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Três funcionários públicos são presos a cada semana no País, em média, sob acusação de envolvimento com organizações criminosas responsáveis por desvios de verbas públicas, crimes fazendários, delitos ambientais e até mesmo tráfico internacional de drogas. Os números fazem parte de levantamento inédito obtido pelo Estado na Divisão de Investigação e Combate ao Crime Organizado (Dicor), da Polícia Federal, e englobam resultados de 2.325 operações feitas entre janeiro de 2013 e março de 2017.

A análise dos dados, obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação, mostra ainda que o total de agentes públicos detidos pelos federais cresceu 57% nos 24 meses após a deflagração da Operação Lava Jato, em 2014, na comparação com os dois anos anteriores (469 contra 298).

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Para o ex-secretário nacional antidrogas e juiz aposentado Walter Maierovitch, o número de detidos poderia ser maior ainda. De acordo com ele, há pouca investigação sobre o envolvimento de servidores com as organizações criminosas, apesar de "a criminalidade organizada não existir sem a conivência de agentes públicos".

Contas

Os números da Dicor mostram que são as operações que investigam corrupção, fraudes em licitações e desvios de verbas públicas que mais surpreenderam agentes públicos envolvidos com as chamadas organizações criminosas. Ao todo, 45% dos 783 detidos foram apanhados nessas circunstâncias. Em segundo lugar nesse ranking estão os casos de crimes fazendários, como a sonegação fiscal e o contrabando (16% do total), e depois os delitos cometidos contra a Previdência Social (10%). Essas organizações criminosas são chamadas pelos estudiosos de "parasitárias", ou seja, vivem dentro do Estado.

Para Márcio de Souza Christino, procurador de Justiça de São Paulo, é mais fácil um agente público se envolver com organizações criminosas que desviam verbas públicas, como as investigadas pela Lava Jato. "É mais fácil, menos perigoso e menos exposto do que a prática de crimes violentos", afirmou. Para ele, os números mostram o resultado do aumento da repressão a esse tipo de delito, além da maior experiência da PF e de mais investimentos da instituição.

Segundo a delegada Tânia Prado, da Associação Nacional dos Delegados Federais, o aumento de prisões está ligado à estruturação do combate ao desvio de verbas públicas. O fenômeno começou em janeiro de 2002, quando a PF passou a usar interceptações telefônicas para investigar desvios de recursos - antes o método era reservado às investigações sobre tráfico de drogas.

Depois, em 2012, a PF criou o Serviço de Repressão a Desvios de Recursos Públicos (SRDP). Até então cada setor investigava casos de corrupção em sua área. O desvio de verbas passou a concentrar os inquéritos e a contar com banco de dados próprio. "Geralmente esses casos estão ligados a licitações, como editais dirigidos", afirmou Tânia Prado. De acordo com ela, o combate à corrupção virou a prioridade da instituição. Em 2015, o SRDP se tornou uma delegacia e, neste ano, a direção da PF criou a Coordenação Geral de Combate à Corrupção, chefiada pelo delegado Josélio Azevedo, estruturando de vez essa atividade no órgão.

Além das chamadas organizações parasitárias, os números da Dicor envolvem grupos criminosas de tipo violento, como o Primeiro Comando da Capital (PCC), que atuam no tráfico de drogas e em crimes patrimoniais, como roubos e sequestros. Os funcionários públicos envolvidos com esse tipo de organização representam apenas 4,5% do total. "Quem (o funcionário público) se envolve com essas organizações violentas não é participante, integrante da organização", disse Christino. "Normalmente ele é corrompido e se torna conivente com tráfico de drogas ou crimes violentos, como o roubo de cargas."

Diferenças

Os Estados de Santa Catarina, Amazonas e Alagoas foram os que registraram a maior quantidade de servidores apanhados em organizações violentas. Para Maierovitch, ainda não há no Brasil um elo entre as organizações violentas e o desvio de verbas públicas, como acontece na Itália, por exemplo, nem há um relacionamento claro entre criminosos e poder público, como no México. "As organizações criminosas violentas parasitárias atuam, principalmente, no nível municipal", disse. Esse tipo de situação exigiria uma extensa contaminação do aparelho policial.

Para o coronel Nivaldo Restivo, comandante-geral da maior Polícia Militar do Brasil - a de São Paulo, com seus 87 mil homens -, isso está longe de acontecer. "Temos problemas muito pequenos no Estado, alguns policiais envolvidos com quadrilhas especializadas no roubo de caixas eletrônicos." A maioria das denúncias investigadas pela Corregedoria da PM, segundo ele, ainda envolvem casos de uso excessivo da força. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um porta-voz da presidência de Mianmar afirmou nesta segunda-feira (18) que o presidente Htin Kyaw autorizou a prisão na semana passada de dois repórteres da agência de notícias Reuters por suposta violação de segredos de Estado. Os jornalistas, Wa Lone e Kyaw Soe Oo, foram detidos no dia 12, acusados de violar a legislação que prevê pena de até 14 anos de prisão por obter "documentos secretos importantes" de dois policiais.

Os policiais trabalhavam no Estado de Rakhine, onde abusos atribuídos em grande medida aos militares levaram mais de 630 mil muçulmanos rohingya a fugir para o vizinho Bangladesh. O porta-voz presidencial disse que o caso será conduzido conforme o previsto na lei.

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Htin Kyaw foi escolhido presidente pela líder de facto do país, Aung San Suu Kyi, um aliado próximo dela. Suu Kyi não pode ser eleita presidente, pelas regras da Constituição local.

Grupos de defesa do jornalismo questionam qual é o paradeiro da dupla detida. Os familiares dos jornalistas não tiveram autorização para vê-los, até agora. Fonte: Associated Press.

A Polícia Militar informou ter detido 16 pessoas durante os tumultos registrados no entorno do Maracanã na noite de quarta-feira, antes e depois da final da Copa Sul-Americana disputada entre Flamengo e Independiente. Segundo a PM, um dos detidos estava com dez artefatos explosivos.

As prisões envolveram os mais variados delitos. A maior parte foi detida por tentativa de invasão ao Maracanã, mas houve pelo menos três presos por roubo e dois por cambismo - um dos cambistas ainda acabou identificado por roubo a um torcedor.

