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O governador Paulo Câmara (PSB) empossou, nesta segunda-feira (3), no Palácio do Campo das Princesas, o novo secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Lucas Ramos (PSB), que se licenciou do mandato de deputado na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). A cerimônia de posse foi transmitida on-line e também contou com a participação do presidente da Alepe, Eriberto Medeiros.

Lucas Ramos foi nomeado em substituição a Aluísio Lessa (PSB), que pediu exoneração do cargo de secretário para reassumir seu mandato de deputado estadual. O agora secretário estadual desistiu da pré-candidatura à Prefeitura de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, para ocupar o posto no Governo do Estado. O PSB avalia que caminho vai seguir na disputa na cidade sertaneja, há conversas do partido com o ex-prefeito Julio Lossio (PSD). Os dois partidos são adversários do atual prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (MDB), que disputará reeleição.  

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Novo secretário

Durante a posse, o governador reforçou o compromisso de continuar impulsionando o desenvolvimento do setor em Pernambuco. “Pernambuco vai continuar avançando, se nós tivermos definições muito claras de onde queremos chegar. Apostar em ciência, tecnologia e inovação é apostar no futuro, nas soluções e no enfrentamento às grandes questões nacionais, e isso nós sempre fizemos", destacou Paulo Câmara. 

Lucas Ramos, por sua vez, agradeceu a confiança de Paulo Câmara e enfatizou a importância da valorização da ciência. “A escolha do governador demonstra uma grande disposição de fomentar o desenvolvimento do nosso Estado por igual, do sertão ao cais. Através da ciência e tecnologia, encontraremos soluções inovadoras e criativas. Para tanto, é imprescindível o apoio da academia e a valorização do servidor público que se dedica à pesquisa científica, assim como aquele que, dentro ou fora da sala de aula, estimula mentes na busca por soluções”, disse.

Já o ex-secretário Aluísio Lessa fez um balanço das ações realizadas ao longo da sua gestão da pasta, e destacou a regulamentação do Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação, sancionado pelo governador Paulo Câmara na última sexta-feira (31). “Pernambuco tem o primeiro marco legal organizado no Brasil. Um instrumento que facilita muito a política de ciência, tecnologia e inovação a partir desse decreto”, ressaltou o pessebista. 

Perfil

Lucas Ramos se licencia do mandato de deputado estadual, para o qual foi reeleito em 2018. Na Alepe, ele presidia a Comissão de Finanças, Orçamento e Tributação. Com uma atividade política baseada na interiorização do desenvolvimento, algumas das discussões que levantou como parlamentar foram a melhoria do ensino superior em Pernambuco, a ampliação de vagas nos cursos de graduação e de programas que garantam a gratuidade do ensino, fortalecendo as parcerias com as autarquias municipais de educação, além do incremento da receita para pesquisa e inovação através da Universidade de Pernambuco (UPE). O novo secretário é formado em administração de empresas e pós-graduado em comunicação.

*Com informações da assessoria de imprensa

O processo de privatização da Eletrobras e, consequentemente, da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf) será levado para a procuradora-geral da República (PGR) Raquel Dodge. A medida foi anunciada nesta segunda-feira (2) pelo presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Chesf no Câmara dos Deputados, Danilo Cabral (PSB), durante uma reunião com o governador Paulo Câmara (PSB). Segundo ele, é preciso que a procuradora analise a forma como está sendo montada a modelagem da privatização e o impacto dela sob a ótica do direito do consumidor e da economia nacional. 

“Primeiro a Eletrobras foi toda criada e regulada através de uma lei e o processo de privatização não está seguindo esta lei. Segundo as consequências na ordem econômica e para o consumir. Isso pode levar a abertura de um procedimento administrativo de inquérito e, também, até uma provocação no Poder Judiciário, com a suspensão do processo de privatização, claro que isso vai ser discutido na PGR a partir de um conjunto de informações”, frisou. 

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Para o deputado, o alinhamento de Dodge com o Palácio do Planalto não dificulta o diálogo sobre o assunto ou uma possível intervenção da PGR. “A posição que ela passou foi de preocupação com o tema. Confio plenamente no encaminhamento que será dado por ela”, sinalizou. Danilo Cabral também informou que a Frente vai convidar os governadores do Nordeste para participarem da reunião com a procuradora.

Durante a reunião, Danilo também ressaltou que “o desmonte” protagonizado pelo presidente Michel Temer (PMDB) também tem se dado com a privatização da Eletrobras. “Ela deseja colocar na mão do privado a responsabilidade pela produção da política de energia do país”, cravou. Ele criticou ainda a ausência do diálogo do governo com a Frente e o que chamou de “falta de sensibilidade” do ministro de Minas e Energia, Fernando Filho (PSB), com a pauta. 

“Espero que o ministro, a partir deste conjunto de provocações que estão sendo feitas, abra um espaço para o diálogo. Ele esteve nas comissões da Câmara e eu disse, inclusive, a ele, que aquilo [a Renca] servisse de exemplo para que a gente não visse essa repetição. Se ele não tiver sensibilidade para reabrir este debate ele vai ser forçado a fazer isso pela mobilização que está cada vez mais crescente. Cada dia uma nova força se incorpora neste debate”, destacou. 

O presidente da Frente na Assembleia Legislativa (Alepe), deputado estadual Lucas Ramos (PSB) também participou do encontro e disse que o colegiado local vai entrar com uma ação civil pública contra a privatização da Chesf e acionar o Ministério Público Federal (MPF). 

“Não podemos permitir a venda da Chesf. É neste sentimento que a Frente Parlamentar vai entrar com uma Ação Civil Pública contra a privatização. E vamos acionar o Ministério Público Federal. A preocupação não é somente a importância econômica que tem a Chesf, mas a social. O que está posto é um governo que não dialoga com a população. Esta discussão urge”, declarou. Sob a ótica de Ramos, “o resultado financeiro é o único das privatizações do pacote oferecido pelo ministro de Minas e Energia e o presidente Michel Temer”.

