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Para abordar a prova de Ciências Humanas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o Espaço Primer Isoladas irá realizar um aulão gratuito no Recife. O evento acontece no bairro de Boa Viagem, Zona Sul da cidade, no dia 28 de setembro, às 14h30.

O aulão terá como tema "Trabalho: da revolução industrial à uberização" e os interessados podem realizar inscrições no local do evento. Ao total, são disponibilizadas 100 vagas. 

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A aula irá abordar aspectos como o trabalho e suas visões na história, precarização do emprego, o trabalho como instância de vida, entre outros temas. O encontro contará com a participação do professor de filosofia e sociologia Salviano Feitoza e do docente de história Paulo Chaves.

Também comandam o evento a professora de redação e linguagens Tereza Albuquerque e o professor Fernando Vieira, que ensina geografia.

Serviço

Aulão "Trabalho: da revolução industrial à uberização"

Endereço: R. Padre Carapuceiro, 968 - sala 1701 - Boa Viagem, Recife - PE, 51020-280

Data: 28 de setembro

Horário: 14h30

Entrada: gratuita

A manhã deste sábado (24) foi especial para dezenas de estudantes que sonham em chegar à universidade por meio do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Eles acompanharam o primeiro de uma série de aulões do projeto Vai Cair No Enem, que em parceria com o LeiaJá compartilha conteúdos educativos focados na preparação para a prova. Olinda-PE, cidade história, foi escolhida como o palco de abertura dos encontros.

Não pode acompanhar? CONFIRA O AULÃO COMPLETO

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Os professores José Carlos Mardock (história), Francisco Coutinho (química), João Pedro Holanda (sociologia e filosofia) e Eduardo Pereira (redação) comandaram explicações ricas em conteúdos diante de um auditório lotado. O aulão foi realizado na UNINASSAU, instituição de ensino apoiadora do Vai Cair No Enem. Confira, no vídeo a seguir, momentos marcantes do aulão:

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Diferente do que muitos pensam, ter uma vida saudável não é só estar livre de doenças, mas estar em equilíbrio com o bem-estar físico, mental e social.

Na psicologia esta definição do que saúde é muito válida. Segundo a psicóloga Vanessa Menon Oliveira Fonseca, é comum que a sociedade não valorize as doenças emocionais como prejudiciais à saúde. Aqueles que sofrem doenças físicas, caso tenham um bom controle de sintomas, são considerados mais saudáveis do que grande parte da população. "A saúde na psicologia é um resultado do equilíbrio entre o indivíduo e o meio no qual ele está inserido", explica.

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Do ponto de vista jurídico e também sociológico, a saúde é um direito do cidadão. Ela está relacionada a uma existência digna e com boa qualidade de vida para que todos possam viver em condições necessárias. "A saúde é mais ampla do que apenas o acesso a tratamentos. O Artigo 196 da Constituição diz que a saúde é direito de todos e dever do estado", ressalta o sociólogo, advogado e professor da Univeritas/UNG Guilherme Amaral.

Na medicina, a definição de saúde também é muito abrangente. Estar fisicamente bem, sem doenças é apenas um dos pilares. "Além de cuidar do corpo, os cuidados com a mente são fundamentais. O bem-estar social completa o tripé da saúde", afirma o clinico geral Flauber Santos Filho.

Segundo o médico, mesmo com a prevenção das doenças, alguns problemas podem surgir. "Para ter bem-estar físico, precisamos cuidar do nosso corpo por meio da alimentação, bons hábitos, atividades físicas, cuidar do sono, ou seja, prevenir problemas é a principal atitude", conclui.

Jen Schradie é socióloga e professora do Observatório Sociológico da Mudança, do Instituto de Estudos Políticos de Paris (Sciences Po), e lançou um livro que chegou nas últimas semanas nos EUA para explicar como os grupos conservadores se beneficiam mais das redes sociais para expandir o movimento.

O livro The Revolution that Wasn’t: How Digital Activism Favors Conservatives (A revolução que não houve: como o ativismo digital favorece os conservadores, em tradução livre) aponta que a ação nas redes sociais é desigual - e essas desigualdades são determinantes para o sucesso do ativismo digital.

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Mestre por Harvard e PhD pela Universidade da Califórnia-Berkeley, Schradie analisou 30 grupos políticos na Carolina do Norte, nos EUA, para identificar quais grupos tendem a ser mais bem-sucedidos na internet. Com a pesquisa, ela questiona o quanto a internet abre portas para uma sociedade mais plural.

Segundo a pesquisadora, desigualdades, ideologias e instituições moldam a participação na nova sociedade da informação. Em 2010 e 2011, segundo ela, o foco no estudo de ativismo digital estava nos grupos de esquerda, impulsionados pela Primavera Árabe e pelo movimento Occupy Wall Street. Por isso, Schradie decidiu olhar para o outro lado.

A Carolina do Norte foi um dos dois Estados americanos que, em 2012, deixou de apoiar o democrata Barack Obama na eleição presidencial para apoiar o candidato republicano.

"Vejo a internet neutra, similar a outras formas de comunicação como telefone, rádio ou jornal, se você pensar na tecnologia de forma genérica. Mas havia uma ideia, num tempo mais utópico, de que a internet permitiria um movimento político social porque, diferentemente dos jornais, por exemplo, poderia ser feita por muitas pessoas para muitas pessoas, numa comunicação ao mesmo tempo. Mas, como as outras ferramentas, ela exige recursos para gerar conteúdo online", disse Schardie, em entrevista ao Estado.

Em seu estudo, a pesquisadora identificou que os grupos com maior infraestrutura tendem a ter um ativismo digital mais persistente.

"Não é apenas uma questão de conservadores terem mais recursos financeiros, mas também de haver uma conexão entre os conservadores e a forma de organização", afirmou Schradie. Ela menciona, por exemplo, que o sucesso do ativismo digital exige grupos com habilidade e conhecimento de uso da internet, para criar conteúdo, o que novamente remete a uma parcela da sociedade que tem mais acesso a recursos financeiros.

Pragmatismo

A pesquisa aponta que os grupos conservadores são mais próximos de organizações e instituições que podem oferecer apoio financeiro e, além disso, costumam ter uma hierarquia vertical.

"Outra parte desse quebra-cabeça é que os conservadores estavam sentindo como se a mídia não os estivesse representando e estiveram muito focados nessa ideia de liberdade de informação. Já a esquerda estava preocupada em ter diversas vozes envolvidas, discutir questões trabalhistas, ambientais e de gênero", afirmou.

