Tópicos | abraham weintraub

A confusão de palavras e significados parece ter imperado em membros do governo nesta terça-feira (7). Primeiro, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) confundiu a palavra ‘ídolo’ com a palavra ‘fã’ em um texto no Twitter. Agora, foi a vez do ministro da Educação Abraham Weintraub.

Weintraub foi alvo de uma série de piadas na internet após confundir “kafta”, o prato árabe com carne que vem servido em um espeto, com o escritor nascido na República Tcheca Franz Kafka, autor de vários livros de sucesso como A Metamorfose, O Processo e O Castelo.

##RECOMENDA##

"Eu sofri um processo inquisitorial. Foi um processo administrativo interno, mas fui inocentado, foi arquivado. Mas durante um ano e oito meses eu fui investigado, processado e julgado. E está escrito: 'inquisitorial e sigiloso'. Que eu saiba só a Gestapo fazia isso. Ou no livro do Kafta ou a Gestapo", disse Weintraub em um discurso a senadores em Brasília.

A fala foi feita durante sua participação em uma audiência pública na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) do Senado Federal, onde ele foi apresentar prioridades da pasta. Antes ele havia dito que seu currículo está "bem acima da média dos últimos 15 ministros" que passaram pela pasta. "Eu poderia ter entrado na USP aos 14 anos", declarou.

O deputado federal Silvio Costa Filho (PRB) classificou a gestão do presidente Jair Bolsonaro (PSL) como “razoável”. Apesar de já estar iniciando o quinto mês à frente do país, o deputado acredita que o presidente precisa ampliar a rede de diálogo e não se ater apenas a um grupo específico.   

“A gestão do presidente é razoável. Ele tem boas propostas para o país, entretanto precisa refletir que agora ele é presidente da República e precisa dialogar com todo o Brasil não mais com parte da população brasileira”, observou Silvio Filho.

##RECOMENDA##

Alinhado ao governo Bolsonaro, o deputado disse que já chegou, inclusive, a dar este conselho ao presidente durante um encontro recente. Além da abertura para a população como um todo, Silvio também elencou a defesa ferrenha da reforma da Previdência e a ampliação do diálogo com o Congresso Nacional como dicas para o chefe do Executivo Nacional.

“Ele precisa defender a reforma da Previdência, mostrando a importância da aprovação da reforma para o país, com a retomada do crescimento e geração do emprego e renda”, pontuou. “Precisa também exercitar o diálogo com o Congresso Nacional. É preciso que ele exercite o diálogo diariamente. Quem vai governar esse país sem ter diálogo com todas as instituições?”, acrescentou, indagando.

Na avaliação de Silvio Filho, Bolsonaro tem “bons ministros”. “Tem Paulo Guedes [Economia], Tarcísio [Gomes de Freitas, da Infraestrutura] e [Sérgio] Moro [Justiça]. Não tenho dúvida que ele tem um time qualificado, a maioria dos seus ministros são qualificados. Todos podem dar uma contribuição importante para o país”, observou.

Questionado se na lista de “bons ministros” estava incluso o da Educação, Abraham Weintraub, que tem protagonizado decisões polêmicas nos últimos dias, ele desconversou.  

“O da educação ainda está no estágio probatório. Não devemos fazer pré-julgamentos. Ele tem tomado decisões duras por conta da falta de recursos de fato, mas espero que ele possa avançar no conteúdo pedagógico que ajude o país. Ele ainda está nesse estágio aí e esperamos que ele possa cumprir um bom papel”, considerou.

Devido aos últimos acontecimentos envolvendo o Ministério da Educação, principalmente no que tange os cortes de verba destinada às universidades federais espalhadas pelo Brasil, movimentos sociais marcam uma manifestação nacional.

Chamado de “Greve Nacional da Educação”, o ato acontecerá em todo o país no próximo dia 15 de maio. O protesto é promovido por entidades sindicais, estudantis, movimentos sociais e sociedade civil.

##RECOMENDA##

O grupo se diz estar unido “em defesa da educação e contra a reforma da Previdência”. No Recife, o ato acontecerá na rua da Aurora, na área central da cidade, em frente ao Ginásio Pernambucano.

Os manifestantes vão se reunir no local combinado a partir das 15h e, às 16h, devem sair em caminhada pelas ruas do Recife. O percurso percorrido pelos manifestantes ainda não foi divulgado.

O deputado federal pelo PSOL do Rio de Janeiro Marcelo Freixo utilizou seu perfil oficial no Twitter neste sábado (4) para repercutir os últimos acontecimentos polêmicos envolvendo o Ministério da Educação.

Dentre essas polêmicas, está o corte financeiro para universidades federais espalhadas pelo Brasil. Marcelo Freixo alfinetou a gestão do ministro recém empossado Abraham Weintraub.

##RECOMENDA##

“Depois do discursinho sobre os custos de um universitário e de uma criança na creche, descobrimos que o ministro Nota Zero cortou R$ 2,4 bilhões da Educação Básica”, disparou o parlamentar.

Por fim, Marcelo Freixo questionou o ministro: “Sabe o que eu faria em seu lugar, Abraham Weintraub? Deixaria de ser cínico e mentiroso. Você é inimigo da Educação”, finalizou.

