. 

Segundo o site da Amazon, o mesmo brinquedo recebido por Eduardo custa de R$ 36,09 e o aparelho que havia “comprado”, custou de R$ 3.221 no crédito ou R$ 2.898 à vista.  

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Ao LeiaJá, Eduardo Sena contou ter recebido o pacote no sábado (25), pela manhã, e que entrou em contato com a Amazon no mesmo dia, mas não teve o retorno esperado. “Ainda no sábado me mandaram email pedindo fotos, mas nunca responderam. Imagino que seja algo fora da curva, que pode acontecer. Mas me incomodou essa falta de resposta. Por isso, vocalizei hoje. Nem queria gastar energia com isso, só que resolvessem”, desabafou. De acordo com ele, a compra foi feita no dia 20 deste mês e recebida no dia 25, dentro da previsão de entrega do site.  

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O jornalista fez a exposição do ocorrido na noite desta segunda-feira (27), nos stories do Instagram. “Agora o futurismo e a prototipagem da Apple foi longe demais. Eu comprei um iPhone no site da Amazon e olha o que chegou: um quebra-cabeça dos três porquinhos. Quebra-cabeça progressivo, tá? 30 peças. Você monta o seu próprio iPhone agora”, ironizou.

Eduardo relatou não ter pensado que a embalagem do brinquedo infantil seria, de fato, um golpe. “E eu super otimista falei ‘não, colocaram essa caixa para despistar e dentro está o iPhone’.  Mas, de fato, é um quebra-cabeça dos três porquinhos”, disse. 

A reportagem do LeiaJá entrou em contato com a Amazon e aguarda retorno. 

Não é a primeira vez 

Aconteceu parecido recentemente com o biomédico Lucas Portela, que mora no Recife. Ele também comprou um iPhone 11 pela Amazon e, quando a encomenda chegou, era um perfume de bebê. Lucas relatou que entrou em contato com o atendimento ao cliente e foi informado que a distribuidora havia feito algo errado no sistema e, em seguida, foi orientado pela empresa de e-commerce a devolver o item ao vendedor pelos Correios, para que pudesse ser avaliada. 

Um major da reserva da Polícia Militar foi preso, nesta quinta-feira (23), na região do Riacho Fundo, por participar da tentativa de golpe de 8 de janeiro. A investigação apontou que ele administrava parte do dinheiro do acampamento no Distrito Federal e repassava táticas de guerrilha aos extremistas. 

De acordo com o G1, o suspeito foi identificado como Claudio Mendes dos Santos. Ele teria incentivado a invasão à Praça dos Três Poderes, que resultou no vandalismo generalizado no início do ano. 

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Esta é a 9ª fase da Operação Lesa Pátria da Polícia Federal, que apura os envolvidos na tentativa de golpe orquestrada por bolsonaristas. Mais de mil pessoas foram presas em flagrante, mas apenas 294 suspeitos - sendo 86 mulheres e 208 homens - seguem no sistema prisional e devem responder pelos crimes de dano qualificado, abolição violenta do Estado de Direito e golpe de Estado. 

A Justiça do Rio concedeu liberdade provisória a Sabine Boghici, presa em agosto no ano passado após ser acusada de participação em um golpe milionário contra a própria mãe. Na ocasião, ela e mais cinco pessoas, incluindo suspeitas que se diziam videntes, foram alvo de uma operação da polícia que apurou desvios de dinheiro e de obras de arte estimados em mais de R$ 720 milhões.

A decisão é do juiz Guilherme Schilling Pollo Duarte, da 23ª Vara Criminal. O magistrado considerou que Sabine não é "pessoa de alto grau de periculosidade". Entre os crimes pelo quais ela e os demais acusados respondem estão estelionato, extorsão, roubo majorado, sequestro e cárcere privado - todos eles considerados "crimes continuados", alguns por até 40 vezes.

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Sabine havia sido presa em agosto do ano passado e teve a preventiva confirmada no mês seguinte. A decisão que concede liberdade provisória é de terça-feira, 14. A atriz terá que cumprir medidas cautelares. Elas incluem comparecimento mensal em juízo, proibição de deixar o Rio por mais de dez dias e de manter contato com a vítima e demais testemunhas. Ela também está proibida de se aproximar da mãe - deverá manter distância de pelo menos 500 metros - e terá de entregar o passaporte.

Outra envolvida no caso, Rosa Stanesco Nicolau - uma das falsas videntes - teve a liberdade provisória negada pela Justiça. Segundo o juiz, Rosa "ostenta várias outras anotações (criminais), demonstrando possuir habitualidade em cometer crimes, razão pela qual sua custódia cautelar se mostra necessária como garantia da ordem pública, evitando-se a reiteração delituosa".

