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O deputado federal Marcelo Freixo irá se filiar ao PSB ainda neste mês e já se lança como pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro nas Eleições 2022, segundo entrevista do parlamentar à revista Veja, nesta sexta-feira (11). A informação foi divulgada logo após o deputado afirmar em seus perfis nas redes sociais que está deixando o PSOL, sigla onde esteve pelos últimos 16 anos da sua vida política, tendo se filiando ao partido progressista em 2005.

“No PSB terei a chance de fazer uma aliança mais ampla, com partidos progressistas e de centro, para enfrentar o grupo político que faliu o Rio e entranhou a corrupção no estado”, justifica. Na tentativa de se descolar da imagem de radical que acompanha o PSOL, Freixo não descarta ter até o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, a seu lado no palanque. Segundo ele, a esquerda não pode repetir os erros da eleição passada. “Não é mais uma questão de direita versus esquerda, mas de proteger a democracia”, disse em entrevista.

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A mudança não possui motivações internas ou conflituosas, segundo Freixo, mas faz parte de um “projeto nacional” que prevê uma frente ampla em 2022, capaz de enfrentar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nas eleições. Segundo o deputado, alianças mais “improváveis” estarão presentes na movimentação e ele cogita até mesmo uma aliança ao PSDB ao lado do tucano Fernando Henrique Cardoso.

“A questão é que agora enfrentamos uma situação sem precedentes com relação à violência e à economia. A disputa no Rio, especialmente, não é da direita contra a esquerda, mas da civilização contra a barbárie. O PSOL estará conosco, mas, sem dúvida, teria mais dificuldades de fazer uma frente tão abrangente quanto a que se faz necessária”, continuou.

Para Marcelo Freixo, a esquerda errou em 2018 e contribuiu para a vitória de Bolsonaro, e o erro é compartilhado também pelo centro e pela direita não-bolsonarista. “Outra coisa que faltou foi a percepção de que existia uma engenharia política naquele discurso violento. Menosprezar esse fato foi um erro contundente”, completou.

Freixo estava filiado ao PSOL desde a fundação do partido, em 2005. Pela sigla, elegeu-se deputado estadual por três mandatos seguidos (2006, 2010 e 2014). Em 2018, foi o segundo deputado federal mais votado do Rio, com 342 mil votos, atrás apenas de Hélio Lopes (PSL-RJ).

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Na manhã desta sexta-feira (11), o deputado federal Marcelo Freixo confirmou que vai deixar o PSOL após 16 anos no partido. Ainda com futuro incerto, o parlamentar se encontrou recentemente com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas rumores apontam que ele pode concorrer ao Governo do Rio de Janeiro em 2022 pelo PSB.

O anúncio foi feito no perfil do próprio Freixo no Twitter. Em uma série de publicações, ele recordou o histórico de atuação nas Comissões Parlamentares de Inquérito junto ao partido nas Câmaras federal e do Rio de Janeiro.

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Embora esteja de saída, o parlamentar ainda reforçou que se mantém ao lado do PSOL pelo "dever histórico" de derrotar o atual presidente Jair Bolsonaro nas urnas.

"As eleições de 2022 serão um plebiscito nacional sobre a Constituição de 1988, se ela ainda valerá no Brasil. Por isso nós democratas não temos o direito de errar: do outro lado está a barbárie da fome, da morte e da devastação", escreveu.

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Ao menos 25 capitais brasileiras têm protestos, neste sábado (29), contra o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Os grupos à frente das manifestações reivindicam, entre outras coisas, a volta do auxílio emergencial no valor de R$ 600, a ampliação da campanha de vacinação contra o novo coronavírus e o fim da violência contra a população negra.

No Recife, o início do protesto está previsto para às 9h, na praça do Derby, área central da cidade. Para a vereadora Dani Portela (PSOL-PE), embora o país esteja atravessando um dos momentos mais críticos da pandemia, ir às ruas é “a única solução” para quem está em busca de “condições de garantir a normalidade e derrubar esse governo negacionista, que tem impedido as vacinas, tem confundido a população com desinformação e tem incentivado o contágio”.

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A parlamentar, que cita as revelações feitas pela CPI da Covid-19 como um dos estopins para as manifestações, também garante que as medidas sanitárias serão cumpridas durante as possíveis aglomerações no ato.

“Bolsonaro reúne gente sem máscara em desrespeito aos mais de 250 mil mortos. Para defender a vida, nós vamos às ruas neste dia 29 com responsabilidade, propondo o distanciamento, o uso de álcool em gel e máscaras como a pff2 e a N95”, explica.

Outra forte bandeira dos protestos tem relação com um possível impeachment de Bolsonaro.

