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Em transmissão de vídeo na sua página no Facebook, o presidente Jair Bolsonaro disse que o Brasil só tem condições de manter medidas econômicas de combate à crise provocada pela Covid-19 por até três ou quatro meses. Além disso, disse esperar "em breve, que seja publicado estudo emergencial dando muita força para uso da cloroquina" e reforçou que o uso do medicamento não pode ser politizado.

Segundo o presidente, o governo federal já investiu mais de R$ 600 bilhões para minimizar os impactos da crise. "Já ultrapassou os R$ 600 bilhões. É isso que o governo está fazendo: tinha uma ponte que deu uma enchente e arrastou a ponte, estamos agora reconstruindo virtualmente a ponte, mas temos um limite: mais de três ou quatro meses fica complicado", falou Bolsonaro, que disse esperar que "as atividades voltem antes" deste período. "Por mim, quem não tem medo de quarentena já deveria estar trabalhando", defendeu.

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De acordo com o presidente da República, alguns governadores e prefeitos já estão com planos de começar a flexibilizar as ações de restrição no combate ao coronavírus. Um dos políticos que deve fazer isso logo, segundo Bolsonaro, é o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que esteve reunido hoje com o presidente. Segundo Bolsonaro, "ao que tudo indica, (o remédio) tem salvado vidas".

"Conversei com o doutor (Roberto) Kalil que confessou, falou, que usou a cloroquina, diferentemente daquele outro cara ligado ao governador", disse Bolsonaro citando o episódio do médico infectologista e coordenador do Centro de Contingência do Estado de São Paulo contra a Covid-19, David Uip, que preferiu não comentar se havia feito uso do remédio durante tratamento contra a doença. Bolsonaro, no entanto, não mencionou o nome de Uip.

Ontem, Uip pediu ao presidente que ele respeite seu direito enquanto paciente de não revelar o que usou durante seu tratamento, afirmando que respeitou Bolsonaro quando ele preferiu não mostrar os resultados de seus exames para covid-19.

Marília Mendonça quebrou todos os recordes de visualização com uma live, na noite da última quarta (8). A sertaneja ‘quebrou’ a internet com uma apresentação ao vivo, transmitida por seu canal no YouTube, e superou até o presidente Jair Bolsonaro, que fez um pronunciamento, também pelas redes sociais, na mesma faixa de horário. Enquanto a cantora prendia a atenção de mais de 3,2 milhões de pessoas, o presidente falava para menos de 200 mil espectadores. 

Com um repertório que privilegiou as canções mais antigas da carreira, Marília se apresentou de maneira despojada e descontraída, bem no estilo ‘Rainha da Sofrência’. Ela recebeu a visita virtual de famosos, que pediram músicas e ‘sofreram’ junto aos anônimos durante a live. Com a apresentação online, a cantora quebrou os recordes de outros sertanejos que promoveram lives altamente produzidas e badaladas, como a dupla Jorge e Mateus  (3,1 milhões) e Gustavo Lima (731 mil). Esse último elogiou muito a colega e comentou no Twitter. “Já tô na terceira garrafa de whisky. Que isso, Marília Rainha”. 

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Na mesma faixa de horário, outra personalidade tentava atrair a atenção dos brasileiros, também com uma transmissão ao vivo, porém com menor sucessono YouTube. O presidente Jair Bolsonaro fez um novo pronunciamento a respeito da pandemia do coronavírus alcançando pouco mais de 100 mil pessoas. A diferença entre o alcance das lives podia ser medida ainda pelos comentários no Twitter. Enquanto Marília figurava entre os assuntos mais comentados do microblog desde a manhã da última quarta (8), Bolsonaro teve que disputar espaço com a hashtag #LulaLivre.

O presidente Jair Bolsonaro foi, de novo, alvo de panelaços pelo País, ao fazer mais um pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão nesta quarta-feira, 8. Mais cedo, Bolsonaro havia afirmado, em entrevista ao programa Brasil Urgente, da Rede Band, que "não está na hora de tentar derrubar presidente", mas que os panelaços "fazem parte da democracia".

Em São Paulo, houve registro de atos contra o presidente ao menos no Panamby, Vila Andrade, Paraíso, Itaim-Bibi, Jardim Europa e Saúde, na zona sul, Bela Vista, no Centro, e Perdizes e Pompeia, na zona oeste.

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No Grande ABC (SP), moradores de São Caetano do Sul também se manifestaram das com panelas das janelas e varandas. Também aconteceram protestos em Santos, no litoral de São Paulo.

Em Brasília, moradores da Asas Norte e Sul também aderiram à manifestação. Na Asa Sul, foram ouvidos gritos de "Fora, Bolsonaro" e "Viva o SUS", em referência ao Sistema Único de Saúde (SUS). Na Asa Norte, manifestantes cantavam a música Admirável Gado Novo, do cantor e compositor Zé Ramalho. Teve panelaço também em Águas Claras, cidade-satélite do Distrito Federal.

Outras cidades também registraram manifestações, com relatos e imagens postados no Twitter, como Belo Horizonte, Recife, Fortaleza e Rio, entre outras.

