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Pivô do confronto entre bolsonaristas e policiais federais em Brasília, na noite dessa segunda-feira (12), o cacique Tserere se autodenomina pastor e é filiado a um partido de direita, o qual tentou se eleger em 2020. Após a prisão baseada na garantia da ordem pública, o indígena pediu que seus seguidores cessem o conflito.  

José Acácio Serere Xavante, o cacique Tserere, 42, se apresenta como líder da Terra Indígena Parabubura e pastor missionário evangélico. Ele também é filiado ao Patriota e chegou a concorrer à Prefeitura de Campinápolis, no Mato Grosso, mas foi derrotado com apenas 9,7% dos votos.   

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Atos contra o resultado das eleições

Após o resultado das eleições deste ano, ele incita manifestações golpistas em Brasília e teria participado de atos no Congresso Nacional, no Aeroporto Internacional de Brasília, no Park Shopping, na Esplanada dos Ministérios e em frente ao hotel onde o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está hospedado. Em um vídeo feito na ocupação em frente ao Palácio da Alvorada, Tserere afirmou que Lula não vai tomar posse, que as eleições foram fraudadas e atacou ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).  

Sua prisão foi determinada na noite de ontem, pelo STF, que atendeu ao pedido da Procuradoria Geral da República (PGR) baseado na garantia da ordem pública. "A manifestação, em tese, criminosa e antidemocrática, revestiu-se do claro intuito de instigar a população a tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo a posse do presidente e do vice-presidente da República eleitos”, afirmou a PGR. 

Depois que a ordem judicial foi cumprida, manifestantes tentaram invadir a sede da Polícia Federal, atearam fogo em ônibus, destruíram veículos, o que transformou as ruas de Brasília em um cenário de guerra.

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Em um depoimento em vídeo concedido ao Metrópoles após a prisão, o cacique Tserere diz que está bem e ordena o fim do confronto. "Eu quero pedir que os senhores não venham fazer conflito, briga ou confronto com a autoridade policial [..] não pode continuar o que aconteceu, infelizmente, essa destruição dos carros e ataque à sede da Polícia Federal",  conclui e enfatiza que se trata de uma ordem.

As deputadas federais Sâmia Bonfim (SP) e Vivi Reis (AM) usaram o Twitter, nesta quarta-feira (7), para relatar que uma militante feminista do PSOL, partido do qual as duas fazem parte, foi agredida por um bolsonarista enquanto protestava durante a sessão da Comissão da Mulher na Câmara dos Deputados. A Comissão debate hoje o chamado Estatuto do Nascituro, que estabelece o direto à vida desde a concepção. 

"Um bolsonarista acaba de agredir fisicamente uma militante do PSOL que se manifestava na Comissão da Mulher contra o 'Estatuto do Nascituro'. O método dessa corja é a violência contra as mulheres, dentro e fora do parlamento. Vamos exigir o rigor da lei, não passarão!", escreveu Sâmia.

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Segundo Vivi, a militante "foi agredida com um soco". "Uma MULHER foi agredida DENTRO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS por um BOLSONARISTA! Este é o método desses criminosos! Absurdo!", destacou a parlamentar.

O momento não aparece na transmissão do encontro da Comissão no Youtube, mas é citado também por outras parlamentares de partidos de esquerda que discursaram na reunião. A presidente da Comissão da Mulher, Kátia Sastre (PL), determinou que militantes de movimentos que aguardavam para assistir a sessão ficassem fora da sala, segundo ela, porque uma das funcionárias testou positivo para a Covid-19 e teve contato com pessoas presentes. 

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Após decisão determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, o empresário bolsonarista Milton Baldin, que convocou atiradores e caminhoneiros para protestos contra a diplomação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi preso, próximo ao acampamento de bolsonaristas, em frente ao quartel-general do Exército, em Brasília, nesta terça-feira (6). O homem será ouvido na manhã dessa quarta-feira (7).

A convocação feita pelo empresário aconteceu no dia 26 de novembro, em vídeo. “Gostaria de pedir ao agronegócio, aos empresários, que deem férias aos caminhoneiros e mandem os caminhoneiros para Brasília. São só 15 dias, não vai fazer diferença. Também pedir aos CACs, atiradores que têm armas legais... Somos 900 mil atiradores no Brasil hoje, venham aqui mostrar presença", disse.

