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Reeleito para mais um mandato na Câmara dos Deputados com mais de 90 mil votos, o ex-ministro de Minas e Energia Fernando Filho (DEM) afirmou que vai continuar focado em Pernambuco no próximo mandato. “A gente vai estar focado em trazer investimento para Pernambuco”, prometeu.

O ex-auxiliar ministerial de Temer também falou que vai continuar tendo um zelo em especial com o interior do estado. “Na busca de água e arranjos produtivos. Evidentemente que eu tenho agora também uma responsabilidade com toda a área energética pelo cargo de ministro do Estado que a gente ocupou”, ressaltou. 

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“Nós vamos estar atento a essa questão da liberação do cliente para ele poder ter acesso a comprar sua energia, combustível de qualidade, fontes renováveis e acima de tudo trazendo investimento para Pernambuco”, complementou o deputado. 

O filho de FBC disse que tem procurado honrar a confiança dos pernambucanos. “Em especial, os meus irmãos sertanejos. Tenho sido instrumento de muitas transformações, mas também tenho sido um soldado que não se cansa de lutar. Todos os dias acordo motivado a fazer mais, a trabalhar mais. Ainda há muito a ser feito e, por isso, renovo o compromisso. Pode confiar”.

O deputado federal eleito João Campos (PSB) foi o mais votado da história de Pernambuco e vem afirmando que pretender realizar um trabalho em prol do povo. No entanto, a especulação é que o filho do ex-governador Eduardo Campos possa assumir uma secretaria estadual no segundo mandato do governador Paulo Câmara (PSB) e não chegue a assumir o mandato conquistado. O próprio não nega a possibilidade.

O pessebista afirmou, durante entrevista, que vem conversando com a equipe liderada pelo governador. “Estamos conversando e eu sempre disse com muita clareza: eu vou tomar a decisão que for melhor para o povo, eu não vou pensar em mim não. Eu não vou pensar o que é melhor para João Campos. Eu vou pensar o que é melhor para o povo de Pernambuco. A gente está em Brasília lutando e eu vou estar aqui ajudando o governador. O que for melhor para o povo, eu vou fazer”, ressaltou.

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João Campos também contou que teve quase meio milhão de votos e que vai honrar a expectativa dos pernambucanos que confiaram nele. “Vou passar em todos os lugares onde fui pedir votos. Eu fui pedir a confiança do povo através do voto e agora mais do que uma obrigação minha ir agradecer. Então, eu estou na Rota da Gratidão agradecendo a todo mundo porque se eu fosse candidato de mim mesmo eu só tinha um voto”, avisou.

Apesar de garantir que vai pensar no povo e não nele, o cargo em alguma secretaria estadual pode ser uma vitrine para o socialista, que é cotado para disputar a Prefeitura do Recife em 2020. O governador, por sua vez, afirmou na semana passada que a reforma administrativa no secretariado deve sair até o final do mês. “Nós fizemos reajustes em 2014 ainda com Eduardo Campos e outros ajustes devem vir. A gente deve anunciar tão logo esteja pronto”, chegou a dizer.

João, que foi chefe de gabinete do governador no primeiro mandato, vem ao longo do tempo defendendo Paulo Câmara das críticas enfrentadas. Ele já chegou a dizer que Eduardo acertou ao o escolher. O deputado eleito também já falou que o governador deixa os seus interesses de lado e prioriza o dos pernambucanos.

Presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos, membro efetivo de outras como a de Saúde, Meio Ambiente e Direitos da Mulher e com mais de 55 projetos de lei apresentados na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o deputado estadual Edilson Silva (PSOL) não conseguiu ser reeleito na eleição deste ano. Em entrevista concedida ao LeiaJá, nesta quinta-feira (22), na série com os parlamentares pernambucanos que foram derrotados no pleito, o psolista expôs os fatores que contribuíram para não obter sucesso. 

Edilson, que chegou a disputar a Presidência da Alepe por três vezes, acredita ter feito um bom trabalho na Assembleia. “Eu tenho certeza que fiz um mandato excelente. Fui o deputado que enfrentou a burocracia da Casa, o Guilherme Uchoa, nunca me submeti, fui o cara que mais denunciou a questão da Arena da Copa, pedi a prisão do secretário, ou seja, um trabalho louco”. 

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O psolista citou os problemas travados com a sigla no estado. “Em função de problemas com o PSOL, eu não tive programa de TV. Esse eleitorado poderia ter dado a minha vitória, mas as pessoas me questionam até hoje se eu fui candidato. Não tem jeito: tem que ir para a televisão pelo menos umas quatro ou cinco vezes no horário nobre para as pessoas olharem e verem que você é candidato. Eu não tive, por uma manobra por parte do PSOL, da direção do PSOL, que tinha interesse em minha não reeleição e fizeram a opção de não fazer campanha para ninguém e de não me mostrar de jeito nenhum, então foi um boicote muito forte. Isso eu também credito como parte dessa responsabilidade”. 

Durante a conversa, o deputado também destacou que, neste ano, seu eleitorado decidiu votar em mulheres. Contou que trabalhou forte na eleição de duas mulheres em específico: Albanise Pires, que foi candidata ao Senado Federal, e da coordenadora política do seu mandato, Gabriela Conde, que tentou uma vaga na Câmara dos Deputados. “Muita gente que também votaria em mim falou que ia votar em uma mulher como Gleide Ângelo, que teve uma votação histórica”. 

Ainda falou que seu eleitor é mais consciente. “No meu caso, eu prefiro trabalhar com um eleitor mais organizado, um eleitor mais consciente, um eleitor que não vota por amizade, é um eleitor diferente. Um voto mais de opinião porque a gente não tem esse negócio de voto de estrutura. Eu não procuro trabalhar com o eleitor que você vai colocar uma mega estrutura em um dia, não falo nem para comprar votos, mas de colocar mil quinhentas pessoas na rua para ficar conduzindo as pessoas a irem até a urna e votarem, não é esse o nosso eleitorado”. 

Sem renovação na Alepe 

Edilson também disse acreditar que não houve renovação na Alepe. Ele lamenta o fato de que, em sua avaliação, há muitos deputados que se elegem com o que chamou velha estrutura de poder. “Os grandes interesses precisam ser contrariados no estado para poder desenvolver algumas ações que não foram enfrentadas. A gente vai ter que apostar na manutenção no trabalho com a sociedade, mas tem muita gente que eu respeito bastante na oposição como a figura seriíssima do deputado Waldemar Borges, que felizmente foi reeleito. Acho que é um mandato que honra bastante a democracia”. 

