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Três homens foram presos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), na manhã deste sábado (21), com 30 frascos de perfume supostamente roubados. O trio foi autuado na BR-101, no bairro do Curado, na Zona Oeste do Recife, com um carro com registro de roubo na quarta (18).

O veículo foi abordado próximo à delegacia da PRF após os policiais receberem uma denúncia. Além dos perfumes, foi encontrado no interior do carro um simulacro de arma de fogo e uma faca.

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Diante das inconformidades, os suspeitos foram encaminhados à Central de Plantões da Capital, em Campo Grande, na área central do Recife. De acordo com a PRF, as vítima foram ao local em seguida e reconheceram um dos passageiros como partícipe do assalto.

Uma ação conjunta das forças policiais do Ceará e do Rio de Janeiro prendeu, na noite dessa sexta-feira (20), José André Ferreira Costa Júnior, o MC PQD. O cantor tinha um mandado de prisão em aberto expedido pela Justiça cearense, por associação com o tráfico. Segundo as autoridades, PQD faz parte do Comando Vermelho, a maior facção criminosa do Rio de Janeiro.

O cantor foi preso na Avenida Brasil, no Rio de Janeiro. O MC saia do Complexo da Penha para fazer um show quando foi detido. A investigação foi conduzida pela Delegacia de Combate ao Crime Organizado (Draco-CE), que fez a ação juntamente com a Draco-RJ e a Polinter.

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Em relatório da Draco, o MC PQD que soma cerca de 650 mil seguidores nas redes sociais, postaria conteúdos criminosos. Publicando fotos com seus parceiros, posando com armas de fogo e usando coletes a prova de balas. Além de cantar músicas com apologia ao crime organizado e a facções criminosas como o Comando Vermelho e o Trem Bala, facção criminosa do Ceará.

 

Policiais civis do Rio de Janeiro prenderam em flagrante, nessa terça-feira (17), um professor de academia que filmava e fotografava partes íntimas das alunas. Durante a ação, os agentes também apreenderam um telefone celular do autor, que armazenava vídeos sexuais com menores.

Os agentes receberam a informação de que o professor tirou fotografias e fez vídeos quando as alunas praticavam exercícios físicos.

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As vítimas tomaram conhecimento do fato por meio de publicações na internet. Segundo as investigações, as imagens chegaram a ser encaminhadas por meio de aplicativo de mensagem e adolescentes também foram vítimas do autor.

Após diligências, o homem foi localizado e preso em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. Com ele foi apreendido um notebook e um telefone celular.

Um pernambucano de 29 anos, foragido da Justiça brasileira, foi preso em La Paz, capital da Bolívia, na última quinta-feira (12). Ele tinha três mandados de prisão em aberto por homicídio e tráfico de drogas. Há três anos, o criminoso havia fugido da Penitenciária Doutor Ênio Pessoa Guerra, localizada na cidade de Limoeiro, no Agreste pernambucano.

O homem, de nome ainda não revelado, esteve preso entre janeiro de 2014 e julho de 2020, quando fugiu do presídio junto com outros 26 detentos. A fuga aconteceu após a explosão de um muro da unidade junto com a parte interna de um pavilhão próximo de onde foram detonados os explosivos.

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O suspeito é investigado por crimes praticados na cidade de Paulista, na Região Metropolitana do Recife (RMR). De acordo com a Polícia Civil do estado, a operação de prisão do homem foi coordenada em conjunto entre os escritórios brasileiro e boliviano da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol). 

A ação foi baseada em investigações da Polícia Civil de Pernambuco, através do Núcleo de Inteligência do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (Dintel), com o apoio adicional da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Pernambuco (Ficco) e de representantes da Polícia Federal em La Paz.

O empresário Thiago Brennand – que está preso preventivamente - foi condenado a 10 anos e 6 meses de prisão pelo crime de estupro, em regime fechado. Divulgada nesta quarta-feira (11), a sentença é a primeira condenação entre os vários processos que ele responde, em Porto Feliz, no interior de São Paulo, e na própria capital paulista.

O juiz do Fórum de Porto Feliz, Israel Salu, também decidiu que Brennand deverá indenizar a vítima – uma cidadã dos Estados Unidos - por danos morais, no valor de R$ 50 mil. Ainda cabe recurso.

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"Ante todo o exposto e considerando o mais que consta dos autos, JULGO PROCEDENTES os pedidos para o fim de CONDENAR o réu T. A. B. T. S. F. V. ao cumprimento da pena privativa de liberdade de 10 anos e 06 meses de reclusão, a ser cumprido inicialmente no regime fechado, em razão da prática do crime previsto no artigo 213, 'caput', do Código Penal; bem como a indenizar a vítima pelos danos morais sofridos, no valor mínimo de R$50.000,00", diz o juiz na setença do processo, que corre em segredo de Justiça.

Segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público neste caso, a vítima foi estuprada por Thiago Brennand na mansão dele, em um condomínio de Porto Feliz.

Fuga deu errado

Thiago Brennand desembarcou no Brasil no dia 29 de abril deste ano. Ele estava preso em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes, aguardando os últimos trâmites da sua extradição. Ele saiu do Brasil em direção ao país em setembro do ano passado, poucos dias antes de a juíza Érika Mascarenhas, da 6ª Vara Criminal de São Paulo, expedir a sua primeira ordem de prisão.

Ele possui cinco ordens de prisão preventiva contra si e é acusado dos crimes de estupro, cárcere privado, lesão corporal e ameaça em ao menos oito ações na Justiça de São Paulo.

Uma jovem de 22 anos foi encontrada morta, no último domingo (8), em um motel no bairro da Imbiribeira, zona Sul do Recife. Ela teria sido vítima de feminicídio, crime cometido pelo homem que estava com ela no quarto, e que foi preso assim que a Polícia Civil chegou ao local. 

O primeiro acionamento foi ao 19º Batalhão de Polícia Militar (BPM), que teria recebido ligação do pai do suspeito. 

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A Equipe de Força Tarefa de Homicídio da Capital prendeu o homem de 32 anos, autuado pelo feminicídio consumado. De acordo com a Polícia Civil, relatos afirmam que a vítima e o autor estariam consumindo substâncias análogas a entorpecentes e iniciaram uma discussão. A briga chegou a proporções extremas, onde o agressor prendeu o pescoço da mulher, e ela teria se engasgado, falecendo em seguida. 

A corporação informou ainda que o suspeito foi levado à delegacia para realização dos procedimentos cabíveis, ficando em seguida à disposição da Justiça.

O Ministério Público da Venezuela emitiu uma ordem de prisão contra o opositor Juan Guaidó e pedirá à Interpol, a polícia internacional, que acione um alerta vermelho. O ex-presidente do Parlamento, que liderou um governo paralelo ao de Nicolás Maduro, está exilado nos EUA e foi acusado por uma série de crimes, incluindo lavagem de dinheiro e traição.

Ao responder à ordem de prisão, na noite de quinta-feira, Guaidó desafiou Maduro a se apresentar junto com ele a qualquer procuradoria dos EUA ou ao Tribunal Penal Internacional, em Haia, onde há um processo contra o líder chavista, para esclarecer o "recente saque" à PDVSA, estatal do petróleo.

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A denúncia de Caracas cita o chamado "governo interino" comandado por Guaidó, entre 2019 e 2022, com reconhecimento de EUA, Brasil e 50 países, que contestaram a reeleição de Maduro. "Usando a figura de um governo fictício, ele causou perdas ao Estado venezuelano", justificou o procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab. Ainda segundo a acusação, ele teria usado recursos da PDVSA para gastos pessoais e causado um prejuízo de US$ 19 bilhões.

Saab citou uma "sentença" de um tribunal nos EUA que, segundo ele, indica que o ex-deputado "acessou ativos das subsidiárias da (empresa estatal de petróleo) PDVSA nos EUA e os usou para se financiar".

O Ministério Público abriu 23 investigações contra Guaidó por supostos crimes cometidos no "governo interino" e cinco outros casos relacionados a uma empresa venezuelana na Colômbia, mas nunca havia emitido um mandado de prisão contra ele até agora. Os crimes imputados a Guaidó incluem traição à pátria, usurpação de funções, obtenção ou extração de dinheiro, valores ou bens públicos, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Guaidó chegou aos EUA em abril, depois de fazer uma aparição surpresa na Colômbia. O opositor nega as acusações, que chamou de "propaganda" para "perseguir física e moralmente a oposição venezuelana". Em um vídeo no Instagram, ele disse que essa é a 28.ª acusação contra ele apresentada pelo governo Maduro.

"A pergunta de novo é: por que neste momento, por que agora, a 17 dias das primárias? Para continuar distorcendo o que acontece no país", disse Guaidó, ao pedir participação dos venezuelanos nas primárias, marcadas pela inabilitação dos principais candidatos da oposição.

Sanções

O mandado foi emitido no mesmo dia em que a Venezuela e os EUA fecharam um acordo para retomar as deportações de migrantes ilegais. A Venezuela concordou em receber cidadãos que sejam deportados, algo que não era possível até agora, uma vez que Washington e Caracas romperam relações diplomáticas em 2019 e o governo venezuelano está sujeito a sanções. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma confusão envolvendo jogadores e torcedores do Legia Warsaw, da Polônia, causou a prisão de dois jogadores do time a quinta-feira (5), após partida contra o AZ Alkmaar, na Holanda, pela Liga Conferência, e iniciou uma crise diplomática entre autoridades polonesas e holandesas.