LeiaJa também

--> Pró-Bolsonaro, internautas pedem #BoicoteBurgerKing

--> Prefeito de Nova York comemora desistência de Bolsonaro

--> Silvio Filho: 'há um sentimento pró-reforma no Congresso'

O ministro da Educação Abraham Weintraub publicou em seu Twitter um vídeo no qual explica as notas baixas que constam em seu boletim escolar vazado hoje na internet e viralizado nas redes sociais. Segundo o ministro, o boletim corresponde aos três primeiro semestres dele como aluno de ciências econômicas na Universidade de São Paulo (USP).

"Está circulando na internet o meu boletim dos primeiros três semestres na USP. Eu era muito jovem, entrei com 17 anos", diz o ministro no começo do vídeo. Na sequência, Weintraub confirmou a autenticidade do documento e destacou que ele foi obtido de forma ilegal.

##RECOMENDA##

Segundo Weintraub "esse primeiro ano foi um inferno" por uma série de acontecimentos, que incluem o divórcio de seus pais, o Plano Collor - "minha família desmanchou" -, uma depressão contra a qual lutou e um "acidente horroroso que me obrigou a colocar parafuso no braço".

Ao mencionar o acidente e a cirurgia, o ministro abre a camisa no vídeo e aponta para uma cicatriz no ombro direito. "Fiquei seis meses sem poder escrever e só um professor me deixou fazer prova oral. Está aqui a cicatriz, 15 centímetros", explica.

O boletim vazado mostra que Weintraub recebeu nota 0,5 em "Introdução à Economia I", 2,0 em "Contabilidade e Análise de Balanço" e 0,0 em "Complementos de Matemática", matérias do primeiro semestre, cursado em 1989. No segundo semestre todas as matérias aparecem com nota 0, assim como as frequências de Weintraub às aulas. No terceiro, cursado em 1990 - ano em que foi anunciado o Plano Collor -, as notas sobem, sendo a maior o 7,0 obtido em "Contabilidade e Análise de Balanço".

Por um erro do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o ministro da Educação, Abraham Weintraub, divulgou um custo total bem menor para a avaliação do nível de alfabetização. Durante anúncio oficial nesta quinta-feira, 2 em Brasília, Weintraub festejou inicialmente um gasto contratado de apenas R$ 500 mil para a avaliação, que deve atingir cerca de 7 milhões de estudantes.

Na coletiva, chegou a ressaltar o valor várias vezes, dizendo que "cada real do contribuinte" era importante. "Vamos avaliar não só o desempenho das crianças como o sistema de ensino como um todo. Nós vamos fazer um exame para 7 milhões de crianças a um custo de R$ 500 mil. É importante falar. A postura nossa é sempre de dizer ao pagador de imposto e à sociedade onde está sendo alocado o imposto. Então, uma avaliação que vai ser feita a 7 milhões de crianças a um custo total de R$ 500 mil, para saber se as coisas estão andando bem", afirmou o ministro.

##RECOMENDA##

Minutos depois, em nota, o Inep informou que o valor estimado para a realização do exame era na verdade de cerca de R$ 500 milhões. "O presidente do Inep (Elmer Vicenzi) informa que o valor estimado para a aplicação do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) 2019 é de aproximadamente R$ 500 milhões. O valor de R$ 500 mil foi incorretamente apresentado ao ministro na coletiva de imprensa realizada nesta data, em função de uma inconsistência material na planilha de custos elaborada pelo Inep." O Saeb deve ser aplicado entre 21 de outubro e 1.º de novembro.

Comparação

O custo da edição de 2017 do Saeb ficou em cerca de R$ 250 milhões - os valores não são comparáveis, porém, por causa das alterações no exame e pelo fato de a análise à época não incluir a prova de alfabetização - que havia ocorrido no ano anterior. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Foto: Marcos Corrêa/PR

O deputado federal pelo PSOL do Rio de Janeiro Marcelo Freixo alfinetou, nesta quinta-feira (2), a gestão dos ministros da Educação, Abraham Weintraub, e do Meio Ambiente, Ricardo Salles.

No seu perfil oficial no Twitter, o psolista afirmou que “temos um ministro da Educação que declarou guerra às universidades e um ministro do Meio Ambiente inimigo da preservação”.

##RECOMENDA##

Marcelo Freixo fez críticas aos cortes no Meio Ambiente. “Corte de R$ 187 milhões no orçamento vai estrangular programas do Ibama e ICM-Bio de conservação de espécies e combate a incêndios florestais”, disse o parlamentar.

Em uma publicação anterior, o deputado postou uma foto participando de um ato do Dia do Trabalhador, lembrado nesta quarta-feira (1), em que reverencia o educador pernambucano Paulo Freire. “Será sempre nossa referência pedagógica. É preciso ler o mundo”, opinou.

O deputado federal pelo PSOL Marcelo Freixo utilizou sua conta oficial no Twitter nesta terça-feira (30) para falar sobre o corte de verbas promovido pelo ministério da Educação, medida que afetou diretamente as universidades federais.