O parlamentar antecipou que o plano agora é continuar se dedicando à sua formação. “Eu vou voltar a estudar, concluir alguns estudos que estou fazendo, tenho um livro para publicar já faz algum tempo, vou me dedicar a isso e vou continuar militando no campo da esquerda. Estou muito preocupado com a construção de alternativas para o país. Já estou fazendo isso. Na semana passada,o nosso mandato realizou um debate onde trouxe dirigentes do PDT, PT, PCdoB, do PT para poder discutir o futuro de uma oposição no país”.

 Ele finalizou afirmando que todas as forças progressistas do Brasil precisam dar as mãos no sentindo de construir um projeto para o país. “Eu vou procurar dedicar a minha força, vou continuar militando, milito há 35 anos, mas apenas 4 anos que sou deputado. Nós vamos seguir monitorando o governo e trabalhando a resistência democrática para que não haja retrocesso na democracia brasileira”. 

“Não sei ao certo como será 2020, mas estou muito convencido de que devemos apoiar Albanise para vereadora aqui e vamos acompanhar atentamente a eleição para a Prefeitura do Recife, uma capital importante. A gente pensa que não, mas a eleição municipal de 2020 é um ensaio para que a gente possa construir uma resistência institucional mais bem organizada ao Bolsonaro e esse vai ser o nosso cotidiano daqui para frente”, concluiu. 

O deputado federal Jean Wyllys (PSOL) foi reeleito e vai exercer mais um mandato no próximo ano na Câmara dos Deputados. O ex-BBB utilizou as redes sociais para desmentir uma fake news que foi espalhada sobre uma derrota na disputa eleitoral deste ano. “Sinto muito, haters, vocês vão ter que aturar minha resistência por mais quatro anos”, provocou.

Jean, que sempre rebate as críticas recebidas, também falou que é o Movimento Brasil Livre (MBL) que espalhou mais essa mentira. “A máquina de difamação e mentiras chamada MBL já está falando que eu não fui reeleito”, expôs. 

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Por meio de um vídeo, ele agradeceu os votos recebidos. “Agradecer a todos que contribuíram com a nossa campanha. Uma campanha honesta, uma campanha barata, que não foi financiada por grandes empresas, que não foi financiada pela indústria das armas, nem pela indústria alimentícia e nem pela indústria farmacêutica. Uma campanha que foi feita com gente honesta deste país, que quer um país livre”. 

O parlamentar falou que resistiu a um ataque sem precedentes a um candidato. “Ninguém foi tão difamado quanto eu durante esta campanha. Nós conseguimos que o TRE tirasse um milhão de publicações falsas. Eu fui caluniado à direita e à esquerda, houve boicote à minha candidatura dentro do próprio campo progressista”. 

No pronunciamento após a vitória, ele ainda contou que foi ameaçado de morte e que está sob escolta policial. “Eu resisti. A palavra de ordem da minha campanha foi resistência e para todos que espalharam uma fake news dizendo que eu iria sair do país, eu estou aqui e aqui eu vou continuar. Serão mais quatro anos de resistência contra o fascismo, agora mais do que nunca". 

A 226ª edição do Círio de Nazaré será iniciada oficialmente na segunda-feira, dia 27, com a celebração da Missa do Mandato. A partir desta solenidade, começam as peregrinações com as imagens de Nossa Senhora de Nazaré nos lares católicos paraenses, com o objetivo de preparar espiritualmente os devotos para o Círio. A missa será presidida pelo bispo auxiliar da Arquidiocese de Belém, dom Antônio de Assis Ribeiro, a partir das 18 horas, na Basílica Santuário de Nossa Senhora de Nazaré.

 De acordo com a Diretoria de Evangelização da Festa de Nazaré, esse é um dos grandes momentos do Círio. “A celebração tem um caráter importante, com dom Antônio realizando ao final da missa, após a cerimônia do "Envio", o tradicional rito da Bênção das Imagens de Nossa Senhora, que serão levadas a milhares de lares de devotos, onde acontecem os encontros”, destaca Jorge Xerfan, diretor de Evangelização.

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Este ano, são esperados para a Missa do Mandato fiéis das 89 paróquias que fazem parte da Arquidiocese de Belém. A estimativa da Diretoria da Festa de Nazaré e do Departamento de Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese/PA) é de que durante as peregrinações, que ocorrem até a véspera do Círio, as imagens de Nossa Senhora visitem aproximadamente 110 mil lares paraenses. Cada imagem visita cerca de 20 residências, o que resulta numa participação de cerca de 1,7 milhões de fiéis, segundo o Dieese.

Os kits de evangelização que serão utilizados nas peregrinações são constituídos da Imagem da Virgem de Nazaré, Livros das Peregrinações e Cartazes do Círio 2018. As paróquias que desejarem adquirir os kits para as peregrinações devem dirigir ofício à loja Lírio Mimoso e, a partir do envio do ofício os kits  ficarão à disposição para aquisição na própria loja (que fica ao lado da Basílica de Nazaré).

Da assessoria da Festa de Nazaré.

O deputado federal Tiririca (PR) chegou a anunciar que iria abandonar a vida pública justificando que estava muito “chateado com a política”, mas o parlamentar voltou atrás. Durante a convenção nacional do PR, o humorista não só anunciou que será candidato à reeleição na Câmara dos Deputados, como também falou que quer disputar a Presidência da República em 2020. 

Segundo Tiririca, as pessoas pediram para que ele não desistisse. Ele disse que quer ser o primeiro mais bem votado no país. Nas eleições de 2010, Tiririca foi o deputado mais votado do Brasil com mais de 1,3 milhão de votos. Em 2014, conquistou 1 milhão de votos sendo o segundo mais votado. “Quero passar o Enéas”, destacou. 

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Em seguida, Tiririca falou sobre ambições maiores: ser presidente do Brasil. "Se Deus quiser daqui a quatro anos eu vou meter as caras [para ser presidente]. Você vai ver. Se eleito for, vou fazer um mandato fantástico, eu já tenho esses dois mandatos aí. Estou empolgado pra caramba”, ressaltou com segurança. 