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O senador Humberto Costa (PT) também salientou o impacto social da privatização da Chesf. “A Chesf é fundamental para ações sociais no Nordeste e essas ações que conteúdo social não serão prioridade a partir de uma gestão privada. O mais grave é que estamos abrindo mão de um patrimônio que foi construído ao longo do tempo e está sendo vendido a um preço vil. Não para ser investido, mas para tapar um rombo público e passar a falsa ideia de que estamos bem das contas”, observou.

Ainda na lista dos que se manifestaram no encontro, o presidente Sindicato dos Urbanitários de Pernambuco, José Gomes Barbosa, classificou como "falácia do ministro" a privatização da Eletrobras. Já que, segundo o sindicalista, o auxiliar prometeu que "iam fortalecer o nosso sistema".

"A Chesf é uma empresa eficiente e muito mais do que a empresa de telefonia que é exemplo que eles usam de privatização. Ente privado nenhum vai valorizar e revitalizar o Rio", destacou, rebatendo as justificativas apresentadas pelo ministério de Minas e Energia sobre a venda dos ativos da estatal. Ele entregou ao governador uma carranca, para "espantar o espírito ruim" da privatização.

Também participaram do encontro os deputados federais Luciana Santos (PCdoB), Severino Ninho, Tadeu Alencar e Creuza Pereira,  já entre os estaduais estão Isaltino Nascimento, Aluísio Lessa e Laura Gomes, todos do PSB.

A Frente Parlamentar em Defesa da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), pretende ingressar com uma ação popular na Justiça a fim de suspender o processo de privatização da Eletrobras, com a venda de ativos da empresa a Chesf também será alvo de privatização. De acordo com o coordenador-geral do colegiado, deputado Lucas Ramos (PSB), a ideia é entrar com o processo já na próxima segunda-feira (11). 

"Não podemos permitir que o Governo Federal venda um patrimônio de todos os brasileiros sem a devida explicação e transparência", analisou o pessebista. Prevista na Constituição Federal, a ação popular é um instrumento para questionar judicialmente a validade de atos considerados lesivos ao patrimônio público, entre outros, e pode ser movida por qualquer cidadão. Os deputados estaduais que compõem o colegiado e outros parlamentares vão assinar o documento.

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Na próxima semana, além da elaboração da ação popular, a Frente em Defesa da Chesf também participará do lançamento da Rede Parlamentar em Defesa do Setor Elétrico e da Audiência Pública Contra o Desmonte do Estado Brasileiro, no Congresso Nacional. Um debate sobre o assunto na Câmara de Vereadores de Petrolina também está previsto.

O colegiado tem validade de 90 dias e o planejamento inclui ainda a realização de visitas técnicas às hidrelétricas e principais reservatórios da companhia, reuniões com governadores e casas legislativas do Nordeste, encontros com representantes de movimentos sociais e participações em atos no Rio de Janeiro, Brasília e todos os estados nordestinos.

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A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) instala, nesta terça-feira (5), às 10h, a Frente Parlamentar em Defesa da  Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf). Quem vai coordenar os trabalhos do colegiado estadual é o deputado Lucas Ramos (PSB). De acordo com ele, o grupo vai analisar a situação atual da Chesf e produzir um relatório apontando os prejuízos que a proposta de privatização apresentada pelo Ministério de Minas e Energia poderá causar à estatal.  

“A Chesf é um patrimônio do Brasil e representa muito para região Nordeste. É um conjunto de oito usinas e 128 subesatações que geram e distribuem energia para boa parte do país, além de controlar reservatórios que garantem o uso múltiplo da água do Rio São Francisco”, explicou o pessebista. “Nossa frente parlamentar irá propor uma agenda de visitas às assembleias legislativas nordestinas e a realização de audiências públicas para que toda a região demonstre sua posição contrária à venda da companhia”, acrescentou.  

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Também compõem o colegiado os deputados Odacy Amorim (PT), Tony Gel (PMDB), Zé Maurício (PP), Rodrigo Novaes (PSD) e Laura Gomes (PSB). A instalação acontece um dia depois de a Alepe discutir em audiência pública o assunto. Durante o debate, argumentos contrários ao processo e ideias para ampliar a discussão foram expostas. Além de críticas diretas ao ministro responsável pelo processo de privatização, Fernando Filho (PSB). 

Candidato a prefeito de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, Neco (PDT) afirmou, nesta sexta-feira (7), que o apoio do PSB para a disputa pelo segundo turno "garante um bom desempenho na eleição, com chances de vitória". O PSB selou o apoio a Neco durante uma reunião que aconteceu, nessa quinta-feira (6), com o governador Paulo Câmara (PSB), o vice-prefeito da cidade e ex-candidato, Heraldo Selva (PSB), e os deputados Lucas Ramos (PSB) e João Fernando Coutinho (PSB).

Para o pedetista, o alinhamento “engrandece” a postulação dele. "Heraldo vai ser o homem que vai decidir a eleição em Jaboatão. Você representa tudo nessa campanha. Vários gols de placa foram dados até aqui. Mas você engrandece a nossa candidatura", assinalou o pedetista durante o anúncio do apoio, na Câmara Municipal de Jaboatão, em Piedade. 

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Neco também deu detalhes sobre como foi a conversa com Câmara e Selva. “O governador disse a ele [Heraldo] que o PSB iria pelo caminho que escolhesse e ele foi até o governador e disse 'não posso, nem devo segui com forasteiro’. Nossa campanha é mais relevante que a perseguição mesquinha do adversário, nós sabíamos o quanto o deputado adversário estava investindo no governador porque ele sabia que para onde o PSB fosse a eleição estava garantida”, disse.

