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O Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes - Gilberto Freyre será o primeiro do país a receber o autodespache de bagagem. De acordo com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), o serviço será implantado no começo do segundo semestre. O objetivo é aprimorar o atendimento aos passageiros e otimizar a infraestrutura dos aeroportos. 

Segundo a Infraero, o autodespache de bagagem permitirá a realização do check-in nos terminais de autoatendimento e despacho de malas de maneira rápida e fácil, além de melhorar a capacidade de atendimento do aeroporto e das empresas aéreas. Além disso, de acordo com a Empresa,  a ferramenta será integrada com as facilidades do terminal e vai aproveitar as instalações já existentes, provocando "menos tempo de espera, otimização de espaço e estrutura e a possibilidade de redução de custos das companhias". 

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As condições de autodespacho observarão as políticas de cada companhia aérea. “O passageiro terá a opção de ser atendido rápido e facilmente numa estrutura intuitiva e de fácil uso, permitindo o check-in e despacho da bagagem pelo próprio usuário, que poderá ser auxiliado por empregados das companhias aéreas em caso de dúvidas”, explicou o presidente da Infraero, Antônio Claret de Oliveira.

Outra ferramenta que será disponibilizada é o check-in compartilhado, que reunirá as plataformas das empresas aéreas num mesmo totem de autoatendimento, permitindo que o passageiro faça seu registro de embarque sem precisar enfrentar filas das companhias.

Segundo a Infraero, tanto o autodespache quanto o check-in compartilhado darão informações mais detalhadas e precisas à Infraero sobre o embarque dos passageiros. O sistema poderá gerar relatórios sobre o número de viajantes por voo, horário do último embarque, ocupação dos portões de embarque e quantidade de pessoas embarcadas. Esses dados integrarão as informações entre as áreas operacional, financeira e comercial. “Com essa junção, será possível definir estratégias sobre o fluxo, tempo de processamento e permanência dos passageiros nos aeroportos, gerando ganhos operacionais e de receitas”, afirma o superintendente de Negócios em Serviços Aeroportuários, Claiton Resende. 

As soluções do autodespacho de bagagem e do check-in compartilhado fazem parte de um contrato de concessão comercial de 15 anos, firmando entre a Infraero e a Sita, empresa que oferece soluções para aeroportos e companhias aéreas em todo o mundo. 

O governo federal pretende vender até o fim deste ano a participação de 49% que a Infraero detém nos aeroportos de Guarulhos (SP), Brasília (DF) e Confins (MG). Nos próximos dias, será assinado um contrato para que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) faça a operação de venda dos ativos, que inclui o cálculo do valor das participações e a avaliação das condições de mercado.

Segundo o secretário Nacional de Aviação Civil, Dario Rais Lopes, a expectativa é arrecadar algo em torno de R$ 5 bilhões apenas com os três aeroportos. A venda deverá ser feita por meio de leilão e terá algumas restrições para os atuais sócios da Infraero. Eles poderão participar da disputa, mas serão proibidos de dar lances em outros terminais. Ou seja, o sócio de Guarulhos, por exemplo, não poderá comprar afatia da Infraero em Confins ou em Brasília.

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Lopes diz que tem recebido boa sinalização dos investidores em relação à venda das participações. Mas que há grandes chances de os atuais sócios (ou parceiros desses investidores) comprarem a participação da Infraero. Os três terminais foram concedidos para a iniciativa privada em 2012 e 2013, com ágios que chegaram a 600% (caso de Brasília).

O Aeroporto de Guarulhos foi arrematado pelo consócio formado pela Invepar (empresa dos fundos de pensão do Banco do Brasil, Petrobrás e Caixa) e pela operadora sul-africana ACSA; Brasília pela argentina Corporación America e pela Infravix (que vendeu a participação para a sócia depois do envolvimento na Lava Jato); e Confins, pelo grupo criado entre CCR e Zurich Airport. Os outros dois aeroportos licitados na primeira e segunda rodada de licitações (Viracopos, em Campinas, e Galeão, no Rio) serão avaliados pelo BNDES, mas não deverão ser vendidos neste ano.

Otimismo

A expectativa de arrecadação prevista pelo governo federal foi vista por alguns analistas como otimista. Em estudo feito pela consultoria alemã Roland Berger, a pedido da Infraero para nortear sua reestruturação, o valor potencial de venda de todas as participações ficou entre R$ 500 milhões e R$ 600 milhões - bem abaixo da previsão do governo. A avaliação constante no documento, entregue às principais autoridades em Brasília, é de que o governo não deveria se desfazer das participações neste momento. O ideal seria aguardar uma valorização maior dessa fatia e futuramente vendê-la.

O documento obtido pelo Estado traz alternativas que dariam independência para a Infraero. Uma delas é a venda (de 49% ou 51%) da estatal para a iniciativa privada. Isso representaria algo em torno de R$ 17 bilhões de arrecadação para o governo federal. Procurada, a Roland Berger não quis se pronunciar sobre o estudo.

O fato é que o governo federal precisa fazer caixa e a venda das participações nos três aeroportos parece ter consenso de boa parte do governo, menos da Infraero. Na semana passada, o presidente da estatal, Antônio Claret, afirmou publicamente que tinha intenção de suspender a venda das participações. Em nota enviada à reportagem ontem, porém, a empresa afirmou que " seguirá as diretrizes do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil para o setor aéreo".

O BNDES foi procurado, mas não retornou ao pedido de entrevista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Fraport Brasil - Fortaleza, concessionária do aeroporto da capital cearense, trabalha para conseguir o empréstimo do Banco do Nordeste (BNB) ainda no primeiro semestre, mas as obras do projeto podem atrasar.

A concessionária está em meio a uma disputa judicial e diz que não começará as obras enquanto o imbróglio não for resolvido. O início das intervenções no terminal de passageiros depende de autorização da Justiça para a demolição de obras que antes eram tocadas pela Infraero, segundo a Fraport. A estatal nega.