Em pronunciamento de rádio e TV veiculado na noite desta quarta-feira, 8, o presidente Jair Bolsonaro pontuou algumas das ações do governo para auxiliar a população durante a crise do coronavírus. Bolsonaro citou o pagamento do auxílio emergencial, a liberação do saque de um salário mínimo das contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), e a liberação de uma linha de crédito para capital de giro.

"A partir de amanhã começaremos a pagar os R$ 600 de auxílio emergencial. Concedemos também o a isenção do pagamento da conta de energia aos beneficiários da tarifa social e disponibilizamos R$ 60 bilhões para capital de giro destinados a micro, pequenas e médias empresas", numerou o presidente.

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O presidente ainda lembrou que beneficiários do Bolsa Família, "quase 60 milhões de pessoas", também receberão o auxílio emergencial e divulgou o saque de até R$ 1.045 do FGTS por trabalhador, medida que pode injetar até R$ 36 bilhões na economia. "Quando deixar a Presidência da República pretendo passar ao meu sucessor um Brasil muito melhor do que aquele que encontrei em janeiro do ano passado", falou Bolsonaro.

Bolsonaro também mencionou que o País deve receber até este sábado, 11, matéria-prima vinda da Índia para ser usada na produção da hidroxicloroquina, medicação da qual é entusiasta para o tratamento da covid-19. O material que chegará ao Brasil, segundo Bolsonaro, é fruto de uma "conversa direta" dele com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi.

O tom considerado menos radical do presidente Jair Bolsonaro sobre a pandemia de coronavírus durante pronunciamento na noite desta terça-feira (31), chamou a atenção da imprensa europeia. No entanto, as preocupações em relação à sua postura sobre o surto da Covid-19 permanecem presentes no noticiário do continente.

De acordo com o jornal português Expresso, o líder brasileiro "virou a agulha" ao dizer que sua intenção sempre foi a de salvar vidas. O periódico também destacou o trecho da fala em que ele assume estar "diante do maior desafio" da sua geração e em que promete equilibrar as medidas restritivas de contato social com a proteção da atividade econômica.

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O francês Le Figaro salientou que o presidente brasileiro subestimou repetidamente a escalada da epidemia e criticou as medidas de contenção, mas que agora admite que a covid-19, já chamada por ele de "gripezinha", "é o maior desafio" do Brasil. Há uma semana, esse jornal escreveu que, diante do perigo do surto, Bolsonaro não levava mais os brasileiros a rirem.

O britânico The Guardian, que ontem à noite trouxe um editorial dizendo que o presidente representava um perigo para os brasileiros, salientou nesta quarta que Bolsonaro tem sido ignorado por governadores em relação ao surto e que até antigos aliados têm se recusado a acatar os pedidos do presidente para que as pessoas voltem ao trabalho. O periódico também lembrou que ele descreveu o coronavírus como uma "gripezinha" e alegou que seu "histórico atlético" o protegeria da doença.

No também britânico Financial Times, a ênfase foi a de que as trapalhadas de Bolsonaro durante o surto põem em risco seu futuro político e que a doença o levou a ficar impaciente. "O vírus está aí. Precisamos encarar isso como um homem, caramba. Todos nós vamos morrer um dia", lembrou o jornal sobre a fala do líder da direita no domingo, poucos dias depois de anunciar uma campanha que pedia aos cidadãos que quebrassem o autoisolamento e retornassem ao trabalho.

O italiano Corriere della Sera, de Milão, na região da Lombardia, uma das mais afetadas pelo vírus no país, colocou na página principal do seu site o discurso legendado de Bolsonaro com a explicação de que o presidente diz ter a missão dupla de combater o vírus e salvar os empregos. O alemão Deutsche Welle ressaltou que, isolado, o presidente tenta ajustar o discurso sobre a covid-19 para recuperar a liderança política e adota um tom menos radical.

O Presidente da República, Jair Bolsonaro, realizou mais um pronunciamento em rede nacional para comentar as ações de combate ao covid-19. Na fala desta terça-feira (31) o líder do executivo voltou a citar o desemprego, mas usou tom ameno a falar sobre isolamento e negou que haja remédios com comprovação científica em alusão a sua defesa ao uso da hidroxicloroquina .

“Estamos diante do maior desafio da nossa geração. Minha preocupação sempre foi salvar vidas, tanto pelas aquelas que vão se perder pela pandemia ou pelo desemprego. As medidas restritivas devem ser tomadas de forma racional”, disse. 

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O presidente voltou a citar a fala do diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, que defendeu a atenção com os mais pobres. Bolsonaro usou isso como argumentação para  que o comércio não paralise totalmente: ”Da mesma forma precisamos pensar nas mais vulneráveis, o que será do camelo? do ambulante? do ajudante de pedreiro e outros autônomos que venho mantendo contato por toda minha vida?”, questionou. 