Ao fim da vitória do time holandês por 1 a 0, na cidade de Alkmaar, o português Josué e o sérvio Radovan Pankov foram retirados do ônibus da equipe polonesa pela polícia local. E foram detidos enquanto os demais jogadores do Legia Warsaw voltaram para Varsóvia, capital polonesa.

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A polícia local não explicou as causas da contenda entre os jogadores e os policiais. Houve ainda confusão com parte da torcida visitante. De acordo com a polícia holandesa, os torcedores e o clube poloneses não respeitaram suposto acordo prévio de que não haveria presença de fãs do time visitante na partida disputada em Alkmaar.

Nesta sexta, o primeiro-ministro da Polônia, Mateusz Morawiecki, e demais autoridades polonesas cobraram explicações pela prisão dos jogadores do time do país. Em campanha para eleições marcadas para o dia 15 deste mês, o político afirmou que incumbiu diplomatas para investigar o caso.

"Jogadores e torcedores poloneses devem ser tratadas de acordo com a lei. Não concordamos com a violação das leis", disse o primeiro-ministro, pelas redes sociais. O secretário-geral da Federação Polonesa de Futebol, Lukasz Wachowski, afirmou que também cobrou explicações da federação holandesa e também da Uefa, responsável por organizar a Liga Conferência, terceira competição entre clubes mais importante do continente, atrás da Liga dos Campeões e da Liga Europa.

De acordo com a imprensa local, torcedores do Legia entraram em confronto com seguranças do estádio e com policiais nos portões de entrada do local. Um policial desmaiou. Outros fãs do time visitante tomaram cassetetes e gás de pimenta da própria polícia. Alguns entraram no estádio sem ingressos. Ao fim da partida, a polícia fechou alguns portões de saída, gerando novos confrontos.

Um empresário de 50 anos foi libertado na tarde desta quinta-feira (5) por policiais militares da Rota (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar), batalhão de elite da PM paulista, após passar 19 horas preso em um cativeiro em Cidade Tiradentes, na zona leste de São Paulo.

O homem foi sequestrado na tarde de quarta-feira (4) ,dentro da própria loja, que fica em Guarulhos, na Grande São Paulo. Segundo informações preliminares, ele teve prejuízo de cerca de R$ 700 mil, entre empréstimos bancários e transferências por Pix. Três suspeitos foram presos.

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"Eu tenho um filho de 5 anos e só pensava em ver meu filho de novo. Foi um terror grande", disse o empresário. Ele conta ter sido abordado por dois homens armados quando estava prestes a encerrar o expediente, por volta das 18h. Não havia mais ninguém no estabelecimento, uma loja de brinquedos.

"Procuraram coisas de valor na empresa. Depois me fizeram entrar no meu carro e me levaram", disse. No meio do percurso, segundo ele, os criminosos o colocaram em um outro veículo e recolheram todos os pertences pessoais da vítima, como o aparelho celular.

Ele chegou ao cativeiro às 20h de quarta, onde permaneceu preso até por volta de 15h desta quinta. Ou seja, foram cerca de 19h mantido refém por lá. "Faziam muitas ameaças", disse. "Você não sabe o que vai acontecer. Fica deitado, de barriga para baixo, com medo de morrer."

"Abriram contas digitais para mim, usaram os meus cartões e fizeram muito Pix em uma conta da empresa", afirmou a vítima.

O homem foi libertado por policiais da Rota volta de 15h desta quinta e levado à sede da Divisão Antissequestro (DAS) da Polícia Civil, no centro, para prestar depoimento. "Foi um alívio muito grande. Eles entraram (policiais) e tomaram conta da situação, fiquei até com vontade de chorar na hora", disse.

Segundo o tenente Danilo Bezerra, da Rota, os dois suspeitos que estavam no cativeiro, localizado em um apartamento de um Conjunto Habitacional, não resistiram à abordagem. "Logramos êxito em encontrar a vítima, dois indivíduos e arma de fogo", disse.

O tenente disse que os policiais da Rota foram até o local após receber uma denúncia anônima, afirmando que alguém poderia estar sendo mantido refém por ali. "A princípio, era um imóvel abandonado, com as condições péssimas", afirmou Bezerra.

Um terceiro suspeito foi preso nos arredores do cativeiro, em Cidade Tiradentes. As investigações prosseguem para apurar se há mais pessoas envolvidas no sequestro do empresário e para tentar localizar outros possíveis membros da quadrilha.

