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Após a carreata de empresários do setor, o governo estipulou a reabertura com atendimento presencial em bares, restaurantes, cafeterias e lanchonetes para a próxima segunda-feira (20). Para voltar a receber clientes, os estabelecimentos devem seguir o protocolo sanitário específico, que limitou a capacidade de atendimento em 50% e o horário de funcionamento até às 20h.

A ventilação natural deve ser priorizada e cada mesa tem que estar a um metro e meio de distância - no caso de mesas fixas, é preciso interditar algumas para garantir o distanciamento -, com no máximo 10 pessoas. Shows e apresentações ainda estão proibidos, mas os locais que tocam música ambiente devem manter o som em até 35db.

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Todos os clientes precisam usar máscara de proteção enquanto estiverem no estabelecimento, exceto quando já estiverem sentados. Os cardápios devem ser plastificados para que sejam higienizados após cada atendimento e é recomendado o uso de sachês para disponibilizar sal, pimenta, além de palitos de dente e adoçantes.

Os locais vão orientar sobre as filas e é necessário que disponibilizem álcool 70% para os funcionários e clientes. A limpeza das áreas comuns será reforçada, junto com as boas práticas na cozinha. Para conhecer todas as recomendações, acesso o protocolo completo.

Nesta segunda-feira (13), o governo de Pernambuco publicou o protocolo sanitário que deverá ser obedecido para a reabertura de academias no estado. A volta do segmento está agendada para a próxima segunda (20) e deve seguir as recomendações para evitar a transmissão da Covid-19 entre alunos e profissionais.

Os estabelecimentos devem manter a ocupação de um aluno por 10m² nas áreas de treino, piscina e vestiário. Apenas 50% dos aparelhos de cardio poderão ser usados e todos os de musculação serão dispostos a dois metros de distância uns dos outros. O espaço de exercício de cada aluno em locais de treino livre e salas para atividades coletivas serão demarcados com fita.

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As academias também terão de disponibilizar um gráfico com a frequência diária por horário para que alunos e profissionais possam escolher o período com menor fluxo de pessoas. Outras obrigações são levar a própria toalha ou colchonete, não dividir fontes de água, usar máscara durante a atividade física e direcionar a respiração para o lado oposto dos demais praticantes.

Durante o funcionamento, a ventilação natural do espaço deve ser priorizada e cada área deve fechar de duas a três vezes ao dia, por pelo menos 30 minutos, para a limpeza e desinfecção do ambiente. Recipientes com álcool 70% precisam estar disponibilizados na entrada e em locais estratégicos nas áreas de musculação e peso livre. Para mais recomendações, acesse o protocolo completo.

Em Fernando de Noronha, três contaminados pela Covid-19 conseguiram se recuperar e foram liberados do isolamento, informou a administração. Com a atualização, a ilha segue com três pacientes com quadro assintomático e já registrou 76 casos da doença. Outras 15 pessoas estão em investigação.

Com os resultados positivos apresentados no boletim desse sábado (11), Noronha mantém o plano de reabertura das atividades econômicas, que já autorizou praticamente a volta de todos os setores sob protocolo específico. O transporte público já circula, templos religiosos voltaram a receber fiéis, praias estão abertas e o segmento de bares e restaurantes atende com 50% da capacidade.

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Os voos semanais para que moradores e servidores essenciais retornem ao arquipélago também estão mantidos desde o dia 13 de junho. De acordo com a administração, 496 pessoas cadastraram-se junto à assistência social para garantir o desembarque. Antes de sair de Recife, é necessário apresentar teste negativo para Covid-19, que é refeito na ilha. Todos os passageiros ficam isolados até o resultado dos exames. Para conseguir voltar à Noronha é necessário entrar em contato com os telefones (81) 99488 3167 / 98494 0311 / 98494 0307 / 99488 3165 /99488 4367 / 99488 4367.

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A Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro (Seeduc) anunciou hoje (7) o protocolo de retomada das aulas na rede pública estadual. As atividades nas escolas, no entanto, só voltarão ao regime presencial quando a Secretaria de Saúde (SES) divulgar a bandeira verde no estado, indicando as condições mínimas de segurança de retorno. Bandeira verde significa uma taxa de ocupação de leitos abaixo de 70% e queda na curva de contaminação.

A partir da divulgação desse comunicado, a Seeduc terá um período de 15 dias para promover os preparativos necessários, como testagem e treinamento dos profissionais, além da higienização e da organização dos espaços em todas as escolas estaduais. Por orientação do governador Wilson Witzel, a área da educação será o setor mais cuidadoso no retorno às atividades.

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O protocolo foi definido por um comitê constituído por especialistas da Seeduc, da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), da associação de diretores, especialistas em educação, por representantes de escolas particulares e pela Secretaria de Saúde.

Determinações

O documento estabelece o uso obrigatório de máscara para todos os alunos, professores e funcionários, cabendo a cada instituição decidir como será a operacionalização. A princípio, retornarão às atividades presenciais os estudantes que estão concluindo os estudos nas diferentes etapas de ensino, ou seja, os alunos da 3ª série do ensino médio; dos 5º e 9º anos do ensino fundamental; e do último módulo da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Em escolas híbridas ou de alternância, os estudantes e servidores não retornarão ao mesmo tempo.

Em relação à testagem dos profissionais da educação, a Seeduc está avaliando sua viabilização junto à Secretaria de Saúde. Os testes serão realizados 15 dias após o anúncio da bandeira verde, indica o protocolo. Todas as escolas precisarão ter termômetro disponível.

O documento indica também que o distanciamento entre os alunos deverá ser de um metro nas salas de aula e em todas as dependências da escola, seguindo orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS). Essa medida será adaptada a cada unidade de ensino, uma vez que cada colégio tem uma realidade diferente de espaço e número de estudantes.