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Segundo a assessoria de imprensa da Infraero, há cinco processos na 14ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal relacionados às obras de expansão do Aeroporto de Fortaleza, envolvendo a estatal e o Consórcio CPM Novo Fortaleza, contratado para executar obras.

Só que em nenhum dos processos há "decisão judicial que tenha embargado as obras, ou determinado que elas tenham de permanecer no estágio em que se encontram, ou estabelecido que elas não podem ser continuadas".

A Infraero informou ainda que a Fraport entrou num dos cincos processos judiciais, "postulando autorização judicial a fim de que pudesse realizar estudos, mapeamentos e testes para projetar a retomada da expansão do aeroporto". Esse pedido foi aceito pela Justiça.

Mesmo assim, a multinacional alemã alega que a autorização judicial foi apenas para a realização de testes técnicos e não incluiria, por exemplo, demolições. "Se não tivermos uma solução de curto prazo da corte, teremos atrasos, sim", admitiu Andreea Pal, CEO da Fraport Brasil - Fortaleza.

Construção

No fim do mês passado, a concessionária anunciou a contratação do consórcio construtor formado pelas empreiteiras Método e Passarelli para tocar as obras, que somam investimento de R$ 800 milhões.

A Fraport também contratou outro consórcio, formado pelas construtoras HTB, Tedesco e Barbosa Mello, para tocar as obras no Aeroporto de Porto Alegre. A expectativa, no caso do terminal gaúcho, é começar as obras mês que vem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Passageiros e funcionários do Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes - Gilberto Freyre precisaram se desdobrar nos últimos dias para utilizar um banheiro no local. Isto porque todos os que ficam localizados dentro do terminal estavam interditados para manutenção. Apesar do transtorno, a Infraero informou que os banheiros foram liberados durante esta tarde.

De acordo com um passageiro que não quis se identificar, a instrução era utilizar os banheiros situados no edifício garagem, porém, por conta disso, as filas para utilizar os sanitários tendiam a ser grandes. “O feminino geralmente tem filas enormes”, declarou um funcionário também sem identidade revelada. 

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Diante disso, uma nota foi emitida ao LeiaJá explicando o motivo da interdição. “A Infraero esclarece que precisou realizar manutenção da central a vácuo do sistema sanitário do terminal de passageiros do Aeroporto Internacional de Recife para desobstrução. Para execução do serviço foi necessário o bloqueio parcial do sistema. A equipe de manutenção acabou de fazer a liberação total do equipamento.”

O movimento nos aeroportos do País acontece sem grandes complicações aos passageiros, com ampla maioria dos voos decolando no horário previsto. Até o meio-dia desta segunda-feira de Natal, 529, ou 88,61%, dos 597 voos programados, entre domésticos e internacionais, partiram no horário marcado, aponta a Infraero.

Deste total, outros 20 saíram atrasados (3,35%) e seis ainda não haviam decolado (1,01%) até a última atualização. Outros 42 voos - neste caso, apenas domésticos -, haviam sido cancelados, número que corresponde a 7,04% do total.

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Considerando apenas destinos nacionais, 523 (88,79% dos 589 programados) partiram no horário correto; 19 (3,23%) atrasaram; cinco (0,85%) ainda seguiam em terra firme.

Já nos embarques internacionais, oito voos eram previstos até o meio-dia, dos quais seis (75%) decolaram no horário previsto; um registrou atraso e outro ainda não havia decolado.

Uma mulher foi presa após a Empresa Brasileira de Infraestrutura (Infraero) notar que ela transportava munição no aeroporto de Petrolina, Sertão de Pernambuco, nesta sexta-feira (15). O material foi detectado pelo aparelho raio-x.

Segundo a Polícia Militar (PM), a suspeita estava com quatro munições de arma de fogo, sendo uma de calibre 38 e três de calibre .380. Ela tentava embarcar para Guarulhos, em São Paulo.

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A mulher disse que a munição pertencia ao marido, que é oficial de Justiça da comarca de Trindade, no Sertão. Conforme a PM, ela alegou esquecimento e temor pois estaria vivendo uma crise conjugal e vem recebendo ameaças de morte do companheiro. 

A Infraero vai investir R$ 6,1 milhões para instalar o sistema Elo - conjunto de conectores climatizados que ligam as aeronaves às salas de embarque e desembarque - no Aeroporto Internacional de Porto Velho/Governador Jorge Teixeira de Oliveira. A ordem de serviço para instalação dos equipamentos será emitida nesta quinta-feira (23) pela Infraero com a presença do presidente da República, Michel Temer. A solenidade será às 12h (hora local), no terminal de passageiros.

O sistema é composto por dois conectores com elevador e escada que ligarão as salas de embarque e desembarque às aeronaves. A instalação e adequações começarão no dia 1º de dezembro e deverão ser finalizadas em 180 dias, conforme previsto em contrato.

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Segundo a Infraero, a tecnologia é adequada a todas as aeronaves comerciais regulares comumente utilizadas pelas companhias aéreas brasileiras. A empresa destaca que a solução é totalmente nacional e recebeu em 2013 o Prêmio de Inovação TranspoQuip em reconhecimento à elaboração do Sistema Elo, desenvolvido pela Infraero em parceria com a Ortobras, e tendo como diferencial a versatilidade, uma vez que a estrutura pode ser adaptada às diferentes realidades dos aeroportos administrados pela empresa.

Conforme a Infraero, a principal característica do Elo é que ele não segrega os passageiros e seu funcionamento se assemelha às pontes de embarque convencionais. "Dessa forma, o viajante com deficiência ou dificuldade de locomoção embarca ou desembarca de forma igualitária", destaca em nota o diretor de Gestão Operacional e Navegação Aérea, João Márcio Jordão.