“Nós do PSOL estamos acionando a Procuradoria-Geral da República para que o ministro da Educação responda por improbidade administrativa, devido ao bloqueio de verbas das universidades federais”, escreveu.

##RECOMENDA##

Marcelo Freixo também pontuou que “aqui na Câmara, vamos apresentar projeto para anular a decisão do MEC”.

O anúncio de cortes nas verbas para três universidades públicas que, segundo o ministro da Educação Abraham Weintraub, estão "fazendo balbúrdia" tem rendido críticas ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL). O ex-candidato à Presidência, Guilherme Boulos (PSOL), disparou contra a medida e questionou se o próximo passo será invadir as universidades com o Exército.  

“Universidade que debate os desafios do país e forma jovens para a cidadania deveria ser premiada. Punir instituições com corte de verbas porque se discorda dos eventos promovidos é de um autoritarismo atroz. Qual o próximo passo? Invadir o campus com o Exército, como na ditadura?”, indagou o psolista.

##RECOMENDA##

As unidades de ensino superior que vão sofrer os cortes de 30% no orçamento, segundo o ministro, são as Universidades Federal Fluminense (UFF), Federal da Bahia (UFBA) e a de Brasília (UnB).

“A alegação do ministro-censor é de que há ‘balbúrdia’ nas universidades. Balbúrdia é corte no bandejão, nas bolsas de estudo. É perseguir professores. É, do alto da ignorância, atacar áreas do conhecimento como inúteis. Balbúrdia é o que esse governo promove na educação”, acrescentou Boulos.

O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) não foi o único a criticar a atitude do MEC. O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) classificou a atitude como parte de um “projeto obscurantista”.

“Balbúrdia e arruaça é o que fazem o ministro da Educação e Bolsonaro com as universidades. Cortar verbas da UFF, UFBA e Unb é parte de um projeto autoritário e obscurantista de ataque à liberdade de pensamento e destruição da educação superior pública”, argumentou o parlamentar.

A postura foi endossada pela deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) que pontuou “perseguição ideológica e desmonte da educação” como a linha política do MEC. “Falta competência e conhecimento sobre gestão do ensino superior. Ministro assume postura autoritária e vergonhosa. Mais respeito à autonomia das instituições e das universidades”, pediu a petista.

O ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta terça-feira (30) que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) trocou Ricardo Vélez do comando do Ministério da Educação (MEC), a quem chamou de “ridículo”, por Abraham Weintraub que, segundo o petista, tem um perfil "autoritário".

A análise de Haddad diz respeito à declaração de Abraham Weintraub ao jornal Estado de São Paulo de que as verbas destinadas para três universidades brasileiras serão reduzidas porque elas estão "fazendo balbúrdia" no lugar de “melhorar o desempenho acadêmico”.

##RECOMENDA##

“Bolsonaro trocou um ministro da Educação ridículo por outro ridículo e autoritário”, disparou o ex-candidato à Presidência da República, em publicação nas redes sociais.

As unidades de ensino superior que vão sofrer os cortes de 30% no orçamento, segundo o ministro, são as Universidades Federal Fluminense (UFF), Federal da Bahia (UFBA) e a de Brasília (UnB).

Além de afirmar que as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) estão mantidas para este ano, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, deu sinais de que como serão as questões cobradas no processo seletivo. Ao lado do presidente Jair Bolsonaro, Weintraub participou de uma transmissão pelas redes sociais, nessa quinta-feira (25). 

Antes de entrar no âmbito das questões do Exame, o ministro tentou tranquilizar a população quanto à realização da prova. O Enem tem sido alvo de episódios polêmicos, tais como a falência da gráfica que era responsável por imprimir os cadernos de resolução e a criação de uma comissão que avaliará os quesitos para evitar abordagens “ideológicas”.

##RECOMENDA##

“Nós, como governo, temos a preocupação de deixar vocês em paz para cuidar dos problemas do dia a dia. Havia uma possibilidade, essa possibilidade foi afastada: risco de não ter Enem este ano está totalmente afastado. Para as pessoas que vão prestar a prova, podem continuar estudando”, disse Abraham Weintraub.

Ainda em seu discurso, o ministro da Educação apontou como deverão ser as questões do Exame. “Uma dica que vou passar para vocês: acho que questões ideológicas, polêmicas como as do ano passado, não vão acontecer este ano. Minha sugestão: foquem mais na técnica de escrever, interpretação de texto, foquem muito em matemática, ciências, realmente no aspecto que a gente quer desenvolver: o conhecimento científico, a capacidade de a pessoa desenvolver novas habilidades. Essa é a minha recomendação”, declarou.

O ministro aproveitou a oportunidade para prometer ao povo brasileiro que o governo federal trabalhará em prol do desenvolvimento educacional do país, além de reiterar sua rejeição a questões “ideológicas”. “A gente governa para 100% da população. A educação é paga pelo imposto que você tem quando paga um celular. A gente tem sim que melhorar a qualidade da educação no Brasil. Estudem coisas sem direcionamento ideológico como acontecia no passado. O Brasil já mudou”, falou.