Foi definido ainda que os colégios terão autonomia pedagógica para elaborarem um planejamento de retorno próprio, definido em parceria com a comunidade escolar e que deve ser validado pelas Diretorias Regionais da Seeduc instaladas pelo estado do Rio de Janeiro. Cada escola desenvolverá trabalho de apoio à questão socioemocional dos alunos. Se algum estudante ou profissional for testado positivo, um comitê com especialistas das áreas de saúde e da educação avaliará o que deve ser feito em relação ao isolamento em cada caso, definiu o protocolo. 

Nessa quarta-feira (1º), o LeiaJá e o projeto Vai Cair No Enem realizaram mais uma live do programa “Quando passar... Como será o mundo após a pandemia?”, discutindo o retorno às aulas presenciais nas escolas brasileiras. A transmissão teve participação de Cláudio Furtado, representante do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed); Rozana Barroso, presidenta da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes); Fred Amancio, secretário de Educação e Esportes de Pernambuco; e Fernando Melo, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Pernambuco (Sintepe). 

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Durante a live, o membro do Consed, Cláudio Furtado, que também é secretário de Educação e Cultura da Paraíba, afirmou que não é possível determinar ou prever quando as unidades de ensino do país irão retomar as atividades presenciais. “No Brasil, a gente tem diferentes momentos em cada estado, em uns estados a curva descendente, em outros acelerando ou interiorizando a questão da Covid, então estabelecer uma data para a volta é complicado”, disse ele.  

Apesar disso, Cláudio explica que o Conselho elaborou um protocolo com orientações de segurança para a reabertura das escolas, baseando-se em experiências internacionais e recomendações de órgãos de saúde. “O Consed resolveu fazer uma diretriz, um protocolo de volta baseado em vários documentos internacionais, traçando tanto questões de biossegurança, como questões do ponto de vista pedagógico (...) A pandemia começou na China, depois mudou o epicentro e veio para a Europa; vários desses países passaram por situações similares e daí você tem uma curva de aprendizado”, afirmou Cláudio.

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Na tarde desta quarta-feira (1º), o Ministério da Educação (MEC) realizou uma coletiva de imprensa na qual foram anunciadas ações para apoio ao retorno às aulas presenciais em universidades e institutos federais. Entre as medidas, estão a elaboração de um protocolo com normas de biossegurança e a aquisição de pacotes de internet para estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica terem acesso ao ensino remoto e híbrido (parte presencial, parte a distância). 

Internet móvel

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De acordo com o secretário Secretário Executivo do MEC, Antonio Paulo Vogel, o projeto do Ministério é dar apoio às universidades e institutos oferecendo pacotes de dados de internet móvel (3g e 4g) para acesso dos alunos a sites específicos para fins educativos. As limitações de navegação a sites considerados impróprios deverá ser definida pelas instituições de ensino. 

“O MEC defende o retorno às aulas e entendemos que Institutos Federais e universidades vão ter que compartilhar ensino presencial e a distância, porque o afastamento seletivo vai ter que continuar existindo, mas as atividades têm que continuar”, afirmou Vogel. 

A previsão é que o processo licitatório para definição da empresa que prestará o serviço seja feito na próxima semana, com implementação do serviço a partir de 20 de julho para um quantitativo de 400 mil a 1 milhão de alunos com renda familiar per capita de até 1,5 salários mínimos. 

A estimativa do alcance da iniciativa foi feita através de pesquisas junto às instituições de ensino e, segundo Wagner Vilas Boas de Souza, secretário de Educação Superior do ministério, “será muito mais barato do que o particular adquirir o plano ou se cada universidade ou instituto fosse adquirir [os planos de internet]”. Ele afirmou, ainda, que as universidades e institutos poderão utilizar recursos próprios para ampliar a oferta para um número maior de estudantes. 

A razão para que o enfrentamento à falta de acesso à internet por parte de estudantes de baixa renda tenha sido o fornecimento de pacotes de dados é que, segundo o secretário executivo, “mais de 90% dos alunos têm algum equipamento que acessa a internet, o maior gargalo não é o equipamento, é a internet”.

Ainda segundo Antonio Paulo Vogel, a maioria dos alunos contemplados, cerca de 40%, é da região Nordeste do país. O modelo no momento será implementado apenas para o ensino superior, mas com a possibilidade de que secretários de educação básica busquem adotar estratégias semelhantes.

Nelson Simões, diretor geral da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), defende a discussão de uma estratégia para conectividade nos domicílios dos estudantes, uma vez que a rede móvel tem limitações de alcance e cobertura fora de áreas urbanas. Questionado pelo LeiaJá sobre como será feita a prestação do serviço de conectividade e da parte remota do ensino híbrido a alunos que residem em áreas remotas e distantes dos centros urbanos, como zonas rurais, ele afirmou não ter “uma resposta técnica”, alegando, em seguida, que esses estudantes “possivelmente” terão que se deslocar para ter acesso à internet.

“Banda larga fixa ainda tem uma penetração bastante limitada às áreas urbanas. Nas áreas rurais é um pouco pior o cenário, a gente tem uma cobertura menor. São áreas que não têm acesso à telefonia e possivelmente isso vai implicar que as pessoas que vivem nessas áreas e já têm estratégias se desloquem a um centro mais urbano, a pontos que podem ser abertos de rede wi-fi”, declarou.

Protocolo de biossegurança 

O MEC também divulgou um protocolo de biossegurança com orientações gerais para o retorno às atividades de ensino presenciais. O documento, segundo o secretário de Educação Superior, Wagner Vilas Boas de Souza, foi elaborado em parceria com entidades de ensino superior e equipes de saúde e “não é uma regra engessada, é uma diretriz". "Trata de medidas protetivas pessoais e coletivas, atividades laborais, transporte coletivo, entre outros”, acrescentou.

O secretário esclarece, ainda, que apesar de ter sido elaborado e pensado para as universidades e institutos federais, o protocolo também pode servir para auxiliar universidades privadas e secretários de educação estaduais e municipais, no que couber, a formular diretrizes para o retorno na educação básica.

