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O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PTB), teve a elegibilidade mantida por uma decisão do desembargador do Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF-1), Néviton Guedes, que rejeitou um pedido do Ministério Público Federal (MPF) para tornar sem efeito a decisão que suspendia a inelegibilidade do ex-parlamentar.

A decisão questionada pelo MPF também foi do TRF-1, desta vez do desembargador Carlos Augusto Pires Brandão. O magistrado suspendeu o item da cassação do mandato do ex-deputado que o proibia por oito anos de concorrer a qualquer cargo eletivo. Cunha teve o mandato cassado por 450 votos a 10, acusado de mentir em depoimento para a CPI da Petrobras.

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Sendo assim, Cunha poderá disputar as eleições deste ano, apesar de já ter sido condenado em primeira instância por corrupção e lavagem de dinheiro. Para ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa, o ex-deputado teria que ter uma condenação na segunda instância. O petebista registrou-se no Tribunal Superior Eleitoral como candidato a deputado federal por São Paulo.

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou proposta que estabelece punição para quem aplica golpes por meio das redes sociais. A pena será maior quando a vítima é idosa ou parte de uma relação amorosa. 

A proposta aprovada, que segue para o Senado, é o substitutivo do relator, deputado Subtenente Gonzaga (PSD-MG), ao Projeto de Lei 4229/15, do ex-deputado Marcelo Belinati (PR). 

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Gonzaga propôs a alteração do Código Penal para incluir novas hipóteses do crime de estelionato, que é a busca de vantagem por meio de fraudes que induzam a vítima a erro: estelionato emocional, fraude eletrônica, estelionato contra idoso ou vulnerável.  Ele afirmou que o crime de estelionato foi potencializado pela internet e as novas interações por meio de redes sociais e outros aplicativos.

“O criminoso utiliza-se da facilidade do meio virtual para enganar suas vítimas, o que enseja um agravamento da reprimenda a ser imposta nesses casos”, disse o relator. 

Novos crimes

Pelo texto aprovado, o estelionato emocional ocorre se a vítima entregar bens ou valores como parte de uma relação afetiva. O criminoso poderá ser enquadrado como estelionatário e estará sujeito à pena de 1 a 5 anos. 

A pena será de 4 a 8 anos no caso de fraude eletrônica com uso de informações fornecidas pela vítima ou terceiros por meio de contatos nas redes sociais, telefones ou e-mail. Os golpes aplicados por clonagem de aplicativos serão punidos com a mesma pena. A pena será o triplo se a vítima for idosa ou pessoa vulnerável, crime que será incluído ainda no rol dos crimes hediondos (Lei 8.072/90). 

A proposta também cria novos agravantes para o estelionato: a pena será ampliada pela metade se o prejuízo for de grande quantia; e aumentada em até 2/3 se o criminoso se utilizar de entidade de direito público ou de instituto de economia popular, assistência social ou beneficência. 

*Da Agência Câmara de Notícias

Nesta quinta-feira (4), a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei (PL) que prevê a regulamentação da realização das provas de concursos públicos à distância. No texto, ressalta-se que a dinâmica do certame pode ser parcialmente ou integralmente remota, ou seja, online ou através de uma plataforma direcionada para o processo seletivo.

O relator da medida, o deputado Eduardo Cury (PSDB), em entrevista ao G1, salientou que o modelo é seguro, visto que já é implantado na realização de vestibulares. De acordo com o parlamentar, as regras para esse tipo de concurso serão estabelecidas após consulta pública.

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Entretanto, a proposta não se aplicará para todas as seletivas. Entre as exceções estão os certames destinados aos cargos de magistratura, Ministério Público, Defensoria Pública da União, Forças Armadas, empresas públicas e sociedade de economia mista.

Após aprovação na Câmara dos Deputados, o PL retornará para o Senado Federal para uma nova análise devido à alterações realizadas pelos deputados. No Senado, o texto já havia sido aprovado. 

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (3) o Projeto de Lei 2033/22, que estabelece hipóteses de cobertura de exames ou tratamentos de saúde que não estão incluídos no rol de procedimentos e eventos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O objetivo é dar continuidade a tratamentos que poderiam ser excluídos da cobertura dos planos de saúde. 

A proposta segue para análise do Senado, onde poderá ser votada na próxima terça-feira (9), segundo informou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).  Entre os pontos da regulamentação, a proposta determina que a lista de procedimentos e eventos cobertos por planos de saúde será atualizada pela ANS a cada incorporação. O rol servirá de referência para os planos de saúde contratados desde 1º de janeiro de 1999. 

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Quando o tratamento ou procedimento prescrito pelo médico ou odontólogo assistente não estiver previsto no rol, a cobertura deverá ser autorizada se: - existir comprovação da eficácia, à luz das ciências da saúde, baseada em evidências científicas e plano terapêutico; - existir recomendações pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS; - existir recomendação de, no mínimo, um órgão de avaliação de tecnologias em saúde que tenha renome internacional, desde que sejam aprovadas também para seus nacionais.

  Decisão do STJ

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu em junho que o Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde tem caráter taxativo, não estando as operadoras de saúde obrigadas a cobrirem tratamentos não previstos na lista, salvo algumas situações excepcionais. 

