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Estão abertas as inscrições para o Concurso Público de servidores do Tribunal Regional do Trabalho do Mato Grosso (TRT-MT) da 23ª Região. Além das vagas imediatas, também terá a formação de cadastro reserva.  

Ao todo serão preenchidas duas vagas, sendo uma para Analista Judiciário – Área Apoio Especializado Especialidade Tecnologia da Informação e outra para Técnico Judiciário – Área Apoio Especializado Especialidade Tecnologia da Informação, além de 17 vagas destinadas ao cadastro reserva.  

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Interessados podem se candidatar as vagas até o dia 29 de julho, através do site da Fundação Carlos Chagas. A taxa de inscrição é de R$ 75 para o cargo de Técnico Judiciário (nível médio) e R$ 95 para Analista Judiciário.  

A remuneração inicial para cargos de Analista é de R$12.455,30 e R$ 7.591,37 para Técnico Jurídico.  

As provas serão realizadas em Cuiabá (MT), em 11 de setembro de 2022. Caso o número de inscritos supera as expectativas iniciais, as provas poderão ocorrer em munícipios da região metropolitana da cidade.

Antes de espancar a procuradora-geral de Registro, no Vale do Ribeira, Gabriela Samadello Monteiro de Barros, o também procurador municipal Demétrius Oliveira de Macedo vinha mostrando um comportamento violento no trabalho. Ele foi preso preventivamente após as agressões.

Mensagens trocadas entre Gabriela e a agente administrativa Thainan Maria Tanaka, que também trabalha na Secretaria Municipal de Negócios Jurídicos e Segurança Pública, indicam que os funcionários do setor tinham medo do procurador. Segundo as conversas, reveladas pelo G1, os servidores evitavam ficar sozinhos com Macedo.

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"Se não tiver ninguém na fala, a gente sai. E também para sempre ter testemunhas das coisas", sugere a procuradora-chefe. "Ficar depois do horário é perigoso também", acrescenta Thainan.

Em outro trecho, as duas relatam "ansiedade" e "pesadelos". "Hoje estou bem ansiosa. Eu estava com tremedeira", conta Gabriela.

As mensagens foram trocadas entre os dias 27 e 30 de maio. As agressões contra Gabriela ocorreram na segunda-feira, 20, após a abertura de um processo disciplinar contra o procurador motivado pela agressividade contra os colegas.

O episódio foi registrado em vídeo. Após derrubar Gabriela, ele dá socos e pontapés na procuradora, a quem é subordinado. Também a chama de "vagabunda" e "puta". Outras duas servidoras tentam conter Macedo. Uma delas é empurrada com violência contra uma porta fechada. A outra arrasta Gabriela para tentar afastá-la do agressor. O procurador só foi contido após a intervenção de outros funcionários que ouviram os gritos de socorro.

A procuradora registrou um boletim de ocorrência. Em um primeiro momento, o delegado Fernando Carvalho Gregório, do 1º Distrito Policial de Registro, não prendeu Macedo em flagrante. Com a repercussão do caso, a Polícia Civil pediu a prisão preventiva do procurador. Ele foi encontrado em um hospital psiquiátrico, em Itapecerica da Serra, na região metropolitana de São Paulo. O Ministério Público do Estado também entrou com uma denúncia contra o procurador municipal por tentativa de feminicídio.

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O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta segunda-feira, 20, que os servidores públicos devem ter aumento de salário no próximo ano. A declaração foi feita durante o evento em comemoração aos 70 anos do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro.

Segundo Guedes, com a redução de gastos com a pandemia, com o aumento da produtividade e com a maior oferta de serviços digitais para a população é possível aumentar os salários dos servidores.

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"Os governos passados contrataram 160 mil pessoas liquidamente. Se aposentam por ano de 20 mil a 30 mil por ano. Fizemos o contrário. Os servidores se aposentaram e nós digitalizamos os serviços. A produtividade subiu e pode haver aumento de salário brevemente", disse.