O secretário explica também que tanto universidades quanto institutos federais têm autonomia para definir o momento do retorno de suas atividades, baseados, entre outras situações, nas determinações das autoridades sanitárias de cada região do País. Assim, segundo ele, não há previsão de data para retorno das atividades e a decisão não será centralizada no ministério. 

“Não consigo falar uma data de volta às aulas, eu, MEC, não tenho esse poder. Cada rede de ensino vai definir suas datas. Cada um vive suas dificuldades e potenciais, não tem como de forma centralizada definir uma data. Cada instituição de ensino e cada universidade”, disse Wagner Vilas Boas de Souza. 

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Mesmo autorizados pelo governador Paulo Câmara a retomar as celebrações presenciais desde a última segunda-feira (22), a maioria dos templos religiosos de Pernambuco preferiu adiar o reencontro e adaptar-se à nova realidade imposta pela Covid-19. Preocupados com a segurança dos fiéis, católicos e evangélicos adequaram ritos tradicionais, ajustaram a estrutura das paróquias e compreenderam que a modernização é um processo necessário para o futuro da fé cristã.

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Máscaras já abafam os cânticos, a hóstia não é mais oferecida na boca e as orações já não são feitas de mãos dadas. Ao mesmo tempo que é comemorado, o 'novo normal' evidencia o distanciamento entre as paróquias e os seguidores, que ainda se habituam a sentar afastados uns dos outros. Tapetes higienizadores e totens de álcool gel, também foram inseridos ao cenário, junto aos termômetros, que controlam o acesso na entrada.

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Com a primeira missa presencial da Paróquia Nossa Senhora da Conceição Aparecida, no bairro do Ipsep, Zona Sul do Recife, ocorrida nesse sábado (27), o padre João Carlos explica que o reinício foi levemente adiado para que as igrejas se reestruturassem e atendessem ao protocolo necessário. Com a permissão de apenas 30% da ocupação, o templo que cabe 1.200 fiéis optou em abrir as portas para receber 280 pessoas durante a liturgia.

Com informativos e sinalizações por todo ambiente, o religioso conta que a Arquidiocese de Recife e Olinda autorizou excepcionalmente a entrega 'delivery' da comunhão aos incapacitados ou àqueles que estão inseridos no grupo de risco. O ofertório também foi alterado e deve ser feito com a cálice tampado. Já as doações deixam de ser coletadas e passam a ser entregues em envelopes ao término das missas, em um esquema de saída controlada.

O padre João Carlos ainda destaca que a aproximação entre a igreja e a internet ficou mais acentuada pela proposta de lives e através do contato nas redes sociais. Para o controle da lotação, a paróquia criou uma plataforma de cadastro online e acompanha o acesso ao espaço. Após a inscrição, um QR code é gerado, junto com o número do assento que o fiel vai ocupar.

Quando o altar se estende até sua casa

Já habituada com a 'internetização', a Paróquia Betesda, integrante da Episcopal Carismática do Brasil, em Olinda, voltou aos cultos presenciais na última quarta-feira (24) e se preparou para contornar os obstáculos da comunicação a distância. Com câmeras, equipamentos de captação e um estúdio de transmissão, o reverendo Rubem Marcel comemora o sucesso da interação com o público evangélico

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Há 11 anos promovendo celebrações online, o pastor conta que um ministério específico foi designado para planejar e desenvolver todo conteúdo audiovisual, seja online ou produzido. Muito dessa antecipação ao atual cenário é fruto da relação próxima que mantém com paróquias da França, Espanha e Portugal, locais que sofreram com a Covid-19 antes do Brasil e já tinham experiência para contornar as adversidades da pandemia.

Embora a volta das celebrações nos templos religiosos de Pernambuco esteja autorizada nesta segunda-feira (22), a maioria dos líderes prezou pela segurança dos fiéis e decidiu estender o retorno presencial dos cultos. Antes de reabrir as portas, as igrejas, centros e terreiros pretendem adaptar-se às recomendações sanitárias como a disponibilização de álcool 70% e distanciamento adequado.

O arcebispo da Arquidiocese de Olinda e Recife (AOR), dom Fernando Saburido, já havia informado que a retomada das atividades das igrejas católicas foi adiada para o próximo domingo (27). No documento, ele destaca a necessidade de tempo hábil para garantir "higienização adequada, reorganização de bancos para maior espaçamento e outras questões práticas que garantam a segurança". Dentre as recomendações estão o uso de máscaras, a restrição de contato entre os presentes e a entrega da hóstia na mão dos fies.

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Preocupada com a adequação de todo protocolo de segurança, a Federação Espírita de Pernambuco (FEP) ainda não decidiu a data para retornar com as atividades presenciais. Desse modo, a FEP segue com palestras e estudos apenas nos ambientes virtuais.

Parte do núcleo evangélico, a Igreja Episcopal Carismática informou que também não reabre nesta segunda e vai aproveitar o período para finalizar a reforma do seu principal templo, a Catedral da Trindade, no bairro do Espinheiro, na Zona Norte. Entretanto, cada igreja tem a autonomia garantida para voltar a receber fieis, desde que cumpra as principais medidas para evitar o contágio. A expectativa é que a reabertura geral seja ao término das obras, no fim de julho.

Líder de um dos principais terreiros do Grande Recife, o babalorixá Ivo de Xambá, garante que apenas pequenos rituais, com quantidade reduzida de fieis, estão sendo feitos sob todos os cuidados necessários, como uso de máscaras e álcool 70%. Sem promover encontros virtuais, Ivo lamenta que os toques de santo e os cocos estejam suspensos temporariamente. Ele não estipulou data para reabertura, mas conta que segue atento à evolução da pandemia para que a volta seja segura.   

Os clubes participantes do Campeonato Inglês aprovaram nesta quinta-feira, de forma unânime, os protocolos de prevenção à covid-19 em dias de jogos. As medidas presentes nas diretrizes sanitárias detalham o que será feito para que um novo contágio da doença seja evitado.