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Ainda de acordo com a PM, um policial foi ferido com uma garrafada na cabeça e outro teve ferimento na mão. Uma viatura também foi apedrejada, mas sem deixar feridos. Os policiais foram encaminhados ao Hospital Central da Polícia Militar (HCPM) e passam bem.

Ao todo, mais de 650 policiais militares atuaram dentro e fora do estádio. A torcida argentina foi escoltada pelo Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (GEPE) com apoio do Grupamento Aeromóvel (GAM). Apesar disso, alguns ônibus de torcedores tiveram os vidros das janelas quebrados. Um cone utilizado em sinalização de rua foi arremessado contra o veículo que levava o time argentino.

Para conter o tumulto, a PM utilizou bombas de gás, spray de pimenta, balas de borracha e jatos d'água. Em meio às cenas de guerra, famílias com crianças pequenas tentavam se proteger. Jogadores do Flamengo tiveram que esperar dentro do estádio até os ânimos se acalmarem.

Um juiz do Peru determinou nesta segunda-feira a prisão por 18 meses de quatro empresários de construtoras que se associaram à Odebrecht e supostamente coordenaram subornos em conjunto com o ex-presidente Alejandro Toledo para ganhar a licitação de uma rodovia que une o Brasil ao Peru.

O magistrado Richard Concepción determinou prisão preventiva contra José Graña, Hernando Graña, Fernando Camet e José Castillo, que se entregaram a autoridades e seguiam presos enquanto esperavam em uma sala do Palácio de Justiça sua transferência para a prisão. Além disso, foi determinada prisão domiciliar para Gonzalo Ferraro Rey, cuja defesa informou que ele está enfermo e internado em uma clínica local.

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O promotor do caso, Hamilton Castro, acusou os cinco empresários de tramar junto com a Odebrecht o pagamento de subornos milionários a favor de Toledo (2001-2006) em troca da vitória na licitação da rodovia Interoceânica, que liga o Brasil à costa do Peru.

Castro argumentou que as construtoras peruanas Graña & Montero, JJ Camet Contratistas Generales e ICCGSA - as mais importantes do país - deram mais de US$ 15 milhões de um total de US$ 20 milhões recebidos pelo ex-presidente.

O promotor acusa José Graña, Camet y Castillo de conluio. Além disso, Camet, Castillo, Ferraro e Hernando Graña são acusados de lavagem de ativos.

José Graña é ainda acionista do jornal El Comercio, o principal do país. A defesa dos empresários afirmou que eles são inocentes e apelou da decisão judicial.

O mesmo juiz já determinou no caso a prisão de Toledo, que está radicado nos EUA e tem contra si um pedido de extradição da Justiça peruana. Representante da Odebrecht no Peru, Jorge Barata afirmou à promotoria que as construtoras peruanas conheciam e assumiram parte do suborno a favor do ex-presidente peruano.

As acusações por corrupção atingiram todos os ex-presidentes do Peru de 2001 a 2016 e agora começam a afetar a classe empresarial. Toledo tem contra si uma ordem de captura internacional, Alan García (2006-2011) está sob investigação por suborno e Ollanta Humala (2011-2016) está em prisão provisória por 18 meses. Também são investigadas a ex-prefeita de Lima Susana Villarán e a principal líder da oposição, Keiko Fujimori. Fonte: Associated Press.

Na manhã desta quinta-feira (9), a Polícia Federal efetuou a Operação Torrentes cujos alvos são suspeitos de envolvimento em um esquema criminoso de desvio de recursos públicos, fraudes em licitações e corrupção de servidores públicos vinculados à Secretaria da Casa Militar do Estado de Pernambuco. As fraudes aconteceram durante a "Operação Reconstrução” para assistência às vítimas das enchentes na Mata Sul, em junho de 2010, e na "Operação Prontidão", em maio deste ano. 

O delegado responsável pela Delegacia de Combate ao Crime Organizado, Renato Madson, informou que até o momento da coletiva, dos 71 mandados foram cumpridas 14 prisões, 19 conduções coercitivas e 36 mandados de busca e apreensão. Os demais ainda estão sendo efetuados. De acordo com a PF, os presos tiveram "participação efetiva" nas fraudes e corrupções.

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Segundo o delegado, os recursos aportados pelo Governo Federal para combater as tragédias que acometeram o Estado foram desviados através de um acordo para beneficiar empresários e servidores públicos. "Houve um conluio para desviar recursos e esta prática foi continuada. Os novos aportes que chegaram este ano também foram alvo de desvios", salientou. 

Renato Madson também destacou que a operação de hoje serviu para complementar as provas dos desvios já realizados e "estancar" os que continuavam acontecendo, de maneira mais ostensiva. "Os recursos eram para ser utilizados para beneficiar pessoas carentes. Nos entristece ainda mais quando há um esforço do Governo de ajudar em uma situação de emergência e dpeois são constatados desvios", comentou. "As oitivas e prisões estão corroborando o que foi investigado na fase sigilosa", acrescentou.

A Controladoria Geral da União (CGU) constatou as irregularidades a partir de uma amostra de licitações e termos celebrados entre o Estado e as empresas para a aquisição de filtros, alimentos, colchões, material de cama e banho, locação de banheiro químico e de veículos para a população dos municípios atingidos pelas tragédias ambientais. De acordo com o coordenador geral de Operaçãos Especiais da CGU, Israel Reis de Carvalho, alguns itens eram recebidos de doações e mesmo assim as licitações para a compra eram efetuadas. 

 "Com os elementos levantados pela Polícia Federal e pelas mostras levantadas pela Controladoria, identificamos que houve desvio de recursos públicos”, apontou Israel Reis de Carvalho. Ao todo, são 12 contratos investigados em relação a 2010 e outros três deste ano. Somados, chegam a R$ 450 milhões e a fraude pode, segundo a invetsigação, ser bilionária. O valor ainda está sendo fechado.

A PF os dividiu em cinco grupos de envolvidos no esquema:

Os militares são: o Tenente-Coronel Larinaldo Felix (pregoeiro em 2010); Tenente-Coronel Fábio Resende (hoje secretário executivo de Defesa Civil); Coronel Roberto Gomes de Melo Filho e Coronel Valdemir José Vasconcelos de Araújo.

