Tópicos | combate

Neste terceiro dia de combate ininterrupto ao incêndio nos tanques da Ultracargo, na área industrial da Alemoa, em Santos, litoral sul de São Paulo, o Corpo de Bombeiros mantém o trabalho de resfriamento dos tanques, porque ainda não é possível extinguir o fogo. Na área, a temperatura chega a 800ºC, o que provoca a evaporação da água. As equipes usam uma espuma especial para tentar abafar as chamas, estratégia que tem garantido o confinamento das chamas em três tonéis.

No começo da manhã deste sábado (4), a nuvem de fumaça estava aparentemente menor e já não era vista em longas distâncias, mas voltou a ganhar força. Moradores da área relatam na internet que as labaredas voltaram a crescer. Segundo os bombeiros, apesar de extinto em dois tanques, o fogo continua forte nos outros três. Desta forma, permanece o esquema de resfriamento contínuo, para impedir o alastre, aguardando que o combustível armazenado seja consumido. A área atingida fica perto do Porto de Santos e da Rodovia Anchieta.

##RECOMENDA##

Caminhões-pipa da Sabesp estão no local para garantir a continuidade dos trabalhos caso ocorra algum problema no abastecimento feito pela embarcação Governador Fleury, que está transferindo água do mar para as viaturas dos bombeiros. Representantes do Corpo de Bombeiros, da Prefeitura de Santos, Cetesb, Polícia Militar, Guarda Portuária e Ultracargo se reuniram para avaliar a situação.

O incêndio começou por volta de 10h de quinta-feira (2), após uma explosão. Mais de 100 homens, com o uso de 40 viaturas, mantêm o combate constante. Também participam a brigada de incêndios das indústrias de Cubatão e a Guarda Portuária. Desde o começo do incêndio, a operação é complexa e perigosa. Em todo o pátio são aproximadamente 50 tanques, cada um com capacidade para armazenar 6 milhões de litros de combustível. Existem áreas específicas para contenção do combustível vazado, mas essas bacias já estão cheias. Em determinados momentos do dia o vento empurra o fogo para tonéis que ainda não foram atingidos.

No começo da noite de sexta-feira (3), os bombeiros conseguiram apagar o fogo em dois dos cinco tanques atingidos pelas chamas. Apesar disso, segundo os Bombeiros, o incêndio ainda não está controlado. A coordenação da operação evita fazer previsões sobre o fim dos trabalhos, mas há expectativa de que dure mais dois ou três dias.

No começo da noite de quinta-feira (2) um tanque desabou e o combustível ficou espalhado, dificultando ainda mais a contenção das chamas. Novas explosões foram registradas na manhã da sexta-feira (3). Na região do incidente houve chuva de cinzas, sujando carros e roupas. Segundo especialistas, não se trata de resíduo tóxico, mas de algo parecido com carvão. De qualquer forma, há recomendação para que as pessoas evitem exposição ao material.

De acordo com a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), o movimento de navios no canal do estuário permanece interrompido no local do incêndio. Os cinco navios removidos da área pela Praticagem continuam na Barra de Santos, aguardando autorização para retornar. A Codesp reforça que o Porto de Santos funciona normalmente.

Contaminação. A fumaça formada pela queima de combustível é poluente. Partículas e gases podem ser levados pelo vento para a Serra do Mar. Por isso, o incêndio nos tanques da Ultracargo pode provocar um acidente ambiental, prejudicando fauna e flora. Muitos especialistas têm feito alertas sobre esse problema em entrevistas a veículos de comunicação e jornalistas que estão cobrindo o incidente. No caso do etanol, a queima provocaria uma fumaça azulada. A cor preta é preocupante, porque indica conter outros elementos, como o material do próprio tanque, a tinta e outros combustíveis. Não há enxofre nos materiais envolvidos, o que descarta a possibilidade de chuva ácida.

Os 6 milhões de habitantes de Serra Leoa receberam ordens para permanecer em casa por três dias a partir desta sexta-feira (27), num último esforço do país para se livrar do ebola. Como aconteceu durante uma operação semelhante no ano passado, milhares de grupos irão lembrar às pessoas como a doença se espalha e como preveni-la. Em regiões nas proximidades da capital e no norte, onde ainda existem surtos, os grupos também procurarão por casos de ebola.

As ruas estavam praticamente vazias nesta manhã, com exceção das patrulhas policiais e soldados que também que coordenam postos de verificação para garantir que apenas pessoas com autorização, como integrantes de equipes de saúde e jornalistas, estejam nas ruas.

##RECOMENDA##

O ebola infectou cerca de 12 mil pessoas em Serra Leoa, mais de em qualquer outro país, e recorreu a algumas das medidas mais extremas para conter a doença.

Embora nas últimas semanas tenha havido uma redução acentuada de novas infecções, 33 novos casos foram confirmados na última semana em Serra Leoa, segundo a Organização Mundial da Saúde. Ainda assim, o surto é mais preocupante na Guiné, onde a doença se espalha por causa de casos não revelados. No momento, a Libéria tem apenas um paciente em tratamento.

