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O presidente Nicolás Maduro apresentou neste domingo (24) um medicamento chamado Carvativir. Segundo ele, "um poderoso antiviral desenvolvido por cientistas venezuelanos que começará a ser produzido em massa para neutralizar 100% dos sintomas do coronavírus".

"Está estabelecida a patente nacional e internacional e o registro sanitário foi feito no país, e posso apresentar o medicamento que neutraliza 100% dos sintomas do coronavírus: o Carvativir, mais conhecido como as gotas milagrosas do doutor José Gregorio Hernández", disse Maduro durante o balanço semanal dominical da Comissão Presidencial.

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O anúncio também foi feito nas redes sociais, onde o presidente lembrou que em breve começará a "ponte aérea para a chegada ao país das primeiras 10 milhões de doses da vacina Sputnik V", produzida na Rússia.

Maduro informou que as características científicas do novo medicamento venezuelano estão sendo divulgadas por meio de relatórios científicos e serão publicadas em revistas especializadas internacionais. Ele também confirmou sua intenção de apresentar o medicamento à Organização Mundial da Saúde (OMS) para sua certificação internacional.

O novo medicamento passou nove meses em estudos e ensaios clínicos. "Dez gotas sob a língua a cada quatro horas, e o milagre está feito. É um poderoso antiviral que neutraliza o coronavírus, fabricado na Venezuela", disse Maduro, revelando que o país o enviará para a Aliança Bolivariana (ALBA) para distribuição aos países do grupo.

Segundo ele, o novo medicamento é totalmente inofensivo, sem efeitos colaterais. "Ele é de uma mente brilhante da Venezuela, vocês o conhecerão no futuro, por enquanto estamos protegendo os cientistas", concluiu, enfatizando ainda que a Venezuela começará a produção em massa do Carvativir em laboratórios nacionais e sua distribuição em centros de saúde públicos e privados, incluindo farmácias.

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Da Sputnik Brasil

Nesta terça-feira (5), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a defender o uso precoce da ivermectina para tratar a Covid-19. Mesmo sem comprovação científica, ele indica que a distribuição em massa do medicamento em países africanos "pode ser" responsável pelos baixos registros de óbitos.

Em seu perfil no Twitter, Bolsonaro apresenta uma lista da Organização Mundial da Saúde (OMS) com nove países que integram o Programa Africano para Controle de Oncocercose, enfermidade conhecida como "cegueira do rio". Na mesma publicação, ele ainda reafirmou que o antiviral nitazoxanida, conhecido como Anitta, é "capaz de reduzir a carga viral de pacientes infectados pelo coronavírus".

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Apesar de negar pesquisas científicas, Bolsonaro diz que um estudo sobre o remédio foi publicado em uma "conceituada revista científica internacional" e publicou o áudio de uma reportagem do programa A Voz do Brasil, o qual informa sobre o artigo publicado na European Respiratory Journal, pago com recursos do Governo Federal.

O estudo foi concluído em outubro e publicado em 24 de dezembro. Mesmo antes de ser aceito pela revista, o Governo Federal promoveu um evento para divulgar os resultados da pesquisa, mas não apresentou dados e usou um gráfico genérico, encontrado em banco de imagens, para realizar a apresentação.

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A farmacêutica AstraZeneca e a Universidade de Londres (UCLH) estão desenvolvendo um remédio para prevenir os sintomas da Covid-19, mostrou uma matéria do jornal "The Guardian" nesta sexta-feira (25).

A droga, chamada de AZD7448, seria capaz de impedir que a pessoa desenvolva a doença entre seis e 12 meses após ser ingerida. A empresa já pediu o registro para testes nos Estados Unidos.

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Assim como outros medicamentos aprovados nos EUA, mas usados em pacientes que já contraíram o coronavírus Sars-CoV-2, o remédio usa uma combinação de anticorpos. A estimativa é que, com a aprovação dos testes, ele esteja disponível entre março e abril.

A proteção imediata prometida pela farmacêutica poderia ter um papel fundamental em reduzir o impacto da pandemia enquanto a vacinação estiver em curso.

"A vantagem desse medicamento é que te dá anticorpos imediatamente. Poderemos dizer aos participantes dos testes que foram expostos: 'sim, podem se vacinar'. Mas não podemos garantir que ela os protegerá da doença porque já é tarde: as vacinas atuais não conferem imunidade antes de um mês", disse a virologista da Universidade, Catherine Houlihan, ao jornal.

Da Ansa

Após ver seu nome envolvido em uma publicidade para venda de medicamentos, o ator Lima Duarte usou seu perfil nas redes sociais, na última quarta-feira (16), para negar a informação vinculada a ele.

"É mentira! Estão vendendo uma porcaria usando o meu nome. Pesquisem e se informem!... É mentira! São ladrões, safados, ladrões! Eles não falam comigo, eles estão roubando meu nome, uma carreira de 70 anos, pra vender essa porcaria! Se fazem isso comigo, imagina o remédio que eles fazem?", alertou o ator.

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"Toma essa porcaria que você vai ver o que acontece com você. Ladrões! Não recomendo comprimido nenhum. É mentira! É roubo! São ladrões! É uma quadrilha de bandidos que faz isso", disse ele.