Ao longo de todo discurso Bolsonaro falou sobre ações que foram tomadas pelo governo como compra de respiradores, a renda emergencial aprovada pelo Senado, inclusão de pessoas no Bolsa Família. O líder do executivo ainda comentou sobre o uso da hidroxicloroquina de forma positiva, mas desta vez afirmou que não existe comprovação científica para o uso do medicamento. 

Bolsonaro ainda disse que o Brasil tinha uma missão: “Vamos juntos nesta missão, ao mesmo tempo em que cuidamos da saúde das pessoas, o vírus é uma realidade”, disse. O efeito colateral de combate ao coronavírus não pode ser pior do que a doença”, completou. 

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, negou que a Organização Mundial da Saúde (OMS) tenha defendido o retorno imediato das pessoas ao trabalho, conforme fez crer o presidente Jair Bolsonaro, em afirmações dadas na manhã desta terça-feira, 31. Mais do que isso, Mandetta defendeu ainda "o máximo de distanciamento social" e a manutenção das quarentenas definidas pelos Estados.

"Nós vamos trabalhar com o máximo de planejamento. E, no momento, nós vamos fazer, sim, o máximo de distanciamento social, o máximo de permanência dentro das nossas residências de homeworking (trabalho em casa), para que a gente possa chegar ao momento de falar, 'estamos mais preparados e entendemos aonde vamos', aí a gente vai liberando e monitorando pela epidemiologia", disse Mandetta, durante coletiva de imprensa realizada nesta tarde no Palácio do Planalto.

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Ao comentar o discurso do diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Gheybresus, que defendeu a posição de que países mais pobres devem medidas para proteger a saúde e o emprego da população, Mandetta disse que compreende a declaração como algo que considera a "dinâmica social" de cada nação, mas sem abrir mão, em nenhum momento, do que determina a ciência.

Pela manhã, Bolsonaro omitiu trechos do discurso de Tedros e usou falas do diretor-geral da OMS para afirmar que Tedros falou "praticamente" que os informais "têm que trabalhar" durante a crise causada pela pandemia do coronavírus. Ocorre que, ao contrário do que Bolsonaro sugere, no entanto, Tedros não faz qualquer relação entre trabalho e medidas de isolamento.

Mandetta disse que a OMS não está oferecendo nenhuma "receita de bolo" sobre como agir. "O que ele (Tedros) faz são considerações... acho que muito forçado por causa daquela situação da Índia, da África. Nós não vamos fazer medidas que sejam arriscadas para o nosso povo, enquanto nós não tivermos condições de trabalho", afirmou o ministro da Saúde.

O ministro da Saúde usou ainda o próprio discurso do ministro da Economia, Paulo Guedes, para mostrar que o País tem aplicado recursos para garantir que as pessoas fiquem em casa e não sejam prejudicadas. Nas contas de Guedes, são R$ 750 bilhões já mobilizados por causa do coronavírus, dos quais cerca de R$ 150 bilhões têm o propósito de assistir a população de baixa renda.

"Nós não somos um País que não está investindo em condições para que o povo enfrente. Isso precisa chegar às pessoas, para elas saberem que não precisam se desesperar", disse Mandetta. "O que eu vejo é cada um enfrentando o seu quadro social. O Brasil vai enfrentar o dele. E com as armas que nós temos. Se tivermos que fazer qualquer tipo de alteração, não faltará aspecto científico, não será sem consultar as academias", comentou, citando nomes como Fiocruz, Universidade de São Paulo e universidades federais.

"O que eu entendi da posição da Organização Mundial da Saúde (OMS) há que, sim, se fazer considerações sobre a parte de dinâmica social, mas sem abrir mão, em momento nenhum, da ciência que você tenha no seu espaço", comentou. "Se para um ministro da Saúde do Brasil olhar para o País que fala a mesma língua, que nós temos todos os indicadores nossos... Nós conhecemos a Rocinha, nós conhecemos Paraisópolis, os nossos pontos fortes e fracos. Se o Brasil não faz uma receita de bolo, do Amapá ao Rio Grande do Sul, imagina uma OMS fazer uma receita de bolo para o mundo."

Mandetta disse que, "se acharmos que a atividade está muita alta, vai lá e diminui um pouco. Se acharmos que está tranquilo, deixa andar. Vai ser um trabalho de muita precisão para gente pode movimentar".

O ministro recorreu ainda a uma citação da música "Argumento", do sambista Paulinho da Viola, para descrever a situação vivida pelo País. "Nós temos que escutar agora um pouco de Paulinho da Viola, sabe. 'Faça como um velho marinheiro. Durante o nevoeiro, leva o barco devagar'. Vamos passar. É um mar revolto. Vamos passar na marcha certa. Nem tão parado, que a gente possa se arrastar. Nem tão acelerado que a gente possa cair numa cachoeira. Vamos todo mundo junto que a gente vai passar e vai chegar ao porto seguro."

 Na saída do Palácio do Alvorada, onde costuma ser abordado por jornalistas, Jair Bolsonaro afirmou que fará outro pronunciamento em rede nacional sobre o novo coronavírus, nesta terça (31). O presidente disse que irá comentar a fala do diretor-presidente da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Ghebreyesus. "Vocês viram o que o diretor presidente da OMS falou? Que tal eu ocupar a rede nacional de rádio e tevê para falar sobre isso? É uma boa ou não?", afirmou Bolsonaro.