Além desse, outros grupos envolvidos são os do empresário Ricardo Padilha; o do empresário Rogério Fabrício Roque Neiva; o da Ceasa, do empresário Romero Pontual e outro do empresário Antônio Manuel de Andrade Júnior. 

O grupo de empresas que atuou em 2010, de acordo com a investigação, é o mesmo de 2017. Entre os militares envolvidos, de acordo com a PF, os Tenentes-Coronéis Larinaldo Felix e Fábio Resende também atuaram nas duas operações.  

Quatro pessoas foram presas na quarta-feira (8) por suspeitas de fraude em concursos públicos e no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2016. Segundo a Delegacia de Polícia Federal em Juazeiro do Norte (CE), não foram identificados indícios de fraudes no Enem deste ano. Duas prisões foram em Juazeiro do Norte e outras duas em Fortaleza. Segundo a PF, eles eram os mandantes da organização criminosa.

Na operação Adinamia, a Polícia Federal também apreendeu celulares, computadores e documentos. O material  será analisado em busca de novos indícios dos crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e fraude em concursos públicos.

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Além das prisões, foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão e 11 de condução coercitiva, nos estados do Ceará (Fortaleza, Juazeiro, Barbalha, Mauriti, Abaiara e Lavras da Mangabeira), Paraíba (São José de Piranhas e Cajazeiras) e Piauí (Teresina). As fraudes consistiam na violação antecipada de lacres para acesso às provas do Enem e concursos, além da utilização de ponto eletrônico para a transmissão dos gabaritos.

Inep

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela aplicação do Enem, informou que trabalha em conjunto com a Polícia Federal para evitar fraudes e que o exame deste ano seguirá com o calendário normalmente.

A primeira prova do Enem foi aplicada no último domingo (5) e a segunda está marcada para o próximo domingo (12). Neste ano, foram adotadas medidas de segurança adicionais para a realização do Enem, como a adoção de detectores de ponto eletrônico e sensores para identificar o momento exato da abertura dos malotes com as provas.

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Alejandro Rangel acaba de recuperar a liberdade e seu plano é manter o ofício que tinha na prisão: bombeiro florestal.

Ele integrou, por mais de dois anos, uma das 200 equipes de bombeiros-detentos que no verão e no outono do Hemisfério Norte passam mais tempo combatendo as chamas nas florestas da Califórnia do que atrás das grades.

Esta semana, por exemplo, cerca de 550 presidiários foram enviados à região vinícola, onde violentos incêndios se propagam de forma descontrolada e já deixam mais de 30 mortos, milhares de evacuados e bairros inteiros destruídos.

Na prisão são reclusos, mas fora dela são bombeiros, como qualquer outro. Não há algemas, correntes, nem agentes; o que os diferencia dos demais é o uniforme laranja e a palavra "recluso" estampada em uma das pernas da calça, além do valor que recebem.

Por arriscar a vida na linha de fogo, ganham um dólar por hora, em comparação com um mínimo de 17,7 dólares/hora para um bombeiro profissional. Seu principal trabalho é evitar que as chamas se propaguem, cortando árvores com serras elétricas e cavando canais com picaretas e arados no pasto, em volta do fogo, para contê-lo.

Alejandro, de 25 anos, sonha trabalhar como operador de motosserra. "Mas o que me derem eu faço, quero entrar em qualquer corpo de bombeiros na Califórnia", disse dias antes de sair em liberdade, durante um exercício de treinamento na prisão Oak Glen, em Yucaipa, cerca de 140 km ao leste de Los Angeles.

Trabalho em equipe, disciplina, reabilitação são palavras que se repetem entre os reclusos que a AFP entrevistou sob a vigilância atenta de um guarda carcerário.

Gayle McLaughlin, que aspira ao posto de vice-governadora da Califórnia, condena o programa: "Não importa como queiram disfarçá-lo, ter gente trabalhando por quase nada é trabalho escravo e isso não é aceitável".

Mas os presidiários negam se sentir explorados, muito menos escravos, por fazer esse duro trabalho a um salário tão baixo, que é, no entanto, o maior dentro do sistema de prisão e inclui dois dólares por cada dia que não estão combatendo o fogo.

"É um trabalho muito duro por pouco dinheiro, mas te ajuda a construir caráter", disse Alejandro, que este ano ganhou 1.200 dólares. Calcula-se que o estado economiza 124 milhões de dólares por ano com este programa, que existe desde 1946 e que este ano deixou dois reclusos mortos na linha de fogo.

"Minha mãe está orgulhosa"

Presidiários de segurança mínima, condenados por delitos não violentos, podem participar deste programa, que é voluntário dado o compromisso e o risco que supõe.

A maioria destes homens é jovem e está na prisão por narcotráfico ou furto. Alejandro foi condenado a oito anos por roubar uma casa em sua cidade natal, San Fernando, vizinha de Los Angeles.

Ele passou os últimos dois em Oak Glen, que não se parece muito com uma prisão comum: não há celas, conta com jardins com árvores, se respira ar puro. Tem até mesmo uma academia com pesos, proibidos em outras instituições. Muitos réus elogiam a qualidade de vida proporcionada pelo local.

Ser bombeiro "mudou a minha vida", indicou Alejandro, filho de mexicanos. "Quando cheguei, não tinha nenhuma experiência, agora desfruto de trabalhar em equipe, ajudar outras pessoas... Esta é a minha carreira".

O caminhão em que os reclusos viajam não tem escada ou mangueira. É um ônibus vermelho com grades nas janelas. A cabine do motorista, um bombeiro profissional, fica separada do resto do grupo.

Durante a temporada de incêndios, esse veículo é praticamente a casa deles. De Yucaipa podem viajar por toda a Califórnia para apoiar o combate aos focos. Só no ano passado percorreram cerca de 16.000 km.

Faltam seis meses em Oak Glen para Derrick Lovell, 25 anos, e seu plano, assim como o de Alejandro, é se juntar aos bombeiros florestais. "Minha mãe está orgulhosa, me disse 'eu sabia que você ia ser bombeiro, e você conseguiu, ainda que pelo caminho mais duro'", lembrou, emocionado.

"É a primeira vez que minha família está orgulhosa de mim", contou Travis Reeder, 23 anos, preso por vender drogas, que desmaiou em seu segundo dia de trabalho por desidratação. Ele também aposta neste ofício.

Três organizações criminosas foram presas durante a Operação Garanhuns Verde, no município do Agreste de Pernambuco. Os grupos são suspeitos de envolvimento em homicídios, tráfico de drogas, roubos, adulteração de sinais identificadores de veículos e receptação. Os crimes aconteciam no município e localidades vizinhas. 

De acordo com a Polícia Civil, foram expedidos 41 mandados de prisão preventiva sendo dez a integrantes já presos e 13 estão foragidos. Dentre eles, 28 foram cumpridos e um adolescente foi apreendido. Ao todo, foram cumprido 17 mandados de busca e apreensão domiciliar dentre os 23 expedidos. 

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O delegado João Lins, titular da 22º Delegacia de Homicídios de Garanhuns, explicou que “a investigação começou em junho de 2016 quando pontualmente estava sendo investigado um homicídio em Garanhuns, cujo autor principal foi preso. A partir daí, conseguimos investigar todos os amigos dele e chegamos à conclusão que o principal suspeito participava de uma organização criminosa de roubo e clonagem de veículo e outros amigos tinham participação de outra organização de tráfico de drogas e associação criminosa por roubos e crimes diversos na cidade”.

O delegado apontou que, ao todo, eram três organizações, mas alguns integrantes transitavam entre as elas. “Eles roubavam o carro em Recife, clonavam em Garanhuns e esquentavam com documentos vindos de Alagoas; compravam drogas de outros estados e levavam para Garanhuns para serem levados aos pontos de droga e faziam roubos a casas e transeuntes na cidade”, detalha. João Lins explicou que a polícia não descarta a possibilidade de os roubos de carros serem feitos por encomenda.

Já os homicídios eram gerados por disputa de divisão do roubo ou inimigos que estivessem atrapalhando a realização dos crimes. Quanto aos envolvidos nas organizações, “muitos dos elementos que compunham as organizações são parentes”, conforme o delegado. O delegado informou que as organizações tinham um advogado que tinha papel de receptação, “ele comprava arma e recebia carro clonado. A função dele era orientar os criminosos na prática da atividade, como se desvencilhar na prática policial”. 

Em relação às apreensões, a Polícia Civil informou que foram somados mais de 15 veículos roubados, mais de dez prisões em flagrantes, oito armas de fogo, cinco quilos de crack, um de cocaína e seis de maconha. Um dos grupos será indiciado por organização criminosa, outro também por tráfico e associação para o tráfico e outros envolvidos, por roubos diversos e associação para o crime. 

Um sexto suspeito de ter alguma ligação com o atentado ocorrido no último dia 15, em um vagão do metrô de Londres, foi preso, como revelou nesta quinta-feira (21) a Polícia Metropolitana de Londres (MET, sigla em inglês).

A MET explicou que o jovem de 17 anos foi detido ontem à noite, em uma residência de Thornton Heath, no Sul da cidade. Todos os suspeitos detidos até agora estão sob custódia em uma delegacia do sul da capital, onde são interrogados pelos agentes.

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"Esta é uma investigação que se move muito rápido. Já temos homens sob custódia e continuamos com as operações em cinco domicílios", disse o chefe da unidade antiterrorismo da MET, Dean Haydon.

Os outros suspeitos são dois homens de 30 e 48 anos, detidos ontem na localidade de Newport, no Sul do País de Gales, e outros, um deles na terça-feira (19) também, em Newport, e os outros dois no último final de semana.

Destes dois últimos, um jovem de 18 anos foi preso no porto de Dover, no Sudeste da Inglaterra, e outro, de 21, no bairro de Hounslow, perto do Aeroporto de Londres.

O atentado frustrado aconteceu na última sexta-feira, em um vagão de metrô na Estação de Parsons Green, no início da manhã.

Da Agência EFE

A Polícia Federal (PF) faz buscas na casa dos empresários Joesley Batista e Ricardo Saud nesta segunda-feira, 11. Os executivos estão presos. Os agentes cumprem mandados de busca também no Rio. O alvo é a casa do ex-procurador da República Marcelo Miller.

Joesley Batista e Ricardo Saud, cujas prisões foram decretadas pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, por violação do acordo de colaboração premiada, se entregaram na sede da Superintendência Regional da Polícia Federal em São Paulo, no domingo, 10.

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Saud foi o primeiro a chegar. Por volta de 14h, Joesley, que partiu da casa do seu pai, nos Jardins, na zona sul, também chegou. Ambos usaram carros particulares para ir à sede da PF.

A prisão dos delatores foi ordenada por Fachin a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O ministro deferiu parcialmente o requerimento do procurador porque não mandou prender outro personagem desse novo capítulo do caso JBS, o ex-procurador da República Marcelo Miller - sob suspeita de fazer jogo duplo em favor do grupo empresarial. A decisão do ministro foi tomada na última sexta-feira (8), mas estava protegida sob sigilo.

A operação conjunta realizada neste sábado (5) pelas forças de segurança estaduais e federais no Rio de Janeiro cumpriu 18 mandados de prisão e prendeu cinco pessoas em flagrante. As informações foram divulgadas no início desta noite pela Secretaria Estadual de Segurança Pública. O balanço informou também a morte de três pessoas em confronto com a polícia e a apreensão de dois adolescentes.

Em entrevista coletiva na manhã de hoje, autoridades envolvidas na coordenação da operação, batizada de Onerat (carga em latim), já haviam informado que, entre os mandados de prisão cumpridos, nove eram para pessoas que já estavam detidas em presídios. Segundo o balanço divulgado por volta das 18h, um foragido da justiça está entre os detidos que foram encontrados nas favelas.

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A ação buscava cumprir 40 mandados de prisão no Complexo do Lins, na zona norte do Rio, além de 15 mandados de busca e apreensão. Além do conjunto de favelas, houve operações nos complexos do Chapadão e Pedreira, no Morro São João e na Covanca. As Forças Armadas atuaram no cerco a pontos estratégicos do entorno e as polícias foram as responsáveis pelas buscas no interior das comunidades.

Foram apreendidas três pistolas, duas granadas e quatro radiotransmissores durante a ação, que busca combater o roubo de carga no estado. Uma moto e 21 automóveis também foram apreendidos pelos agentes, que recuperaram carga roubada. Os itens encontrados incluem material escolar, cosméticos, roupas e parte do carregamento de um caminhão dos Correios que foi roubado e levado para o Morro São João na última sexta-feira. Às apreensões também se somam 4 quilos (kg) de cocaína e 13 kg de maconha.

A operação começou por volta das 3h30 deste sábado, e a Autoestrada Grajaú-Jacarepaguá teve que ser fechada nos dois sentidos, por sua proximidade com o Complexo do Lins. Os acessos à via foram liberados por volta das 18h.

Policial morto

Um policial militar que participava da operação pelo Batalhão de Ação com Cães (BAC) morreu hoje quando transportava dois suspeitos para a Cidade da Polícia. Segundo a Polícia Militar, a viatura em que o PM estava se envolveu em um acidente com um ônibus na zona norte do Rio, no bairro Encantado.

Os dois suspeitos que estavam sendo transportados e mais um policial militar se feriram no acidente. Os feridos foram levados para o Hospital Salgado Filho, onde o policial militar que morreu chegou a ser socorrido, mas não resistiu.

A Polícia prendeu nesta sexta-feira, 4, o ex-chefe da Casa Civil de Mato Grosso Paulo Taques, primo do governador Pedro Taques (PSDB), por suspeita de envolvimento com o esquema "barriga de aluguel", a máquina de grampos ilegais instalada no Estado por um núcleo de policiais militares. A prisão de Taques foi decretada pelo desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

Perri é o relator da investigação no TJ. Os grampos pegaram mais de cem pessoas, entre políticos da oposição, advogados e até jornalistas. "Barriga de Aluguel" revela que números de telefones eram incluídos ilegalmente em inquérito sobre tráfico de entorpecentes.

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A ordem de prisão de Paulo Taques foi motivada também pela suspeita de que o ex-chefe da Casa Civil mandou grampear até sua ex-amante, a publicitária Tatiana Sangalli, e sua ex-assessora Carolina Mariane. A investigação diz que Tatiana é conhecida por "Dama Lora" e Carolina é a "Amiguinha".

Taques, que é advogado e deixou a Casa Civil em maio, também está sob suspeita de tentar destruir provas e documentos da investigação sobre a "barriga de aluguel".

O primo do governador vai ficar detido no Centro de Custódia da Capital.

A prisão de Taques foi pedida pelo delegado Juliano Silva de Carvalho, que investiga "Barriga de Aluguel".

Ao mandar prender o ex-braço direito do governador, o desembargador Perri assinalou: "Destaque-se que Paulo Cesar Zamar Taques, em liberdade, vem buscando, de todas as formas, interferir diretamente na apuração dos fatos, mediante a utilização dos meios de comunicação, sobretudo pelo forte prestígio que ainda possui perante a imprensa de uma forma geral, ou, quiçá, de espaços decorrentes de suas relações com o Governo."

O magistrado cita, em sua decisão, o coronel Airton Benedito de Siqueia Júnior, também alvo da investigação. "Vale ressaltar, ainda, que a utilização da máquina pública, ou de sua influência, pelo ex-secretário-chefe da Casa Civil para fins particulares, não é nenhuma novidade, porquanto na eleição municipal ocorrida em Lucas do Rio Verde, no ano de 2016, Paulo Taques pediu ao coronel. PM Airton Benedito de Siqueira Júnior que resolvesse determinada situação envolvendo seu escritório de advocacia, no que foi prontamente atendido pelo atual Secretário de Estado de Justiça e Direitos Humanos."

Orlando Perri é taxativo. "O que não se pode admitir, repito, é que o ex-chefe da Casa Civil se valha do prestígio que ainda ostenta no intuito de prejudicar as investigações policiais, como, deliberadamente, vem fazendo, a ponto de o Governador do Estado, seu primo, vir a público para dizer que Paulo Taques apenas 'cumpriu seu papel institucional'"

Sobre o grampo que pegou a ex-amante de Taques, o desembargador anotou. "A ex-amante do ex-secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Cesar Zamar Taques, estava grampeada desde outubro de 2014 pelo propalado e inexistente Núcleo de Inteligência da Polícia Militar, e seu grampo ilegal, pela Polícia Judiciária Civil, a mando de Paulo Taques, somente foi uma continuidade da infração penal há tempos praticada."

Orlando Perri ressaltou. "Para melhor demonstrar a umbilical ligação das investigações levadas a efeito, ouso afirmar, sem achismo ou dedução fantasmagórica, que a inserção do terminal telefônico de Tatiana Sangalli nas operações conduzidas pela Polícia Judiciária Civil (Forti e Querubin), no primeiro semestre de 2015 - conforme exigência do então chefe da Casa Civil -, representou, na verdade, mero desdobramento de sua escuta clandestina, uma vez que ela já vinha sendo interceptada ilegalmente desde outubro de 2014, porque inserida ilegalmente naquela investigação conduzida perante o juízo da Comarca de Cáceres."

O desembargador cita trecho da investigação que aponta o nome de João Arcanjo Ribeiro como o pivô do ciúme do ex-Casa Civil. "Paulo Taques asseverou ao então secretário (da Segurança Pública do Estado) que uma das mulheres, interlocutoras da transcrição, era a pessoa de Tatiane Sangalli, sua ex-amante e que ela agora estaria muito próxima de João Arcanjo Ribeiro, inclusive, articulando-se para casar-se com ele, por intermédio da própria filha de Arcanjo."

Orlando Perri assinalou, ainda: "Outra situação concreta que comprova o poder que o representado ainda possui no âmbito do Poder Executivo Estadual diz respeito ao fato de o atual secretário-chefe da Casa Civil, José Adolpho de Lima Avelino Vieira, ter sido, desde o início da gestão, o braço direito do investigado Paulo Cesar Zamar Taques, e, portanto, seu acesso ao Palácio do Governador permanece irrestrito, podendo se valer de tal influência, assim como fez no caso em questão, para cuidar de assuntos estritamente pessoais."

A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Paulo Taques e deixou o espaço aberto para manifestação.

A Polícia Federal (PF) prendeu dois investigados na Operação Zelotes. Foram capturados o auditor da Receita Eduardo Cerqueira Leite e Mario Pagnozzi, do escritório Pagnozzi & Associados Consultoria Empresarial, por ordem do juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal, em Brasília. Segundo o magistrado, se estiverem soltos, os alvos podem destruir ou ocultar provas.

Eduardo Leite é um dos réus em ação penal por corrupção na Receita Federal e no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), órgão que julga as apelações contra multas aplicadas pelo Fisco. O grupo é acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de envolvimento em esquema pagamento de propina para livrar o BankBoston, atualmente Itaú Unibanco, de autuações milionárias.

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O Itaú Unibanco esclareceu que "não é parte do processo e não teve acesso à decisão". Entre os réus estão o ex-diretor jurídico do BankBoston Walcris Rosito, o auditor da Receita Eduardo Leite e os ex-conselheiros do Carf José Ricardo da Silva, Valmir Sandri e Paulo Cortez. Além de corrupção, os implicados vão responder por gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro, apropriação de dinheiro de instituição financeira e organização criminosa.

Para obter o benefício milionário, o então diretor jurídico do BankBoston teria feito pagamentos ao escritório Pagnozzi & Associados Consultoria Empresarial, de São Paulo. Conforme os investigadores, a empresa fez várias subcontratações para que o dinheiro chegasse aos julgadores da Receita Federal e do Carf.

Na ação, os procuradores do caso, investigado na Operação Zelotes, pedem que os citados também sejam condenados a pagar uma indenização de R$ 100 milhões por "danos morais coletivos".

A suposta atuação criminosa na Receita e no Carf teria feito com que o Fisco deixasse de recolher R$ 509 milhões. O BankBoston foi adquirido pelo Itaú Unibanco durante a tramitação dos processos sob suspeita. Não há, contudo, executivos do Itaú Unibanco entre os denunciados.

Defesas

A reportagem não localizou representantes da Pagnozzi & Associados Consultoria Empresarial, além de Walcris Rosito, Eduardo Cerqueira Leite e Valmir Sandri.

O Itaú Unibanco, em nota, "esclarece que não é parte do processo e não teve acesso à decisão mencionada. O Itaú reafirma que, em 2006, adquiriu as operações do BankBoston no Brasil, sendo que o contrato de aquisição não abrangeu a transferência dos processos tributários do BankBoston, que continuaram sob inteira responsabilidade do vendedor, o Bank of America. O Itaú não tem e não teve qualquer ingerência na condução de tais processos nem tampouco qualquer benefício das respectivas decisões. O Itaú esclarece, ainda, que nenhum dos denunciados foi funcionário ou diretor desta instituição."

O advogado de José Ricardo da Silva, Marlus Arns, disse que a defesa só vai de pronunciar depois de intimada da decisão.

O advogado de Paulo Cortez, Ivan Morais, disse que não há elementos para justificar uma denúncia criminal contra seu cliente. Ele afirmou que acredita na inocência do ex-conselheiro do Carf e que os fatos serão esclarecidos durante a "instrução probatória".

Durante a Operação Glasnost – em russo significa transparência -, realizada em todo o Brasil, dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Pernambuco. O intuito da ação é combater a pornografia infantil na internet e exploração sexual de menores. No Estado, duas pessoas foram presas em flagrante. 

Segundo a Polícia Federal, os suspeitos foram pegos com material pornográfico infantil, sendo uma pessoa de Ouricuri, no Sertão de Pernambuco, e outra no Alto do Mandu, na Zona Norte do Recife. Ainda, de acordo com informações, materiais foram apreendidos. O preso no interior será encaminhado à delegacia de Salgueiro, também no Sertão.

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O preso da capital pernambucana é um professor, de 39 anos, cuja identidade não será revelada. Conforme a PF, ele admitiu ter sido usuário do site russo onde acessava não só material pornográfico infantil como também outro tipo de pornografia. A equipe encontrou material pornográfico-infantil em um pen drive. Além disso, foram apreendidos um notebook, dois discos de armazenamento de dados e um aparelho celular que passarão por perícia telemática posteriormente, com o objetivo de identificar todos os arquivos armazenados. A polícia informou que ele não mantinha relações com menores e seu crime consistiu no armazenamento de materiais. Ele responderá ao processo em liberdade após pagar uma fiança de cinco salários mínimos (R$ 4.685). 

No Sertão, foi preso outro professor, de 35 anos, também sem identidade revelada. A PF localizou o material pornográfico-infantil armazenado em um disco rígido, mas apreendeu três discos de armazenamento de dados e um aparelho celular que passarão por perícia.

A equipe também encontrou na residência do suspeito uma identidade de uma criança falsificada. Conforme a PF, o flagrante ainda está em andamento e ele poderá responder ao processo em liberdade ou ser detido e encaminhado ao presídio de Salgueiro, no Sertão. A polícia aponta que não ficou comprovado o seu envolvimento com menores ou se seu crime é de armazenamento de arquivos pornográficos. 

Ambos foram indiciados por possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente. A pena para este crime é de reclusão de um a quatro anos. Caso o material tenha sido compartilhado, as penas sobem para de três a seis anos e reclusão. 

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A Operação

Ao todo, 350 Policiais Federais, atuaram com o objetivo de cumprir 72 mandados de busca e apreensão, três mandados de prisão preventiva e dois de condução coercitiva, em 51 municípios nos Estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Ceará, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Piauí, Pará e Sergipe.

Conforme a PF, a investigação visa monitorar um site russo que funciona como um “ponto de encontro” de pedófilos por todo o mundo. Nas investigações pessoas foram localizadas por compartilharem pornografia infantil, assim como abusadores e produtores desse tipo de material.

Um dia após o assassinato de um policial militar que chegava para seu primeiro dia de trabalho no morro da Mangueira, as polícias Civil e Militar realizaram nesta terça (18), uma operação na comunidade da zona norte do Rio. Até o fim da tarde, quatro homens e uma mulher haviam sido presos, e um adolescente, detido. Foram apreendidas 30 motos, seis carros, um fuzil, uma submetralhadora, carregadores, munição, 264 quilos de maconha em tabletes, além de cocaína, haxixe e crack.

Segundo a Polícia Militar, foram descobertos dois depósitos clandestinos de gás e uma fábrica de gelo usada para atividades criminosas. Não houve troca de tiros. Entre os cinco presos está Marlon Borges, suposto líder de uma quadrilha de roubo de lojas. Contra ele havia dois mandados de prisão pendentes.