O rol de procedimentos da ANS lista 3.368 eventos em saúde, incluindo consultas, exames, terapias e cirurgias, além de medicamentos e órteses/próteses vinculados a esses procedimentos. Esses serviços médicos devem ser obrigatoriamente ofertados de acordo com o plano de saúde. O PL 2033/22 foi apresentado por grupo de trabalho da Câmara dos Deputados criado para analisar a questão. 

O relator, deputado Hiran Gonçalves (PP-RR), criticou a decisão do STJ, que segundo ele causou grande comoção popular. "E não era para menos. Milhões de pessoas que dependem dos planos de saúde para se manterem saudáveis e vivas se viram tolhidas do direito de se submeterem a terapias adequadas às suas vicissitudes, indicadas pelos profissionais de saúde responsáveis por seu tratamento."   

Hiran Gonçalves agradeceu o presidente da Câmara, Arthur Lira, pela rapidez na análise do projeto. "A proposta visa alinhar as ideias de órgãos técnicos e da sociedade civil, garantindo, sempre, a segurança e a saúde dos milhões de beneficiários de planos de assistência à saúde do País." 

Já o deputado Tiago Mitraud (Novo-MG) defendeu a decisão do STJ e criticou a proposta, por considerar que vai prejudicar a competição e aumentar os preços dos planos de saúde. "Vai ficar muito mais caro e complexo ter plano de saúde, e os pequenos vão quebrar. Já as grandes farmacêuticas agora podem induzir médicos a receitar tratamentos experimentais sem aprovação pela Anvisa", alertou. 

A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) elogiou a mobilização das mães que buscavam dar continuidade aos tratamentos de seus filhos, que poderiam ser interrompidos com a interpretação do STJ sobre o rol taxativo. "Elas vieram aqui todas essas semanas para batalhar pela aprovação deste projeto. A defesa da vida está acima do lucro dos planos de saúde", defendeu. 

A deputada Soraya Santos (PL-RJ) afirmou que a decisão do STJ sobre o rol taxativo provocaria mortes. "O maior dom que temos é o da vida. O rol tem que ser exemplificativo, na busca do melhor tratamento", argumentou. 

O deputado Gilberto Nascimento (PSC-SP) afirmou que as pessoas estavam desesperadas com a possibilidade de diminuição da cobertura dos planos de saúde. "A doença rara não é uma condição que a pessoa quis. Ela está sacrificando suas finanças para pagar o plano de saúde e deve ter direitos", afirmou. 

O Projeto de Lei 1847/22 permite o pagamento de fiança via Pix. Pela proposta em análise na Câmara dos Deputados, efetuado o Pix, o comprovante deverá ser anexado ao inquérito e/ou autos processuais e também constará na certidão juntada aos autos e no livro de fiança. 

“Não raro os detidos ou seus familiares têm dificuldades para quitar o valor arbitrado em razão de procedimentos bancários, como, por exemplo, limitações decorrentes das transações via TED [Transferência Eletrônica Disponível] ou DOC [Documento de Crédito], bem como referentes aos horários em que os saques são permitidos”, justifica o autor da proposta, deputado José Nelto (PP-GO). 

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Tramitação

A proposta será analisada em caráter conclusivo pelas comissões de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. 

*Da Agência Câmara de Notícias

O Plenário da Câmara dos Deputados se reúne nesta segunda-feira (1º), às 17 horas, para o início da semana de esforço concentrado de votações após o recesso parlamentar de julho. Entre os itens em pauta estão sete medidas provisórias (MPs), duas das quais vencem na primeira semana de agosto.

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Há previsão de sessões ainda na terça e na quarta-feira às 13h55, e às 9 horas na quinta e na sexta-feira.

A primeira medida provisória da pauta (MP 1108/22) é a que regulamenta o teletrabalho. O objetivo, segundo o governo federal, é aumentar a segurança jurídica dessa modalidade de trabalho.

A norma define teletrabalho (ou trabalho remoto) como a prestação de serviços fora das dependências da empresa, de maneira preponderante ou híbrida, que, por sua natureza, não pode ser caracterizada como trabalho externo.

O texto também muda regras do auxílio-alimentação (o popular vale-refeição ou vale-alimentação).

Já a Medida Provisória 1109/22 autoriza a adoção de regras trabalhistas diferenciadas em situações de calamidade pública, entre elas a possibilidade de empresas cortarem ou suspenderem temporariamente jornadas e salários dos trabalhadores. Ao todo, o texto recebeu 148 emendas.

Mercado de trabalho

Também está na pauta a MP 1116/22, que institui o Programa Emprega + Mulheres e Jovens, para inserção e manutenção desse público no mercado de trabalho.

A norma cria medidas para impulsionar a empregabilidade das mulheres, como a flexibilização do regime de trabalho – com adoção de jornada parcial e banco de horas, por exemplo; qualificação em áreas estratégicas a fim de estimular a ascensão profissional; e apoio na volta ao trabalho após a licença-maternidade.

*Da Agência Câmara de Notícias

 

Após aprovar a PEC Kamikaze em primeiro turno ainda nesta quarta-feira (13), os deputados da Câmara Federal confirmaram a proposta também em segundo turno, com 469 votos favoráveis, 17 contrários e duas abstenções. Ainda serão analisados dois destaques, sendo um deles para derrubar o estado de emergência, proposto pelo Partido dos Trabalhadores, e um outro para tornar a parcela de R$ 600 permanente.