Segundo Heraldo, o fato de Neco ser "do povo" e ter as mesmas bandeiras que ele pesou para a definição. "Respeitando o resultado das urnas e depois de escutar o meu partido chegamos aqui hoje para dizer que a escolha que nós fizemos é pautada na vida que você construiu. O PSB sempre esteve nas lutas populares, você e a essência do povo jaboatonense", cravou. “Não vai ser fácil, mas será gostoso ganhar a eleição e ver um filho de Jaboatão sentar naquela cadeira. Temos o PSB unido junto com Neco", emendou.

A adesão também repõe João Coutinho e Lucas Ramos no mesmo palanque da legenda socialista na cidade. Os dois estiveram desde o início da campanha de Neco e em dissidência ao PSB. Para Lucas Ramos a reunificação da legenda socialista na cidade é histórica. "O PSB se engaja de forma unânime no projeto liderado por Neco. Damos aqui um passo importantíssimo para a vitória", ressaltou. 

Diferentemente dos discursos no primeiro turno e antes do pleito, quando o deputado federal disparou críticas contra Heraldo Selva, desta vez os dois trocaram elogios em seus discursos. "Heraldo vai ajudar Neco a governar. Hoje estamos recebendo o que há de melhor na política de Pernambuco. O PSB que se une, mas o povo de Jaboatão é que não vai deixar nenhum aventureiro tomar conta da nossa cidade”, observou João Fernando Coutinho. 

Neco disputa o 2º turno contra Anderson Ferreira (PR). Durante o evento de anúncio do apoio, os aliados de Neco também não pouparam adjetivos ao adversário. Ele foi chamado de “playboy”, “forasteiro” e “aventureiro”. 

Mesmo com um ala socialista contrária, o PSB oficializa no próximo dia 29 a candidatura do deputado estadual Miguel Coelho à prefeitura de Petrolina, no Sertão de Pernambuco. A convenção municipal será em conjunto com os partidos aliados, a partir das 16h, no Espaço Zé Matuto. 

O evento também servirá para o anúncio do nome que vai integrar a chapa majoritária para concorrer ao cargo de vice. A organização espera que duas mil pessoas e lideranças do Sertão do São Francisco participem do evento. 

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“Queremos fazer uma convenção que mostre a força e a união do povo de Petrolina. Este projeto tem sido construído ouvindo a voz das ruas, a opinião de moradores de todos os cantos da cidade e do conjunto de grupos políticos que já estão marchando conosco. Será uma largada com muita carga simbólica e esperança de um novo tempo para nossa cidade”, projetou Miguel Coelho. 

A confirmação da candidatura de Miguel vai de encontro ao desejo do também deputado estadual Lucas Ramos de disputar o pleito municipal pelo PSB. Em conversa recente com o Portal LeiaJá, Ramos declarou que o seu grupo seguirá em dissidência durante as eleições e não pretende apoiar o correligionário.  

O PSB de Petrolina realiza, nesta sexta-feira (1º), a última Agenda 40 antes de anunciar quem será o escolhido para disputar a prefeitura da cidade sertaneja. O evento contará com a participação do governador Paulo Câmara e do senador Fernando Bezerra Coelho, no entanto será marcado pela divisão de forças. De um lado os que defendem a postulação do presidente municipal da sigla, deputado estadual Miguel Coelho. Do outro, os que preferem bancar o nome do deputado estadual Lucas Ramos.

Nos bastidores, a expectativa é de que o encontro socialista sirva para a direção estadual bater o martelo diante da indicação do nome de Miguel Coelho. Apesar de não confirmar a oficialização, o pré-candidato pontuou acreditar que a participação do governador no evento “dá um aval, uma confiança e a garantia” de estar “no caminho certo”. “Nossa pré-candidatura está posta desde o início, inclusive quando os outros nomes do PSB se colocaram à disposição. Nos últimos meses, trabalhamos ouvindo as pessoas, foram 13 Agendas 40 e outra série de reuniões. Conseguimos construir e viabilizar a nossa candidatura”, garantiu.

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Caso isso se confirme, Lucas Ramos já alertou que pretende declarar dissidência. “Não iremos participar de um projeto que não tenha sido construído na base do diálogo, um projeto que a gente entende ser cartorial e estritamente familiar, que não representa o anseio do petrolinense. Continuo na intenção [de disputar a prefeitura], meu nome continua à disposição. Estou aguardando uma posição do diretório estadual para decidir se vamos encabeçar uma chapa majoritária ou abrir uma dissidência”, salientou o parlamentar.

Questionado sobre a eventual postura do correligionário, Miguel Coelho disse que quem deve avaliar é a direção estadual do PSB. “Enquanto outros procuraram criticar, neste período a gente se preocupou em ouvir, trabalhar e procurar a população. A confirmação do nome é consequência. Não é um projeto de Miguel, é coletivo”, alfinetou o deputado, enumerando que já tem 12 partidos aliados. 

Além da candidatura do PSB, outras quatro estão na disputa. A do PT, Odacy Amorim; do PTB, Adalberto Cavalcanti; do PMDB, Ednaldo Lima; e do PSOL, Perpétua Rodrigues. Há ainda a possibilidade do PSDB, com o deputado federal Guilherme Coelho, também entrar na corrida municipal.

Enquanto a bancada de oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) entrou com uma representação na Procuradoria Geral da República (PGR) para que a apuração da morte do empresário Paulo César Morato seja federalizada, os deputados do PSB saíram em defesa da atuação da Polícia Civil de Pernambuco no caso. Morato é considerado “testa de ferro” da organização criminosa que teria comprado o avião utilizado por Eduardo Campos em 2014.

