Tópicos | movimentos

O Ibovespa acelerou o ritmo de queda na última hora do pregão desta quarta-feira, 28, largando de vez o patamar dos 86 mil pontos em torno do qual ficou oscilando na maior parte da sessão de negócios. O movimento espelhou o mau humor vindo de seus pares em Wall Street, cujos índices foram pressionados pelo sentimento de cautela dos investidores diante da divulgação, nesta sexta-feira, de dados sobre gastos de consumo e mais um depoimento do novo presidente dos Estados Unidos, Jerome Powell.

O índice à vista encerrou em baixa de 1,82%, aos 85.353,59 pontos. Com as perdas de hoje, o Ibovespa ainda encerrou fevereiro com uma valorização de 0,52% e acumula alta de 11,72% em 2018. Em todo ano passado, o porcentual de valorização foi de 26,8%.

##RECOMENDA##

Na maior parte do dia, as commodities ditaram o movimento de perdas lá fora com influência no mercado acionário doméstico. O recuo tanto do minério de ferro quanto do petróleo infringiu perdas para os papéis de empresas correlatas.

O minério de ferro, com o preço recuando mais para perto dos US$ 76 a tonelada no porto de Qingdao, na China, arrastou as principais mineradoras em Londres e, por aqui, a Vale. Os papéis da mineradora brasileira, em baixa durante todo o dia, aceleraram a queda quase no fim do pregão em meio a notícias de que a companhia prepara uma oferta subsequente (follow on) para a venda da fatia que o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, Previ, detém na empresa.

"Hoje foi aquele dia sem agenda relevante do ponto de vista nacional e quem vem, de fato, puxando o mercado são os ativos como da Vale, que seguiu as mineradoras lá fora", notou Roberto Indech, analista-chefe da Rico Corretora.

No meio do dia as cotações do petróleo aprofundaram perdas amparadas nos dados do relatório de estoques da commodity, de gasolina e a produção do Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) nos Estados Unidos, que aumentaram acima da previsão dos analistas. Única das blue chips em alta desde o início do pregão, naquele momento, as ações da Petrobras passaram a operar no negativo e ajudaram, juntamente com o setor financeiro, a ampliar as perdas do Ibovespa.

Movimentos como RenovaBR, Agora!, Vem Pra Rua, Frente Favela Brasil, Livres e outros preparam um encontro unificado com o apresentador Luciano Huck para um "debate sobre a renovação da política nacional". A reunião está prevista para a próxima semana, em São Paulo, e na prática deverá significar mais um estímulo ao projeto presidencial de Huck.

O apresentador, que chegou a anunciar em novembro do ano passado que não seria candidato, voltou a considerar a hipótese e nos últimos dias intensificou consultas com políticos e representantes do setor econômico.

##RECOMENDA##

Huck é um membro efetivo do RenovaBR e do Agora!. A nova movimentação do apresentador aumentou as expectativas nestes e em outros grupos, que já consideram que hoje há mais chances de Huck aceitar entrar na disputa pelo Palácio do Planalto do que o contrário.

Os movimentos redigiram a versão inicial de uma carta-convite para o encontro com o apresentador da TV Globo. O texto, ao qual o jornal O Estado de S. Paulo teve acesso, fala em "janela de oportunidade propícia à renovação" e afirma que "a mudança começa com novos personagens comprometidos em construí-la".

"Já estamos vendo as sementes da mudança nascer. São milhares de novos nomes e movimentos que se lançam para participar da vida pública e que serão testados democraticamente na ruas", diz a carta. "É com esse espírito que convidamos o empresário e apresentador Luciano Huck para um debate. Seja ele candidato ou não, Luciano será uma peça importante no debate sobre a renovação da política nacional."

A carta termina destacando que "esse encontro não significa um apoio dos grupos e sim um convite para o debate democrático". A ressalva atende à diversidade partidária que compõe os movimentos.

Para o apresentador, a identidade com os grupos é essencial para consolidar a imagem de novo na política. "Como ele já afirmou, os movimentos cívicos são parte fundamental do processo de renovação política. E contribuirá, como puder, para fortalecê-los", disse a assessoria de Huck.

Suprapartidários

Há, porém, entre os grupos o receio de que o encontro se transforme em uma "chancela" à candidatura Huck. "Estamos interessados em ouvir todos os candidatos. Um encontro não pode ser entendido como um apoio", disse Pedro Henrique Cristo, coordenador do Movimento Brasil 21.

O movimento Acredito, por exemplo, ainda não endossou a carta. "Estamos mais preocupados com a candidatura ao Legislativo e em respeitar a diversidade partidária dos nossos componentes", afirmou o coordenador do movimento, Zé Frederico.

Um dos grupos que lideraram os atos pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, o Vem Pra Rua afirmou que o "movimento luta para que as eleições de 2018 promovam renovação na política nacional de forma qualitativa e está aberto a dialogar com outros nomes que defendam essa proposta". "O Vem Pra Rua esclarece ainda que não irá fornecer apoio político: o movimento é suprapartidário."

A possibilidade de Huck entrar na política e se candidatar voltou a ganhar força depois da confirmação da condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região, decisão que pode ter inviabilizado o nome de Lula na disputa pela Presidência.

Na semana passada, o apresentador jantou com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em São Paulo. Ele deverá manter contatos também com o deputado e presidente do PPS, Roberto Freire. A sigla tenta filiar Huck. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Apesar de o julgamento envolvendo Lula acontecer apenas na quarta-feira (24), em Porto Alegre, movimentos sociais já começaram a montar acampamento na cidade. A capital pernambucana também vai se juntar aos atos em favor do ex-presidente, nesta terça-feira (23), com a vigília nacional denominada “Eleição Sem Lula é Golpe”. A manifestação acontece a partir das 16h, na Praça Tiradentes, em frente ao Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5), no bairro do Recife. 

Petistas e grupos pró-Lula estão convocando o povo para participar das mobilizações. Nesta segunda-feira (22), a deputada estadual Teresa Leitão (PT) também fez o convite aos pernambucanos. “O que Lula quer é provar a sua inocência e é também o que querem milhões de brasileiros e brasileiros. Não deixe de ir. Nós vamos começar com um ato político- cultural, nos reunindo exigindo que a Justiça seja feita”, explicou. 