Segundo Schradie, nem sempre o alcance na internet é tão amplo quando se tenta incluir várias mensagens diferentes - mais um fator que deixa os conservadores à frente. "Conservadores tendem a focar em questões de forma mais simples", disse.

Ao analisar os gastos dos grupos, a pesquisadora indica que os grupos conservadores tendem a investir em patrocínios de postagens com artigos, enquanto grupos de esquerda preferem focar em imagens de encontros com grupos que mostrem diversidade.

Para ela, a pesquisa com foco na Carolina do Norte partiu de uma hipótese que, atualmente, tem mostrado descobertas ainda mais importantes sobre o papel dos conservadores no ativismo das redes sociais. "O uso do WhatsApp nas eleições no Brasil, por exemplo, é particularmente interessante. É uma ferramenta que muitas pessoas com menos recursos também podem usar." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As declarações do ministro da Educação Abraham Weintraub e do presidente da República Jair Bolsonaro, sobre a possibilidade da diminuição de investimentos em cursos da área de Humanas, instigaram críticas. Entidades ligadas aos segmentos da sociologia e filosofia, bem como professores repudiaram a proposta federal.

Partindo da polêmica, o programa Vai Cair No Enem - que reúne conteúdos educativos para o Exame Nacional do Ensino Médio -, do LeiaJá, realiza uma aula ao vivo, nesta terça-feira (28), com os professor de sociologia e filosofia Salviano Feitoza, e Thais Almeida, da disciplina de história. “Para que servem as matérias de Humanas? Como serão as questões no Enem de Bolsonaro?” são os temas da live.

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A transmissão é pelo Instagram do Vai Cair No Enem e por meio do YouTube do programa. A condução do ao vivo fica a cargo do apresentador Bruno Araújo. ASSISTA:

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--> A importância dos estudos da sociologia e da filosofia

Sócrates, Platão, Bourdier, Durkheim, entre tantos outros nomes da filosofia e sociologia são amplamente conhecidos por aqueles que estudam, se dedicam, ou apenas absorveram algum conteúdos dessas disciplinas na escola ou universidade.  Recentemente, uma declaração polêmica do presidente Jair Bolsonaro causou desconforto dentro das associações ligadas às Ciências Humanas. Por meio de seu Twitter, o capitão reformado do Exército afirmou que o ministro da Educação, Abraham Weintraub, irá descentralizar investimentos em cursos superiores como sociologia e filosofia. A justificativa é a necessidade de aplicar as verbas em áreas que supostamente dariam retorno financeiro mais rapidamente, como engenharia e medicina.

De um lado, nas redes sociais, apoiadores de Bolsonaro comemoraram a notícia, alegando que as disciplinas formam pessoas subversivas. Já do outro, entidades e instituições se opuseram às declarações do presidente, reiterando a importância dos estudos de matérias como sociologia e filosofia. Segundo uma nota divulgada pela Sociedade Brasileira de Sociologia (SBS), os conteúdos das áreas de Ciências Humanas são tão importantes quanto os de assuntos mais técnicos, pois auxiliam na construção de um país moderno e solidário.

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Para outras entidades, como a Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia (ANPOF), as declarações do presidente e do ministro da Educação se caracterizam por uma “ignorância inadmissível”. “As declarações do ministro e do presidente revelam ignorância sobre os estudos na área, sobre sua relevância, seus custos, seu público e ainda sobre a natureza da universidade. Esta ignorância, relevável no público em geral, é inadmissível em pessoas que ocupam por um tempo determinado funções públicas tão importantes para a formação escolar e universitária, para a pesquisa acadêmica em geral e para o futuro de nosso país”, explica o comunicado.

O quão importante é estudar filosofia e sociologia?

Inseridas dentro do currículo escolar do ensino básico pelo Ministério da Educação (MEC), as disciplinas de filosofia e sociologia têm importância para a formação do ser humano e até mesmo para um aprendizado mais amplo e de diversas disciplinas, segundo professores. De acordo com docentes, a retirada de investimentos para a Ciências Humanas é uma perda para o cidadão.

“As Ciências Humanas contribuem para a formação do intelecto, para o entendimento do papel do ser humano na sociedade, as suas relações com outras pessoas, a sua relação com o mundo; e tudo isso é muito prejudicial para um governo que se diz liberal e que, portanto, tem sua ideologia a competição ou a verdadeira luta de todos contra todos”, salienta o professor de sociologia João Pedro Holanda.

O professor de sociologia e filosofia Salviano Feitoza explica que existem benefícios distintos para o estudos das áreas, a depender se o aluno estiver no ensino médio ou superior. “Na educação básica, até o ingresso nas faculdades, o ensino de filosofia e sociologia proporciona ao estudante perceber que ele está em relação com outros indivíduos; a possibilidade de envolver empatia; a quebra de preconceitos que muitas vezes são instituídos no próprio ambiente familiar. Especificamente no âmbito da filosofia, há uma possibilidade de entendimento de si e do estar no mundo que o estudante pode ter e possibilita, inclusive, que ele saia de situações de ansiedade, estados de tristeza profunda, combate à depressão”, revela.

Feitoza também pontua a importância do estudo das disciplinas na universidade. “Pense em um médico que vai ter de decidir, de maneira muito rápida, em uma cirurgia que tem um risco de morte muito grande. Como avaliar esses riscos? Tudo isso a filosofia pode proporcionar. É você pensar em reflexões sobre o certo e o errado, que compõem o trabalho de todo mundo; é algo que se tem contato estudando filosofia”, salienta o docente Salviano Feitoza.

Áreas de atuação do filósofo e sociólogo

Salviano Feitoza explica que diversas são as áreas de atuação que um filósofo ou sociólogo pode seguir. “Um filósofo pode trabalhar em corporações, desenvolvendo projetos dentro das empresas; um filósofo, assim como um sociólogo, pode atuar em organizações não-governamentais e empresas, desenvolvendo projetos que permitam aos indivíduos uma relação muito mais consciente com o ambiente e com as outras pessoas, inclusive trabalhando na geração de empregos por meio de workshops, capacitações, elaboração de oficinas e de projetos educacionais de curta, média e longa duração, que proporcionam, sim, um retorno”, crava.

Já a professora de filosofia Cristiane Pantoja destaca para a contribuição dos profissionais de filosofia e sociologia na docência. “Desde pesquisadores a docentes, podem trabalhar com alunos de fundamental dois até PhD, podem ser concursados ou não. A importância está exatamente no que se propõem as matérias citadas: conhecer, reconhecer, questionar o sistema e valores vigentes, e propor soluções para problemáticas morais, intelectuais e práticas, inclusive no contribuir para a valorização da educação corporal e mental como imprescindíveis no desenvolvimento saudável de si e do bem-estar coletivo”, opina a docente.

Assim como entidades e associações que defendem o ensino da filosofia e da sociologia, a Universidade de Pernambuco (UPE), por meio do seu Conselho Universitário, divulgou uma nota de repúdio a declarações do presidente Jair Bolsonaro. O governo federal cogita descentralizar investimentos nessas áreas, passando recursos para formações como veterinária e medicina.

Por meio de nota, a UPE expressou indignação com a fala do presidente, além de usar o termo “ignorância” para criticar a postura federal. Ainda em sua posição, a instituição de ensino repudiou o que chama de mais um ataque à universidade pública. Veja a nota na íntegra:

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O Conselho Universitário da Universidade de Pernambuco (Consun/UPE) manifesta sua recusa e indignação às declarações públicas do Presidente da República e do Ministro da Educação sobre o ensino e a pesquisa na área de humanidades, citando a Filosofia e a Sociologia. O ministro, Abraham Weintraub, defendeu retirar recursos das faculdades de Filosofia e de Sociologia, para investir “em faculdades que geram retorno de fato: enfermagem, veterinária, engenharia e medicina”.

Este discurso revela uma ignorância sobre a relevância, os custos, o público e ainda sobre a natureza de uma Universidade. Esta é uma posição inadmissível aos que ocupam funções públicas influentes para o futuro de nosso país.

Repudiamos mais este ataque à universidade pública, em particular aos cursos da área de humanidades, essenciais ao desenvolvimento do pensamento crítico e à formação da consciência sobre o mundo, basilares ao desenvolvimento da cidadania. Expressamos assim nossa posição contrária a mais uma tentativa de diminuir a contribuição da Universidade para a melhoria da qualidade de vida da sociedade em todos os seus aspectos. 

Entidades ligadas à filosofia e Ciências Humanas divulgaram, na tarde desta sexta-feira (26), uma nota de repúdio a declarações do presidente Jair Bolsonaro (PSL) sobre a possível “descentralização de investimentos em faculdades de filosofia e sociologia (Humanas)”. As associações classificaram a medida como “ignorância inadmissível”.

Na manhã desta sexta-feira, Bolsonaro utilizou o Twitter para defender a ideia de reduzir investimentos nas áreas de Ciências Humanas. Segundo o chefe do Executivo, “o objetivo é focar em áreas que gerem retorno imediato ao contribuinte, como: veterinária, engenharia e medicina”.

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Em nota publicada pela Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia (ANPOF), diversas associações e sociedades científicas repudiam as falas do presidente e do ministro da Educação, Abraham Weintrab. “As declarações do ministro e do presidente revelam ignorância sobre os estudos na área, sobre sua relevância, seus custos, seu público e ainda sobre a natureza da universidade. Esta ignorância, relevável no público em geral, é inadmissível em pessoas que ocupam por um tempo determinado funções públicas tão importantes para a formação escolar e universitária, para a pesquisa acadêmica em geral e para o futuro de nosso país”, diz o comunicado.

O documento afirma ainda que “o ministro e o presidente ignoram a natureza dos conhecimentos da área de humanidades e exibem uma visão tacanha de formação ao supor que enfermeiros, médicos veterinários, engenheiros e médicos não tenham de aprender sobre seu próprio contexto social nem sobre ética, por exemplo, para tomar decisões adequadas e moralmente justificadas em seu campo de atuação". "Ignoram que os estudantes das universidades públicas, e principalmente na área de humanidades, são predominantemente provenientes das camadas de mais baixa renda da população. Ignoram, por fim, a autonomia universitária, garantida constitucionalmente, quando sugerem o fechamento arbitrário de cursos de graduação”, acrescenta a ANPOF. Confira a íntegra da nota:

A Associação Nacional de Pós-graduação em Filosofia (ANPOF) e associações abaixo mencionadas repudiam veementemente as falas recentes do atual presidente da república e de seu ministro da educação sobre o ensino e a pesquisa na área de humanidades, especificamente em filosofia e sociologia.

As declarações do ministro e do presidente revelam ignorância sobre os estudos na área, sobre sua relevância, seus custos, seu público e ainda sobre a natureza da universidade. Esta ignorância, relevável no público em geral, é inadmissível em pessoas que ocupam por um tempo determinado funções públicas tão importantes para a formação escolar e universitária, para a pesquisa acadêmica em geral e para o futuro de nosso país.

O ministro Abraham Weintraub afirmou que retirará recursos das faculdades de Filosofia e de Sociologia, que seriam cursos “para pessoas já muito ricas, de elite”, para investir “em faculdades que geram retorno de fato: enfermagem, veterinária, engenharia e medicina”. O ministro apoia sua declaração na informação de que o Japão estaria fazendo um movimento desta natureza.

De fato, em junho de 2015 o Ministério da Educação, Cultura, Esportes, Ciência e Tecnologia do Japão enviou carta às universidades japonesas recomendando que fossem priorizadas áreas estratégicas e que fossem cortados investimentos nas áreas de humanidades e ciências sociais.

Após forte reação das principais universidades do país, incluindo as de Tóquio e de Kyoto (as únicas do país entre as cem melhores do mundo), e também da Keidanren (a Federação das Indústrias do Japão) – que defendeu que “estudantes universitários devem adquirir um entendimento especializado no seu campo de conhecimento e, de forma igualmente importante, cultivar um entendimento da diversidade social e cultural através de aprendizados e experiências de diferentes tipos” – o governo recuou e afirmou que foi mal interpretado.

A proposta foi inteiramente abandonada quando o ministro da educação teve de renunciar ao cargo, ainda em 2015, por suspeita de corrupção. Da forma como o ministro Abraham Weintraub apresenta o caso trata-se, portanto, de uma notícia falsa.

O ministro foi seguido pelo presidente, que mencionou que o governo “descentralizará investimentos em faculdades de filosofia”, sem especificar o que isto significaria, mas deixando claro que se trata de abandonar o suporte público a cursos da área de humanidades, nomeadamente os de Filosofia e de Sociologia. O presidente indica que investimentos nestes cursos são um desrespeito ao dinheiro do contribuinte e, ao contrário do que pensa a Federação das Indústrias do Japão, afirma que a função da formação é ensinar a ler, escrever, fazer conta e aprender um ofício que gere renda.

O ministro e o presidente ignoram a natureza dos conhecimentos da área de humanidades e exibem uma visão tacanha de formação ao supor que enfermeiros, médicos veterinários, engenheiros e médicos não tenham de aprender sobre seu próprio contexto social nem sobre ética, por exemplo, para tomar decisões adequadas e moralmente justificadas em seu campo de atuação. Ignoram que os estudantes das universidades públicas, e principalmente na área de humanidades, são predominantemente provenientes das camadas de mais baixa renda da população. Ignoram, por fim, a autonomia universitária, garantida constitucionalmente, quando sugerem o fechamento arbitrário de cursos de graduação.

Uma das maiores contribuições dos cursos de humanidades é justamente o combate sistemático a visões tacanhas da realidade, provocando para a reflexão e para a pluralidade de perspectivas, indispensáveis ao desenvolvimento cultural e social e à construção de sociedades mais justas e criativas.

Seguiremos combatendo diuturnamente os ataques à universidade pública e aos cursos de humanidades movidos pelo ressentimento, pela ignorância e pelo obscurantismo, também porque julgamos que esta é uma contribuição maiúscula da área de humanidades para o melhoramento da sociedade à nossa volta.

Assim como fez outras figuras do cenário político, o líder da Oposição na Câmara dos Deputados, Alessandro Molon (PSB), opinou sobre a afirmação do presidente Jair Bolsonaro sobre diminuir investimentos em cursos superiores da área das Ciências Sociais.

“Bolsonaro e seu ministro da (des)Educação querem matar por inanição os cursos de Filosofia e Sociologia”, afirmou Molon, aproveitando para alfinetar não só o presidente, mas também o recém empossado ministro da Educação Abraham Weintraub.

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Molon ainda pontuou que “o presidente quer um país que não reflita, que não dialogue e que não possa se opor aos seus desmandos”.

Para finalizar, o deputado foi enfático em sua crítica às atitudes do presidente. “Bolsonaro quer emburrecer os brasileiros. Já passou de qualquer limite”, mostrou irritação.

O primeiro dia de aplicação da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), neste domingo (4), manteve o nível de ansiedade nas alturas com as expectativas dos alunos e professores referentes as questões de linguagens e ciências humanas, além do tema da redação, que trouxe este ano a produção do texto argumentativo sobre "Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet".

O professor João Pedro Holanda, de filosofia e sociologia, disse em entrevista ao LeiaJa.com que as provas foram surpreendentes. "As minhas apostas é que elas manteriam uma certa tendência, tanto temática como de distribuição das matérias, em relação ao ano passado. Ela quebrou essa tendência que a maioria dos professores acreditava que fosse continuar. Ela distribuiu quase que por igual as questões em história, filosofia, sociologia e geografia", avalia.

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Para o docente, em relação com as provas de 2017, as questões deste ano foram menores, e , por isso, a confiança pode ter sido um fator que bateu a porta de quem se preparou razoavelmente. Ao analisar os assuntos de filosofia, Holanda critica.

"Apesar de ter sido mais tranquila que no ano passado, a prova foi mal dividida. Caíram duas questões de filosofia medieval, o que é estranho. Em todos esses anos só caiu uma vez" (...) Em sociologia há uma tendência de cair um pouco menos questões sobre cultura, mas uma maior distribuição das questões dentro dos subtemas. Caiu sobre sociologia política, cidadania, desigualdade social e ainda sim uma questão de gênero muito melhor que em 2017", complementa.

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“Uma abordagem que passa muito por temas como cultura, ideologia, movimentos sociais, democracia e que prioriza a interpretação para saber se o aluno está fazendo a leitura de mundo correta. Também há abordagem da cidadania e do mundo do trabalho, que são temas que precisam ser vistos de forma clara pelos alunos”.

A análise do professor de sociologia Everaldo Júnior, com mais de 30 anos de experiência, diz respeito ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Nos dias 4 e 11 de novembro, milhões de estudantes de todo o Brasil deverão encarar o processo seletivo que, entre inúmeras áreas do conhecimento, discute questões de Humanas. Sociologia, claramente, precisa de uma atenção especial dos candidatos.

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Em entrevista ao LeiaJá, o professor explicou nos mínimos detalhes alguns assuntos e pensadores que são cobrados na prova. Sobre correntes sociológicas, por exemplo, o Everaldo Júnior destaca cinco tópicos: Organicismo Positivista, Teoria do Conflito, Formalismo, Behaviorismo Social e Funcionalismo.

O docente, contudo, reforça que também é necessário compreender sociologicamente as afirmações de grandes pensadores. Confira, a seguir, a explanação do professor de sociologia:

Karl Max

De acordo com o professor, Karl Max é o mais revolucionário pensador sociológico. Ele vai conceber a sociedade dividida em duas classes: os capitalistas, que detém as posses dos meios de produção; e o proletariado, cuja única posse é a força de trabalho vendida ao capital. “Max prende-se aos interesses entre o capital e o trabalho. Ele coloca que a luta de classes é o motor da história. Max é um defensor do comunismo, que seria, segundo ele, a última a fase da sociedade humana”, acrescenta o professor de sociologia.

Émile Durkheim

O pensador está inserido na segunda metade do século 19 até 1917. É considerado o fundador da escola francesa de sociologia. “Utilizava a pesquisa empírica. Para ele, a sociedade era um organismo que funcionava como um corpo, em que cada órgão tinha uma função. O estado matinha o equilíbrio e a harmonia. As classes sociais não seriam as determinantes dos conflitos. Só ocorreriam se as instituições não respondessem harmonicamente os anseios da sociedade. Quando ele fala em desequilíbrio utiliza o termo anomia”.

Max Weber

Segundo o professor de sociologia, o pensador era um intelectual alemão que fala muito da ação social, comportamento humano no qual os indivíduos se relacionam de maneira subjetiva. “Cujo o sentido é determinado pelo comportamento alheio”, aponta. 

Michel Foucault

“Dedicou-se à reflexão entre poder e conhecimento. Vai propor uma análise da sociedade com base disciplinar do cotidiano e estudar vários programas sociais, dentre eles o sistema penitenciário. Ele também vai abordar a sexualidade. Além disso, para Foucault, todas as instituições procuram disciplinar os indivíduos, como nas famílias, na escola, nas prisões, trabalho. Nesse sentido, ele diz que vivemos em uma sociedade que nos disciplina”, explica o professor Everaldo Júnior.

Possibilidade – Para o professor de sociologia, o pensador Zigmun Bauman tende a ser abordado no Enem 2018. “Gostaria de destacar como provável nome a ser abordado na prova deste ano, haja vista que sua grande obra "Modernidade líquida" lançado no ano 2000, traz uma análise muito interessante sobre a sociedade capitalista desde a sua origem na revolução industrial do século XVII até os nossos dias. O polonês Bauman faleceu em 2017”, argumenta o professor.

Para Zigmun Bauman, no começo do capitalismo industrial havia uma modernidade sólida marcada pela estabilidade e previsibilidade. “Já com o fim dos Estados Nações e o surgimento das multinacionais, esse cenário começa a mudar bruscamente e as mudanças e incertezas tomam conta no que ele chama de ‘modernidade líquida’ completada com o surgimento da internet e suas tecnologias. Outro ponto abordado é a questão de gênero no centro do debate e a precarização do mundo do trabalho”, explana Everaldo Júnior. De acordo com Bauman, o homem deve reinventar-se, assim como a própria sociedade, para sobreviver a esse cenário.

Fera, atenção para conceitos

De acordo com o professor de sociologia João Pedro Holanda, o Enem investe em temáticas sociais em suas questões. Dessa forma, o docente orienta que os candidatos estudem e compreendam conceitos relevantes para a sociedade. Acompanhe, a seguir, a explicação do professor:

Sociologia da cultura

O conceito “Cultura” tem sido ressignificado constantemente ao longo do desenrolar das Ciências Humanas. Podemos sintetizar o debate teórico na expressão antropológica que afirma a cultura em oposição ao que é natural. Ou seja, a cultura é o que torna o ser humano um ser humano, e, portanto, tão diferente dos demais animais. Temos a capacidade de imaginar, produzir, generalizar, criar normas, valores e materiais que são de suma importância no nosso processo de adaptação ao mundo. No fim das contas, a resumimos como um conjunto de ideias, práticas e objetos, socialmente transmitidos que possibilitam às pessoas se adaptar a seus ambientes, resolvendo problemas concretos. Apesar de existirem repertórios culturais diferentes, não há povo sem ou com menos cultura. O ser humano é em si, um ser cultural.

Apesar de cultura ser o oposto de natureza, estamos tão inseridos na nossa realidade cultural, que mal notamos que ela é criação humana e tendemos a naturalizá-la. Ao enxergamos outra cultura, algo que não é “eu”, notamos que somos realmente preenchidos por esta construção social-histórica. Se a partir do estranhamento da cultura alheia, nós a inferiorizarmos, menosprezarmos e a excluirmos, estamos comentando uma atitude denominada Etnocentrismo. O Etnocentrismo é a base da maioria dos preconceitos, tais quais o racismo e a xenofobia. O relativismo cultural e a alteridade, ou seja, a capacidade de compreender os signos culturais alheios a partir das dinâmicas sociais dos outros, e não das nossas, é a resposta antropológica a esse tipo de problema.

Outros conceitos importantes nos estudos culturais:

Hibridismo cultural: o processo de “mistura”, junção de diferentes matrizes culturais;

Sincretismo: conciliação de diferentes doutrinas ou posturas. Fusão de diferentes elementos em uniões;

Apropriação cultural: é a adoção de alguns elementos específicos de uma cultura por um grupo cultural diferente;

Ressignificação cultural: atribuir novo significado a acontecimentos através da mudança de sua visão de mundo;

Patrimônio cultural: os bens “de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira”.

Gênero 

As relações de gênero são as relações sociais de poder entre homens e mulheres, em que cada um tem seu papel social que é determinado pelas diferenças sexuais. O conceito “gênero” surge da necessidade de se ultrapassar a concepção do determinismo biológico, que apregoa diferenças meramente físicas entre homens e mulheres. Dessa forma, a partir dos anos 70, passa-se a considerar “gênero” toda diferença social e cultural entre homens e mulheres, e “sexo” toda diferença biológica, natural.

Este tipo de relação desigual construído socialmente é comum até mesmo no espaço escolar, que apenas reforça os preconceitos e privilégios de um sexo sobre outro e ajuda na construção da identidade sexual das meninas e dos meninos, utilizando-se da disciplina, do cerceamento e da violência simbólica como instrumento para orientar a conduta das crianças segundo seu gênero.

O conceito de gênero aqui enfatizado está ligado diretamente à história do movimento feminista contemporâneo, um movimento social (ação de caráter coletiva e organizada), usualmente remetido ao século XIX e que propõe a igualdade nas relações entre mulheres e homens através da mudança das ordenações jurídicas, além dos valores, de atitudes e comportamentos humanos.

Com a Revolução Francesa acentuam-se as diferenças entre homens e mulheres, em que elas, apesar de participarem ativamente ao lado dos homens do processo revolucionário, não tiveram as conquistas estendidas a seu sexo. A declaração de direitos trouxe benefícios apenas para os homens, o que pirou a situação da mulher. Assim o movimento feminista ganha características da prática de ação política organizada.

Em nosso país somente, a partir dos anos 1980, as feministas passaram a utilizar o termo “gênero”. Grandes partes dos discursos de algum modo englobam as questões de sexualidade (aquilo que se refere ao direcionamento do prazer), estabelecendo distinções entre gênero e sexualidade, ou entre identidades de gênero e identidades sexuais. Atualmente alguns estudiosos estão buscando um aprimoramento das análises, acentuando as distinções acerca das questões de gênero e sexualidade. Devemos, portanto, sempre levar em consideração o campo social e as relações de poder, dessa forma, as questões relacionadas a gênero estão sempre associadas a valores culturais e a construções históricas, já que não são estáticas e permanentes. “Ser mulher” e “Ser homem” são conceitos e compreensões que mudam de tempos em tempos e de sociedades para sociedades.

Sociologia do Trabalho 

De modo sintético, e para direcionar o seu estudo para a prova do Enem, podemos dizer que a Sociologia do Trabalho e da Produção é um ramo da sociologia cuja intenção central é estudar os fenômenos sociais relacionados aos mundos do trabalho, isto é, os sujeitos (os trabalhadores e o patronato) nos ambientes de trabalho (fábricas, empresas, sindicatos estruturados...) e as relações macro-estruturais (sistemas produtivos, relações sociais de trabalho, desemprego estrutural, políticas de governo...) que estejam relacionados direta ou indiretamente aos mundos do trabalho e da produção, bem como as formas de atuação do trabalhador não especificamente no seu local de trabalho, mas por conta das suas condições de trabalho (reinvindicações, greves, formação de partidos...).

O trabalho é, na verdade, uma necessidade natural e essencial do ser humano, sem a qual nós não existiríamos. Diferentemente dos outros animais que se adaptam passivamente ao meio ambiente, que já nascem sabendo viver, o ser humano atua sobre ele de forma ativa, consciente, obtendo os bens materiais necessários para sua sobrevivência e existência. É pelo trabalho que o ser humano se humaniza e também humaniza a natureza. O trabalho é, portanto, a ação consciente, deliberada do ser humano sobre a natureza. O trabalho criou condições para o ser humano ir além dos limites da sua própria natureza, isto é, possibilitou que ele se emancipasse da natureza. Ele não deixa de ser um animal, de pertencer à natureza, mas não mais de forma tão determinada como os outros. Trabalhar é uma atividade eminentemente humana, porque é consciente, deliberada e com um propósito, uma finalidade. Ela pode ter como fim a criação de bens materiais que supram as necessidades humanas de sobrevivência (moradia, alimentação, proteção), ou necessidades culturais e psíquicas (arte, educação, entre outras). Resumidamente o trabalho é a atividade ou ação que necessita de capacidades físicas e mentais, destinada a satisfazer as necessidades humanas.

Provas

Em 4 de novembro, primeiro dia do Enem, os feras enfrentarão questões de Ciências Humanas, Linguagens e redação. Já no dia 11, segundo e último dia de provas, os estudantes terão quesitos de Ciências da Natureza e matemática. Os portões dos locais de prova serão abertos ao meio dia e fechados 13h. De acordo com a organização do Exame, o início será às 13h30. O horário de Brasília deve ser respeitado; os candidatos precisam ficar atentos porque o Enem terá quatro fusos horários diferentes.

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Uma das principais características de um regime democrático é o voto. A aproximação de períodos eleitorais, porém, levanta uma série de questionamentos e discussões sobre o papel das eleições para o desenvolvimento da sociedade. Se vivo em uma democracia, por que tenho obrigação de votar? Se as eleições são oportunidade de renovação, por que eu vejo sempre os mesmos rostos e nomes nas campanhas políticas? Os “votos pela razão” e “votos pela emoção” são realmente dois lados de uma mesma moeda?  

Os professores Albino Dantas e Salviano Feitoza discutiram como essas e outras questões envolvendo a democracia brasileira e a história do voto no mundo podem ser analisadas do ponto de vista da história, filosofia e sociologia. Confira a conversa completa:

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Com índices alarmantes e crescentes, a violência vem sendo uma triste realidade presente na sociedade brasileira. Segundo levantamento do Atlas da Violência de 2018, cerca de 553 mil pessoas foram mortas na última década, o que consiste em um total de 153 mortes por dia no país. Ainda segundo o estudo, em alguns Estados os números de homicídios aumentaram mais de 200% entre 2006 e 2016, como é o caso do Rio Grande do Norte (RN), que elevou as taxas em 256,9%. Os feras que vão prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em novembro, nos dias 4 e 11, devem saber como a chamada “Cultura da Violência” é abordada na prova.

Não são apenas homicídios e agressões físicas que caracterizam violência. De acordo com o professor de sociologia e filosofia Salviano Feitoza, o Exame costuma abordar o tema de um ponto de vista simbólico, que possa levar o aluno a identificar a violência através da leitura de uma charge, texto, ou letras músicas. “A violência simbólica é mais uma das variações da violência. Na parte sociológica e filosófica é importante que o estudante consiga identificar os conceitos elaborados por algum pensador, como por exemplo Pierre Bourdieu, e aplica-los à uma situação da realidade. O fera deve instrumentalizar seu olhar para identificação de elementos presentes no cotidiano que possam expressar violência”, pontuou.

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Segundo a professora de língua portuguesa e redação Teresa Albuquerque, os temas atrelados às questões sociais sempre estão presentes no Enem. Para a educadora, a cultura da violência é um tema atual com diversas nuances que impactam o cenário social.

“O aluno deve ter em mente dados e estatísticas que retratem por exemplo a questão da violência sexual, a violência contra o idoso, a violência contra criança e o feminicídio. Também é importante aprofundar os estudos sobre a situação carcerária no Brasil, temos um país onde não é possível o preso se ressocializar e isso acaba gerando ainda mais violência”, destacou. Vale ressaltar que o Brasil é um dos países onde mais se matam mulheres, segundo dados do Mapa da Violência. Desde 2013, o país ocupa o quinto lugar no ranking de homicídios femininos entre 83 nações.  

O professor de redação Felipe Rodrigues afirma que os vestibulandos devem utilizar agentes polifônicos para construir um bom texto com argumentação em diversas áreas de estudo. De acordo com o educador, cultura da violência é um assunto social que integra vários aspectos sociais.

“É primordial que o fera respeite os direitos humanos e proponha soluções inovadoras para a problemática. A violência também pode ser psicológica, social e cultural. Estudar autores que possam servir de arcabouço para argumentação vai ser uma vantagem para o aluno”, comentou.

Durante o aulão sobre 'Cultura da Violência', realizado no Recife, os professores Felipe Rodrigues, Salviano Feitoza e Tereza Albuquerque deram dicas importantes aos feras. Confira no vídeo a seguir:

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O programa Vai Cair No Enem, que reúne dicas para o Exame Nacional do Ensino Médio, traz nesta semana uma abordagem sobre a Indústria Cultural. O assunto é destrinchado pelo professor de sociologia Salviano Feitoza.

Nosso programa também marca presença no Instagram. No @vaicairnoenem, os feras encontram questões, desafios, notícias, aulas e outros conteúdos diários. Confira, a seguir, o programa desta semana:

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Um Aulão Solidário com o tema ‘Cultura da Violência’ foi realizado por professores na tarde deste sábado (15), no Espaço Teresa Albuquerque, no bairro do Derby, Centro do Recife. A temática foi trabalhada pelos docentes nas áreas de sociologia, filosofia e redação, exemplificando as maneiras como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) pode abordar o assunto. Aberto ao público, o ingresso do evento era simbólico: 1kg de alimentos não perecíveis, que serão doados para o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip).

O professor de redação Felipe Rodrigues, um dos idealizadores do Aulão, destacou alguns pontos que poderão ajudar os estudantes na elaboração de um bom texto envolvendo cultura da violência. “A redação aborda temas sociais e a violência é um assunto radical e essencial para a gente discutir diversos problemas. Alguns problemas sociais vêm dessa violência e, sem dúvida, a gente tem que discutir, de maneira que os argumentos sejam estruturados, com fontes, dados e bases de pesquisas. Essas colocações com certeza vão ser tratadas aqui hoje”, destacou.

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Segundo a professora de Redação e Linguagens Teresa Albuquerque, a cultura da violência é um tema atual com diversas nuances que precisam ser discutidas em sala de aula. “Geralmente quando se fala em violência, o imaginário popular está atrelado à violência física, mas também temos outros tipos de violência, como a violência simbólica e sexual, que os estudantes devem estar ligados. Na aula de hoje irei tratar um pouco sobre a situação da população carcerária, o preconceito contra o preso e essa impossibilidade de ressocialização que o país tem e que acaba gerando ainda mais violência. Também vale ter em mente a violência contra o idoso e contra a criança”, pontuou. Para Teresa, a “cultura da violência está pautada em um discurso histórico que vem desde a colonização e está arraigada na sociedade brasileira”.

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A estudante Aline Jennifer, de 16 anos, que vai prestar o Exame em novembro, afirma vai usar os conteúdos trabalhados pelos professores para desenvolver um bom raciocínio na hora da prova. “É preciso trazer o tema para nossa atualidade com argumentos que retratem o cotidiano em sociedade. A violência contra mulher e violência sexual são realidades bem atuais que precisam ser trabalhadas em sala de aula”, disse.

Na parte de sociologia e filosofia, o professor Salviano Feitoza destaca que possíveis questões podem requerer do aluno uma boa interpretação de charges e imagens que retratem a cultura da violência. “É importante que o fera saiba identificar os conceitos e as aplicações desses conceitos na leitura de um texto jornalístico, na leitura de uma charge e na leitura de uma canção. Que ele consiga aplicar o conceito elaborado por um pensador a uma situação da realidade. Hoje, nós vamos trabalhar a instrumentalização do olhar do estudante na identificação de elementos do cotidiano que em muitas vezes podem expressar violência e passar despercebidos”, ressaltou.

O Aulão Solidário é uma iniciativa dos professores Felipe Rodrigues, Teresa Albuquerque e Salviano Feitoza, em parceria com a Secretaria de Juventude do Recife, o instituto Fly educacional, o professor Francisco Coutinho e Ícaro Rodrigues e o Núcleo de Ciências da Natureza (NCN).

Filosofia e sociologia são duas das áreas do conhecimento cobradas na prova de ciências humanas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), marcada para ocorrer no dia 4 de novembro. A menos de dois meses para a prova, é hora de o candidato revisar os principais conteúdos para alcançar boas notas.

A SAS, plataforma nacional de educação, realizou um levantamento com os assuntos que mais caíram no Enem desde 2009 As temáticas que mais foram cobradas em filosofia e sociologia são as seguintes:

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Filosofia

A temática de ética e justiça teve destaque nos últimos anos do exame. A recomendação é que o candidato revise o pensamento filosófico de pensadores como Aristóteles, Baruch Espinoza, Platão e Agostinho de Hipona (conhecido como Santo Agostinho).

O estudo da natureza do conhecimento, também chamado de epistemologia ou gnosiologia, aparece em 2º lugar nos assuntos mais recorrentes do exame. Por isso, é importante que o inscrito foque seus estudos em escolas de pensamento que buscam explicar a origem do conhecimento humano.

No que tange a democracia e cidadania, estudante deve rever os conceitos de liberdade e autoritarismo. Já em filosofia contemporânea é imprescindível o estudo sobre o niilismo do filósofo alemão Nietschzie além de que para dominar a filosofia moderna, é preciso que o candidato conheça o trabalho e a importância de pensadores como Immanuel Kant e René Descartes.

Sociologia

A temática do mundo do trabalho cobra assuntos como a precarização do trabalho, os conceitos de capitalismo, fordismo, taylorismo, globalização, escravidão contemporânea, flexibilização das leis trabalhistas e a relação entre trabalho e cidadania.

Quando se trata de ideologia, nas questões do exame costumam cair correntes teóricas, econômicas e políticas a partir do trabalho de autores que são referência do pensamento social, como Karl Marx e Max Weber. É importante que o inscrito também domine a relação entre ideologia e direitos humanos, além de processos históricos que envolvem essa temática.

Em cidadania, o exame enfatiza os direitos civis, políticos e sociais, assim como violência e discriminação e a relação entre democracia e movimentos sociais.

Um dos assuntos que diz respeito ao nosso momento atual e que tem sido cobrado nas questões do Enem é a reflexão sobre o impacto da tecnologia na socialização e nos hábitos de consumo, além da relação entre publicidade e violência simbólica.

Por fim, as definições antropológicas sobre a teoria crítica e o mercado de bens culturais, bem como identidade e o patrimônio cultural são os principais assuntos que permeiam a temática da cultura e da indústria cultural.

Tida como um dos momentos mais obscuros da história política brasileira, a Ditadura Militar merece a atenção do fera que vai prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em novembro. Por se tratar de um período marcado por grande repressão às liberdades individuais, o Enem costuma abordar o período por meio de questões relacionadas aos direitos humanos e civis.

De acordo com o historiador Luiz Neto, as questões são abordadas com sátiras e críticas da época ao governo. “Normalmente as questões vêm com textos grandes, acompanhadas por charge da época, que eram usadas para satirizar e criticar o governo. Também são utilizados trechos de jornais que foram censurados. Tortura e censura é uma temática que sempre é abordada quando se trata de ditadura. Porém, é importante que o fera se atenha e saiba interpretar as charges, que sem dúvidas, é o que mais cai na prova”, destacou.  Ainda segundo Luiz, para responder as questões acertadamente, o estudante deve saber quais mudanças foram estabelecidas no Estado Brasileiro.

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O regime militar se instaura em um contexto de bastante instabilidade política no país. Com a renúncia do presidente à época, Jânio Quadros, o sucessor, João Goulart, que era visto por setores e instituições da sociedade civil, a exemplo da igreja católica, ruralistas e outros, como uma ameaça à ordem democrática vigente, foi deposto pelos militares no dia 31 de março de 1964, e em 1º de abril do mesmo ano, a junta militar assume o comando do país. Com os militares no poder, iniciou-se uma jornada de ataque e repressão à oposicionistas, que teve 22 anos de duração.

O vestibulando deve ter em mente os Atos Institucionais que foram promulgados no período militar, que na prática, atribuíam ao Executivo, controle absoluto sobre os poderes e instituições da República. São eles:

Ato Institucional 1 (AI-1)

Promulgado em abril de 1964, o AI-1 estabeleceu o voto indireto para presidente e permitia que o chefe do Executivo cassasse os mandatos parlamentares com aprovação do Congresso.

Ato Institucional 2 (AI-2)

Foi decretado em 1965 pelo marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, primeiro presidente militar, e implantou o bipartidarismo, que estabeleceu a existência de apenas dois partidos, Aliança Renovadora Nacional (Arena), como partido governista e Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que ficou conhecido por fazer a chamada “oposição responsável”.

Ato Institucional 3 (AI -3)

Baixado em 1966 ainda pelo comando de Castelo Branco, o AI-3 estabeleceu o voto indireto para governadores dos estados e prefeitos dos municípios.

Ato Institucional 4 (AI-4)

No final de 1966, o AI-4 convocou dos parlamentares para aprovação de uma nova constituição, chamada “Constituição de 1967”, que incorporava os Atos Institucionais anteriores.

Ato Institucional 5 (AI-5)

Considerado o mais cruel de todos os Atos Institucionais, o AI -5 foi promulgado em 1968, pelo presidente Costa e Silva, que fazia parte do grupo considerado linha dura. Entre os seus decretos, o Ato permitia que o presidente cassasse os mandatos parlamentares sem precisar de aprovação do Congresso; revogava o habeas corpus; permitia prisão arbitrária por parte do governo, além de admitir que presos políticos tivessem seus bens confiscados pelo Estado.

Em 1969 assume o general Emílio Garrastazu Médici, um dos principais nomes do regime militar. Considerado por muitos professores como um dos presidentes mais repressivos do período, Médici se utiliza abusivamente do AI-5 para atacar opositores. É nesse período que são criados os DOI-CODI, delegacias onde aconteciam torturas e até mortes à presos políticos, sem que fossem noticiados por nenhum órgão governamental ou imprensa. Por conta da repressão, muitos oposicionistas fugiam do país.

O governo ganhou apelo popular pelo chamado “Milagre Econômico”, que fez o país crescer consideravelmente do ponto de vista econômico. Também foi sob o comando de Médici que obras de grande porte foram realizadas em todo país, como a Usina de Itaipu e a ponte Rio-Niterói.   

Processo de abertura

Com o slogan “Abertura lenta, gradual e segura”, o general Ernesto Geisel dá início ao rompimento da ditadura e chega à Presidência em 1974 com forte pressão popular sobre o governo militar por conta de uma crise petrolífera que culminou no aumento do desemprego e índice inflacionário no país, ampliando assim, a impopularidade do regime.

O processo de abertura tem continuidade pelo governo de João Baptista Figueredo, último presidente do período militar, que assume em 1979 e assina a lei da anistia, que perdoa presos políticos e permite o retorno de exilados. A reação de militares contrários à abertura ficou conhecido como o ataque ao Rio Centro, onde bombas explodiram antecipadamente matando os responsáveis pelo atentado, ocasionando ainda mais o enfraquecimento do governo.

Com isso, a oposição, por meio do deputado federal Dante de Oliveira (MDB), propôs uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) em 1983, a popularmente conhecida como “PEC das Diretas Já”, que mobilizou toda sociedade, porém, foi recusada pelo Congresso Nacional.

Pressionado e dissipado, o governo lança a candidatura de Paulo Maluf, enquanto a oposição crava Tancredo Neves como candidato à Presidência, tendo José Sarney como vice. Os oposicionistas vencem a disputa no colégio eleitoral, Tancredo Neves morre às vésperas de assumir o novo mandato, e em 1985, Sarney se torna o primeiro civil a comandar o Brasil, após a ditadura militar.

Resumo em vídeos

O LeiaJá também entrevistou o proferssor de história Salviano Feitosa. Ele explicou, em detalhes, o contexto histórico da Ditadura Militar no Brasil. Confira o primeiro vídeo:

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Na continuação da explicação, Salviano Feitosa também toca em um ponto bastante discutido no Brasil: corrupção. Veja, a seguir, o segundo e último vídeo da explanação do professor: 

Chegamos a mais uma edição do programa Vai Cair No Enem, que reúne aulas interativas sobre o Exame Nacional do Ensino Médio. Nesta semana, recebemos o professor de sociologia e filosofia Eduardo Gomes, do curso ‘Os Caras de Pau do Vestibular’.

O tema de hoje é "contrato social". Lembramos que nós também estamos no Instagram - @vaicairnoenem -, onde os seguidores encontram diariamente questões, desafios, notícias, dicas, aulas e muito mais. Acompanhe a seguir o programa desta semana:

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O Brasil amarga um momento político ruim e repleto de conflitos. Discussões que, em determinados momentos, ultrapassam o diálogo e chegam à violência. Professor de filosofia e sociologia, Luiz Neto aborda esse cenário com base em teorias políticas.

O docente é o convidado desta semana do programa Vai Cair No Enem, produzido pelo LeiaJa.com. Semanalmente trazemos aulas exclusivas para os feras que enfrentarão a prova do Exame Nacional do Ensino Médio. Estamos também no Instagram - @vaicairnoenem -, onde o público conta com dicas diárias. Veja, a seguir, o programa desta semana:

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Começam nesta terça-feira (27) as inscrições para a seleção de dois professores assistentes na área de Comunicação Social no campus sede da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Estão sendo oferecidas uma vaga para a área de Educomunicação, Sociologia e Mídia e uma vaga para a área de Educomunicação, Publicidade e Linguagem Visual.

Para participar, é exigido que os candidatos tenham titulação mínima de mestrado em Comunicação Social e habilitação na área escolhida. O cargo é de professor assistente, classe A, nível 1, com jornada de trabalho é de 40 horas semanais. O salário é de R$ 3.649,06. As inscrições ocorrem até o dia 7 de março.

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Os interessados devem efetuar o pagamento da taxa de inscrição no valor de R$ 65, preencher o requerimento de inscrição e levar a documentação especificada no edital no Protocolo Geral da UFCG, campus sede. O horário de atendimento é das 8h às 12h e das 14h às 18h, de segunda a sexta-feira. Os candidatos de baixa renda podem solicitar a isenção.

O processo seletivo será feito através de uma prova escrita no dia 14 de março e exame de títulos. A previsão é que o resultado final seja divulgado no dia 16 de março. O certame tem validade de um ano, podendo ser prorrogado por igual período.

- Confira o edital para a vaga na área de Educomunicação, Sociologia e Mídia

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