Bolsonaro afirmou que Ghebreyesus afirmou que o trabalhadores informais precisam trabalhar. "O que ele disse, praticamente, é que, em especial, os informais, têm que trabalhar. O que acontece? Nós temos dois problemas: o vírus e o desemprego, que não podem ser dissociados. Temos que atacar (os dois) juntos. Quando comecei a falar isso, entraram até com um processo no Tribunal Penal Internacional contra mim me chamando de genocida. Eu sou um genocida porque defendo o direito de você levar um prato de comida para casa. Ele (o diretor da OMS) estava um pouco constrangido, parece, mas falou a verdade. A gente conhece ele com maior profundidade do passado, mas achei excepcional a palavras dele e meus parabéns: OMS se associa ao presidente Bolsonaro”, ironizou o presidente.

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Bolsonaro não contextualizou a fala de Ghebreyesus. O diretor da OMS, na verdade, reforçou a importância de os governos oferecerem auxílio aos trabalhadores que ainda não possuem condições financeiras para se manterem em quarentena. “ "Cada indivíduo é importante, cada indivíduo é afetado pelas nossas ações. Qualquer país pode ter trabalhadores que precisam trabalhar para ter o pão de cada dia. Isso precisa ser levado em conta", afirmou Ghebreyesus. Em outro momento, o diretor complementou: "É vital respeitar a dignidade do próximo. É vital que os governos se mantenham informados e apoiem o isolamento", concluiu.

Contrário ao isolamento social, o presidente Jair Bolsonaro chegou a empreender uma campanha nacional contra a quarentena, estimulando as pessoas a saírem de casa. A circulação das peças, que custaram de R$ 4,8 milhões aos cofres públicos, sem que tenha havido licitação para escolher a agência publicitária responsável, foi proibida pela justiça.

O procurador-geral da República Augusto Aras afirmou que o presidente Jair Bolsonaro não cometeu crime durante o pronunciamento do último dia 24. No discurso, Bolsonaro atacou a imprensa, minimizou o avanço do coronavírus e sugeriu a reabertura do comércio e das escolas.

A decisão de Aras foi dada em uma recomendação de procuradores, que pediam que o presidente seguisse orientações do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde em relação ao combate ao coronavírus. Em nota, Aras pediu que o Ministério Público "afastado de disputas partidárias".

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um estudo realizado pela consultoria Curado & Associados identificou que a percepção pública do presidente Jair Bolsonaro tem sido de perda de liderança e crise na imagem do chefe do executivo após o pronunciamento feito em rede nacional sobre o combate ao coronavírus na terça-feira (23). 

O estudo analisou 100 matérias jornalísticas, 86 tiveram críticas ao governo e em 51 uma delas deram ênfase a uma possível fragilidade de Bolsonaro na atual crise. As publicações positivas totalizaram 14. 

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Todo estudo foi feito com base na metodologia IVGR que afere a imagem pública de organizações, instituições e pessoas projetadas pela imprensa resumidas nesta pesquisa a Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo, O Globo e Valor Econômico. A avaliação varia de -5 a +5. 

O resultado após o discurso que contraria as recomendações da OMS deixou a imagem do presidente arranhada, "em crise, e com necessidade de intervenção de terceiros", diz o estudo. A avaliação foi quase a minima, -4,23. 

O ministro da saúde também foi avaliado e a percepção é de que o alinhamento do discurso ao presidente feito durante a coletiva desta quarta-feira (24) afetou a imagem de Luiz Henrique Mandetta. "Gestor vulnerável e instável". A nota ficou -3,70. O estudo ainda sinalizou que Mandetta tinha avaliação positiva enquanto tomou decisões técnicas.

O IVGR do governo federal do dia 26/3 fechou com perdas em todos os aspectos da imagem: Valor (moral e ética), Gestão (entrega de resultados) e Relacionamento (comunicação).

"O presidente sou eu", reagiu Jair Bolsonaro sobre a declaração de seu vice, Hamilton Mourão, sobre isolamento social durante a pandemia do novo coronavírus. Ontem, após Bolsonaro se posicionar em rede nacional contra medidas de quarentena, Mourão afirmou que a posição do governo para combater a pandemia da covid-19 "é uma só" e continua sendo isolamento e distanciamento entre as pessoas.

Apesar de desautorizar Mourão, Bolsonaro elogiou o vice durante conversa com jornalistas. "O presidente sou eu, pô. O presidente sou eu. Os ministros seguem as minhas determinações. E o Mourão tem ajudado bastante, colaborado, dado opiniões, é uma pessoa que está do meu lado ali. É o reserva de vocês se eu empacotar aí, vocês vão ter que engolir o Mourão. É uma boa pessoa, podem ter certeza", declarou.