Líder da bancada governista, o deputado Waldemar Borges (PSB), criticou as “suposições” feitas pelos pares antes de os fatos serem esclarecidos pelos profissionais envolvidos. Corroborando, Lucas Ramos disse que “infelizmente” tem visto “o esforço de alguns colegas em querer desqualificar o serviço da Polícia”. 

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As investigações da morte de Morato, encontrado em um motel em Olinda na quarta-feira (22), têm gerado polêmicas. Nessa segunda-feira (27), o Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol) denunciou ao Ministério Público (MP) uma tentativa de obstrução nas atividades periciais. A Secretaria de Defesa Social (SDS) afirmou que não houve cerceamento de apurações, mas reconheceu ter errado na comunicação dos procedimentos padrões. 

Nos bastidores político, comenta-se que a morte de Morato pode ser “queima de arquivo”.  “Está se buscando um crime, mas é bom lembrar que as pessoas também morrem de forma natural”, considerou o deputado Ângelo Ferreira, lembrando que a polícia “praticamente descartou” a possibilidade de um homicídio, já que o corpo do empresário foi encontrado sem nenhuma escoriação. 

Aliado dos socialistas, o deputado estadual Rodrigo Novaes (PSD) criticou a postura do Sinpol. “Identifico que o Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco está agindo, nesse caso, de forma eleitoreira, para favorecer eventuais candidaturas”, cravou.

Com o início do ano eleitoral, o PSB de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, retoma, nesta segunda-feira (25), os encontros da Agenda 40. Saúde, segurança pública e infraestrutura são os temas que vão nortear as discussões. As principais sugestões apuradas no seminário devem integrar o programa de governo que o PSB pretende apresentar durante a campanha, que inicia em agosto. 

O debate, que será realizado no bairro Cosme e Damião a partir das 19h, é o primeiro de outros seis que estão previstos para acontecer na cidade durante o primeiro semestre. “Com as mudanças na legislação eleitoral, o calendário ficou mais apertado. Então, decidimos ampliar e acelerar o processo de escuta da população nesses primeiros meses para que possamos mais adiante definir o projeto político que o PSB vai oferecer ao povo de Petrolina”, explicou o presidente do PSB no município, deputado estadual Miguel Coelho.

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As sugestões para a construção do programa de governo, no entanto, não é o principal imbróglio do PSB na cidade sertaneja. Em Petrolina, dois nomes socialistas disputam internamente apoios para liderar a chama majoritária da legenda. O primeiro é o do próprio Miguel Coelho, que no município tem o apoio do pai e do irmão, o senador Fernando Bezerra Coelho e o deputado federal Fernando Filho. Já o segundo é o do deputado estadual Lucas Ramos que deve ser o indicado do atual prefeito, Julio Lossio (PMDB), para a sucessão. Lossio é rival histórico da família Coelho, o que dificulta uma aliança entre os dois grupos.

Numa entrevista, ontem, a este blogueiro, que passou o fim de semana no Vale do São Francisco, o prefeito de Petrolina, Júlio Lóssio (PMDB), disse que, pelo conjunto da sua obra de oito anos, não tem a menor dúvida de que elegerá o sucessor. Sem um candidato natural, embora tenha bons quadros no secretariado, Lóssio deixa escapar uma discreta preferência pelo deputado estadual Lucas Ramos, do PSB, partido de oposição ao seu Governo.

E, pela primeira vez, incluiu também o nome do deputado Odacy Amorim, hoje filiado ao PT, mas em processo de desligamento do partido. O que se diz no município é que Amorim, que já governou Petrolina num mandato-tampão de dois anos, quando Fernando renunciou para assumir uma secretaria no Governo Eduardo Campos, estaria negociando sua volta ao PSB, para disputar a Prefeitura como candidato do grupo do senador.

“Quero e vou ganhar a eleição, seja com um nome do meu grupo ou um quadro de fora, como Lucas ou Odacy”, disse Lóssio. Perguntado como seu eleitorado iria reagir ao nome de Lucas Ramos, por ser filho de um adversário histórico, o atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Ranilson Ramos, o prefeito não fez arrodeios: “Lucas é Lucas. Ranilson é Ranilson. Minha relação, portanto, será com Lucas. Aliás, seu tio Murilo Cavalcanti já integrou a minha equipe no primeiro escalão”.

Lóssio admite que o cenário é de incertezas e ressalta que não clareia porque não depende dele, mas de fatores externos. Sem citar o PSB, ele se refere, evidentemente, ao impasse criado na legenda socialista com o alijamento do deputado Lucas Ramos pelo grupo de Fernando, que assumiu o controle da comissão provisória do partido no município, agora presidida pelo filho Miguel Coelho.

Na última sexta-feira, inclusive, foi realizada mais uma Agenda 40 no município sem a participação de Lucas, que estava na cidade, mas se ausentou. Na entrevista, Lóssio deu a entender que gostaria de apoiar Lucas no PSB, sugerindo que o comando do partido pertence à executiva estadual. “Não quero entrar na seara dos outros partidos, mas espero apoiar Lucas no PSB, como percebo que este é o desejo do governador Paulo Câmara. 

Se isso não for possível, segundo ele, Lucas pode fazer uma nova opção partidária. Fala-se na cidade que a melhor alternativa para o socialista que está sendo excomungado seria o PSDB, controlado no município por um aliado do prefeito, o vice-prefeito Guilherme Coelho, filho do ex-deputado Osvaldo Coelho, que morreu há 10 dias, deixando um grande vácuo político na região.

Na hipótese de ter que se costurar com suas próprias linhas, Lóssio tem quadros técnicos com vocação política qualificados, como o secretário de Educação, Coronel Heitor Leite, que deu a Petrolina o melhor Ideb do Estado; o secretário de Governo, Orlando Tolentino; a secretária de Saúde, Lúcia Giesta, e o secretário de Habitação, Ednaldo Lima. Mas pelo que entusiasmo que demonstrou na entrevista pelo nome de Lucas Ramos, deu a entender que ele torce até pela possibilidade de a direção estadual do PSB interferir na comissão provisória do município, tirando das mãos de Fernando Bezerra o comando da legenda. 