O texto aprovado decreta “estado de emergência” no País que, mesmo incluso, enfrentou uma forte resistência da oposição. Essa regra é vista como essencial para blindar o governo Bolsonaro de acusações sobre a lei eleitoral, que proíbe a criação de auxílios e doações em ano de eleição. 

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->> PEC Kamikaze é aprovada na Câmara sem destaques 

O pacote de benefícios repassa R$ 2,5 bilhões para garantir gratuidade no transporte público urbano para idosos, além de subsidiar o custo do etanol com mais R$ 3,8 bilhões. É importante lembrar que as medidas só serão válidas para este ano de 2022, que marca o fim, até então, da gestão do presidente Bolsonaro.

A Câmara dos Deputados concluiu nesta quarta-feira (13) a votação em primeiro turno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 15 de 2022, conhecida como "PEC Kamikaze", que cria um estado de emergência para ampliar o pagamento de benefícios sociais até o fim do ano. Nesta quarta-feira, os parlamentares rejeitaram todos destaques, ou seja, propostas que ainda poderiam modificar trechos da medida. Entre eles, o que previa a retirada da expressão “estado de emergência” do texto.

O texto-base foi aprovado na noite de ontem, mas a sessão foi suspensa em razão de um apagão no sistema de informática da Casa.

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A PEC gera R$ 41,2 bilhões em despesas excepcionais, ou seja, fora do teto de gastos, divididos entre benefícios sociais, a exemplo do Auxílio Brasil e do vale-gás de cozinha, e econômicos, como a concessão de crédito tributário para a redução de impostos para produtores e distribuidores de etanol. As medidas valem a partir do dia 1° de agosto até 31 de dezembro de 2022.

Estado de emergência

Para tanto, a PEC estabelece um estado de emergência “decorrente da elevação extraordinária e imprevisível dos preços do petróleo, combustíveis e seus derivados e dos impactos sociais deles decorrentes”. Na prática, é como se o governo declarasse que o país vive um momento excepcional, como ocorreu durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

Para o deputado Dr. Frederico (Patriotas-MG), a medida é necessária diante do aumento na expectativa de inflação que atinge o Brasil e vários países do mundo. “Se a gente está na maior inflação nos Estados Unidos e na Europa dos últimos 40 anos, não dá para a gente falar que não é uma emergência de caráter econômico”, defendeu.

Na avaliação do deputado Renildo Calheiros (PCdoB-PE), a medida tem um caráter eleitoreiro por permitir que o governo ultrapasse as restrições da legislação eleitoral, que proíbe criar ou ampliar benefícios ou vantagens durante ano eleitoral, exceto nos casos de calamidade pública, de estado de emergência ou de programas sociais autorizados em lei e já em execução orçamentária no exercício anterior. “Estamos criando uma geringonça que ninguém sabe como agasalhar, porque não há uma regulamentação”, criticou Calheiros. “Se os preços dos combustíveis estão elevados é porque o governo estabeleceu uma política que dolarizou o preço do petróleo no Brasil”, acrescentou.

Sessão virtual

Antes da votação dos destaques, deputados de diversos partidos criticaram a decisão do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), de realizar a sessão de maneira virtual. A decisão ocorreu após a retomada da sessão suspensa na noite de ontem em razão de um “apagão” nos sistemas de informática da Casa.

“Sistemas paralelos caíram ao mesmo tempo, a Câmara ficou sem comunicação. Nossa intenção foi de preservar uma possibilidade regimental para que os deputados pudessem expressar a sua vontade”, disse Lira

O deputado Glauber Braga (PSol-RJ) disse que a mudança foi para impedir que a oposição aprovasse um destaque, de autoria do PT, retirando a expressão "estado de emergência" da PEC. Segundo Braga, Lira suspendeu a sessão de ontem de maneira antirregimental e chamou sessão virtual hoje para garantir que aliados votassem contra a retirada da expressão.

“Parlamentares aliados dele e da base do governo já não mais estão em Brasília e ele tem medo de não conseguir votos suficientes para uma PEC que exige 308 votos favoráveis”, criticou. “Aqui tem o regimento interno da Câmara. Não tem aqui o regimento interno do deputado Arthur Lira presidente da Câmara dos Deputados”, acrescentou Braga.

Deputados da base aliada defenderam a manutenção da expressão, com o argumento de que dá mais segurança jurídica para o governo realizar os gastos.

“É importante votarmos o estado de emergência porque o Brasil precisa desse respaldo. O governo não está usando isso com efeitos eleitorais. Estamos num ano eleitoral, mas em um ano em que estamos saindo de uma pandemia e com uma guerra mundial”, defendeu a deputada Soraya Manato (PTB-ES).

Por 361 votos contra e 142 favoráveis, o destaque que queria retirar do texto da PEC a expressão estado de emergência foi rejeitado. Entre os destaques rejeitados, está ainda o que previa a retirada do texto da expressão “imprevisível”. Foram 354 contra e 131 a favor.

Os deputados rejeitaram também um destaque do PSB, que retirava do texto a previsão de que o pagamento extra do auxílio Brasil se dará no período de cinco meses, até o dia 31 de dezembro de 2022.