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Bolsonaro afirmou que o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, já concordou com a mudança no formato do isolamento horizontal para vertical, mas ainda estuda como implementar a medida. No Ministério da Saúde, a implementação da medida é vista como algo que depende da realização de testes rápidos em larga escala no País. Assim, será possível verificar quem está com a doença e quem está liberado para fazer outras atividades.

O modelo vertical defendido pelo presidente considera apenas isolamento para pessoas do grupo de risco, idosos e aqueles com doenças crônicas. Bolsonaro disse que não há prazo para que a transição ocorra, e que poderia até começar amanhã.

Bolsonaro voltou a dizer, nesta quinta, que "alguns governadores e prefeitos erraram na dose" das medidas de contenção, que incluiu fechamento de comércio e escolas, e que "o povo quer trabalhar". De acordo com Bolsonaro, alguns governadores já reavaliam as medidas restritivas.

"A gente consegue aguentar dois, três meses com o plano que está aí? Não sei quanto vai chegar a nossa despesa, centenas de bilhões de reais. Tem que voltar quase tudo (setores da economia). E fazer uma campanha fique em casa. Não deixa o vovô sair de casa, deixa em um cantinho. Quando voltar toma banho, lava as mãos, passa álcool na orelha. É isso daí", declarou.

Sobre a situação crítica em países como Estados Unidos e Itália, Bolsonaro considera que o Brasil não chegará na mesma magnitude de contaminações e mortes porque os brasileiros possuem algum tipo de diferenciação, mas sem apresentar embasamentos. "Acho que não vai chegar a esse ponto, até porque o brasileiro tem que ser estudado, não pega nada. Vê o cara pulando em esgoto, sai, mergulha e não acontece nada."

Bolsonaro disse que muitas pessoas no Brasil já devem ter se contaminado pela covid-19 nas últimas semanas, mas não apresentaram sintomas e agora possuem imunidade, inclusive ele. Ainda assim, o presidente afirmou que não vai mostrar os exames que fez para testar a doença que afirma terem dado negativo para a doença. "A minha palavra vale mais do que um pedaço de papel", reagiu.

Até o momento, mais de 20 pessoas que viajaram com Bolsonaro aos EUA testaram positivo. Esta semana, um funcionário do Palácio do Planalto que atua na segurança do presidente foi internado em Brasília. Para o presidente, no entanto, a internação ocorreu por outras pré-condições de saúde.

Apesar das milhares de mortes em países como Itália (mais de 8 mil), Estados Unidos (mais de mil), Espanha (mais de 4 mil) e China (mais de 3 mil), Bolsonaro afirmou que "o povo foi enganado" sobre a gravidade da infecção e que a previsão de milhares de mortes não se confirmou.

Bolsonaro também aposta no uso da hidroxicloroquina como saída para curar infecções, embora ainda não haja comprovação científica da eficácia. "Até agora, do pessoal que estou falando, é 100% a efetividade que está sem notando, 100%", disse. Mais cedo, ele mostrou o medicamento durante reunião com líderes do G20.

O pronunciamento feito na noite de terça-feira (24), em rede nacional, pelo presidente Jair Bolsonaro contra medidas de isolamento da população para o combate ao novo coronavírus repercutiu de forma negativa nos meios médico e científico. Entidades divulgaram notas rebatendo a fala do presidente e reforçando a necessidade de distanciamento social para conter a pandemia. Atualmente, 2,6 bilhões de pessoas convivem com regras de confinamento mais ou menos rígidas, a depender do país. No Brasil, governadores de vários Estados adotaram medidas a fim de diminuir a circulação de pessoas para tentar reduzir a propagação do vírus.

"Assistimos estarrecidos ao pronunciamento do presidente da República em direção contrária às recomendações do próprio Ministério da Saúde, de organizações de saúde internacionais, como a Organização Mundial da Saúde, de cientistas e de governos de todo o mundo", afirmou a Sociedade Brasileira pelo Progresso da Ciência (SBPC).

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O uso do termo "gripezinha" pelo presidente para falar sobre o coronavírus também foi questionado. "Tais mensagens podem dar a falsa impressão à população de que as medidas de contenção social são inadequadas e que a covid-19 é semelhante ao resfriado comum, esta sim uma doença com baixa letalidade. É também temerário dizer que as cerca de 800 mortes diárias que estão ocorrendo na Itália, realmente a maioria entre idosos, seja relacionada apenas ao clima frio do inverno europeu. A pandemia é grave", declarou em nota a Sociedade Brasileira de Infectologia.

O QUE ELE DISSE

Isolamento Social

"O sustento das famílias deve ser preservado. Devemos, sim, voltar à normalidade. Algumas poucas autoridades estaduais e municipais devem abandonar o conceito de terra arrasada, como a proibição de transportes, o fechamento de comércio e o confinamento em massa".