“Pedir um impeachment nesse contexto é utilizar dos elementos da democracia para frear um governo que tem se mostrado cada vez mais irresponsável e genocida, através de um projeto político que visa, de fato, dizimar a população brasileira, em especial as pessoas pobres e negras”, diz Ingrid Farias, militante da Articulação Negra de Pernambuco e Coalizão Negra por Direitos, organização responsável por protocolar um pedido de impeachment contra Bolsonaro em agosto do ano passado.

Mas e os riscos de se aglomerar?

Em defesa da realização do ato, em nota o vereador Ivan Moraes (PSOL-PE), afirmou que “a maior parte da nossa população já está nas ruas”.

“Quem tem menos grana precisa se virar enquanto apenas uma pequeníssima elite pode dar-se ao luxo de cumprir o necessário isolamento social. Cada vez mais, parece que estamos vivendo num filme de ficção científica em que multidões arriscam a vida para garantir o bem estar de um punhado. Na mesma medida, o governo federal permanece boicotando a ciência e dificultando o acesso a vacinas para a maioria da população”, disse.

Em sua conta no Twitter, Moraes organizou uma “vaquinha virtual” com o intuito de arrecadar dinheiro e comprar máscaras de proteção do tipo Pff2 para distribuir durante o ato. Segundo ele, já foram adquiridas mais de 600 máscaras.

Ex-deputado federal e militante no Partido Socialismo e Liberdade há quase onze anos, Jean Wyllys decidiu se filiar ao Partido dos Trabalhadores (PT). A mudança deve acontecer em uma cerimônia virtual na próxima segunda-feira (24) e contará com a presença de personalidades políticas importantes, a exemplo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da ex-presidenta Dilma Rousseff, da deputada Marisa Matias, do Parlamento Europeu, e Anielle Franco, irmã da vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018. As informações foram divulgadas por Wyllys durante entrevista à revista Veja.

Vivendo na capital da Espanha, onde é estudante do doutorado em Ciências Políticas pela Universidade de Barcelona, custeado pela fundação Open Society, o ativista dos Direitos Humanos e jornalista explica que a mudança faz parte de uma mobilização em busca da derrota de Jair Bolsonaro (sem partido) nas urnas em 2022. “As pesquisas mostram que Lula é o único capaz de tirar Bolsonaro do poder. Agora é hora formar uma frente democrática, não fragmentá-la”, disse.

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Durante a entrevista, Wyllys ainda afirmou que não pretende se candidatar a um novo cargo eletivo, mas sim ajudar a desenvolver um programa de governo comprometido com a agenda econômica sustentável, a defesa dos Direitos Humanos e o combate à disseminação de notícias falsas. “Da política ampla não vou sair nunca, até porque sou um estudioso que analisa o que vem acontecendo no Brasil, mas não tenho o desejo de voltar a concorrer. Hoje, o que quero é ajudar a reconstruir o Brasil e abraçar a minha mãe”, desabafou.

Exilado na Europa há mais de dois anos, o futuro petista voltou a explicar as motivações da sua saída do Brasil: “Fui obrigado a deixar o país porque a Marielle, minha amiga e companheira de partido que vivia na mesma cidade que eu, foi executada sem receber uma ameaça de morte sequer e eu tinha várias delas. O exílio tirou de mim o convívio com os amigos e a família”.

Em sua conta do Twitter, a deputada federal e presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, expressou alegria pela filiação de Wyllys.

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O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou um pedido do PSOL para intimar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a explicar declarações sobre fraudes nas eleições.

Na avaliação de Toffoli, o partido não tem legitimidade para propor a interpelação judicial. Isso porque a legenda não foi citada diretamente por Bolsonaro.

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"Há um requisito personalíssimo para o conhecimento desse procedimento", diz um trecho da decisão. "Não foi possível identificar na inicial quais falas apontadas como ofensivas teriam o direcionamento específico ao PSOL. O Interpelado não citou nomes, sequer instituições ou partidos políticos. Esse grau de abstração inviabiliza uma análise acerca dos crimes contra a honra, que necessitam de um sujeito passivo bem delimitado, o que não ocorre no caso em tela", acrescenta o ministro.

O voto impresso é uma bandeira do presidente desde os tempos de deputado. Na prática, o sistema não substituiria a urna eletrônica, mas geraria uma espécie de comprovante físico dos votos para recontagens manuais, o que representaria um custo aos cofres públicos na ordem de R$ 2,5 bilhões ao longo de dez anos. A defesa da proposta costuma vir acompanhada de declarações que colocam sob suspeita o sistema eleitoral eletrônico.

Em um dos episódios mais recentes, após a invasão ao Capitólio por extremistas inconformados com a derrota de Donald Trump nos Estados Unidos, Bolsonaro afirmou que, se não houver voto impresso em 2022, o Brasil pode ter um "problema pior". "Qual foi o problema (nos Estados Unidos)? Falta de confiança no voto. Então lá, o pessoal votou e potencializaram o voto pelos correios por causa da tal da pandemia e houve gente que votou três, quatro vezes, mortos votaram", disse a apoiadores no início do ano.