O ator tem sido cada vez mais interativo em suas redes sociais e recebido muito apoio dos fãs. Os seguidores se mostraram indignados pela fake news com o ator. "Lamentável" e "absurdo", foram alguns dos comentários deixados na rede social.

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A maconha vai sair da lista mundial de drogas perigosas. Nesta quarta-feira (2), a votação da Comissão para Narcóticos da Organizações das Nações Unidas (ONU) reclassificou o uso medicinal da erva, que era avaliada no mesmo patamar da heroína.

A proposta foi feita em 2019, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com o intuito de facilitar a participação da planta em pesquisas e o seu uso medicamentoso. A reavaliação foi aprovada por 27 países, dentre eles Uruguai, Colômbia, Equador, México, Estados Unidos, Canadá e parte da Europa.

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O governo brasileiro foi um dos 25 países que recusaram a mudança, ao lado de regimes como a China, Turquia, Rússia e Egito. Também houve uma abstenção. Embora tenha validação internacional, o acordo permite que cada país tenha autonomia para decidir sobre como trata a erva em seu território.

A alteração foi considerada histórica e um avanço para a medicina. Atualmente, cerca de 40 países já reconhecem o poder medicinal da maconha, que foi incluída na lista de drogas perigosas na Convenção sobre Drogas Narcóticas, em 1961.

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Fora da corrida mundial pela vacina contra Covid, a multinacional americana Biogen tem luta própria: colocar no mercado mundial, o quanto antes, um remédio contra a doença de Alzheimer.

No início do mês, a agência reguladora de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) avaliou que o aducanumabe apresentou evidências "excepcionalmente persuasivas". A expectativa é pela aprovação do remédio em março. A companhia não quer se comprometer com prazos para a entrega do remédio no Brasil, mas, levando-se em consideração os trâmites normais do processo, que costuma demorar de 12 a 15 meses, tudo indica que ele poderá estar disponível até o fim do primeiro semestre de 2022.

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Se tudo continuar seguindo a tendência positiva, será o primeiro tratamento para o mal em décadas e o primeiro a sinalizar ser capaz de retardar sua progressão. No comando da empresa na América Latina há três meses está o escocês Fraser Hall, que até então era CEO da britânica AstraZeneca no Brasil. "A AstraZeneca é uma companhia extraordinária, mas a minha grande paixão é a neurociência. E neurociência é Biogen", disse ele em entrevista ao Estadão, a primeira que concedeu após a mudança. "A descoberta (do aducanumabe) foi muito emocionante. Se você tem Alzheimer, você não tem nada... não há remédio, não há perspectiva. Acho que essa droga é extraordinária em termos de dar alguma esperança em relação a essa doença devastadora."

Hall também considerou que, quando a medicação for aprovada, deverá haver mais entusiasmo e mais investimentos no segmento. No dia do parecer inicial positivo da FDA, as ações da Biogen dispararam mais de 40% nos Estados Unidos, único local onde a empresa é listada em Bolsa. A avaliação do mercado é a de que, se aprovado, o aducanumabe poderá representar vendas anuais de cerca de US$ 5 bilhões até 2025.

Liberação

O executivo escocês é responsável pelos escritórios de México, Colômbia, Brasil, Argentina e Chile e acompanha também a distribuição dos medicamentos da Biogen em outros países das Américas Latina e Central. Ele lembrou que algumas nações só fazem a liberação de novas drogas quando outros reguladores já o fizeram, enquanto outras têm um processo independente.

"O Brasil, por exemplo, não depende de nenhum outro país. A Anvisa revisa as informações disponíveis (para tomar sua decisão)", comparou o executivo, citando que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária costuma ter dois processos: um caminho mais rápido, que costuma levar em torno de nove meses, e um considerado normal, que dura em torno de 12 meses, além de mais cerca de três meses de avaliação pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec).

Tem sido uma "dura jornada" a busca por uma medicação para o Alzheimer, conforme o diretor-geral da Biogen Latam, principalmente em um momento em que todos os olhos do mundo estão voltados para a descoberta de uma vacina contra a covid-19. "Esperançosamente, haverá mais drogas para o Alzheimer entrando no pipeline, mas, por enquanto, o aducanumabe é o mais avançado sobre o qual se tem mais informação", afirmou. "Ele funciona. Acreditamos que ele funciona."

Para expandir ao máximo a distribuição do medicamento, Fraser mantém a proximidade com as diferentes administrações da região. "Esta doença é uma questão de saúde pública, que afeta muitas e muitas pessoas diferentes e os governos são realmente uma chave no longo prazo, então, estamos próximos dos governos e das agências", explicou.

O seu papel à frente da farmacêutica na América Latina será o de expandir o portfólio de ofertas da Biogen na região. "Uma coisa que queremos fazer é facilitar o acesso de nossos remédios aos pacientes na América Latina." O executivo também disse ter como meta ampliar a participação de cientistas latino-americanos no quadro da empresa. Do lado dos negócios, no entanto, não está prevista a abertura de novos escritórios na região nem do capital da companhia.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A agência de medicamentos da União Europeia (EMA) alertou que o uso de cloroquina ou hidroxicloroquina está associado ao risco de distúrbios psiquiátricos e comportamentos suicidas.