O procurador-geral da República, Augusto Aras, ajuizou a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 985, no Supremo Tribunal Federal (STF), contra dispositivos de lei do Município de São Vicente (SP) que instituíram “salário-esposa”, pago a servidores casados ou unidos a suas companheiras há, pelo menos, cinco anos, desde que ela não exerça atividade remunerada.

Na avaliação do PGR, a concessão de vantagem pecuniária aos servidores homens em razão tão somente de seu estado civil estabelece uma discriminação ilegítima em relação aos demais servidores públicos. A seu ver, a vantagem representa um ônus excessivo para a administração municipal, paga sem que exista justificativa ou contrapartida razoável dos beneficiários.

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O procurador-geral da República alega que os dispositivos contrariam os princípios republicano, da igualdade, da moralidade, da razoabilidade e da vedação de diferenciação salarial em razão do estado civil do trabalhador, todos previstos na Constituição Federal.

A ação foi distribuída ao ministro Nunes Marques.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, sinalizou nesta terça-feira que não haverá reajuste salarial ao funcionalismo público em 2022, como demandam as categorias. "Lamento, pelo que tudo indica, não será possível dar nenhum reajuste ao servidor no corrente ano. Mas já está na legislação nossa, que foi mandada para o Parlamento, de que para o ano que vem nós teremos reajuste e reestruturações", afirmou, em entrevista ao SBT News.

De acordo com o presidente, outras carreiras não admitem que haja reestruturação só de algumas.

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"Quando você fala em estruturar uma carreira, as outras não admitem sem que a delas também sejam reestruturadas, e não tem recurso para tal."

Auxílio Brasil

O presidente da República declarou ainda que o Auxílio Brasil será mantido em R$ 400 até dezembro, mas pode ter o valor alterado no ano que vem.

"Tem um limite, até pela lei eleitoral. O Auxílio Brasil fica em R$ 400 até dezembro e no ano que vem é possível mexer nesse valor", afirmou.

O governo, no entanto, considerou elevar o benefício ainda neste ano mediante a edição de um decreto de calamidade pública, o que ainda não foi descartado pelo presidente.

Teto de gastos

Após reclamar, mais uma vez, das amarras do teto de gastos, Bolsonaro avaliou nesta terça-feira que mudanças na âncora fiscal podem ser discutidas após as eleições. "Algumas coisas você pode mexer no teto de gastos como já há propostas pela equipe do Paulo Guedes. Mas a gente vai deixar para discutir isso depois das eleições mudança no teto. Você poderia tirar alguma coisa dos gastos obrigatórios? Poderia", afirmou, na entrevista ao SBT News.

E sinalizou: "Nós tivemos excesso de arrecadação no ano passado em 300 bilhões de reais. Não fizemos nada com esse recurso, foi para abater dívida interna nossa. Uma coisa ou outra você poderia mexer."

Bolsonaro destacou, no entanto, que qualquer mudança precisa ser feita "com responsabilidade".

A Justiça Federal no Distrito Federal determinou no domingo, 5, que os servidores públicos federais do grupo de risco não precisam voltar ao trabalho presencial. A decisão foi tomada após uma ação proposta pelo Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal (Sindfisco Nacional).

O magistrado acatou o pedido da Sindfisco para suspender Instrução Normativa do Ministério da Economia que determinava a volta do trabalho presencial para todos os servidores partir desta segunda-feira, 6.

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Na prática, permanecerão em trabalho remoto os servidores com idade igual ou superior a 60 anos; fumantes; obesos; com insuficiência cardíaca; com hipertensão arterial; com doença cerebrovascular; com asma moderada ou grave; imunodepressão e imunossupressão; doenças renais crônicas em estágio avançado (graus 3, 4 e 5); diabetes melito, conforme juízo clínico; doenças cromossômicas com estado de fragilidade imunológica; neoplasia maligna (exceto câncer não melanótico de pele); cirrose hepática; doenças hematológicas (incluindo anemia falciforme e talassemia); e gestantes.