A desinfecção de materiais será feita de forma constante. Ou seja, bandeiras de escanteio, gols e bolas estarão submetidos a recorrentes procedimentos de higiene, válidos antes e depois da realização das partidas.

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Garrafas utilizadas pelos jogadores durante suas reidratações também não escaparão dos procedimentos de limpeza. Os estádios terão um limite de 300 funcionários por partida, incluindo equipes de transmissão, mídia, comentaristas, profissionais de doping e olheiros.

Os setores dos estádios serão divididos por zonas vermelha, âmbar e verde. A região delimitada pela cor vermelha, por exemplo, poderá incluir apenas 20 jogadores, 12 membros da comissão técnica e outros cinco membros do staff de cada equipe.

Um minuto de silêncio será respeitado como forma de tributo às vítimas da covid-19 antes da bola rolar e um crachá em formato de coração será utilizado no uniforme dos jogadores em homenagem aos funcionários do Serviço Nacional de Saúde da Grã-Bretanha(NHS, na sigla em inglês).

Sete rodadas de testes para a detecção doença foram realizadas até o momento. Dos 7.474 envolvidos com a realização do Campeonato Inglês, 14 testaram positivo para covid-19. Os clubes treinam presencialmente desde maio.

Suspenso desde março, o Campeonato Inglês será reiniciado na próxima quarta-feira, 17 de junho. O Aston Villa enfrenta o Sheffield, e o Manchester City encara o Arsenal nas duas primeiras partidas que marcarão a retomada do torneio. Todos os 92 jogos restantes serão disputados sem torcida.

Em meio a mais uma etapa do Plano de Convivência que flexibiliza a volta das atividades econômicas em Pernambuco, o LeiaJá conversou com uma infectologista para avaliar os impactos da reabertura gradual. Nesta segunda-feira (8), os setores de construção civil e comércio atacadista, incluindo shoppings centers, já operam parcialmente. 

Para a infectologista Marcela Vieira, ainda é cedo para dar este passo. Ela credita a retomada precoce à pressão feita pelos seguimentos da economia e pontua: “a minha avaliação é que no momento [a reabertura] está sendo precipitada. Eu acho que precisaria de um tempo maior de avaliação da permanência desse decréscimo que tem acontecido em relação ao número de casos”.

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Mesmo com a obrigatoriedade do cumprimento de protocolos sanitários e o monitoramento feito pela Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES), a infectologista acredita que a pressa pode acarretar em um segundo pico de contaminação. “A gente pode vir a ter um segundo pico, talvez não tão grande quanto a gente vivenciou em meados de maio, mas a gente pode vivenciar sim um novo aumento no número de casos”, projeta a especialista.

Em maio, as solicitações de internação na rede estadual ultrapassaram a marca de 2.100 pedidos. Após registrar mais de 300 pacientes na fila de espera por um leito de UTI, neste domingo (7), o governador Paulo Câmara anunciou que Pernambuco zerou as filas de UTI voltadas para Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag).

Câmara também informou que a taxa de ocupação dos leitos voltados para pacientes com Covid-19 está em 76%, sendo 62% em enfermarias e 96% em UTIs. O levantamento estimula a continuidade da ampliação semanal da liberação do comércio.

Mesmo com os dados que apontam uma suposta estabilidade, a infectologista reafirma que ainda não é o momento ideal. “A gente tá vivenciando a desaceleração do número de casos, mas ainda temos cerca de 800 novos casos por dia. Então, no contexto de reabertura, isso pode representar um novo processo de “rebote” no número de casos”, esclareceu Vieira.

De acordo com o boletim epidemiológico emitido nesta segunda-feira (8), Pernambuco registrou 463 novos casos da Covid-19. Desses, 99 casos foram identificados como Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) e 364 leves. Ao todo, o estado atingiu 40.705 pacientes infectados. Em relação às vítimas fatais, houve mais 45 óbitos e o levantamento atingiu 3.350 mortes em razão da pandemia.

Em continuidade ao plano de reabertura gradual das atividades econômicas em Pernambuco, a partir desta segunda-feira (8) os setores de construção civil, comércio atacadista, shoppings centers e consultórios de saúde voltam a operar. Vale destacar que os estabelecimentos devem seguir protocolos específicos emitidos pela Secretária de Saúde do Estado (SES), em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico.

A autorização atende à relevância socioeconômica dos setores e os riscos sanitários da retomada. As atividades serão monitoradas e, caso haja necessidade, poderão ser suspensas novamente. Para esta segunda-feira (8), está programado o retorno parcial da construção civil e do comércio atacadista - incluindo shoppings centers.

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Construção civil: retorno com 50% da carga de trabalho em horário livre; evitar reuniões presencias com trabalhadores, caso necessárias, fazer em locais abertos; minimizar serviços que requer proximidade entre profissionais (andaimes, carpintaria, elevadores de guindastes e etc); quando a empresa disponibilizar o transporte dos colaboradores, deve garantir a assepsia prévia e limitar a quantidade de passageiros aos assentos do veículo.

Comércio atacadista: retorno com 50% da carga de trabalho em horário restrito das 9h às 18h; está suspensa a circulação no interior dos shoppings centers, permitido apenas o recolhimento de produtos comprados por telefone ou internet no formato "drive-thru" em locais estabelecidos no estacionamento, das 12h às 18h.

A Secretaria de Desenvolvimento Econômico antecipou a reabertura de consultórios, ambulatórios de profissionais de Saúde, serviços de apoio diagnóstico e terapêuticos, e óticas, a partir da quarta-feira (10). Contudo, protocolos específicos de funcionamento ainda não foram emitidos.

Vale reforçar que as ações para conter a proliferação da Covid-19 estão mantidas e devem ser obedecidas por todos os setores. Elas foram divididas em três fatores: distanciamento social, higiene e monitoramento e comunicação.