“DEI VOTOS, SIM” -  Ao longo da entrevista, na qual faz uma apaixonante defesa pelo nome de Lucas Ramos como seu candidato a prefeito, Júlio Lóssio revelou que ajudou – e muito – na eleição do aliado para Assembleia Legislativa. “O PSB aqui em Petrolina não transferiu votos para Lucas. Quem deu votos a ele fui eu, quando liberei vereadores e secretários para votar nele”, afirmou, para acrescentar: “Se Lucas viesse a depender do PSB local estaria frito”. 

Cínico e cara-de-pau – Na entrevista cara-de-pau que deu para justificar as contas na Suíça, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deu respostas que lembram João Alves, o deputado baiano que dizia ter ficado rico porque ganhou várias vezes na loteria. Cunha disse que o que ele tem na Suíça não é dinheiro. "Dinheiro, não. São ativos, são ações, cotas de fundo." Alguns minutos depois, os repórteres repetiram a pergunta. Em um lapso de sinceridade, o entrevistado mudou a resposta: "O dinheiro era meu". O peemedebista admitiu que seus bens no exterior "nunca foram declarados". Mas a lei não manda declarar? "Se havia obrigação, ela se exauriu no tempo", ele respondeu. É muito cinismo! 

O grito dos prefeitos– “Está faltando dinheiro “para tudo” e os municípios são os mais afetados. Junte-se a nós neste dia de luta em defesa dos municípios”, diz o slogan dos prefeitos pernambucanos que farão um ato, hoje, em frente à Assembleia Legislativa. Logo após o protesto, irão até o Palácio das Princesas para uma audiência com o governador Paulo Câmara. Na pauta, as dificuldades para enfrentar a crise econômica e a recriação da CPMF. 

Perdão comunista– A presidente nacional do PCdoB, Luciana Santos, deixou escapar, durante o cozido na casa de praia do deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB), que o partido irá arquivar o processo aberto contra o deputado Roberto Freire (PPS), que num momento impensado e de fúria agrediu fisicamente em plenário a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), pegando-a pelo braço e empurrando-a, durante a votação de uma Medida Provisória. Ele já conseguiu apagar o incêndio provocado dentro da legenda. 

Durma com uma bronca dessa! – Embora integrante do Conselho de Ética da Câmara, o deputado Betinho Gomes (PSDB), filho do prefeito de Jaboatão, Elias Gomes (PSDB), está com uma bronca federal que pode o deixar inelegível para a disputa no Cabo, onde pretende sair candidato a prefeito: no STF corre um processo de contas de campanha no qual pode até ser preso: um empréstimo pessoal, de R$ 365 mil, no qual deu como garantia um cheque voador. 

CURTAS  

GESTO LOUVÁVEL– Dos 18 deputados federais que compareceram ao cozido de Jarbas, o que fez mais esforço para não faltar foi Fernando Bezerra Filho (PSB). Na sexta-feira, já em Petrolina para a missa de sétimo dia pela alma de Osvaldo Coelho, teve que voltar ao Recife. Ainda no sábado, teve que ir a Serrita, a 540 km da capital, para o casamento da filha do prefeito Carlos Cecílio. 

ALÔ, LIMOEIRO! – Estarei hoje em Limoeiro para o lançamento dos meus livros Perto do coração e Reféns da seca na Câmara de Vereadores, às 19 horas. Amanhã, será a vez de Bom Conselho, na quarta Bonito, na quinta Brejo da Madre de Deus e na sexta-feira Caruaru, novamente, desta feita na livraria Nobel, no Shopping Caruaru, também às 19 horas. 

Perguntar não ofende: O prefeito José Queiroz vai engolir secamente o que o PSB fez com ele? 

A paralisação e o atraso de obras com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), por conta da crise econômica nacional, causaram o fechamento de milhares de postos de trabalho em Pernambuco. Intervenções como as do Complexo Portuário de Suape, a Transposição do Rio São Francisco e outras estão na lista das que ou tiveram a obra paralisada ou com o ritmo reduzido causando a demissão de funcionários, o fim de contratos terceirizados e o atraso dos salários. A situação motivou uma audiência pública que aconteceu na Assembleia Legislativa (Alepe) na manhã desta quinta-feira (10). 

Durante a discussão, proposta pelo deputado Aluisio Lessa (PSB), membros de sindicatos expuseram o quadro e cobraram soluções da gestão federal. Entre as intervenções de cunho federal com recursos do PAC, a mais frisada pelos presentes foi o Complexo Portuário de Suape que demitiu de janeiro até hoje cerca de 30 mil pessoas. 

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“Suape chegou a ter 42 mil funcionários quando estava a todo pique. Isso ia diminuir, sabíamos. Mas a desmobilização que era esperada para o final de 2015 foi feita de uma forma abrupta e sem aviso prévio. De uma hora para a outra você diziam assim: acabou, se vire”, pontuou o presidente do Sindicato de Fretamento de Ônibus de Pernambuco, Edmundo Moraes. De acordo com ele, o setor de fretamento de ônibus com as reduções ficou com um prejuízo de R$ 35 milhões. “O que tem ocorrido lá é uma desmobilização gritante. Está numa situação dificílima. Fico espantado como nós ainda estamos tão passivos com o tratamento que a Petrobras está tendo com os empresários”, acrescentou, reclamando. 

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A inércia dos sindicatos também foi um dos focos dos que participavam no encontro. Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil e Mobiliário Bate-Estaca, José Cavalcanti, as agremiações “estão muito passivas” diante da “algazarra” que o governo vem fazendo. 