O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), se posicionou contra a iniciativa argumentando que o pagamento teria que ser excepcional, até depois das eleições por ser uma medida emergencial. “O que estamos discutindo agora é uma matéria importante, é um desejo de todos que pudéssemos levar esse aumento de R$ 600 para sempre, mas uma emergência não é para sempre. Ela se dá num determinado momento, numa conjuntura onde temos dois anos de pandemia, guerra da Rússia e da Ucrânia, aumento de preços de combustíveis e de energia em todo o mundo, inflação muito elevada”, disse Barros.

Ao defender o destaque, o deputado Marcelo Freixo (PSB-RJ) afirmou que a intenção era tirar o caráter eleitoreiro da medida e tornar a extensão do benefício permanente. “O que a gente está propondo é tirar o caráter eleitoreiro, oportunista e dizer que vamos proteger as famílias brasileiras com fome. Garantir que este auxílio seja permanente até o momento que não tenhamos mais fome, miséria e não até o momento definido por um governo em sua reta final”.

Com a conclusão da votação em primeiro turno, a intenção é concluir a votação do segundo turno ainda nesta quinta-feira. Para tanto, o governo quer aprovar um requerimento com a quebra de interstício regimental de cinco sessões, previsto na legislação como prazo para a votação entre os dois turnos.

Após ter sido aprovada em primeiro turno nesta terça-feira (12), com 393 votos favoráveis e 14 contrários, a votação da 'PEC Kamikaze', que concede uma série de benefícios sociais somente para 2022, já adiada na última semana por quórum baixo, foi suspensa ainda nesta terça, pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), após problemas no sistema interno da internet da Casa.

Lira informou, antes de encerrar a sessão, que a Polícia Federal estaria indo à Câmara dos Deputados "fazer a investigação do que aconteceu". "A sessão está suspensa com quórum para continuidade das votações das PECs 11, 15 e 16 para amanhã pela manhã", quando os parlamentares devem analisar os destaques propostos e realizar um segundo turno de votação.

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Durante a votação foi constatado um problema nos dois links (na internet) da Câmara dos Deputados para os parlamentares que não estavam presentes na Casa, segundo Arthur Lira. A sessão seguiu, apesar dos apontamentos de fraude por alguns parlamentares. Sem demora, Lira anunciou a suspensão da sessão para quarta-feira (13), pela manhã. “Precisamos proteger o parlamento, não estamos tratando de uma coisa normal”, informou. 

O que prevê a PEC

Em estado de emergência, ela estabelece “elevação extraordinária e imprevisível dos preços do petróleo, combustíveis e seus derivados e dos impactos sociais deles decorrentes”. O que abre caminho para vários benefícios, como a ampliação do Auxílio Brasil (de R$ 400 para R$ 600 mensais e cadastro de 1,6 milhão de novas famílias); ampliação de R$ 53 no Auxílio Gás; benefícios para taxistas registrados até 31 de maio de 2022; criação de um “voucher” de R$ 1 mil para os caminhoneiros autônomos; repasse de R$ 3,8 bilhões para manutenção do etanol; e repasse de R$ 500 milhões ao programa Alimenta Brasil. 

Incorporada a PEC dos Biocombustíveis, também já aprovado no Senado, a proposta garante uma diferença tributária entre combustíveis fósseis como gasolina, biocombustíveis e o etanol. 

A incorporação, elaborada pelo presidente da Câmara, Arthur Lita (PP-AL), tem como objetivo acelerar o pagamento dos benefícios fazendo com que ela não precise passar, por exemplo, pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara. 

A PEC dos Biocombustíveis quer manter uma vantagem fiscal e tributação menor aos combustíveis por pelo menos 20 anos. A medida é uma forma de garantir a competitividade do etanol e outros combustíveis limpos em relação aos fósseis. O texto insere a determinação de um “regime fiscal favorecido” a esses combustíveis na Constituição. 

O ex-ministro da Educação, Mendonça Filho (União), afirmou, nesta quinta-feira (30), que não irá disputar o Senado por Pernambuco e que o seu foco é a Câmara dos Deputados. Segundo última pesquisa Real Time Big Data divulgada na segunda-feira (27), Mendonça aparece em primeiro lugar nas intenções de voto para o Senado Federal com 23%. 

De acordo com o aspirante a parlamentar, seu plano, desde o início, foi o de tentar mandato como deputado federal para voltar a compor a bancada pernambucana na Câmara. “Meu planejamento desde o começo passa pela intenção proporcional inicial, de ser candidato a deputado, então esse é o caminho que eu vou percorrer”, afirmou Mendonça ao LeiaJá

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A declaração foi feita durante um evento realizado pela União Brasil, na Zona Norte do Recife, nesta quinta-feira (30). Nele, o pré-candidato ao Governo de Pernambuco, Miguel Coelho, fez novos anúncios sobre sua campanha e confirmou a deputada estadual Alessandra Vieira como sua indicada ao cargo de vice-governadora. Perguntado sobre sugestões próprias ao Senado, Mendonça disse que não iria opinar e que também não cogita mais entrar na disputa pela Casa Alta.  