O parlamentar contou que falou na hora do impulso sobre desistir de vez da política. “Eu não tiro nada do que falei. Realmente precisa melhorar muito. Apresentar projetos, essas coisas, para aprovar”. 

No ano passado, durante apresentação da peça “Minha História”, no Recife, Tiririca chegou a dizer que tinha tudo para dar errado. Ele falou que cresceu sem “ser filho de ninguém”. “Não desista do seu sonho não. Cresci sem queimar ninguém, só com o meu talento e garra. Eu tinha tudo para não dar certo”, salientou. 



A bancada evangélica que compõe a política sempre é alvo de muitas polêmicas, ora pela posição irredutível contra o aborto e ideologia de gênero, por exemplo, mas também por provocar uma questão maior entre algumas pessoas: se o Estado é laico, por que se trata sobre religião dentro das câmaras, assembleias legislativas e Congresso Nacional? Para falar sobre esse tema, trajetória e o foco de seu mandato, nesta quarta-feira (18), a vereadora do Recife Irmã Aimée Carvalho (PSB) concedeu uma entrevista ao LeiaJá

Funcionária pública aposentada do INSS e bacharel em Direito pelo Instituto de Ensino Superior de Olinda (IESO), aos 64 anos, Aimée faz parte da Igreja Assembleia de Deus em Pernambuco (IEADPE) desde 1975. Foi ao liderar diversos trabalhos sociais e filantrópicos em sua atividade religiosa, que diz ter conhecido mais profundamente as necessidades das pessoas e a importância de implementar políticas públicas voltadas para as mulheres e os idosos sempre defendendo “os os valores morais e cristãos e a família tradicional”. 

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Apesar do trabalho realizado na igreja ter norteado o seu ingresso na política, a vereadora garante que não mistura política e religião. “Na Câmara, defendo as minhas convicções sem desrespeitar ninguém, mas me sinto plenamente realizada em fazer parte da Assembleia de Deus”, afirma. 

“Eu faço parte da Assembleia de Deus desde 1975 e até hoje, mais de 40 anos depois, eu vejo as mesmas coisas que via lá no começo de tudo: vidas sendo transformadas, resgatadas. Pessoas sem esperança mudando de vida. É o poder do evangelho que faz isso e não há explicação. É natural, principalmente em tempos de crise, que as pessoas reconheçam este poder e queiram fazer parte desta família. A Assembleia de Deus em Pernambuco é uma igreja séria e, não à toa, Pernambuco é o estado com a maior presença de evangélicos no Nordeste”, ressaltou.

Aimée também falou que a política é para todos. Ela destacou o censo do IBGE de 2010 no qual os evangélicos representavam mais de 22% da população brasileira. “Mais à frente uma pesquisa do Datafolha apontou um número que saltou para 29%. Como todo segmento da sociedade, precisamos ocupar espaços. Os evangélicos não são menos cidadãos que qualquer outra pessoa de outro segmento, de modo que é importantíssimo termos representação e fazermos a nossa voz ser ouvida”. 

Mandato

No seu segundo mandato na Câmara dos Vereadores, irmã Aimée já apresentou 50 projetos de Lei Ordinária. Entre os projetos que considera mais relevantes, destaque para o que proíbe a venda de narguilés para menores de 18 anos, que já está aprovado e aguarda a sanção do prefeito Geraldo Julio (PSB). 

A parlamentar propôs Botão do Pânico nos ônibus que circulam no Recife. Para ela, sendo aprovado ou não, o projeto é importante porque levantou a discussão sobre a violência urbana. “Realizamos audiências públicas, recebemos autoridades de segurança lá na Câmara e, com toda essa discussão, o Governo do Estado trabalhou em investimentos na área da segurança e os números da violência vem caindo”, declarou. 

Também é autora do projeto que criou a Frente Parlamentar em Defesa da Mulher vítima de violência doméstica, o que nomeou o Hospital da Mulher do Recife com o nome de Maria das Mercês e ainda do que criou o prêmio Mulher Mérito de Direitos Humanos.

A pessebista afirma que desde que se candidatou pela primeira vez tem trabalhado por cada um dos recifenses. “Tenho quase três mil requerimentos aprovados na Câmara. São pedidos de desobstrução de canaletas, limpeza de ruas, assistência no policiamento de locais mais vulneráveis, limpeza de canais e retirada de entulhos. Sempre que chego nestas comunidades ou quando um dos moradores me encontra, recebo as notícias dos requerimentos que foram atendidos e de como pequenas mudanças trazem grandes melhorias para a vida da população. É gratificante”, concluiu. 

Nesta quinta-feira (12) o vereador do Recife Ivan Moraes (PSOL) irá lançar a sua pré-candidatura a deputado federal. O evento acontece, a partir das 18h, no bairro Santo Amaro, na Rua Capitão Lima, nº 210.

Ivan afirma que está “instigado” para construir uma nova Câmara Federal junto com outros colegas. “Levar a nossa experiência de um mandato paritário, horizontal e aberto pra Brasília vai ser massa. Se a gente estiver colado, eu sei que podemos ir longe”, ressaltou. 

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Entre as bandeiras políticas defendidas por Moraes, está a democratização da comunicação, a legalização da maconha e outras drogas, questões relacionadas à população LGBT e os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres.

O psolista foi um dos cotados para disputar a vaga de governador de Pernambuco, mas a legenda optou por uma chapa majoritária formada por mulheres. Na época, ele afirmou que estava disposto a enfrentar o pleito garantindo que tinha a condição de fazer uma “campanha belíssima” que tocasse o coração das pessoas. 

Lutar por um ideal, principalmente, quando de trata de política, nunca foi e não será fácil. Uma classe dominada por grupos que se perpassam no poder no Brasil, os obstáculos se tornam ainda maiores para quem pretende chegar lá. Em Pernambuco, na eleição de 2018, cinco mulheres decidiram enfrentar essas dificuldades e se uniram na tentativa de propor um projeto polêmico, mas inovador e que faz sentido: conquistar um mandato coletivo na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) pelo PSOL. 