A declaração está em um comunicado divulgado pelo comitê de segurança da EMA na última sexta-feira (27), após uma revisão de todos os dados disponíveis sobre os remédios. Tradicionalmente empregados no tratamento de malária e lúpus, os medicamentos chegaram a ser uma esperança contra a Covid-19, mas estudos científicos descartaram sua eficácia no combate à doença.

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"A revisão havia sido iniciada em maio de 2020, após a EMA ter sido informada pela Agência de Medicamentos da Espanha sobre seis casos de desordens psiquiátricas em pacientes com Covid-19 que haviam recebido doses de hidroxicloroquina acima do autorizado", diz o comunicado.

A agência não permite o uso dos dois remédios para tratar da Covid-19 e ainda lembra que estudos clínicos de larga escala não mostraram "nenhum efeito benéfico" em sua utilização contra a doença. "Já se sabe que a cloroquina e a hidroxicloroquina, mesmo utilizadas em doses aprovadas para indicações autorizadas, podem causar um amplo espectro de transtornos psiquiátricos.

Distúrbios psicóticos e comportamentos suicidas estão listados na bula de alguns medicamentos contendo cloroquina ou hidroxicloroquina como efeitos colaterais raros ou de frequência desconhecida", afirma a EMA.

De acordo com a agência, a revisão dos dados confirmou a ocorrência de desordens psiquiátricas, inclusive graves, em pacientes com ou sem histórico de problemas mentais. No caso da hidroxicloroquina, a EMA afirmou que os efeitos colaterais podem aparecer no primeiro mês de tratamento. Já para a cloroquina, não existem dados suficientes para estabelecer prazos.

"O comitê recomenda a atualização das bulas desses medicamentos para fornecer informações melhores a profissionais de saúde e pacientes sobre o risco de comportamentos suicidas e desordens psiquiátricas", ressalta o comunicado. 

Da Ansa

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou que os cientistas do Instituto Venezuelano de Investigações Científicas (IVIC) desenvolveram uma molécula que aniquila completamente o vírus que provoca a COVID-19.

Além disso, o líder venezuelano assegura que o novo medicamento pode deter a COVID-19 e que o estudo teve uma duração de seis meses.

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"Hoje, posso dizer oficialmente que esta molécula [...] foi testada para a COVID-19, foram feitas todas as investigações [...] o estudo durou seis meses, dando como resultado a aniquilação de 100% do vírus da COVID-19", assegurou.

"Quero dizer que a Venezuela conseguiu um medicamento que anula a 100% o coronavírus", ressaltou, adicionando que o novo medicamento "não apresenta nenhum tipo de toxicidade que afete as moléculas saudáveis".

A molécula citada por Maduro é a DR10, que já foi usada no tratamento de doenças como a hepatite C, o vírus do papiloma humano e o ebola.

Maduro também destacou que o estudo realizado pelos pesquisadores do IVIC foi confirmado por outros cientistas, e que "nos próximos dias será construído o percurso, para, através da Organização Mundial de Saúde, ratificar os resultados obtidos pelo IVIC".

Assim que obtiver a ratificação, a Venezuela vai preparar a produção massiva desta molécula e fornecê-la a nível mundial com a devida colaboração internacional.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) prendeu, na noite do sábado (12), dois homens desviando medicamentos que abasteceriam um hospital público. O flagrante ocorreu em Nova Iguaçu-RJ.

Os policiais faziam ronda na BR-116 quando observaram dois homens realizando o transbordo de mercadorias em dois carros dentro de um posto de combustíveis. Durante abordagem, a dupla se identificou como servidores públicos municipais e apresentaram uma guia de remessa para hospital.

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Os suspeitos não souberam explicar o motivo de estarem colocando o material em outro veículo. Eles foram encaminhados para a Delegacia de Nova Iguaçu. Ao todo, foram apreendidos 435 antibióticos em 33 caixas.

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) revisou, durante reunião realizada nessa terça-feira (1º), a exigência de retenção de receita para os medicamentos Ivermectina e Nitazoxanida.  

“Neste contexto, verificou-se que os medicamentos Ivermectina e Nitazoxanida, no momento, não se encontram sob ameaça de desabastecimento de mercado. A alteração foi adotada visando garantir o acesso da população ao tratamento de verminoses e parasitoses bastante conhecidas e bem significativas", diz a Agência.

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De acordo com a Anvisa, a medida faz parte do monitoramento de substâncias sujeitas a controle em virtude da emergência de saúde pública em função da pandemia relacionada ao novo coronavírus (Covid-19).

“A decisão considera ainda que os dois medicamentos já são de prescrição médica e não vêm sendo utilizados em doenças e pacientes crônicos”. A medida começa a valer a partir da publicação no Diário Oficial da União.

*Com informações da Anvisa

O laboratório francês Sanofi anunciou nesta terça-feira que os testes clínicos internacionais de fase 3 sobre a eventual eficácia de seu medicamento Kevzara para o tratamento das formas severas de Covid-19 não apresentaram resultados conclusivos.