 

A Sociedade Brasileira pelo Progresso da Ciência (SBPC) diz que o isolamento é "fundamental" contra o vírus. "Estudos e análises em vários países têm mostrado que o isolamento social é uma medida fundamental para conter o crescimento muito acelerado de pessoas afetadas." Para a Sociedade Brasileira de Imunizações, incentivar os brasileiros a voltarem às ruas pode ter "consequências trágicas". Já estudo publicado na revista Science aponta que medidas "drásticas" - quarentena de cidades inteiras, fechamento de serviços não essenciais e restrição nas viagens aéreas - implementadas na China "reduziram substancialmente a disseminação da covid-19". As pessoas devem ficar em casa, já que, nas próximas semanas, a circulação do vírus atingirá o pico, afirma o infectologista Jean Gorinchteyn.

Fechamento de escolas

"O que se passa no mundo tem mostrado que o grupo de risco é o das pessoas acima dos 60 anos. Então, por que fechar escolas? Raros são os casos fatais de pessoas sãs, com menos de 40 anos de idade. Noventa por cento de nós não teremos qualquer manifestação, caso se contamine."

 

A declaração contraria a recomendação do diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, que já demonstrou preocupação especial com os jovens. "Esse vírus pode colocar você no hospital por semanas ou até matar. Mesmo que não fique doente, as escolhas que faz sobre onde ir podem fazer a diferença sobre a vida ou a morte de outra pessoa", afirmou. "Abrir as escolas faria o vírus circular muito mais, visto que as crianças voltariam para a casa e poderiam infectar os idosos", diz Jean Gorinchteyn, infectologista do Instituto Emílio Ribas. A medida não é exclusiva do Brasil. De acordo com informações da Unicef, 95% dos estudantes da América Latina e do Caribe estão sem aulas em razão da orientação da OMS sobre o novo coronavírus.

Histórico de 'atleta'

"No meu caso particular, pelo meu histórico de atleta, caso fosse contaminado pelo vírus, não precisaria me preocupar, nada sentiria ou seria, quando muito, acometido de uma gripezinha ou um resfriadinho, como bem disse aquele conhecido médico daquela conhecida televisão."

 

A Sociedade Brasileira de Infectologia contesta a classificação do novo coronavírus como "resfriado" ou "gripe", já que a covid-19 tem causado mortes em dezenas de países. A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência também critica a tentativa de minimizar a doença. "Essa pandemia é muito grave, tendo já matado mais de 16 mil pessoas no mundo, e contaminado pelo menos 2,2 mil brasileiros." Não é possível relacionar o fato de Bolsonaro ter sido atleta com uma eventual alguma proteção contra a covid-19, segundo o médico Celso Granato. "Os trabalhos científicos ainda não chegaram a esse nível de detalhe", disse. Além disso, há casos de vários atletas infectados com o vírus, como o astro do basquete americano Kevin Durant e outros três jogadores do Brooklyn Nets, da NBA.

Condições da Itália

"Grande parte dos meios de comunicação foram na contramão. Espalharam exatamente a sensação de pavor, tendo como carro-chefe o anúncio de um grande número de vítimas na Itália, um país com grande número de idosos e com um clima totalmente diferente do nosso."

A relação feita pelo presidente entre o clima e a transmissão do coronavírus não é algo comprovado, segundo especialistas em saúde. Estudos apontam que o clima quente pode até diminuir o contágio, mas não o impede. Observando o número de casos notificados da doença, é possível notar um avanço considerável tanto no Brasil quanto na Itália em um curto espaço de tempo, embora haja mais casos na Itália. A Sociedade Brasileira de Infectologia afirma que é temerário dizer que as cerca de 800 mortes diárias que estão ocorrendo na Itália seja relacionada apenas ao clima frio do inverno europeu. "Se isso fosse um fator tão protetor assim, como justificar que agora, final, ainda temos uma epidemia em grande expansão?", questiona o virologista Celso Granato, do Fleury.

Tratamento

"O FDA americano e o Hospital Albert Einstein, em São Paulo, buscam a comprovação da eficácia da cloroquina no tratamento da covid-19. Nosso governo tem recebido notícias positivas sobre este remédio fabricado no Brasil, largamente utilizado no combate à malária, lúpus

e artrite."

No Brasil, uma coalizão que inclui o Hospital Israelita Albert Einstein, o Hospital do Coração (HCor), o Hospital Sírio-Libanês e a Rede Brasileira de Pesquisa em Terapia Intensiva (BRICNet), em parceria com o Ministério da Saúde, vem realizando estudos para testar a eficácia do medicamento no combate à covid-19. Já a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que os testes ainda são preliminares e o uso do medicamento sem indicação médica pode causar efeitos colaterais. Em nota, o Hospital Albert Einstein que há três estudos em andamento para avaliar a eficácia e a segurança de potenciais terapias para pacientes com covid-19, ainda não concluídos. "Serão estudos multicêntricos robustos que possam fornecer respostas satisfatórias acerca do tema", informou o hospital.

Transmissão

"Nossa vida tem que continuar. Os empregos devem ser mantidos (...) Devemos, sim, é ter extrema preocupação em não transmitir o vírus para os outros, em especial aos nossos queridos pais e avós. Respeitando as orientações do Ministério da Saúde."