O presidente de Serra Leoa, Ernest Bai Koroma, prometeu fazer "o que for preciso" para zerar o número de casos.

A partir das 6h desta sexta-feira (3h em Brasília), os cidadãos de Serra Leoa receberam ordens para permanecer em casa até a noite de domingo. Mercados, lojas, restaurantes e bares devem permanecer fechados. Os muçulmanos terão autorização para participar das orações de sexta-feira e os cristãos poderão ir aos serviços religiosos de domingo, o início da semana santa, antes da Páscoa.

"Entendemos que o povo está cansado e quer voltar para sua vida normal, mas ainda não chegamos lá. São os metros finais da corrida", disse Roeland Monasch, do of Unicef, fundo da Organização das Nações Unidas para a Infância. Fonte: Associated Press.

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou nesta quarta-feira, em Campinas (SP), medidas de combate à dengue no Estado. Segundo Alckmin, o número de agentes de saúde será duplicado e o governo vai adquirir mais equipamentos e 50 caminhonetes. Também enviará 30 médicos da Polícia Militar para as cidades em situação mais crítica.

Dados divulgados na terça-feira, 24, pela Secretaria Estadual da Saúde mostram que o Estado já acumula no ano 80.283 casos da doença, 73,8% a mais do que nos três primeiros meses de 2014. Pelo menos 67 pessoas já morreram desde janeiro por complicações da doença. Somados os registros suspeitos, o número de notificações chega a 196.282.

##RECOMENDA##

O governador anunciou que foram contratados mais 500 agentes para atuarem com a Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), dobrando o número atual, e adquiridos 150 automatizadores costais (equipamento utilizado no combate à doença), 450 kits de proteção e 50 caminhonetes. Além disso, 30 médicos da Polícia Militar serão encaminhados aos municípios onde foram registrados os maiores números de casos.

Alckmin também disse ter solicitado autorização à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o uso da vacina contra a dengue produzida pelo Instituto Butantan. As vacinas já passaram por duas fases de testes, mas ainda estão na fase clínica. Alckmin quer a liberação para uso rápido na população dos municípios mais afetados pela doença.

"Temos 12 mil doses da vacina à espera de regulamentação pela Anvisa e, uma vez liberadas, serão destinadas para os municípios com mais casos da doença", disse. De acordo com o governador, a vacina possui 85% de eficácia para os quatro tipos da dengue, sendo que para três tipos deles a capacidade de imunização chega a 95%.

O governador esteve em Campinas para a entrega de um helicóptero Águia adaptado, que será utilizado para resgates do Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências (Grau). O helicóptero custou R$ 10 milhões e atenderá oito cidades da região de Campinas.

As tropas do exército líbio atingiram bases controladas pelas milícias neste sábado (21), nos arredores da capital Tripoli, disseram autoridades de segurança de ambos os lados do conflito. O exército líbio também informou que realizou ataques aéreos contra diversos alvos próximos da cidade, incluindo o único aeroporto dos oponentes em atividade.

Os combates pelo controle da capital resultaram em ambos os lados reivindicando o controle da cidade de Aziziya, no sul de Trípoli. Tropas do exército e combatentes leais a uma coalizão conhecida como Aurora Líbia continuou a se enfrentar ao sul e oeste da capital.

##RECOMENDA##

"O Exército líbio quer libertar a capital das milícias e gangues", disse o porta-voz do exército, Ahmed al-Mesmari. Detalhes sobre os conflitos e números de vítimas não foram divulgados.

Governos rivais na Líbia estão lutando pelo poder, enquanto a ONU mantém negociações para tentar acabar com a violência. O governo eleito, internacionalmente reconhecido, foi expulso de Trípoli no ano passado e se instalou na cidade de Tobruk. Um bloco de partidos islâmicos, apoiado por milícias, criou seu próprio governo na capital da Líbia.

O enviado da ONU, Bernardino Leon, condenou os combates. "Esta não é apenas uma atividade militar que está sabotando a situação da Líbia e impedindo a união dos líbios na luta contra o terrorismo, é também uma operação que condenamos nos termos mais fortes porque está minando o diálogo num momento decisivo", disse, neste sábado.

As conversações têm se arrastado por meses com poucos resultados, enquanto os combates aumentaram. Na semana passada, a delegação da cidade oriental de Tobruk - onde o parlamento internacionalmente reconhecido está instalado - se recusou a aderir às negociações. Fonte: Associated Press

Militantes da Al-Qaeda invadiram uma cidade do Iêmen nesta segunda-feira, mas horas mais tarde um contra-ataque do Exército expulsou os militantes do local, informaram autoridades. Os ataques aconteceram um dia depois de o ministro da Defesa, major general Mahmoud al-Subaihi, ter conseguido escapar da capital, Sanaa, controlada por militantes xiitas, conhecidos como houthis, que tomaram o poder no início do ano.