A operação que levou Sabine e os demais à prisão foi realizada pela Polícia Civil em 10 de agosto do ano passado. Sabine foi acusada de subtrair 16 obras de arte da própria mãe, que incluíam peças de Tarsila do Amaral e Di Cavalcanti. Só um dos quadros, Sol Poente, de Tarsila, foi avaliado em R$ 250 milhões.

Celebrado nesta quinta-feira, 15, o Dia do Consumidor tem como objetivo turbinar as vendas em todo o território brasileiro. A data é considerada uma das melhores do primeiro semestre do ano dentro do calendário de gastos, mas é importante que o consumidor fique atento aos golpes virtuais. 

A empresa de cibersegurança PSafe registrou mais de mil tentativas de fraudes financeiras digitais por hora no Brasil. Foram mais de cinco milhões de tentativas de crimes no período de janeiro a julho, com 1,3 de investidas dos golpistas apenas no mês sete do ano. Enquanto isso, uma pesquisa recente da eBit mostrou que 73% dos consumidores preferem fazer compras online.

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A Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) afirmou que a expectativa de vendas para 2023 é em torno de R$ 780 milhões, ou seja, um aumento de 9% comparado ao mesmo período no ano passado. Além disso, a Associação também aponta o crescimento de 40% no volume de acesso aos sites de e-commerce na data.

A presidente da Comissão de Direito Bancário da OAB/PE e sócia-diretora da ABM Advocacia Amanda Botelho ressaltou que, para que o consumidor não caia em golpes, é importante sempre efetuar compras em sites oficiais das lojas com autenticação de segurança. “Essa autenticação pode ser identificada pelo cadeado na barra de navegação. Além disso, o consumidor deve evitar comprar através de links informados por publicidades em redes sociais, pois muitos fraudadores clonam os sites para efetuar golpes”, disse. 

De acordo com o Procon, é importante que o consumidor fique atento aos preços que estejam muito abaixo da média de mercado, e indica uma pesquisa minuciosa. As compras às pressas também devem ser cuidadas pois, é um dos fatores usados pelos golpistas para enganar as pessoas, com o anúncio da oferta com tempo determinado para encerrar. Assim como o cuidado na hora do pagamento.

O órgão indica optar sempre pelo pagamento através do cartão de crédito virtual que a numeração e o código de verificação muda com o tempo para evitar que seja clonado. Se o pagamento foi feito através de boleto, pix ou QR Code, conferir se os dados que constam são da loja, empresa ou pessoa física que está realizando a venda.

Mais 130 homens que estavam presos no Presídio da Papuda por participar da invasão à Praça dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro, foram soltos nesta segunda-feira (13). A determinação foi do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). 

O ministro esperou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) formalizasse a denúncia aos investigados por incitação ao crime e associação criminosa para oferecer a soltura. Em troca, os extremistas serão monitorados por tornozeleira eletrônica e ficam proibidos de usar as redes sociais, bem como deixar o domicílio à noite. 

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A PGR já denunciou 919 pessoas. Dessas, 219 responderão por crimes mais graves, como dano qualificado, golpe de estado e abolição violenta do estado de direito. 

No total, 1.400 pessoas foram detidas por envolvimento com a tentativa de golpe do dia 8 de janeiro. Mais de 1 mil foram soltos e 392 permanecerão atrás das grades, sendo 310 homens e 82 mulheres. 

O deputado federal por Pernambuco Augusto Coutinho (Republicanos) informou, no seu perfil oficial do Instagram nesta sexta-feira (10), que estão se passando por ele numa nova modalidade de golpe no WhatsApp. “Se alguém entrar em contato pedindo dinheiro, é golpe”, alertou. 

De acordo com o parlamentar, estão se passando por ele, desta vez, pelo número (86) 9.8163-5473. 

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A Polícia Federal (PF) cumpre novos mandados de busca e apreensão contra suspeitos de participar do ato golpista que destruiu a Praça dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro. A 7ª fase da Operação Lesa Pátria foi deflagrada na manhã desta terça-feira (7), nos estados de Minas Gerais e Paraná. 

Oito mandados de busca e apreensão e três de prisão foram expedidos pela Justiça Federal com o objetivo de identificar e capturar participantes, financiadores e mentores da manifestação violenta que pediu um novo golpe de Estado.

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Na véspera dos dois meses do atentado, a Operação Lesa Pátria deve prosseguir com outras fases, já que é encarada como permanente pela Polícia Federal.