A advogada trans Robeyoncé Lima, 29 anos; a ambulante Jô Cavalcanti, 36 anos; a produtora audiovisual Carol Vergolino, 39 anos; a estudante de Letras Joelma Carla, 20 anos; e a professora Kátia Cunha, 43 anos, possuem perfis bem diferentes, mas um mesmo propósito e ousaram no estado ao lançarem o projeto JUNTAS e, em pouco tempo, elas vêm ganhando cada vez mais espaço e reconhecimento. O grupo recebeu a equipe do LeiaJá onde, entusiasmadas, falaram sobre como funcionará o mandato coletivo, caso cheguem lá, objetivos, planos e, acima de tudo, o desejo que garantem ter de contribuirem com a melhoria da qualidade de vida dos pernambucanos por meio da política. 

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Como a urna não permite um registro único no qual apareça a foto das cinco, apenas uma teve que ser escolhida para representar todas nas urnas em outubro. Após análise e acordo entre elas, a escolhida foi Jô Cavalcanti. Será a foto dela que estará no dia da eleição, mas o compromisso firmado foi o seguinte: caso vençam a disputa eleitoral, qualquer decisão será realizada somente com o aval de todas, ou seja, um mandato coletivo. 

As candidatas a codeputadas lamentam o fato de que, em pleno 2018, o sistema eleitoral exija uma candidatura individual. “A gente sabe que, infelizmente, nosso sistema eleitoral exige uma candidatura personalíssima, então essa foi a forma que a gente encontrou de trazer essa proposta. Estamos unidas, não estamos separadas uma da outra, não são votos diferentes, não são candidaturas diferentes, a gente foca muito nisso para os eleitores porque vamos juntas. Nessa ideia de coletividade, de junção, a gente foca para que as pessoas não tenham dúvidas de que a foto de Jô representa a Juntas”, enfatizou Robeyoncé.  

A dúvida que fica para muitos é se isso é permitido por lei. Robeyoncé explica que na legislação não existe nada explícito em relação a isso. “Quando não há nada explícito ou proibindo, a gente entende que pode. Até então, só é proibido o que a lei diz explicitamente. Em Alto Paraíso, em Goiás, há um vereador que trabalha em um projeto coletivo, em Minas Gerais também. Caso haja obstáculos jurídicos, caso o tribunal venha a implicar de alguma forma, a gente pode apresentar esse casos onde não há nenhum empecilho legal”, ressaltou a advogada. 

Um dos principais objetivos do grupo é tema preocupante e já bastante discutido na sociedade: a inserção das mulheres na política. Segundo a Juntas, as mulheres são 52% da população brasileira e só ocupam 10% das cadeiras legislativas, atrás da Arábia Saudita, Iraque e da Síria. Na Alepe, mais especificamente, apenas seis deputadas ocupam a tribuna com 43 deputados.

As ativistas acreditam que só ocupando esses espaços políticos e institucionais de decisão é que vão conseguir transformar a sociedade a partir do olhar da mulher. O mandato também irá visar a luta pelos direitos das classes minoritárias como o movimento LGBT, negros, sem-teto e outros segmentos menos favorecidos na sociedade. 

O recado final deixado é o de esperança em uma renovação política. A Juntas ressaltam que acreditam em algo novo diante de “uma política velha fadada ao fracasso”. Também se mostram otimistas por ver o ânimo das pessoas e garantem que a vitória já foi conquistada independente do resultado de outubro porque afirmam que, de alguma forma, mostraram a possibilidade de algo diferente. Acham que, do modo delas, uma revolução foi feita. 

Elas ainda pediram a todos que torcem, para o mandato coletivo chegar na Alepe e mudar a atual estrutura vigente, façam uma reflexão no sentido de que cada um esteja consciente de seu protagonismo político dentro da sociedade. “Sim, é possível mudar, sim, é possível mudar”, reiteraram no final da entrevista em um grito coletivo. 

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Conheça as componentes do Juntas

Jô Cavalcanti, ambulante – Trabalhadora do comércio informal por escolha própria há seis anos. A decisão foi tomada por não achar justo o sistema patronal. Hoje, está na frente da luta dos ambulantes e também é integrante do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). Acredita que as pessoas que compõem os dois segmentos são criminalizadas e que a pauta do trabalho e da moradia não é respeitada. Morou na comunidade dos Coelhos, na área central do Recife, e contou que viu de perto o que é morar na beira da maré.  Jô luta por representatividade. “Porque não tem ninguém que fale pelo comerciante informal e lá dentro [Alepe] não tem ninguém que veja a pauta da moradia como uma pauta humana. É tanta gente sem casa e tanta casa sem gente e, por isso que eu venho nesse projeto coletivo, horizontal porque eu acredito que um sonho só a gente não consegue nada, mas um sonho coletivo a gente pode conseguir muita coisa”.

Kátia Cunha, professora – Defensora da luta da classe dos professores, em 2017,  ela teve uma votação expressiva quando pleiteou o comando do Sindicato dos Profissionais de Educação em Pernambuco ao entender que o espaço precisava ser oxigenada por ter, há 27 anos, a mesma força política. Kátia também preside o diretório municipal do PSOL de Igarassu, no litoral norte do estado. Ela afirmou que a Juntas é formada por mulheres determinadas e com muita vontade de fazer a política realmente fazer dentro do estado de Pernambuco. “Resolvi emprestar meu corpo, meu nome, minha cara para bater”, ressaltou.

Robeyoncé Lima, advogada – Nascida e criada na periferia do Recife, na comunidade do Alto da Santa Terezinha, ela é a primeira advogada trans em Pernambuco. Apaixonada por dança e técnica administrativa na Universidade Federal de Pernambuco, sua militância iniciou no movimento estudantil. Também é componente das comissões de Direito da Família e de Diversidade Sexual e de Gênero. Robe, como é mais conhecida, acredita em um mundo mais justo. “Quando eu me formo e me torno a primeira advogada trans em Pernambuco, eu trago essa militância para fora da faculdade. A gente tenta participar nesse sentido para fazer um mundo mais justo de alguma forma. Estou nessa questão da política por ter consciência do ser político que a gente é, da capacidade de renovar e inovar a política”. 

Carol Vergolino, produtora audiovisual – Acredita que o cinema e a TV são “arma de luta” em prol da sociedade. É integrante do movimento Partida, que tem como foco a inserção de mais mulheres no poder público. Carol também luta por muitos direitos. “A gente acredita que a retomada da democracia tem que ser a partir do feminismo. Quando a mulher puder andar na rua sem medo, puder deixar na creche, quando ela parar de chorar pelos filhos mortos, o mundo vai ser melhor não só para as mulheres, mas para todo mundo”.