Como tem mostrado o Estadão, os sequestros estão em alta no Estado. Especialistas apontam que os casos têm sido puxados pela possibilidade de transferir dinheiro via Pix e pelo "golpe do amor" ou "golpe do Tinder", em que criminosos emboscam vítimas após marcar encontros falsos.

Daniel Alves completa em outubro nove meses preso na cadeia Brians 2, em Barcelona, na Espanha. O jogador, atualmente sem clube, responde a um processo de agressão sexual a uma jovem em uma casa noturna de Barcelona, em dezembro de 2022. A investigação foi encerrada em julho e o brasileiro, segundo a imprensa espanhola, deve ser julgado entre outubro e novembro. Ele completou 40 anos enquanto estava preso. Sua prisão se deu em 20 de janeiro, ao se apresentar à Justiça espanhola.

Em agosto, na mesma semana em que a Justiça de Barcelona decretou o fim das investigações, Daniel Alves, junto com sua defesa, desistiu de quaisquer novos recursos a fim de acelerar o julgamento e se tornar réu no processo.

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"Dani Alves tem se mostrado insatisfeito com o relato dos fatos contidos na decisão judicial, que não condizem com a realidade do ocorrido", afirmou nota enviada ao Estadão à época. "No entanto, (Daniel Alves) também afirmou que não recorrerá da resolução para agilizar seu julgamento. A denúncia é etapa necessária para o encaminhamento dos autos ao juiz de primeira instância."

O QUE SE SABE DO CASO

Ainda não há uma data definida para o julgamento. Desde o início das investigações, Daniel Alves chegou a conceder entrevista negando que tivesse estuprado a jovem. No dia 5 de janeiro, ao programa "Y Ahora Sonsoles", do canal espanhol Antena 3, confirmou que estava na casa noturna Sutton na data do ocorrido, mas negou a agressão e alegou que não conhecia a mulher. As versões foram se alterando ao longo da evolução das investigações.

Ele disputou a Copa do Mundo do Catar até o meio de dezembro de 2022. Depois, voltou ao futebol do México, onde tinha contrato. Após ser preso, o Pumas rompeu seu acordo. Nesse período, Daniel rompeu com sua mulher, Joana Sanz, e teve a companhia dos filhos e da mãe deles mais próximos em Barcelona. Um outro preso do complexo chegou a afirmar que o brasileiro sofria perseguição de detentos.

O caso teve sua primeira repercussão na imprensa espanhola ainda no ano passado. No dia 31 de dezembro, o diário ABC revelou que Daniel Alves teria violentado sexualmente uma jovem na casa noturna Sutton no dia anterior. A mulher esteve acompanhada por amigas a todo o instante e a equipe de segurança da casa noturna acionou a polícia, que colheu o depoimento da vítima.

No dia 10 de janeiro, a Justiça espanhola aceitou a denúncia e passou a investigar o jogador brasileiro que por muitos anos defendeu a camisa do Barcelona. Inconsistências nas versões dadas pelo atleta à Justiça, além da possibilidade de fuga do país europeu, fizeram com que a juíza Maria Concepción Canton Martín decretasse a prisão de Daniel Alves no dia 20 de janeiro, uma sexta-feira, após prestar depoimento.

O Juizado de Instrução 15 de Barcelona conduz a investigação. Nas contradições, Daniel Alves chegou a dizer que não conhecia a mulher que o acusava. Depois revelou que houve relação sexual com ela, mas de forma consensual. O pedido do Ministério Público para que o atleta fosse detido aconteceu também por causa de um possível risco de que ele "fugisse" da Espanha, em meio à condução do processo.

DEPOIMENTO VOLUNTÁRIO

O brasileiro prestou depoimento de forma voluntária à polícia, sem a presença de seus advogados. O lateral estava na Espanha com Joana Sanz, sua mulher e modelo, por causa do velório da sogra. Em janeiro, ela chegou a pedir para que a imprensa respeitasse sua privacidade nesse período.

À época em que foi detido, Daniel tinha contrato com o Pumas, do México, e havia disputado a Copa do Mundo do Catar com a seleção brasileira. No mesmo dia que foi preso de forma provisória, o clube anunciou a rescisão de seu vínculo com a equipe. Cristóbal Martell, que já defendeu o Barcelona, Lionel Messi e alguns empresários e políticos da Espanha, foi contratado para a condução do caso.

PEDIDOS DE SOLTURA NEGADOS

Daniel voltou a depor na Justiça espanhola em abril. De acordo com a legislação local, uma pessoa, na condição de investigado, pode depor quantas vezes considerar necessária durante o processo judicial. Além disso, a defesa tentou, em diversas oportunidades, que o jogador respondesse em liberdade, mas o pedido foi negado em todas.