##RECOMENDA##

A deputada falou que todo o julgamento será acompanhado na rua. Está marcado, na quarta (24), um café da manhã que está sendo chamado de “Os inocentes com Lula”, que também acontece na Praça Tiradentes, a partir das 8h. “Ninguém pode ser condenado sem provas. E se não existem provas é porque não existe crime. Todo esse processo contra Lula está cheio de equívocos jurídicos e a Justiça não pode ser politicada nesse nível. Aqui, no Recife, conectado com todo o Brasil, nós vamos fazer esse grande ato em defesa de Lula, em defesa da democracia e pelo direito de Lula ser presidente”, reiterou Leitão. 

[@#galeria#@]

O Conselho Superior de Transporte Metropolitano se reúne, na tarde desta sexta (19), na tentativa de se regularizar para votar o aumento das passagens de ônibus. Um dos itens que compõe a decisão judicial que suspende o debate sobre o aumento da tarifa diz respeito ao fato de alguns membros estarem com o mandato vencido. 

##RECOMENDA##

Do lado de fora da Secretaria das Cidades, acompanhados por forte aparato policial, manifestantes protestam contra a falta de participação da sociedade civil no processo de discussão do reajuste. De acordo com o vereador Ivan Moraes (PSOL), dois novos conselheiros foram inclusos na organização, ambos representantes do governo do estado.

A proposta do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE) é de uma média de reajuste de 11,44%. Pela proposta da Urbana, o valor da tarifa do Anel A salta de R$ 3,20 para R$ 3,55 (10,94% de reajuste); o Anel B, de R$ 4,40 para R$ 4,90 (11,36%); Anel D, de R$ 3,45 para R$ 3,85 (11,59%); e Anel G, de R$ 2,10 para R$ 2,35 (11,90%).

O nome do apresentador Luciano Huck vez ou outra tem surgido como um dos cotados para disputar à Presidência da República. Nesse domingo (7), ele voltou a falar sobre o assunto, mas desta vez não negou a possibilidade de concorrer ao cargo, como fez no ano passado em um artigo publicado no jornal Folha de São Paulo. Ao ser entrevistado por Fausto Silva, no Domingão do Faustão, Huck disse que seria “covarde” se ficasse isento da política nacional este ano.

"Neste momento, agora, começo de janeiro, eu ainda acho que meu papel com esse microfone na mão aqui na TV Globo, na televisão, motivando as pessoas, talvez seja até mais importante do que estar lá [na Presidência]. Mas, eu vou participar, eu vou botar a mão na massa, eu quero ajudar e eu acredito muito no Brasil. Contem comigo para tentar melhorar essa bagunça geral aqui", declarou.

##RECOMENDA##

O apresentador disse, entretanto, que não é pretencioso para já se colocar como postulante ao cargo. "Minha missão esse ano é tentar motivar as pessoas a que votem com muita consciência e que a gente traga os amigos que estão a fim para ocupar a política, senão não vai ter solução. Eu nunca, jamais, vou ser o salvador da pátria e o que vai acontecer na minha vida eu também não sei... Então, o que o destino e o que Deus espera para mim, vou deixar rolar", salientou, dizendo que ama “estar todo sábado na televisão”.

Luciano Huck também falou que por sua descrença com os partidos políticos que, segundo ele, estariam "derretendo", optou por integrar movimentos cívicos como o Agora! e o RenovaBR. Os dois, segundo Huck, pregam a renovação política e a formação dos novos componentes da classe.

"É um movimento cívico de apoio a novas candidaturas. Você pega alguém que quer ser político, mas não tem grana, não tem estrutura. Não importa o que pensa. Pode ser monarquista, socialista, de direita, não importa. Ele vai entrar ali e vai ter um funil de ética, de correção, se ele passar por esse funil, é que nem um vestibular, sendo mais simplista, chega lá embaixo vai ter apoio, vai ter informação, vai ter formação", explicou.

O apresentador ainda observou que o  “único jeito de a gente resolver o país é somando”. "O que estou fazendo e vou continuar fazendo é mobilizar uma geração inteira, que não importa da onde vem, a classe social, o credo, a religião, a crença, se é de esquerda, de direita, eu não acredito mais nisso, eu acredito nas pontes, na construção. Eu não acredito mais na divisão, acredito só na soma, o único jeito de a gente resolver o País é somando", disse.

O combate ao conservadorismo político que se instala no país e a ampliação da democracia foram os motes de debates durante a Virada Política que acontece na Faculdade de Direito do Recife, na área central da capital pernambucana, neste sábado (11). Criada desde 2014, “para combater a polarização política do país”, é a primeira vez que a iniciativa é realizada no Recife. O encontro reúne movimentos e ativistas de diversos setores.

“Vivemos um processo de elitização da política e não temos o debaixo para cima acontecendo, ou seja, um político que se sinta povo ou o povo que se veja representado por um político. Aqui queremos debater isso, uma transformação que quebre paradigmas e a onda conservadora que se instala no país”, salientou Rodrigo Assis, um dos organizadores do evento e membro do Movimento Acredito e da Escola de Inovações Políticas e Públicas. 

##RECOMENDA##

Citando como exemplo de conservadorismo a ascensão de nomes como o do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC), que aparece nas pesquisas de intenções de votos para 2018 como o segundo mais citado, Rodrigo Assis disse que a sociedade não pode ser vencida pelo medo e a falta de diálogo na política. “O medo não pode vencer de maneira nenhuma o debate e o diálogo. Defendemos não um progressismo pelo progressismo, mas um olhar à frente mesmo baseado no diálogo da população com a política”, ponderou. 

Além do painel abordando a conjuntura política atual, outros debates foram norteados por temas como a construção de pensamento crítico e atuação política para juventude, além de corrupção e ações políticas nos bairros.

Trazendo à tona a construção de políticas nos bairros do Recife, a líder do Centro de Comunicação da Juventude (CCJ), Jéssica Vanessa, apresentou a iniciativa “Role nas quebradas” que visa ampliar a discussão do empoderamento da mulher negra e a expectativa desta população diante da conjuntura municipal em bairros como Peixinhos, Jardim São Paulo e Chão de Estrelas. 