“Como um governo de um partido que tem o nome dos trabalhadores mais tira do que defende os nossos direitos? Um governo que esquece os trabalhadores para defender o interesse político. Um estado que crescia mais do que o país já demitiu 70% do quadro e era uma empresa estável [a Petrobras]. Cadê os movimentos sociais, os movimentos estudantis?”, indagou.  “O movimento sindical tem que voltar a ser o que era. Depois que o movimento sindical prefere primeiro sentar, ele nunca para. A gente precisa levar esse debate para as ruas”, completou.

Com as informações coletadas durante a reunião, Lessa pretende organizar um diagnóstico geral da situação para entregar ao Governo Federal, a Petrobras, o Governo do Estado e outras instituições. “A cada período onde alguém fala sobre a perda de emprego em várias categorias como a construção civil, petroleiros, logística, transporte e metalúrgicos cada uma tem uma informação. Precisamos catalogar isso. Pernambuco proporcionou muito emprego nesses últimos anos e consequentemente quando a crise chega é onde mais acontece o desemprego”, argumentou. 

Indagado sobre a quem atribuía o descaso apontado pelos trabalhadores, o socialista amenizou. “Não estamos aqui para caçar a bruxa, dizer que o culpado é fulano ou cicrano. Queremos traçar um debate mais amplo”, disse. 

Corroborando os argumentos de Lessa, o deputado Lucas Ramos (PSB) pontuou que o cenário atual não atrai boas perspectivas de futuro. "Quando a gente vê que o complexo portuário de Suape, um investimento que não existiu; o São Francisco, com a transposição paralisada ou a ritmos muito lentos; e a Transnordestina é difícil sonhar com dias melhores para Pernambuco", cravou. 

Além da audiência sobre as obras do PAC, a Alepe discute o assunto em uma comissão especial. Desde que foi criado, em maio, o colegiado identificou 222 obras com recursos do PAC em Pernambuco. Um relatório geral sobre a situação das intervenções e o fechamento dos postos de trabalho deve ser finalizado pelo grupo em 60 dias. 

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O deputado estadual Miguel Coelho assume, nesta sexta-feira (14), o comando do PSB de Petrolina. Coelho sucede o deputado federal Gonzaga Patriota, que comandou o partido por 23 anos em Petrolina. A mudança ocorre em meio a desconfortos internos e imbróglios, já que tanto Patriota quanto o deputado estadual Lucas Ramos (PSB) se colocaram contrários a decisão do diretório de nomear o filho do senador Fernando Bezerra Coelho para o cargo.

A cerimônia de posse acontecerá na Câmara de Vereadores, às 18h. Entre as primeiras medidas projetadas pelo novo presidente estão o levantamento do número de filiados ao PSB em Petrolina e a criação de seis núcleos temáticos (Mobilização Popular, Raça e Etnia, LGBT, Juventude, Mulher e Pessoa com Deficiência). “Queremos inicialmente estruturar o partido ouvindo todos os segmentos e lideranças. Depois, o objetivo é preparar um plano estratégico partidário para o desenvolvimento de Petrolina”, adianta Miguel Coelho.

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A criação de um programa de filiação de novos socialistas e a realização de debates nos bairros são outros planos do presidente. “Hoje, o PSB tem dois deputados estaduais, dois federais e um senador oriundos de Petrolina. Mas o partido tem potencial para se fortalecer ainda pode mais e construir um futuro melhor para a nossa cidade.”

A instalação de uma Comissão Provisória para comandar o PSB em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, gerou um desconforto entre os socialistas que mantêm suas bases políticas na cidade. Em nota encaminhada à imprensa, o deputado estadual Lucas Ramos se posicionou contra a presidência da comissão ser assumida pelo também deputado estadual Miguel Coelho e decidiu não participar do grupo aprovado pelo presidente da legenda no estado, Sileno Guedes. 

“Entendemos que a substituição do deputado Gonzaga Patriota representa uma imposição de um projeto político familiar, que mais uma vez atropela os companheiros sem nenhuma discussão interna e democrática”, disparou Ramos no texto. O posicionamento, segundo ele, é “compartilhado por muitas lideranças” locais. 

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O imbróglio, na realidade, vai além das escolhas para dirigir o partido na cidade. Lucas Ramos e Miguel Coelho são nomes ventilados pelo PSB para disputar a Prefeitura de Petrolina em 2016 e o comando ter passado para Coelho inviabiliza o projeto de Ramos, que articula uma possível aliança entre o PMDB e o PSB, sendo ele o indicado do prefeito Julio Lossio (PMDB) a sucessão. Miguel Coelho é filho do senador Fernando Bezerra Coelho e irmão do deputado federal Fernando Filho, ambos rivais políticos de Julio Lossio.

Em nota, Lucas Ramos deixou claro que só voltaria a discutir o comando da legenda durante a escolha do Diretório municipal. O que ainda não tem data prevista, segundo Sileno Guedes. “O partido tem um calendário para a realização dos seus Congressos, o prazo não é agora. Quem define este calendário é a Executiva Nacional, ainda não foi divulgado e por isso optamos pela Comissão Provisória”, observou o presidente estadual em entrevista ao Portal LeiaJá.

Indagado sobre como se deu a formação da Comissão Provisória, Guedes pontuou que não foi uma questão familiar. “Negociamos com Petrolina, conversamos muito, inclusive com o deputado Lucas Ramos. Temos vários critérios para a escolha do grupo, um deles é justamente o tamanho da representação política de cada membro”, detalhou. “O grupo que Miguel Coelho integra é grande, tem um senador, um deputado federal e ele. Serem da mesma família é coincidência”, acrescentou o dirigente, rebatendo a avaliação de Ramos. 