Nesta segunda-feira (6), o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) informou que o Processo Ético n.º 00191.000702/2021, aberto para apuração de supostos desvios éticos por meio de assédio moral realizado pelo então presidente do Inep, Danilo Dupas, foi arquivado na Comissão de Ética Pública (CEP), por verificação de ausência de materialidade.

A investigação do presidente teve início após servidores do Instituto, em 2021, reunirem em documento uma série de denúncias de assédio realizadas contra os funcionários e interferências do gestor no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O documento foi organizado pela Associação dos Servidores do Inep (Assinep) e conteve 36 páginas de relatos sobre o caso.

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De acordo com o Inep, o arquivamento das denúncias deixa clara a absolvição da conduta da alta gestão na direção dos processos da autarquia. Esta deliberação foi realizada durante a 239º Reunião Ordinária da CEP,  realizada por videoconferência, no dia 31 de maio, e divulgada por meio de nota pública, no último sábado (3).

Ainda segundo o comunicado, será de competência da Comissão de Ética Pública submeter ao presidente da República, Jair Bolsonaro, medidas para o seu aprimoramento, dirimir dúvidas a respeito de interpretação de suas normas, deliberando sobre casos omissos; apurar, mediante denúncia, ou de ofício, condutas em desacordo com as normas nela previstas, quando praticadas pelas autoridades a ela submetidas.

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O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) publicou no Diário Oficial da União, uma portaria determinando o retorno dos servidores ao trabalho presencial a partir desta segunda-feira (6). A medida se aplica aos servidores, empregados públicos, contratados temporários e estagiários do órgão que estavam em trabalho remoto por conta da emergência de saúde pública decorrente da pandemia do novo coronavírus (covid-19).

A portaria, também dispensou o uso de máscara de proteção facial nas unidades do INSS. O texto diz que os servidores deverão seguir as regras de proteção individual obrigatória, isolamento, quarentena e outras condições de funcionamento estabelecidas pelos estados, Distrito Federal e municípios.

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Suspenso em 2020 em razão da pandemia, o retorno às atividades presenciais do órgão vem ocorrendo gradualmente desde o ano passado mediante agendamento prévio.

Em março, o INSS já havia publicado outra portaria, desta vez, dispensando a necessidade de agendamento prévio para atendimento nas agências. Na ocasião, além dos pedidos já agendados, as agências retomaram também o chamado atendimento espontâneo, realizado na triagem, no autoatendimento orientado ou em guichê específico para informação, sem necessidade de prévio agendamento.

Além do INSS, outros órgão da administração federal, exemplo da Receita Federal, também retomaram as atividades presenciais nesta segunda-feira. O retorno faz parte de uma decisão do governo federal de retomada das atividades presenciais dos servidores e empregados públicos que atuam na administração pública.

No dia em que agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizaram em Brasília uma marcha nacional, o presidente da federação dos sindicatos da categoria (FenaPRF), Dovercino Neto, afirmou que a entidade pode buscar o Supremo Tribunal Federal (STF) para forçar o governo a negociar a reestruturação das carreiras prometida pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em entrevista ao Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, Neto disse que a medida seria uma "última cartada" para garantir a reestruturação ainda em 2022, mas reconheceu o curto espaço de tempo para viabilizar a demanda. Pela Lei de Responsabilidade Fiscal, qualquer aumento de gastos com servidores precisa ser formalizado até julho, seis meses antes do fim do mandato presidencial.

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"A PGFN (Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional) fez um parecer dizendo que, se fosse publicada a MP (a medida provisória da reestruturação) até 4 de julho, atenderia à legislação. Mas é fato que estamos correndo contra o tempo", afirmou. Neto admitiu, devido aos "posicionamentos contraditórios do governo", não saber se a MP será publicada. "Estamos sem saber o que vai acontecer, se vai acontecer."