Joelma Carla, estudante de Letras – Se candidatou ao cargo de vereadora do município de Surubim, aos 18 anos, por acreditar que faltava representatividade na Casa. Estudante de Letras, na Universidade Federal Rural de Pernambuco, e aluna de um curso técnico de biblioteconomia, ela acredita que esse é o espaço que a juventude tem que estar. “Temos que ocupar todos os espaços necessários e construir essa política pública da juventude e estamos aqui para isso: uma construção juntas”.  


O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta sexta-feira, 8, o deputado federal João Rodrigues (PSD-SC), preso desde fevereiro no Centro de Detenção Provisória no Complexo da Papuda, a exercer seu mandato na Câmara dos Deputados.

João Rodrigues foi condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) a cinco anos e três meses em regime semiaberto em 2009. O deputado foi acusado por fraude e por dispensa irregular de licitação.

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Os crimes ocorreram, segundo a Justiça, em 1999, quando o parlamentar era prefeito interino de Pinhalzinho, município do oeste de Santa Catarina. Segundo a denúncia do Núcleo de Ações Originárias (Naor), da Procuradoria Regional da República da 4ª Região, houve irregularidade na compra de uma retroescavadeira de R$ 60 mil.

O caso perderia a validade em fevereiro. A Procuradoria-Geral da República (PGR), então, pediu que a pena fosse cumprida imediatamente em dezembro do ano passado. Em fevereiro, a Primeira Turma do Supremo rejeitou recurso da defesa do deputado, que pedia revisão da condenação do TRF-4. Por 3 a 2, a turma decretou o cumprimento imediato da pena de cinco anos e três meses de detenção, em regime semiaberto.

Com a decisão, o deputado está autorizado a trabalhar na Câmara durante o dia, retornando à noite para a Papuda. A defesa comemorou a decisão e disse que o parlamentar voltará às atividades já na segunda-feira.

Durante um encontro com jornalistas para fazer um balanço do seu mandato, o senador Humberto Costa (PT) disse que tinha orgulho de ser um dos políticos mais influentes do país. O encontro aconteceu, no Recife, nesta quinta-feira (31), em um restaurante localizado no bairro da Encruzilhada. "Tenho muito orgulho de dizer que durante todo o meu mandato estive entre os mais influentes do país, segundo alguns conceituados rankings político", ressaltou.

O líder da oposição no Senado também salientou que vem realizando um trabalho em prol do povo pernambucano e em defesa do trabalhador. Ele garantiu que desde que assumiu o cargo no Congresso já destinou R$ 112 milhões em emendas para obras estruturadoras. “Tenho sempre buscado exercer meu mandato de forma transparente e realizando uma prestação de contas de tudo que eu tenho feito no Senado, de forma periódica. E hoje estamos fazendo mais uma ação neste sentindo

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O petista ainda apresentou aos jornalistas uma revista eletrônica produzida pelo mandato, publicada em suas redes sociais. No documento, o senador divide a sua atuação em diversos eixos como saúde, educação, investimentos em Pernambuco, a sua atuação em defesa de Lula e Dilma, entre outros pontos.

O senador pernambucano Humberto Costa (PT) vai comandar um encontro, nesta quinta-feira (31), para fazer um balanço sobre o seu mandato no Congresso Nacional. Ferrenho defensor do ex-presidente Lula, a atuação do líder da oposição no Senado divide opiniões. O encontro com a imprensa pernambucana será realizado, no Recife, no Restaurante Reteteu, a partir das 12h, que fica localizado na Encruzilhada. 

Humberto tem reforçado as críticas ao presidente Michel Temer (MDB) chegando até mesmo a dizer que o “governo é podre”. Ele também acreditou em uma possível renúncia do emedebista, o que não aconteceu. 

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No plano estadual, o senador tem dito que a melhor forma de combater as candidaturas que representam o projeto de Temer em Pernambuco é se alinhando ao PSB. “É hora de deixarmos de lado as divergências, o radicalismo e os personalismos para convergirmos a um objetivo comum, que é derrotar a agenda do governo Temer. Em Pernambuco, é necessário reconhecer que o PSB e o governador Paulo Câmara tem feito gestos em favor dessa aliança com o PT”, argumentou recentemente. 

 

 

 

 

Os legisladores chineses acabaram formalmente com os limites do mandato para a presidência de Xi Jinping, abrindo caminho para um governo sem mandato definido do atual líder do país.

Dos 2.964 delegados que votaram sobre a matéria no Congresso Nacional do Povo neste domingo, 2.958 se declararam a favor de revogar um limite de 10 anos para mandatos presidenciais, juntamente com uma série de outras mudanças constitucionais visando consolidar o poder de Jinping e do Partido Comunista na China. Houve dois dissidentes, três abstenções e um voto inválido, disse um funcionário do congresso.

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A votação acabou com uma regra de 35 anos implementada após a morte de Mao Zedong em 1976, cujo governo autocrático foi marcado por desastres políticos e violência nas disputas por poder. As emendas constitucionais requerem aprovação de pelo menos dois terços dos delegados do Congresso.

A mudança fortalece a posição de Jinping como o do chefe do partido e da comissão militar - mais poderosas não sujeitas a limites formais. Funcionários e delegados dizem que o objetivo é fortalecer as salvaguardas constitucionais para a autoridade do partido e "liderança centralizada e unificada" sob o presidente.

Outras alterações aprovadas no domingo incluem a adição de uma referência à teoria política defendida pelo presidente, uma cláusula que afirma o papel principal do Partido Comunista no governo da China e provisões para uma nova agência anticorrupção que expande o controle partidário de todos os servidores públicos.

O congresso deve eleger Jinping para um segundo mandato presidencial na próxima semana. Os legisladores também devem aprovar um plano de reestruturação do governo destinado a expandir o controle partidário das agências estatais e fortalecer o controle do líder em todas as esferas.

A votação de hoje apresentou o menor número de dissensões e abstenções nas cinco vezes em que o congresso aprovou as revisões da constituição da China, promulgada em 1982. Em 2004, as alterações foram aprovadas com 10 dissidências e 17 abstenções registradas entre 2.890 votos válidos. Fonte: Dow Jones Newswires.