O tenente brigadeiro Ricardo Machado Vieira, que havia sido colocado pelo governo no Ministério da Educação (MEC) para organizar a pasta durante o ápice da crise na gestão de Ricardo Vélez Rodríguez, foi demitido nesta quinta-feira, 18. Machado Vieira foi nomeado secretário executivo, cargo tido como número dois dos ministérios, no dia 29 de março.

Com a substituição de Vélez por Abraham Weintraub, foi dito ao militar que ele ficaria como assessor especial. Hoje, no entanto, ele foi avisado que não mais teria função no MEC. Sua exoneração já foi publicada no Diário Oficial.

##RECOMENDA##

Segundo o Estado apurou, Weintraub está trazendo de volta para cargos importantes os chamados "olavistas", ligados ao guru do bolsonarismo Olavo de Carvalho. Os militares sempre rivalizaram com esse grupo porque defendem uma gestão mais técnica.

Enquanto ainda era secretário executivo, o brigadeiro, inclusive, tentou mudar o decreto sobre alfabetização elaborado no MEC. Ele ouviu sugestões de especialistas de entidades como o Conselho Nacional de Educação (CNE) e tirou do documento a preferência por um método de ensinar a ler e escrever, o fônico. Educadores haviam criticado o foco em uma modalidade.

O secretário de Alfabetização, Carlos Nadalim, no entanto, ligado a Olavo e defensor do método fônico, mudou o decreto novamente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O novo ministro da Educação, Abraham Weintraub, deu início às indicações de novos secretários para a pasta. Com “carta branca” do presidente Jair Bolsonaro para escolher o seu primeiro escalão, Weintraub divulgou os nomes, nesta quarta-feira (10), durante cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília.

Antonio Paulo Vogel de Medeiros foi escolhido para a Secretaria Executiva do Ministério da Educação (MEC), enquanto que Rodrigo Cota assume como secretário-executivo adjunto. Já a Secretaria de Educação Básica (Seb) passa a contar com a gestão de Janio Carlos Endo Macedo e o novo titular da Secretaria de Educação Superior (Sesu) é Arnaldo Barbosa de Lima Junior.

##RECOMENDA##

Outro nome anunciado, Silvio José Cecchi assume a Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres) e Ariosto Antunes Culau comanda a Secretaria da Educação Profissional e Tecnológica (Setec). Dos seis nomes apresentados, apenas um deles tem experiência prévia com gestão em educação, segundo os currículos divulgados pelo próprio ministério. Confira:

Antonio Paulo Vogel de Medeiros - Servidor público federal de carreira, é auditor federal de Finanças e Controle desde 1998. Estudou no Colégio Naval e é graduado em Economia, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e em Direito, pela Universidade de Brasília (UnB). Tem pós-graduação em Administração Financeira pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Atua em gestão pública há mais de 20 anos, tendo, durante esse período, ocupado funções de chefia e alta direção na Secretaria do Tesouro Nacional, nos Estados do Rio de Janeiro e de Goiás, no município de São Paulo e no governo do Distrito Federal.

Mais recentemente, foi assessor e diretor do Instituto de Resseguros do Brasil (IRB Brasil RE), assessor especial no Ministério da Fazenda e no Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. Nesse último, também foi secretário de Gestão. Foi consultor do Banco Mundial em finanças públicas e atuou em diversos colegiados, conselhos fiscais e de administração. Atuou na transição do Governo Federal e, em janeiro de 2019, assumiu o cargo de secretário-executivo adjunto da Casa Civil da Presidência da República.

Rodrigo Cota – Secretário-executivo adjunto: Servidor público federal de carreira há 10 anos, é analista de Comércio Exterior dos quadros do Ministério da Economia. É graduado em Administração de Empresas pelo Centro Universitário Cesmac e pós-graduado em Relações e Negócios Internacionais pela Unisinos. Participou do Programa Criando Soluções Colaborativas: Inovações em Governança, em 2017, na Harvard University, John F. Kennedy School of Government. Ocupou diversos cargos na Administração Pública Federal, tendo sido secretário-executivo adjunto do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, onde coordenou o Comitê de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas. Antes do Ministério da Educação, ocupava o cargo de diretor de Programas da Secretaria Executiva do Ministério da Economia, onde respondia pelos assuntos da Previdência Social, Trabalho e Políticas Sociais.

Janio Carlos Endo Macedo – Secretaria de Educação Básica (SEB): É graduado em Direito e possui MBA em Formação Geral para Altos Executivos, pela Fundação Instituto de Administração da Universidade de São Paulo (FIA USP), e em Aperfeiçoamento em Marketing, pela Escola de Negócios da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (IAG PUC-Rio). É funcionário aposentado do Banco do Brasil, onde trabalhou por 34 anos, exercendo vários cargos na rede de agências, tendo ocupado, na Direção Geral da entidade, os cargos de gerente geral do segmento Alta Renda, diretor de Varejo, diretor-presidente da BB Previdência e diretor de Governo. Foi, ainda, diretor comercial do Grupo Segurador Banco do Brasil Mapfre. Participou dos seguintes órgãos colegiados: Conselheiro Fiscal da empresa BB Aliança Participações; Conselheiro de Administração da empresa Ativos S/A; Conselheiro Fiscal da empresa Usiminas S/A; e Conselheiro Fiscal do Grupo Ultrapar. No Poder Executivo, foi secretário-executivo do Ministério do Trabalho e assessor especial do ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. Até chegar ao MEC, era secretário-adjunto da Secretaria de Gestão e Desempenho de Pessoal, ligada à Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital.