“Nosso intuito é quebrar o silêncio que existe nessas comunidades através da comunicação e do debate político. Falta diálogo da gestão que administra a cidade com a população periférica, pois o Recife é pensado para as elites. Por exemplo, a LOA e o PPA não tem verba para a juventude, enquanto R$ 10 milhões é destinado para o gabinete do prefeito [Geraldo Julio -PSB]. Então em momentos como essa Virada Política e no dia a dia das comunidades nós queremos formar as pessoas e incentivar que elas tenham voz e possam ir à luta por mais democracia”, destacou. 

[@#galeria#@]

A Proposta de Emenda da Constituição (PEC) do distritão e do fundo público eleitoral está prevista para ser votada ainda nesta terça-feira, 22, sem ser consenso entre parlamentares, acadêmicos e entidades da chamada sociedade civil. O coletivo Nova Democracia reúne diferentes grupos surgidos nos últimos 12 meses com a proposta de oxigenar a política atual, hoje mergulhada em águas turvas, com uma agenda contrária à PEC. Na terça-feira passada, 15, a iniciativa lançou uma plataforma digital contra o distritão e o fundo bilionário, no qual o cidadão pode enviar e-mail para pressionar os parlamentares contra as medidas.

Em uma semana, cerca de 10,8 mil pessoas utilizaram a ferramenta. Formado pelo Agora!, Acredito, Quero Prévias, Bancada Ativista, Brasil 21 e Movimento Transparência, o Nova Democracia recebeu o apoio, nessa empreitada, de nove novas organizações: Avaaz, Congresso em Foco, Fundação Cidadania Inteligente, Instituto Ethos, Instituto de Tecnologia e Sociedade, Open Knowledge Brasil, Revista Construção, Renove e Transparência Internacional.

##RECOMENDA##

"Esta é uma forma de as pessoas se mobilizarem, agiram de alguma forma, para barrar o distritão e o fundo eleitoral. A gente entende que essas duas medidas juntas dão poder muito grande a um sistema, além de ser um valor muitíssimo alto", diz Marina Helou, administradora pública e uma das coordenadoras do ND. Outros pontos da reforma, como o fim de coligações e a cláusula de barreira (que, em tese, dificultariam as pretensões eleitorais desses novos grupos), não entraram na pauta do coletivo por falta de consenso entre os movimentos.

Conheça um pouco sobre o perfil dos seis grupos que formam o Nova Democracia:

Movimento Transparência Partidária (MTP) - Dentre seus principais objetivos, está a aprovação de leis que tornem os partidos mais transparentes na gestão de recursos (publicações digitais e acessíveis ao cidadão) e limitação dos mandatos de dirigentes. "Os partidos políticos prestam contas com pouca frequência e de maneira obsoleta - uma vez ao ano, em papel e sem qualquer padronização. Como são financiados majoritariamente por recursos públicos, consideramos que a transparência é uma contrapartida mínima que precisam oferecer à sociedade", diz Ricardo Martins, cientista social e coordenador do MTP.

Bancada Ativista - Apesar de seus integrantes se dispersarem em dois partidos, Rede e PSOL, eles evitam se classificar como de "esquerda". Suas pautas, segundo eles, são "progressista": direitos humanos, redução de desigualdades e preservação do meio ambiente. Eles conseguiram eleger Sâmia Bonfim pelo PSOL para a Câmara Municipal de São Paulo. O modelo de gestão do grupo é, como chamam, horizontal. Tudo é discutido em reuniões, até mesmo a esta entrevista, a que responderam por e-mail, em grupo.

"Somos um movimento totalmente independente e voluntário. Temos uma estrutura horizontal, com reuniões gerais quinzenais. Toda vez que surge um novo projeto ou ação, cria-se um grupo de trabalho para executar, sempre reportando avanços na reunião geral. Quando nossas ações têm custos, levantamos recursos entre os participantes ou buscamos via financiamento coletivo", afirma o texto. O grupo tem planos para 2018, mas ainda não há uma estratégia definida.

Quero Prévias - O movimento defende a realização de prévias "transpartidárias" para eleições, da qual participariam pré-candidatas e pré-candidatos ligados aos partidos de esquerda e centro-esquerda (e eventualmente lideranças sociais não necessariamente ligadas a partidos) que possam levar a uma "candidatura unificada para uma esquerda renovada", segundo o antropólogo Ricardo Taperman. O movimento costuma fazer uma reunião mensal, tendo já contado com a presença do vereador e segundo colocado nas eleições municipais do Rio, Marcelo Freixo (PSOL), e mesmo o ex-prefeito Fernando Haddad (PT-SP). Taperman acrescenta que o Quero Prévias não tem vínculo institucional com nenhum partido, mas vem dialogando com o PSOL, Rede, PT, PDT e PCdoB desde sua criação, no fim do ano passado, para apresentar a ideia da candidatura unificada. Atualmente, diz, há algumas iniciativas transpartidárias em andamento para candidaturas ao Legislativo, mas não cita nomes.

Acredito - Formado por um grupo de jovens, na maioria egressos de universidades no exterior, eles já começam a organizar apostas para o Legislativo do ano que vem. Bruno Soares, que acaba de chegar ao País de um mestrado na Universidade de Harvard (Estados Unidos), planeja se lançar nas municipais ou nacionais de 2020 ou 2022. "Com o preço e a complexidade das campanhas, é bom começar a planejar desde já", diz. O grupo, que hoje tem cerca de 50 participantes, já chegou a se comparar a um "MBL maduro", em referência ao grupo pró-impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, mas hoje tenta se distanciar dessa ideia. Tampouco se classificam como de esquerda ou direita: "Em alguns momentos, vamos ficar alinhados à esquerda, apoiando programas como o Bolsa Família, mas se formos discutir mensalidade de universidades públicas, estamos mais à direita, apoiando a cobrança", afirma Soares.

Eles são contrários ao distritão, "que favorece quem gerou a crise continuar se beneficiando dela", e são favoráveis à cláusula de barreira e ao fim das coligações. Segundo Bruno, o Acredito quer lançar ao menos um candidato por região do País e já tem iniciado as conversas com a Rede e o Livres (antigo PSL).