Sobre as estratégias de mobilização, Neto se queixou de que "nem operação-padrão a legislação permite" e cogitou o caminho judicial. "Como última alternativa, entraremos com uma ação no STF para obrigar o governo a negociar conosco, já que somos impedidos de fazer greve", declarou. "O Judiciário pode ser o mediador."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, comentou na manhã desta quarta-feira que há espaço limitado para dar reajuste de salário ao funcionalismo público federal, mas não há como repor perdas passadas por causa da inflação.

"A inflação acumulada neste ano é de 5% até agora. É possível repor o funcionalismo deste ano? Sim, é possível, até 5% dá", disse a jornalistas após um café no Fórum Econômico Mundial em que debateu o comércio da América Latina com a Ásia e o Pacífico.

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"Você pode até dar alguma coisa, mas esquece o que ficou para trás", disse Guedes, argumentando que na Alemanha, nos Estados Unidos, perdas salariais aconteceram, assim como em outras categorias no Brasil. "Todo mundo perdeu no mundo inteiro."

"É por lei, em ano eleitoral você só pode dar até a inflação e linear. O presidente gostaria de dar aumento aos policiais, mas não pode, é visto como aliciamento", afirmou o ministro. Jair Bolsonaro já chegou a defender aumento de 20% para os policiais e segue defendendo reajuste maior para a categoria.

O argumento de Guedes é que aumentos muito altos vão piorar a situação fiscal do Brasil, fazendo as contas voltarem à situação de antes. "Pela primeira vez em 15 anos zeramos o déficit em todos os níveis da federação. Estamos numa situação ímpar." No primeiro trimestre, o governo teve superávit primário e, em Davos, o ministro tem passado a mensagem que a consolidação fiscal continua no Brasil.

Inconformados com o presidente Jair Bolsonaro (PL), policiais federais começaram a colocar em prática nesta terça-feira, 24, uma nova estratégia para pressionar o governo. A ideia a partir de agora é organizar manifestações pontuais e, com isso, prolongar as mobilizações em busca da reestruturação da Polícia Federal (PF). Uma das principais bandeiras é uma recomposição de salários mais ampla que o reajuste de 5% anunciado para todo o funcionalismo federal.

No mês passado, associações de classe já haviam organizado protestos simultâneos em todo o País. Sem um recuo do governo, os policiais reavaliaram a tática e decidiram investir em atos regionais para manter o fôlego das investidas por mais tempo.

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As mobilizações estão sendo organizadas em superintendências, delegacias, portos, aeroportos e postos da PF. Outra reação é a redução na análise dos pedidos de porte de armas, uma das promessas de campanha do presidente.

O primeiro protesto foi organizado mais cedo na porta da superintendência da Polícia Federal no Ceará. O ato teve faixas cobrando que Bolsonaro "honre a palavra" e "cumpra a promessa de valorização" dos servidores da corporação.

"Te salvamos da facada e agora vai nos esfaquear pelas costas?", dizia uma das faixas do protesto.

Houve ainda paralisações e mobilizações em frente a aeroportos no Amapá e no Rio de Janeiro.

O delegado federal Luciano Leiro, presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), disse que "causa estranheza" que a corporação, "responsável por investigações que dizem respeito ao governo, esteja sendo constantemente desvalorizada"

"Como se fosse uma retaliação contra à PF", afirma. "É preocupante observar o tratamento que o presidente da República tem dado à Polícia Federal e aos policiais federais."

O Sindicato dos Policiais Penais Federais realiza nesta sexta-feira (20), a partir das 14h, uma manifestação em Brasília. A categoria cobra do governo a regulamentação da carreira, uma promessa do presidente Jair Bolsonaro (PL).

A manifestação começará na sede do Departamento Penitenciário Nacional, na Asa Norte. Em seguida, os servidores seguirão para a Esplanada dos Ministérios para protestar no Ministério da Economia, no Palácio do Planalto e no Ministério da Justiça.

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Segundo o sindicato, são esperadas pelo menos 100 pessoas durante a manifestação. Como mostrou o Estadão/Broadcast, Bolsonaro quer reajustar os salários dos servidores em 5% e garantir reestruturações com aumentos maiores para as carreiras policiais.