Arnaldo Barbosa de Lima Junior – Secretaria de Educação Superior (Sesu): É graduado em Economia Internacional e Comércio Exterior pela University of Central Oklahoma, nos Estados Unidos. Atualmente, cursa MBA Executivo em Economia e Gestão na Fundação Getúlio Vargas. É servidor da carreira Analista Técnico de Políticas Sociais. Foi um dos autores da reforma do FIES, que culminou com a edição da Lei 13.530, de 2017. Atualmente, é diretor de Seguridade na Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal do Poder Executivo (Funpresp-Exe) e membro do Conselho Nacional de Previdência Complementar. Foi assessor especial e diretor de Assuntos Fiscais e Sociais no Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão e secretário-adjunto de Política Econômica no Ministério da Fazenda. Foi conselheiro Fiscal e de Administração das seguintes empresas: Agência Especial de Financiamento Industrial (Finame); Empresa Brasileira de Administração de Petróleo e Gás Natural S.A. – Pré-Sal Petróleo (PPSA); BB Tecnologia e Serviços (BBTS); BB Banco de Investimento (BB BI); Banco do Nordeste (BNB); BB Gestão de Recursos, Distribuição de Títulos e Valores Mobiliários (BB DTVM); e Caixa Econômica Federal (CEF), entre outras.

Silvio José Cecchi – Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres): É graduado em biomedicina pelo Centro Universitário Barão de Mauá. Foi diretor de Desenvolvimento da Educação em Saúde da Secretaria de Educação Superior do MEC (Sesu) entre 2016 e 2018, quando assumiu a titularidade da Seres. É pós-graduado em análises clínicas e foi presidente do Conselho Federal de Biomedicina. Ao longo de sua vida profissional, acumulou cargos nas funções de coordenador do curso de biomedicina do Centro Universitário Barão de Mauá; diretor-geral da Faculdade COC; diretor de pós-graduação da Anhanguera Educacional; diretor de Logística das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU-SP) e ex-presidente da Associação Brasileira de Biomedicina (ABBM).

Ariosto Antunes Culau – Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec): Economista de formação, é servidor público federal do quadro do Ministério da Economia. Possui pós-graduação em Finanças Empresariais, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), em Administração Pública, pela Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas (Ebape/FGV), e em Políticas Públicas e Governo, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Tem experiência nas áreas de planejamento, finanças e gestão pública, ocupando diversas funções na alta direção das administrações públicas federal e estadual. Atuou no governo do Rio Grande do Sul, como secretário de estado de Planejamento e Gestão, e no governo de Goiás, como superintendente do Tesouro Estadual. No Governo Federal, foi secretário de Orçamento Federal, subsecretário de Assuntos Econômicos da Secretaria Executiva e secretário-executivo adjunto do Ministério da Fazenda. Antes de integrar a equipe do MEC, atuava como secretário de Gestão Corporativa do Ministério da Economia, tendo auxiliado na estruturação do novo Ministério.

Novo ministro da Educação, Abraham Weintraub afirma que ficará vigilante a "tudo que sair" da pasta, como livros didáticos, e estará atento a "sabotagens". Ele nega, porém, que haverá perseguição no MEC. "Não sou caçador de comunistas", disse ao jornal O Estado de S. Paulo. O ministro afirmou que trabalhará para entregar o que está no plano de governo e não fará, por ora, mudança no Fies ou no ProUni. "Chega de solavanco."

Tema do programa de Bolsonaro, a disciplina nas escolas é alvo de preocupação. Ele defende que professores agredidos em sala de aula chamem a polícia e que os pais sejam processados e, "no limite", percam o Bolsa Família e a tutela das crianças infratoras. "Temos de cumprir leis ou caminhamos para barbárie. Hoje há muito o 'deixa disso', 'coitado'. O coitado está agredindo o professor", disse, frisando que ainda não há medidas previstas para enfrentar o problema.

##RECOMENDA##

Weintraub diz que o cronograma do Enem será cumprido e que Bolsonaro não lerá antes as questões da prova. "Se sair um Enem todo errado, sou o culpado e tem de me dar reprimenda ou me tirar do cargo."

Sua indicação é uma vitória de Olavo de Carvalho?

Bolsonaro é uma bandeira. Atrás dela, há vários grupos: monarquistas, militares, evangélicos, liberais, olavistas. Eu e meu irmão (Arthur, assessor da Presidência) temos bom trânsito em todos. Não estou no grupo (de olavistas). Olavo tem ótimas ideias, mas não concordo com tudo. Falar que não tem grande papel na mudança de pensamento no Brasil é loucura.

E se Olavo criticar uma escolha do senhor para o MEC?

Paciência. Não senti pressão nenhuma até agora. O presidente me deu carta branca para formar o time. Ele me pediu para entregar tecnicamente os melhores resultados. Não estou lá para fazer barulho.

Qual o principal problema a ser enfrentado na Educação?