Agora! - O grupo nasceu de uma discussão entre dois amigos, Ilona Szabó, diretora-executiva do Instituto Igarapé, e o cientista político Leandro Machado. Eles selecionaram a dedo os 50 e poucos que hoje compõem o grupo. Tem uma cartilha de obrigações, como participação de reuniões e experiência em cargo público, em algum momento de suas carreiras - não necessariamente eletivo.

Questionado sobre posição ideológica, Machado diz que "essas nomenclaturas são tão velhas como se a gente perguntasse hoje se você prefere xerox ou mimeógrafo". Ele, que foi assessor da campanha de Marina Silva em 2010, diz que eles têm procurado conversar com partidos novos, "sem vícios e sem esqueletos no armário", como a Rede e o Novo.

"A gente nasce para não polarizar", diz Ilona. "Queremos atualizar o País e melhorar efetivamente a vida das pessoas. Fora do Brasil, buscamos inspiração no (Barack) Obama (ex-presidente dos Estados Unidos), (Justin) Trudeau (presidente do Canadá) e no Macron (presidente francês), no sentido da união nacional", completa. Ilona também é coordenadora da Comissão Global sobre Política de Drogas, que defende a descriminalização das drogas, e tem como membro o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

De acordo com ele, o grupo está formalizando uma agenda de pautas principais, como segurança pública, e vai apresentá-la para candidatos para as eleições do ano que vem.

Brasil 21 - Seu grupo de "experts", como são chamados, conta com o diretor-executivo do Banco Mundial, Otaviano Canuto, tenta conciliar políticas inclusivas, tecnológicas, com união dos movimentos. "A questão mais urgente é impedir o distritão e o fundo bilionário. O que pode ser definido com essa amostra péssima que a gente tem de Congresso pode tem impacto nos próximos 50 anos", afirma Pedro Henrique XX, um dos fundadores do Brasil 21.

Do interior da Bahia, Pedro ficou quase dez anos indo e vindo de países latino-americanos, africanos, para o Morro do Vidigal, no Rio, e Harvard, a universidade nos Estados Unidos. Ele bolou um conceito novo de escola e recebeu bolsa da universidade norte-americana para desenvolvê-lo na comunidade e em outros países.

De volta no Brasil, ele se instalou em São Paulo e se juntou a um grupo de jovens para formular o "movimento humanista", como chama. "O que achamos que tem que mudar é essa cultura política do 'PT tem que ganhar' e 'PSDB tem que perder', ou vice versa, e deixar tudo cair na mão do PMDB. Precisamos criar uma agenda de consenso que possa equilibrar o social e o econômico", afirmou. Rede, PSOL e Novo são os partidos que eles têm dialogado mais sobre o ano que vem. De Eduardo Suplicy (vereador, PT-SP) a Raquel Lyra (prefeita de Caruaru, do PSDB), eles têm tentado manter portas abertas para diálogos sobre as eleições.

Um movimento que pretende discutir o futuro da esquerda no País lançou nesta segunda-feira, 14, o site Vamos!, que, segundo os organizadores, tem como objetivo horizontalizar a discussão e permitir debates abertos à população. Articulado pela Frente Povo Sem Medo e com a participação de nomes tradicionais do PT, do PSOL e da Central Única dos Trabalhadores (CUT), o projeto passou a contar com "pessoas ligadas" ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva após exclusão de petista no debate.

"Participarão várias pessoas do PT, inclusive ligadas ao presidente Lula. O debate será amplo e contemplará diversas posições políticas", disse Guilherme Boulos, do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), que faz parte da frente. Questionado sobre a participação direta do petista, Boulos não respondeu.

##RECOMENDA##

Segundo a assessoria do ex-presidente, a participação do movimento não está hoje na sua agenda, "que vai começar a caravana pelo Nordeste na próxima quinta-feira".

O Vamos! prevê três meses de debates, transmitidos pela internet e com participação do público por meio do site. O primeiro será em São Paulo, no próximo dia 26, mas estão previstos encontros no Rio de Janeiro (21-09), Porto Alegre (30-09), Fortaleza (07-10), Belém (28-10), Belo Horizonte (11-11) e Recife (25-11). Boulos afirma, porém, que as eleições em 2018 não estarão em pauta.

"A Frente Povo Sem Medo reúne movimentos de diversas posições políticas e que, possivelmente, vão ter posições diferentes para 2018. Esse debate não está sendo pautado pela agenda eleitoral", disse Boulos, que afirmou que o grupo não tem um nome para apoiar durante o pleito. "Existe uma indefinição muito grande, principalmente pela tentativa ilegítima de tirar o ex-presidente Lula da disputa no tapetão do Judiciário".

Do PSOL, o projeto espera contar com a participação do deputado estadual Marcelo Freixo (RJ) e do deputado federal Chico Alencar (RJ); já do PT está prevista a participação do senador Lindbergh Farias (RJ) e do ex-ministro Alexandre Padilha. Vagner Freitas, presidente da CUT, também é aguardado pela organização, assim como representantes do Podemos, partido espanhol, e do bloco de esquerda de Portugal.

"Não há nada sobre autocrítica (da esquerda). Cabe uma discussão sobre o futuro, muito mais do que uma discussão sobre o passado", explica Boulos.

Segundo a organização, o movimento vai trabalhar em cinco frentes: democratização da economia, democratização da política e do poder, território e meio ambiente, questões negras, feministas e LGBT, e comunicação e cultura.

"O movimento é para fazer um amplo debate sobre os próximos passos do campo progressista e para debater um programa para o Brasil. Vão participar movimentos sociais, de redes sociais e pessoas de partidos. Mas o convite não é necessariamente a partidos", disse Pablo Capilé, do Mídia Ninja.

A formação de um partido a partir do movimento, segundo Boulos e Capilé, ainda não está em pauta. Em pauta no Congresso, a possibilidade de candidaturas avulsas, isto é, independentes de partidos, poderá ser discutida, mas os organizadores dizem que não há uma definição sobre o tema. "Vai ter um debate, já que um dos eixos é a democratização da política. Isso pode aparecer ou não", disse Boulos.