De acordo com o presidente do PSB-PE, as indicações dos membros para a comissão foram feitas pelos parlamentares. Os deputados federais indicaram dois nomes cada e os estaduais um nome. "Foi um consenso", resumiu Sileno Guedes. Procurado pela nossa reportagem, o deputado Miguel Coelho não atendeu as ligações.

As articulações em torno da disputa pelo comando da Prefeitura de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, têm se intensificado. Entre os socialistas, a certeza é de que a legenda terá candidato próprio na cidade, no entanto a maior incógnita é se eles estarão alinhados ao PMDB, do prefeito Julio Lossio (PMDB). 

Se de um lado a família Coelho – do deputado federal Fernando Filho e do deputado estadual Miguel Coelho – prega distância a Lossio, do outro o deputado estadual Lucas Ramos, também cotado para a disputa, tem se aproximado do gestor peemedebista e, inclusive, solicitado o apoio de outras lideranças da legenda, como o deputado federal Jarbas Vasconcelos.

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“O partido tem sido procurado em quase todo o Estado, ele foi lá falar comigo e está atrás de marcar uma agenda com Raul para ver se tem o apoio do PMDB em Petrolina”, revelou Vasconcelos sobre um encontro que teve nessa sexta-feira (17) com o socialista. “Ele está conversando localmente com o prefeito Julio Lossio também”, acrescentou.

Segundo Jarbas, o apoio só será definido por Raul Henry e em 2016. “Raul é quem vai operar isso, sou ouvido e dou minha opinião, mas Raul é quem vai definir essas questões de alianças em cidades grandes como Petrolina”, observou.

Sobre o encontro com Jarbas, Lucas Ramos afirmou, através da assessoria de imprensa, ter conversado sobre o cenário econômico nacional, a conjuntura política em Pernambuco, especialmente sobre os rumos em Petrolina e cravou que desde o início do mandato tem firmado “parcerias administrativas” com o PMDB de Lossio. “Precisamos estar articulados para que as ações possam sair do papel”, pontuou Ramos.

A Comissão Especial da Câmara dos Deputados que analisa a proposta do novo pacto federativo vai realizar uma audiência pública, na próxima segunda-feira (8), para debater o assunto na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). O tema é um dos pleitos mais enfatizados pelos prefeitos de todo o país e deve entrar em votação no próximo semestre. O evento acontece a partir das 9h. 

A realização da reunião no estado foi solicitada pelos deputados federais pernambucanos Kaio Maniçoba (PHS) e Fernando Monteiro (PP), que compõem o colegiado, e terá a participação do presidente da Comissão, o deputado federal Danilo Forte (PMDB-CE), e do relator, André Moura (PSC-SE). 

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Nessa quarta-feira (3) ao anunciar o encontro e convidar os colegas para participarem da audiência, o deputado estadual Lucas Ramos (PSB) afirmou que a União concentra quase toda a arrecadação e, num momento de crise econômica como este, torna-se difícil para as prefeituras investirem, como determina a Lei federal, 15% das receitas provenientes de impostos em saúde e 25% em educação.

“O Brasil precisa firmar um novo pacto federativo. Temos que encontrar um equilíbrio que, inclusive, respeite diferenças regionais”, afirmou.  “Esse tema afeta o Governo de Pernambuco e os nossos 184 municípios de forma direta. Estejamos, portanto, atentos e prontos para contribuir para a melhoria desse sistema”, concluiu Ramos.

O secretário estadual da Fazenda, Márcio Stefanni, detalhou, nesta quarta-feira (3), a situação do quadro financeiro de Pernambuco na Assembleia Legislativa (Alepe). Com o balanço do quadrimestre em mãos, o gestor reconheceu as dificuldades atuais para o crescimento e investimentos no estado. Até agora, segundo Stefanni, foram investidos R$ 320 milhões. A meta estipulada pela Lei Orçamentária Anual é de R$1 bilhão. O que, para o secretário, deve acontecer, mas com “muita dificuldade”. 

“Acreditamos que o Estado crescerá mais do que a União e o que o Nordeste, como nos últimos anos. No entanto é bom ressaltar a dificuldade de traçar cenários uma vez que a todo o momento é mudado”, constatou. “O balanço é real, sem maquiagem ou pedaladas. Podemos não ficar tranquilos, mas olhamos o caixa todos os dias”, argumentou. 

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O que reforça a perspectiva incerta, sob a ótica do secretário, é a oscilação da economia local. “Em janeiro e fevereiro crescemos próximo da inflação, em março caímos, voltamos a crescer em abril e em maio caímos novamente. O que nós temos é total incerteza do futuro”, disse. 

Segundo o balanço, a receita estadual cresceu menos do que a inflação. Em 2014 o montante durante o primeiro quadrimestre chegou a R$ 8,9 bilhões, este ano não ultrapassou os R$ 9,2 bilhões. Se comparado um ano ao outro, o crescimento é de 3,43%. O percentual fica abaixo da inflação prevista para 2015 que é de 8%. 

Outro dado em alerta na economia estadual é o limite de despesa com o pessoal. A gestão atingiu a casa dos 47,23%, quando o mínimo é de 46,55%. Com o número a administração ficou impedida de conceder aumentos a qualquer categoria de servidores.  

“Vamos cumprir o que diz a Lei de Responsabilidade Fiscal, mas este é o cenário do primeiro quadrimestre. Vamos esperar os próximos para definir o aumento (no salário) dos servidores para um futuro”, explicou o secretário.

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Durante o detalhamento da economia estadual no quadrimestre, o secretário foi indagado por várias vezes pelos deputados estaduais. Questionado pela deputada Priscila Krause (DEM) sobre quais as medidas emergenciais do estado para reduzir os custos e aumentar as receitas, o secretário pontuou o monitoramento do Plano de Contingenciamento do Governo (PCG) e obervou que o “ritmo da máquina tende a acelerar”. “Temos reuniões semanais para observar as despesas. Alguns itens já conseguimos reverter (passagens internacionais) outros ainda não (energia elétrica)”, destrinchou. 