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Por fim, o manifestante citou a frase dita pelo ministro do STF, Luís Roberto Barroso, a um bolsonarista em Nova York (EUA).

Se nós perdermos essa batalha, o que você acha que vai acontecer [no] dia 19? Vão entregar as armas, e o que eles vão falar? 'Perdeu, mané'", acrescentou.

 

Os sigilos de 100 anos do presidente Jair Bolsonaro (PL) serviu até para o cantor sertanejo e apoiador do presidente, Gusttavo Lima. Depois de ter sido escolhido para fazer a propaganda da Mega da Virada, em 2021, o sertanejo teve o valor do cachê protegido pelo presidente com sigilo de 100 anos. 

O Portal da Transparência do Governo Federal demonstra que a Caixa Econômica Federal desembolsou mais de R$ 10 milhões para a propaganda, que dividiu o prêmio de R$ 300 milhões entre os dois ganhadores. 

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Inclusive, Gusttavo Lima ignorou as recomendações do Ministério da Saúde para manter o isolamento social durante a pandemia da Covid-19. Ele chegou a pressionar os governos para que fosse feita a liberação dos shows. Além disso, ele surgiu ao lado do presidente no Palácio do Planalto, em Brasília, pouco antes do final do segundo turno, para pedir voto à reeleição de Bolsonaro. 

O Ministério Público Federal (MPF) em Roraima denunciou à Justiça Federal o empresário bolsonarista Rodrigo Martins de Mello, conhecido como Rodrigo Cataratas, por garimpo ilegal. De acordo com o jornal Folha de São Paulo, o empresário é acusado de liderar uma organização criminosa que promove devastação ambiental em território indígena Yanomami.

Atualmente, Rodrigo Cataratas lidera o movimento pró-garimpo "Garimpo é Legal". Ele foi candidato a deputado federal pelo partido do presidente Jair Bolsonaro, o Partido Liberal (PL), mas não foi eleito. 

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A organização criminosa apontada pelo MPF também é composta por uma irmã e um filho de Cataratas, além de outras duas pessoas e uma empresa do grupo. Segundo a Folha de São Paulo, na denúncia, o MPF afirma ainda que os acusados devem pagar uma indenização mínima de R$ 36,8 milhões, que devem ser revertidos em prol do povo yanomami, como forma de reparação pelos danos causados.

As investigações apontam a existência de 23 aeronaves a serviço da organização criminosa e que o grupo atuava com "poderosa engrenagem logística e econômica" em garimpos na terra yanomami. Sua atuação se dava tanto diretamente na exploração de minérios quanto no fornecimento de infraestrutura para outros grupos.

Após o resultado das eleições de 2022 e a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) para o presidente eleito Lula (PT), além de fechar as BR’s em frente aos quartéis generais em todo o Brasil, os bolsonaristas vêm se fazendo do Art. 142 da Constituição Federal de 1988 e a Lei Complementar 97/1999 para pedir um golpe militar na tentativa de impedir a posse de Lula, que acontecerá no dia 1º de janeiro, em Brasília. 

O Art. 142 da Constituição fala sobre as Forças Armadas, que são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem. E a Lei Complementar 97/1999 dispõe sobre as normas gerais para a organização, o preparo e o emprego das Forças Armadas. 

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Inclusive até representantes da Justiça estão se fazendo da Constituição erroneamente para pedir o golpe militar, como o ex-desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), Ivan Sartori, que chegou a falar que “a solução seria realmente a aplicação do artigo 142 combinado com a lei complementar 97/1999, que permite a ação imediata para que cessem essas arbitrariedades que estamos presenciando". 

Ao LeiaJá, uma advogada especialista em direito constitucional explicou que o artigo da Constituição fala sobre o papel que as Forças Armadas tem na democracia constitucional, que é a função da defesa da pátria, dos poderes e dos cidadãos nacionais, e que não dá margem para outra interpretação, como a de um possível golpe militar. “Os termos impostos pela Constituição de 88 não cabe nenhum tipo de interpretação que deturpe os valores constitucionais segmentados desde o preâmbulo estabelecido no texto constitucional. Não cabe, em hipótese nenhuma, a possibilidade de ter as Forças como se fosse um poder moderador, como alguns costumam dizer. Não há essa possibilidade”, salientou. 