[@#galeria#@]

Os movimentos e sindicatos que integram as Frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, além de partidos como o PT, reúnem-se na manhã desta quinta-feira (20) no Parque 13 de Maio, na área central do Recife, para uma manifestação em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), condenado a 9 anos e 6 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. A concentração iniciou por volta das 9h. Centenas de pessoas estão no local, mas se comparado aos últimos atos, a participação é menor do que nos eventos anteriores. 

##RECOMENDA##

O ato também reivindica o adiantamento das eleições para a Presidência, a saída do presidente Michel Temer (PMDB) e é contra as reformas trabalhista e previdenciária. De acordo com o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT-PE), Carlos Veras, desta vez a mobilização não sairá em caminhada pelas ruas da capital pernambucana. 

"Este é um ato de resistência da classe trabalhadora e que também defende o presidente Lula. Estamos aqui para dizer também que eleição sem Lula é uma fraude. Estão querendo tirar ele do jogo político, mas não vamos permitir", declarou Veras. 

Reforçando o discurso, o presidente estadual do PT, Bruno Ribeiro, pontuou que é preciso reagir ao cenário imposto pelo que chamou de "golpe" contra a democracia. "Ou reagimos a isso ou vamos ficar reféns. Temer não está apegado ao cargo de presidente, na realidade o que ele quer é se proteger. Ele está com medo de ser preso pelos seus crimes. Ele precisa deixar o cargo para o país se normalizar e voltar a ter legitimidade", frisou o dirigente.

Membros do Movimento Sem Terra, do Levante Popular e de sindicatos como o dos rodoviários, dos bancários e professores também participam da mobilização.

O gestor Bruno Lisboa deixou, nesta quinta-feira (13), o comando da Secretaria de Habitação de Pernambuco (SecHab) para assumir um novo desafio: a presidência da Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco (Condepe/Fidem). Para a série Entrevista da Semana, durante evento de posse do novo chefe da pasta, ele falou que está satisfeito. “O sentimento é de dever cumprido”, declarou. 

Lisboa disse que uma das maiores conquistas alcançadas não só como secretário, mas desde que iniciou o trabalho na secretaria, há dois anos e meio, foi o estreitamento feito com os movimentos sociais. “Esse relacionamento com os movimentos sociais foi fundamental. Hoje, existe um clima de muito diálogo com os movimentos sociais, que lutam por moradia”, contou.

##RECOMENDA##

Na Condepe, ele garantiu que o trabalho de diálogo e fortalecimento de parcerias será continuado. “Temos muito mais a fazer. Na Condepe, como o governador disse, existem alguns desafios como o Plano Diretor Metropolitano, mas a partir de amanhã vamos estar já debruçados nesta missão e dar conta dela como demos até hoje”. 

Ele também falou sobre o novo secretário. “Kaio Maniçoba irá continuar com as ações pela reconhecida competência que ele tem e, certamente, será um excelente secretário, que dará a continuação”. 

Na posse, o governado Paulo Câmara agradeceu pelo trabalho realizado por ele. “Bruno foi um batalhador e um destravador. Ele entrega a secretaria organizada para que [Kaio Maniçoba] mostrar o seu talento. É um conjunto de tarefas que fará a gente continuar a avançar”.  

Ao empossado como novo secretário de Habitação de Pernambuco, Kaio Maniçoba declarou que vai realizar uma gestão de modo a fazer com que a área da habitação “ande em Pernambuco”. A solenidade aconteceu, no final da tarde desta quinta (13), no Palácio do Campo das Princesas. 

“A gente vai tentar fazer com que a habitação ande em Pernambuco como um todo olhando para o estado inteiro sem se esquecer dos movimentos sociais, que é muito importante. Começar a se debruçar para ver o que está travado, o que está em andamento e ver o que a gente vai poder tirar do papel”, garantiu. 

##RECOMENDA##

Kaio contou que, neste começo, irá traçar um plano de trabalho para dar início a sua gestão. Ele também falou que vai fortalecer os parceiros “sentando” com a Caixa Econômica e o Ministério das Cidades, citando como exemplo. “Para montar uma parceria em projetos para que possamos tentar amenizar essa quantidade [déficit habitacional]. Sei que a dificuldade é muito grande que o país e o estado passam, mas quando o governador me fez esse convite, eu procurei me adiantar um pouco a isso e fui ao Ministério das Cidades e estive com o secretário nacional de Habitação”.

“Sei que tem muita coisa que está emperrada, que não anda devido às dificuldades de Brasília e do próprio estado e é nessa coisa que a gente vai poder se debruçar. A reconstrução da Mata Sul a gente está olhado, sabemos o que houve lá e sabemos que o estado vem fazendo um trabalho muito importante. Acredito que neste momento [o foco] vai ser realmente a reconstrução da Mata Sul”, explanou. 

Alinhamento

Maniçoba falou que tem “um alinhamento” com o governador há muito tempo. “Não é porque agora estamos na secretaria que existiu outro tipo de alinhamento. [Tivemos] com o nosso ex-governador Jarbas Vasconcelos e também Raul Henry [vice-governador de Pernambuco], de termos essa união e manter essa união com o governador”.

O secretário disse que Paulo Câmara vem fazendo uma “gestão diferente” mesmo com toda a dificuldade. “Sabemos que ele vem botando obra na rua e essa confiança que nós temos hoje do governador é que vai nos fazer estar mais uma vez no palanque dele”. 

Nesta terça-feira (20), Dia Nacional de Mobilização Contra as Reformas Trabalhista e da Previdência, a Central Única dos Trabalhadores (CUT-PE), movimentos sociais e outros sindicatos realizam ações para intensificar a luta da classe trabalhadora contra o governo do presidente Michel Temer (PMDB).

No período da manhã foi realizada uma campanha de conscientização no Aeroporto Internacional dos Guararapes e nas estações de metrô Recife e Joana Bezerra, através de panfletagem. No período da tarde deve ocorrer uma concentração com caminhada na Praça do Derby, Centro da capital pernambucana, por volta das 16h.

##RECOMENDA##

Segundo o presidente da CUT-PE, Carlos Veras, o dia representa "o esquenta para a greve geral" que está programada para o dia 30 de junho. A manifestação deve reunir diversas categorias contra o governo que é chamado de "ilegítimo" pelas organizações. As classes que participam das manifestações pedem, além da saída de Michel Temer a realização de eleições diretas.