Distanciamento: Deve ser mantida distância mínima de 1,5 metros entre indivíduos em geral; horários de intervalos devem ser escalonados para evitar aglomeração; evitar compartilhamento de utensílios, ferramentas e equipamentos de uso pessoal; dividir a equipe em grupos para propor a interação reduzida entre profissionais; adotar medidas para diminuir a intensidade e a duração do contato pessoal entre trabalhadores sempre que a atividade permitir.

Higiene: Uso obrigatório de máscaras de proteção individual; garantia de álcool 70% para funcionários e clientes; disponibilizar local para lavagem adequada das mãos; reforçar a limpeza de superfícies, instalações e banheiros pelo menos três vezes ao dia; privilegiar a ventilação natural dos locais, caso não seja viável, verificar a higienização periódica do ar-condicionado. 

Monitoramento e comunicação: Priorizar o trabalho remoto quando possível, sobretudo de profissionais inseridos nos grupos de risco (idosos, diabéticos, hipertensos, gestantes e lactantes, imunocomprometidos e os que sofrem de insuficiência cardíaca, renal ou respiratória crônica); afastar por 14 dias o trabalhador que apresente sintomas da Covid-19 e, em casos de confirmação, buscar os colegas que tiveram contato com o contaminado; emitir comunicados orientando sobre a Covid-19 e as práticas de prevenção; realizar diariamente, no início do expediente, o acompanhamento da sintomatologia dos funcionários; para empresas com mais de 20 funcionários, deve ser realizada diariamente a medição da temperatura.

Os médicos pernambucanos Antônio Jordão de Oliveira Neto, que é oftalmologista, e a Cristina Altino de Almeida, especialista em medicina nuclear, estão encabeçando um "Protocolo de Tratamento Pré-Hospitalar Covid-19" com 39 páginas e repleto de indicações técnicas, dosagens de medicamentos, gráficos e referências bibliográficas - tudo em apoio ao uso da cloroquina e do hidroxicloroquina no combate ao Covid-19.  

Esse protocolo é subscrito por 42 médicos no total e é apresentado como um documento oficial a ser aplicado pelo médico no atendimento de pacientes com o novo coronavírus.

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"Este protocolo nasceu da angústia dos médicos que se viram frente a frente com um inimigo desconhecido mas que, a exemplo de Dom Quixote, ergueram a lança e foram para cima do Dragão Covidiano ao Grito de 'Vamos à Luta para a implementação de um tratamento pré-hospitalar!", diz o documento.

Na última segunda-feira (25), dia que o protocolo foi divulgado, foi o mesmo dia que a Organização Mundial da Saúde (OMS) havia suspendido um estudo em andamento com a cloroquina e a hidroxicloroquina. O embate é entre os que defendem o uso dessas drogas e os que dizem não existir estudo suficiente sobre o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina para o combate ao Covid-19.

Enquanto o Ministério da Saúde aponta a cloroquina como uma alternativa, a revista científica Lancet relaciona essas drogas como causadoras de problemas cardíacos em um estudo com 96 mil pacientes. São milhares de médicos espalhados pelo Brasil que apoia o uso da cloroquina e, por isso, estão sendo apelidados pelos seus críticos de "cloroquiners". 

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, irá assinar amanhã (20) o novo protocolo da pasta a respeito do uso da cloroquina no combate ao coronavírus. Segundo Bolsonaro, o protocolo irá recomendar o uso do medicamento a partir dos primeiros sintomas.

O presidente, em entrevista à Rede Nordeste de Rádio e ao Blog do Magno, afirmou que, por ora, não estuda nomear novo ministro da Saúde. "Por enquanto, deixa lá o general Pazuello. É um tremendo de um gestor", afirmou Bolsonaro.

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Bolsonaro afirmou também que mantém laços de amizade com o ex-ministro da Saúde, Nelson Teich. "Gosto dele (Teich), estou quase apaixonado por ele", afirmou. Segundo o presidente, "ele (Teich) tem ligado para o Pazuello e dado dicas sem aparecer".

Após uma pausa de dois meses por conta do novo coronavírus, a Bundesliga reiniciou neste sábado (16) com algumas restrições. Mesmo sem torcida presente, os fãs do futebol ao redor do mundo comemoraram a volta do campeonato alemão e puderam matar a saudade do esporte.

"Olha eu não costumo acompanhar a Bundesliga mas só de ver futebol de novo já aquece a alma", comemorou um internauta. Teve até brasileiro que decidiu torcer para os alemães e estimulou a formação de uma "confraria". "A parada é o seguinte, o futebol alemão voltou e nós Botafoguenses devemos escolher um clube pra torcer na Bundesliga enquanto aqui não volta. Eu voto pelo Borussia Monchengladbach", twittou outro usuário.

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Com seis jogos marcados para a reestreia, sem dúvidas o destaque foi o clássico entre Borussia Dortmund e Schalke 04. Apesar do show do time da casa, que goleou o Schalke por 4x0, o que chamou atenção foi o protocolo sanitário.

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Protocolo sanitário- "O futebol voltou, mas jogo do Borussia sem a torcida do Borussia é o mesmo que Bochecha sem Claudinho", comentou um torcedor no Twitter, que sentiu falta dos mosaicos montados pela organizada. Isso porque, apenas os profissionais responsáveis pelo espetáculo tiveram acesso ao estádio.

Além disso, todas as pessoas que não estavam dentro das quatro linhas precisaram usar máscaras e manter a distância mínima de 1,5, inclusive reservas e treinadores. Não houve cerimônia de abertura, aperto de mão ou crianças acompanhando os jogadores. As bolas foram desinfetadas antes e durante a partida, os mascotes não participaram e as entrevistas estão marcadas à distância.

Em meio à pandemia do coronavírus, Pernambuco instalou dois centros avançados para testar seus profissionais de saúde. Devem ser testados aqueles trabalhadores que apresentem sinais gripais bem como seus familiares que, porventura, tiveram contato direto com eles. Até o momento, foram confirmados 1.433 casos de Covid entre a classe e 968 foram descartados. O Estado é o primeiro no país a implementar esse tipo de protocolo. 