Nesse novo depoimento, ele voltou a reiterar que houve consentimento da vítima na relação sexual. Além disso, afirmou que as múltiplas versões que ofereceu sobre o caso foi uma forma de esconder sua infidelidade para a mulher Joana Sanz. Mesmo indicando que se separaria do jogador, a modelo continuou com as visitas na prisão e até o parabenizou em seu aniversário, em abril. Nesta semana, segundo o canal espanhol Telecinco, desistiu do divórcio, para não abandonar o jogador neste momento.

QUAL PODE SER A PENA DE DANIEL ALVES?

Em outubro de 2022, o Código Penal da Espanha foi alterado com o acréscimo de uma nova lei, a qual prevê que crimes sexuais devem ser tipificados de acordo com o consentimento da vítima. Chamada de "Só sim é sim", a lei passou a considerar que todos os atos sexuais não consensuais passaram a ser de violência. A prisão do jogador está mantida até o fim do julgamento.

De acordo com o jornal El Mundo, Daniel Alves poderá ser condenado a uma pena de oito a dez anos de prisão. No início de fevereiro, oito testemunhas, que estiveram presentes na madrugada em que o caso teria ocorrido, prestaram depoimento na Justiça espanhola: uma amiga e a prima da denunciante, dois garçons da área VIP da Sutton, o porteiro da casa noturna, o diretor da casa noturna, responsável por acionar o protocolo contra agressão sexual e chamar a polícia e outras duas pessoas que estavam na casa noturna naquela noite.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu manter a prisão preventiva do ex-deputado Roberto Jefferson no inquérito das milícias digitais.

Roberto Jefferson está internado desde junho em um hospital particular no Rio de Janeiro. Moraes afirmou que 'todas as questões relativas ao quadro clínico de saúde' estão sendo analisadas, mas manteve a ordem de prisão.

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O último relatório médico sugeriu que o ex-deputado recebesse alta, mas a Secretaria de Administração Penitenciária do Rio informou que não tem estrutura para oferecer, no presídio, o acompanhamento médico necessário.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) foi contra revogar a preventiva. O órgão afirma que não há razões para flexibilizar a prisão e que a medida foi determinada após sucessivos descumprimentos de medidas cautelares.

"A prisão preventiva trata-se da única medida razoável, adequada e proporcional para garantia da ordem pública com a cessação da prática criminosa reiterada", argumentou a PGR em parecer enviado ao STF na semana passada.

Histórico

Roberto Jefferson foi preso pela primeira vez na investigação ainda em agosto de 2021, por ataques antidemocráticos. Ele foi colocado em prisão domiciliar, com tornozeleira eletrônica e sem acesso a redes sociais, cerca de seis meses depois.

Um novo mandado de prisão preventiva foi emitido depois que o ex-deputado atacou a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, em um vídeo publicado nas redes. Ela foi comparada a 'prostitutas' e 'vagabundas'.

Quando a Polícia Federal foi tentar cumprir o mandado de prisão, na casa de Roberto Jefferson, em Lévy Gasparian, no Rio de Janeiro, os agentes foram recebidos a tiros. Foram pelo menos 50 disparos. O ex-deputado também lançou três granadas. Ele só se entregou no dia seguinte.

Dois agentes foram feridos por estilhaços, o que levou a PF pedir o indiciamento do ex-deputado por tentativa de homicídio. A denúncia foi aceita em dezembro de 2022.

A Polícia Federal (PF) cumpriu mandato de prisão, na noite desta sexta-feira (29), de uma foragida da Justiça brasileira suspeita de ter participado dos ataques aos prédios públicos dos Três Poderes no dia 8 de janeiro. A mulher, que estava no Paraguai, era procurada por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).

A ação partiu de uma cooperação internacional entre o órgão brasileiro e autoridades do Paraguai. Segundo a PF, a mulher, cujo nome não foi identificado, se apresentou voluntariamente no escritório Central Nacional da Interpol em Assunção. A foragida, então, foi entregue aos policiais federais na cidade de Foz de Iguaçu, no Paraná, seguindo o protocolo estabelecido entre os dois países.

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Nesta sexta, a PF também instaurou a 18ª fase da Operação Lesa Pátria e cumpriu mandado de busca e apreensão contra o general da reserva Ridauto Lúcio Fernandes, suspeito de envolvimento com os atos golpistas de 8 de janeiro. Militares vasculharam o endereço de Fernandes. Além disso, a ordem expedida ministro do STF Alexandre de Moraes permitiu o bloqueio de ativos e valores do investigado.