Outro ponto interessante do sistema que será instalado no Aeroporto Internacional de Porto Velho é a sua origem. Por ser totalmente produzido no Brasil, a reposição de peças é mais fácil, além de ter custo de custo de manutenção baixo. "A implantação do Elo é mais barata que a de uma ponte de embarque porque a adaptação do aeroporto é simplificada. Além disso, a estrutura utilizada em um terminal pode ser aproveitada em outro aeroporto", explica Jordão.

O Sistema Elo já foi instalado pela Infraero nos aeroportos de Palmas, Porto Alegre, Joinville e Londrina. Ao todo, a empresa já investiu R$ 25,6 milhões nessas estruturas, que ampliaram a acessibilidade e o nível de conforto desses terminais. Pelo planejamento da empresa, os aeroportos de Navegantes, Rio Branco, Teresina, João Pessoa e Campina Grande também receberão o sistema, com outros R$ 42,2 milhões a serem investidos nestas localidades.

Mesmo após perder a receita dos 9 aeroportos já concedidos e de outros 13 que estão na fila de transferência à iniciativa privada, o governo de Michel Temer deve deixar de lado os planos para reestruturar a Infraero e garantir sua sustentabilidade. Isso porque a desistência de leiloar o Aeroporto de Congonhas, principal fonte de receitas da estatal, vai permitir que a empresa chegue ao fim de 2018 sem depender de dinheiro do Tesouro Nacional para pagar despesas de custeio.

"As medidas já tomadas e as que estão planejadas permitem dar fôlego financeiro para a Infraero até que o próximo governo resolva o que fazer", disse à reportagem o secretário de Aviação Civil do Ministério dos Transportes, Dario Reis.

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Para reequilibrar a Infraero, estavam em análise diversas alternativas, que iam de um total desmonte da empresa até seu fortalecimento com a injeção de recursos privados, passando pela abertura do capital. No entanto, o governo não chegou a um consenso sobre qual rumo tomar. De tudo o que foi discutido, a única mudança com chances de avançar é a criação de uma subsidiária responsável pela navegação aérea.

O freio no desmonte da Infraero atende a pressões políticas do PR, partido que domina a área de Transportes desde 2003, no primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Foi por pressão do partido que Temer concordou em retirar Congonhas do programa de privatização. Pela mesma razão, o Ministério dos Transportes autorizou a reabertura do Aeroporto da Pampulha para voos de longa distância.

As pressões do PR são admitidas por fontes do governo e por aliados do ex-deputado Valdemar Costa Neto, que na prática comanda o partido. Os pleitos de Congonhas e Pampulha existiam há bastante tempo, mas as conversas se intensificaram às vésperas da votação, pela Câmara, da segunda denúncia contra Temer. O partido tem uma bancada de 38 deputados. Mesmo com as concessões, 10 deles votaram contra o presidente.

O PR disse, em nota, que integra a base do governo e que não negociou votos. O líder do partido na Câmara, José Rocha (BA), disse que as decisões sobre Congonhas e Pampulha são políticas de governo.

Questionada, a Infraero disse que "o adiantado do trabalho de finalização dos estudos indicam que os planos (de reestruturação) serão executados dentro do planejado. A estatal informou, ainda, que Congonhas representa 15% do total do faturamento da Infraero e "segue como fonte indispensável para a solvência do sistema."

Saneamento

A principal medida de saneamento financeiro planejada para a Infraero é a venda das participações de 49% que ela tem nos aeroportos de Guarulhos, Viracopos, Brasília, Confins e Galeão. Além de receber os recursos referentes à venda de sua participação acionária, a estatal deixará de ter gastos que hoje é obrigada a fazer na condição de sócia das concessionárias desses aeroportos. São investimentos previstos nos contratos e taxas de outorga devidas ao próprio governo federal.

Ainda não se sabe quanto essas participações deverão render. Estão em curso estudos que determinarão seu valor. Mas, segundo Reis, secretário de Aviação Civil, serão recursos suficientes para garantir o funcionamento da estatal por uns dois anos sem precisar recorrer ao Tesouro. Assim, o futuro governo terá tempo para decidir o que fazer com a Infraero.

Este ano, a Infraero deverá fechar com um resultado operacional positivo em torno de R$ 400 milhões. As receitas são estimadas em R$ 3,2 bilhões e as despesas, em R$ 2,8 bilhões. Se forem considerados os investimentos, porém, a conta sai do campo positivo para um prejuízo entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2 bilhões.

As receitas deste ano foram engordadas pela demora na transferência dos aeroportos de Fortaleza, Salvador, Florianópolis e Porto Alegre, leiloados em março, para seus concessionários. Os grupos que arremataram esses aeroportos só receberão totalmente os terminais em dezembro. Assim, durante praticamente todo este ano, a Infraero ficou com a receita gerada por eles. É algo como R$ 250 milhões.

"Realmente, é preciso pensar a situação da Infraero num contexto bem amplo", disse a advogada Letícia Queiroz, do escritório Queiroz Maluf, especialista em concessões. "Não sou de visão estatizante, mas não dá para acabar com ela sem ter certeza que haverá quem opere os aeroportos deficitários."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Infraero estima que a movimentação nos 59 aeroportos administrados pela rede deverá crescer 4,2% durante o feriado de Finados, entre 31 de outubro e 6 de novembro. São esperados aproximadamente 1,9 milhão de passageiros, entre operações de embarques e desembarques, 77 mil a mais que o 1,8 milhão registrado no mesmo período de 2016.

Pelos cálculos da Infraero, os dias de maior fluxo deverão ser quarta-feira, 1, com mais de 287 mil embarques e desembarques, quinta-feira, 2), com 303 mil passageiros, e a segunda-feira pós feriado, 6, 342 mil viajantes.