LeiaJá também:

--> Centrais sindicais prometem reunir 100 mil em Brasília

--> Centrais sindicais de PE prometem nova greve de 48 horas

--> Manifestantes protestam contra o governo em vários estados

--> Centrais pressionam deputados para votarem contra reforma

No Rio de Janeiro, manifestantes se aglomeram na Avenida Atlântica, em Copacabana, zona sul, desde as 10h deste domingo (26), para participar de passeata em apoio à Operação Lava Jato. Enquanto não inicia a caminhada, muitos aproveitam para tirar fotos em seus celulares com o boneco do ex-presidente Lula vestido de presidiário, de cerca de 5 metros, ao fundo.

O protesto é organizado por oito movimentos, os mesmos que foram as ruas pedir o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, como o Movimento Brasil Livre. Além de reivindicarem a prisão de políticos petistas, eles pedem o fim do foro privilegiado a autoridades eleitas e a continuidade das investigações da Polícia Federal.

##RECOMENDA##

As cores verde e amarela predominam nas roupas e a extensa bandeira nas mesmas cores, que marcou as manifestações desses grupos durante o processo de impeachment, foi estendida mais uma vez neste domingo. Muitos ainda vestem camisa com a imagem do deputado federal Jair Bolsonaro e a frase "Bolsonaro Presidente".

A expectativa da organização é que 30 mil pessoas sigam para a Avenida Atlântica na manhã e início de tarde deste domingo de forte sol para participar do protesto. No Facebook, 160 mil confirmaram presença.

"A situação do País angustia a gente. Temos vergonha dos congressistas", afirmou a professora aposentada Ana Maria Saraiva, moradora do bairro de Ipanema, zona sul carioca. Ela participa ao lado de um grupo de amigas que também são professoras aposentadas, algumas trabalharam em escolas do Estado do Rio e estão recebendo aposentadoria com atraso.

Indignados com a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Teto dos Gastos Públicos, manifestantes protestam na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, na tarde desta terça (13). O grupo entrou em confronto com a polícia e o cenário é de muita confusão. Um ônibus foi incendiado no local. 

Garrafas de vidro, pedras e bombas foram arremessadas pelos manifestantes, enquanto os policiais responderam com bombas de efeito moral, spray de pimenta e gás lacrimogêneo. Houve troca de agressões físicas e aos menos três pessoas ficaram feridas (dois policiais e um manifestante)s. Os manifestantes correram em direção ao Museu da República. A cavalaria da PM foi acionada. Vídeos registram a tensão no local:

##RECOMENDA##

[@#video#@]

A Tropa de Choque ainda segue no local e, segundo a Agência Brasil, os manifestantes estão espalhados pelo Setor de Autarquias Sul. A polícia segue a usar bombas de gás lacrimogênio para continuar a dispersão dos manifestantes. 

No prédio administrativo do Banco do Brasil, houve depredação de equipamentos no térreo. Segundo testemunhas, coquetéis molotov foram atirados por participantes do movimento contrário ao governo. 

Com informações da Agência Brasil

 

 

No final da tarde desta quinta-feira (20), manifestantes e diversos movimentos se reuniram, na Praça do Derby, contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241. O texto-base da chamada PEC do Teto prevê que o crescimento das despesas do governo estará limitado à inflação acumulada em 12 meses, até junho do ano anterior, por um período de 20 anos. Após discurso de diversos representantes de movimentos e entidades, os manifestantes saíram em protesto até a Praça Oswaldo Cruz, no bairro da Boa Vista. 

Presente na capital de Pernambuco para participar do ato, o senador Humberto Costa (PT) disse que, com a apresentação da Proposta, "ficou evidente e claro qual foi o objetivo do golpe feito neste ano contra a democracia. Era exatamente interromper um projeto iniciado lá atrás, que é derrubar um conjunto de conquistas para os trabalhadores e para o povo brasileiro de modo geral. A PEC é apenas o início de uma forte investida contra direitos históricos dos trabalhadores”, advertiu, para um público, em sua maioria, formada por jovens.

##RECOMENDA##

Riscos

Em entrevista após pronunciamento, o senador declarou que, caso aprovada, o maior risco da PEC 241 será uma carência ainda maior aos direitos sociais. “O primeiro passo é estagnar, congelar os gastos do orçamento da nossa república. O segundo passo é retirar direitos porque a população brasileira vai continuar crescendo. Hoje, por exemplo, o Governo Federal tem que gastar, pelo menos, 18% das suas receitas com a educação e isso vai cair. A qualidade dessas políticas públicas irão cair violentamente”, alertou.

Um estudo feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), órgão vinculado ao Ministério do Planejamento, mostra que o Sistema Único de Saúde (SUS) perderá até R$ 743 bilhões caso a PEC 241 seja aprovada.

Constranger os parlamentares

Humberto Costa também pontuou que a articulação acontecerá até o último momento. “Os parlamentares da esquerda vão se mobilizar, tentar criar constrangimento entre os demais para não aprovar. O mais importante é a população se organizar, cobrar, denunciar, e isso pode mudar o voto dos parlamentares”.

“Cada dia mais crianças vão precisar de escolas, a população brasileira está envelhecendo cada vez mais. Vamos precisar de aposentadoria e de atendimento medico de qualidade. Se a PEC for aprovada, se o Brasil crescer ou não, se o Brasil aumentar ou não a sua arrecadação, os gastos serão os mesmos. Por isso, temos que denunciar a toda a população brasileira o que a Proposta representa”, acrescentou Humberto.

Um estudo feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), órgão vinculado ao Ministério do Planejamento, mostra que o Sistema Único de Saúde (SUS) perderá até R$ 743 bilhões caso a PEC seja aprovada.

O presidente da República, Michel Temer, vem reiterando que o governo não quer aumento da carga tributária e que, se a PEC for aprovada, não será preciso nem sequer pensar em aumentos de tributos. Ele disse estar confiante na aprovação da PEC 241 e de outras medidas que o governo enviará para apreciação do Congresso. 

O presidente, em recente discurso, ainda disse que se o texto não for aprovado, a dívida pública bruta poderá chegar a 100% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024. 