O ensaio de fase 3, ou seja, a etapa de testes em larga escala, "não alcançou o critério de avaliação principal nem secundário, comparativamente ao placebo e, nos dois casos, além dos cuidados hospitalares habituais", afirma o grupo francês em um comunicado.

No momento, a Sanofi e o laboratório americano Regeneron - parceiro no desenvolvimento do remédio, lançado em 2017, para tratar a artrite reumatoide - não pretendem organizar outros estudos clínicos com o Kevzara para o tratamento de Covid-19.

O teste avaliava a eficácia do Kevzara (sarilumab) no tratamento de formas severas de Covid-19 com 420 pacientes e foi organizado na Alemanha, Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Espanha, França, Israel, Japão e Rússia.

"Apesar de não ter apresentado os resultados que esperávamos, estamos orgulhosos do trabalho realizado pela equipe que ficou responsável por aprofundar nossos conhecimentos sobre a potencial utilização do Kevzara no tratamento da covid-19", afirmou o doutor John Reed, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Sanofi, citado no comunicado.

O laboratório farmacêutico britânico AstraZeneca, que está desenvolvendo em parceria com a Universidade de Oxford uma vacina contra o novo coronavírus, anunciou nesta terça-feira (25) que iniciou os testes clínicos de um fármaco para prevenir e tratar a Covid-19.

Os primeiros participantes no teste já receberam uma dose do medicamento, que combina dois tipos de anticorpos, explicou a AstraZeneca em um comunicado.

A fase 1 dos testes, com 48 voluntários saudáveis do Reino Unido, com idades entre 18 e 55 anos, busca determinar se o fármaco é seguro e como responde ao corpo humano.

O teste é financiado pelo governo americano, por meio dos Departamentos de Defesa e de Saúde.

O grupo afirmou que os testes constituem uma "etapa importante" para o medicamento, que poderia ser utilizado pelas pessoas expostas ao coronavírus e pelas já infectadas.

Os resultados da fase I são aguardados para antes do fim do ano e, se apresentarem dados conclusivos, a AstraZeneca iniciará os testes de fase 2 e 3, em maior escala, para avaliar a eficácia do fármaco.

Em colaboração com cientistas da universidade britânica de Oxford, a AstraZeneca também está desenvolvendo um projeto de vacina contra a COVID-19 e o resultado da fase 3 dos testes deve ser publicado em setembro.

Este projeto desperta grandes expectativas. De acordo com a imprensa, o presidente Donald Trump está considerando acelerar o processo de aprovação nos Estados Unidos.

O governo britânico anunciou na segunda-feira que o Reino Unido seria o primeiro beneficiado pela vacina em caso de aprovação.

Por ser um dos epicentros da pandemia da Covid-19 no mundo, o Brasil atraiu não só estudos de vacinas desenvolvidas no exterior, mas também pesquisas internacionais de medicamentos contra a doença. Diante de um cenário prolongado de alto número de casos e mortes, vem crescendo o interesse de pesquisadores estrangeiros e farmacêuticas multinacionais por incluir nos seus ensaios clínicos pacientes brasileiros. Dos 33 estudos de medicamentos ou vacinas para covid já autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), 21 são testes internacionais de possíveis tratamentos para a infecção.

As pesquisas que passam pelo órgão são aquelas em que existe a perspectiva de registro comercial do medicamento após os testes. Os demais estudos, com fins exclusivamente acadêmicos ou científicos, passam apenas pelo aval da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), que precisa autorizar qualquer pesquisa feita com seres humanos no País.

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Os dados da Conep também mostram aumento no número de testes internacionais. Dos 178 ensaios clínicos autorizados pela comissão até aqui, cerca de 30 são financiados por instituições estrangeiras. Em junho, eram apenas dez.

"Tivemos uma resposta muito forte da comunidade científica brasileira logo no início da pandemia, com muitos estudos nacionais. Depois, quando os casos foram crescendo no Brasil, começaram a aparecer estudos de fora", explica Jorge Venâncio, coordenador da Conep.

Isso porque, para que se possa avaliar a eficácia de um medicamento, é preciso testá-lo em locais com grande número de pacientes infectados. Diversidade nos perfis dos doentes e nos níveis de gravidade da doença também são importantes.

Como países asiáticos e europeus viveram mais cedo o pico da pandemia, Brasil e Estados Unidos, que ainda registram números expressivos de infecções, tornaram-se os principais locais de estudo de tratamentos e imunizantes.

Entre os remédios em testes há tanto drogas já registradas para outras patologias, mas que podem ser úteis contra a covid, quanto moléculas novas desenvolvidas para enfrentá-la.

Exemplos

A farmacêutica AstraZeneca, aliada ao projeto de vacina da Universidade de Oxford, trouxe ao Brasil dois estudos de medicamentos contra a doença. Ambos já são registradas para outras finalidades. "Um deles é o acalabrutinibe, remédio registrado para doença hematológica maligna (linfoma). O objetivo é avaliar se ele bloqueia a fase inflamatória da infecção e evita a progressão da doença pulmonar", explica Maria Augusta Bernardini, diretora médica da AstraZeneca no Brasil. A fase 2 da pesquisa, em andamento, deverá incluir cerca de 150 participantes, metade deles será brasileira.