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Para ajustar as operações à maior demanda no período, a estatal reforçará os trabalhos das equipes de segurança e de operações, incluindo as de plantão, com remanejamento das escalas de trabalho, além de realizar manutenções preventivas em equipamentos (esteiras de bagagens, elevadores e escadas rolantes).

Sob pressão dos aliados, o presidente Michel Temer adiou o plano de demitir o presidente da Infraero, Antônio Claret, mesmo depois que ele entrou em atrito com o governo. Claret foi indicado pelo ex-deputado Valdemar Costa Neto, que, embora fora do Legislativo, dá ordens à bancada do PR. O partido é considerado fundamental para ajudar Temer a barrar, na Câmara, a denúncia apresentada contra ele por organização criminosa e obstrução da Justiça.

A Infraero virou um feudo do PR, que integra o Centrão e também controla o Ministério dos Transportes. O jornal O Estado de S. Paulo mostrou, na quarta-feira, 27, que a estatal abriu 50 licitações, nas quais ofereceu 68 áreas para exploração comercial em 23 aeroportos.

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A estratégia desagradou ao Palácio do Planalto e à equipe econômica porque, no caso dos aeroportos que serão concedidos à iniciativa privada, pode provocar impacto negativo nos lances propostos em leilão.

Em recente conversa com Temer, no Planalto, Costa Neto pediu a ele que suspenda a privatização do aeroporto de Congonhas, considerado a âncora financeira da Infraero. Acompanhado do ministro dos Transportes, Maurício Quintella, o ex-deputado - condenado no mensalão - também cobrou a permanência de Claret, que está em confronto com os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco.

Confronto

Em carta enviada a Quintella, Claret chegou a dizer que o governo teria prejuízo com a concessão dos aeroportos. Irritado, o presidente cogitou dispensar o presidente da Infraero, mas foi aconselhado a aguardar o desfecho da votação da denúncia contra ele. A estatal sustenta que todas as licitações ocorrem dentro da lei.

Padrinho de Claret, Costa Neto atuou a favor do governo para conquistar votos e impedir a continuidade da primeira denúncia, por corrupção passiva, apresentada pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra Temer.

Com 38 deputados, a bancada do PR é a sexta maior da Câmara. Na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que examinará a acusação contra Temer, o partido tem cinco titulares e tanto pode ajudar como atrapalhar a sua vida. Até agora tem ajudado, mas cobra a "fatura" política.

A Secretaria dos Portos, comandada pelo PMDB, também é objeto de desejo do PR. Sob seu guarda-chuva está uma valiosa carteira de empreendimentos, incluindo seis prorrogações de contratos, com investimentos que somam R$ 723,5 milhões. A pasta é dirigida por Luiz Otávio Campos, apadrinhado pelos senadores Jader Barbalho (PA) e Renan Calheiros (AL), ambos do PMDB.

Quintella e Campos não se dão. A cúpula do PR indicou dois nomes para a Secretaria dos Portos. Um deles é Fernando Melro Filho, secretário executivo do Ministério dos Transportes. O outro, Luciano Castro, secretário nacional de Transportes Terrestres e Aquaviários. "Isso não procede. A Secretaria dos Portos é espaço do PMDB e vai continuar assim", desconversou Quintella.

Temer não concordou com a interrupção da privatização do aeroporto de Congonhas, considerada a "joia da coroa" das concessões, mas aceitou dar sobrevida a Claret. Por enquanto, ele também não fará mudanças em Portos, para não contrariar Jader e seu filho Helder Barbalho, ministro da Integração Nacional. Se a indicação fosse exclusiva de Renan, Campos já teria saído, uma vez que Temer e o senador estão rompidos.

"Eu não indiquei ninguém para Portos. Isso é uma invenção. Michel não tem estatura para ocupar o cargo. É menor do que a cadeira", reagiu Renan.

Não é só o PR, porém, que pede "compensações" ao presidente para ajudá-lo a arquivar o prosseguimento da denúncia. O PP, o PSD, o PTB e o Solidariedade, que também compõem o Centrão, reivindicam mais espaço na Esplanada. Entre outros cargos, estão de olho na Secretaria de Governo e no Ministério das Cidades, duas pastas sob controle do PSDB. Após muita pressão, o PP do senador Ciro Nogueira (PI) conseguiu conquistar a superintendência do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

A segunda denúncia contra Temer deve ser votada no plenário até o fim de outubro. "Hoje a insatisfação é muito grande. Se o governo não trabalhar muito, terá menos votos do que da outra vez", disse o deputado Paulo Pereira da Silva (SP), o Paulinho da Força, presidente do Solidariedade.

Em 2 de agosto, o placar da Câmara terminou com 263 votos contrários à primeira acusação que alvejou Temer. Para que a Câmara autorize o Supremo Tribunal Federal (STF) a processar o presidente é necessário o aval de 342 dos 513 deputados. No comando da articulação para salvar o seu mandato, Temer abriu o gabinete e recebeu cerca de 70 parlamentares para conversas, na semana passada.

"Não dá para se afastar um presidente como se troca técnico de futebol", argumentou o deputado Beto Mansur (PRB-SP), vice-líder do governo na Câmara. "O Brasil vive um processo de denuncismo sem prova. Tanto aquela denúncia como essa de agora são inócuas porque foram baseadas na delação do ‘seu’ Joesley (Joesley Batista, da JBS) e tudo isso é uma armação montada", completou ele.

O esforço do Planalto, agora, é para carimbar a atual crise como proveniente de uma "conspiração" para derrubar o presidente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em rota de choque com as áreas do governo que defendem as concessões de aeroportos para reforçar o caixa, a Infraero abriu 50 licitações, oferecendo 68 áreas de exploração comercial em 23 aeroportos, segundo levantamento realizado pelo jornal O Estado de S. Paulo no site da estatal. Estão na lista, inclusive, espaços em terminais que serão concedidos à iniciativa privada no ano que vem, como Vitória (ES), Recife (PE) e Cuiabá (MT).