No mesmo dia, após a repercussão da fala, o presidente voltou a comentar o assunto em sua primeira transmissão semanal ao vivo de 2021. "Qual o problema nisso? Estão com medo? Já acertaram a fraude para 2022? Eu só posso entender isso aí. Eu não vou esperar 2022, não sei nem se vou vir candidato, para começar a reclamar. Temos que aprovar o voto impresso", disse ele na live.

As declarações levaram o PSOL a acionar o Supremo, pedindo que o presidente respondesse a oito perguntas sobre as falas. No requerimento, o partido alegou ter legitimidade para levar o caso ao tribunal por estar inserido no sistema político representativo e eleger candidatos a partir do sistema eleitoral atacado por Bolsonaro. A legenda afirmou que, caso não tivesse provas das afirmações, o presidente poderia ser enquadrado por crimes de responsabilidade.

Na busca por alianças para 2022, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou à Brasília nessa segunda-feira (3) para uma agenda movimentada e já se encontrou com o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ). Após a reunião em um hotel na Asa Sul, o parlamentar confirmou ao Globo que a discussão girou em torno da formação uma frente ampla para evitar a reeleição de Jair Bolsonaro.

Ao deixar o hotel, Freixo chegou confirmar que vai entrar na disputa ao governo carioca, no entanto, ainda estuda a possibilidade de deixar o PSOL.

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"Conversamos sobre uma aliança ampla, tanto no Brasil como no Rio. Temos que garantir a união dos partidos que naturalmente estariam juntos (de esquerda), e ver quem mais poderia nos apoiar. Falei que meu nome está colocado, tenho conversado com amplos setores e muitos partidos que estão dispostos. A tendência do PT é apoiar essa aliança", afirmou o deputado.

Segundo o psolista, o plano de Lula para as eleições começa em tentar unir as siglas de esquerda -PT, PDT, PSB, PCdo B e o próprio PSOL. Nesta terça (4), o ex-presidente deve receber o líder do PSB na Câmara, o deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), que almeja uma vaga no Senado.

“Foi ótimo. Tivemos uma conversa sobre a questão nacional também, a necessidade da vacina e de um auxílio emergencial maior. Lula e nós estamos convencidos de que o governo poderia outro valor. Temos 400 mil mortos e a população passando dificuldades, a agenda do ministro Paulo Guedes”, detalhou Freixo.

Nos bastidores, corre a informação sobre um possível encontro do petista com o ex-presidente da Câmara, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ). O democrata teria sinalizado que, apesar das diferenças ideológicas, "teria com todo prazer" uma conversa com Lula.

Frente a um pacotão de negociações para fortalecer a frente contra Bolsonaro, o PSOL do Rio de Janeiro já havia se posicionado contra uma união com adversários do centro, como o prefeito da capital, Eduardo Paes (DEM) e o próprio Maia.

Dentre os compromissos desta semana, Lula deve tratar sobre as vacinas com diplomatas das embaixadas alemã e russa, e se encontrar com o ex-presidente José Sarney (MDB). Ele evita se reunir com senadores para não sugerir uma possível interferência na CPI da Covid, inclusive chegou a cancelar um encontro com o relator da comissão, o senador Renan Calheiros (MDB-AL).

Está sob relatoria do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), uma ação apresentada pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) para suspender todos os processos e todas as medidas de remoção, desocupação, reintegrações de posse ou despejos enquanto durar a pandemia da Covid-19.

No pedido, feito na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF 828), o partido sustenta a necessidade de evitar que o poder público descumpra garantias básicas, como o direito social à saúde, à moradia e à dignidade da pessoa humana.

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Conforme destacou o PSOL, a ação foi elaborada com a contribuição de entidades de defesa da moradia e de direitos humanos, em especial o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), diante do “brutal estado de calamidade pública” provocado pelo coronavírus e do agravamento social e econômico das populações sujeitas a “condições de hipervulnerabilidade”.

O PSOL sustenta que têm ocorrido dezenas de operações em diversas cidades, com uso do poder de polícia, para promover a remoção forçada. Segundo os dados apresentados, pelo menos 9.156 famílias foram despejadas durante a pandemia e outros 64.546 núcleos familiares estão sob essa constante ameaça.

Na ação, o partido pede uma decisão liminar no sentido de suspender as ordens de remoção, uma vez que “expõe as famílias e todos os envolvidos, inclusive os agentes públicos, à maior contaminação pela Covid-19, ainda promovem a desintegração de famílias, violando especialmente direito de crianças e adolescentes de serem mantidos em seu seio familiar, uma vez que os abrigos são classificados por gênero e, em alguns casos, idade, além de estarem geograficamente dispersos”.