“Prefiro não opinar. Aí é uma missão para Miguel, a de tratar esta estratégia. Eu não vou ficar raciocinando sobre hipóteses. Com o conjunto de partidos e personagens, homens e mulheres, que o Miguel têm liderado, ele certamente encontrará opções tão ou até mais qualificadas do que eu para disputar o mandato como senador ou senadora. Prefiro focar hoje na minha estratégia definida, de ser um deputado federal que possa ajudar Pernambuco”, continuou o ex-ministro. 

Por fim, comentou a confirmação de Alessandra como vice da chapa e afirmou ser uma decisão coerente: “Ela tem uma história política e seu grupo político tem uma força numa cidade muito dinâmica, que é Santa Cruz [do Capibaribe], que tem tudo a ver com trabalho e produção, e nesse aspecto casa muito com o tom que Miguel quer dar a esta campanha”. 

*Com informações de Jameson Ramos

A Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou o texto da Proposta de Emenda à Constituição 11/2022, que dá segurança jurídica ao piso salarial nacional de enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras. Agora, o texto segue para a comissão especial, que deverá discutir a PEC antes de sua apreciação em plenário.

A votação, ocorrida de maneira simbólica, só não foi unânime porque o partido Novo foi divergente. Já o deputado Bilac Pinto (União Brasil-MG) afirmou que a comissão especial deve definir qual será a fonte de custeio desse piso salarial. “Nós somos a favor, mas não podemos botar essa conta somente para as prefeituras e para os hospitais”, disse.

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A matéria foi proposta após senadores e deputados aprovarem o PL 2.564/2020, de autoria do senador Fabiano Contarato (PT-ES), que prevê piso mínimo inicial para enfermeiros no valor de R$ 4.750. Pela proposta, esta será a remuneração mínima a ser paga nacionalmente por serviços de saúde públicos e privados. No caso dos demais profissionais, o texto fixa 70% do piso nacional dos enfermeiros para os técnicos de enfermagem e 50% para os auxiliares de enfermagem e as parteiras.

Aliados de Jair Bolsonaro vão tentar se associar ou reforçar a proximidade com o presidente em busca de uma de vaga na Câmara dos Deputados pelo Rio de Janeiro, berço do bolsonarismo. Entre os pré-candidatos estão o ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz, que foi alvo de investigação em esquema de rachadinha no gabinete de Flávio Bolsonaro; Waldir Ferraz, um dos idealizadores das motociatas pelo País; e o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello.

Os "nomes de Bolsonaro" no Rio, como Waldir costuma chamar os pré-candidatos, buscam repetir o fenômeno de 2018 e surfar na onda bolsonarista rumo a Brasília. A cartilha a ser seguida pelos aliados do presidente é a mesma defendida por congressistas alinhados ao governo: investir em pautas de costumes, no sentimento antipetista e no confronto com as instituições.

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Chope grátis

Uma mostra de como será a campanha eleitoral se deu em um bar na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, com a presença de Waldir e Pazuello.

A poucos metros do condomínio Vivendas da Barra, residência do clã Bolsonaro, cerca de cem apoiadores do presidente, a maioria homens brancos de meia-idade, repetiram teorias da conspiração contra o processo eleitoral, fizeram ataques a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e ao PT, além de exaltarem "o capitão".

Ao som de clássicos da MPB, com uma rodada de chope e salgados liberados, o encontro, na noite da quinta-feira da semana passada, tinha como tema o debate sobre a "formação da base política da direita conservadora contra o ativismo político e judicial".

Amigo do presidente desde os anos 1980, Waldir já atuou como assessor de Bolsonaro e foi candidato a vereador em 2020, não sendo eleito. "Com a minha ajuda é que o presidente está lá. Nós começamos a fazer campanha em 1987 para vereador", afirmou Waldir, que busca uma vaga na Câmara pelo PL, partido de Bolsonaro.

Pazuello foi ovacionado e aplaudido por bolsonaristas ao chegar ao Beco do Alemão. Enquanto os companheiros de mesa e convidados inflamavam o restante da plateia com críticas ao PT, a Lula e ao STF, o general disse que os militantes deveriam focar a reeleição do presidente: "Não merecemos rompimentos constitucionais", afirmou o ex-ministro, que cogitou pré-candidatura ao Senado, mas deve disputar uma vaga na Câmara. Ele se filiou ao PL.

Queiroz, do PTB e ex-assessor do senador Flávio, não esteve presente ao encontro, mas, em entrevista recente, afirmou estar confiante em um apoio direto da família Bolsonaro para a sua candidatura a deputado federal. "Em qualquer lugar que eu vou: ‘E aí, eles (Jair e Flávio) vão te apoiar’? Eu falei: ‘Cara, é um absurdo se não apoiarem’."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse, nesta terça-feira (14) em entrevista à CNN, que o Projeto de Lei Complementar 18/22, que limita a cobrança de ICMS a 17% para combustíveis, energia, transporte e comunicações será votado hoje. Os deputados precisam analisar as mudanças aprovadas pelos senadores. 

A proposta já havia sido aprovada pela Casa no mês passado, mas ontem, o Senado aprovou o texto com um destaque que garante os repasses carimbados para os municípios para as áreas da saúde, educação e para o Fundeb nos casos de perdas de arrecadação dos estados. Com isso, caso haja perda de arrecadação, a União deverá compensar os estados com os mesmos recursos que tinham antes da entrada em vigor da medida. 