Os suspeitos podem ser autuados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

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O crime que induz a vítima ao erro por causa das intenções do seu pretendente é antigo, mas já se adaptou ao mundo digital. Golpistas se utilizam do “golpe do amor" para tirar informações ou dinheiro de internautas que buscam por um relacionamento amoroso nas plataformas digitais.

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O especialista em tecnologia José Fonteles explicou como acontece o golpe nas plataformas de relacionamento. “Os criminosos criam perfis falsos com fotos de outros usuários ou fotos de banco de imagens e se fazem passar por outras pessoas. Os golpistas acabam criando um vínculo com alguém que está em busca de um relacionamento por meio da internet”, disse. 

De acordo com o Fonteles, o usuário nem sempre está em busca de um relacionamento amoroso; porém, o golpista utiliza táticas para se aproximar das vítimas, seja por meio da amizade ou por outro tipo de situação. "Às vezes, as pessoas estão em busca de uma amizade para conversar ou para passar tempo, mas o criminoso consegue criar um vínculo com a vítima devido a sua proximidade”, explicou. 

“Em muitos dos casos se cria um vínculo de relacionamento amoroso. Nesse último vínculo, a proximidade é mais forte, onde há troca de informações pessoais, pois cria-se uma confiança muito grande. Essa intimidade vem com a troca de fotos, vídeos íntimos e declarações”, detalhou o especialista. 

O pedagogo Warley Lira é usuário do Tinder, aplicativo de relacionamento, há cinco anos e contou sobre sua experiência na rede social. “Já tive muitos encontros marcados por lá e todos aconteceram de forma bem tranquila. Não passei por nenhuma tentativa de golpe, porque sou daqueles que stalkeia a pessoa nas outras redes ou tento nas conversas puxar o máximo de detalhes da vida dela”, pontuou. 

Como forma de se precaver dos golpes, Warley visualiza as fotos de perfil das pessoas e coloca na busca do Google para saber se é ou não uma foto retirada da internet. Entre outras táticas, ele pede para as pessoas mandarem o nome de seus perfis em outras redes sociais. 

“Ainda não aconteceu de ninguém não mandar os seus @ no Instagram. Outra coisa a que eu fico bem atento é em relação às conversas para perceber qualquer tipo de contradição. Não costumo dar meu WhatsApp logo de cara. Mantenho uma conversa por bastante tempo dentro do próprio aplicativo”, contou Warley. 

Durante esses cinco anos no aplicativo, Warley também conheceu pessoas que foram vítimas do estelionato sentimental. Ele relata que houve um caso de uma mulher que mandou mensagem e pediu o contato do WhatsApp. No outro dia, uma outra pessoa que se passou como cônjuge dela tentou ameaçar a vítima e a família em troca de dinheiro.

“A vítima fez um Boletim de Ocorrência (B.O.) na delegacia de crimes cibernéticos e os golpistas pararam de fazer ameaças. Aliás, mandavam até vídeos que foram tirados na internet da suposta mulher que a vítima conversava com a cabeça raspada por ‘trair’ o seu possível cônjuge”, detalhou Warley. 

Como obter a segurança digital? 

Segundo informações do especialista José Fonteles, os usuários precisam estar atentos aos detalhes, mas também precisam estar cientes de que é possível utilizar as plataformas em busca de um relacionamento amoroso. “Há vários casos de pessoas que construíram seus relacionamentos com seu atual parceiro, namoraram e depois casaram, tudo porque se permitiram se conhecer através das plataformas digitais”, ressaltou.

As plataformas já oferecem recursos de segurança contra casos de golpe. José explicou que as redes sociais pedem fotos e vídeos de verificação, além de número de telefones para examinar a autenticidade dos perfis. "Você deve buscar formas de saber se realmente aquela pessoa existe, pode ser por meio de uma chamada de telefone ou de vídeo, comparar fotos e informações de dados disponíveis no perfil, ver se os números de telefone são reais e não entrar logo no mundo daquela pessoa e confiar de primeira”, orientou o especialista. 

O próprio Warley recomenda o aplicativo de namoro, contanto que a pessoa utilize as medidas de segurança digital. “Conheci pessoas interessantes e com histórias incríveis, inclusive até namorei por dois meses uma pessoa do aplicativo”, disse. 

“Caso aconteça de você perceber que caiu no golpe e de repente passou informações que não devia para alguém que está se passando por um perfil falso ou passou fotos e vídeos íntimos e agora está sendo chantageado, ou passou dinheiro por ter recebido uma informação falsa, como ajudar o usuário que se diz doente ou entre outros casos, você deve, claro, procurar uma delegacia virtual de crimes virtuais e denunciar esses perfis na plataforma em que você utiliza para que outras pessoas não caiam nesse tipo de golpe”, recomendou José Fonteles. 