Nos casos de área de risco em que a intervenção do poder público seja inadiável, como as regiões suscetíveis a deslizamentos de grande impacto, inundações ou processos geológicos ou hidrológicos correlatos, o partido pede que sejam cumpridos os estritos limites da Lei Federal 12.340/2010 e observados os necessários cuidados inerentes à situação de contágio da Covid-19, com garantia de medidas alternativas de moradia.

O ministro Barroso solicitou informações aos estados da Federação, ao advogado-geral da União e ao procurador-geral da República, no prazo comum de cinco dias.

Da assessoria do STF

A Polícia Federal intimou o ex-candidato a prefeito de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL-SP), para prestar depoimento em um inquérito aberto, no qual ele está sendo investigado com base na Lei de Segurança Nacional. O motivo foi uma publicação feita no Twitter, em 2020, e já excluída da rede social. Boulos havia feito uma analogia entre o presidente Jair Bolsonaro e o rei francês Luís XIV, guilhotinado durante a Revolução Francesa. A mensagem veio em razão da declaração de Bolsonaro “Eu sou a Constituição”.

No microblog, Boulos escreveu: "’O Estado sou eu’ (Luís XIV, rei absolutista no século 17). ‘Eu sou a Constituição’ (Jair Bolsonaro, hoje de manhã). Entendeu onde ele quer levar o Brasil?”, e em seguida “um lembrete para Bolsonaro: a dinastia de Luís XIV terminou na guilhotina”, o que teria sido entendido pelas autoridades como uma ameaça.

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Ele terá que se apresentar na superintendência da PF em São Paulo no dia 29, às 16 horas. Nas redes sociais, Guilherme Boulos diz ter tomado ciência da intimação nesta quarta-feira (21) e, mais uma vez, diz estar sendo perseguido por Bolsonaro, opositor direta e ideologicamente.

“Fui intimado pela PF na Lei de Segurança Nacional por um tuíte sobre Bolsonaro. A perseguição deste governo não tem limites. Não vão nos intimidar!”, tuitou o psolista.

No mês passado, uma situação parecida foi formalizada com o youtuber e empresário Felipe Neto, intimado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro a depor em uma investigação de "crime contra a segurança nacional", após chamar o presidente de “genocida”. A investigação foi interrompida, com a conclusão de que a intimação foi feita sob mal uso da LSN.

Deputados do PSOL apresentaram nesta terça-feira, 20, uma ação popular à Justiça Federal do Amazonas a fim de suspender a demissão do ex-superintendente da Polícia Federal no Estado, Alexandre Saraiva.

A ação defende que não foi "mera coincidência" o anúncio da demissão de Saraiva um dia após ele apresentar uma notícia-crime contra o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, por suposta atuação para favorecer madeireiros ilegais na maior apreensão de madeira nativa no País.

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"Torna-se cristalino que a mudança no comando da Polícia Federal no Amazonas se trata de tentativa de interferência indevida no órgão, com o precípuo objetivo de impedir a continuidade das investigações", diz o documento.

Assinada pelos deputados David Miranda (RJ), Fernanda Melchionna (RS), Sâmia Bomfim (SP) e Vivi Reis (PA), a ação afirma ainda que a demissão de Saraiva teria acontecido por pressão de Salles a fim de enfraquecer a fiscalização.

Deputados do PSOL apresentaram nesta quarta-feira uma notícia-crime ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por advocacia administrativa e corrupção ativa.

Os parlamentares argumentam que o mandatário teria cometido os crimes na ligação telefônica do senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO), na qual pressiona por uma mudança no objeto da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigará a atuação do governo federal na pandemia, além de apurar os recursos encaminhados a Estados e municípios.

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O documento, que é assinado por David Miranda (RJ), Fernanda Melchionna (RS), Sâmia Bomfim (SP) e Vivi Reis (PA), indica também que o presidente teria tentado "interferir em mandatos no Senado Federal para atingir membros do STF".

"O regime democrático, por si só, não permite qualquer espécie de intimidação, mormente quando essa intimidação emana de um Presidente frente a seus adversários. E mais: uma intimidação que fere de morte uma das funções constitucionais do Congresso Nacional, qual seja, fiscalizar os atos do Poder Executivo", diz o texto.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) arquivou uma representação que pedia a investigação do ministro da Defesa, o general Walter Braga Netto, por estimular comemorações do golpe militar de 31 de março de 1964.

Na avaliação da PGR, a conduta do ministro não configurava crime. "Os fatos narrados na manifestação não configuram lesão ou ameaça de lesão aos interesses ou direitos tutelados pelo Ministério Público", diz trecho do despacho que determinou o arquivamento do caso.

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Em seu primeiro dia no cargo, Braga Netto divulgou uma nota pública em que defendeu a celebração do golpe, ressaltando que o episódio só pode ser compreendido a 'partir do contexto da época' e serviu para 'pacificar o País'.