O Governo de Pernambuco, por meio das Secretarias Estaduais de Saúde (SES) e Administração (SAD), abriu dois centros avançados de testagem para profissionais de saúde, da segurança e seus familiares (que tenham contato domiciliar com o trabalhador) que estejam apresentando sintomas gripais. As unidades funcionam todos os dias (inclusive aos sábados e domingos) das 8h às 17h no Centro de Formação dos Servidores e Empregados Públicos do Estado de Pernambuco (Cefospe), instituição vinculada à SAD que funciona na Boa Vista, área central do Recife, e no Centro de Convenções de Pernambuco (Cecon-PE), em  Olinda.

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Os centros realizarão a coleta de amostras, nos casos dos profissionais, preferencialmente até o 7º dia do início dos sintomas gripais, podendo ser realizado até o 10º dia se ainda estiver sintomático.  Cada unidade terá a capacidade de realizar, inicialmente até 60 coletas por dia. No local, atuarão técnicos de enfermagem, profissionais administrativos, limpeza e segurança, além de sanitarista que gerenciará cada serviço. O quantitativo de testes diários poderá aumentar de acordo com a demanda.

Para se submeter à testagem, o profissional de Saúde ou Segurança precisa agendar o atendimento pelo e-mail  coletacefospe@gmail.com, para a unidade Cefospe; e coletacecon@gmail.com, para unidade Cecon.  É preciso anexar ao pedido solicitação escrita da chefia imediata da unidade onde o trabalhador atua. O mesmo protocolo serve para os familiares do profissional. 

 

 

Um grupo de deputados e senadores entrou com um pedido de impeachment no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ministro da Educação Abraham Weintraub, que está sendo denunciado por crime de responsabilidade. PT, Rede, MDB, PSDB, Cidadania e outros partidos encorpam o pedido. 

“Com isso, nós fizemos tudo o que estava ao nosso alcance e prezamos demais o apoio de cada um de vocês. Temos um abaixo assinado de apoio ao pedido de impeachment e eu peço que vocês assinem e divulguem o quanto antes e o quanto puderem", pede a deputada Tabata Amaral (PDT).

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Desde o início de sua gestão, Weintraub se envolve em polêmicas, sendo o erro no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) um dos piores vexames. Os parlamentares denunciam o ministro por quebra de decoro e pelo princípio da impessoalidade, já que em meio à crise do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), Abraham atendeu ao pedido de um apoiador feito pelo Twitter pedindo para que a prova da sua filha fosse corrigida novamente. 

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O  Movimento Ocupe Estelita, protocolou no Ministério Público a Notícia Crime de desabamento realizada pelo engenheiro do Consórcio Novo Recife. A denúncia aconteceu na tarde desta última terça-feira (2), por meio de assessoria jurídica do Centro Popular de Direitos Humanos (CPDH).

O Ocupe Estelita afirma que a denúncia aponta que o laudo de avaliação estrutural realizado pelo próprio consórcio, na ação de manutenção de posse, concluía que as estruturas do armazém estavam comprometidas, com “risco de ruptura das paredes, podendo projetar material para fora do limite

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do muro do terreno”.

“Uma tragédia só foi evitada porque os manifestantes perceberam destroços caindo das paredes, que balançavam, e acionaram a Polícia Militar. Percebendo a gravidade da situação, esta negociou a paralisação das atividades de demolição com os responsáveis pela obra, salvaguardando a vida de todas as pessoas alí presentes”, acentua o movimento.

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"Agora acabou tudo", afirmou Antonio Francisco de Assis Nunes, de 63 anos, produtor rural da região do Parque das Cachoeiras, na periferia de Brumadinho, uma área que foi devastada pela lama da barragem que se rompeu anteontem no município. Chorando e lamentando o estrago nas lavouras, ele contou que naquela área viviam cerca de 20 famílias: "Não sobrou ninguém".

Conhecido como Tonico da Horta, ele acompanhou o drama mais pesado bem de perto. A menos de cinco metros, remexendo a lama que invadiu o barracão sem paredes, um grupo de bombeiros se preparava para resgatar um corpo feminino da borda. "Olha isso, deve ser gente que veio arrastada."

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A lama mole devastou a baixada usada para plantio de frutas e legumes e avançou sobre o galpão de selecionar a produção agrícola, destruindo tudo e entrando pelo prédio. Tonico da Horta nem viu quando o corpo foi colocado dentro de uma caixa de plástico, envolto num saco preto, e retirado de helicóptero pelos Bombeiros. Era o resgate de mais uma das dezenas de vítimas ainda desconhecidas.

"Uns 300 metros daqui, já localizamos outros quatro corpos", afirmou o socorrista que vasculhava, numa equipe de quatro bombeiros, as bordas da lama e ia marcando os pontos de cadáveres. Logo adiante, um outro helicóptero acabara de içar outra vítima.

"Estamos neste local há umas duas horas e já localizamos quatro pessoas", afirmou o bombeiro. Eram 16 horas. Pouco antes de uma forte chuva que despertou temor na região, pelo menos mais dois cadáveres tinham as coordenadas definidas para recolhimento.

A devastação provocada pelo rompimento da barragem foi acompanhada de perto também pelo morador João Moreira do Carmo, de 63 anos. "Eu vi a lama descendo", contou. "Ela desceu arrastando tudo."

Auxiliar técnico de manutenção da Vale, Wilson Pereira de Souza estava com a família em um clube, a cerca de 800 metros do local do rompimento, na hora do acidente. "Subiu um poeirão lá", disse. "Isso não é normal", imaginou, ao correr com a filha procurando um local mais alto. "Eu sabia que aquilo estava errado."

Medo

O clima em Brumadinho, durante todo o dia, foi de medo e confusão. No fim da manhã, bombeiros pediram que quem estivesse na área do acidente deixasse o local porque a outra barragem seria drenada.