Votação

O texto, agora, seguirá para o plenário da Casa. A Proposta será votada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado em 9 de novembro. Caso aprovada, segue para votação em 1º turno, em 29 de novembro. Apenas após essas etapas, a PEC 241 será votada em 2º turno no Senado, definitivamente, no dia 13 de dezembro.

 [@#galeria#@]

 

 

As centrais sindicais organizam nesta quinta-feira (22), por todo País, um dia de mobilização contra a retirada de direitos sociais e dos trabalhadores. Depois de manifestações pelas capitais nesta manhã, os protestos vão continuar à tarde. Em São Paulo, o ato acontece às 16h na Avenida Paulista, em frente ao Masp. A expectativa da CUT é de que 30 mil pessoas participem do protesto, entre bancários, professores, metalúrgicos e profissionais da saúde de todo o Estado.

Os atos que têm o tema "nenhum direito a menos" acontecem em defesa dos direitos sociais e trabalhistas. Os sindicatos são críticos às reformas citadas pelo governo Temer, como a que muda a previdência e a trabalhista, pois acreditam que elas vão retirar direitos dos trabalhadores.

##RECOMENDA##

"Somos contra a terceirização, a reforma na Previdência, as mudanças na CLT, que privilegiam o negociado sobre o legislado, a PEC do teto de gastos e a retirada dos recursos do pré-sal para educação. São mudanças que retiram direitos", afirmou o presidente da CUT-SP, Douglas Izzo.

Em nota, a Força Sindical afirmou que "as propostas anunciadas pelo governo, como as reformas da Previdência e da legislação trabalhista, mostram que mais uma vez querem jogar a conta da crise econômica nas costas dos trabalhadores, que não concordam em pagar mais uma dívida que não contraíram".

O presidente da Força Sindical, Paulinho da Força, ressaltou ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, que não é contrário às reformas, mas às mudanças que retiram direitos, como a indicação de uma idade mínima para a aposentadoria. "Somos contra a idade mínima para trabalhadores que já estão na ativa", disse. Segundo Paulinho, ele pediu a Temer para "adiar" a reforma trabalhista. "Conversei com o presidente para rearranjar a agenda de reformas, porque não dá para fazer tudo ao mesmo tempo."

Durante a manhã, algumas entidades fizeram um ato de entrega à pauta de reivindicações do setor químico-farmacêutico e do setor metalúrgico na Fiesp, endereçadas ao presidente da instituição, Paulo Skaf. Segundo o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, três mil pessoas estiveram presentes no ato, mas a Polícia Militar não fez estimativas.

Na região do ABC Paulista, trabalhadores de várias fábricas em campanha salarial, como o da Toyota, paralisaram a produção e se uniram a um ato em São Bernardo do Campo, segundo o secretário geral da CUT-SP, João Cayres. Participam das manifestações a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Força Sindical, a União Geral dos Trabalhadores (UGT), além de outras entidades sindicais.

A Central Única dos Trabalhadores em Pernambuco (CUT-PE) entregou um manifesto, nesta sexta-feira (10), ao diretório estadual do PT em defesa das candidaturas da deputada Teresa Leitão e do ex-deputado João Paulo às Prefeituras de Olinda e Recife, respectivamente.  

O documento, com mais de 500 assinaturas de lideranças, foi entregue ao presidente da legenda no estado, Bruno Ribeiro, e aos presidentes dos diretórios das duas cidades, Iolanda Silva (Olinda) e Oscar Barreto (Recife). A iniciativa da CUT, divulgada durante o ato que pedia a saída do presidente em exercício Michel Temer (PMDB) do comando do país, foi endossada por movimentos culturais, de juventude e de mulheres, além do Movimento Sem Terra (MST), todos integrantes da Frente Brasil Popular. 

##RECOMENDA##

O manifesto, segundo Teresa Leitão, é “muito positivo” e dá um "ânimo maior" as duas pré-candidaturas. “Estamos mais endossados porque esta base social sempre foi à base do PT”, cravou. “Tem mais de uma pré-candidatura posta tanto em Olinda quanto no Recife, mas espero que possamos resolver este impasse com muito diálogo. Quero receber Dilma como pré-candidata oficial”, brincou a petista, se referindo a visita da presidente afastada ao Recife na próxima sexta (17). 

Neste sábado (11), o diretório da capital pernambucana se reúne para delimitar a estratégia que adotará ao pleito de outubro, se lançará candidatura própria ou se alia a postulação do deputado estadual Silvio Costa Filho (PRB). A maior defesa entre os petista, inclusive pela nacional, é de que a legenda lidere uma chapa na disputa. Além de João Paulo, que já tem o apoio do ex-presidente Lula, o ex-prefeito João da Costa também está tentando angariar apoios para endossar o seu nome

Entrega do documento - O manifesto será entregue a Teresa e João Paulo durante uma cerimônia, aberta ao público, que será realizada na sede do Sindicato dos Servidores Públicos do Estado (Sindsep PE), no bairro da Boa Vista, na próxima segunda-feira (13), às 19h.

Quase 4 mil pessoas já confirmaram presença na Marcha Antifacista, neste sábado (30), às 16h, mais um evento político mobilizado via redes sociais. Segundo os organizadores, a ideia não é promover a violência, mas marcar posição 'contra qualquer ataque às liberdades'. 

A concentração está marcada para a Praça do Derby, onde estão acampados movimentos sociais contrários ao Impeachment de Dilma. "Os ataques não estão restritos no âmbito político, com leis conservadoras e que prejudicam as liberdades. Esses ataques se propagam nas ruas, diariamente, violentamente. E eles têm aval do Estado conservador, através de um sistema que só julga e criminaliza o nosso povo.Propagam ódio contra imigrantes, contra homossexuais, contra os negros, contra nordestinos, contra movimentos de esquerda com ou sem partido político", diz o texto da descrição do evento no Facebook.

##RECOMENDA##

A organização também afirma que a marcha irá acontecer em outras 22 cidades em todo o Brasil. Em São Paulo, por exemplo, são esperadas pelo menos 10 mil pessoas na Praça da Sé.