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Lira afirmou que essas alterações ainda serão analisadas pelos líderes, mas ele acredita que a proposta será rejeitada já que não haverá perda de arrecadação.

“É importante dizer que não estamos prevendo, em todas as análises que fizemos, diminuição de arrecadação nos estados. Não haverá perdas para saúde e para educação, isso foi uma versão criada pelos governadores e seus secretários", afirmou o presidente. "Nós queremos proteger os mais vulneráveis dos efeitos danosos da inflação”, concluiu. 

“Não conto com a possibilidade de que vai haver diminuição de receita, não haverá diminuição de receita, haverá arrecadação crescente, haverá um aquecimento da economia, mais consumo e menos sonegação”, avaliou Lira. 

PEC dos Biocombustíveis

Ontem o Senado também aprovou a Proposta de Emenda à Constituição 15/22, que estimula a competitividade dos biocombustíveis em relação aos concorrentes fósseis.  O texto mantém benefícios para fontes limpas de energia por pelo menos 20 anos. A proposta faz parte do pacote de projetos com objetivo de conter a alta no preço dos combustíveis. 

Lira tenta um acordo com os partidos de oposição para acelerar a tramitação da proposta. “Se nós nos detivermos a questões políticas, quem vai pagar é a população. Se tiver unanimidade, a PEC entra semana que vem." Se não houver acordo, Lira prevê uma votação expressa na CCJ e votação no Plenário daqui a um mês.  O presidente da Câmara ressaltou que esse tema não é eleitoreiro. "É um tema vital para minimização dos efeitos da inflação para os mais necessitados do Brasil”, afirmou. 

Estado de calamidade

Lira afirmou ainda que a decretação de um novo estado de calamidade para enfrentar os aumento dos combustíveis sem a limitação imposta pelos tetos de gastos não é uma boa saída. Segundo ele, a solução para combater a inflação é diminuir impostos e incluir novos setores como essenciais para ajudar a corrigir esse aumento. 

O presidente da Câmara voltou a cobrar a contribuição dos governadores para reparar distorções. “A saída é a diminuição de impostos, em alguns casos, zerar os impostos. O estado de calamidade não é uma boa ideia”, reforçou.  Fonte: Agência Câmara de Notícias

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira uma resolução que concede o título de cidadão honorário a Lewis Hamilton. A proposta tem como autor André Figueiredo (PDT-CE), que entre as justificativas para a honraria citou a homenagem feita pelo heptacampeão de Fórmula 1 a Ayrton Senna, em 2021, no GP de São Paulo.

"Acreditamos que o esporte e a celebração das vitórias nacionais, bem como as homenagens a nossos campeões, poderão nos ajudar a resgatar nossa bandeira como símbolo de união nacional", argumentou Figueiredo.

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Relator da proposta, o deputado Jhonatan de Jesus (Republicanos-RR) disse em seu parecer que o piloto da Mercedes tem relação "profunda e emocionalmente forte" com o Brasil, ressaltando ainda a quantidade de fãs que o britânico possui no País. O parlamentar destacou ainda a relevância do competidor ao se posicionar em assuntos importantes, como pautas do movimento negro e dos direitos humanos.

Todos os partidos votaram a favor, com exceção o Novo. O deputado Tiago Mitraud, membro da sigla, concordou com as justificativas apresentadas no plenário, mas disse que a Casa deveria ter outras prioridades. Por se tratar de uma resolução, e não de um projeto, não há necessidade do texto ir ao Senado. O título deverá ser entregue em sessão solene na Câmara, ainda sem data marcada.

"Não acredito que devemos passar a conceder títulos de cidadão honorário a esses atletas e personalidades, ainda mais em um contexto em que acredito que o recurso que a sociedade investe nesse Congresso deveria estar sendo investido em projetos que vão mudar a vida do brasileiro", alegou.

Lewis Hamilton nunca escondeu o carinho pelo Brasil. O piloto já disse várias vezes ter Ayrton Senna como o seu maior ídolo na Fórmula 1, chegando a repetir o gesto do brasileiro no ano passado, em Interlagos, ao dar uma volta no autódromo com a bandeira verde-amarela após a vitória. Na ocasião, ele também usou um capacete com as cores do Brasil.

Mais de 50 organizações indígenas e ambientais apresentaram manifesto pela retomada da Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas (PNGATI). O documento, elaborado em seminário em Brasília, também foi entregue nesta quinta-feira (9) aos deputados das comissões de Direitos Humanos e Minorias; e de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados.

  A PNGATI foi instituída por decreto em 2012, mas já existe projeto de lei (PL 4347/21) para tornar a política permanente.

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A ideia é promover a proteção, a recuperação, a conservação e o uso sustentável dos recursos naturais das terras indígenas.  Pela Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira, Francisco Apurinã disse que mais de 150 projetos de gestão desenvolvidos nos últimos dez anos estão parados. 

Membro do Conselho Indígena de Roraima, Jéssica Wapichana disse que o comitê gestor da PNGATI foi extinto no atual governo, bem como os conselhos que tinham a participação dos povos indígenas. Segundo ela, a Fundação Nacional do Índio (Funai) tem privilegiado parcerias em projetos agrícolas. Lindomar Terena, da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, também citou a necessidade de mais participação.

  “Que nós possamos pedir a imediata recomposição de todas as instâncias de consulta que foram destituídas por este governo. Como é que um governante apresenta as suas políticas públicas para a sociedade e para os povos indígenas sem ser consultado aquele povo? ”, disse. 

Desaparecidos no Amazonas Autora do projeto sobre a normatização em lei da PNGATI, a deputada Joenia Wapichana (Rede-RR) disse que a gestão das terras também favorece a segurança. Ela lembrou o recente desaparecimento do jornalista inglês Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira no Amazonas. 

“Imagina quantas pessoas já não desapareceram ali? Quantas denúncias acumuladas pela Univaja já foram encaminhadas em relação a essa desproteção? Não somente no Vale do Javari, mas em outros locais. Quantas de nossas lideranças são ameaçadas todos os dias por invasores, garimpeiros ilegais, madeireiros, narcotraficantes?”, questionou a deputada. 

Os participantes do debate na Câmara também afirmaram que não existem recursos orçamentários mínimos para a execução dos projetos de gestão, embora vários organismos internacionais como o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento apoiem a política. 

*Da Agência Câmara de Notícias

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (8) a Medida Provisória 1102/22, que abre crédito extraordinário de R$ 479,9 milhões no Orçamento deste ano para municípios que sofreram danos por causa das chuvas que vêm ocorrendo desde dezembro do ano passado. A MP será enviada ao Senado. 

Os recursos da MP são destinados a obras de recuperação da infraestrutura, como construção de pontes e de unidades habitacionais e estabilização de encostas, beneficiando estados que decretaram situação de emergência ou estado de calamidade pública. Entretanto, até o momento, nenhum valor foi gasto segundo relatório on-line de execução orçamentária da Consultoria do Orçamento da Câmara. 

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O texto foi aprovado com o parecer favorável do relator, deputado Lucio Mosquini (MDB-RO). Ele rejeitou todas as emendas apresentadas, que pretendiam direcionar parte da dotação nacional para cidades específicas. 

"A população afetada pelos desastres naturais requer ação imediata para atenuar a situação. Foi um recorde de desastres com chuvas intensas, em um número maior do que nos anos anteriores", disse o relator.  

Com mais essa medida, o governo já editou cinco MPs para custear diferentes ações de socorro às vítimas das chuvas, com um total de R$ 2,348 bilhões. 

Outros créditos

Até agora, o Ministério do Desenvolvimento Regional registrou solicitação de recursos para a reconstrução de áreas em 150 municípios de 11 estados que poderão ser atendidos: Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraná e Rio de Janeiro.

  Em dezembro, o governo já havia editado a MP 1086/21 para destinar R$ 200 milhões à recuperação de rodovias danificadas por chuvas, por meio do Ministério da Infraestrutura.  Para atender às vítimas das chuvas em Minas Gerais e na Bahia, a MP 1092/21 destinou R$ 700 milhões ao Ministério da Cidadania. Já MP 1096/22 oferece mais R$ 550 milhões para ações de defesa civil pelo Ministério do Desenvolvimento Regional. Além disso, o Ministério da Infraestrutura foi contemplado com mais R$ 418 milhões com a MP 1097/22. 

Debate em Plenário Durante o debate sobre a MP em Plenário, o deputado Renildo Calheiros (PCdoB-PE) reclamou da falta uma política de defesa civil no País. "O governo federal se movimenta de tragédia em tragédia, mais fazendo encenação do que enfrentando os problemas reais, concretos. Agora mesmo Pernambuco enfrenta uma grande tragédia. Mais de 100 pessoas morreram com as chuvas no estado", lamentou. 

Ele propôs que o governo federal se una a estados e municípios para mapear as áreas de risco e deslocar as famílias para moradias em áreas seguras. "Isso tem de ser comandado pelo governo federal, que tem a capacidade de alocar recursos", afirmou. "Não tem nada efetivo para socorrer a população", criticou. 

*Da Agência Câmara de Notícias

O Senado aprovou, nesta terça-feira (7), em votação simbólica, emenda que ajusta o acordo entre o Brasil e El Salvador sobre cooperação no domínio da defesa, assinado em 2017 (PDL 159/2021).  Relatado pela senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), o texto vai à promulgação. 

A emenda busca adequar a relação bilateral aos termos da Lei de Acesso à Informação no que se refere à classificação da categoria dos dados, conforme a exposição de motivos encaminhada pelo Executivo. O texto foi aprovado na Câmara e encaminhado ao Senado. 

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A entrada em vigor da Lei 12.527, em novembro de 2011, eliminou do ordenamento jurídico brasileiro a categoria "confidencial" no tratamento de informações classificadas. 

Como muitos países mantiveram aquele grau de classificação em seus ordenamentos jurídicos, houve incompatibilidade de termos em acordos com o Brasil, que se encontravam já assinados, e que cabia ser sanada mediante emenda a instrumentos legais que tratam do assunto. 

Por esse motivo, o Acordo sobre Cooperação no Domínio da Defesa entre o Brasil e El Salvador não foi promulgado pelo Brasil, embora já tenha sido ratificado pelo país.  Atualmente, o artigo 24 da Lei de Acesso à Informação legislação prevê somente as categorias de ultrassecreta, secreta e reservada, com prazos de restrição ao acesso, destaca a relatora da proposição, senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP).  O projeto já havia sido aprovado na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) em maio. 

*Da Agência Senado

A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (7) requerimento de convocação do ministro da Economia, Paulo Guedes.

De autoria dos deputados Luis Miranda (Republicanos-DF) e Subtenente Gonzaga (PSD-MG), o requerimento pede que Guedes fale sobre o aumento prometido pelo presidente Jair Bolsonaro aos agentes de segurança que recebem recursos da União, como Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Penal, Polícia Civil do DF, Polícia Militar do DF e Corpo de Bombeiros Militar do DF.

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"Esses profissionais aguardam a reestruturação da União, prometida pelo presidente Bolsonaro, e não tiveram retorno sobre o assunto até a presente data", justificam os autores. 

Os deputados lembram ainda que, em audiência pública na comissão, o ministro da Justiça, Anderson Torres, disse que enviou as propostas das entidades de classe ao Ministério da Economia e que toda a tratativa sobre o assunto seria decida naquela pasta. 

*Da Agência Câmara de Notícias

A Câmara dos Deputados pode votar, a partir desta terça-feira (7), projetos para minimizar os reajustes de tarifa de energia elétrica. A sessão do Plenário de terça está marcada para as 13h55. 

Entre os itens em pauta estão o Projeto de Lei 1143/21, do Senado, que atribui à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a devolução integral ao consumidor de energia elétrica, via preços das tarifas, de valores recolhidos a maior em razão de mudanças normativas ou decisões administrativas ou judiciais relacionadas à redução de tributos. 

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A intenção é viabilizar a restituição de valores de PIS/Cofins pagos a maior porque, em agosto do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou inconstitucional incluir o ICMS na base de cálculo desses tributos. O impacto fiscal calculado pelo governo é de R$ 258,3 bilhões. 

De acordo com o texto, a Aneel deve estabelecer critérios equitativos, considerar os procedimentos tarifários e disposições contratuais aplicáveis. 

A devolução em caráter prioritário aos contribuintes, que são as permissionárias e concessionárias de energia elétrica, deverá ocorrer até o primeiro processo de revisão tarifária depois do fim do prazo para compensação do crédito tributário habilitado perante a Fazenda. 

A agência deverá ainda observar que a finalidade da devolução é promover a redução das tarifas pagas pelos usuários do serviço público de distribuição de energia elétrica.  Sem ICMS Igualmente, o Projeto de Lei Complementar 62/15, do deputado Hildo Rocha (MDB-MA) e do ex-deputado Fabio Garcia, impede a cobrança do ICMS sobre os valores acrescidos à conta de luz em razão das chamadas bandeiras tarifárias. 

Criadas pela Aneel para identificar com mais clareza o custo de uso de termelétricas para gerar energia quando há escassez hídrica, as bandeiras podem ser verde (sem cobrança adicional), amarela (acréscimo intermediário) e vermelhas (1 e 2). 

Para os autores, é injusto o consumidor ter de pagar, além do aumento do custo de geração como consequência de condições não favoráveis e fora de seu controle ou culpa, tributos incidentes sobre esta parcela adicional. 

Fundos municipais

Já o Projeto de Lei 196/20, do deputado Geninho Zuliani (União-SP), muda a lei sobre consórcios públicos para permitir a instituição de fundos para gerir os recursos dos entes consorciados e autoriza a criação de consórcios de direito privado. 

Segundo o substitutivo preliminar da relatora, deputada Leandre (PSD-PR), os fundos poderão ser instituídos tanto pelos consórcios de direito público quanto pelos de direito privado, e seus recursos deverão ser destinados a fomentar, apoiar e custear programas, projetos, atividades e ações, assim como a compra de bens e serviços de interesse público. 

Os financiamentos poderão ser com retorno ou a “fundo perdido”. A todo caso, a criação do fundo não poderá ocorrer, conforme limita a Constituição, se seus objetivos puderem ser alcançados pela vinculação de receitas orçamentárias específicas ou por execução direta por programação orçamentária e financeira. 

Idosos

Também na pauta consta o Projeto de Lei 4438/21, do Senado, que muda os estatutos do Idoso e das Pessoas com Deficiência para incluir medidas protetivas a serem decretadas pelo juiz no caso de violência ou da iminência dela. Para ambos os casos, o projeto lista medidas protetivas semelhantes às constantes da Lei Maria da Penha, relativa à violência contra a mulher. 

Segundo o substitutivo preliminar da deputada Leandre, além do Ministério Público e do ofendido, também a Defensoria Pública poderá pedir ao juiz a aplicação de medidas protetivas.  Tanto os idosos quanto as pessoas com deficiência que tenham sofrido violência ou que estejam na iminência de sofrê-la deverão ser atendidas com prioridade pelo delegado, que comunicará de imediato ao juiz para que ele decida, em 48 horas, se adotará ou não essas medidas, como apreensão imediata de arma de fogo sob posse do agressor ou afastamento temporário ou definitivo do lar ou domicílio da vítima ou de local de convivência com ela. 

*Da Agência Câmara de Notícias

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