Há várias coisas da agenda com atraso no cronograma. Vélez saiu por isso. Não porque foi pego em escândalo ou por não ter capacidade intelectual.

O senhor defende o enfrentamento ao "marxismo cultural". Como propõe fazer isso?

No curto prazo, tomando cuidado com tudo o que sair do MEC, como livros didáticos. Estamos preocupados com vazamentos, com sabotagens. Mas não estou indo caçar ninguém. Não sou caçador de comunistas. Não gosto do comunismo, mas aceito o comunista. Quero a redenção dele.

O que isso quer dizer?

Quero convencer pela lógica. A pessoa não é má pura e simplesmente. Está envolvida numa mentira e aquilo é uma realidade para ela. Precisamos explicar que é uma ideologia errada.

A estratégia de impedir a volta do PT passa pela Educação?

Sem dúvida. Uma pessoa que sabe ler e escrever e tem acesso à internet não vota no PT. A matemática é inimiga do obscurantismo. Não sou contra petista. Tenho amigos que são petistas. Pessoas boas que não conseguem se livrar.

O sr. é favor de rever a ditadura militar nos livros didáticos?

O momento é de entregar resultado. Não quero entrar na discussão. Evidentemente que houve ruptura em 1964. Mas foi dentro de regras. Houve excessos? Houve. Pessoas morreram? Sim. É errado? É e infelizmente ocorreu. Mas em um dia de protesto na Venezuela morreu mais gente do que no período. As coisas precisam ser contextualizadas. Houve contrarrevolução. Está documentado. E tem que ser escrito, dito. Por que não? Quando comparamos com o que houve na América Latina não concordo em chamar de ditadura. Houve regime de exceção.

Há problemas graves de aprendizado nas escolas. A prioridade é enfrentar o marxismo cultural?

Quem é o patriarca da educação moderna brasileira? Paulo Freire. Deu certo? O Brasil gasta como países ricos em termos de PIB e nossos indicadores estão muito abaixo da média. A gente gasta bem e os indicadores são ruins.

É por causa de Paulo Freire?

Falar que é uma explicação única seria burrice. Deixa eu sentar lá. Cada dia sua agonia.

Manterá o decreto com o método fônico na alfabetização?

Estou fechando o time e gostaria de ter a opinião da pessoa para a área. O método fônico não estava no plano de governo. Sinto-me à vontade para mudar se for o caso.

A Base Nacional Comum Curricular será modificada? Acabará?

Modificar. Acabar, não. O plano de governo não fala em acabar. Chega de solavanco.

O programa fala sobre manter a disciplina nas escolas. Quais serão as medidas para isso?

No curto prazo, não faremos nada nesse aspecto. Mas sou a favor de seguir a lei. Se o aluno agride, o pai é responsável. O professor tem de fazer boletim de ocorrência. Chama polícia, os pais vão ser processados e, no limite, tem de tirar o Bolsa Família dos pais e até a tutela do filho. A gente não tem de inventar a roda. Tem que cumprir a Constituição e as leis ou caminhamos para barbárie. Hoje, há muito o "deixa disso", "coitado". O coitado está agredindo o professor. Se o professor alegar que não tem apoio do Estado, um recado: o Estado somos nós. "Ah, mas é o PCC (Primeiro Comando da Capital) que está fazendo." Tem que chamar prefeito, secretário de Educação e enfrentar o problema. Não tem que sentar e achar que nunca vai mudar.

A gráfica do Enem faliu. O cronograma será mantido?

A população não tem que ficar sendo alarmada enquanto a gente acha que consegue entregar no prazo. Vamos resolver.

E se o presidente pedir para ver as questões do Enem?

Falarei que garanto que não haverá problema. Se sair um Enem todo errado, todo torto, sou o culpado e o presidente tem de me dar uma reprimenda ou me tirar do cargo. É assim que funciona. O presidente tem 22 ministros. Não deveria perder tempo com isso.

Qual é o seu plano para as universidades federais?

O Brasil gasta muito e a produção científica com resultados objetivos para a população é baixa. Precisamos escolher melhor nossas prioridades. Não sou contra estudar filosofia, mas imagina a família de agricultores que o filho retorna da faculdade com título de antropólogo? Acho que ele traria mais bem-estar para ele e para a comunidade se fosse veterinário, dentista, professor, médico.

Qual sua visão sobre política de cotas, ProUni e Fies?

Tem de manter. No curto prazo, não podemos bagunçar muito. Estamos mexendo com a vida das pessoas. Temos de fazer movimentos que não impactem de forma dura e negativa. O pagador de impostos tem de ser respeitado.

O sr. pretende respeitar o primeiro colocado na lista tríplice para reitor das universidades?

Está dentro da lei?

O senhor pode escolher qualquer um dentro da lista.

Perfeito. Está respondido. Vou escolher o que achar mais conveniente. Dentro da lei.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente Jair Bolsonaro nomeou José Vicente Santini para o cargo de secretário executivo da Casa Civil, posto antes ocupado por Abraham Weintraub, que foi nomeado ministro da Educação e tomou posse nesta terça-feira, 9.

Para assumir o novo posto, Santini foi exonerado do cargo de subchefe de Articulação e Monitoramento da pasta. A decisão pela nomeação de Santini como o número dois do ministério foi antecipada pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, com fontes.

##RECOMENDA##

No lugar de Santini na antiga função, entrou Fernando Wandscheer de Moura Alves. As nomeações foram formalizadas nesta terça-feira em edição extra do Diário Oficial da União (DOU).

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse hoje (9) que pretende pacificar o Ministério da Educação (MEC). “O que a gente vai fazer aqui, a primeira coisa, é pacificar. Quem continuar na guerra, quem continuar batendo, está fora, não tem segundo aviso”, afirmou, em discurso, ao receber o cargo do antecessor, Ricardo Vélez Rodríguez.

Weintraub ministro foi empossado pelo presidente Jair Bolsonaro em cerimônia nesta terça-feira, no Palácio do Planalto. “Não sou radical”, reafirmou  o ministro, dizendo que está “aberto a diversas posições, a olavistas [como são chamados aqueles que passaram pelos cursos do filósofo Olavo de Carvalho], a militares, a gente de esquerda disposta ao diálogo."  

O ministro disse que está aberto ao diálogo com todos, que vai ouvir, aceitar números, dados e evidências e, caso esteja errado, vai ceder. Ele ressaltou que se pautará pelo que está no plano de governo do presidente Jair Bolsonaro. “O que vamos fazer está no plano de governo, não é nenhum absurdo.”

Weintraub deixou claro, no entanto, que, para o funcionamento da pasta, é preciso unidade. “O MEC tem um rumo, uma direção, e quem não concorda, por favor, avise, que será tirado”, disse e acrescentou: “A partir do momento que entro no governo, tenho que me pautar pelas convicções feitas no topo do time. Eu posso ter posições diferentes do presidente Bolsonaro. Eu tenho duas alternativas, ou obedeço, ou caio fora.”

Gestão anterior

##RECOMENDA##

Na cerimônia, o ex-ministro Ricardo Vélez Rodríguez afirmou que entrega a pasta com as secretarias e autarquias “funcionando a contento”. Segundo Vélez, a equipe costumava trabalhar das 8h da manhã à meia-noite.  

De acordo com o ex-ministro, “mentiras deslavadas” foram ditas sobre sua gestão e se defendeu: “[Eu] me desgastei, paguei o preço, e não me arrependo porque nunca esmoreci na tentativa de tirar a limpo os maus manejos, as más práticas e o desrespeito ao dinheiro do contribuinte.”

A administração de Vélez no MEC foi marcada por polêmicas e pela troca de pelos menos 10 cargos do alto escalão do ministério e órgãos vinculados nas últimas semanas.

Vélez disse que recebeu sem tristeza a notícia de sua saída do cargo. “Achei que era uma etapa, uma meta cumprida”, afirmou. “Entrego meu cargo, não com tristeza, mas com felicidade porque sei que estou entregando algo que está em funcionamento, algo que construímos com muito trabalho ao longo desses três meses.”

Entre suas ações à frente do MEC, Vélez destacou a chamada Lava Jato da Educação. Segundo o ex-ministro, instituições de ensino envolvidas em esquemas irregulares foram descredenciadas e nomes de pessoas que praticaram atos ilícitos foram repassados ao Ministério da Justiça.

Vélez mencionou também a elaboração da disciplina educação para a cidadania, ainda em construção. Ele explicou que a intenção era implantá-la nas escolas brasileiras para despertar “a consciência do que é ser brasileiro”. A disciplina já é lecionada em escolas militares.

Indicado nesta segunda-feira para assumir o ministério da Educação no lugar de Ricardo Vélez Rodrigues, o economista Abraham Weintraub também é um assíduo seguidor das teorias do escritor Olavo de Carvalho. Ele defende que é preciso vencer o que chama de "marxismo cultural" das universidades a partir dos ensinamentos do guru do bolsonarismo.

Essa ideia foi apresentada por ele em dezembro a apoiadores do presidente Jair Bolsonaro durante um evento organizado por seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), em Foz do Iguaçu.

##RECOMENDA##

Na Cúpula Conservadora das Américas, Weintraub falou à plateia que os militantes de direita deveriam adaptar as teorias de Olavo para vencer os embates teóricos com os militantes de esquerda, inclusive adotando o seu jeito de falar com xingamentos. "Quando um comunista chegar para você com o papo 'nhoim nhoim', xinga. Faz como o Olavo de Carvalho diz para fazer. E quando você for dialogar, não pode ter premissas racionais", disse no evento.

[@#video#@]

Na época, Weintraub e seu irmão, Arthur, eram os responsáveis por pensar a Previdência na equipe de transição do governo. Quando Bolsonaro assumiu a Presidência, Weintraub foi indicado como secretário-executivo da Casa Civil e Arthur foi para a equipe do ministro Paulo Guedes (Economia). Ele o irmão apoiaram o presidente desde antes do início da campanha eleitoral começar.

Apesar de integrar a parte econômica do que seria o futuro governo, Weintraub aproveitou a temática do evento para focar seu discurso no combate ao pensamento de esquerda. Os irmãos contaram que desde que começaram a ajudar Bolsonaro, ainda em 2017, enfrentaram muita resistência no meio acadêmico.