"O movimento de 1964 é parte da trajetória histórica do Brasil. Assim devem ser compreendidos e celebrados os acontecimentos daquele 31 de março", diz a nota divulgada pelo Ministério da Defesa no dia em que o golpe completou 57 anos.

A manifestação levou a bancada do PSOL na Câmara a entrar com a representação, cobrando a investigação do ministro e do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por possível crime de responsabilidade, improbidade administrativa e incitação ao crime.

A legenda também pedia que a nota fosse retirada da página oficial do Ministério da Defesa e que o ministro Alexandre de Moraes, relator do 'inquérito dos atos antidemocráticos' no Supremo Tribunal Federal, fosse oficiado sobre o caso.

"Há em curso um recrudescimento autoritário, com graves consequências para a democracia brasileira, e que coloca em risco a Constituição Federal de 1988. É fundamental que os poderes constituídos tomem as providências cabíveis para punir os responsáveis pelos atentados contra o Estado Democrático de Direito e não assistam inertes os permanentes e reiterados ataques contra a Carta Magna e os Tratados Internacionais de Direitos Humanos assinados pelo Brasil", escrevem os deputados do PSOL na representação.

Após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) endossar o discurso do apresentador Sikêra Jr. sobre a má gestão de Paulo Câmara (PSB) no combate à pandemia em Pernambuco, ainda nesse domingo (4), o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) saiu em defesa do governante. Ele também se solidarizou com o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL), que foi atacado pelo filho ser funcionário da Prefeitura do Rio de Janeiro.

Em seu perfil no Instagram, Dino afirma que "fake news é coisa de bandido" e cita o gabinete do ódio - suposto núcleo virtual organizado que defende o presidente com ataques e notícias falsas de adversários - como autor das polêmicas que circularam nas redes sociais. "Essa quadrilha tem que receber punições previstas em lei", alerta.

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Antes, Bolsonaro compartilhou um vídeo em que o apresentador Sikêra Jr sugere que o governador de Pernambuco não esteja utilizando todo o repasse da União na luta contra a Covid-19. "Paulo Câmara, esse dinheiro não é teu, é para salvar vidas", critica o apresentador. O próprio Paulo Câmara se defendeu no Twitter e reafirmou que o discurso do apresentador se trata de fake news.

Em seu programa, Sikêra estimou que o Estado teria recebido R$ 42,7 bilhões, sendo R$ 4,8 bilhões para o enfrentamento à Covid-19. "Senhores governadores, criem vergonha na cara. Digam ao seu povo quanto receberam para cuidar das vidas, e não tomar essas vidas, não matar as pessoas", declarou.

Acusado de apresentar números distorcidos, o valor seria o acúmulo do dinheiro do auxílio emergencial, da verba do pacote de socorro e alívio financeiro aos Estados e municípios, além dos repasses obrigatórios determinados pela Constituição.

Filho do Freixo na Prefeitura

Já o deputado Marcelo Freixo (PSOL) teve que explicar a relação do seu filho, o jornalista João Pedro, de 30 anos, com a Prefeitura do Rio. Adversário político do prefeito Eduardo Paes (DEM), ele foi contratado para a assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Esporte.

“Milhares de jornalistas trabalham em prefeituras em todo o Brasil. Eles precisam concordar ideologicamente com o prefeito? Não. Basta que sejam qualificados, profissionais e façam um bom trabalho”, rebateu o Freixo, que reforçou oposição a Eduardo nas votações do Congresso.

Para descredibilizar o assessor, um falso vídeo com travestis chegou a ser compartilhado.

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A bancada do PSOL na Câmara enviou ofício à Casa Civil nesta quinta-feira, 25, pedindo a abertura de procedimento administrativo contra o assessor especial de Assuntos Internacionais da Presidência, Filipe Martins, e seu afastamento. Os parlamentares afirmam que o gesto feito pelo assessor na quarta-feira, 24, durante sessão do Senado, é um símbolo usado por supremacistas brancos.

O presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse nesta quinta-feira, 25, que a Polícia Legislativa vai investigar o caso. O episódio ocorreu em sessão temática com a presença do chanceler Ernesto Araújo sobre a atuação do Itamaraty em busca de vacinas contra a covid-19. O próprio Pacheco fazia um pronunciamento no momento em que Martins, posicionado atrás dele, juntou as pontas dos dedos indicador e polegar, em formato de "OK", e movimentou a mão para cima e para baixo junto ao terno.

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Mais adiante na sessão, o líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), acusou o assessor de ter feito um gesto "obsceno" e pediu, exaltado, que ele fosse conduzido pela Polícia Legislativa para fora das dependências da Casa. Após a intervenção do amapaense, proliferaram nas redes sociais alertas de que o gesto teria sido não só obsceno, mas um aceno a supremacistas brancos.