O especialista ainda ressaltou a importância de denunciar o caso para que seja dificultado o trabalho dos criminosos. “Você deve informar que seus dados foram roubados ou se seu perfil na rede social foi roubado, além de informar familiares e amigos que há outra pessoa tentando buscar informações sobre você. O mais importante é que as pessoas entendam que, hoje em dia, esse tipo de ação dos criminosos é comum e que as pessoas devem procurar, mais do que nunca, os meios e a polícia”, disse. 

“As vítimas não devem deixar de denunciar e informar aos outros que foram lesionadas por um crime virtual e elas devem entender que hoje em dia o crime é comum e devem tornar o fato público, por mais que acabam tendo vergonha ou intimidadas com a situação, elas devem informar para que outras pessoas deixem de cair no golpe e isso faz com que a segurança virtual aumente e esse tipo de crime diminua”, finalizou José.

Por Vitória Reimão (sob a orientação do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

 

O presidente Lula (PT) declarou em discurso, nesta terça-feira (28), que se a oposição, encabeçada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), quiser voltar para o poder, é preciso “aprender a respeitar a democracia”. O chefe do executivo nacional também criticou a postura anti-democrática vista nos atos golpistas do dia 8 de janeiro, quando da invasão à Praça dos Três Poderes.

Durante seu discurso, ele mencionou ainda que alguns detalhes na estrutura do Palácio ainda estão em processo de reparo. “Porque meia de bárbaros, meia dúzia de vândalos, meia dúzia de psicopatas, quem sabe orientados pelo psicopata maior, achavam que poderiam, depois de perder as eleições, ocupar o Palácio e dar um golpe de Estado”, disse Lula.

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O presidente Lula falou no Palácio da Alvorada, em Brasília, durante a retomada do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), que foi desativado em 2019, no início da gestão passada.

O Ministério da Justiça e Segurança recebeu 102.407 e-mails com denúncias sobre a manifestação violenta que depredou a Praça dos Três Poderes no dia 8 de janeiro. Algumas mensagens acompanharam anexos e links para ajudar na apuração dos crimes.

A pasta manteve o teor das denúncias em sigilo e registrou 27.457 e-mails de pessoas diferentes. Do total, 7.003 mensagens relacionaram governadores, prefeitos, deputados e vereadores à invasão. Eduardo Bolsonaro (PL) foi citado 105 vezes, enquanto o irmão, Carlos (Republicanos), foi apontado em 50 mensagens, segundo o G1.

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Militares das Forças Armadas também foram indicados em 5.582 e-mails, enquanto outros 3.707 mencionaram possíveis organizadores de caravanas. O Ministério da Justiça ainda registrou 2.696 mensagens contra supostos financiadores.

As denúncias serão repassadas à Polícia Federal para que seja avaliada a abertura de inquérito para cada caso.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou, entre 31 de janeiro e 2 de fevereiro, mais 152 pessoas por envolvimento nos atos terroristas que resultaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro. Segundo a PGR, até o momento, 653 suspeitos de participação nos atos golpistas foram denunciados, no total.

As denúncias – assinadas pelo subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos – narram a sequência de acontecimentos até a formação do acampamento no Quartel-General (QG) do Exército, na capital federal.

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Segundo as peças, o local apresentava “evidente estrutura a garantir perenidade, estabilidade e permanência” dos manifestantes que defendiam a tomada do poder.

Além da condenação pelos crimes apontados, o subprocurador-geral pede que os envolvidos sejam condenados também ao pagamento de indenização mínima, conforme prevê o Código de Processo Penal, “ao menos em razão dos danos morais coletivos evidenciados pela prática dos crimes imputados”.

Denunciados

Os denunciados foram detidos no acampamento em frente ao QG do Exército, em Brasília, e estão presos em unidades do sistema prisional do Distrito Federal, após a decretação das prisões preventivas e as respectivas audiências de custódia. Eles são acusados de associação criminosa e de incitar a animosidade entre as Forças Armadas contra os Poderes Constitucionais, ambos previstos no Código Penal.

Nas peças, também há o pedido para que as condenações considerem o chamado concurso material, ou seja, que os crimes sejam considerados de forma autônoma e as penas, somadas.

Celeridade

Pela expectativa de volume de ações e com o objetivo dar celeridade ao andamento dos processos que poderão advir das denúncias apresentadas contra envolvidos nos atos golpistas, o subprocurador-geral, que também coordena do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, solicitou a abertura de uma consulta nacional para que procuradores da República lotados em todo o Brasil possam contribuir com o trabalho. Os interessados atuarão em apoio ao Grupo na instrução processual dos casos.

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