O outro estudo de medicamento da farmacêutica é coordenado pelo Hospital Albert Einstein. A pesquisa pretende investigar se a dapaglifozina, usada no combate ao diabete, pode evitar complicações da covid em pacientes com fatores de risco como doença cardíaca, hipertensão e o próprio diabete. Os testes, já em fase 3, terão 900 participantes, metade deles brasileiros.

"A ideia é checar se o uso do medicamento pode proteger o coração e os rins de complicações e prevenir o agravamento do quadro, como uma falência respiratória", explica Otávio Berwanger, diretor da Academic Research Organization (ARO) do Einstein. O hospital deve iniciar em setembro a coordenação de outro estudo de uma farmacêutica estrangeira.

O complexo do Hospital das Clínicas de São Paulo participa de pelo menos cinco testes clínicos internacionais, como os das drogas tocilizumabe (Roche) e otilimabe (Glaxo), ambas originalmente indicados para a artrite reumatoide, mas agora investigadas por possíveis benefícios contra a reação inflamatória causada pelo coronavírus.

"É difícil encontrar um medicamento que seja eficaz para uma infecção viral aguda como a do coronavírus, então temos de atuar em várias frentes contra a doença: reduzindo a resposta inflamatória, o efeito coagulante. Drogas para esses fins estão sendo testadas", diz Esper Kallas, professor da Faculdade de Medicina da USP.

Pedidos de aval para estudos triplicam e motivam força-tarefa

Com a corrida de cientistas por tratamentos e vacinas contra a covid-19, a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) viu o número de pedidos por autorização para estudos com humanos triplicar durante a pandemia e teve de montar uma força-tarefa para acelerar as solicitações.

Segundo o coordenador do órgão, Jorge Venâncio, a comissão levava, antes da pandemia, 25 dias, em média, para dar uma resposta sobre os protocolos. Com a covid, o prazo máximo passou para sete dias. Em alguns casos, o aval do órgão foi dado em apenas 72 horas.

"Quando chega um protocolo de pesquisa, ele passa por uma assessoria técnica, um relator e depois vai para avaliação da câmara técnica da Conep. Tradicionalmente, as reuniões de câmara técnica aconteciam uma vez por mês, durante três dias. Com a pandemia, passamos a fazer reuniões diárias, inclusive aos sábados e domingos", conta Venâncio.

"Em alguns dias, chegamos a realizar três ou quatro reuniões de câmaras diárias simultaneamente", completa ele.

No grupo que avalia os protocolos estão os 30 membros titulares da comissão, cinco suplentes e 15 especialistas externos. Todos trabalham de maneira voluntária, sem remuneração. "Foi um grande esforço, ainda mais contando que essas pessoas têm outras atividades em suas instituições de pesquisa. Mas, diante do momento atípico, houve uma motivação para ajudar. Consideramos que, de certa forma, também estávamos na linha de frente de combate à pandemia", afirma Venâncio.

A maior celeridade na aprovação dos estudos e a experiência do País em ensaios clínicos são apontados por cientistas como fatores que também ajudaram a trazer estudos internacionais para o Brasil. A vinda de mais pesquisas globais fortalece a ciência nacional e traz benefícios para pacientes brasileiros, dizem os pesquisadores.

"Quando o País participa de um estudo, somos incluídos na discussão científica sobre o uso da medicação e temos a oportunidade de ver os resultados em pacientes brasileiros, com as particularidades clínicas e sociais da nossa população", diz Esper Kallas, professor da Faculdade de Medicina da USP. "Além disso, já se inicia uma discussão sobre inclusão desse medicamento na rede pública caso ele seja registrado", acrescenta.

Visibilidade. De acordo com Otávio Berwanger, diretor da Academic Research Organization do Hospital Albert Einstein, em alguns estudos, como o que a instituição conduz com a farmacêutica AstraZeneca, o Brasil tem um papel de liderança, o que aumenta a visibilidade dos cientistas brasileiros. "Nesse estudo, fazemos parte do comitê executivo do projeto, estamos na liderança científica, com papel de protagonismo", afirma ele.

Projeto do HCor recebe verba americana

Embora a maioria dos estudos internacionais que chegam ao Brasil sejam desenvolvidos por empresas estrangeiras, em pelo menos um caso de testes de medicamentos para covid, brasileiros inverteram essa lógica.

Pesquisadores do Hospital do Coração (HCor) idealizaram uma pesquisa de um possível tratamento para covid que terá financiamento de uma empresa americana.

"Esse medicamento ainda não tem um nome comercial, mas é conhecido pelo mecanismo de ação chamado de antisenso. É uma cadeia de RNA que bloqueia outra, impedindo a produção de algumas proteínas. No caso do nosso estudo, a ideia seria bloquear a calicreína para reduzir o risco de inflamação e edema pulmonar", explica o intensivista Fernando Zampieri, pesquisador do Hcor.