A notícia se espalhou na região e moradores começaram a temer um eventual novo rompimento. "Isso não é verdade, é fake news", afirmou o tenente-coronel Flávio Godinho, da Defesa Civil, por volta de 13 horas. Em seguida, o coronel Almeida, do comando dos Bombeiros, explicou que o trabalho era feito por funcionários da Vale: "É para evitar pressão no terreno".

"A gente não tem informação nenhuma, mas tenho fé que vamos encontrá-lo", disse Camila de Amorim, de 20 anos, namorada de Everton Guilherme Ferreira Gomes, um dos desaparecidos. Segundo ela, a tragédia aconteceu no primeiro dia de trabalho de Gomes em Brumadinho. "Ele estava muito empolgado, ansioso", disse. "Quando soube do que aconteceu, liguei para ele, mandei mensagem... No começo, pensei que era um problema de sinal."

Funcionários da Vale passaram a tarde procurando colegas nos pontos de informações e resgate da operação montada pelos órgãos de segurança e Defesa Civil. A empresa oferece acomodação em hotéis e apoio psicológico em um centro improvisado, ao lado de uma UPA.

Ainda assim, o dia foi de perplexidade e dúvidas. "Tem vários conhecidos e amigos nossos entre os desaparecidos", contou Wilson Pereira de Souza, conversando na porta do hospital. "Você viu, está lá o Weberth, o Alano, a Angelita..." Nas redes sociais, amigos publicaram telefones dos desaparecidos na tentativa de localização. Muitos, em vão.

Jipes e drones

Jipeiros e operadores de drones voluntários se mobilizaram em torno da localidade de Córrego do Feijão para tentar ajudar nas buscas aos desaparecidos, mas foram orientados a não entrar nas áreas mais atingidas pela lama. Policiais e bombeiros bloquearam os principais pontos de acesso, para prevenir acidentes. Moradores que não tiveram as casas atingidas permaneceram no local, mas em condições precárias. Não tinham água nem eletricidade.

Dono do Bar do Aritana, Genival Costa de Sá tinha ontem os olhos vermelhos de tanto chorar. Ele contava ao menos cinco conhecidos, frequentadores do local, como desaparecidos. Provavelmente eles ficaram embaixo das toneladas de rejeitos que desceram da barragem.

Para ele a esperança de voltar a ver os vizinhos com vida é pequena. "Só um milagre de Deus", disse. "Tem uns 30 metros de barro por cima." Em um esforço para encontrar desaparecidos, a Advocacia-Geral da União conseguiu liminar na Justiça para que as empresas de telefonia forneçam a relação de assinantes dos celulares que estavam conectados às estações que atendem a região da mina.

Sem serviços básicos - e sem fregueses -, Costa não abriu o bar, ponto de encontro do lugarejo. O ambiente era de tristeza e medo. "Hoje (ontem) era dia de estar todo mundo aqui, tomando uma", lamentou André José dos Santos, manobrista em outra mineradora, mostrando-se, agora, preocupado com sua segurança. "Trabalho há dez anos e acho que não tem perigo", disse. "Mas aqui também a empresa (Vale) fazia reunião e dizia que não tinha problema."

Moradores informaram que, antes de ruir, a barragem estava seca em sua superfície. Tanto que, em alguns pontos, era possível até andar sobre ela. Um funcionário da Vale que não quis se identificar contou que, no momento do rompimento, estava em um ponto acima da barragem. Com o barulho das máquinas não percebeu o que acontecia. Quando olhou para trás, estava tudo destruído. "Meu irmão e vários amigos estavam na parte de baixo. Foi muito rápido."

Aldeia indígena

A lama de rejeitos da barragem chegou ontem, pelo Rio Paraopeba, às margens da aldeia Naô Xohã, do povo Pataxó Hã-hã-hãe, em São Joaquim de Bicas (MG), segundo o Conselho Indigenista Missionário. Por causa do risco de transbordamento do rio, os índios tiveram de deixar a aldeia. Também foram evacuados alguns bairros do município.

Segundo o cacique Háyó Pataxó Hã-hã-hãe, a água do rio começou a sofrer alterações de coloração na madrugada de ontem, e durante o dia já foi possível ver peixes mortos. Após deixarem a aldeia, os índios decidiram não ir à cidade, mas ficar na parte alta da área de 33 hectares, ocupada há um ano e meio.

As 25 famílias indígenas foram orientadas a não usar água do rio. A aldeia se estabeleceu após a migração de pataxós do sul da Bahia para Minas. Além de São Joaquim de Bicas, cinco prefeituras da Bacia do Paraopeba emitiram alertas para que a população fique longe do leito do rio.

Endurecimento

Após reunião de duas horas no Palácio do Planalto com representantes dos ministérios envolvidos em ações governamentais referentes à tragédia em Brumadinho, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, disse a jornalistas que o governo tem a intenção de mudar o protocolo de licenciamento das barragens brasileiras.

O ministro informou que, no encontro, chegou-se à conclusão de que "é importante e urgente" que as barragens que ofereçam mais riscos sejam submetidas a uma nova vistoria para que eventuais desastres possam ser evitados.

Heleno disse ainda que o objetivo da reunião foi de que não haja a superposição de esforços e que cada ministério defina suas responsabilidades no desenvolvimento das ações de governo. De acordo com o general, as pastas especializadas no assunto atuarão para que o protocolo seja revisto. "Porque parece que há alguma coisa que está falhando nesse licenciamento", disse.

Mais cedo, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, após fazer sobrevoo com o presidente Jair Bolsonaro na região afetada, afirmou que o governo não pretende afrouxar a fiscalização ambiental. "Nunca houve nenhum projeto de afrouxamento de fiscalização. Ao contrário, o que demonstramos hoje é que a fiscalização do Ibama é rigorosa e rápida. O que nós precisamos é de foco e dedicação", disse.

Ele afirmou que a legislação deve mudar para evitar que novas tragédias, como as de Brumadinho e Mariana, voltem a acontecer. "Não só é possível como é necessário. O que é preciso na legislação ambiental é tirar questões simples e aprofundar nas questões técnicas de maior risco", completou.