O advogado membro julgador do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB-PE, Raphael Costa, corroborou que o uso do artigo 142 da Constituição pelos bolsonaristas está sendo um uso deturpado. “Os manifestantes querem garantir que o presidente ou as Forças Armadas, por iniciativa própria, venham garantir o poder constitucional do Executivo dizendo que houve fraude eleitoral, que não houve e já foi comprovado. Eles querem que as Forças ajam como poder moderador, mas não existe poder moderador no Brasil. Não cabe nos moldes da República”. 

“Nada mais é do que uma interpretação falsa”, destacou. “Uma falácia. O grupo de pessoas que está fazendo o uso da Constituição para que aconteça uma intervenção militar, na verdade está pedindo um golpe de estado”, explicou Raphael. 

Segundo a especialista, qualquer tipo de interpretação do artigo 142 que aborda a ruptura dos valores constitucionais de 88 “são atos institucionais golpistas”, assim como sobre a Lei Complementar 97/1999. “A Lei dispõe sobre normas gerais para a organização e preparo das Forças Armadas, que vem regulamentar o artigo 142 da Constituição. A interpretação dessa norma, que está inferior à Constituição, tem que estar de acordo com os valores constitucionais. Não há numa democracia constitucional qualquer possibilidade de se valer de um dos artigos da Constituição, muito menos para o artigo 142 para estabelecer uma ruptura democrática. Não posso falar nem em manifestações antidemocráticas, são manifestações golpistas ”, afirmou. 

“Chamar as Forças Armadas para dar um golpe, significa dizer que estou deturpando, fulminando de morte o Estado Democrático Brasileiro, e isso não é compatível com esse constitucionalismo de transformação social, da esperança e cidadã. Como bem estabeleceu Ulysses Guimarães ao promulgar a Constituição: ‘traidor da Constituição é traidor da pátria’”, relembrou. 

A especialista em direito constitucional fez questão de destacar que “não há nada, nenhum artigo, nada que sustente qualquer tipo de falas golpistas no Brasil”. Ela também chamou atenção para a importância da diferenciação da liberdade de expressão e práticas de crime. “Na Constituição não há nenhum direito de garantia individual e absoluta. Todos eles podem ser relativizados nos termos estabelecidos pela Constituição, inclusive a própria liberdade de expressão. Eu não posso confundir liberdade de expressão com práticas de crime e violação a direito de terceiros, e aos que congreguem a subversão das estruturas democráticas no Brasil. Atos que atentem contra a democracia são punidos, não tem relação com liberdade de expressão, e eu só a tenho no momento em que eu não violo o direito de outras pessoas e nem no momento que eu utilize a minha suposta liberdade para subverter a ordem democrática estabelecida no meu país”, afirmou. 

Assim como os demais especialistas, o advogado especialista em direito internacional, Rafael Andrew, também reafirmou que, a priori, o objetivo dos manifestantes bolsonaristas é burlar o verdadeiro sentido do artigo. “O artigo 142 fala sobre a manutenção da lei da ordem, do estado democrático de direito, e mais ainda da autonomia da União, porque a União é quem deve reger no nível máximo todos os entes federados em razão do Pacto Federativo. Nesse sentido, o artigo 142 jamais vai ser uma espécie de intervenção militar. Quando se fala em Forças Armadas, a gente tem que lembrar que elas são um grupo à serviço da República, abaixo hierarquicamente e respondendo diretamente e tão somente à Presidência da República e para a manutenção do Estado”, explicou. 

Um dos integrantes do grupo que hostilizou Gilberto Gil, na quinta-feira passada, no jogo do Brasil na Copa do Mundo do Catar, foi identificado. Ranier Felipe dos Santos Lemache, empresário de 43 anos, aparece nas imagens com uma camisa da seleção com o nome “Papito Rani”. O homem, no entanto, nega ter xingado o cantor.