A legislação eleitoral diz que só é possível mudar de partido, sem risco de perder o mandato, quando houver incorporação ou fusão do partido; criação de novo partido; desvio no programa partidário ou grave discriminação pessoal. Mas, em 2015, o Congresso incorporou a possibilidade de desfiliação, sem justificativa, durante a janela em ano eleitoral. Se o parlamentar se desfilia do partido fora do período da janela, sem justa causa, a legenda pode recorrer à Justiça Eleitoral e pedir a perda do mandato por infidelidade partidária, pois o entendimento é que o mandato pertence ao partido, e não ao eleito. 

Na hora de escolher um novo partido, o analista político do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Antônio Augusto de Queiroz, avalia que os parlamentares levam em conta três fatores: um deles é o valor que o partido oferecerá do fundo eleitoral - principal fonte de financiamento das legendas - ao candidato para custear a campanha. Com as mudanças trazidas pela reforma política, o candidato à Câmara dos Deputados poderá gastar, no máximo, R$ 2,5 milhões.

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Outro atrativo é o tempo de rádio e TV que o candidato poderá ter para a propaganda eleitoral. Quanto mais filiados a sigla têm, mais tempo de propaganda. Outro fator de peso, em alguns casos, para a mudança é o domínio do diretório estadual. Segundo Antônio Augusto, com menos verba e menos tempo de TV, filiados, sem mandato, têm poucas chances de se tornarem conhecidos e conseguirem sucesso nas urnas, o que pode dificultar a renovação na Câmara.

A troca de legendas durante a janela, contudo, não altera a distribuição do dinheiro do Fundo Partidário, nem o tempo de propaganda nas rádios e TVs de cada legenda. A única exceção é se os deputados mudarem para um partido recém-criado.

No primeiro dia da janela, pelo menos 15 deputados trocaram de partido. Na lista estão, por exemplo, os deputados do Rio de Janeiro Jair Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro, que deixaram o PSC e foram para o PSL; Sérgio Zveiter que saiu do Podemos para o Democratas; e delegado Francischini (PR), que deixou o Solidariedade também para o PSL.

Um dos partidos que mais recebeu novos integrantes foi o Democratas, que ganhou mais quatro deputados federais, aumentando a bancada de 33 para 37 cadeiras, conforme informado na quinta-feira. O presidente da sigla, ACM Neto, espera mais filiações nos próximos dias.  “Vamos ter mais, até o dia 7 de abril, vamos ter muitas filiações. Alguns ainda estão fazendo entendimentos finais. Nossa meta é ficar na casa dos 40 deputados", disse à Rádio Nacional. 

O líder do governo, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), avalia que a base não deve perder muitos aliados. "Temos acompanhado, lógico, e eu estou vendo que os partidos da base estão se saindo bem nesse movimento. Agora, é cedo para dizer, mas a nossa expectativa é que nós tenhamos na base um saldo positivo".

O líder do PSDB na Câmara, deputado Nilson Leitão (MT), defende que os políticos não mudem somente por questões financeiras. O partido trabalha para manter os 46 deputados na Câmara dos Deputados. Atualmente, a sigla é a terceira maior da Casa, atrás de MDB e PT. “As mudanças de partido são legais, mas acaba denegrindo ainda mais a classe política que busca no financeiro a sua prioridade. Não tem problema nenhum, mas que isso fosse somado com a programação, ideias, estatuto. Como alguém pode estar na dúvida entre dois ou três partidos que são totalmente antagônicos na sua ideologia? É necessário, pelo menos, que se mantenham dentro de uma linha programática dos partidos e não do financeiro”, ressaltou Leitão à Agência Brasil.

* Colaboraram Heloísa Cristaldo, da Agência Brasil; Renato Aguiar, da TV Brasil; e Lucas Pordeus León, da Rádio Nacional

O Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) acatou, nesta segunda-feira (22), o recurso apresentado pelo prefeito de Paulista, Júnior Matuto (PSB), e seu vice, Jorge Carreiro (PCdoB), contra a decisão do juiz da 12ª Zona Eleitoral, Leonardo Asfora, que determina a impugnação dos mandatos deles.  A decisão foi por unanimidade, uma vez que todos os desembargadores acompanharam o voto do relator Alexandre Figueiredo Pimentel. A sentença foi anulada por "ferir a coisa julgada". Com isso, Júnior Matuto se mantém no cargo de prefeito. 

O juiz eleitoral Leonardo Asfora considerou que houve abuso de poder econômico da chapa comandada pelos dois durante a eleição de 2016, quando foram reeleitos e declarou os dois inelegíveis por oito anos.

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Em junho de 2017 quando proferiu sua decisão, ele também argumentou que “houve, sim, utilização de verba não contabilizada, de forma sistemática, e em valores considerados” na campanha, fato que caracteriza abuso de poder econômico, “uma vez que maculou a lisura do pleito eleitoral, trazendo desequilíbrio natural aos demais candidatos”.  

Na ocasião, Junior Matuto disse em nota que a decisão do juiz é “sem fundamento” e justificou que a sua prestação de contas, base para a ação judicial, já havia sido aprovada pelo TRE. O prefeito de Paulista foi reeleito em outubro de 2016 com 47,70% dos votos válidos. 

O vereador Romero Albuquerque (PP) não vai perder o mandato de vereador do Recife mesmo após ter sido condenado, em primeira instância, por abuso de poder econômico e dos meios de comunicação na campanha eleitoral de 2016. Nesta segunda (18), o pleno do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) acatou o recurso do vereador. 

Com ressalva do presidente do tribunal, Luiz Carlos Figueirêdo, os desembargadores entenderam que no ordenamento jurídico não há a precisão que o ilícito cometido por Romero seja punido com cassação. Por sua vez, Figueirêdo entendeu que o então candidato se beneficiou, na época, de um mecanismo ilegal para divulgar sua campanha. 

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Em entrevista ao LeiaJá, o vereador já havia garantido que não tinha cometido nenhuma ilegalidade e que estava sendo penalizado por algo que não fez. “É um sentimento ruim, é triste a gente ser penalizado por algo que a gente não fez. O sentimento é também de que aconteceu uma injustiça porque estou sendo penalizado por algo que eu não fiz”, chegou a dizer na ocasião. 

Seria o sonho de qualquer político, que pretende alçar voos mais altos, sair de um cargo de deputado estadual para, em seguida, assumir uma vaga no Senado Federal. Sonho distante para muitos, mas não para o deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSC). Em um levantamento encomendado pelo PMDB e divulgado pela revista Época, o filho do pré-candidato a presidente da República Jair Bolsonaro (PSC) lidera como favorito para ser senador pelo Rio de Janeiro.