Em sua conta no Twitter, Martins negou o fato e escreveu que apenas arrumava o paletó. "Um aviso aos palhaços que desejam emplacar a tese de que eu, um judeu, sou simpático ao 'supremacismo branco' porque em suas mentes doentias enxergaram um gesto autoritário numa imagem que me mostra ajeitando a lapela do meu terno: serão processados e responsabilizados; um a um", ameaçou.

No ofício ao ministro-chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto, a bancada do PSOL aponta que esta não seria a primeira vez em que o assessor faz "alusões públicas ao repugnante, perigoso e ilegal supremacismo branco".

"Desde abril de 2019, o assessor especial da Presidência utiliza, como foto de fundo de sua conta no Twitter, uma imagem com trecho do poema que abre o manifesto do supremacista branco Brenton Tarrant, que, em março do mesmo ano, assassinou 51 pessoas em uma mesquita na Nova Zelândia. Durante seu julgamento, Tarrant fez o mesmo gesto ora performado por Sr. Filipe Martins", escreve a líder do partido na Câmara, Talíria Petrone (RJ).

A deputada aponta que o endosso público ao supremacismo branco contradiz os princípios da Constituição e se enquadra no Artigo 20 da Lei 7.716/89, que define crimes de racismo. Segundo o trecho mencionado, fica sujeito a entre um e três anos de prisão e multa quem "praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional".

Os dez membros da bancada psolista encerram o ofício instando a Casa Civil a dar explicações ao Congresso e à sociedade brasileira sobre os atos de Martins e o posicionamento oficial do governo federal sobre o que chamam de "inaceitáveis alusões ao supremacismo branco empreendidas pelo assessor".

Em um gesto de aproximação com o PSOL e PSB visando a eleição presidencial de 2022, o PT abriu mão dos principais cargos da oposição na Câmara dos Deputados e apoiou a escolha de nomes das duas legendas. A liderança da minoria será ocupada por Marcelo Freixo (PSOL-RJ) e a da oposição por Alessandro Molon (PSB-RJ).

Com 56 deputados, o PT tem a maior bancada da Casa e, por isso, teria a prerrogativa de escolher nomes do partido para ocupar as duas lideranças. "A ideia é unificar toda a oposição na ação política. Foi um gesto de aproximação em nome da unidade da esquerda", disse ao Estadão o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), que participou das conversas e é um dos interlocutores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Câmara.

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A articulação recebeu aval de Lula, que teve os direitos políticos restabelecidos e planeja disputar a Presidência da República em 2022. A estratégia petista é buscar primeiro alianças no campo da esquerda e, em um segundo momento, abrir pontes com partidos do Centrão.

Na eleição presidencial de 2018, o PSB não apoiou formalmente nenhum candidato no primeiro turno, mas fechou com Fernando Haddad (PT) no segundo. A ideia inicial do partido para 2022 é buscar um nome "outsider", de fora da política, que tenha força para aglutinar as forças de centro. A entrada de Lula no cenário eleitoral, porém, deu força à tese da sigla entrar em uma coligação liderada pelo petista.

Em outra frente, os partidos se reaproximam em Pernambuco, principal base do PSB. Petistas admitem abrir mão de disputar o governo do estado ano que vem para apoiar o ex-prefeito Geraldo Julio (PSB).

No caso do PSOL, o partido, que nasceu de uma dissidência petista, discute internamente pela primeira vez a possibilidade de não lançar candidato próprio ao Palácio do Planalto para apoiar Lula.

Com o apoio ao nome de Freixo para líder da minoria na Câmara, a ala que prega apoio ao petista em 2022 ganhou musculatura no debate interno. O arranjo na Câmara também abre caminho para uma aliança da esquerda na disputa pelo governo fluminense.

Depois de disputar a prefeitura do Rio de Janeiro duas vezes, Freixo é visto como um nome natural. Molon, por sua vez, poderia concorrer a uma vaga no Senado ou ser candidato a vice.

O deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) será o líder da oposição no Congresso.

O PSOL anunciou que vai iniciar a coleta de assinaturas para abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara e pedir à Procuradoria-Geral da República e ao Ministério Público do Rio que Janeiro que investiguem supostos indícios de envolvimento dos gabinetes do então deputado federal Jair Bolsonaro - atualmente presidente da República - e do vereador Carlos Bolsonaro em esquema de apropriação de salários de assessores, conhecido por "rachadinha" .

A suspeita é semelhante à que levou a uma denúncia criminal contra o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho primogênito do presidente, por peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro. A denúncia surgiu do cruzamento de informações da quebra de sigilos obtida na Justiça pelo MP-RJ na apuração contra Flavio, que teria cometido os crimes quando era deputado estadual no Rio.

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O presidente foi deputado federal de 1991 a 2018. Seu filho Carlos assumiu uma cadeira na Câmara Municipal do Rio pela primeira vez em 2001. Os pedidos do PSOL serão formulados pela líder da bancada na Câmara, Talíria Petrone, que trata da CPI, e pelo deputado Marcelo Freixo, que fará a denúncia à PGR e ao MP. Ambos os parlamentares são do Rio de Janeiro, assim como o clã Bolsonaro.