Ridauto foi diretor de Logística do Ministério da Saúde durante o governo Jair Bolsonaro, nomeado em janeiro de 2021 pelo atual deputado federal Eduardo Pazuello. Em meio à pandemia de covid-19, o militar defendeu medidas como ‘intervenção federal’ e de ‘Defesa ou de Sítio’.

O militar é investigado em uma das linhas da apuração da PF que visa identificar suposta atuação de militares no início das invasões às sedes dos Três Poderes. Os investigadores suspeitam que ele pode ter sido um dos idealizadores da ofensiva antidemocrática.

Permanente, a Operação Lesa Pátria apura crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

A 11ª Vara Criminal de Belém condenou o ex-jogador e ex-deputado estadual José Robson do Nascimento, o Robgol, e mais 13 servidores da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa). Robgol é acusado de participar de um suposto esquema de funcionários-fantasma, na folha de pagamento do órgão legislativo, conhecido popularmente como "rachadinha".

As informações são do jornal O Liberal. Os réus, que eram servidores da Alepa no ano de 2003, teriam desviado dinheiro público por meio de falsidade ideológica. Robgol foi sentenciado a 35 anos e 6 meses de reclusão, e terá que pagar 5.815 salários mínimos de multa, por crimes como peculato e lavagem de dinheiro.

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Em sua carreira como atleta, ele teve passagens por grandes times do Norte e do Nordeste, como Paysandu, Náutico, Sport, Santa Cruz, ABC e Bahia, além de Santos e Juventude.

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) denunciou Davi Izaque Martins Silva pela morte da médica Thallita da Cruz Fernandes, de 28 anos, em 17 de agosto deste ano. O assassinato ocorreu no apartamento onde a vítima morava, em São José do Rio Preto, interior de São Paulo. Na época, o homem confessou ter matado a namorada e colocado seu corpo em uma mala por ciúmes, segundo a polícia.

O MP-SP ofereceu na terça-feira, 26, a denúncia contra Silva. "O acusado poderá responder por homicídio qualificado por motivo torpe, crueldade, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio, assim como por tentativa de ocultação de cadáver", afirmou o órgão.

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O processo corre em segredo de Justiça. Procurada, a defesa de Silva não foi localizada. O espaço permanece aberto para manifestação.

Relembre o caso

O crime ocorreu na noite do dia 17 de agosto, no apartamento em que Thallita morava. Segundo a polícia, o corpo da médica foi encontrado nu, dentro de uma mala e com várias perfurações por faca, no fim da tarde do dia seguinte, 18 de agosto, no apartamento em que ela morava, no terceiro andar de um prédio na Rua Coronel Spínola de Castro, na Vila Redentora, em São José do Rio Preto.

Na noite de 19 de agosto, Silva foi preso temporariamente, suspeito de ter cometido o assassinato. Ele estava na casa da mãe dele, na mesma cidade, quando foi localizado.

Silva prestou dois depoimentos até confessar o crime. No primeiro, ele havia dito não se lembrar do que acontecera na noite em que a namorada morreu.

No segundo depoimento, contou que havia consumido cocaína e ecstasy, além de duas cervejas, e começou a discutir com a médica por ciúmes. Depois atacou-a a facadas, matando Thallita.

Silva, então, colocou o corpo da mulher dentro de uma mala e pretendia levar o cadáver embora. Mas, constatou que a mala estava rasgada e, por isso, desistiu desse plano.

Um garoto de programa de 22 anos foi preso, suspeito de assassinar um arquiteto de 64 e usar cartões e celular dele para pagar contas e fazer transferências bancárias, em Goiânia, capital de Goiás. Depois do crime, o rapaz, conforme a investigação, usou o rosto da vítima para tentar validar uma transação bancária por reconhecimento facial e ainda fez uma selfie em frente ao espelho na suíte do arquiteto. A polícia foi acionada porque o setor de segurança do banco detectou o braço do suspeito na imagem sustentando a cabeça da vítima.

O crime aconteceu na madrugada de segunda-feira, 25, no apartamento do arquiteto, que era também professor universitário. Após serem acionados pelo banco em que a vítima era correntista, os policiais foram até o prédio, no setor oeste da capital goiana. Na entrada do edifício, eles se depararam com um rapaz com a mesma tatuagem no braço que aparecia na foto enviada pelo banco.

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Eles o detiveram e entraram no apartamento com auxílio da zeladoria do edifício. Como a suíte estava trancada e ninguém respondia aos chamados, os policiais arrombaram a porta. O corpo do arquiteto foi encontrado no banheiro, com um crucifixo na mão e uma corda em volta do pescoço.