Há desde espaços para instalação de máquinas de refrigerantes até uma área de 12,6 mil m² no aeroporto do Recife, que abrigaria um centro educacional. Os prazos variam de 12 meses a 300 meses. O valor global dos contratos supera os R$ 140 milhões.

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A lista inclui, ainda, leilões bem específicos, como o que prevê uma lanchonete de coxinhas assadas em Vitória. O maior contrato oferecido, de R$ 34,4 milhões, prevê que o check-in dos aeroportos de Congonhas (SP), Goiânia (GO), Maceió (AL), Recife, Santos Dumont (RJ), Curitiba (PR) e Belém (PA) será entregue a um concessionário, que fará o serviço de forma compartilhada.

Na semana passada, a Infraero já concedeu uma área de 28,5 mil m² no aeroporto de Congonhas para a Leroy Merlin, pelo prazo de 25 anos. A movimentação da estatal causa desconforto no governo, por causa do impacto desses novos contratos no programa de concessões de aeroportos.

A área econômica, por exemplo, se preocupa com o risco de o ágio por Congonhas ficar menor do que poderia. Um potencial investidor já teria enviado um e-mail a técnicos do governo questionando o aluguel do terreno no terminal paulista.

A avaliação nos bastidores é que a Infraero joga contra as novas concessões. A contrariedade da empresa com o processo foi deixada clara em carta enviada pelo presidente, Antônio Claret, ao ministro dos Transportes, Maurício Quintella. A Infraero está na área de influência do PR, partido do ministro. O ministério não se pronunciou.

A estatal informou que "todos os processos de compra e concessão de área da Infraero, bem como seus critérios, são regidos pela Lei n.º 13.303 (Lei das Estatais), havendo estudos específicos para as destinações respectivas conforme critérios técnicos e de mercado". A nota diz ainda que o projeto Inova Congonhas, que prevê a expansão do terminal com concessão de áreas para exploração comercial, "encontra-se atualmente em fase interna e de revisão de premissas".

Os novos contratos poderão ser um problema a mais para o governo. Com exceção de Congonhas, os demais são aeroportos de menor porte que, além do mais, serão licitados em pacotes com outros terminais deficitários. "Não são concessões fáceis de viabilizar", disse a advogada especialista em concessões Letícia Queiroz, sócia do escritório Queiroz Maluf. "Entendo que a Infraero precisa licitar algumas áreas, mas, no caso dos aeroportos que serão concedidos, pode haver impacto negativo nos lances oferecidos em leilão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Após o movimento realizado na última segunda-feira (19) no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, desta vez, uma manifestação está sendo realizada no terminal do Recife. Conforme os funcionários da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), este ato é em repúdio ao interesse do presidente Michel Temer de privatizar aeroportos brasileiros. O grupo está reunido desde às 10h. 

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Segundo uma funcionária terceirizada do Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes - Gilberto Freyre, um grupo de manifestantes vestidos de preto está reunido na área dos portões de embarque norte e sul. Com apitos, eles pedem pela não privatização dos aeroportos. “Acho que vai juntar mais gente porque o grupo está indo nas salas, convocando as pessoas a participarem”, detalhou. Ela ainda acrescenta que os integrantes pretendem realizar uma passeata e organizar uma possível paralisação. Outros funcionários indicam que cerca de 60 pessoas estão presentes no ato.

Conforme o Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina), eles vêm a público manifestar sua indignação e luto perante essa proposta. A Infraero é administradora de 60 aeroportos no país e o sindicato dos funcionários da Empresa visa pedir aos cidadãos que avaliem essa iniciativa e tomem uma posição, “pois o assunto interessa a todos, uma vez que os aeroportos, a segurança de voo e o acesso a um transporte aéreo de qualidade são essenciais para o desenvolvimento e soberania do Brasil”, de acordo com publicação no site da organização.

Veja a mobilização no Aeroporto:

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Na feira aeronáutica de Le Bourget, a maior do mundo, o governo vai tentar atrair empresas aéreas operadoras de low cost para o País. "O Brasil está criando condições para que elas operem aqui", disse o ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella.

Um passo importante, segundo ele, foi a criação de novas regras para o transporte aéreo, que acabou com as franquias de bagagem. "Isso era um impeditivo muito grande", afirmou.

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A feira será realizada entre os dias 19 e 25 próximos, em Paris, e o governo brasileiro fará um roadshow sobre oportunidades de negócio em infraestrutura. O novo pacote de concessões de aeroportos, porém, não deverá ficar pronto a tempo de ser apresentado no evento, segundo Quintella.

Além do fim do transporte gratuito de bagagem despachada, a criação de um ambiente positivo para a atração de novas aéreas para o Brasil depende da aprovação, pelo Congresso, da Medida Provisória (MP) que permitirá a operação, no País, de empresas aéreas com até 100% de capital estrangeiro.

Outra proposta de interesse do setor é um projeto de resolução do Senado que fixa em 12% a alíquota máxima para o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o querosene de aviação. A medida ajudaria a reduzir o custo de operação das aéreas.

O ministro, que é deputado federal pelo PR de Alagoas, informou que pretende se reunir com líderes partidários na semana que vem para pedir pressa na análise dessas duas propostas.

A reunião com as operadoras de low cost foi articulada porque a Ryanair, maior operadora de low cost da Europa, manifestou interesse em vir para o Brasil. A empresa já tem planos de operar na Argentina

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Representantes da Infraero, Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária, estarão, nesta quinta-feira (16), no Aeroporto dos Guararapes, no Recife, para promover negócios entre a empresa e empresários interessados em abrir empreendimentos nos terminais de passageiros ou em áreas externas e operacionais. O encontro faz parte da sexta edição do Voo de Negócios e será realizado às 18h, na praça de alimentação do aeroporto, no segundo pavimento.

Essas oportunidades na capital pernambucana e em mais 11 aeroportos serão apresentadas pelos representantes de cada terminal da empresa nos estados de Pernambuco, Ceará, Piauí, Paraíba, Sergipe, Alagoas e Bahia. Segundo a Infraero, ao todo, os terminais de passageiros de Recife (PE), Petrolina (PE), João Pessoa (PB), Campina Grande (PB), Maceió (AL), Teresina (PI), Parnaíba (PI), Fortaleza (CE), Juazeiro do Norte (CE), Aracaju (SE), Ilhéus (BA) e Paulo Afonso (BA) contam com 744 pontos comerciais nos segmentos de varejo, alimentação e serviços, cujo faturamento comercial foi de aproximadamente R$ 176 milhões no ano passado.

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Em um levatamento feito pela estatal, esses 12 aeroportos receberam quase 20 milhões de embarques e desembarques em 2016. Juntos, por dia, os terminais do Voo de Negócios contam com mais de 70 mil pessoas por dia, entre viajantes, funcionários da Infraero, companhias aéreas e empregado, além de lojas e outros estabelecimentos com atuação no aeroporto. 

O presidente da Infraero, Antônio Claret de Oliveira, defende a iniciativa e diz que ao fazer um negócio em qualquer um dos aeroportos participantes deste Voo de Negócios, o empreendedor acaba fazendo negócio com o País inteiro. 

Fora dos terminais de passageiros, o Voo de Negócios trará oportunidades disponíveis nos aeroportos participantes para os segmentos de hotelaria, locadora de veículos, concessionária de veículos, complexos logísticos, hangares, postos de abastecimento de aeronaves, postos de combustíveis e empreendimentos comerciais diversos. “Os aeroportos são centros de negócios onde os empreendimentos atendem a uma grande cadeia produtiva, que envolve viajantes, pilotos e operadores de aeronaves, prestadores de serviço e a comunidade na qual o aeroporto está inserido”, afirma Antônio Claret.

O governo federal praticamente já bateu o martelo na adoção de duas medidas para reestruturar a Infraero. Além de manter a administração dos aeroportos de Congonhas e Santos Dumont, as atividades de navegação aérea deverão ser transferidas para o Ministério da Defesa, dando fôlego ao caixa da estatal. Outra decisão é a criação de uma empresa de serviços com a operadora alemã Fraport. Segundo uma fonte ligada às negociações, as duas medidas já têm consenso por parte das equipes do governo, que incluem Ministério do Planejamento e Casa Civil.

No caso das atividades de navegação aérea, a medida retiraria da folha de pagamento da estatal cerca de 2 mil funcionários (de um total de 10 mil). Esses trabalhadores serão transferidos para uma empresa que será criada pelo Ministério da Defesa. Além disso, a transferência das atividades daria fôlego de quase R$ 60 milhões ao caixa da Infraero (esse prejuízo já chegou a R$ 200 milhões antes do aumento das tarifas).

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Procurada, a Aeronáutica - responsável pelo assunto - afirmou que, em princípio, será criada uma subsidiária da Infraero e depois uma empresa independente de recursos do Tesouro Nacional. "A empresa será vinculada ao Ministério da Defesa, por meio do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), subordinado ao Comando da Aeronáutica." Segundo informações obtidas pelo jornal O Estado de S. Paulo, a previsão é que, em um ano, a empresa já esteja em operação.

A outra iniciativa é a criação da Infraero Serviços, uma empresa mista com a Fraport para prestar serviços nos aeroportos. Além disso, essa subsidiária conduziria o programa de aviação regional que o governo pretende levar adiante. Segundo fonte do governo, as duas medidas começarão a ser adotadas ainda neste mês. Procurada, a Infraero afirmou que as medidas fazem parte do "plano de reestruturação e sustentabilidade da Infraero", que ainda não foi concluído.

"O objetivo é deixar a estatal com foco apenas na atividade aeroportuária", afirmou a fonte, que prefere não se identificar. Outras medidas que vinham sendo cogitadas pelo governo devem ficar para o futuro. Uma delas é a venda das participações da estatal nas últimas concessões de aeroportos, como Guarulhos, Brasília e Galeão.

Nesse caso, há consenso de que o melhor pra estatal é deixar essas parcerias. A dúvida está apenas no timing do negócio. Na avaliação de alguns integrantes do governo, se desfazer das sociedades neste momento significaria menos dinheiro em caixa para a União. O objetivo é esperar a situação econômica melhorar e vender essas participações por um preço mais vantajoso. A Infraero detém 49% de todos os aeroportos leiloados nos últimos anos.

Outra decisão, publicada semana passada pelo jornal, é a manutenção da concessão de Congonhas e Santos Dumont com a estatal. "Se tirar esses aeroportos da Infraero, ela não sobrevive", destacou a fonte de governo.

Sem consenso

Uma outra medida no setor aéreo em estudo, no entanto, não tem consenso dos integrantes do governo que estudam a reestruturação da Infraero: trata-se das concessões em bloco. Segundo informações, há uma ala do governo de Michel Temer que defende a sugestão como forma de dar um rumo a aeroportos com pouca atratividade. A ideia seria reunir num único lote vários aeroportos, como Cuiabá, Alta Floresta e Sinop, em Mato Grosso, por exemplo. Mas há controversas em relação ao resultado desse tipo de solução.

"Pode dar tudo certo como pode dar tudo errado", disse a fonte do governo. A preocupação é que se o vencedor cumprir todas as regras do contrato de concessão, a população terá um serviço de boa qualidade. "Mas se ocorrer o contrário? A população de toda uma região poderá sofrer com a prestação de serviço inadequada", afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Único grande aeroporto brasileiro com crescimento do número de passageiros nos últimos anos, Congonhas terá aumento na capacidade de voos e não deverá ser privatizado. O secretário de Aviação Civil, Dario Rais Lopes, disse ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, que o governo vai manter o aeroporto paulistano dentro de uma "Nova Infraero" que teria capital aberto e também administrará Santos Dumont (no Rio), Curitiba e Manaus.

Enquanto prepara a nova empresa, o governo iniciou processo para elevar o número de operações em Congonhas em uma solução semelhante à usada em terminais antigos dos EUA.

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Considerado a "joia da coroa" da aviação comercial no Brasil pela localização central, o aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, deverá ser o principal ativo de uma nova subsidiária de gestão de aeroportos em estudo no governo. Segundo o secretário de Aviação Civil, essa nova empresa ligada à atual Infraero ficaria responsável pela gestão dos aeroportos de Congonhas, Santos-Dumont, Curitiba e Manaus. A subsidiária seria aberta ao investimento privado, já que teria capital aberto.

"Não podemos abrir mão de gerir alguns terminais e não podemos deixar drenar essas receitas", disse, ao rechaçar a hipótese de privatizar esses aeroportos. Localizados próximos ao centro das duas metrópoles brasileiras, os aeroportos centrais de São Paulo e Rio de Janeiro são considerados os mais rentáveis do sistema Infraero. Em Manaus, há atrativo pela grande movimentação de cargas. "Não trabalhamos com a possibilidade de concessão desses quatro aeroportos."

Ampliação. Diante desse plano, o governo estuda ampliar a capacidade de Congonhas. "Estamos concluindo o processo administrativo para que Congonhas receba a certificação de aeroportos antigos", explicou o secretário de Aviação Civil. O governo já tem conversado com a Agência dos Estados Unidos de Comércio e Desenvolvimento (USTDA) sobre o tema e quer usar a mesma solução adotada nos aeroportos LaGuardia, de Nova York, e Ronald Reagan, em Washington.

Nos EUA, houve readequação dos parâmetros geométricos para aumentar o número máximo de pousos e decolagens dos dois aeroportos. Esses terminais têm características comparáveis com o aeroporto paulistano: abriram comercialmente na década de 1940, estão no meio da zona urbana e não são os maiores aeroportos da região metropolitana.

Mesmo com a ampliação, Dario Rais Lopes diz que "não há condições" para devolver a Congonhas a capacidade recorde, quando o aeroporto chegou a operar com até 52 e 54 movimentos por hora - os chamados "slots". Para ele, o número deve subir para patamar entre 40 e 45 movimentos por hora. Hoje, é de 33 movimentos por hora.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Ganha força, dentro do governo, a tendência de a Infraero pagar sua parte na taxa de outorga do aeroporto do Galeão e continuar como sócia do grupo que o administra. A decisão de governo não está tomada, segundo informou nesta quarta-feira (16) o ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella Lessa. Mas ele admitiu que, dado o cenário de incerteza sobre o futuro das concessões, o mais prudente seria o governo permanecer no negócio mais este ano.

Quanto aos demais aeroportos dos quais a Infraero é sócia - Guarulhos, Viracopos, Brasília e Confins - já está certo que a estatal pagará a sua parte, o que significará um desembolso da ordem de R$ 1 bilhão. Os recursos para isso já estão assegurados, informou o ministro.

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A dúvida remanesce sobre o aeroporto do Galeão, cuja receita bruta é insuficiente para pagar a taxa de outorga, de R$ 900 milhões ao ano. Arrematado num lance ambicioso de R$ 19 bilhões, quase o quádruplo do preço mínimo fixado em edital, o negócio enfrenta dificuldades para se manter.

Se o governo sair agora da concessão, realizará uma perda de R$ 1 bilhão, explicou o ministro. "Mas, se ficarmos, vamos ter mais R$ 2 bilhões de prejuízo, mais R$ 3 bilhões, mais R$ 4 bilhões?", questionou. Ele aguardava ontem uma avaliação sobre a perspectiva futura do Galeão para avançar nas discussões sobre o que fazer.

Um fator chave para mudar o futuro do Galeão está nas mãos do próprio governo: a Medida Provisória (MP), em elaboração, que busca dar uma solução às concessões problemáticas, sobretudo aquelas que estão em poder das construtoras investigadas na Lava Jato. Uma das versões tinha um dispositivo que permitia aos aeroportos mudar o plano de pagamento da taxa de outorga - peça fundamental no plano de recuperação do consórcio Rio Galeão. Mas o artigo foi retirado.

Porém, observou Quintella, nada impede que o Congresso, ao apreciar a MP, inclua novamente o dispositivo e autorize a reprogramação da outorga. "Aí, a 'evaluation' do Galeão, que está deste tamanhinho, vai crescer", disse. Ou seja, a MP pode modificar radicalmente, a avaliação sobre esse quadro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Tribunal de Contas da União (TCU) deu 90 dias para que o governo tome medidas práticas para retirar a Infraero do calvário financeiro em que a estatal se meteu desde que as concessões de aeroportos retiraram grande parte de seu faturamento, comprometendo a saúde financeira da empresa.

Uma auditoria realizada pelo tribunal apurou que quase nada avançou em relação às medidas que a Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República (SAC) - agora aglutinada pelo Ministério dos Transportes - anunciou para garantir a sustentação econômico-financeira da Infraero.

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Os temas avaliados incluem planos de desligamento incentivado de pessoal; extinção do adicional de tarifas aeronáuticas (Ataero), com incorporação do valor à tarifa; separação dos serviços de navegação aérea e aumento das tarifas de navegação aérea; criação da Infraero Serviços; criação da Infraero Participações; aprimoramento da exploração aeroportuária entre a União e a Infraero; e implantação de planos de gestão na estatal para reduzir custos e aumentar a produtividade da empresa.

O pente-fino revelou a "não implementação das medidas" em sua totalidade. "Algumas ações sequer foram iniciadas", declarou o ministro relator do processo Walton Alencar Rodrigues.

Os auditores mencionam, por exemplo, que um termo de ajuste foi assinado para permitir o equilíbrio econômico-financeiro do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro. "Porém, a separação do serviço de navegação aérea ainda não ocorreu. Tampouco foram criadas subsidiárias da Infraero", afirma o TCU.

Nas concessões, que já ocorreram em três lotes, a Infraero participa com 49% de cada sociedade. Segundo o TCU, por conta dessas concessões, a estatal reduziu em cerca de 53% de suas receitas operacionais, porém as despesas diminuíram em apenas 34%. "Essa diferença se deve, principalmente, ao fato de que dos 3.892 empregados orgânicos desses aeroportos, 2.768 (71%) optaram por continuar na Infraero", informou o tribunal. Além disso, segundo a Justiça, algumas áreas não tiveram corte de funcionários, apesar de perder atribuições, o que agravou o "excesso de pessoal na empresa".

Por fim, o TCU aponta que as receitas da Infraero passaram a ser insuficientes. Até 2014, todas as reservas da estatal foram consumidas. Com isso, a Infraero passou a depender dos recursos do Governo Federal.

A Infraero e o Ministério dos Transportes, Portos e Aeroportos afirmaram que ainda não foram oficialmente comunicados sobre o processo do TCU. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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No último domingo (13), a Polícia Federal (PF) encontrou no Aeroporto Internacional dos Guararapes, no Recife, o adolescente Tadson Leandro, de 17 anos, que estava desaparecido há quase três dias. O menor havia saído de sua casa em Caruaru, no Agreste, para seguir a carreira de MC em São Paulo-SP.

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Ao ser abordado pela PF, Tadson contou ter conhecido uma mulher pela internet com uma proposta para que ele trabalhasse de MC na capital paulista. O adolescente passou a ser orientado pela mulher a ir ao aeroporto e ficar aguardando uma pessoa que iria custear sua passagem para o sudeste. 

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Tadson havia saído de sua casa em Caruaru e pegado uma carona até o Recife. A pessoa que pagaria sua passagem não apareceu e o jovem precisou dormir na rua e pedir dinheiro emprestado para se alimentar. 

Nas redes sociais, a família começou a se mobilizar e divulgar o sumiço do menor. Segundo a PF, uma notícia foi recebida dando conta de que o desaparecido possivelmente estava no aeroporto esperando receber uma quantia em dinheiro para viajar. 

De posse da foto do adolescente, a PF e a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) fizeram buscas nas dependências do aeroporto e através das imagens de videomonitoramento. O garoto foi encontrado sentado na área de embarque.

A polícia entregou o adolescente aos pais e recomendou que fosse prestada uma ocorrência para dar início a uma investigação que identifique a mulher suspeita e quais seriam seus reais objetivos. 

Como forma de combate à exploração sexual de crianças e adolescentes, a PF divulgou uma lista com uma série de recomendações aos pais:

- Vetar o acesso de desconhecidos a fotografias e outros dados pessoais; 

- Evitar colocar foto com grupos de amigos, carros, casa e nem informações pessoais;

- Atrair a confiança dos filhos através do diálogo, sem qualquer tipo de repressão, para que eles se sintam à vontade de pedir ajuda;

- Ter conhecimento básico de internet;

- Deixar o computador em local visível da casa;

- Caso vete alguma página, explicar as razões;

- Não permitir altas horas de exposição na internet.

O desembarque da Infraero das concessões de aeroportos pode começar este ano pelo Galeão, no Rio. O governo pretende discutir, na próxima semana, se recolhe ou não a taxa de outorga desse aeroporto no fim do ano. Se não o fizer, sua parte no negócio terá de ser recolhida pelos sócios - a Odebrecht e o grupo Changi, de Cingapura - e a participação da estatal será diluída.

A tendência é que, neste ano, a Infraero saia apenas do Galeão. Ou nem isso. A decisão dependerá de avaliação política tomada a partir de estudo elaborado pela área técnica para avaliar o melhor momento de sair do aeroporto e de que forma.

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Isso porque o governo já enterrou perto de R$ 1 bilhão naquele aeroporto, entre taxa de outorga e programa de demissão voluntária dos funcionários da Infraero. Há na equipe do presidente Michel Temer quem tenha dúvidas se é o caso de absorver esse prejuízo. Por outro lado, continuar no empreendimento custará caro - perto de R$ 450 milhões a serem desembolsados no fim do ano.

Em outubro, o ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella, afirmou que o governo já havia decidido retirar a Infraero dos aeroportos dos quais é sócia. Mas que seria feita uma avaliação sobre o melhor momento. A estatal é sócia ainda de Confins, Guarulhos, Viracopos e Brasília.

O aeroporto do Rio concentra as atenções porque é o segundo mais caro da carteira. Só perde para o de Guarulhos. Mas, diferente do aeroporto paulista, o Galeão não conseguiu o empréstimo de longo prazo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e enfrenta dificuldades para prosseguir com investimentos, recolher taxas e quitar dívidas com o banco.

No momento, o negócio não se mostra atraente. A receita bruta do aeroporto está próxima de R$ 900 milhões no ano, valor que o consórcio tem de pagar só em taxa de outorga.

A questão é se, com a recuperação da economia, o volume de passageiros compensará os investimentos e a taxa elevada. Pelos comentários da área técnica, essa é uma equação difícil de fechar. O consórcio Rio Galeão arrematou a concessão do oferecendo-se a pagar taxa de outorga de R$ 19 bilhões, ante R$ 5 bilhões calculados pelo governo como lance mínimo. Nos bastidores, não falta quem considere o negócio insustentável.

Declarações nesse sentido de integrantes do governo causaram mal estar com a Changi e o ministro chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, chegou a se desculpar com o presidente do grupo, Lim Liang Song. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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