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Segundo a Polícia, em um dos assaltos praticados por Borges, na zona sul do Rio, um policial foi baleado. O adolescente apreendido é acusado de participar de assalto a uma joalheria em um shopping da Tijuca, na zona norte, e de ter matado um policial militar.

A operação reuniu policiais militares dos batalhões de Operações Especiais (Bope), Choque e Ação com Cães, além da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Mangueira, e agentes de várias delegacias especializadas, como Roubos e Furtos, Roubos e Furtos de Automóveis, Cargas e Homicídios, assim como da delegacia de São Cristóvão. Um helicóptero do Grupamento Aeromóvel auxiliou as equipes.

Morte

Por volta de 8h da segunda-feira (17) o cabo Bruno Santos Leonardo, de 29 anos, foi assassinado quando chegava para trabalhar na UPP da Mangueira. Policial militar havia seis anos, Leonardo cumpriria seu primeiro dia de trabalho naquela UPP. O soldado Luiz Cláudio Stelmann dos Santos também ficou ferido e está internado em estado estável no Hospital Quinta D'Or, em São Cristóvão (região central do Rio). Os dois foram atacados por criminosos durante a troca de serviço na base avançada do Telégrafo. Até esta terça-feira, 18, 89 PMs foram mortos neste ano no Estado do Rio.

A Polícia Civil divulgou na manhã desta quinta-feira (13) a Operação Fonte Cárcere Privado, cujo intuito é desarticular uma organização criminosa responsável pela distribuição e comércio de drogas como cocaína, crack e maconha no Recife e Região Metropolitana. De acordo com chefe de Polícia Joselito Kehrle do Amaral, a ação refletirá ainda na redução dos homicídios.

“Foi um duro golpe contra o narcotráfico que é a maior motivação dos homicídios em Pernambuco”, explica. Kehrle detalha que foram levantados preliminarmente “seis homicídios cometidos por integrantes da organização criminosa. O líder foi capturado, o José Soares de Oliveira, de 45 anos, e durante a operação foram cumpridos também – além dos 14 mandados de prisão que resultaram em 13 pessoas presas -, tivemos 21 mandados de busca e apreensão cumpridos”. Uma mulher também foi presa e ainda foram apreendidos seis quilos de entorpecentes (cocaína, crack e maconha). 

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A operação

O nome da operação “Fonte Cárcere Privado” se deu porque o líder tem uma fonte de água, no bairro de Dois Irmãos, onde era local de distribuição e comercialização dos entorpecentes. “Era uma fonte de fachada que servia para o repasse tanto no atacado como no varejo. Diante disso, os homicídios se davam em razão do acerto de contas, bem como pela briga territorial do narcotráfico. É uma organização criminosa que fazia a distribuição de maconha, crack e cocaína, então a capitalização era alta devido as drogas comercializadas”. A partir disso gerava a briga pelo espaço. Será feita a expropriação de bens derivados do comércio dos entorpecentes. 

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPE-RJ) e a Polícia Militar realizam, nesta quinta-feira (6), em Japeri, na Baixada Fluminense, a Operação Estado Paralelo para cumprir mandados de prisão contra 31 traficantes que atuam na região e de mandados de busca e apreensão nas casas de 17 policiais militares acusados de serem coniventes com os bandidos.

As equipes estão em favelas como o Parque União e o Chapadão e no Complexo Penitenciário de Bangu, na zona oeste, entre outros pontos. A ação é do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP e da Coordenadoria de Inteligência da Polícia Militar, com apoio da Corregedoria da PM.

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Entre os denunciados estão o traficante Ipojucan Soares de Andrade, o Coroa ou JJ, que está preso desde agosto de 2015; o filho adotivo dele, Silvio Cesar de Jesus Esteves, o Silvinho; e Marcelo da Silva Guilherme, o Marcelinho dos Prazeres.

Preso desde outubro de 2013, Marcelinho dos Prazes mantinha o controle da quadrilha de traficantes investigada mesmo quando estava no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), supostamente sem comunicação por telefone com o grupo do lado de fora do presídio de Bangu.

Alan Camargo da Silva, o Gordão, segundo o MP, negociava armas e munições para o tráfico das comunidades de Japeri. Breno da Silva de Souza é acusado de praticar roubos no Arco Metropolitano e nas regiões de Engenheiro Pedreira e Paracambi, na Baixada.

PMs

Estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão nas casas de 17 PMs. Eles teriam recebido propina para não coibir o tráfico em comunidades da região.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu quatro homens e apreendeu três menores de idade acusados de cometer estupro coletivo contra uma adolescente de 16 anos, em Ricardo de Albuquerque, bairro da zona norte da capital fluminense. O crime teria acontecido na noite da última segunda-feira, 3, perto da região da 31º Delegacia de Polícia (Ricardo de Albuquerque).

De acordo com a polícia, a vítima teria concordado em ir até o local do crime com o namorado. Ao chegar lá, teria sido abordada por outros quatro homens, que cometeram o estupro. Outros dois homens teriam participado assistindo à ação.

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A menina contou na delegacia, segundo relaro da polícia, que seria vítima de abusos desde os 9 anos. O delegado Renato Perez informou que vai investigar se os casos têm relação com o mesmo grupo. A adolescente deixou o Rio de Janeiro junto com a família por questões de segurança.

As milhões de pessoas que foram às ruas em junho de 2013 não pediram a aprovação da Lei 12.850, que regulou as delações premiadas. Mas a mudança legal - parte do pacote aprovado pelo Congresso em resposta aos protestos - abriu o caminho para que o número de prisões temporárias e preventivas e os flagrantes de corruptos acusados de desvio de verbas públicas no País fosse multiplicado por quatro de 2013 para 2016.

Números da Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado (Dicor), da Polícia Federal, mostram que, no ano passado, dez pessoas foram presas a cada semana por agentes federais em operações de combate ao desvio de verbas públicas. Em 2013, antes da aprovação da lei sobre colaboração premiada, esse número não chegava a três por semana (2,5 em média). O Estado analisou os dados de 2.325 operações deflagradas pela PF no País de 1.º de janeiro de 2013 a 31 de março deste ano. Os dados foram obtidos por meio da Lei de Acesso a Informação.