Pressão

Desde que aconteceu o acidente houve uma elevação do tom de cobrança ao governo sobre a possibilidade de flexibilizar o licenciamento ambiental. Uma de suas bandeiras durante a campanha eleitoral, Bolsonaro afirmou várias que pretendia simplificar o licenciamento e "tirar o Estado do cangote do produtor". Salles também defende ferramentas como o chamado autolicenciamento.

Para o especialista em Direito Ambiental Paulo Affonso de Leme Machado, o que é necessário neste momento é "um licenciamento ambiental mais forte, não mais fraco". Segundo ele, os dois desastres em Minas são exemplo disso. "Esses casos mostram que o licenciamento tem sido muito frouxo e inclusive com domínio inegável dos mineradores", diz.

"A lei de barragens é defeituosa. Ela facilitou demais os mineradores. São eles que dão a última palavra e no monitoramento. Eles se automonitoram", complementa o jurista.

ONGs devem intensificar a cobrança sobre o que chamam de risco de ocorrência de uma "fábrica de marianas". Nilo D'Ávila, do Greenpeace, afirma que o desastre joga o holofote sobre o governo, que terá de trazer uma resposta para o problema. "O licenciamento não é só uma etapa do empreendimento, mas é parte dele. É o que vai garantir a saúde do ambiente, mas também das pessoas e do próprio negócio."

Redes sociais

Personalidades brasileiras usaram as redes sociais para comentar o desastre provocado pelo rompimento da barragem da Vale em Brumadinho. A tragédia - que figurou ontem pelo segundo dia entre os assuntos mais comentados do Twitter - mobilizou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), a modelo Gisele Bündchen e o jogador da seleção de futebol Neymar.

Pelo Twitter, FHC prestou solidariedade às vítimas e fez alerta ao governo: "Meio ambiente não é zoeira de esquerda: é respeito à vida das pessoas e do planeta", disse. "Que a tragédia de Brumadinho abra os olhos do governo", diz a mensagem do ex-presidente. "Solidariedade às vítimas, mais ação para o futuro."

No Instagram, Gisele Bündchen postou, acompanhada de uma foto própria, duas imagens com o antes e depois do avanço da lama. Ela também divulgou quais itens poderiam ser doados e os pontos de recolhimento em Minas Gerais.

Já Neymar publicou uma obra dos artistas plásticos Os Gêmeos. Na ilustração, uma família, afundada até a cintura na lama, aparece chorando em meio a casas soterradas. Acima, um engravatado despeja um balde de rejeitos sobre todos. A mesma imagem foi usada no perfil da jornalista e apresentadora da TV Globo Fátima Bernardes nas redes sociais.

"Não é desastre ambiental. É negligência, é ganância, descaso, é a certeza da impunidade. É cruel. É crime", escreveu a atriz Bruna Marquezine, no Instagram. Ela também divulgou informações sobre doações.

O ator Bruno Gagliasso publicou um vídeo que retrata uma correnteza de lama - as imagens, na verdade, não eram de Brumadinho. Horas depois, o ator compartilhou a foto de uma camiseta do Brasil suja de lama, com um poema na descrição. A atriz Fernanda Paes Leme e e a cantora Maria Gadú também se pronunciaram nas redes em solidariedade.

Para lembrar

Estima-se que pelo menos 500 mil pessoas tenham sido afetadas direta ou indiretamente pela tragédia de Mariana, em 5 de novembro de 2015, quando 19 pessoas morreram. A destruição foi notada ao longo do caminho percorrido pela lama, entre Minas Gerais e Espírito Santo. Foram 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério. Os resíduos desceram os rios Gualaxo do Norte, Carmo e Doce até desembocar no Oceano Atlântico. A lama atingiu muitas comunidades ribeirinhas, contaminando a água e matando animais e plantas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após se casar com príncipe Harry, ficou claro que Meghan Markle não poderia mais seguir na carreira de atriz e, muito menos, se envolver em polêmicas hollywoodianas. Porém, pelo que parece, a duquesa de Sussex resolveu relembrar seus dias de atuação pois, na última segunda-feira, dia 10, participou de uma sessão de fotos com a diretora artística Claire Wiaght e a atriz Rosamund Pike.

O registro, postado no Instagram, se deu momentos depois de sua aparição surpresa no British Fashion Award, e nele Meghan aparece sorrindo enquanto segura sua barriga de grávida. A aparição da duquesa no evento se deu em homenagem à Waight Keller, estilista que desenhou o vestido de Meghan para o casamento.

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Porém, ainda que diferente, não foram as fotos que chamaram a atenção, e sim a quebra de protocolo de Meghan ao aparecer publicamente com as unhas pintadas de preto.

Ainda que não seja um regra oficial, de acordo com a People, todo mundo sabe que a Rainha Elizabeth não aprova esmaltes escuros, pois distraem muito fácil, preferindo assim cores nudes, pois são mais práticas.

 Príncipe Harry e Meghan Markle, que anunciaram a primeira gravidez no início desta semana, estão em viagem oficial pela Europa. Nesta quinta-feira (18), uma cena inusitada envolvendo o casal percorreu o mundo. Um garoto com síndrome de down rompeu o protocolo real e fez carinho na barba do Príncipe Harry.

O menino de 6 anos, chamado Luke Vincent, ficou impressionado com a barba ruiva do príncipe e não se conteve. Além de fazer carinho, o garoto deu um forte abraço no príncipe e em Meghan, que também ganhou um buquê de flores de Luke e ficou emocionada com a cena.

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O garoto é aluno de uma escola pública, que ficou responsável pela recepção do casal no País. Em entrevista à People, a diretora do colégio infantil, Anne van Dartel, explicou porque o garoto ficou tão deslumbrado. Luke é encantado pelo Papai Noel. Ele só acha que se encontrou com um homem legal que tinha uma barba incrível. Luke é uma pessoa de poucas palavras, mas de grandes ações”, disse.

Veja o vídeo:

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Por Lídia Dias

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