Entretanto, as pressões dos demais servidores atrasaram os planos do presidente. Os funcionários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), do Banco Central (BC) e do Tesouro Nacional já decretaram greve para pressionar o governo por reajustes superiores aos 5%.

Também nesta sexta, os servidores da Controladoria-Geral da União (CGU) realizam assembleia para decidir se entram em greve.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, enviou um ofício à Casa Civil no qual dá aval para o governo contemplar, no âmbito do reajuste de 5% aos servidores federais, os funcionários do Poder Judiciário. De acordo com Fux, o impacto fiscal de um reajuste linear de 5% no Judiciário seria de R$ 828 milhões em 2022, a partir de julho.

No ofício, enviado ao ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, Fux afirma que o reajuste exigirá remanejamentos de verbas discricionárias (as que não são destinadas a pagamentos obrigatórios, como salários e benefícios da Previdência) no orçamento do Judiciário.

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O maior impacto do reajuste está na Justiça do Trabalho, com impacto de R$ 326 milhões. Na Justiça Federal os gastos seriam elevados em R$ 279 milhões, enquanto que a Justiça Eleitoral sofreria um impacto de R$ 121 milhões.

Na terça, o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) informou que o governo deve decidir sobre o reajuste de salários do funcionalismo público até o dia 22 de maio.

Técnicos da equipe econômica defendem que eventuais aumentos sejam oficializados até essa data para que haja "segurança jurídica" em alterar o Orçamento a tempo de conceder o benefício em ano eleitoral.

Na semana passada, o presidente da República, Jair Bolsonaro, confirmou que quer dar o reajuste de 5%, o que custaria R$ 6,3 bilhões em 2022. O número, no entanto, não agrada o funcionalismo público, que mantém greves e paralisações em várias frentes.

No documento, Fux também assinala que os recursos referentes ao impacto decorrente da aplicação do porcentual de 5% sobre a folha de pagamento de inativos e pensionistas serão ofertados pelo próprio Poder Executivo, com base na ampliação do teto de gastos no fim do ano passado.

O Sindicato Nacional dos Servidores do Ipea (Afipea) lançou, nessa terça-feira (3), o livro Assédio Institucional no Brasil: Avanço do Autoritarismo e Desconstrução do Estado, organizado pelos pesquisadores da entidade José Celso Cardoso Júnior, Frederico Barbosa, Monique Florencio e Tatiana Lemos Sandim a partir de 211 denúncias, reportagens de jornais e mídias em redes sociais. O grupo entende como “assédio institucional” o conjunto de práticas supostamente antiéticas empregadas pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Este livro nasceu de inquietações, angústias e medos. O assédio institucional no setor público brasileiro, fenômeno novo e perturbador — presente com força desde o golpe de 2016 e hoje largamente disseminado pelo governo Bolsonaro, mormente em âmbito federal — é o conceito, o mote e a expressão por nós utilizada neste livro para caracterizar esse processo virulento e insidioso”, dizem os pesquisadores na apresentação do livro.

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Do total de denúncias, 21 se referem ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama). A sequência também apresenta denúncias de servidores do Ministério da Educação (MEC), com 19 episódios; o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), com 15 casos cada. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) teve 13. 

O livro foi publicado pela Editora da Universidade Estadual da Paraíba, com apoio de grupos como o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) e a Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABDJ). Ao todo são 20 artigos de 51 pesquisadores de diversas instituições e universidades. Segundo o organizador José Celso Cardoso, a obra mostra que os ataques não são isolados e nem esporádicos. 

Para os pesquisadores, a publicação serve para mapear o avanço do “liberalismo fundamentalista”, que eles classificam como “antinacional, antipopular e antidesenvolvimento”; ataques à Constituição e a desconstrução do Estado nacional, suas organizações, institucionalidades, políticas e servidores públicos.

“Neste sentido, este livro pode ser visto, ao mesmo tempo, como registro teórico e empírico acerca do assédio institucional, aqui entendido como técnica ou método deste governo para levar a cabo, cotidianamente, os seus intentos político-ideológicos, mas também como comprovação fática dos seus malfeitos e crimes contra a administração pública federal, servidores públicos e contra a população em geral”, avaliam.

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A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) subiu o tom contra o governo em defesa da reestruturação das carreiras e aprovou uma série de resoluções em Assembleia-Geral Extraordinária. Entre elas, a adoção de paralisações parciais e progressivas e a permissão de entregar cargos de chefia e assumir novos postos. Os associados ainda pediram a renúncia do ministro da Justiça, Anderson Torres, que é delegado da PF.

De acordo com nota da ADPF, as paralisações serão definidas em calendário a ser divulgado em conjunto com demais categorias da Polícia Federal. "Foram aprovadas, ainda, ações de mobilização e conscientização da população durante as atividades administrativas, como controle imigratório, de armas, de produtos químicos e segurança privada, realizadas pela PF", acrescenta o comunicado.

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A nota cobra pessoalmente o presidente Jair Bolsonaro (PL) pela promessa feita à categoria de promover uma reestruturação das carreiras. O governo recuou e decidiu por um reajuste linear de 5% para todo o funcionalismo público.

"Decidiu não honrar com a própria palavra, gerando um clima de revolta e insatisfação generalizada nunca antes visto entre os servidores da PF", afirmam os delegados.

Para eles, Torres deveria entregar o cargo pelo "desprestígio e desrespeitoso tratamento dado pelo presidente da República à Polícia Federal e ao próprio ministro".

Os delegados afirmam ainda que a "desvalorização" da categoria enfraquece o combate à corrupção e ao crime organizado, promessas de campanha de Bolsonaro em 2018. "É vergonhoso, sobretudo em um governo que se dizia pautar pela segurança pública o atual estágio a que estão submetidos os policiais", segue a nota. "É importante destacar que a segurança pública foi a MAIOR bandeira de campanha do governo Bolsonaro e o destacado trabalho das forças de segurança vem sendo utilizado, indevidamente, pelo presidente como instrumento de marketing para a sua reeleição. Os policiais federais merecem respeito", acrescenta.

Bolsonaro tem especial interesse em manter os policiais federais em sua base eleitoral para enfrentar o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas em outubro, mas já começa a assistir a um desembarque da categoria de seus planos políticos.

Na semana passada, Lula afirmou que Bolsonaro não gostava de gente, só de policial, o que gerou polêmica no mundo político. O petista teve de se desculpar publicamente.

Os servidores do Banco Central (BC) farão uma manifestação em frente à sede do órgão, em Brasília, nesta quarta-feira (4), durante a decisão do taxa Selic pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Servidores do BC (Sinal), Fábio Faiad, o protesto ocorrerá das 17h às 19h. A decisão do Copom é anunciada a partir de 18h30. Segundo o BC, a greve dos servidores não deve afetar o Copom, nem a divulgação da ata na terça-feira que vem.

Atualmente, a taxa Selic está em 11,75% ao ano, e todas as 54 instituições financeiras consultadas pelo Projeções Broadcast esperam alta de 1 ponto porcentual na reunião desta semana, a 12,75% ao ano.

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Os servidores do BC retomam nesta terça-feira (3) a greve por tempo indeterminado em busca de reajuste de 27% e outras pautas de reestruturação de carreira. A paralisação foi iniciada em 1º de abril e negociações foram feitas com a diretoria do BC e o governo. Mas, segundo Faiad, não houve resposta à proposta da categoria nem contraproposta do governo durante o período de trégua. Para o sindicato, o reajuste linear de 5% para todo o funcionalismo é insuficiente.

Servidores e funcionários da Prefeitura de Goiânia, na capital de Goiás, foram indiciados pela Polícia Civil do Estado após serem apontados como parte de um esquema ilegítimo de cobrança de aluguéis por pontos de comercialização em feiras municipais. A autuação foi realizada nesta segunda-feira (2), por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (Dercap).