No evento de Foz do Iguaçu, o agora ministro também disse que o País precisava "parar de fazer bobagem" para se chegar a uma situação ideal e defendeu o expurgo do comunismo e disse que era preciso evitar ameaças como ataques terroristas islâmicos para que o Brasil se tornasse "um dos países mais pacíficos do mundo".

Escolhido para comandar o Ministério da Educação, o economista Abraham Weintraub trabalha com o presidente Jair Bolsonaro desde a campanha presidencial do ano passado. Em 2014, entretanto, ele e seu irmão, o também professor universitário Arthur Weintraub, aderiram à candidatura da ex-senadora Marina Silva (Rede).

Juntos, os dois fundaram o Centro de Estudos em Seguridade, voltado para a Previdência. "Em 2014, acreditávamos que Marina era a melhor alternativa. Hoje, evidentemente, Jair Bolsonaro representa o Brasil do futuro pelo qual estamos dispostos a lutar", disseram os irmãos em uma entrevista por e-mail ao jornal O Estado de S. Paulo, durante a campanha do ano passado.

##RECOMENDA##

Em 2018, Abraham integrou o grupo de transição para o governo Bolsonaro e tornou-se o número dois da Casa Civil, sendo próximo do ministro Onyx Lorenzoni. Em seu currículo acadêmico na plataforma Lattes, ele se define como "executivo do mercado financeiro com mais de vinte anos de experiência", citando suas passagens pelo Banco Votorantim e pela corretora Quest Investimentos.

Chamado por Bolsonaro de "doutor", Abraham, segundo consta de seu currículo, atualizado pela última vez em março de 2017, é mestre em administração pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O currículo indica ainda sua formação em Economia pela USP e sua atuação como professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Abraham teve seu nome anunciado para o comando do MEC na manhã desta segunda-feira, 8, em um tweet postado por Bolsonaro. Ele substitui Ricardo Vélez Rodriguez, demitido também nesta manhã. "Comunico a todos a indicação do Professor Abraham Weintraub ao cargo de Ministro da Educação. Abraham é doutor, professor universitário e possui ampla experiência em gestão e o conhecimento necessário para a pasta", escreveu o presidente no Twitter.

O deputado federal Túlio Gadêlha (PDT) afirmou, nesta segunda-feira (8), que o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) vê o país "a partir de uma planilha de Excel". A prova disso, segundo o pedetista, está na escolha do novo ministro da Educação, Abraham Weintraub. A demissão de Ricardo Vélez Rodríguez do cargo foi anunciada hoje pelo presidente.

“Vélez caiu. Deveria ter saído antes, se não fosse a manobra para desqualificar a imprensa. No seu lugar, o economista Abraham Weintraub, especialista em Previdência, o que mostra que esse governo observa o país a partir de uma planilha de Excel”, considerou o deputado pernambucano.

##RECOMENDA##

Abraham Weintraub é economista e professor da Universidade Federal de São Paulo. Até agora, Weintraub era o chamado ‘número 2’ da Casa Civil, já que ocupava o cargo de secretário-executivo, e atuou na elaboração da proposta da reforma da Previdência. Antes disso, também integrou a equipe de transição de governo.

Lideranças que integram a bancada de oposição ao governo Jair Bolsonaro (PSL) no Congresso Nacional criticaram, nesta segunda-feira (8), a escolha do presidente pela indicação do economista e professor Abraham Weintraub para comandar o Ministério da Educação no lugar do agora ex-ministro Ricardo Vélez Rodríguez. O anúncio da demissão de Vélez e do novo titular da pasta foi feito pelo presidente em publicação no Twitter.

“Agora o mercado financeiro ocupa mais um posto no governo, e à frente da Educação - um homem do mercado assume a pasta. Bolsonaro quer acabar com a Educação pública?”, questionou a deputada federal Luiza Erundina (PSOL). Abraham Weintraub era secretário-executivo da Casa Civil e participou da elaboração da proposta da reforma da Previdência.

##RECOMENDA##

“Bolsonaro indica Abraham Weintraub, amigo de Onyx Lorenzoni e extremamente reacionário. Um economista vinculado ao mercado financeiro cuidando da educação? Não pode dar certo!”, considerou o deputado federal Ivan Valente (PSOL). Apesar disso, na ótica dele,  “Vélez cai e já vai tarde”.

Já para o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL), o MEC foi símbolo do que é a administração de Bolsonaro nos primeiros 100 dias de governo. “Nesses cem dias sem governo, o MEC se tornou símbolo do que é a presidência de Bolsonaro: trapalhadas, falta de projeto e defesa de uma agenda fanática. Agora, um presidente despreparado demite um ministro igualmente inepto para o cargo. Continuaremos de olho nos rumos do MEC”, salientou.

Para a líder da Minoria na Câmara, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Vélez não fará falta. “Velez demitido, como todo mundo sabia. A manobra de Bolsonaro para segurar o ministro por causa do furo de uma jornalista foi patética. Não fará falta e já vai tarde”, disse, referindo-se ao anúncio da demissão do então titular do MEC em 27 de março, feito pela jornalista Eliane Catanhêde, refutado por Bolsonaro como “fake news”.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando