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A perspectiva de aumento do ICMS sobre os combustíveis pelos Estados foi levada em conta na decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de fazer a reoneração parcial dos tributos federais sobre a gasolina e o etanol. A medida, anunciada na terça-feira (28), foi combinada com a redução do preço pela Petrobras e a taxação das exportações de óleo cru.

No próximo dia 8, secretários de Fazenda dos Estados se reúnem para tratar da tributação do ICMS sobre os combustíveis. A chance de aumento do tributo estadual é real, e o governo Lula manteve conversas com os governos regionais sobre o assunto em meio às negociações da compensação da União das perdas com a redução do imposto adotada no ano passado.

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Se o governo federal tivesse retornado com a alíquota cheia de R$ 0,69 da gasolina, a elevação dos tributos poderia chegar a quase R$ 1 por litro num cenário de aumento do imposto estadual. Nesse caso, o impacto no preço final e na inflação seria maior.

Hoje, a alíquota do ICMS está em torno R$ 0,92 por litro na média ponderada dos Estados pelo valor da Agência Nacional de Petróleo (ANP) e pode chegar a R$ 1,20, a depender das discussões técnicas que os Estados estão fazendo. Na reunião, os secretários de Fazenda vão buscar convergência.

Lula decidiu não recompor integralmente e subiu a alíquota da gasolina para R$ 0,47 por litro. A alternativa de recomposição gradual da taxação, antecipada pelo Estadão na semana passada, era o cenário-base que estava na mesa de negociação do Palácio Planalto, apesar da pressão da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, para manter a desoneração total.

Efeito

O modelo aprovado pelo presidente foi o de distribuir melhor ao longo da cadeia produtiva o impacto da reoneração dos impostos para mitigar o seu efeito para o consumidor. Ministros que participaram da decisão final rejeitam a ideia de que a taxação das exportações de óleo cru seja uma cópia do modelo argentino que tributa as vendas externas. Essa crítica está sendo utilizada pela oposição.

O argumento do governo brasileiro é o de que não se trata de uma medida para resolver o problema de abastecimento no mercado interno, além de ser temporária, com prazo de validade de quatro meses.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo de São Paulo comunicou neste sábado, 25, que irá isentar de ICMS as empresas que fizerem doações de mercadorias ao Fundo Social de São Paulo ou entidades assistenciais de utilidade pública para distribuição aos municípios do Litoral Norte, castigados pelas chuvas do último final de semana.

"Não teria cabimento cobrar imposto das doações de empresas, então decidimos tirar o ICMS", explica o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.

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Para ter o abatimento do imposto é necessário que a empresa doe ao Fundo Social de São Paulo, órgão que está concentrando o recebimento e distribuição dos donativos. Depois é só emitir o documento fiscal sem o destaque do ICMS, diz o boletim do governo do Estado.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, reuniu-se nesta terça-feira (14) com uma comitiva de governadores que busca formalizar com os três Poderes um acordo de compensação financeira aos estados em razão de mudanças na cobrança do ICMS.

O encontro ocorreu na residência oficial da Presidência do Senado e contou também com a participação de membros do Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Economia ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz).

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Os gestores estaduais buscam pactuar com o governo federal regras do ICMS sobre combustíveis, energia elétrica, serviços de comunicação e transporte público. As normas foram alteradas pelas Leis Complementares 192 e 194, de 2022, o que gerou perdas na arrecadação dos estados, e o assunto acabou sendo judicializado no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF).

"O Senado acompanha de perto as tratativas dos governadores que buscam compatibilizar os termos do acordo com as necessidades orçamentárias dos estados, mas sem que isso tenha impacto nas tarifas e prejudique os consumidores", informou Pacheco pelas redes sociais.

Ao final do encontro, que também se estendeu à residência oficial da Presidência da Câmara dos Deputados, o governador do Piauí, Rafael Fonteles, que preside o grupo de trabalho, disse que o acordo com o Executivo já está avançado e que a intenção é formalizá-lo até o início de março. De acordo com ele, o objetivo do grupo é tentar alinhar a viabilidade do acordo também com o Legislativo e o Judiciário para que seja “firme, seguro e permanente” e que não volte a ser alvo de questionamentos ou de qualquer tipo de insegurança jurídica.

"Esse acordo não sairá se não for confirmado pelo Poder Judiciário, porque a matéria está judicializada, pelo Poder Legislativo, pela União e pelos governadores. E é por isso que é algo complexo", declarou.

Conforme Rafael Fonteles, a Comsefaz estima que os estados já perderam R$ 45 bilhões, mas a soma diverge dos cálculos do Tesouro Nacional e, por esse motivo, os números ainda não foram fechados.

Fonteles também destacou que o acordo só está avançando com o governo federal porque o país vive “um novo momento de diálogo federativo”. Segundo ele, as tratativas visam pacificar todos os temas envolvidos nas duas leis complementares como quantificar o tempo e o prazo em que as perdas financeiras do ICMS serão compensadas.

Sancionada em março de 2022, a Lei Complementar 192 zerou a cobrança do PIS e da Cofins sobre combustíveis e estabeleceu a incidência do ICMS apenas uma vez, com base em alíquota fixa por volume comercializado. Já a Lei Complementar 194 limitou a cobrança do ICMS de combustíveis, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo.

Urgência Também presente ao encontro, a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, disse que, apesar de defenderem a proposta de reforma tributária, os estados precisam neste momento de uma ação urgente para aliviar os impactos financeiros causados pelas mudanças no ICMS.

"Nós precisamos agora, neste primeiro semestre, de medidas que possam mitigar os impactos que os estados vêm tendo em decorrência da perda de receitas", reforçou.

Ainda como ponto prioritário, a governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão, disse que o acordo de compensação deve levar em conta “a preocupação dos 26 estados e do DF de não repassar para a população nenhum tipo de aumento”. Segundo ela, o consumidor deverá ser preservado de qualquer novo gasto.

Também participaram da reunião os governadores do Amazonas, Wilson Lima, e de Goiás, Ronaldo Caiado, além do vice-governador do Tocantins, Laurez Moreira. 

*Da Agência Senado

Um grupo de governadores reuniu-se na noite desta terça-feira (7) com os ministros Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes e Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), para tratar de ações que envolvem o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), conforme nota divulgada pela Corte.

Na Corte, tramitam três Ações Diretas de Insconstitucionalidade (ADIs 7066, 7070 e 7078) que discutem o início da cobrança do Diferencial de Alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (Difal/ICMS), previsto na Lei Complementar 190/2022 que trata da regulamentação do Difal.

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O julgamento presencial das ações está marcado para 12 de abril, quando a Corte irá decidir se o Difal vale desde 2022 ou a partir de 2023.

Os governadores argumentam que se o Difal for cobrado a partir deste ano impactará em perda de arrecadação estadual, que pode chegar a R$ 12 bilhões. 

O Difal-ICMS é a diferença entre a alíquota interestadual e a alíquota interna do estado que é o destino da mercadoria, que é cobrada do consumidor final que reside em estados diferentes.

Os governadores dos 26 estados e do Distrito Federal terão uma nova reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta sexta-feira (27), no Palácio do Planalto. No início do mês, eles vieram em peso a Brasília, mas para prestar solidariedade e condenar os atos golpistas que destruíram os prédios dos Três Poderes. Agora, o encontro é de trabalho e havia sido solicitado pelo próprio presidente da República, como forma de relançar o pacto federativo no novo mandato. 

Na tarde desta quinta-feira (26), em evento preparatório, o Fórum de Governadores se reuniu em um hotel da capital federal para definir as demandas que levarão ao governo federal. O principal assunto deve ser a perda de arrecadação com a redução das alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), um tributo estadual, sobre combustíveis e outros serviços essenciais.

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"Estamos destacando um tema urgente, que diz respeito à recomposição da receita dos estados, em decorrência da perda brutal, originada da mudança na legislação, consignada na Lei Complementar 192 e na Lei Complementar 194. Legislações essas que foram aprovada no ano passado, sem nenhum debate com os estados e que ocasionou e vem ocasionando uma queda brutal na receita dos nossos estados", disse a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, ao final da reunião.

A Lei Complementar 194 determina a aplicação de alíquotas de ICMS pelo piso (17% ou 18%) para produtos e serviços essenciais quando incidir sobre bens e serviços relacionados a combustíveis, gás natural, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo. Já a Lei Complementar 192 unificiou a forma de apuração do ICMS, espcificamente sobre combustíveis, que passou a ser por unidade de medida, em vez de um percentual sobre o preço médio do produto vendido nos postos.

Segundo o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, somente em 2022, após a entrada em vigor das legislações, as perdas de arrecadação nos cofres dos estados ultrapassaram R$ 33 bilhões. Ele afirmou que o Fórum de Governadores vai pedir que o governo federal regulamente um dispositivo da Lei Complementar 194 que estabelece compensação, por parte da União, quando a perda de receita de um estado exceda 5% em relação à arrecadação de 2021. 

"O caminho é regulamentar a lei, que diz que se passar de 5% de perda de receita, a União tem que compensar os estados. Não teve a recomposição de receita no ano passado, e é preciso que haja recomposição", observou.

A pedido do próprio presidente da República, os governadores também deverão apresentar, na reunião desta sexta-feira, uma lista de obras e ações prioritárias em cada estado e região. Os consórcios interestaduais também apresentarão suas demandas.

A candidata ao Governo de Pernambuco, Marília Arraes (Solidariedade), divulgou, nesta terça-feira (25) que tem como proposta implementar um desconto de 50% no IPVA e no ICMS para os motoristas de aplicativo, como Uber e 99. 

Para ser contemplado com a proposta, o motorista vai precisar comprovar que exerce a atividade remunerada com registro na CNH e também que está ativo no aplicativo há pelo menos um ano. 

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Com essas comprovações, o trabalhador irá ter a isenção de 50% no IPVA e 50% no ICMS para a aquisição do veículo novo. A medida beneficia cerca de 70 mil motoristas que exercem a atividade em Pernambuco. 

*Da assessoria

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, determinou nesta quinta-feira (20), que a União compense, da dívida pública de Pernambuco, as perdas de arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) incidente sobre combustíveis, gás natural, energia elétrica, comunicações e transportes.

A liminar determina que a União faça a compensação desde julho deste ano, início da vigência das alíquotas reduzidas. Para Barroso, a Lei Complementar (LC) 194/2022, que qualificou esses itens como bens e serviços essenciais e vedou a fixação de alíquotas de ICMS sobre operações com eles em patamar superior ao das operações em geral, representará uma queda de arrecadação para todos os estados.

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O montante chega a R$ 83 bilhões por ano. O Governo de Pernambuco alega que sua perda apenas no segundo semestre de 2022 seria de aproximadamente R$ 1,8 bilhões. Por isso, pede que a compensação seja realizada ainda este ano, mês a mês, enquanto a União defende que é necessário apurar a perda total de 2022 para realizar o pagamento apenas no próximo ano.

O ministro destacou ainda que as perdas dos estados, que correm mensalmente, são por conta da desoneração tributária promovida pelo governo federal e desorganizam as programações orçamentárias estaduais aprovadas para este ano. 

“Se de um lado os estados devem cooperar com os objetivos legítimos da União na seara econômica, especificamente o de reduzir preços dos combustíveis, o ente federal não pode, de outro lado, desconsiderar que o ICMS constitui a principal fonte de receita dos estados e que muitos deles - ainda em situação de calamidade financeira -, não terão como cumprir os seus deveres constitucionais e legais após uma queda de arrecadação tão expressiva e brusca”, salientou.

Barroso destacou que o cálculo da reparação deve levar em conta apenas as perdas de arrecadação de ICMS nas operações que envolvam os itens determinados como essenciais. A seu ver, permitir que eventuais incrementos de arrecadação de ICMS em operações não abrangidas pela desoneração sejam considerados no cálculo da compensação pode representar apropriação, pela União, de resultados positivos obtidos pelo estado a partir da adoção de políticas de desenvolvimento econômico.

Na decisão, o magistrado determinou que o governo federal assuma os ônus decorrentes de eventual atraso no pagamento das dívidas e se abstenha de inscrever o estado em quaisquer cadastros federais de inadimplência, além de promover qualquer outro ato restritivo quanto a operações de crédito, convênios ou risco de crédito, por força das dívidas abrangidas na ação.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes concedeu medidas cautelares, na sexta-feira (19), determinando que a União compense as perdas de ICMS dos Estados de Minas Gerais, Rio Grande do Norte e Acre já a partir deste mês. No fim do mês passado, o STF já havia dado liminares semelhantes a São Paulo, Alagoas, Maranhão e Piauí.

As decisões recentes do STF obrigando a União a compensar mensalmente as perdas de Estados com a redução das alíquotas do ICMS já têm um impacto estimado em mais de R$ 10 bilhões no segundo semestre deste ano, de acordo com fontes da equipe econômica. O custo para o Tesouro Nacional pode ultrapassar a casa dos R$ 20 bilhões, se todos os governos estaduais conseguirem cautelares semelhantes.

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A redução das alíquotas do ICMS sobre combustíveis, energia elétrica e comunicações - com a fixação de um teto entre 17% e 18% - foi aprovada pelo Congresso por meio da Lei Complementar 194, que entrou em vigor no dia 23 de junho.

A medida é uma das bandeiras da campanha de Jair Bolsonaro (PL) à reeleição, pois levou a uma queda imediata nos preços dos combustíveis e nas contas de luz, levando à deflação registrada em julho e esperada também para agosto.

Pela lei, no entanto, o governo federal é obrigado a compensar os Estados quando a perda de receita com o tributo ultrapassar o porcentual de 5%, na comparação com a receita registrada em 2021.

A equipe econômica argumenta que a compensação deve ser feita com base nas receitas de todo o ano e, por isso, o eventual acerto de contas deveria ocorrer apenas em 2023.

Além disso, o Ministério da Economia alega que todos os Estados tiveram aumento nominal de arrecadação nos seis primeiros meses de 2022, na comparação com o mesmo período do ano passado. Com o impacto anualizado, praticamente nenhuma compensação seria necessária.

Após as primeiras decisões liminares favoráveis aos governos estaduais, o Comitê Nacional de Secretários de Fazenda dos Estados (Comsefaz) disse esperar um efeito cascata com outros governadores conseguindo o mesmo.

De acordo com fontes ouvidas pelo Estadão/Broadcast, a maior parte do impacto das sete liminares diz respeito a São Paulo. Minas Gerais - que também teria direito a uma compensação maior - já não estava pagando nenhuma parcela da dívida com a União devido outra liminar do STF no âmbito do Regime de Recuperação Fiscal (RRF) dos Estados.

Mesmo com impactos menores nos demais Estados, a avaliação no Ministério da Economia é de que as cautelares são "muito ruins". De qualquer maneira, o impacto das medidas é apenas financeiro e não deve afetar o resultado primário do governo federal.

O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender a aplicação do teto de 17% do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestações de Serviços (ICMS) aplicado sobre energia, transportes e comunicação. "O Parlamento fez grande trabalho ao colocar teto de 17% sobre ICMS. A Petrobras anunciou uma diminuição de 20 centavos no litro de combustível na semana passada. Está dando resultado", disse Bolsonaro, durante a abertura do Global Agribusiness Forum (GAF) 2022, evento realizado por entidades do agronegócio, um dia após oficializar sua candidatura à reeleição.

Voltando ao público do agronegócio presente no evento, Bolsonaro destacou a aprovação dada pelo governo à venda direta de etanol das usinas produtoras ou de importadores para os postos de combustíveis, sem passar por distribuidora. "Acabamos com a figura do etanol turista. Todo mundo ganha com isso. Não é fácil mexer com setores que estão estabilizados há anos no Brasil", disse Bolsonaro. A medida, contudo, não foi bem recebida por todo o setor.

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Conversa com Putin

Bolsonaro disse, ainda, que tudo o que combinou com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, está sendo cumprido. "Quero paz, mas não posso trazer problema de fora para nosso colo. Tivemos três horas de conversa fantástica, com interesses mútuos. Tudo que conversamos está sendo cumprido", afirmou Bolsonaro, durante a abertura do Global Agribusiness Fórum 2022.

O presidente disse que quase 30 navios com fertilizantes aportaram no Brasil depois da conversa com Putin que, segundo ele, garantiu insumos para o agronegócio brasileiro. "Desabastecimento de fertilizantes geraria queda de produtividade e talvez até desabastecimento e insegurança alimentar. A diretora-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), (Ngozi Okonjo-Iweala), me disse que o mundo passa fome sem o Brasil", afirmou.

Ainda sobre os fertilizantes, Bolsonaro destacou as novas fontes de adubos que podem ser exploradas pela Política Nacional dos Fertilizantes e criticou aqueles que o criticaram por sua visita à Rússia. "Nós temos tudo aqui no Brasil, mas o que tem de gente para atrapalhar não está no gibi", afirmou. "Alguns preferem morrer de fome do que derrubar árvore", disse.

O presidente voltou a afirmar que o governo vendeu concessões e colaborou com licenciamentos. "Olhem só a Norte Sul. A gente espera ainda no corrente ano completar esses 4.100 km", disse Bolsonaro, mencionando obras do governo para melhoria da infraestrutura do País para escoamento da safra de grãos.

Bolsonaro estava acompanhado do ministro da Economia, Paulo Guedes, do ministro da Agricultura, Marcos Montes, do ministro chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, da ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Cristiane Britto, do ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, do ministro das Comunicações, Fábio Faria e da presidente da Caixa Econômica Federal, Daniella Marques, além do candidato ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

O evento é realizado pela Sociedade Rural Brasileira (SRB), Associação dos Produtores de Milho do Brasil (Abramilho), Aliança Internacional do Milho (Maizall), Associação dos Criadores de Gado Zebu (ABCZ), Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), Fórum Nacional Sucroenergético (FNS), União Nacional do Etanol e de Milho (Unem), Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e consultoria Datagro.

O governador Paulo Câmara sancionou a lei que estabelece o teto de 18% para o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos combustíveis, energia elétrica e telecomunicações. 

A sanção foi publicada em edição extra do Diário Oficial do Estado nesta sexta-feira (15). Com isso, o valor do ICMS cobrado na gasolina, por exemplo, deve sofrer uma redução de mais de R$ 0,52.

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Mesmo com a sanção, o Governo de Pernambuco frisou que o Estado deve perder cerca de R$ 4 bilhões em arrecadação e que essa verba iria para saúde, educação e políticas sociais. 

Após aprovação no plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco, o presidente da Alepe, deputado Eriberto Medeiros (PSB), já assinou e encaminhou para o governador Paulo Câmara (PSB) o projeto de lei 3546/2022, que irá baixar o preço dos combustíveis no Estado, mediante redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS). Com a aprovação, o preço nos postos deve cair em quase R$ 1, ajudando os consumidores nesse momento de retomada econômica.

O projeto, aprovado por unanimidade na Assembleia Legislativa, assegura o cumprimento da Lei Complementar Federal nº 194/2022, que limitou a alíquota do ICMS sobre combustíveis, energia elétrica e comunicação a 18%. A iniciativa ainda prevê uma compensação de cerca de R$ 1,5 bilhão na arrecadação do referido imposto, para 2022, uma vez que Pernambuco terá perdas na faixa de 7,1% nesse segmento de tributação.

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O debate econômico foi bastante acalorado durante a votação, na sessão extraordinária, confrontando as visões de Governo e Oposição. A medida, no entanto, garante um alívio para os pernambucanos, impactando positivamente na economia do Estado. “A Assembleia Legislativa mais uma vez busca contribuir com esse debate, aprovando uma medida que se faz necessária para aliviar o bolso do cidadão pernambucano no momento de crise”, afirmou o deputado. “O Poder Legislativo segue atento, lutando para levar dias melhores ao nosso Estado”, registrou Eriberto.

Auxílio às vítimas chuvas

Na sessão plenária desta quinta, os deputados também aprovaram o Projeto de Lei 3.547 que amplia em mais de R$ 22,2 milhões os recursos previstos para o pagamento do “Auxílio Pernambuco” às famílias atingidas pelas chuvas. Antes da aprovação, os recursos eram da ordem de R$ 129 milhões. 

Com essa mudança, um total de R$ 150,7 milhões será transferido a 64 municípios, cujas Prefeituras farão o pagamento às famílias beneficiárias em parcela única no valor de R$ 1,5 mil. 

O projeto voltado para os desabrigados foi aprovado com emenda da deputada Priscila Krause (Cidadania). A emenda determina que os municípios que vão receber a verba  do governo terão que informar onde os recursos  serão aplicados e quais os benefícios serão realizados para a população.  

A verba contemplará mais 28 municípios que se encontram em situação de emergência: Água Preta, Águas Belas, Angelim, Barreiros, Belém de Maria, Bom Conselho, Brejão, Caetés, Calçado, Canhotinho, Capoeiras, Catende, Correntes, Cortês, Iati, Itaíba, Jaqueira, Jucati, Jupi, Jurema, Lagoa do Ouro, Maraial, Palmerina, Panelas, Paranatama, Saloá, São Benedito do Sul e Terezinha.   

O projeto aprovado também permite a transferência de recursos financeiros adicionais, por parte do governo do Estado, mediante decreto para outras cidades que venham a declarar situação de emergência em conformidade com a Lei Federal no 12.608/2012.

O presidente Jair Bolsonaro sugeriu, nesta segunda-feira (11), que apoiadores peçam a nota fiscal quando abastecerem o carro em postos de gasolina para entrar com uma ação coletiva contra governadores que não cortarem o ICMS sobre os combustíveis. No mês passado, o chefe do Executivo sancionou a lei que estabelece um teto de 17% para o tributo sobre combustíveis, energia elétrica, telecomunicações e transporte coletivo. O projeto foi aprovado no Congresso contra a vontade dos governos estaduais, que chegaram a entrar com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a medida.

"Vocês que escolheram a governadora lá", disse Bolsonaro, no Palácio da Alvorada, após uma apoiadora dizer que a governadora do Ceará, Izolda Cela (PDT), ainda não reduziu a alíquota do ICMS sobre combustíveis. "Façam uma coisa. Quando for abastecer, pega a nota fiscal, para, quem sabe, uma ação coletiva contra a governadora", emendou o presidente.

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Na semana passada, Bolsonaro editou um decreto que obriga os postos a informarem aos consumidores "de forma correta, clara, precisa, ostensiva e legível", os preços dos combustíveis antes e depois da lei do teto do ICMS entrar em vigor.

Nas últimas semanas, o Palácio do Planalto e seus aliados no Congresso têm feito uma ofensiva para reduzir os preços dos combustíveis a menos de três meses da eleição de outubro, quando Bolsonaro vai disputar um segundo mandato no comando no País. Além do teto para o ICMS, foi aprovada no Senado uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que decreta estado de emergência no País para que o presidente possa conceder benefícios sociais sem ser punido pela Lei Eleitoral.

O pacote, que ainda precisa passar na Câmara, inclui uma bolsa-caminhoneiro de R$ 1 mil mensais, um auxílio-gasolina a taxistas de R$ 200 por mês, uma ampliação do vale-gás a famílias de baixa renda e o aumento do Auxílio Brasil de R$ 400 a R$ 600 mensais. Todas as medidas valem somente até o final do ano.

Todos os nove grupos que integram o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registraram altas de preços em junho, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

As famílias gastaram mais com Alimentação e bebidas (0,80%), Saúde e cuidados pessoais (1,24%, impacto de 0,15 ponto porcentual), Artigos de residência (0,55%), Vestuário (1,67%, impacto de 0,07 ponto porcentual), Transportes (0,57%), Despesas pessoais (0,49%), Educação (0,09%), Habitação (0,41%) e Comunicação (0,16%).

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Em Saúde e cuidados pessoais, o destaque foi o aumento de 2,99% no plano de saúde, item de maior impacto individual no IPCA do mês, 0,10 ponto porcentual.

"O resultado é consequência do reajuste de até 15,50% para os planos individuais autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em 26 de maio, com vigência a partir de maio de 2022 e cujo ciclo se encerra em abril de 2023. Nesse sentido, foram apropriadas no IPCA de junho as frações mensais referentes aos meses de maio e junho", justificou o IBGE.

Também houve aumentos nos preços dos produtos farmacêuticos (0,61%) e dos itens de higiene pessoal (0,55%).

No grupo Vestuário, todos os itens ficaram mais caros. A alta foi puxada pelas roupas masculinas (2,19%) e femininas (2,00%), mas também houve pressão de roupas infantis (1,49%) e calçados e acessórios (1,21%).

Todas as regiões investigadas pelo IBGE registraram alta de preços em junho. O resultado mais acentuado foi observado na região metropolitana de Salvador, 1,24%, enquanto o mais brando ocorreu em Belém, 0,26%.

Redução do ICMS

Os decretos que reduzem a alíquota do ICMS incidente sobre combustíveis e energia elétrica já começaram a se refletir na inflação oficial no País em junho, mas o impacto deve ser maior em julho, segundo o gerente do Sistema de Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Pedro Kislanov.

Em junho, o IPCA apurou quedas nos preços da gasolina (-0,72%), etanol (-6,41%) e energia elétrica (-1,07%). Juntos os três itens ajudaram a conter a inflação em 0,15 ponto porcentual.

Segundo Kislanov, a queda nos preços dos combustíveis provavelmente reflete a redução de ICMS em São Paulo e Goiás. "Isso impactou tanto os preços dos combustíveis como os de energia elétrica, por exemplo", disse o pesquisador do IBGE. "Isso ocorreu só no final de junho, então pegou só alguns dias", ponderou.

O período de referência do IPCA de 0,67% de junho se encerrou no dia 29 do mês. "A gente já tem uma série de Estados que publicaram decretos reduzindo valor do ICMS. A partir de julho já começa a valer", acrescentou.

Kislanov ressalta que ainda não é possível prever a magnitude do impacto da redução do ICMS sobre a inflação uma vez que os itens pesquisados podem sofrer influência de outros componentes.

"Esse é um dos fatores, deve afetar bastante, provavelmente", previu. "Provavelmente vai afetar a energia elétrica. Deve afetar também a parte de combustíveis. Vamos aguardar para ver como vai ser esse comportamento", recomendou.

No caso da tarifa de energia elétrica, além do ICMS, ainda há incidência de PIS/Cofins, contribuição para iluminação pública, reajuste de tarifas por concessionárias e incidência de bandeira tarifária. Quanto aos combustíveis, os preços são coletados diretamente nas bombas, com impacto também de eventuais reajustes nas refinarias.

"É muito provável que isso aconteça (impacto da redução do ICMS)", disse Kislanov. "A gente já tem observado no dia-a-dia a redução no preço da bomba por causa da redução da alíquota", lembrou.

Difusão

O índice de difusão do IPCA, que mostra o porcentual de itens com aumentos de preços, passou de 72% em maio para 67% em junho, segundo o IBGE. A difusão de itens alimentícios passou de 65% em maio para 62% em junho. Já a difusão de itens não alimentícios saiu de 78% em maio para 70% em junho.

Apesar da redução imposta por lei federal sobre as alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Produtos (ICMS), o impacto das bases entre 17% e 18% na arrecadação ainda é ínfimo nos postos de gasolina de Pernambuco. Em ronda por postos do Grande Recife nesta quinta-feira (7), a equipe do LeiaJá conversou com motoristas de diferentes perfis e repercutiu a aparição dos descontos nas tabelas, três dias após o Governo de Pernambuco anunciar que cumpriria a medida sancionada por Jair Bolsonaro (PL).

Com exceção de um estabelecimento — onde o preço caiu R$ 0,40 —, em todos os postos de gasolina visitados, a redução foi de R$ 0,10. Os preços variaram entre R$ 6,74 e R$ 6,84 para a gasolina comum e aditivada, e na maioria dos casos, o pequeno desconto entrou em vigor entre a terça-feira (5) e a quarta-feira (6). Nos casos em que o LeiaJá pôde verificar, a incidência do imposto estadual sobre o consumo de combustíveis era de 25,32%.

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A base ainda muito além da proposta pela lei federal acontece pois, no último fim de semana, o governador Paulo Câmara (PSB) informou, através das redes sociais, que a redução inicial imediata, atendendo à nova lei complementar, seria de R$ 0,41. Na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) tramita a proposta de uma outra redução, cumulativa, de R$ 0,52, que ainda não foi aprovada. Assim, a redução total por litro da gasolina seria de R$ 0,93.

- - > LeiaJá também: ‘Postos devem exibir preços antes e depois do ICMS’ 

Há quem não acredite que o imposto estadual cumprirá a proposta informada pelo governador. No geral, através dos clientes ouvidos pela reportagem, a sensação segue sendo de insatisfação.

“O valor ideal, hoje em dia, seria de R$ 4,50 a R$ 5, no máximo, considerando o restante do custo de vida, ainda mais para quem depende do carro. Quando a gasolina baixa, as outras coisas aumentam. Eu nem percebi a diferença desses R$ 0,10, vou descobrir nas notas do dia 30 se realmente melhorou algo. Não acho que o governador vai liberar esse desconto no imposto aí, não”, disse o empresário Wellington Andrade, de 40 anos, ao LeiaJá.

O autônomo abastecia uma motocicleta própria, utilizada para sua locomoção e a dos seus funcionários. No posto de gasolina onde Andrade estava, o litro da gasolina era R$ 7,19 até terça-feira (5). O estabelecimento pertence à rede Postos Olinda e fica situado à Avenida Olinda Dom Hélder Câmara, no bairro de Santa Tereza, próximo ao Centro Histórico. Desde a quarta-feira (6), o preço em vigor, por litro do combustível, é R$ 6,79. No cartão de crédito, o valor sobre para R$ 6,99. Já o etanol, à vista, custa R$ 5,69 e R$ 5,89 no crédito.

“Eu tenho uma empresa própria, boto o pessoal na rua para fazer serviço. São cinco carros e uma moto. Teve um tempo que eu tive que reduzir a quantidade de carros na rua, colocar mais gente para trabalhar num carro só e deixar só dois carros rodando, para conseguir diminuir os custos. E só uso gasolina, por uma questão de qualidade e rentabilidade, mas, recentemente, paguei R$ 7,69 no litro de gasolina em um posto aqui no Bairro Novo. Quase R$ 500 semanalmente só com a moto, com os carros, uns R$ 6 mil”, acrescentou Wellington.

O autônomo Ulisses Gomes de Carvalho, cliente regular de posto no Recife. Foto: Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens

Em um outro posto de gasolina, na região central do Recife, o preço caiu R$ 0,10 nessa quarta-feira (6). O responsável pela loja, em conversa com o LeiaJá, explicou como tem sido as condições de repasse na compra e na venda.

“O movimento está muito fraco esse mês, aí vamos baixando o preço. Se esse ICMS chegar em agosto, a gente vai estar aqui com uma margem [de lucro] de 3%, 4%, como acontece às vezes. Então se baixar R$ 0,90, a gente não reduz os R$ 0,90, porque precisamos recuperar a margem saudável que tínhamos”, explica Fernando Miranda, gerente comercial de um posto Petrobras (BR) na avenida Agamenon Magalhães, próximo ao Shopping Tacaruna.

No local, o preço do litro da gasolina comum não sofre acréscimo nas diferentes formas de pagamento. O valor atual é de R$ 6,79 (custava R$ 6,89 até 6 de julho). A gasolina aditivada também sofreu redução, caindo de R$ 6,99 para R$ 6,89.

“A diminuição, para mim, não foi relevante. Baixou centavos, mas quando sobe, é bastante, em reais. Não vejo muita flexibilização em postos. Antes da redução, eu estava pagando uns R$ 5,79 [no etanol]. Depois que decretaram a redução foi que começou a cair, mas agora. Quase não boto gasolina por causa do preço, não tem quem aguente. Misturo só pra dar partida”, compartilhou o autônomo Ulisses Gomes de Carvalho (foto), de 47 anos, cliente regular do estabelecimento.

Em outros postos BR nas imediações, entre Recife e Olinda (altura da avenida  Presidente Getúlio Vargas), o preço chegou a R$ 6,84. Alguns ofereciam a opção de pagamento sem juros, no crédito, em até três parcelas, e com juros, acima disso. As taxas de parcelamento também foram motivo de queixa dos clientes.

“Se todo mundo parasse de andar de carro e fosse andar de ônibus, com a demanda caindo, eles diminuiriam. Eu fiz isso quando houve a greve dos caminhoneiros, deixei meu carro na reserva em casa e parei de usar. A população precisa dar a resposta, não se acomodar. Na época da greve, teve fila em posto que estava cobrando R$ 10 pelo litro de gasolina. E ainda tem isso da bomba que aceita cartão e cobra taxa. De R$ 6 e pouco, o valor sobe para a casa dos R$ 7. Não existe isso”, concluiu Ulisses.

Em um posto da rede Shell, na avenida Doutor José Augusto Moreira, no bairro de Casa Caiada, em Olinda, o litro da gasolina comum custava R$ 6,89, nesta quinta-feira (7). Até o fim do mês de junho, o preço do litro era R$ 7,48 (o mais alto do semestre). Da terça-feira (5) em diante, o preço caiu de R$ 6,99 para o valor atual.

O mesmo desconto (R$ 0,10) foi aplicado ao etanol comum e à gasolina aditivada, que estão custando R$ 5,89 e R$ 7,19, respectivamente. No cartão de frota, o preço sobe: R$ 6,19 para o etanol e R$ 7,19 para a gasolina comum.

“Consumo uns R$ 100 ou mais de gasolina por semana. É muito alto. Uso para locomoção mesmo, para trabalho, todo dia. Mesmo com a redução, está muito caro ainda. Isso tem impactado nas minhas contas, mas não precisei deixar de usar o carro. Mesmo com o preço, a gasolina é mais rentável, porque o álcool, por exemplo, também está caro. Se o imposto estadual também reduzir, ainda vai ser muito alto. Eu já paguei gasolina na casa dos R$ 2. O valor ideal precisaria ser, pelo menos, na casa dos R$ 4, mas toda redução que chegar ajuda, só não é ideal”, compartilhou a médica Natielly Saraiva, de 33 anos, cliente regular da rede.

Outras redes

Rede Costa do Dendê - avenida Cruz Cabugá (Recife)

Gasolina comum: R$ 6,74 (à vista) e R$ 7,29 (a prazo)

Gasolina aditivada: R$ 6,74 (à vista) e R$ 7,29 (a prazo)

Diesel: R$ 7,29 (à vista e a prazo)

Etanol: R$ 5,77 (à vista) e R$ 6,09 (a prazo)

Posto Alvorada - avenida Norte (Recife)

Gasolina comum: R$ 6,79 (à vista) e R$ 6,99 (a prazo)

Etanol: R$ 5,69 (à vista e a prazo)

Diesel: R$ 7,27 (à vista) e R$ 7,79 (a prazo)

Dislub - avenida Agamenon Magalhães (Recife)

Gasolina comum: R$ 6,79 (à vista e a prazo)

Etanol comum: R$ 5,79 (à vista e a prazo)

GNV: R$ 4,08 (à vista e a prazo)

Diesel: R$ 7,29 (à vista e a prazo)

O presidente Jair Bolsonaro editou decreto obrigando que os postos revendedores de combustíveis deverão informar aos consumidores, "de forma correta, clara, precisa, ostensiva e legível", os preços dos combustíveis antes e depois da lei que impôs teto de 17% no ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). É o que informa texto publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (7).

Desta forma, de acordo com o Palácio do Planalto, os consumidores poderão comparar os valores com os preços praticados no momento da compra. O decreto entra em vigor nesta quinta-feira.

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Um grupo de bolsonaristas, acompanhado de lideranças locais como o deputado Alberto Feitosa (PL) e Coronel Meira (PL), protestou, na manhã desta terça-feira (5), em frente ao Palácio do Campo das Princesas, onde funciona a sede do governo pernambucano. A pauta continua sendo a redução do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte (ICMS), de acordo com a proposta do Governo Federal.

A Lei Complementar Federal 194, sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), reduz as alíquotas do ICMS dos combustíveis para uma base de cobrança entre 17% e 18%. Os nove governadores do Nordeste se manifestaram, a priori, contra a redução, alegando prejuízos bilionários e redução na aplicação de verba pública em áreas essenciais ao desenvolvimento.

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Apesar de Pernambuco já ter anunciado que seguirá a lei federal, o Executivo estadual deixou claro que a alteração não é aprovada de forma voluntária. O estado, junto a outras gestões estaduais, judicializou o processo em desfavor do presidente. Mesmo com a aprovação, o Governo do Estado encaminhou a pauta à Assembleia Legislativa de Pernambuco para que ainda passe pela apreciação dos deputados.

Desde então, apoiadores de Bolsonaro têm se reunido para exigir agilidade na aplicação da redução do imposto em todo o país. O protesto desta terça-feira (5), no Recife, foi organizado pelo movimento Endireita Pernambuco.

- - > LeiaJá também: ‘Sob queixas de Paulo Câmara, PE reduz ICMS da gasolina’ 

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"A gente está aqui para que seja cumprida a lei federal complementar, que estabelece a alíquota mínima e máxima, entre 17% e 18%. A gente precisa que o Governador de Pernambuco cumpra a lei e estabeleça essa alíquota para que baixe o [valor do] combustível. O vilão dos combustíveis hoje chama-se ICMS, que é de competência estadual. Aqui não tem a ver com direita e nem com esquerda, tem a ver com baixar o tributo. Ele anunciou a redução, mas não está estabelecido", alegou Nelson Monteiro, presidente do Endireita Pernambuco, ao LeiaJá.

As palavras do militante de direita foram reafirmadas pelo Coronel Meira, pré-candidato a deputado federal e militar apoiador de Bolsonaro. "Ele [Paulo Câmara] não baixou conforme manda a lei. Ele anunciou que vai tirar R$ 0,93 e que vai mandar para a Assembleia votar, isso não existe. É para aplicar diretamente os 18%. Não é só na gasolina, é no diesel, no álcool, na gasolina, no setor de comunicação. Todo o pacote tem que ser cumprido", afirmou o governista.

O governador Paulo Câmara (PSB) anunciou, nessa segunda-feira (4), a redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre os combustíveis em Pernambuco. Para atender à recente Lei 194, o valor da cobrança cai em 11% e passa de 29% para 18%.

O estado passa a ser o 20º a anunciar a diminuição do ICMS, mas seus efeitos só devem ser percebidos nos postos de combustíveis nesta quinta (7). Em seu perfil nas redes sociais, o governador explicou como a alteração ocorrerá em Pernambuco.

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Parte da nova taxa será por meio de decreto já assinado por Paulo Câmara, que prevê a aplicação da média móvel do ICMS sobre combustíveis dos últimos 60 dias. A outra parte depende da redução da alíquota proposta em um projeto de Lei que segue para aprovação na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

"Com isso, o valor do ICMS cobrado na gasolina, por exemplo, cai de imediato em R$ 0,41 por litro e mais R$ 0,52, com a aprovação da lei. Uma diminuição total de R$ 0,93", afirmou.

Controvérsia

A estimativa é que as duas movimentações gerem a perda de aproximadamente R$ 4 bilhões por ano aos cofres do estado. "Dinheiro que iria para educação, saúde e políticas sociais para os que mais precisam", reclamou Câmara.

Junto com outros 11 estados, Pernambuco entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a redução do imposto. A polêmica gira em torno da atuação da base governista no Congresso para criar a lei com finalidade eleitoreira e o desrespeito da União à competência estadual de gerir sua arrecadação.

Outro ponto é que a medida não resolve a alta no preço dos combustíveis em definitivo, já que o valor se baseia na política de Preço de Paridade Internacional (PPI).

 

O governador Paulo Câmara (PSB) anunciou em suas redes sociais, nesse domingo (3), que Pernambuco seguirá a maioria e acompanhará a redução do Imposto de Circulação sobre Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis, conforme determinado em nova lei federal. No comunicado, o gestor informou que as secretarias da Fazenda e da Procuradoria-Geral do Estado estão trabalhando para finalizar o instrumento legal que oficializa as alterações, nesta segunda-feira (4).

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A mudança segue uma definição do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que alterou as regras de cobrança do ICMS na esteira da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça, que determinou, na última semana, que as alíquotas do ICMS cobradas sobre todos os combustíveis sejam uniformes em todo o país.

A lei sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) limita a alíquota de ICMS em 17% a 18% sobre combustíveis, energia, telecomunicações e transportes e foi contestada judicialmente por diversos estados, incluindo Pernambuco. Até esta segunda-feira (4), pelo menos 20 estados e o Distrito Federal anunciaram que realizarão a redução.

O LeiaJá entrou em contato com a Secretaria de Fazenda e o Governo de Pernambuco, para obter mais informações sobre o percentual de redução, mas não houve retorno até o momento desta publicação.

Redução do ICMS dos combustíveis

Nordeste

Pernambuco - redução será definida nesta segunda-feira (4)

Ceará - alíquota fixada em 18% (antes estava definida em 29%)

Bahia - redução de 24,% na gasolina (R$ 4,9137 é o novo preço por litro); alíquota dos itens gerais não foi definida/divulgada

Sergipe - a definir

Rio Grande do Norte - a definir (redução foi estimada na base de 18%)

Paraíba - a definir (redução foi estimada na base de 18%)

Norte

Amapá - reduziu a alíquota de 25% para 18% para o gás natural, gasolina e gás de cozinha; diesel e lubrificante passaram de 25% para 17%

Rondônia - alíquota fixada em 17,5%

Roraima - reduziu a alíquota de 25% para 17% para a gasolina e para o álcool; gás de cozinha já teve alíquota reduzida em 2021, de 17% para 12%

Pará - alíquota fixada em 17%

Sudeste

São Paulo - alíquota reduzida de 25% para 18%

Rio de Janeiro - reduziu de 32% (uma das mais altas do país) para 18%

Minas Gerais - alíquota fixada em 18% (antes, a cobrança pelos itens variava entre 30% e 31%)

Espírito Santo - reduziu de 27% para 17%

Sul

Rio Grande do Sul - redução a definir

Santa Catarina - redução a definir (estimativa é de que seja fixada em 18%)

Paraná - reduziu de 29% para 18%

Centro-Oeste

Goiás - reduções variaram entre as bases de 17% e 14% (gasolina caiu de 30% para 17%; etanol, de 25% para 17%; óleo diesel caiu de 16% para 14%)

Distrito Federal - alíquota fixada em 18%

O Procon do Rio iniciou, nesta segunda-feira (4), uma operação de fiscalização em postos de combustíveis de todo o Estado a fim de verificar se houve de fato a redução média de R$ 1,19 no preço do litro da gasolina, e de R$ 0,79 no do etanol. A queda do preço se tornou obrigatória com a redução do ICMS de 32% para 18%, a partir da Lei Complementar 194, sancionada no mês passado.

No Rio, a operação acontece em postos de diferentes regiões da cidade, e além de fiscais do Procon e da Secretaria Estadual da Fazenda, conta com o auxílio de agentes das polícias Civil e Militar.

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Segundo o presidente do Procon estadual, Cássio Coelho, não haverá espaço para contestação. "Hoje a operação é de fiscalização. Sexta-feira (dia 1º) foi anunciado, eles tiveram três dias para fazer essa adaptação", disse Coelho. "Postos em que forem encontrados fora daquilo que foi anunciado serão autuados."

Para o secretário estadual de Defesa do Consumidor, Rogério Amorim, uma eventual alegação de que a redução do preço na bomba não ocorreu porque ainda se refere ao estoque com preço antigo não será tolerada porque "quando há aumento os postos repassam na mesma hora, sem se preocupar com o estoque".

A multa para quem descumprir a redução de preços pode chegar a R$ 12 milhões - o valor será calculado a partir do faturamento do posto.

Em tom de ameaça, o presidente Jair Bolsonaro afirmou hoje que governadores serão obrigados por lei federal a baixar o ICMS dos combustíveis.

A fala foi um recado sobretudo aos governadores da região Nordeste, que ingressaram com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para derrubar a legislação que limita ao máximo de 17% e 18% a alíquota do tributo cobrada sobre os combustíveis.

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"Orientamos que vem luta ainda. Governadores do Nordeste que entraram na Justiça contra o reajuste dos combustíveis, mas pode ter certeza que o preço aqui vai baixar porque é lei federal e o governador tem que cumprir", disse o presidente durante discurso após a motociata que realizou neste sábado, 2, em Salvador. Ele ainda garantiu que o "preço do combustível vai diminuir em todo o Brasil".

Bolsonaro provocou o governador da Bahia, Rui Costa (PT), ao falar sobre o ICMS. "Ninguém manda na Bahia. Quem manda na Bahia é seu povo", disse.

Mais cedo, o presidente classificou como inadmissível a ofensiva judicial dos governadores contra o teto do ICMS. Onze Estados e o Distrito Federal protocolaram no STF uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) com pedido de liminar contra a lei aprovada pelo Congresso que considera combustíveis, energia elétrica, telecomunicações e transporte público bens essenciais, limitando a cobrança do tributo a um máximo entre 17% e 18%.

Em uma cruzada contra os governadores, Bolsonaro chegou a entrar com ação no Supremo em junho pedindo a suspensão das leis estaduais que fixam alíquota de ICMS sobre operações de combustíveis.

O Nordeste é a região que dá maior vantagem ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas pesquisas eleitorais. Grande parte dos governadores da região são próximos ao petista, o que rende críticas constantes de Bolsonaro.

A apoiadores, o chefe do Executivo voltou a falar em luta do "bem contra o mal" nas eleições deste ano. "Nós sabemos contra quem e contra o que nós lutamos. O bem vencerá."

O presidente ainda disse que os indicadores apontam para o potencial de recuperação da economia, combalida pela pandemia.

"Estamos há três anos e meio no governo. Vocês sabem o que todos nós passamos recentemente, com essa pandemia que ceifou muitas vidas. Vocês sabem também que nós não paramos. Nós fizemos todo o possível para que a economia não parasse e o Brasil despontasse como país do futuro. Os números da economia vem mostrando qual é o nosso potencial."

Bolsonaro também voltou a prometer que vai zerar as taxas de pedágio para motociclistas.

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