Especialistas em saúde afirmam que, como a doença é transmitida de pessoa a pessoa ou por contato com objetos e superfícies contaminadas, o isolamento e a correta higienização se tornam indispensáveis. Diante disso, afirmam, é difícil a população manter a rotina a qual está acostumada, como defendeu o presidente. "Sem essas medidas, o impacto poderá ser muito maior", diz a Sociedade Brasileira de Hipertensão. "Existe um perigo próximo, evidente, real e gravíssimo. Enfrentá-lo é prioritário. Todos nos preocupamos com o impacto do isolamento social na economia, particularmente o impacto da recessão sobre a saúde. Também isso não deve ser minimizado. Mas que não se deixe a preocupação com o futuro inviabilizar o presente", afirma a Associação Paulista de Medicina.

O ator Lima Duarte classificou como trágico o discurso feito por Jair Bolsonaro na terça-feira (24). Aos 89 anos, completa 90 no próximo domingo (29), o ator está isolado no sítio onde vive no interior de São Paulo. As informações são do Jornal Extra.

"O discurso dele é uma coisa trágica pra mim. Ele quer dizer: ‘deixe o velho morrer’. Os jovens estão bem, os meninos estão bem, então, deixa o velho morrer. Ele quer salvar a economia a murros, a facadas, a tiros. Ele só quer o confronto. Conforme ele ia falando eu pensava: 'ih, ele está falando comigo. Ele quer que eu morra!'. É isso que ele está dizendo pra mim e para todos os velhos desse país, que velho não importa. Difícil, né?”, disse Duarte.

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Lima Duarte gravava a segunda temporada de 'Aruanas', série da Globoplay que foi interrompida por causa da pandemia do coronavírus.

Um dia após o presidente Jair Bolsonaro criticar a quarentena decretada por governadores em rede nacional, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse, por duas vezes no mesmo dia, que a pressão para o fim da medida vem de investidores que tiveram perdas na bolsa de valores. Maia também criticou a falta de planejamento estratégico com idosos de baixa renda para a sugestão de "isolamento vertical" feita pelo governo.

"Minha opinião é que nas últimas semanas nós tivemos uma pressão muito grande de parte de investidores. Aqueles que colocaram recursos na Bolsa de valores, esperando a prosperidade com a Bolsa a 150 mil pontos, a 180 mil pontos. A Bolsa caiu, como caiu no mundo inteiro, porque essa não é uma crise do Brasil, é uma crise mundial que atinge o Brasil", disse.

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Segundo ele, desde a sexta-feira, 20, artigos voltados a investidores começaram a falar da necessidade de não ter isolamento. "Nós colocarmos as vidas dos brasileiros em risco por uma pressão de parte de brasileiros que investiram na Bolsa e está perdendo dinheiro. Quem foi para o risco, foi para o risco. O que a gente precisa é continuar seguindo a orientação do Ministério da Saúde", afirmou.

Maia havia feito o mesmo comentário hora antes, em teleconferência com governadores. Ele disse que falta previsibilidade aos brasileiros. "Se o governo já tivesse resolvido a renda dos brasileiros mais simples, uma política de isolamento dos idosos nas cidades com maior número de comunidade, Rio e São Paulo, se o governo já tivesse garantido a renda do emprego pelo menos daqueles que ganham até o teto do INSS, nós teríamos garantido previsibilidade." Maia classificou a pressão de equivocada.

Maia questionou ainda a ideia de isolamento vertical, citada ontem por Bolsonaro. "Como você propõe isolamento vertical se não tem política para isolar idosos de baixa renda", afirmou. "Não há preocupação para esses brasileiros que vivem em ambientes pequenos, com muita gente que, com certeza, saindo para trabalhar, contaminarão milhares de idosos", disse.

Regina Duarte, mais uma vez, voltou a polemizar nas redes sociais. Após defender o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro sobre as ações contra o novo coronavírus no país, a Secretaria Especial de Cultura ironizou as pessoas que estão em quarentena. Usando uma máscara feita de papel, Regina declarou que é a favor do isolamento social, mas apenas para pessoas que estão nos grupos de risco.

"Quer ficar em casa? Mas o farmacêutico e balconista tem que estar lá pra te servir, né?! Quer ficar em casa? Claro, mas Deus o livre se o caminhoneiro parar! [...] A vida dos outros vale menos que a sua? Por quê ? Porquê eles são obrigados a trabalhar pro seu conforto mesmo num momento de crise desse, e você não? Isolamento social sim, mas pra grupos de risco, claro!", disse.

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A atriz e cantora Emanuelle Araújo rebateu a postagem de Regina. "Que absurdo. Rezo muito pra isto não se tornar uma tragédia. Porque se isto acontecer, o seu peso na consciência, de apoiar esta insanidade e ir de encontro a ciência acatada no mundo todo, pode ser irreversível. Culpa também faz adoecer. Deus te proteja", comentou a baiana.

Confira:

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A Frente Nacional de Prefeitos (FNP), divulgou nota de repúdio às manifestações do presidente Jair Bolsonaro sobre as medidas de enfrentamento ao novo coronavírus. O texto comunica que as declarações do presidente "são uma postura isolada" e que "indicam um caminho perigoso de ruptura federativa".