Não há informações sobre o percurso, se haverá fechamento de ruas ou se políticos estarão presentes, já que, não há nenhum partido político envolvido na mobilização. "Não há espaço para panfletagem ou palanque partidário em um evento que tem como principal foco alertar a população quanto o fascismo que assola o país. A marcha tem o objetivo de ser uma frente de massas e não um desfile partidário em ano eleitoral.Evitem suas bandeiras, substituam as bandeiras de seus partidos pelas as das ideologias que os formam", avisa um comunicado na página do evento.

Um homem com os quatro membros paralisados há seis anos conseguiu realizar movimentos com as mãos e os pulsos com a ajuda de uma técnica inédita: um sistema médico capaz de registrar os sinais cerebrais do paciente - por meio de um chip implantado no cérebro - e convertê-los em funções motoras complexas.

O novo sistema, batizado de Neurolife, foi descrito em um artigo publicado nesta quarta-feira (13) na revista científica Nature. O equipamento foi desenvolvido por médicos e neurocientistas da Universidade Estadual de Ohio, nos Estados Unidos.

##RECOMENDA##

O paciente tetraplégico é Ian Burkhart, um americano de 24 anos que perdeu os movimentos das pernas e braços depois de um acidente de mergulho que causou danos na parte superior de sua coluna vertebral.

A paralisia envolve a ruptura das vias pelas quais passam os sinais enviados entre o cérebro e os músculos. De acordo com o artigo, com o novo sistema - um "atalho neural" que reconectou o cérebro diretamente aos músculos do paciente -, Burkhart conseguiu restabelecer diversos movimentos e executar tarefas como utilizar um cartão de crédito, atender um telefone e tocar uma guitarra de videogame.

Segundo os autores do estudo, coordenado por Chad Bouton, Nick Annetta e Ali Rezai, é a primeira vez que um indivíduo com paralisia consegue realizar movimentos tão complexos com o uso de sinais enviados por seu córtex motor.

"Mostramos pela primeira vez que um paciente tetraplégico é capaz de aprimorar seu nível de funcionamento motor e de movimentos das mãos", disse Rezai.

Segundo ele, Burkhart já havia participado da demonstração de uma tecnologia de "atalho neural" em junho de 2014, quando conseguiu abrir e fechar a mão apenas pensando no gesto. Agora, no entanto, os movimentos realizados são bem mais complexos.

"É incrível ver o que ele conseguiu fazer. Ian conseguiu pegar uma garrafa, derramar seu conteúdo em uma jarra e colocar a garrafa de novo no lugar. Depois ele pegou um mexedor e o utilizou para misturar o conteúdo da jarra e guardar o mexedor. Ele está controlando cada passo da tarefa", disse Annetta.

A tecnologia usada no Neurolife combina algoritmos que aprendem a decodificar a atividade cerebral do paciente e uma manga de estimulação muscular de alta definição, que traduz os impulsos neurais do cérebro e transmite novos sinais ao membro paralisado.

Em abril de 2014, em uma cirurgia de três horas, Rezai implantou um chip eletrônico no córtex motor do cérebro de Burkhart. A partir daí, os cientistas trabalharam para descobrir a sequência correta de eletrodos do chip a ser estimulada para que o paciente pudesse mover mãos e dedos de forma funcional.

Depois disso, ao longo de 15 meses, Burkhart passou por três sessões semanais utilizando uma manga com eletrodos para estimular seu antebraço e reconstruir seus músculos atrofiados de forma que eles pudessem responder aos estímulos elétricos.

"Na última década, aprendemos como decifrar sinais cerebrais de pacientes completamente paralisados. Agora, pela primeira vez, esses sinais estão sendo transformados em movimento. Nossos resultados mostram que sinais registrados a partir do cérebro podem ser reencaminhados para contornar um dano na coluna vertebral, permitindo a restauração dos movimentos", disse Bouton.

Burkhart afirmou que decidiu participar do estudo porque tinha vontade de ajudar outros pacientes com comprometimento da coluna vertebral. "Eu só achei que era minha obrigação com a sociedade. Se alguém mais tiver uma oportunidade para fazer isso em outro lugar do mundo, eu torceria para que eles conseguissem beneficiar todo mundo no futuro", afirmou.

"Esperamos que essa tecnologia evolua para um sistema sem-fio conectando os sinais do cérebro e os pensamentos ao mundo exterior, para aprimorar a função motora e a qualidade de vida das pessoas com deficiências. Um dos nossos objetivos principais é que isso esteja disponível o mais rápido possível para que os pacientes possam usar em casa", disse Rezai.

Cadeira robótica

No início de março, uma equipe de neurologistas liderada pelo brasileiro Miguel Nicolelis, da Universidade Duke (Estados Unidos), conseguiu fazer com que dois macacos controlassem uma cadeira de rodas robótica usando apenas a mente, por meio de eletrodos implantados no cérebro.

Quando os animais "pensavam" em se mover em direção a um recipiente com uvas, computadores traduziam sua atividade cerebral em operações da cadeira robótica, em tempo real, permitindo que eles se movessem em direção ao objetivo.

O dispositivo usado no experimento foi o último desenvolvimento da tecnologia de interface cérebro-máquina (ICM), estudada há anos pela equipe de Nicolelis.

Diversos grupos de pesquisa já desenvolveram ICM's que permitem aos primatas usar sua atividade do córtex cerebral para controlar membros artificiais. Mas o experimento com a cadeira de rodas robótica foi o primeiro a demonstrar que é possível utilizar apenas a atividade cerebral para "navegar" por um espaço com ajuda de uma ICM.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Dia Internacional da Mulher será lembrado nesta terça-feira (7) com eventos e uma marcha no centro do Recife. A concentração está marcada para às 15h, no Parque 13 de Maio, com saída prevista para às 17h.

Com o tema “É Pela Vida das Mulheres”, o ato pretende chamar a atenção da sociedade e do governo sobre os serviços públicos que não têm sido garantidos. Antes da saída, serão feitas rodas de diálogos sobre diversos temas como saúde, violência, creche, conjuntura política, trabalho entre outros.

##RECOMENDA##

A previsão é de que mais de trinta coletivos e movimentos participem do ato. Os grupos denunciam que vários serviços de saúde pioraram ou desapareceram. As mulheres vão às ruas também para apontar o aumento dos casos de violência.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando