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Os candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) Digital fizeram apostas, neste domingo (31), para o tema da redação, instantes antes do processo seletivo. De acordo com os candidatos, o Enem seguirá abordando temas sociais.

Para a estudante Ana Silva, a redação deve abordar tabagismo ou educação. "Eu acredito que vai cair algo sobre isso, mas não ponho nenhuma expectativa", garantiu.

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Já o estudante Felipe Lexmark aposta em um tema mais inusitado. Segundo ele, a transexualidade deve ser tema da redação do Enem Digital. "Nunca caiu nada sobre isso, então acho que o tema deve ser esse", apostou.

Já Renata Rego não tem uma aposta específica, mas sugere temas de cunho social. "Eu acreditava que iria cair sobre doenças mentais, mas o Enem impresso já abordou isso, então eu aposto em algo social", disse a jovem.

Apesar do exame ser digital, a parte da redação seguirá o modelo tradicional do Enem. Nesse sentido, os estudantes deverão fazer o texto à mão, com caneta na cor preta em material transparente. “O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira” foi a temática cobrada na versão impressa.

Passada a fase da versão impressa do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o modelo digital – que será realizado pela primeira vez na história do processo seletivo - está marcado para 31 de janeiro e 7 de fevereiro. No modelo tradicional, a prova teve como rema da redação “O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira”. Agora, no Enem Digital, qual será a temática escolhida?

Para auxiliar os feras que farão as provas digitais, a reportagem do LeiaJá conversou com alguns professores de redação, que apostaram em alguns temas que podem ser pedidos no texto do Exame. A professora Amanda Batista indica como possível tema “O papel da polícia na promoção efetiva da segurança pública brasileira”.

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A docente chama a atenção para o modelo de polícia usado no País, que segundo ela se assemelha ao militar. Ela destaca, ainda, a questão do racismo, e cita, inclusive, o caso de George Floyd, um homem negro morto por asfixia no ano de 2020 em Minneapolis, nos Estados Unidos, após um policial branco ter se ajoelhado sobre seu pescoço por mais de oito minutos. “O tema refere-se à polícia, no sentido da polícia militarizada, de uma polícia mais engessada, uma polícia que passe por esse processo de militarização no Brasil. E podemos pensar aí a respeito do racismo, podemos pensar a respeito de como reestruturar uma polícia para ser mais humanizada, mais diplomática, e aí tem tanta coisa que pode ser linkada com esse tema. Então a gente pode pensar em George Floyd, pode pensar nos casos daqui do Brasil, que também não são poucos. É um tema bem oportuno”, frisa.

Já a professora de redação Beth Andrade aposta que pode ser pedido um tema que se enquadre dentro da mesma temática já abordada na redação da versão impressa, que foi saúde. “Acredito que o Inep pode dar prioridade ao mesmo eixo temático: saúde. Assim, aposto na 'saúde nutricional em questão no Brasil', porque é um assunto visto com frequência e, principalmente, nas redes sociais, diante da Sociedade do Espetáculo. E esse debate poderá ser acerca da qualidade nutricional da alimentação atual no Brasil e as soluções que podem ser encontradas para que o consumo de comidas saudáveis seja facilitado, para as diferentes camadas sociais”, explica.

A professora acrescenta, ainda, que a abordagem é apropriada tanto cultural quanto socialmente, uma vez que, segundo ela, um levantamento publicado pelo Ministério da Saúde, em 2019, aponta que mais da metade da sociedade brasileira é considerada obesa.

Questão bastante discutida atualmente, a violência doméstica é o assunto apostado pela professora Lourdes Ribeiro. “Violência doméstica: algo recorrente que também ganhou mais destaque devido à pandemia, já que a quarentena aumentou os índices de casos”, conta.