Desde que Flávio teve os sigilos bancário e fiscal quebrados junto com seus ex-assessores, em abril de 2019, sabia-se que a investigação poderia "respingar" em outros integrantes da família Bolsonaro. À época, integrantes do MP já avaliavam que, por haver funcionários em comum nos gabinetes do clã, a investigação poderia mostrar movimentações suspeitas relacionadas a Jair Bolsonaro e outros filhos eleitos para cargos públicos.

Nesta segunda, 15, o portal UOL publicou uma série de reportagens com base nos dados brutos daquela quebra. Atualmente suspensa pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), a medida mostra, por exemplo, que quatro ex-assessores de Jair Bolsonaro quando ele era deputado federal sacaram 72% de seus vencimentos. A prática é considerada indício de desvio dos salários, para repasse ao deputado.

Esses quatro investigados - Fernando Nascimento, Nelson Rabello, Daniel Medeiros e Jaci dos Santos - sacaram R$ 551 mil dos R$ 764 mil que receberam do gabinete de Bolsonaro no período abarcado pela quebra de sigilo, entre 2007 e 2018.

Outra revelação do UOL mostra que quatro ex-assessores do vereador carioca Carlos Bolsonaro (Republicanos), segundo filho do presidente, também rotineiramente sacavam dinheiro em espécie logo após receberem seus salários. Além de Nelson Rabello, também citado no caso do pai, os funcionários são Andrea Siqueira Valle, irmã da segunda ex-mulher de Bolsonaro, Ana Cristina Siqueira Valle, e dois membros da família Gerbatim, ligada a Fabrício Queiroz.

Com saques que somam R$ 570 mil, esses assessores pegaram em espécie 87% do que receberam da Câmara Municipal.

As outras histórias contadas na série do UOL incluem a própria Andrea, que teria a conta bancária "operada" pela ex-mulher de Bolsonaro, e uma ex-chefe de gabinete de Flávio, Mariana Mota. A assessora também atuaria como operadora do suposto esquema de desvios. Ela pagou, por exemplo, contas de aluguel de Léo Índio, primo de Flávio que já trabalhou no gabinete dele.

Fundado em 2004 a partir de uma dissidência do PT, o PSOL, pela primeira vez, discute internamente a possibilidade de abrir mão de lançar uma candidatura própria ao Palácio do Planalto em 2022 para apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que teve seus direitos políticos e elegibilidade restabelecidos após o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), anular as condenações do petista na Lava Jato.

Candidato do PSOL à Presidência em 2018 e à Prefeitura de São Paulo, em 2020, Guilherme Boulos estava no palco em que Lula fez seu primeiro pronunciamento após a decisão de Fachin, na quarta feira passada.

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O apoio ao petista ainda sofre resistências, especialmente dos líderes da legenda que foram expulsos do PT, mas o debate ganha volume nas instâncias internas. O presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, é cauteloso ao tratar do tema.

"A presença do Lula no debate público reforça a luta da oposição contra o Bolsonaro, mas defendemos que essa discussão (sobre definição de candidaturas) seja travada no momento certo. Queremos criar um espaço formal para discutir a unidade com os partidos", disse Medeiros ao Estadão.

Em caráter reservado, porém, lideranças do PSOL admitem que o partido nunca esteve tão perto de apoiar um nome do PT numa disputa presidencial - caso Lula concorra mesmo -, apesar da resistência da ala mais "radical" da sigla.

Desde de sua fundação, o PSOL lançou quatro candidatos à Presidência da República: Heloisa Helena em 2006, Plínio de Arruda Sampaio em 2010, Luciana Genro em 2014 e Guilherme Boulos em 2018, que teve o pior desempenho, com pouco mais de 600 mil votos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em pleno Dia Internacional da Mulher, celebrado nessa segunda-feira (8), a vereadora Camila Valadão (PSOL) teve sua roupa criticada durante sessão extraordinária na Câmara de Vitória, no Espírito Santo. Em uma tentativa de constrangê-la logo no início do rito, o vereador bolsonarista Gilvan da Federal (Patriota) insinuou que a blusa com um dos ombros à mostra desrespeitava o regimento da Casa.

“Algumas considerações sobre o regimento interno. Creio que os vereadores aqui têm que estar com traje formal. E, na minha opinião, a vereadora não está com traje formal para a sessão”, apontou Gilvan, que também questionou um adesivo fixado na roupa de Camila. “Quem quer respeito, se dá o respeito”, complementou.

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Na ocasião, a psolista assumia posição de destaque na mesa como vice-presidente, em homenagem simbólica às mulheres. “Não vejo nada e nenhum motivo pelo qual eu não possa usar. Aliás, vereadores, já estive com essa blusa em várias sessões e em nenhum outro momento houve comentário sobre a minha roupa. Curioso que isso aconteça no Dia Internacional da Mulher”, respondeu.