Conforme a polícia, o autor do crime forjou o cenário para simular um suicídio. O rapaz teria mentido sobre sua identidade, mas os policiais o identificaram. José Henrique - a polícia não divulgou o nome completo - já era suspeito de crimes de estelionato e furtos.

Ele confessou o crime e o uso do cartão de crédito da vítima para fazer compras de celulares e perfumes no valor de R$ 4 mil em um camelódromo do setor Campinas. Disse ainda que fez transferências via pix com o cartão no valor aproximado de R$ 60 mil. Na tentativa de acessar uma das contas da vítima, usou imagens do rosto do morto para a validação biométrica.

O suspeito disse aos policiais que voltou ao local do crime porque pretendia avisar à polícia que encontrara o corpo e informar que o arquiteto tinha se suicidado. Ele tomou essa decisão quando já estava em sua casa, no Jardim Esmeralda, ao se dar conta de que as câmeras do edifício tinham registrado sua entrada e saída no prédio.

O garoto de programa foi autuado por latrocínio (matar para roubar). A Polícia Civil aguarda o laudo do exame necroscópico para concluir a investigação.

Luto

O Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Goiás (CAU-GO) divulgou nota de pesar, lamentando a morte do arquiteto. "O CAU/GO lamenta profundamente o falecimento do arquiteto e urbanista Roberto Paiva na última segunda-feira, 25.

Roberto Paiva se graduou em Arquitetura e Urbanismo pela PUC-Goiás, em 1985. Era especialista em Planejamento Urbano e Ambiental pela UnB (Universidade de Brasília). Nesse momento de imensa dor, o CAU/GO expressa as mais sinceras condolências aos amigos e familiares de Roberto Paiva. Esperamos que o caso envolvendo seu falecimento seja prontamente solucionado pelas autoridades competentes", escreveu.

A reportagem ainda tenta contato com a defesa do suspeito.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), revogou a prisão preventiva do bolsonarista Alan Diego dos Santos Rodrigues em uma investigação sigilosa sobre os atos golpistas do dia 8 de janeiro. Ele foi condenado por tentar explodir uma bomba nas proximidades do aeroporto de Brasília em dezembro de 2022.

Rodrigues, no entanto, não deixará a cadeia, porque também teve a prisão decretada no processo sobre a tentativa de atentado terrorista. Ele foi condenado a cinco anos e quatro meses de prisão pelo juiz Osvaldo Tovani, da 8.ª Vara Criminal de Brasília.

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A denúncia do Ministério Público do Distrito Federal atribuiu a Rodrigues a instalação do explosivo em um caminhão de combustível, carregado de querosene de aviação. A perícia apontou que o artefato não explodiu por um erro de montagem.

A investigação apontou que o plano foi montado no acampamento organizado por bolsonaristas em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília. O motorista do caminhão percebeu a bomba e chamou a Polícia Militar, que detonou o explosivo. O objetivo do grupo, segundo o MP, era 'causar comoção' social para justificar uma intervenção das Forças Armadas.

O ex-BBB Diego Gasques, de 42 anos, conhecido como Diego Alemão, foi preso em flagrante por porte ilegal de arma na madrugada desta terça-feira (26), no Leblon, Zona Sul da cidade do Rio. Ele foi liberado pela manhã, após pagar fiança no valor de R$ 4 mil, arbitrada pela Polícia Civil. A informação foi confirmada por Jeffrey Chiquini, advogado do empresário. 

Segundo a Polícia Militar, equipes do 23º BPM (Leblon) foram acionadas para checar a presença de “um homem aparentemente alterado” na esquina das ruas Visconde de Pirajá e Gomes Carneiro, em Ipanema. Alemão teria apontado a arma para pessoas aleatórias e então, ameaçado atirar. 

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Diego deixou o local onde estava após a chegada da PM e embarcou em um táxi, mas o veículo foi interceptado e, durante a revista, foi encontrado um revólver calibre 32 e oito munições do mesmo calibre escondidos sob o banco traseiro. 

Arma apreendida com Diego Alemão. Foto: Reprodução 

Em entrevista na última sexta-feira (22), o ex-governador de São Paulo, João Doria, se retratou sobre ter comemorado a prisão de Lula. Na ocasião, em 2018, ele havia dito que a detenção do atual presidente “lavava a alma dos bons brasileiros”. Agora, Doria acha que a declaração foi “imprópria” e pediu desculpas.

“Aquilo foi uma declaração imprópria e eu não tenho problema em reconhecer. Isso me ajuda a ser uma pessoa melhor, mais respeitada. Eu sei pedir desculpas, sei reconhecer quando eu erro. Não foi uma declaração adequada. Eu não poderia confrontar a Justiça. A Justiça determinou que ele fosse mantido dentro do sistema prisional. Mas aquela frase foi uma frase imprópria, pela qual eu me desculpo”, disse o ex-político, em conversa com Rafael Colombo, no Flow News.

