O empresário Ricardo Roriz, que fez um vídeo filmando duas mulheres praticando ioga na Lagoa Rodrigo de Freitas, na Zona Sul do Rio, escreveu uma publicação se desculpando pelo ocorrido. O texto foi compartilhado após a Polícia Civil abrir uma investigação sobre o caso.
No texto, Roriz diz que se tratava de uma conversa íntima entre amigos que foi a público através de uma publicação infeliz sua "que conferiu erroneamente um tom genérico, abstrato, grosseiro que não corresponde à minha conduta durante os 6 (seis) anos de publicações nas referidas redes sociais".
##RECOMENDA##A página do empresário chegou a ficar fora do ar por algumas horas. Roriz é dono de uma loja de artigos militares e tem cerca de 300 mil seguidores nas redes sociais. Ele compareceu à delegacia e disse estar arrependido por ter cometido uma "infelicidade".
A advogada Mariana Maduro e uma amiga faziam ioga quando foram filmadas. Um dos homens simulava estar se masturbando enquanto fazia o registro. Em entrevista ao portal G1, Maduro disse que não conseguia parar de vomitar após descobrir que as imagens circulavam nas redes sociais. Ela também disse ter ficado sem dormir após a repercussão do vídeo.
"Eu virei um filme pornô, do dia para a noite. Isso é muito bizarro. Eu não sou isso. Sou professora, sou advogada. Trabalho 20 horas por dia às vezes. Eu trabalho muito, estudo muito. Faço um monte de conteúdo gratuito para os meus alunos. E eu virei um filme pornô para as pessoas usarem quando elas quiserem. Eu não optei por isso, fiz duas faculdades. Eu não queria nada disso", comentou a advogada ao G1.
A diretoria das Mulheres da Ordem dos Advogados no Brasil no Rio (OAB-RJ) repudiou, nesta terça-feira (4), o ato praticado pelos dois homens. "É inacreditável que, em pleno ano de 2020, corpos femininos ainda sejam objetificados e sexualizados dessa forma, pouco importando para os ofensores as vontades de uma mulher. Não há mais espaço, em nossa sociedade, para que abusos e opressões continuem ocorrendo. Isso porque, atitudes como essa, perpetuam o não reconhecimento da mulher como indivíduo de direitos", assinalou o instituto.
Confira a nota escrita pelo empresário:
"Sirvo-me da presente para me retratar publicamente dos acontecimentos do último sábado 01.08.20, onde uma conversa íntima entre amigos veio a público através de uma publicação infeliz por mim publicada em minha rede social instagram que conferiu erroneamente um tom genérico, abstrato, grosseiro que não corresponde à minha conduta durante os 6 (seis) anos de publicações nas referidas redes sociais, venho externar minha solidariedade a quem se sentiu ofendido ou depreciado pela referida postagem, assim que tomei conhecimento do erro cometido, retirei imediatamente a postagem que não durou mais de 50 min ativa, deixo claro que a partir desta data supracitada não foi por mim impulsionada mais nenhuma postagem nesse teor. Assim, registro minhas escusas públicas a todos aqueles que se sentiram ofendidos(as)."
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