No vídeo, alguém chama Gil de “filho da p…”. Mas, segundo Ranier, ele apenas proferiu as frases “Vamos Bolsonaro” e “Você ajudou o Brasil para c...”. As afirmações foram feitas em uma nota enviada ao jornal O GLOBO.

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“Gostaria de me solidarizar com o senhor Gilberto Gil e sua família em virtude da ofensa que a ele fora proferida, uma vez que eu também não gostaria de ouvi-la", disse no comunicado.

Veja a nota de Ranier Lemache enviada ao GLOBO:

Gostaria de me solidarizar com o Sr. Gilberto Gil e sua família em virtude da ofensa que a ele fora proferida, uma vez que eu também não gostaria de ouvi-la.

No entanto, estão veiculando a minha imagem essa ofensa o que não é verdade.

Basta ver o vídeo que foi publicado e espalhado nas redes sociais para ter certeza que a ofensa não foi dita por mim.

Decerto não era o momento, tampouco o local adequado, mas, as duas únicas frases ditas por mim foram: "VAMOS BOLSONARO!!!" e "VOCÊ AJUDOU O BRASIL PRA C..." (essa última em evidente tom de ironia, haja vista a divergência política) que, com todo respeito, não configura nenhuma ofensa.

Em virtude da polarização política existente hoje no Brasil, uma outra pessoa que estava atrás de mim extrapolou e desferiu um xingamento ao Sr. Gilberto Gil. Entretanto, repita-se, NÃO FOI EU!!!

Inobstante a minha divergência aos ideais políticos do Sr. Gilberto Gil, reitero o mais absoluto respeito que tenho ao nobre artista, porém, deixo claro novamente que a ofensa/xingamento não foi por mim proferido.

Por fim, espero que essas palavras ecoem com a mesma velocidade e proporção do vídeo, a fim de esclarecer de vez o absurdo vínculo da minha imagem a ofensa/xingamento ocorrido.

No mais, coloco-me a disposição de V. Sas, para esclarecer eventuais dúvidas que porventura ainda existam.

Ranier Lemache

O ex-candidato à presidência da República, Ciro Gomes (PDT), foi hostilizado por uma apoiadora do presidente Jair Bolsonaro (PL), enquanto estava na fila de embarque no aeroporto de Miami, nos Estados Unidos, ao lado de sua esposa, Giselle Bezerra. O vídeo circula nas redes sociais e foi publicado pela bolsonarista, em redutos de comunicação da direita, mas logo se espalhou. 

Nas imagens, a mulher provoca e ataca Ciro por ele ter apoiado o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições, ainda que o apoio tenha surgido após uma forte onda de críticas do pedetista, que acompanhou o voto do próprio partido no último momento. A mulher também ofende Lula. 

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“Olha aqui, gente, quem tá aqui em Miami, aquele que se aliou ao bandido do PT, ó, Ciro Gomes, na fila aqui de Miami. O traidor. Falou um monte de bosta do Lula e se aliou a ele. Está aqui, ó, passeando em Miami enquanto vocês estão aí passando dificuldade”, disse a bolsonarista. Ciro e a mulher sorriem de forma irônica, mas não respondem à agressão.

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O empresário Willian Jaeger, suspeito de usar uma barra de ferro para agredir um agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante manifestações antidemocráticas na BR-470 em frente a uma loja da Havan em Rio do Sul (SC), foi solto após pagar uma fiança de R$ 50 mil, nesta quinta-feira (24).

O alvará de soltura foi expedido pela juíza federal Micheli Polippo, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que estipulou o valor da fiança para revogar a prisão preventiva. A decisão atendeu a um pedido feito pelo advogado Claudio Gastão da Rosa Filho.

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Vale lembrar que o homem foi preso em flagrante por tentativa de homicídio, ao atingir a cabeça de um agente que ficou com o capacete danificado, no dia 7 de novembro, e ficou pouco mais de duas semanas no presídio regional de Rio do Sul.

O discurso do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, para apresentação do relatório com as supostas brechas na segurança da urna eletrônica, que ele, junto ao presidente Jair Bolsonaro (PL), solicitaram a anulação dos votos de algumas urnas, teve a presença de um bolsonarista que está usando tornozeleira eletrônica por determinação do Supremo Tribunal Federal, segundo a coluna Guilherme Amado, do Metrópoles. 

O rapaz que aparece com a tornozeleira é Wellington Macedo, que foi preso no dia 21 de setembro do ano passado por incitar o fechamento do STF nos atos antidemocráticos de 7 de setembro. Ele é proibido de usar redes sociais e publicar conteúdos no antigo canal. 

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Após gravar um vídeo indo tomar café em um acampamento bolsonarista localizado em Itapema, Santa Catarina, um homem identificado apenas como Rafael foi torturado, humilhado e obrigado a se retratar após ser descoberto pelos apoiadores do presidente derrotado Jair Bolsonaro (PL). 

Na gravação compartilhada pelo deputado federal Alexandre Frota (PROS) em sua conta no Twitter, o rapaz, que é tido como apoiador do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), aparece dizendo: "estou aqui na frente dos bolsonaristas em Itapema e vim tomar um café e beber uma água aí. É para isso que eles estão servindo agora", fala. 

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Em seguida, o vídeo mostra Rafael sem camisa dentro de um veículo no meio de dois homens não identificados que dizem ter localizado "o cara do cafezinho". Fora do automóvel, a vítima aparece enrolada em uma bandeira do Brasil, com um chapéu do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), sendo humilhada e obrigada a se retratar. 

"Meu nome é Rafael e hoje de manhã, infelizmente, fiz uma brincadeira de muito mau gosto. Estou muito arrependido do que eu fiz", falou. Em seguida ele é, mais uma vez, obrigado a falar que "está tomando um cafezinho com o povo do Bolsonaro". 

No entanto, outro bolsonarista presente retruca e diz que não é "com o povo de Bolsonaro", mas com "a nação brasileira". Esse mesmo apoiador do presidente Bolsonaro manda Rafael tirar o chapéu do MST da cabeça e pisar em cima. "Aí o que a gente faz com petista é assim, oh". 

Os bolsonaristas insistem na tortura psicológica contra o Rafael e o obrigam a tomar o café e a água, garantindo que "não tem veneno" porque eles não são "vagabundos" e estão há 19 dias "lutando pra gente igual" ao Rafael, que é chamado de "lixo". No final da gravação, o homem é vaiado e obrigado a tomar todo o café que havia no copo. 

De acordo com a Lei 9.455/97, que define os crime de tortura no Brasil, quem constrange alguém a prestar informação ou declaração, sob ameaça ou violência, resultando em sofrimento físico ou mental, comete o crime de tortura.

Confira:

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Atos golpistas

Desde o dia 30 de outubro, quando Jair Bolsonaro perdeu para Lula, os bolsonaristas insistem em não reconhecer o resultado das urnas e clamam por um golpe das Forças Armadas. 

Em Santa Catarina, onde Rafael foi psicologicamente torturado, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) afirmou que as pessoas envolvidas nos atos antidemocráticos realizados no fim de semana usaram métodos terroristas que lembram os black blocs. Eles usaram bombas caseiras com gasolina, rojões e até óleo foi derramado na pista.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o passaporte do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos seja cancelado. Com isso, ele não conseguirá viajar para outros países a partir do território americano, onde está foragido da justiça brasileira.

O magistrado também ordenou que o cancelamento do passaporte seja incluído no Módulo Alerta e Restrição do Sistema de Tráfego Internacional. Segundo o colunista Rodrigo Rangel, do Metrópoles, a decisão de Moraes foi distribuída nesta segunda-feira (21) para a embaixada brasileira nos Estados Unidos. 

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Investigado no processo das fake news, Allan dos Santos teve a sua prisão decretada em outubro do ano passado. Com o blogueiro fora do país, Moraes determinou que o governo de Jair Bolsonaro (PL) agilizasse as providências para que ele fosse extraditado. 

No entanto, parece que não há boa vontade do governo federal para adotar as medidas. Em atos de bolsonaristas nos Estados Unidos, Allan chegou a desafiar Moraes a prendê-lo.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder da oposição ao Governo Bolsonaro no Congresso, foi perseguido e ofendido por uma bolsonarista no aeroporto do Cairo, no Egito. O coordenador da campanha do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) adotou o mesmo padrão de respostas do ministro do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, e disse “Perdeu, mané!”, após as críticas da brasileira, que aparece em um vídeo viral. 

Em imagens que também viralizaram nas redes sociais no começo da semana, Barroso, em Nova Iorque, perdeu a paciência com apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) e pediu que o grupo aceitasse a derrota nas urnas.

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No vídeo com Randolfe, a mulher, que não foi identificada, afirmou, sem explicar por que, que o senador “deveria ter vergonha” e que “o Brasil está parado”, referindo-se aos brasileiros que pararam de trabalhar e se mudaram para a porta de quarteis e rodovias ao redor do Brasil, na formação de atos antidemocráticos. 

Nesta terça-feira (15), uma equipe da rádio Jovem Pan foi hostilizada por bolsonaristas que promovem manifestações antidemocráticas em Brasília, no Distrito Federal. Dois jornalistas e um cinegrafista da emissora foram ameaçados pelos apoiadores de Jair Bolsonaro e precisaram de escolta policial para deixar o local.

Na ocasião, alguns bolsonaristas teriam impedido o repórter de entrar ao vivo, enquantos outros o ameaçavam caso ele "mentisse" na TV. "Deixa o cara fazer a matéria dele. Se ele falar que a gente quer intervenção [militar], a gente entra de novo. Se mentir, não vai trabalhar", teria dito um dos manifestantes.

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Ironizando a situação, a deputada federal e ex-apoiadora de Bolsonaro, Joice Hasselmann (PSDB) compartilhou um vídeo que mostra o momento em que os menifestantes hostilizam a equipe da Jovem Pan. "Quem diria...", escreveu a parlamentar. 

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O deputado federal e vice-líder do Governo na Câmara, José Medeiros (PL), teve a conta do Twitter suspensa nessa terça-feira (8). Ele se une à lista de bolsonaristas cujos canais foram “retidos” por determinação legal. No perfil, há sinalização de que o motivo da medida é legal, mas não há detalhes justificando o processo.  

No Instagram, o parlamentar se disse vítima de “censura”. “A censura existe no Brasil. Querem calar os parlamentares e o povo brasileiro. O Estado Democrático está sob ataque”, afirmou. 

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As decisões recentes do Tribunal Superior Eleitoral tiveram como objetivo remover perfis e publicações que apoiavam os atos antidemocráticos ou apontavam supostas fraudes nas eleições. As medidas tiveram tanta repercussão que, no domingo (6), o empresário Elon Musk, novo CEO do Twitter, disse que analisará os casos de perfis censurados da rede social no Brasil. 

Nas redes sociais, políticos que apoiam Jair Bolsonaro (PL) criticaram as suspensões. Além de Medeiros, Carla Zambelli (PL-SP), Nikolas Ferreira (PL-MG), Gustavo Gayer (PL-GO), Major Vitor Hugo (PL-GO) e Coronel Tadeu (PL-SP) também tiveram as contas retidas pela mesma razão. Até esta quarta-feira (9), as decisões não tinham sido revertidas. 

Imagem: Reprodução/Twitter

O deputado disse ter protocolado um pedido de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) após a decisão judicial. Em vídeo publicado na conta do general Girão Monteiro, o parlamentar afirmou que o ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE, “passou de todos os limites”.  

 “Eu não cometi crime alguém. […] O que tem aí é uma ‘vendetta’. Ele [Moraes] deveria ter se declarado impedido pela ligação que ele tinha com um dos candidatos. Foi isso que eu disse. Agora, eu tenho o direito de dizer isso, assim como o ministro tem o direito de se expressar como ele quiser. Ele não pode me cercear”, disse José Medeiros. 

O deputado federal Julian Lemos (União-PB), conservador e ex-aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL), acusou o mandatário de bater na primeira-dama Michelle Bolsonaro, depois de ela ter feito um procedimento estético. As afirmações, feitas sem apresentação de provas, aconteceram durante entrevista ao podcast Arretado, que foi disponibilizado no YouTube. 

Segundo o parlamentar, a relação entre os dois seria de "fachada". "[A relação de Bolsonaro e Michelle] é de fachada, fachada. Ela não aguenta nem ver ele", disse Julian, na conversa. "Ele [Bolsonaro] deu uns tapas nela, durante as primeiras férias dele, que ele foi pra uma ilha. Ela foi colocar um silicone e ele deu uns tapas nela, dentro de casa. E agora deu outros empurrões nela de novo", completou. 