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Confira o trecho:

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Uma família foi mantida refém por sete homens armados na noite desse domingo (24), no bairro Dom Avelar, em Salvador. A mulher e os filhos foram liberados na manhã desta segunda (25), após oito horas em cárcere privado.

Seis homens e um adolescente foram presos pela Polícia Militar (PM). Informações da ocorrência apontam que eles invadiram o imóvel na Rua Sacramentinas por volta das 22h30, após serem perseguidos por policiais da Rondas Especiais (Rondesp).

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Os suspeitos chegaram a transmitir nas redes sociais alguns momentos em que estiveram na casa da família. O primeiro refém foi liberado na madrugada em troca da chegada de um advogado. As negociações entre o grupo e os policiais se estenderam até às 6h30, quando a mulher e os outros dois filhos foram resgatados.

Nenhum ente da família ficou ferido, mas todos foram levados para uma unidade de saúde. Os suspeitos foram apreendidos com drogas e três pistolas. O integrante menor de idade foi levado à Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra a Criança e o Adolescente (Dercca) e os demais seguiram para a Central de Flagrantes.

A Polícia Civil da cidade de Bady Bassitt, interior de São Paulo, deteve uma quadrilha hacker de jovens que invadia ilegalmente plataformas e sites de instituições de segurança e de Justiça do País. O principal suspeito de liderar o grupo, que comercializa esses acessos por preços até R$ 1 mil, é um adolescente de 14 anos.

As investigações, reveladas pelo programa Fantástico (TV Globo), neste domingo (24), apontam que a quadrilha tinha cerca de 20 milhões de logins e senhas das plataformas.

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Eles conseguiam não apenas acessar os sistemas da Polícia Civil de São Paulo, por exemplo, como também alterar informações, como inserir informações falsas em registro de boletins de ocorrência e até limpar a ficha criminal de pessoas que já tinham passagem pela polícia.

Os acessos, feito por meio de logins e senhas de servidores, virou um ativo valioso na mão dos jovens. Segundo o delegado Adriano Pitoscia, de Bady Bassitt, eles comercializam as "chaves" por preços que variavam de R$ 200 à R$ 1.000.

Segundo a reportagem, a quadrilha possuía mais de 20 milhões de acessos. Desses, mais de 3.600 logins e senhas eram do Tribunal de Justiça de São Paulo; 1.500 da Polícia Militar; 500 da Polícia Federal; aproximadamente 150 do Exército; e 89 do Ministério Público do Estado paulista.

Rastrear o grupo era difícil, de acordo com o Fantástico. Como os arquivos estavam em servidores privados, o grupo conseguia criar "conexões fantasmas" para maquiar a origem de onde estavam fazer o acesso. Ou seja, não era possível saber de qual computador (logo, de qual endereço do suspeito) estava sendo praticada a invasão.

Mas em junho deste ano, a Polícia Civil de Bady Bassitt conseguiu chegar a um suspeito, de 17 anos, que operava o esquema da cidade. Por meio dele, os agentes chegaram a um jovem de 18 anos, morador da cidade de São Paulo, e que era conhecido pelo apelidado de Fusaao na internet.

Ele é suspeito de ter entrado no sistema da polícia civil e fazer alterações no sistema para sumir a sua ficha criminal. Segundo o delegado Pitoscia, ele invadiu e conseguiu se declarar como morto para impedir que seu nome aparecesse em uma futura pesquisa.

A partir disso, as investigações chegaram a um adolescente de 14 anos, do Paraná, que confessou aos policiais ser o criador do programa de computador pelo qual o grupo conseguia acessar os sites privados e públicos. Ele é suspeito de ser o líder da quadrilha, que teria se conhecido na plataforma de jogos Discord.

"Esse adolescente (de 14 anos) afirmou que acessou por curiosidade. Os outros investigados acessavam ou compartilhavam logins e senhas para fins financeiros, pelo preço de R$ 200 até R$ 1.000", explica o delegado Adriano Pitoscia ao Fantástico.

Além dos integrantes de São Paulo e de Paraná, outros dois membros do grupo, de Mato Grosso e de Santa Catarina, também foram detidos. Os cinco foram liberados, mas o adolescente de 17 anos, de Bady Bassitt, voltou a ser apreendido e está na Fundação Casa, informou a reportagem.

Procurada, a plataforma Discord disse ao Fantástico que adota uma abordagem de tolerância zero com atividades ilegais e que remove o conteúdo, proíbe usuários e colabora com as autoridades, quando identificam atividades deste tipo.

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