O mecanismo antisenso já é usado em outros medicamentos com indicações diversas desenvolvidos por uma empresa de biotecnologia americana chamada Ionis, que patrocinará o estudo. "Como a Ionis já produz essa classe de medicamentos, procuramos a empresa e eles aceitaram apoiar." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O preço dos medicamentos vendidos aos hospitais do país subiu 16,4% durante os cinco primeiros meses da pandemia da Covid-19 no Brasil, de março e julho. Os dados, divulgados nesta quinta-feira (20), são do Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H), da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e da Bionexo.

Segundo o levantamento, a alta foi impulsionada por três grupos de medicamentos utilizados no tratamento de pacientes com a Covid-19: suporte ao aparelho cardiovascular, com elevação de 92,6%; sistema nervoso, de 66%; e aparelho digestivo e metabolismo, de 50,4%. Os aumentos principais foram de remédios relacionados a analgesia, anestesia, suporte ventilatório e suporte vital. 

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Também apresentaram aumento expressivo os preparados hormonais sistêmicos, de 21,8%, e do sistema musculoesquelético, de 18,2%, utilizados nas unidades de terapia intensiva (UTI). 

“Entre os fatores que contribuíram para o aumento dos preços observado pode-se destacar dois. O primeiro deles, que tem impacto abrangente, foi a desvalorização cambial, que afeta o preço de medicamentos e insumos cujos mercados estão atrelados à moeda estrangeira. O segundo aspecto, mais específico, foi o aumento brusco da demanda das unidades de saúde por medicamentos associados aos cuidados dispensados aos pacientes da Covid-19, principalmente aqueles em estado mais grave”, disse o coordenador de pesquisas da Fipe, Bruno Oliva.

Julho

Em julho, o preço dos remédios hospitalares registrou um avanço de 1,74%, resultado que representa uma aceleração menor em relação à variação observada no mês anterior, de 4,58%. No acumulado do ano, de janeiro a julho, o índice registra alta de 18,72%.

De acordo com a Fipe, entre os motivos que podem ter contribuído para a aceleração menor no último mês estão a estabilização da taxa de câmbio, a reestruturação gradual das condições de mercado, a queda dos casos de Covid-19 nos grandes centros urbanos do país, e a readequação, ainda que parcial, das condições de oferta após o choque inicial.

A empresa farmacêutica suíça Roche firmou nesta quarta-feira (19) um acordo com a companhia americana Regeneron para fabricar e distribuir um candidato a medicamento contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2).

Batizado de REGN-COV2, a solução da Regeneron combina dois anticorpos e já se encontra na fase 2 de um total de três dos testes clínicos para o tratamento contra a Covid-19.

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"Roche e Regeneron anunciam uma união de forças na luta contra a Covid-19 para desenvolver, fabricar e distribuir o REGN-COV2, combinação de anticorpos antivirais experimentais da Regeneron, às pessoas de todo o mundo", diz a nota do grupo suíço.

A Roche tem uma das maiores operações de produção do mundo e aumentará sua capacidade geral em mais de três vezes para produzir o remédio.

"Esta grande colaboração com a Roche oferece escala importante e expertise global para levar REGN-COV2 a muito mais pacientes nos Estados Unidos e em todo o mundo", afirmou o presidente-executivo da Regeneron, Leonard Schleifer.

O acordo prevê que, caso o REGN-COV2 "se mostre seguro e eficaz nos testes clínicos e receba as autorizações regulatórias", o laboratório suíço será responsável pela distribuição fora dos EUA, enquanto a Regeneron cobrirá todo o território norte-americano.

A decisão da Roche de se unir a Regeneron ocorre depois que seu próprio medicamento, o Actemra, falhou no combate ao novo coronavírus.

O REGN-COV2 combina um anticorpo fabricado pela Regeneron e um segundo anticorpo isolado de humanos que se recuperaram da infecção. A união é projetada para se ligar à proteína spike usada pelo novo coronavírus para obter acesso às células humanas, limitando sua capacidade de escapar.

"O REGN-COV2 pode fornecer uma opção de tratamento muito necessária para pessoas que já apresentam sintomas de Covid-19 e também tem o potencial de prevenir a infecção em pessoas expostas ao vírus, retardando assim a propagação da pandemia global", explicou a Roche, em comunicado.

Da Ansa

Preta Gil participou de uma conversa com Thais Fersoza no YouTube! A cantora, que está agora com os cabelos pink, abriu o jogo sobre padrões de beleza e disse que, de todos os preconceitos que já sofreu na vida, o pior deles, para ela, foi a gordofobia. Primeiro, ela começa dizendo que sempre teve muita autoestima - mas que quando começou a sua carreira, isso mudou:

- Eu sempre fui guerreando, recebendo no peito. Óbvio que eu tive os meus momentos de vulnerabilidade, tive meus momentos de fraqueza. Em algum momento da minha vida por exemplo eu não lidei bem com a opressão em relação ao meu corpo. A gordofobia foi algo que me assustou muito em um primeiro momento, tanto é que eu tentei ser magra durante muito tempo.

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Ela, que sempre rebate críticas, continua e lembra que fez lipoaspiração e até mesmo tomou remédios para emagrecer:

- Eu sou negra, sou uma mulher, sempre me considerei, me reconheci como mulher negra. Eu sou bissexual e isso para mim é de uma naturalidade absurda. Ser quem eu sou é de uma naturalidade absurda, mas o meu corpo nunca tinha sido algo que eu pensasse ou que eu tivesse um relacionamento esquisito. Eu sempre tive um relacionamento também muito livre com o meu corpo. E ali naquele primeiro momento, quando eu me lancei como cantora, e veio essa enxurrada de preconceito, eu fiquei muito assustada. Eu falei: ué, mas por que as pessoas estão me julgando pelo meu corpo, pela minha forma física? Por que está sendo uma questão, o meu corpo? Por que não estão falando do meu disco, da minha voz? Aquilo me assustou demais.

A filha de Gilberto Gil ainda disse que precisou de muita terapia para lidar com tudo:

- E aí eu fui comprando uns grilos. E aí sem perceber, levando para o meu inconsciente todos esses preconceitos... e uma hora, quando eu me vi, eu estava fazendo lipoaspiração, tomando remédio para emagrecer, querendo ficar magra. E aí na terapia, depois de muito tempo, a gente entendeu que essa minha busca pela magreza e querer me encaixar nos padrões, que as pessoas queriam que eu me encaixasse, era muito mais eu dizendo: parem de falar de mim, ok, vou ficar do jeito que vocês querem, do que eu realmente querendo ser magra. Aí foi uma fase da minha vida que eu realmente tive que intensificaras minhas terapias, de autoconhecimento, para não pirar, porque eu estava desconectada do que eu queria fazer para mim.

A empresa farmacêutica Sanofi, que já era investigada por "fraude grave" e "lesões involuntárias" pelo escândalo do Depakine, um medicamento contra a epilepsia, também é acusada de "homicídio culposo" - disse o grupo francês nesta segunda-feira (3).

O Tribunal de Justiça de Paris começou a investigar este caso após uma denúncia da associação de pais de crianças que sofrem da Síndrome do Anticonvulsivo (Apesac), que representa cerca de 4.000 pessoas, a maioria delas crianças doentes, e que se baseia no caso de 14 mães que tomaram o Depakine na gravidez.

A molécula polêmica, o valproato de sódio, é comercializada desde 1967 com a marca Depakine pela Sanofi, mas também é vendida por outras marcas genéricas e é geralmente prescrita para pessoas com transtornos bipolares.

Seu consumo representa, porém, um alto risco de malformações congênitas no feto, se uma grávida tomar o medicamento.

Os juízes encarregados do caso já investigavam a Sanofi desde fevereiro de 2020 pelos crimes de "fraude grave" e "lesões involuntárias".

A empresa disse hoje à AFP que também é investigada por "homicídio culposo", confirmando uma informação recente do jornal "Le Monde".

"O laboratório recorreu à câmara de investigação para apelar de sua acusação. O conjunto dos elementos não demonstra a responsabilidade do laboratório em nada", afirmou a Sanofi.

A Justiça francesa já havia reconhecido em julho a responsabilidade do Estado francês, da Sanofi e de médicos pelos efeitos devastadores do Depakine e os condenou a indenizar as famílias das crianças com deficiência.

Uma nova pandemia e, mais uma vez, o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) reafirma seu potencial técnico. Em 2009, quando o mundo era assombrado pelo avanço de influenza A (H1N1), popularmente conhecida como gripe suína, a unidade produziu Oseltamivir em caráter emergencial para suprir o Sistema Único de Saúde (SUS). Neste ano, diante de impactos mais devastadores, a instituição atende uma grande demanda pelo antiviral para ajudar no tratamento de pacientes com quadros respiratórios que apresentem risco de complicação. Além disso, desenvolve uma nova concentração do medicamento, a fim de garantir o abastecimento da rede pública de saúde e maior abrangência do tratamento.

Ao longo desses anos, Farmanguinhos/Fiocruz tem fabricado o medicamento nas dosagens 75mg e 45mg para serem disponibilizadas nas campanhas de influenza A do Ministério da Saúde. Para se ter uma ideia do volume de produção anual e do papel essencial da unidade nesse canário, até junho desse ano foram fabricadas mais de 6 milhões de unidades farmacêuticas. A previsão é que até dezembro sejam entregues mais de 16,6 milhões de cápsulas do produto.

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Nova concentração

Com o objetivo de estender o alcance da terapia, isto é, cobrir uma faixa mais ampla de pesos corporais e, com isso assistir, especialmente, a posologia destinada ao público pediátrico, o Instituto desenvolveu a concentração de 30 mg do Oseltamivir. Essa dosagem permite que o medicamento seja administrado em pacientes com peso abaixo de 15 kg e também naqueles que pesam entre 13 e 40 kg, sendo para esse público necessário ingerir duas cápsulas do fármaco.

Essa conquista é fruto de um projeto de desenvolvimento tecnológico da própria Unidade. “Após um longo período de avaliação pela Anvisa, obtivemos a aprovação do registro em junho deste ano. No decorrer deste tempo de tramitação regulatória foram respondidas todas as exigências solicitadas pelo órgão regulamentador com agilidade e competência técnica, reforçando a qualidade e robustez de todo o desenvolvimento realizado”, enfatiza a chefe da Divisão de Gestão de Desenvolvimento Tecnológico, Juliana Johansson.