De acordo com a reportagem, o resultado da sondagem desagradou em muito alguns senadores como Lindbergh Farias (PT), que ficou atrás dele no estudo. Na sua página do Facebook, Flávio foi discreto, mas comemorou o feito. “Fico honrado com a confiança de todos”, agradeceu. 

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Diversos internautas se posicionaram a favor do resultado da pesquisa. “Família Bolsonaro teria que assumir a presidência da República, o Governo do Rio de Janeiro, o Senado e a prefeitura do Rio também. Tem o meu voto”, escreveu um internauta. “Carlos Bolsonaro para deputado federal, Flávio Bolsonaro senador pelo Rio, Eduardo Bolsonaro para senador por São Paulo e o pai para presidente”, apoiou outro. 

A família Bolsonaro está em evidência no cenário político brasileiro, principalmente, quando se trata da eleição do próximo ano. Jair Bolsonaro, também em pesquisas, já apareceu empatado com o ex-presidente Lula no que diz respeito a corrida eleitoral à Presidência da República. Bolsonaro já está no sétimo mandato consecutivo na Câmara dos Deputados. 

 

Neto, filho e sobrinho de político, o vereador mais jovem do Recife, Rodrigo Coutinho (SD), chama atenção também por aparentar pouca idade, mas afirma que sabe lidar muito bem com os “pré-conceitos”. Eleito aos 23 anos, Coutinho é eloquente ao falar e garante que a decisão de entrar na política foi “absolutamente pessoal”. “Eu acredito que entrar na política foi uma decisão acertada. Foi uma decisão que muito soma, hoje, na minha vida e eu estou tentando agarrar e me dedicar exclusivamente para essa oportunidade que os recifenses me deram: a de poder representá-los na Câmara dos Vereadores do Recife”, declarou. 

Em entrevista concedida ao LeiaJá, nesta terça-feira (24), o filho do deputado federal Augusto Coutinho (SD) disse que teve que enfrentar algumas dificuldades na famílias para ingressar na política. “A minha mãe também viveu muito tempo na política e queria muito que eu partisse para a iniciativa privada, onde trabalhei uns três anos e meios. Essa era a vontade dela para com a minha atividade profissional, mas sempre desde pequeno andei com o meu pai e percorri várias e varias comunidades. Já tive prazer de encontrar com lideranças antigas que chegavam a mostrar fotos minhas com a liderança quando eu era criança com seis, sete anos”, recordou.

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Coutinho ressaltou que não se preocupa com as críticas impostas por ser filho de político. “Generalizar é ruim. A política já vive um momento bastante delicado. Muitas pessoas sequer querem ouvir falar de político, mas na minha concepção não é porque o pai é político que o filho não pode ser um bom político. Não é porque o pai é médico que o filho não pode ser um bom médico. Você tem o bom e o mau em todos os segmentos da sociedade”.

“Você chega à igreja, que é um lugar de louvor, um lugar de se conversar sobre fé, você tem o bom padre, o bom pastor, o bom cristão, mas você tem o mau padre, o mau pastor, o mau cristão, que vez ou outra aparece nos noticiários envolvidos em alguns escândalos. Você chega no hospital, local de salvar vidas, você encontra o bom médico mas também o mau médico. Na política não é diferente, você tem o mau político, mas você também tem o bom político, sobretudo os que querem fazer da política uma ferramenta de fazer o bem coletivo em detrimento do bem pessoal. É nisso que eu acredito”, ressaltou. 

Carreira própria 

Rodrigo Coutinho afirmou que a sua família "muito o honra" e serve como referência, mas que quer construir a sua própria história. “A partir do momento que eu obtive o meu mandato eletivo, eu quero construir a minha própria história mostrando, de fato, a minha atuação parlamentar sempre guiado com a referência da minha família. Eu entrei na câmara com 23 anos e, em alguns momentos, algumas pessoas já tem uma impressão sobre isso, mas a gente tem lidado bastante bem com essa questão porque temos mostrado trabalho. Já aprovamos projetos importantes para o Recife. Temos entrado em discussões de suma importância e contamos com um mandato muito participativo”.

Coutinho conseguiu, em seu primeiro mandato, aprovar três projetos no plenário da Câmara. Um deles já foi sancionado pelo prefeito Geraldo Julio (PSB), que visou homenagear o padre falecido José Edwaldo Gomes, que foi pároco do bairro de Casa Forte durante 47 anos, dando nome a uma das ruas em frente à Igreja de Casa Forte. “Foi o primeiro projeto importante aprovado por tratar-se de uma personalidade muito forte que teve um grande trabalho social”, comemorou. 

Outra proposta aprovada é levar artes marciais para as escolas municipais do Recife, desde o ensino básico, com a condição de que o colégio tenha a condição de aportar esse tipo de atividade. Ao entender dele, “o esporte é uma importante ferramenta para o desenvolvimento acadêmico pessoal e, às vezes, até profissional da criança e do adolescente”. 

Mais uma proposta em andamento na Casa José Mariano se refere aos direitos do consumidor. Estabelecimentos e outros locais serão obrigados a colocarem cartazes que irão conter os dez principais direitos do consumidor. “Uma parte da população não tinha noção sobre os seus direitos. Com esse projeto aprovado, vamos poder dar mais acesso à informação aos consumidores e transparência. Tudo foi alinhado com o Procon do Estado de Pernambuco, que recebia muitas reclamações e indagações do povo”. 

Ele citou um dos direitos. “Um cliente deve ser restituído em dobro quando ele é cobrado indevidamente. Então, se você está em um restaurante e você consumiu uma coca e o restaurante cobrou duas, você tem o direito de ser restituído pelo valor das duas cocas, digamos assim”, explicou. 

O vereador também foi a favor da criação da Frente Parlamentar em Defesa da Cidadania LGBT. “Em uma casa democrática você tem que dar voz a todas as frentes que sejam criadas no Recife para poder defender todos os segmentos. Então, a frente LGBT defende um segmento que precisa ter toda a atenção de nós vereadores, sobretudo para os que tenham essa opção sexual possam lutar pelos seus direitos. Acho que é muito importante”, defendeu. 