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"O marco disso é a lei de 2013", afirmou a delegada Tânia Prado, presidente do Sindicato dos Delegados da PF. Para ela, a legislação que emparedou o mundo político dificilmente passaria hoje no Congresso. "Ela foi aprovada no contexto da pressão popular. Devem (congressistas) ter achado que era bom para prender traficante." Em 2013, a PF fez 302 operações no País de combate a organizações criminosas - desde as envolvidas com crime comuns, como tráfico de drogas, até as especializadas em delitos financeiros. Em 2016, esse número aumentou 205%, chegando a 922.

Já no primeiro ano depois da lei, em 2014, o número de prisões concedidas pela Justiça e flagrantes nessas operações chegou a 2.798 e somou 4.122 em 2016 - aumento de 771% em comparação com as 473 registradas em 2013.

Para o procurador da República Rodrigo De Grandis, a lei foi "um divisor de águas no combate à corrupção". "Não havia o procedimento de como se fazer a colaboração premiada e hoje ela é fundamental." No caso das operações de combate ao desvio de verbas públicas, as prisões passaram de 135 (2013) para 524 (2016) - crescimento de 288%. De Grandis diz que, hoje, o combate à corrupção é uma prioridade na PF e no Ministério Público Federal (MPF).

Os números da PF mostram que não só as prisões de corruptos aumentaram, mas também as de todos os demais tipos de organizações criminosas, como a de traficantes. Ou seja, a lei afetou as máfias de forma indistinta - a única exceção foi os crimes financeiros. "É mais difícil obter uma prisão por crime financeiro. A materialidade do delito é mais complexa", disse De Grandis. Para ele, "culturalmente", a tendência é achar que o crime com sangue merece uma resposta mais severa da sociedade. "Isso é uma falácia. E está mudando, até no Supremo."

Para o criminalista Roberto Podval, há uma escalada de prisões preventivas no País nos últimos anos. "Mudou a cultura com relação à prisão no Judiciário. Saímos da impunidade absoluta para os crimes econômicos para a punibilidade absoluta, que está nesse momento. A tendência é que a gente chegue ao meio-termo. Se houve uma banalização da corrupção, houve também uma banalização das prisões provisórias."

Tecnologia

Por trás do aumento das operações e das prisões, criminalistas, policiais e procuradores apontam ainda razões tecnológicas, como a criação de bancos de dados sobre desvios de verbas públicas e laboratórios de combate à lavagem de dinheiro. Chamada Atlas, a nova ferramenta de cruzamento de informações da PF tem 56 bases de dados que armazenam 1,5 bilhão de registros sobre corrupção no País. A colaboração com os órgãos de controle, como a Controladoria-Geral da União (CGU), também provocou o aumento de operações. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A fase de número 40 da Operação Lava Jato prendeu nesta quinta-feira (4) três ex-gerentes da Petrobras. A Polícia Federal, a pedido da força-tarefa do Ministério Público Federal no Paraná, cumpre mandados de prisão temporária, buscas e apreensão e condução coercitiva na Operação Asfixia.

O foco principal são três ex-gerentes da área de Gás e Energia da Petrobras, suspeitos de receberem mais de R$ 100 milhões em propinas de empreiteiras que eram contratadas pela estatal, além de operadores financeiros que utilizaram empresas de fachada para intermediar propina.

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São investigados os crimes de fraude à licitação, corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, em mais de uma dezena de licitações de grande porte da estatal que foram fraudadas pelo grupo criminoso.

De acordo com as investigações, mediante o pagamento de vantagem indevida, os ex-gerentes da pasta agiam para beneficiar empreiteiras em contratos com a Petrobras, direcionando as licitações para as empresas que integravam o esquema.

Os pagamentos eram intermediados por duas empresas de fachada que simulavam prestação de serviços de consultoria com as empreiteiras e repassavam as vantagens indevidas para os agentes públicos corruptos por três formas: pagamentos em espécie; transferências para contas na Suíça; e pagamento de despesas pessoais dos ex-gerentes.

As apurações se basearam em provas obtidas por meio de quebras de sigilo telemático, bancário e fiscal dos envolvidos, como também pelos depoimentos de outros ex-gerentes da Petrobras e empreiteiros que firmaram colaboração premiada com o Ministério Público Federal. Os criminosos colaboradores relataram ainda que os pagamentos de propina prosseguiram até junho de 2016, mesmo após a deflagração da Operação Lava Jato e a saída dos empregados de seus cargos na Petrobrás.

Dentre esses, destaca-se o depoimento de Edison Krummenauer, ex-gerente de empreendimentos da área de Gás e Energia da estatal petrolífera, que reconheceu ter recebido aproximadamente R$ 15 milhões de propina nesse esquema.

Segundo o procurador regional da República e integrante da força-tarefa Lava Jato do MPF/PR Orlando Martello, "mais uma vez, observa-se que o esquema criminoso instalado na Petrobras ainda não foi integralmente desfeito, pois a divisão das vantagens ilícitas e os próprios pagamentos de propina continuam a ocorrer mesmo após o desligamento dos agentes públicos da Petrobras, e, pasmem, permanecem ativos mesmo após tanto tempo de investigação. Isso demonstra que ainda são realmente necessárias medidas extremas para interromper a prática desses crimes, sendo perfeitamente justificáveis as prisões realizadas no decorrer da Operação".

Para dissimular a origem de ilícita e "esquentar" aproximadamente R$ 48 milhões provenientes do recebimento de propina mantida em contas ocultas nas Bahamas, um dos ex-gerentes envolvidos utilizou das benesses da regularização cambial de ativos ocultos mantidos no exterior, recentemente instituída pela Lei 13.254/2016 (Lei da repatriação de recursos).

Por intermédio desse procedimento, o investigado regularizou a entrada dos recursos ilícitos mantidos no exterior, alegando que o dinheiro era proveniente da venda de um imóvel.

"Esse fato é gravíssimo, pois mostra que a lei de regularização cambial institucionalizou a lavagem de dinheiro dos ativos mantidos no exterior", afirmou o procurador da República Diogo Castor, também integrante da força-tarefa Lava Jato em Curitiba.

Nesse sentido, segundo o despacho do juiz federal Sérgio Moro, "apesar da tentativa de regularização dos ativos mantidos no exterior, as benesses da Lei nº 13.254/2016 não se aplicam se eles têm origem em crimes contra a Administração Pública".

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