De acordo com a polícia, os indiciados exerciam a função de supervisores de Feiras Livres e Especiais realizadas semanalmente em Goiânia. No entanto, teriam se apropriado ilicitamente de pontos e barracas da feira denominada “Feira da OVG” e cobravam ilegalmente aluguéis mensais de feirantes que desejavam exercer a atividade comercial no local. A autorização é gratuita, conforme o Decreto Municipal n° 2.835/2014, para comerciantes cadastrados.

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A polícia também apurou que um dos indiciados, visando ocultar a vantagem ilícita solicitada, informava aos feirantes um nome falso e recebia os valores cobrados por meio de contas bancárias de terceiros.

O inquérito foi remetido ao Poder Judiciário e aguarda a análise do Ministério Público acerca dos indiciamentos realizados.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, ligou para o ministro da Justiça, Anderson Torres, na frente de apoiadores nesta segunda-feira, 2, e pediu ao auxiliar para falar com o Ministério da Economia e "resolver" a demanda por mais vagas em concursos da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal. O chefe do Executivo prometeu aos presentes dobrar, de 500 para 1 mil, a entrada de novos profissionais na corporação.

"Mil para cada um dá? Faz um aditivo e pede mil vagas para cada lado, pode ser? Acabei de falar com o Caio [do Ministério da Economia]. Fala você também para resolver", afirmou Bolsonaro ao telefone. Pouco antes, também na frente de apoiadores, o presidente ligou para "Caio, da Economia", mas não deixou claro se tratava do secretário de desburocratização da Pasta, Caio Paes de Andrade.

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As ligações para "Caio" e Torres aconteceram após pedidos de apoiadores presentes em frente ao Palácio da Alvorada que não se classificaram nas 500 vagas disponíveis nos concursos da PF e da PRF.

Ao final do encontro com simpatizantes, Bolsonaro disse aos seguranças para organizar a ida de alguns deles ao gabinete presidencial no Palácio do Planalto, mais tarde.

O presidente afirmou que a contratação de mais servidores para a PF e para a PRF é "lucrativa" para o governo pela disponibilidade em fazer mais apreensões e operações de combate à corrupção. Ele ainda aproveitou para trazer o assunto para a seara eleitoral: "Por isso um cara de nove dedos disse que não gosto de gente, só gosto de polícia", disse, aos risos, em referência ao ex-presidente Lula (PT), seu principal adversário nas eleições deste ano.

Na semana passada, o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que Bolsonaro não gostava de gente, só de policial, o que gerou polêmica no mundo político. O petista se desculpou publicamente.

Impasse

O governo está em crise com os policiais após deixar de lado uma promessa de reestruturação e se comprometer apenas com reajuste de 5% para todo o funcionalismo público, o que não atende às demandas da classe, consideradas integrantes da base eleitoral de Bolsonaro.

PF e PRF têm organizado manifestações em todo o País para pressionar o Executivo a entregar a revisão nas carreiras, mas ainda não obtiveram sucesso.

Após identificar irregularidades nos vínculos de servidores municipais admitidos antes da promulgação da Constituição Federal de 1988, a Promotoria de Justiça de Sanharó, no Agreste pernambucano, o Ministério Público de Pernambuco recomendou ao prefeito César de Freitas (PCdoB) que providencie a exoneração imediata dos profissionais com dispensa de procedimento administrativo para essa finalidade, conforme a jurisprudência nacional. A gestão municipal tem um prazo de 10 dias para responder se acata ou não a recomendação, publicada no Diário Oficial de 20 de abril.

De acordo com o promotor de Justiça Jefson Romaniuc, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) instaurou procedimento para investigar supostas ilegalidades em relação à manutenção de vínculos funcionais de servidores municipais admitidos sem concurso público antes da vigência da Constituição.