A FNP questiona se "não seria o caso de que todos os leitos de hospitais, UTIs e os demais atendimentos passem imediatamente para o controle da União?". "Assim, governantes locais atenderiam ao pedido do presidente, retirando-se da linha de frente e revogando os decretos de isolamento social. Com isso, as aulas seriam retomadas, mesmo contrariando as decisões de 157 países, e o governo federal, então, se responsabilizaria por todas as consequências desses atos."

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Ontem em pronunciamento transmitido em rede nacional, Bolsonaro pediu para que governadores recuassem das medidas de contenção e minimizou a doença.

O governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta quarta-feira (25), que todos os 27 governadores estarão reunidos virtualmente às 16 horas (de Brasília) para discutir as formas de enfrentamento ao novo coronavírus.

Segundo Doria, a reunião foi convocada "dada a gravidade das circunstâncias do País e do comportamento do presidente da República (Jair Bolsonaro)".

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A reunião tem previsão de durar duas horas e "o resultado dessa reunião será informado aos jornalistas por cada um dos governadores ao término da conferência, por volta das 18 horas", informou o governador.

Minutos após convocar jornalistas, a Secretaria Especial de Comunicação da Presidência (Secom) cancelou um pronunciamento que seria feito pelo presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto. O motivo não foi informado.

A expectativa era que Bolsonaro falasse sobre a reunião com os governadores do Sudeste, marcada por conflitos entre ele e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

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O pronunciamento seria seguido de uma conversa entre autoridades e jornalistas sobre a covid-19, com a possibilidade de até quatro perguntas.

De acordo com a Secom, estariam presentes o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, da Defesa, Fernando Azevedo, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, e o secretário especial da Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues.

No evento, também seria realizada uma apresentação por Guimarães, que deve ser adiada.

O presidente Jair Bolsonaro lamentou, nesta quarta-feira (25), as mortes pelo novo coronavírus no Brasil, mas afirmou que as vítimas também morreriam se fossem acometidas pelo vírus H1N1. Ele citou o exemplo de sua mãe, com 93 anos, declarando que "uma gripe qualquer" pode ser fatal nessa faixa etária.

O número de mortes pela covid-19 no Brasil subiu de 34 para 46 na terça-feira (24). O índice de letalidade está em 2,1%.

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De acordo com o Ministério da Saúde, houve um crescimento de 1.891 para 2.201 pessoas testadas com o vírus de um dia para o outro, somando 310 novos casos no período.

"Ninguém quer que ninguém morra. Se essas pessoas tivessem pego H1N1, iriam morrer também. Essas pessoas, como você vê nos EUA e em outros países, têm uma média de idade na casa dos 80 anos", disse Bolsonaro na manhã desta quarta-feira, ao sair do Palácio da Alvorada.

Só em São Paulo, dez novos óbitos foram confirmados entre segunda-feira e terça-feira. São seis homens (71, 75, 79, 80, 89 e 93 anos) e quatro mulheres (48, 65, 84 e 85 anos). "Olha, quem está são o risco é quase zero. O problema é acima dos 60 anos ou quem tem algum problema de saúde", declarou o presidente da República.

Bolsonaro defendeu mudança na orientação do Ministério da Saúde sobre o isolamento da população durante a pandemia.

Para ele, somente os idosos e as pessoas doentes precisam ficar isoladas. O chefe do Planalto relatou que conversaria com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, sobre a decisão.

"Alguém acha que dá para ter zero mortes?', questionou . "A gente lamenta. Ninguém quer enterrar o ente querido. A minha mãe vai fazer daqui a pouquinho 93 anos. Está magrinha, tem seus problemas, ela está em uma situação bastante complicada. Qualquer coisinha que der nela, uma gripe qualquer, pode ser fatal. Lamento."

Em resposta ao pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), afirmou nesta quarta-feira (25) que as decisões federais na área de saúde não alcançarão o Estado de Goiás. Nesta manhã, Bolsonaro voltou a criticar a recomendação de governantes pelo confinamento total das pessoas e defendeu que apenas pessoas no grupo de risco do novo coronavírus fiquem em casa.

"Quero deixar claro com muita tranquilidade, mas com autoridade de governador e o juramento de médico, que as decisões do presidente da República na área de saúde em relação ao coronavírus não alcançarão o Estado de Goiás", afirmou em entrevista coletiva transmitida ao vivo pelas redes sociais.

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Caiado informou que suas decisões para o Estado relacionadas à crise causada pela covid-19 serão pautadas em indicações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do corpo técnico do Ministério da Saúde. "Não posso admitir e concordar com um presidente que vem a público sem ter consideração com seus aliados, sem ter respeito", disse.

O governador afirmou que não há dúvidas de que haverá crise econômica e que o desemprego aumentará, mas que não adianta que o presidente "lave as mãos" e responsabilize os demais governantes. Ele deixou claro que sua decisão é uma iniciativa própria. "Não existe aqui uma situação orquestrada com demais governadores", declarou Caiado.

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