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O LeiaJá entrou em contato com a Secretaria de Comunicação do Governo, por e-mail, para obter informações sobre a acusação. A reportagem também tentou contato com a Secom e com a Subsecretaria de Imprensa por telefone, mas não obteve resposta. 

Além das alegações sobre agressão, o parlamentar também disse que Michelle não esteve com Bolsonaro no primeiro discurso após a derrota dele para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) porque "ela está toda marcada". Assista (a partir de 1h50min): 

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Julian Lemos foi eleito deputado federal pelo estado da Paraíba nas eleições 2018 e se destacou como um dos mais bem votados, em décimo lugar. Ele coordenou ações de campanha para o presidente Jair Bolsonaro em cidades de estados nordestinos, região onde o chefe do Executivo possui menor eleitorado. 

Desde 2019, o congressista passou a ter discordâncias públicas com o Governo Federal e se tornou um opositor, apesar de seguir na ala conservadora, tendo também apoiado a candidatura do ex-juiz Sérgio Moro. 

O prefeito de Sorocaba (SP), Rodrigo Manga (Republicanos), foi denunciado no Ministério Público do Estado de São Paulo e no Supremo Tribunal Federal (STF) por participar das manifestações bolsonaristas antidemocráticas contra o resultado das eleições de domingo (30). As denúncias foram protocoladas na quinta-feira (3). 

No STF, a representação foi feita junto ao inquérito das fake news. “O prefeito de Sorocaba não apenas conferiu mero apoio, mas atuou, ele mesmo, na qualidade de um dos organizadores do ato golpista ilegítimo, tendo realizado uma live com transmissão em todas as suas principais redes sociais, dando caráter de legalidade a um ato notoriamente ilegal”, diz o documento. 

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De acordo com as representações feitas pelo advogado Raul Marcelo, há a menção de que podem ter sido cometidos crimes contra a instituição democrática. 

No Ministério Público, a denúncia foi feita para o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (Gaeco), que abriu um procedimento para investigar os bloqueios no Estado. 

O nome de Rodrigo Manga não constava em processos no sistema do STF até a sexta-feira (4). No entanto, vale ressaltar que o processo das fake news, de relatoria do ministro Alexandre de Moraes, tramita em sigilo. 

Ao G1, a Prefeitura de Sorocaba informou que o prefeito esteve no ato “como agente público, nem participando, nem incentivando”. “Em sua fala no local, como é possível conferir no vídeo de sua live nas redes sociais, o prefeito reconhece que se trata de uma manifestação em âmbito nacional e que a fiscalização da Rodovia Raposo Tavares, que se passa por Sorocaba, é de competência do governo do Estado. Entretanto, foi ao local para certificar-se pessoalmente de que as vias públicas estavam liberadas. Pronunciou-se publicamente em tom pacificador, acalmando os ânimos”, diz a nota. 

Participação no ato antidemocrático

O prefeito de Sorocaba participou do movimento bolsonarista na terça-feira (1º), na Raposo Tavares, em Sorocaba. Nas imagens, o gestor fala em vias “totalmente liberadas” durante a transmissão. Ele também enalteceu os manifestantes e chegou a fazer uma oração com os bolsonaristas.

A cantora Claudia Leitte foi vaiada por parte do público durante apresentação no Micareta Salvador, nessa sexta-feira (4), em Salvador. A cantora teve o show interrompido pelo público com vaias e gritos em homenagem à eleição de Lula (PT). 

Nos últimos meses Claudia Leitte fez um posicionamento político alinhado ao presidente Jair Bolsonaro (PL), ainda durante a campanha eleitoral. Ela nega ter se posicionado politicamente. 

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Na sexta-feira, quando Leitte cantava a música ‘Chame gente’, a plateia começou a gritar o tradicional coro em homenagem a Lula. Ela chegou a interromper a música e tentar conversar com os fãs, mas foi vaiada por parte deles. “Vocês estão na Micareta Salvador 2022, estamos na Bahia, e vivemos em uma democracia. Eu estou aqui para servi-los com todo amor. Que Deus guie nosso trio do início ao fim, com tudo o que vocês merecem”, disse, antes de ficar em silêncio enquanto o público protestava. 