Quanto à possibilidade de se rever as metas do Plano, que atualmente visa reduzir os custos em R$ 320 milhões, Stefani não descartou. “Estamos acompanhando diariamente. Não identificamos tendência ainda em Pernambuco. Temos que tentar preservar a qualidade do serviço e manter em dia o seus compromissos para atravessar o ano de 2015”, disse. “Pode chegar a R$ 600 milhões sim, mas esperamos a ordem do governador”, sinalizou. 

Respondendo a indagação do deputado Lucas Ramos (PSB) sobre um possível descumprimento do calendário atual de pagamento dos servidores, o secretário garantiu que o Estado cumprirá com os compromissos assumidos. “A cada mês fazemos uma provisão. Acreditamos que vamos honrar com o 13° sim. Temos observado estados já inadimplentes com a folha de pagamento, mas não rumamos para isso”, disse.

Cobranças federais

Os deputados estaduais que compõem a base governista aproveitaram a apresentação do balanço quadrimestral para disparar contra o Governo Federal quanto à liberação do Plano Anual de Financiamento (PAF) 2015, ainda não autorizado pela União. 

“Se alguém conhecer um líder influente em Brasília peça para liberar os estados para pegar seus empréstimos. Os estados vão pagar. E pedir também, se alguém conhece pessoas influentes em Brasília, para que permita que Pernambuco entre nos planos de concessões”, ironizou o líder da bancada do governo, Waldemar Borges (PSB). “Pernambuco vive um crise que não foi criada por Pernambuco. O bolo maior está em Brasília”, corroborou o deputado Aluísio Lessa (PSB). 

Após o deputado estadual Miguel Coelho (PSB) descartar qualquer possibilidade do PSB firmar uma aliança com o PMDB para disputar a Prefeitura de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, nas eleições de 2016, o filho do prefeito Julio Lossio (PMDB), Julio Lossio Filho, rebateu as críticas feitas pelo deputado, disparou contra o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) -  ex-prefeito do município e pai de Miguel – e ao contrário do deputado não descartou um possível palanque municipal com o PSB.

Em publicação nas redes sociais, Julio Lossio Filho afirmou que o deputado, “na ânsia de ter o nome ungido como prefeito”, tem confundido os acontecimentos e as pessoas. Segundo ele, Miguel Coelho acerta ao dizer que o prefeito sempre fez oposição ao PSB, mas “diferente de muitos, a oposição foi no campo das ideias”. No texto, o filho do prefeito de Petrolina pontua que “quem traiu Miguel Arraes e Eduardo foi Fernando Bezerra Coelho” e não o peemedebista.

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“Hoje, quem, de alguma forma, coloca o nome de Eduardo Campos em situação difícil e mancha a honra e a memória do ex-governador publicamente é o senador Fernando Bezerra, citado na operação Lava Jato como tendo pedido, e recebido, 10 milhões de reais supostamente a mando de Eduardo”, crava Lossio Filho, citando ainda outros episódios, como o posicionamento inicial contrário de FBC à candidatura de Campos à presidência da República em 2014. “É triste que o governador não esteja mais vivo (...), pois circula no meio político que Eduardo jamais daria a Fernando a missão de captar recursos para a sua campanha”, ironiza.

Apesar do ceticismo contra os socialistas petrolinenses da família Coelho, o cenário muda quando Lossio Filho aborda o pleito eleitoral de 2016 como uma possibilidade de alinhamento de “ideias em prol de Petrolina”. Para a disputa ele menciona outro membro do PSB local, o deputado estadual Lucas Ramos, filho do desembargador Ranilson Ramos.  

“Quanto às eleições municipais de 2016, o prefeito Julio Lossio é o maestro da nossa orquestra e saberá a hora de colocar o nosso time na rua. Penso, porém, que se o deputado Lucas Ramos conseguir viabilizar sua candidatura dentro do PSB poderemos ter uma grande união de forças por Petrolina, e não em torno de projetos familiares”, argumenta.

O líder da bancada do governo na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Waldemar Borges (PSB), definiu quem serão os vice-líderes do bloco. Vão ocupar os cargos, os deputados Lucas Ramos (PSB) e Tony Gel (PMDB). A indicação de Gel retira a possibilidade do PMDB pleitear a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa Joaquim Nabuco, deixando espaço para uma possível recondução da deputada Raquel Lyra (PSB).

Nos arranjos políticos da bancada, a indicação de Lucas Ramos representa um reforço socialista no comando do grupo. O socialista afirmou que pretende "trabalhar em harmonia" com o líder e o governo do estado.

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"Precisamos dialogar com todos os deputados, dos diversos partidos que formam essa base. Vamos conduzir essa função com muita responsabilidade. Nos próximos quatro anos, o estado certamente dará um salto, ainda maior, na qualidade de vida de todos os pernambucanos", disse. 

O deputado estadual Lucas Ramos (PSB) foi indicado por Paulo Câmara para assumir a vice-liderança do Governo na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). O convite foi realizado pelo líder da bancada, Waldemar Borges e a decisão foi divulgada na manhã desta quinta-feira (5).

O parlamentar atuará no encaminhamento e defesa das ações do governo na Alepe e na mobilização dos deputados da base de sustentação do governo. “Precisamos dialogar com todos os deputados, dos diversos partidos que formam essa base”, ressaltou Lucas.

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"O trabalho harmônico entre os dois poderes é o maior desafio. Estou bastante otimista. Vamos conduzir essa função com muita responsabilidade. Nos próximos quatro anos, o estado certamente dará um salto, ainda maior, na qualidade de vida de todos os pernambucanos", acrescentou o pessebista.

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