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“Conforme informações fornecidas pela Procuradoria Geral do Município em reunião realizada na data de instauração do procedimento, cerca de 97 servidores encontram-se nessa situação de precariedade, tendo ingressado sem o devido concurso público e fora do lapso temporal permitido pela Constituição em seu Ato de Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT)”, aponta o promotor de Justiça no texto da recomendação.

O ADCT prevê, em seu artigo 19, que seriam considerados estáveis no serviço público os servidores civis que, na data da promulgação da Constituição (5 de outubro de 1988), estivessem em exercício há mais de cinco anos contínuos e cuja admissão não tenha sido realizada mediante aprovação em concurso público.

No entanto, no caso de Sanharó, o vínculo desses servidores foi mantido mesmo sem o atendimento aos requisitos constitucionais. Alguns deles, inclusive, eram menores de 16 anos, sendo absolutamente incapazes, à época do ingresso no serviço.

A queda de braço entre servidores públicos federais e o Executivo por reajuste salarial pode se estender ao Poder Judiciário, num impasse entre juízes federais e a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF). A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) deve recorrer ao presidente da Suprema Corte, Luiz Fux, em busca de um projeto que garanta aumento aos magistrados neste ano, caso o presidente Jair Bolsonaro (PL) de fato cumpra a promessa de reajuste de 5% para servidores civis e militares a partir de julho.

Segundo o presidente da Ajufe, Eduardo Fernandes, caso a categoria considerasse o critério que determina a recomposição pela inflação a cada ano, a defasagem dos salários dos juízes estaria atualmente na casa dos 49%, com base em estimativas desde 2006.

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A associação, contudo, descarta levar essa demanda ao presidente do Supremo. Em conversa com jornalistas na manhã desta terça-feira,19, a diretoria da entidade disse trabalhar com a possibilidade de reajuste de 5%, nos mesmos termos do Executivo, embora não considere o valor satisfatório e ainda estude a apresentação de um pedido formal a Fux.

Atualmente, a despesa média mensal por juiz para os cofres públicos, incluindo salário, indenizações, encargos e impostos de renda e despesas como passagens aéreas e diárias, é de R$ 48,2 mil, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

No Supremo, interlocutores de Fux garantem estar descartada a possibilidade de um projeto de lei para conceder aumento salarial aos juízes ainda este ano. Um dos motivos para a cúpula do tribunal engavetar essa ideia seria a necessidade de os ministros aumentarem os próprios salários (hoje, em R$ 39,3 mil mensais) para que os magistrados de instâncias inferiores também passassem a ganhar mais.

Em contrapartida, ainda existiria a possibilidade de servidores da Justiça serem beneficiados por um aumento, seguindo a lógica de confirmação do reajuste para o Executivo. Os juízes também trabalham com um plano B: a PEC do quinquênio em tramitação na Câmara.

A Proposta de Emenda à Constituição estabelece aos magistrados da União e aos integrantes do Ministério Público uma adicional de 5% do salário a cada cinco anos. A verba indenizatória é cobiçada por juízes e procuradores, que passariam a receber o adicional acima do teto constitucional, de R$ 39,3 mil mensais.

Como o quinquênio funciona como uma espécie de aumento salarial, mesmo que não seja incluído formalmente na remuneração-base, a pressão geral dos magistrados e procuradores por reajuste poderia diminuir. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), já defendeu a proposta e disse que as carreiras do Judiciário são como "qualquer outra", apesar dos benefícios dados a esses profissionais, como auxílio-moradia e férias de 60 dias.

Na última segunda-feira, 18, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, se reuniu com policiais para acalmar os ânimos em torno do reajuste de 5% prometido para todas as categorias do funcionalismo público federal. Aos agentes, Torres disse que o acordo sobre aumento ainda não foi fechado, o que abriria uma brecha para a reestruturação das carreiras da segurança pública. A pressão também se espalhou para outras áreas carreiras, incluindo servidores do Banco Central, que estão em greve desde o dia 1º de abril, da Receita Federal, do Tesouro Nacional, da Controladoria-Geral da União, entre outras.

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