Sobre o adesivo, a vereadora defendeu-se com a garantia de manifestação individual e rebateu que Gilvan assumia a mesma postura ao usar sua máscara personalizada. O uso de pronomes neutros na sessão também foi questionado por representantes da ala conservadora.

Camila Valadão ainda deve se reunir com a assessoria jurídica para discutir se uma queixa contra Gilvan da Federal será protocolada.

O vereador reeleito Ivan Moraes (PSOL) usou suas redes sociais para disparar críticas à prefeitura do Recife por ter celebrado que o número de pessoas vacinadas superou o de casos confirmados na cidade. Para o psolista, a ‘comemoração’ foi uma jogada de marketing.

“Que marquetada é essa da prefeitura do Recife de ‘comemorar’ que o número de pessoas vacinadas superou o de contaminadas pelo vírus? Epidemiologicamente, qual a relação?”, questionou o vereador.

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Moraes, que defende o isolamento total na cidade (também chamado de lockdown), cobrou o prefeito João Campos (PSB). “João Campos, bora admitir que estamos perdendo? Bora ter coragem para fechar a cidade até que a maioria esteja vacinada?”, finalizou.

Alvo da crítica do vereador do PSOL, a postagem da prefeitura do Recife, diz que o domingo (28) “foi dia de mais uma conquista importante”. Confira:

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A líder do PSOL na Câmara, deputada Talíria Petrone (RJ), anunciou nesta quarta-feira, via redes sociais, que o partido entrará com pedido de cassação do mandato do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara.

Segundo a parlamentar, o PSOL já está articulando para que outros partidos de oposição também assinem o pedido de cassação. "Como deputado, ele não pode ameaçar as instituições democráticas e a imunidade parlamentar não pode ser desculpa para isso" afirmou.

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Silveira foi preso na noite de terça-feira (16) por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes após ter compartilhado vídeo com apologia ao Ato Institucional 5 (AI-5) da ditadura militar e ataques e ameaças a membros da Corte.

A Câmara deve analisar ainda hoje e dar uma resposta até o fim do dia à prisão em flagrante de Silveira, aliado do presidente Jair Bolsonaro.

Em ofensiva contra a indicação de Carla Zambelli (PSL-SP) para a Secretaria de Comunicação da Câmara, a deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) protocolou ofícios ao procurador-geral da República Augusto Aras e ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, solicitando que ambos declarem se a fiel escudeira do presidente Jair Bolsonaro é investigada no 'inquérito das fake news'. Os documentos foram enviados nesta quinta (11).

Zambelli prestou depoimento na investigação em junho do ano passado. Na ocasião, ela afirmou que não respondeu às perguntas da Polícia Federal e acusou o inquérito de ser inconstitucional.

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"Não respondi nenhuma delas [perguntas], porque nenhuma delas era factual", afirmou. Aberto em março de 2019, o inquérito apura esquema de difusão de 'fake news', ameaças e ofensas dirigidas a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e seus familiares. A investigação corre sob segredo de Justiça.

No ofício enviado a Aras e Moraes, Sâmia Bomfim destaca que Zambelli - ainda não formalmente indicada ao cargo - já atua como se estivesse no comando da Secretaria de Comunicação, declarando em entrevistas qual será o seu projeto uma vez que assumir o posto. Entre as atribuições do cargo estão gerenciar e definir a linha editorial da TV, Rádio e Agência Câmara.

"Seria temerário supor que uma pessoa investigada por integrar organização financiada para o fim de orquestrar a fabricação e divulgação, em grande volume, de notícias falsas (cujo teor é orientado para desprestigiar e desestabilizar um dos Poderes da União, em contundente atentado ao Estado Democrático de Direito,, constituinte de nossa República), possa, ao arrepio de tão relevante procedimento investigatório, ocupar a direção da SECOM", afirmou Sâmia.

A deputada do SPOL afirma que Zambelli 'passa muito ao largo de ser pessoa possuidora de ilibada reputação' e não seria a indicação mais competente para a Secretaria de Comunicação da Câmara. Nos ofícios, Sâmia pede que Aras e Moraes tornem público a condição da parlamentar no inquérito e que oficiem isso ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Os ofícios de Sâmia se somam a outros pedidos movidos pela oposição contra Zambelli na comunicação da Câmara. Na quarta-feira, 3, os deputados Ivan Valente (PSOL-SP) e Talíria Petrone (PSOL-RJ) pediram ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que levante o sigilo de duas investigações que atingem as bolsonaristas: os inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos, que investiga a organização e o financiamento de manifestação contra as instituições e a democracia.

COM A PALAVRA, CARLA ZAMBELLI

Procurado pela reportagem, o gabinete da deputada Carla Zambelli não quis se manifestar.

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