O show logo foi retomado e o público voltou a se divertir ao som de Claudia Leitte. 

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Polêmicas

Claudia Leitte se envolveu em duas polêmicas durante a campanha eleitoral. Em setembro, ela publicou um vídeo com um abajur em formato de arma - postagem que foi apagada após repercussão negativa. Na imagem, o abajur está em cima de uma bíblia.

Seguidores da cantora e internautas associaram o vídeo a um posicionamento político dela em prol de Bolsonaro. Na ocasião, ela negou qualquer tipo de posicionamento. “Gente, os stories que postei não têm qualquer intenção política. O abajur que aparece no vídeo é uma peça de arte criada por um designer francês, que ganhei de presente há mais de 10 anos”, declarou. 

Já no mês de outubro, ela começou a seguir o cantor gospel André Valadão nas redes sociais, que é apoiador ferrenho de Bolsonaro. Então, parte do público voltou a associar um posicionamento político da cantora. 

A ação foi logo após uma publicação de Valadão afirmando ter sido intimado pelo TSE, que negou a existência da decisão. A publicação foi classificada como informação falsa pela rede social. 

Uma professora bolsonarista da Universidade Federal do Amapá (Unifap) se recusou a orientar estudantes do curso de farmácia após ter conhecimento de que eles apoiavam o presidente eleito no último domingo (30), Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A docente, identificada como Sheylla Susan de Almeida, comunicou a decisão por meio de mensagem em um aplicativo.

"Líbio e Débora, procurem outro professor para orientar 'vcs'. Amanhã estarei entregando a carta de desistência da orientação de 'vcs'. Não quero esquerdistas no laboratório. Portanto, sigam a vida de 'vcs'. E que Deus os abençoe. Se tiver mais algum esquerdista, que faça o favor de pedir desligamento (...) Ou estão comigo, ou contra mim", escreveu a professora. 

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No perfil pessoal de Sheylla Susan de Almeida, no Instagram, há diversas postagens de apoio a Jair Bolsonaro (PL), críticas ao PT e Lula, assim como, publicações negacionistas a respeito da pandemia de Covid-19 e sobre a vacina. 

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O que diz a Unifap

Na última quarta-feira (2), a Unifap emitiu nota sobre o caso envolvendo a professora da instituição. No comunicado, a universidade caracterizou o episódio como "assédio" e afirmou não concordar "com tal conduta". Além disso, a Unifap salientou que "os fatos estão sendo apurados, bem como serão adotadas as providências necessárias após as devidas apurações".

Professora pede desculpas

Diante da repercussão, Sheylla Susan de Almeida se manifestou por meio de postagem no Facebook. No texto, a docente ressalta que é um "ser humano como qualquer outra pessoa capaz de reproduzir sentimentos instantâneos". Ela alega que, no "calor das eleições", acabou se excedendo nas palavras.

Em outro trecho, Sheylla pede desculpa. "Assumo que me excedi nas palavras e peço desculpas pelo ocorrido, as eleições passam e a educação fica! Peço desculpas aos alunos Líbio e Débora, à sociedade, bem como à Unifap", finalizou. 

O ex-vereador Zezinho do PT, de Jandira, na Grande São Paulo, foi assassinado na tarde desta sexta-feira (28), na Rua Francisco Tomás da Silva, na cidade, com tiros à queima-roupa. 

Zezinho tinha 51 anos e, de acordo com a Guarda Civil Metropolitana (GCM), o crime aconteceu por volta das 17h. Testemunhas relataram à Fórum que um homem armado, supostamente bolsonarista, estava dentro de um carro, quando se aproximou do petista, que estava fazendo campanha para Lula e Fernando Haddad, e disparou na cabeça.

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A Guarda informou que ainda não se sabe quais foram as motivações para o crime. O caso está sendo apurado pela Polícia Civil.

Uma das hipóteses cogitadas sobre a motivação do assassinato é por vingança política, tendo em vista que Zezinho vinha fazendo denúncias sobre um esquema de corrupção na Prefeitura de Jandira. 

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