O professor Felipe Rodrigues contou que caso lhe fossem solicitados dois temas, ele indicaria questões como analfabetismo e lixo. “Eu acredito em alguns vieses temáticos. Dentre eles, não desisto de educação, meio ambiente, economia, segurança ou tecnologia. Analfabetismo, ensino a distância, questão do lixo, mobilidade urbana, catástrofes naturais, empreendedorismo, pirataria (inclusive, a biopirataria), questão carcerária, legalização do porte de arma e inteligência artificial seriam respectivamente elementos interessantes", detalha.

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O tão esperado tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 já foi divulgado. “O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira” foi o assunto escolhido para a produção textual dos estudantes que fazem, neste domingo (17), o processo seletivo. Diante do conteúdo, professores celebraram o tema.

“Sensacional”, vibrou o professor Eduardo Pereira. “O aluno poderia falar da Constituição Federal de 88, Declaração Universal dos Direitos Humanos, trazer uma perspectiva histórica, uma vez que o olhar sobre a pessoa que tem essa patologia e de uma forma geral para que toda sociedade seja tratada com mais dignidade”, explicou.

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“É um tema atual, a pandemia trouxe isso à tona, diversas doenças de cunho mental foram desenvolvidas pelas pessoas durante a pandemia por causa do confinamento e é um tema que exige uma grande necessidade de se comentar porque existe muito preconceito e muito estigma ainda”, ressaltou o professor Talles Ribeiro.

“O fera que está inteirado no assunto e se conseguir dar uma olhada nos textos de apoio de maneira concentrada e atenta, com certeza vai fazer uma redação excelente”, pontuou a professora Lourdes Ribeiro. Ainda segundo a docente, o conteúdo poderia ser trabalhado de uma forma determinante. “Poderia ser abordado mesmo o preconceito em que a depressão é uma doença subestimada”, disse.

Já segundo a professora Tereza Albuquerque, vários assuntos poderiam ter sido abordados diante de um tem que contemplou minorias. “Poderia falar da depressão, poderia falar de transtornos alimentares, de qualquer doença que estivesse ligada a transtornos mentais. E o mais importante: o aluno que citou o Holocausto de Mariana ganhou muita vizibilidade dentro dessa redação”, garantiu.

O professor Felipe Rodrigues também aprovou o tema da redação do Enem 2020. “Podemos fazer análises com Foucalt em História da Loucura, podemos remontar a questões até mesmo de sociologia clássica. Ele pode remeter ao capacitismo, que é um tema atual, contemporâneo, por exemplo, no reality show A Fazenda”, explicou.

"Ele possibilita que o aluno coloque em discussão aspectos que estiveram em alta durante todo o ano passado. Foram colocados em pauta a volta tratamentos como eletrochoque, internação em manicômios, como um certo reforço de políticas públicas aos discursos capacitistas e mesmo de estigmatização”, explica a coordenadora de redação do Poliedro, Maria Catarina Bózio.

A docente ainda dá algumas dicas que os estudantes podem usar na produção textual. “Como repertório, os alunos tinham, de forma bastante acessível, diálogo com literatura brasileira, colocando O Alienista; mais próximo da sua dinâmica cotidiana, o próprio uso de palavras pejorativas, como o termo retardado; pensar em algumas figuras brasileiras icônicas do assunto, como o artista Arthur Bispo do Rosário; a médica Nise da Silveira, que foi uma das primeira em contexto nacional a defender uma política claramente antimanicomial”, revela.

Os estudantes respondem, neste domingo (17), a 90 questões de Ciências Humanas e Linguagens, além da produção textual.

Veja, abaixo, as análises dos docentes:

Todos os anos, o tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) gera grandes expectativas nos candidatos. Neste domingo (17), alguns feras deram suas apostas acerca do assunto que seria pedido na redação deste ano.

Na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), localizada no bairro da Boa Vista, área central do Recife, a estudante Nicole Alves, de 17 anos, listou alguns acontecimentos do último ano como possíveis temas. As queimadas na Amazônia, a pandemia e o recente colapso nas unidades de saúde de Manaus (AM), que ficaram sem oxigênio em meio à alta da segunda onda da Covid, foram listados por ela. "Mas pode ser que venha um tema inesperado, né?", ponderou a jovem que pretende conquistar uma vaga no curso de nutrição.

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O estudante Vinícius Martins, de 22 anos, que tenta uma vaga para educação física, apostou em um tema relacionado à saúde. "Com toda essa pandemia, essas crises sanitárias, acho que vai ser algo voltado para saúde, mas pode ser alguma coisa de política também". Já Alana Victória, de 15 anos, estreante no Enem, chutou um tema bem diferente dos demais entrevistados. "Acho que pode ser sobre alfabetização. Eles andaram soltando algumas coisas sobre isso no Instagram do Inep".

Neste domingo (17), primeiro dia do Enem 2020, os candidatos respondem, das 13h30 às 19h, questões de Ciências Humanas, Linguagens, além da redação. Já no dia 24 deste mês, os feras enfrentarão quesitos de matemática e Ciências da Natureza.

A versão digital está programada para o dia 31 de janeiro e 7 de fevereiro. De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão responsável pela organização do Enem, quase 5,8 milhões de candidatos se inscreveram no Exame, cujo resultado está programado para março.

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Com a proximidade do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), é nítida a expectativa dos candidatos e professores sobre qual será o tema da redação. Alguns cogitam que o Ministério da Educação (MEC), nas redes sociais, dá sinais de assuntos que podem ser cobrados como a temática central da produção textual.

Nesta terça-feira (5), o MEC “entrou na onda” dos candidatos que questionam se o Ministério dá “spoiler” a respeito do tema. Bem humorado, o órgão cravou: “Vocês pediram spoiler sobre a redação do Enem. Spoiler, eu não posso dar, mas segue uma dicazinha para vocês”.

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Na sequência dos stories, o Ministério deu dicas sobre competências para uma boa redação. Confira, na imagem a seguir, as orientações:

As provas do Enem impresso serão realizadas nos dias 17 e 24 de janeiro. A versão digital está programada para 31 de janeiro e 7 de fevereiro. Para mais informações, siga o projeto Vai Cair No Enem.

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A Associação dos Advogados de São Paulo (AASP) promoverá o 5º Congresso Regional (Paulista) da ABDT, abordando o tema: “Direito, Economia e Trabalho no marco do pós-pandemia”. Os encontros virtuais serão nesta terça-feira (6) e na quarta-feira (7), divididos em nove painéis durante o período da manhã.

Os interessados devem realizar as inscrições, gratuitas, na aba de eventos do site da AASP. O momento será conduzido pelos professores Ricardo Pereira de Freitas Guimarães  e Thereza Christina Nahas.

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Os inscritos receberão mais informações sobre o encontro virtual, por meio dos contatos cadastrados no ato de inscrição. Veja, a seguir, a programação planejada:

Terça- feira (6)

8h30 – Será realizada a abertura com o presidente da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABDT,) Alexandre Agra Belmonte; e com o presidente da AASP, Renato Cury.

9h – Painel 1: Crise do Estado Social e a agenda da OIT de 2030 para o desenvolvimento sustentável. 1

0 h – Painel 2: Estado Social e proteção do trabalhador.

11h – Painel 3: Economia e trabalho.

12h – Painel 4: Questões sociais e do trabalho na jurisprudência constitucional.

Quarta-feira (7) 

8h – Painel 5: A tensão entre os direitos sociais e as liberdades econômicas.

9h – Painel 6: Novas modalidades de contrato de trabalho.

10h – Painel 7: Impactos dos tratados multilaterais de comércio nos direitos sociais.

11h – Painel 8: Negociações coletivas de trabalho: perspectivas de evolução.

12h – Painel 9: Os sindicatos no marco da economia colaborativa.

No próximo domingo (28) se comemora o Dia do Orgulho LGBT. A data é celebrada durante todo o mês de junho com o intuito de trazer visibilidade ao público e por conta de uma história de lutas contra preconceitos, que infelizmente ainda são vivenciados.

O LeiaJá listou algumas séries com visibilidade LGBTQ+ para você conferir.

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Skan 

Divulgação NRK

Sense 8

Divulgação Netflix

Sex Education

Divulgação Netflix

Pose

Divulgação Netflix

 

One Day at a Time

Divulgação Netflix

Elite

Divulgação Netflix

 

Skan France

Divulgação France TV

The Society

Divulgação Netflix

Atypical

Divulgação Netflix

 

Queer As Folk

Divulgação Showtime

 

Nesta quinta-feira (4), às 16h30, o Vai Cair Na OAB, projeto multimídia realizado em parceria com o LeiaJá, irá realizar uma live para ajudar os estudantes que estão se preparando para o Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O encontro será transmitido por meio no perfil no Instagram e do canal youtube.com/vaicairnaoab.

A transmissão terá como tema "Responsabilidade Civil" e contará com a participação das professoras de direito civil Luciana Garrett, de direito do trabalho Thaysa Elias, e de direito administrativo Isabella Galvão. A live será gratuita e aberta ao público.

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O evento faz parte de uma série de assuntos que serão abordados durante a pandemia para auxiliar quem está se preparando remotamente para a prova do Exame de Ordem Unificado, que, até então, será realizado no dia 30 de agosto.

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A aula do Vai Cair na OAB, projeto multimídia produzido em parceria com o LeiaJá está no ar. Nesta sexta-feira (20), o professor João Tavares mostra como Incidente de Desconsideração da Personalidade Jurídica pode ser cobrada na prova de direito empresarial.

Confira o vídeo abaixo:

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O cantor e compositor pernambucano André Rio lançou, nesta sexta-feira (13), uma nova canção de trabalho. O frevo rasgado, com introdução orquestrada de metais, traz como tema central a diversidade. Cantando “Misturando as cores, beijos e sabores” André Rio aborda a diversidade e a paixão na festa carnavalesca.

A música é uma parceria com Ranieri Oliveira e, segundo o cantor, promete não deixar ninguém parado no carnaval 2020. O som já está disponível em todas as plataformas digitais.

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Nesta terça-feira (10), foi realizado o primeiro dia de aplicação de provas do Exame Nacional do Ensino Médio Para Privados de Liberdade (Enem PPL), além da reaplicação dos do Enem para pessoas que tiveram problemas de logística. Os participantes tiveram cinco horas e meia para responder às 90 questões de linguagens e ciências humanas, além da redação. 

Nesta quarta-feira (11), serão realizadas as provas de matemática e ciências da natureza. O LeiaJá esteve em uma unidade prisional na Região Metropolitana do Recife (RMR) durante a tarde desta terça-feira (10) e, em entrevista com alguns detentos, a reportagem apurou que o tema da redação tem relação com o abuso do uso da internet.

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Procurado pelo LeiaJá, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), organizador do Enem, informou que não há, até o momento, nenhuma informação oficial sobre o tema da redação do Enem PPL. A divulgação será realizada apenas nesta quarta (11).   

Na edição de 2019, foram registrados 46.163 inscritos no Enem PPL. São Paulo é o estado que concentra mais participantes, com 15.826, seguido de Minas Gerais, com 4.959. As inscrições foram feitas pelo responsável pedagógico de cada unidade prisional ou socioeducativa. As inscrições no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e outros programas de acesso ao ensino superior também dependem do intermédio de responsáveis pedagógicos. 

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A primeira fase da Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest) 2020 acontecerá no próximo domingo (24). O vestibular seleciona estudantes para os cursos de graduação da Universidade de São Paulo (USP).

Neste domingo, os concorrentes vão responder uma prova com 90 questões de múltipla escolha das disciplinas de biologia, física, geografia, história, inglês, matemática, português e química. O Poliedro Educação, que oferece curso pré-vestibular, fez um levantamento dos assuntos mais recorrentes nas provas da Fuvest. Confira o resultado:

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Biologia

Física

Geografia

História

Matemática

Português

Química

Incidência de assuntos por disciplina

 

A Universidade de Pernambuco (UPE) realiza, na manhã deste domingo (17), a aplicação das primeiras provas da terceira fase do Sistema Seriado de Avaliação (SSA 3), que seleciona estudantes ao longo dos três anos do ensino médio. O tema da redação, segundo a universidade, é “Protagonismo do jovem na construção de uma sociedade mais justa”. 

Na proposta de redação, os feras encontram a música “Terra de Gigante”, da banda  Engenheiros do Hawai, para servir de texto de apoio à reflexão dos participantes do vestibular. Confira o texto completo da proposta aqui

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A redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019 já passou. Realizada no último domingo (3), a prova teve como tema “Democratização do acesso ao cinema no Brasil” e causou opiniões diversas entre os feras. Mesmo no segundo dia de aplicação provas, que envolvem as áreas de Ciências da Natureza e matemática, a redação ainda repercute entre os candidatos.

Com objetivo de entrar em algum curso da área de saúde, o técnico em radiologia Jefferson Cardoso, 29, gostou do tema da prova e achou uma abordagem fácil. “Eu achei essa prova muito boa, abordei como o cinema está ruim no Recife e como não há acesso a ele. No geral, eu gostei”, disse, em entrevista ao LeiaJá.

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Já os estudantes Anderson Lima e Vitória Gabriela da Silva, ambos com 18 anos, acharam um tema complexo. “Foi totalmente inesperado e fora de contexto. É, com certeza, um tema importante, mas haviam outros mais relevantes nessa reta final. Acho que foi difícil”, disse Anderson. “Eu acredito que poderia ter sido melhor abordado, não gostei muito, foi bem inesperado”, disse Vitória. 

Por outro lado, o estudante Matheus André da Silva, que pretende ser enfermeiro, acredita que o tema foi bom. “”Eu gostei, foi fácil de abordar e simples. Achei ótimo, mesmo inesperado”, garantiu  rapaz. Com opiniões também positivas está a aluna Débora Fernanda Lima, 18. “Gostei, foi de fácil abordagem e fácil de escrever”, disse.

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O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi realizado neste domingo (3), com a aplicação das provas de Redação, Linguagens e Ciências da Natureza. Na edição de 2019, o tema foi "democratização do acesso ao cinema no Brasil", assunto que surpreendeu muitos estudantes e professores da área.

O professor de redação e linguagens Diogo Xavier fez a prova e comentou a importância de realizar uma boa proposta de intervenção. Ele, que participou do Enem nesta tarde, fez seu texto sugerindo que o governo federal, através do Ministério das Comunicações, desenvolva parcerias com serviços de streaming (transmissão de vídeo via internet), como a Netflix, para descentralizar o acesso aos produtos cinematográficos.

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“Foram duas propostas que eu coloquei. Uma é que o Ministério das Comunicações de alguma forma se alie à netflix. Citei como o streaming foi primordial para democratização dos filmes no Brasil. Então que o ministério se aliasse ao streaming e pudesse proporcionar a regiões mais longínquas e periféricas o acesso ao cinema”, disse o professor. 

A segunda proposta elaborada pelo professor sugere uma atuação da Justiça, por meio do Supremo Tribunal Federal, para impedir qualquer forma de desrespeito à liberdade da Agência Nacional de Cinema (Ancine). “A segunda foi que o Supremo Tribunal Federal, de maneira legislativa, impusesse uma norma punindo aquelas pessoas ou entidades que desrespeitem a liberdade de expressão e reprodução da Ancine para que a democracia constitucional do cinema possa ser respeitada”, disse Diogo.

Utilização de conceitos

Para a professora Maria Catarina Bózio, coordenadora de redação do Colégio Poliedro, o que surpreendeu foi o recorte específico da questão cultural. "O acesso à cultura de modo geral, contudo, foi um tema trabalhado por nós. Nossos alunos têm uma bagagem bastante grande pensando em conteúdos de educação básica, podendo usar conceitos como o da indústria cultural, de Adorno, e do capital cultural, de Pierre Bourdieu", explica. Assim, a professora não acredita que os candidatos teriam dificuldade no desenvolvimento do texto. "Eles acabam sendo grandes frequentadores do cinema ou mesmo de serviços de streaming como o Netflix", ressalta. 

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Neste domingo (3), começou o primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Milhões de estudantes de todo o Brasil se reuniram em diversas instituições para realizar a prova que os levará rumo à universidade. Três horas e meia após o início do certame, quando o relógio bateu 15h30, poucos feras começaram a deixar o prédio da Uninabuco, no centro do Recife.

Sem querer esperar o prazo limite para a entrega do caderno de questões os candidatos saíram otimistas de seus resultados na avaliação. Para Deborah 'Morgana' Brito, 20, a prova pareceu fácil, com viés mais conteudista, sem as já esperadas polêmicas. No que diz respeito à redação, ela achou o tema estranho e inesperado. 

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Já o estudante Guilherme Márcio Lucena da Silva, de 17 anos, deseja estudar ciências biológicas e se sentiu frustrado após perder tempo fazendo uma redação sobre o tema errado devido a uma orientação do fiscal. 

“O aplicador da prova não soube dizer o tema da redação, disse que era para eu fazer com tema livre, de minha escolha. Eu fiz, tinha terminado e quando estava terminando a prova vi que tinha um tema no final da prova de português. Eu achei bem interessante, queria ter falado sobre isso, mas por causa do erro não consegui fazer”, disse o jovem.

Sobre as questões da prova, Guilherme Márcio afirmou que foi uma prova com menos contextualização e mais pesada na cobrança dos conteúdos em relação aos anos anteriores. “Eu preferia quando abordava outras coisas ligadas à sociedade, ao cotidiano, eu acharia mais interessante”, afirmou o estudante.  

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Com informações de Katarina Bandeira

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Tema surge no ano em que Bolsonaro tenta cortar recursos da Ancine. (Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens) 

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Divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) às 14h30 deste domingo (3), o tema da redação do Enem, “Democratização do acesso ao cinema no Brasil”, surpreendeu os realizadores pernambucanos. Neste ano, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) propôs um projeto de lei que corta quase 43% do orçamento do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) para 2020, reduzindo a verba a R$ 415, 3 milhões. Bolsonaro envolveu-se ainda em polêmicas como o afastamento do antigo diretor da Agência Nacional do Cinema (Ancine), Christian de Castro, e declaração de que alçaria um nome “terrivelmente evangélico” ao posto máximo da instituição.

“O tema impressiona e fico bastante feliz, porque a gente tem que refletir sobre a democratização do acesso, eu acho que é um tema fundamental, a cultura é necessária para a construção da identidade de um país. Os países que mais investem em cultura são aqueles que têm uma democracia mais segura, porque um país sem cinema é como uma casa sem espelho, você não tem onde se ver, se identificar, observar sua realidade e construir uma compreensão do que está no seu entorno”, comenta Marcelo Gomes, diretor de longas como Madame Satã (2002), “Cinema, Aspirinas e Urubus” (2005) e “Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo” (2009).

De acordo com a Ancine, apenas 17% das salas de cinema no Brasil estão fora dos shopping centers. “Neles, os ingressos são caros e maior parte dos filmes é de origem estrangeira. Quando comecei a fazer cinema no Recife, nos anos 1990, a gente montou um cineclube, porque nos cinemas do Recife só se passava filme americano. O México tem menos da metade da população do Brasil e mais salas do que a gente”, critica Gomes. Assim, o cineasta defende que é preciso expandir a estrutura de exibição do país. “Essa democratização do acesso se faz reduzindo o preço do ingresso e levando os filmes a bairros de periferia e a cidades do interior que ainda não tem um cinema sequer”, completa.

Carência nas cidades pequenas

“O Silêncio da Noite é Que Tem Sido Testemunha das Minhas Amarguras”, de Petrônio Lorena, sendo exibido para 110 alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA). (Secretaria de Educação e da Ciência e Tecnologia da Paraíba/divulgação)

Segundo dados do Sistema Nacional de Informações e Indicadores Culturais (SNIIC), até o ano de 2016, nenhuma cidade brasileira com até dez mil habitantes possuía uma sala de cinema. “É muito difícil ser produtor e distribuidor do seu filme, o maior problema para quem faz cinema é a escassez de salas e a concentração delas nas grandes redes. Há incentivo para produzir, mas não para distribuir. Um filme importante para o sertão, por exemplo, só vai entrar nas grandes redes se a gente pagar uma taxa muito alta”, lamenta Petrônio Lorena, diretor do filme “O Silêncio da Noite é Que Tem Sido Testemunha das Minhas Amarguras” (2018), que aborda a poesia feita no sertão da região do Pajeú, entre os estados de Pernambuco e Paraíba.

“Filtros”

O produtor João Vieira Jr, da Carnaval Filmes, também ficou surpreso com o tema da redação, mas ressalta que não acredita que sua escolha se deu por envolvimento do Governo Federal. “Podem ser os próprios gestores do Inep tentando manter a autonomia e a independência do Enem. É um tema aparentemente neutro, mas favorece uma reflexão da sociedade como um todo, porque a Ancine está sob violento ataque”, pontua. O produtor lembra ainda que Bolsonaro chegou a defender a instituição de, em suas palavras, “filtros” temáticos às produções feitas com incentivo público. “Essas foram as ameaças mais sérias. Na verdade, esse termo “filtro” suaviza uma ameaça de censura. A Ancine fiscaliza e fomenta toda a produção audiovisual brasileira e um desses filtros seria o cerceamento à liberdade de expressão”, conclui.

O tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) abre margem para críticas ao governo, segundo professores de redação e Linguagens entrevistados pelo LeiaJá. Os docentes afirmaram que "Democratização do acesso ao cinema no Brasil" pode ser uma forma de apontar as ações negativas relacionadas à cultura do governo vigente.

Segundo o professor Talles Ribeiro, o tema deste ano surpreendeu. "Já que o governo atacou por diversas vezes a indústria cinematográfica; Somente este ano o Planalto já ameaçou o fechamento da Ancine, principal órgão fomentador do audiovisual no país, caso ele não pudesse impor um filtro ideológico. E anunciou para 2020 um corte no orçamento de 43%. Sem falar que a problemática que tange a democratização do acesso ao cinema perpassa por diversas questões de sociais, culturais e econômicas cujas as quais o governo considera ideológicas ou temáticas da esquerda", disse.

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Já a professora Josicleide Guilhermino salienta que as questões sociais como o preço do acesso aos cinemas e onde eles estão localizados, por exemplo, segrega a população que pode ter acesso à cultura. "há que se pensar em alternativas de inclusão, o que só poderá ocorrer com uma atuação efetiva do Governo Federal, em parceria com Estados e Municípios, tendo como aliado o Ministério da Cultura (que foi extinto), ou seja, abre até possibilidade para criticar a ausência de um Ministério que atue diretamente no enfrentamento do problema... Outra possibilidade é pensar como a classe baixa pode se sentir efetivamente inclusa em um espaço dominado pela elite? Ou seja, observa-se que há um viés bem social, o que surpreendeu candidatos e professores, que esperavam temas menos críticos, diante das afirmações feitas ao longo do ano", explicou.

Já o professor Felipe Rodrigues garante que questões geográficas podem ser abordadas como críticas governamentais. "Falar sobre Geografia, sem dúvidas, é algo essencial para o contexto, haja vista as regiões interioranas, com restrições de serviços básicos, sendo uma utopia ver personagens em telas de altas projeções, inclusive, cujas poucas têm acesso às televisões, sendo este o único meio de inserção ao conteúdo audiovisual. Falar sobre inclusão social, dentro dessa proposta democrática, sem dúvidas, é essencial para discussão fora do plano de senso comum", disse.

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As provas do Enem 2019 começam neste domingo (3) com 90 questões distribuídas entre as áreas de Ciências Humanas, Linguagens e redação. No início desta tarde, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) divulgou o tema da redação, que foi "Democratização do acesso ao cinema no Brasil".

Nas redes sociais, tanto estudantes quanto pessoas que já passaram pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) comentaram suas impressões a respeito do tema e de seu nível de dificuldade, gerando vários memes. Confira:

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“Democratização do acesso ao cinema no Brasil”. Esse foi o tema da redação escolhido pelo Ministério da Educação (MEC) a prova de redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), realizado neste domingo (3), em todo o país. O assunto gerou discussões e opiniões polêmicas sobre a escolha governamental ao tema principal de uma das provas mais esperadas no Enem.

Segundo a professora Lourdes Ribeiro, uma das propostas de intervenção é a retomada do Ministério da Cultura, além de um maior incentivo para a construção e expansão dos cinemas através de parcerias entre Ministério e empresas privadas. Outra proposta seria a ampliação do programa de "vale cultura”, segundo a docente. “Ao prestar atenção nas palavras chaves que inclui ‘acesso’, podemos entender que se trata da acessibilidade. Sabemos que o lazer deveria ser direito de todos, contudo esse ramo do entretenimento é elitista, visto que a localização dos cinemas (em sua maioria) está em shoppings, capitais... A população que mora em cidades interioranas e partes periféricas não têm a disponibilidade nem de transporte e, menos ainda, financeira”, disse Lourdes, em entrevista ao LeiaJá.

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O professor Felipe Rodrigues alerta que o tema não deve ser considerado como difícil, mas sim diferente e inesperado. “A proposta textual trouxe uma avaliação da cultura e acesso à 7° arte, onde o aluno pode criticar os problemas que a não pluralização do acesso ao cinema, abruptamente, pode trazer. Desses, a estratificação social, assim como, a acessibilidade audiovisual podem ser contextos abordados, ou seja, atrelados à cultura”, explicou. 

Ainda sobre o texto, as propostas de intervenção, Rodrigues aconselha: “às propostas de intervenção, aos dois problemas citados, podemos  pensar no Projeto de Cinema de Rua, sendo as praças, comunidades e localidades anecúmenas os mais abrangidos; como também, investimento em incentivos à acessibilidade, na formação de instrutores, assim como, na obrigatoriedade das descrições audiovisuais, podendo ser ramificadas às libras, no tocante exibição”, disse.

Já o professor Talles Ribeiro argumenta que um dos debates que pode ser abordado pelos feras é sobre as questões que perpassam as condições sociais. “O tema deste ano do Enem traz à tona um debate riquíssimo sobre as condições que permitem o acesso a esta ferramenta. Porém os desafios para esta democratização vão além de questões culturais. Perpassam por questões sociais, econômicas e até geográficas, quando colocamos a luz da análise as condições que são criadas as salas de cinema pelo país”, disse.

Uma das propostas de intervenção selecionadas pelo docente tem a ver com a garantia “acesso dos grupos socialmente excluídos através do incentivo financeiro do governo à abertura de novas salas nessas áreas naturalmente excluídas”.

Segundo a professora Josicleide Guilhermino, a leitura ao material de apoio fará diferença na construção do texto do estudante para que ele não fuja do foco. “O recorte geográfico e as condições sociais eram possibilidades de tese, visto que, além de o cinema estar localizado em áreas centrais, o que dificulta o acesso das regiões interioranas, periferias e afins; ele ainda é elitista, ou seja, possui custo alto, dificultando o acesso da classe baixa”, disse. 

A proposta de intervenção, de acordo com a professora, “o estudante poderia pensar em como descentralizar o cinema em si, levando a regiões interioranas e como baratear o custo. Mas, não apenas isso, visto que só baratear o custo não garante o acesso da classe baixa, se ela continua vendo aquele espaço como não lhe pertencente. Logo, se faz necessário a mudança de mentalidade, o que perpassa o sistema educacional”.

Confira o vídeo abaixo:

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