Pacto Federativo

O vereador contou que esteve em Brasília, recentemente, se reunindo com alguns prefeitos que questionaram sobre uma modificação no Pacto Federativo. “Porque hoje as prefeituras elas estão ainda muito reféns do Governo Federal e isso complica a gestão. A gestão fica subserviente ao Governo Federal, o que acaba com que os prefeitos tenham que usar muito da política para ter acesso ao recurso, para poder ter acesso a educação, saúde e todas as necessidades básicas. É um ponto que, na minha visão, o Brasil tem que melhorar e resolver o quanto antes a questão do Pacto Federativo para que as prefeituras, principalmente, as menores possam ter condições melhores de gestão”.

Sobre a avaliação de como se encontra a cidade do Recife, Coutinho ressaltou que o prefeito vive “uma realidade difícil” como vários outros gestores com a crise atingindo 14 milhões de pessoas. “Tem sido um calo muito grande para o Recife e para o prefeito de um modo geral, mas que tem mantido a questão da folha de pagamento em dia. Há uma dificuldade de atrair investimentos pelo momento que o país. É uma questão muito complicada”, lamentou. 

Jovens na política 

Coutinho acredita que quanto mais jovens na política para dar “uma reciclada” será melhor. “Porque dá uma oxigenada na política e, na minha concepção, é melhor. Não basta o jovem estar em casa, na faculdade ou em qualquer outro lugar criticando simplesmente e não agir de forma direta ou indireta para tentar melhorar o país, o estado e a cidade. Eu acho que os jovens sempre tiveram participação importantíssima na história do Brasil, de Pernambuco e do Recife com movimentos estudantis e vários outros segmentos em que os jovens se manifestam em prol de um objetivo”. 

Seu intuito é mobilizar cada vez mais jovens e pessoas na construção do Recife e pensa no futuro. “Eu hoje quero terminar o meu mandato. Em política, várias e várias coisas podem acontecer, mas agora estou com o objetivo de fato de terminar meu mandato como vereador do Recife. Também estou terminando a faculdade de Engenharia Civil e quero continuar mobilizando todas as pessoas para mostrar o trabalho que venho fazendo dentro do Recife para poder me reeleger em 2020”, confessou. 

 

Após o senador Aécio Neves (PSDB) sair vitorioso na votação da Casa, podendo reassumir o seu mandato, o também senador Lindbergh Farias (PT) protestou. Ele disse que, se fosse com um petista, o resultado seria diferente. “A gente fica vendo o grau de seletividade que existe neste país. Quando é contra alguém nosso, da esquerda, ligado ao PT, é um escândalo”, criticou. 

Lindbergh também falou que houve uma mobilização gigantesca da base do governo para dar a vitória ao tucano. “Para eles, não tem nada. Malas de dinheiro não significam nada. Em nenhum dos dois casos: no caso de Aécio, ele pediu R$ 2 milhões, a Polícia Federal fez o monitoramento entregando R$ 500 mil para o primo dele. O do Temer a mesma coisa: foram R$ 500 mil para Rocha Loures [ex-deputado federal], impressionante". 

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O parlametar ressaltou que contra o ex-presidente Lula vale tudo. “Vale condenar sem provas, não é o caso de Aécio Neves e o caso do Temer porque eles estiveram juntos. Estou querendo registrar isso aqui. A seletividade como eles estão se protegendo em uma articulação gigantesca aqui dentro e vão tentar salvar o mandato do Temer. Eu quero trazer aqui o meu mais veemente o meu protesto”, reiterou.

Imagina uma menina aos 13 anos de idade, na pré-adolescência onde os anseios, medos e desejos estão à flor da pele, ter os membros superiores e inferiores amputados em face de negligência da rede pública de saúde? O caso aconteceu com a hoje deputada estadual Thaise Guedes (PMDB), 30 anos, após contrair na época meningite meningocócica. 

A alagoana transformou o que poderia ser tristeza, dor e sentimento de pena em coragem para buscar a superação. E conseguiu. Em 2008, com apenas 21 anos, ela se candidatou vereadora por Maceió pelo PSC. Era o primeiro grande trunfo: conquistou a vaga na Câmara Municipal. Após essa fase, decidir alçar um voo maior provando que as dificuldades não foram empecilhos para conseguir mais vitórias. Em 2010, disputou uma vaga na Assembleia Legislativa de Alagoas sendo a mais jovem deputada da Casa. 

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Antes mesmo de entrar na carreira política, Thaise já havia decidido vencer. Em 2006, chegou a viajar para a Alemanha onde trabalhou como modelo fotográfica para uma agência. Ela é casada, mãe de uma menina, e sempre demonstra seu amor pela família e pela vida com frases de agradecimento em suas redes sociais. 

Ao completar 30 anos, no mês passado, a deputada disse que nunca se sentiu tão forte e feliz como agora. Se definiu como uma mulher abençoada, grata e realizada. “A vida é incrível quando amamos e tememos a Deus. Só posso agradecer todo o amor e carinho que sinto. Nunca me senti tão querida, tão amada, completa, respeitada, tão forte e feliz”. 

Para os que não entendem como ela consegue se superar a cada dia, Thaise Guedes declarou que a vida é feita de escolhas. “Eu fiz as minhas. Escolhi ser o melhor de mim, a minha melhor versão. Gratidão por quem me tornei e pela mulher que hoje sou: livre, forte, cheia de fé, apaixonada pela vida, mãe essencialmente, mulher romântica que ainda acredita que o amor pode transformar o mundo e nossos mundos, embora não saiba quando. Eu sou a minha melhor personagem da vida, meu melhor modelo de superação”, frisou. 

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Atualmente, no segundo mandato, Thaise é exemplo na classe política, que anda tão desacreditada por parte da população com os últimos acontecimentos no país. A parlamentar tem uma forte atuação com as pessoas mais carentes e com deficiência física. Por ter viver na pele, ela usa seu mandato para contribuir com a melhoria da qualidade de vida dessa classe. As doações de cadeira de roda, de banho e par de muletas com o apoio de parceiros são constantes e as entregas são feitas pessoalmente. 

Thaise garantiu que é impossível definir o que sente em cada doação. “A cada emocionante relato, impossível explicar o sentimento que toma conta de mim e da nossa equipe. A cada novo encontro, a certeza que nada é em vão e eu sigo cada dia mais fortalecida em fazer mais e melhor. Hoje à noite eu só quero agradecer”, escreveu recentemente em seu Instagram. 

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