Tal êxito permite não somente que Farmanguinhos/Fiocruz esteja apto a produzir todas as concentrações disponíveis dessa categoria de antiviral, mas, principalmente, atender as demandas emergenciais do SUS. Neste sentido, já está sendo produzida a primeira solicitação do Ministério da Saúde para a dosagem de 30mg. Até o final do ano, serão entregues 2,5 milhões de unidades à Pasta.

Aumento da produção

Além de prescrito para prevenção e tratamento de gripe em adultos e crianças, o uso do Oseltamivir passou a ser adotado em pessoas suspeitas ou diagnosticadas com o novo coronavírus, conforme protocolo do Ministério da Saúde, publicado em abril deste ano. A prescrição, que justifica o aumento substancial da demanda, é indicada para pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) ou com Síndrome Gripal em condições de risco para complicações.

Novo Insumo Farmacêutico Ativo (IFA)

Outro feito importante oriundo do Oseltamivir está relacionado à aprovação da inclusão de um segundo fabricante de IFA para as concentrações de 45 mg e de 75 mg. Tal resultado advém de um intenso trabalho multidisciplinar que permite que Farmanguinhos/Fiocruz quebre a dependência de um único fabricante do princípio ativo. Desta forma, a unidade consegue não apenas reduzir significativamente o custo do produto, como também assegurar o adequado atendimento às demandas do Ministério da Saúde, mitigando os riscos que acarretem atraso na produção e eventual desabastecimento do Sistema Único de Saúde. Esta mesma ação está sendo planejada para a concentração de 30 mg.

Com toda essa atuação, Farmanguinhos/Fiocruz reafirma o seu compromisso com a saúde pública e com a população brasileira. Além de atender prontamente a uma solicitação urgente do Ministério da Saúde, segue usando todo o seu potencial técnico e científico para desenvolver e fornecer medicamentos ao SUS.

Da assessoria da Fiocruz

O Canadá autorizou, nesta terça-feira (28), o uso do antiviral remdesivir em casos graves de pacientes com a COVID-19.

"O remdesivir é a primeira droga que a Agência de Saúde do Canadá autoriza para o tratamento da COVID-19", informou a pasta da Saúde.

Pelo menos dois grandes estudos nos Estados Unidos demonstraram que esse medicamento pode reduzir o tempo de internação de pacientes com o novo coronavírus.

Washington autorizou em 1º de maio o uso do antiviral em casos de emergência, originalmente usado para o tratamento do Ebola. Vários países asiáticos seguiram o mesmo caminho e autorizaram o uso da droga, incluindo o Japão e a Coreia do Sul.

Canadá disse que o remdesivir só poderá ser utilizado em pacientes com COVID-19 que apresentarem pneumonia e tiverem a necessidade de mais oxigênio para respirar.

As doses que serão usadas no Canadá serão fabricadas pela companhia norte-americana que desenvolveu o medicamento, a Gilead Sciences.

Antes de julho, a Comissão Europeia também autorizou o uso do remdesivir contra o coronavírus.

Até terça-feira, o Canadá contabilizou 114.800 casos e mais de 8.900 mortes.

Regras que proíbem a venda sem receita em farmácias de medicamentos como cloroquina, hidroxicloroquina, nitazoxanida e ivermectina foram publicadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). As orientações estão na Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 405/2020, publicada ontem no Diário Oficial da União . De acordo com a agência, a lista poderá ser revista a qualquer momento para a inclusão de novos medicamentos, caso seja necessário.

Ainda segundo a Anvisa, o objetivo da norma é impedir a compra indiscriminada de medicamentos que têm sido amplamente divulgados como potencialmente benéficos no combate à infecção pelo novo coronavírus, embora ainda não existam estudos conclusivos sobre o uso desses fármacos para o tratamento da doença.  A medida visa também manter os estoques destinados aos pacientes que já têm indicação médica para uso desses produtos, uma vez que os medicamentos que constam na resolução também são usados no tratamento de outras doenças, como a malária (cloroquina e hidroxicloroquina); artrite reumatoide, lúpus e outras (hidroxicloroquina); doenças parasitárias (nitazoxanida) e tratamento de infecções parasitárias (ivermectina). 

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Compra

A compra desses produtos em farmácias e drogarias será permitida apenas mediante apresentação da receita médica em duas vias. Cada receita terá validade de 30 dias, a partir da data de emissão, e poderá ser utilizada somente uma vez. A resolução será revogada automaticamente a partir do reconhecimento, pelo Ministério da Saúde, de que não mais se configura a situação de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional.

Farmácias e drogarias

Conforme previsto na resolução, todos os medicamentos que contenham as substâncias listadas na norma estão sujeitos aos procedimentos de escrituração no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC). A escrituração dos medicamentos à base de hidroxicloroquina, cloroquina e nitazoxanida já era obrigatória desde a inclusão dessas substâncias nas listas de controle da Portaria 344/1998. Para os medicamentos à base de ivermectina, a entrada de medicamentos já existentes em estoque nas farmácias e drogarias antes da resolução não necessita ser transmitida ao SNGPC.

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