Ele se uniu ao presidente Abed Rabbo Mansour Hadi na cidade de Áden, sul do país. Na cidade portuária, o presidente anunciou a reversão de sua renúncia e afirma ser o líder do país árabe mais pobre do mundo.

##RECOMENDA##

Oficiais militares disseram que os combates desta segunda-feira na cidade de Mahfad, província de Abyan e ex-reduto da Al-Qaeda, duraram oito horas.

Militantes da Al-Qaeda na Península Arábica tomaram o controle da cidade ao estabelecer uma série de postos de verificação, antes de se transferirem para uma importante base militar. Os combates deixaram quatro soldados iemenitas mortos, além de vários militantes da Al-Qaeda, disseram os oficiais, que falaram em condição de anonimato.

O braço da Al-Qaeda no Iêmen aproveitou-se da profunda crise política no país para lançar ataques. Teme-se que a ofensiva houthi e seu plano de tomar o controle de cidades do sul do país, onde a maioria da população é sunita, transforme o conflito político numa luta sectária, da qual a Al-Qaeda se beneficiaria.

Nesta segunda-feira, a Arábia Saudita concordou em ser o palco para as negociações de paz de paz com os houthis, pedidas por Hadi, segundo informou a agência de notícias oficial saudita. Muitos acreditam que os houthis, que segundo rumores recebem apoio do Irã, cujo governo é xiita, rejeitarão participar das conversações.

O líder dos houthis acusou a Arábia Saudita, além dos tradicionais aliados ocidentais do Iêmen e países ricos em petróleo do Golfo Pérsico, de tentar fragmentar o país. A Arábia Saudita acusou o houthis de realizarem um golpe de Estado. O reino sunita suspendeu sua ajuda financeira ao Iêmen. Fonte: Associated Press.

Cerca de 100 profissionais da Vigilância Ambiental e Controle de Endemias participam um mutirão de combate à dengue neste sábado (7), em todos os distritos sanitários do Recife. O objetivo da ação é frear os casos da doença na cidade.

Durante o plantão, as equipes irão realizar a aspiração (de mosquitos), bloqueio e tratamento dos criadouros do Aedes aegypti – tratamento focal, perifocal e espacial. Os agentes farão ainda busca ativa de casos da doença e abordagens educativas nas residências. 

##RECOMENDA##

O reforço no trabalho contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e da chikungunya, começou a ser feito desde o último fim de semana e acontecerá até o fim deste mês.

Durante encontro do Colégio de Presidentes de Seccionais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), promovido nesta sexta-feira (6), em Florianópolis (SC), foi anunciado à realização de uma Semana de Mobilização pelo Combate à Corrupção. O evento de caráter nacional está previsto para ocorrer de 23 a 29 de março.

Integrante da Campanha Nacional de Combate à Corrupção, a semana de mobilização foi defendida pelo presidente nacional da entidade, Marcus Vinicius Furtado Coêlho. Para ele, a apropriação privada dos recursos públicos impede o pleno desenvolvimento do Brasil e a efetivação dos direitos fundamentais. Além disso, ele visualiza como indispensável o fim dos desvios de conduta que superfaturaram obras e têm prejudicado dramaticamente o orçamento e os investimentos em várias áreas como educação, saúde, segurança, moradia, ou seja, direitos que devem ser garantidos pelo Estado. 

##RECOMENDA##

A Nigéria e os quatro países com que tem fronteiras anunciaram neste sábado planos de constituir uma força de segurança com 8.750 integrantes até o próximo mês para combater a crescente ameaça regional do grupo rebelde Boko Haram.

Os detalhes da proposta foram revelados no final de uma reunião de três dias em Camarões, em uma declaração lida por autoridades dos três países, incluindo Issaka Souare, conselheiro da União Africana (UA) para o Mali e o Sahel.

##RECOMENDA##

O plano prevê que Chade e Nigéria contribuam com 3,5 mil militares cada. Camarões e Níger enviariam 750 soldados cada. O Benin contribuiria com 250 pessoas. A força teria como sede a capital do Chade, N'Djamena.

O conflito da Nigéria com o Boko Haram tomou dimensão regional nos últimos meses, com ataques também em Camarões e Níger.

No início deste mês, os chefes de Estado da União Africana haviam anunciado planos de criar uma força de 7,5 mil integrantes para combater o Boko Haram. As autoridades informaram hoje que o número foi aumentado para 8.750 para permitir a inclusão de policiais e funcionários humanitários.

O comunicado divulgado neste sábado informou que são necessários US$ 4 milhões urgentemente para a constituição da força, mas não foi esclarecida a origem dos recursos.

Jacqueline Seck Diouf, que representou a Organização das Nações Unidas (ONU) nas negociações em Camarões, disse que a ONU havia prometido apoio logístico imediato, mas acrescentou que a UA estava solicitando financiamento. Nova assistência precisaria ser aprovada pelo Conselho de Segurança e pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, segundo ela. Fonte: Associated Press.

Os Emirados Árabes Unidos informaram neste sábado ter ordenado a partida de um esquadrão de caças F-16 para a Jordânia. Segundo uma autoridade do país, o objetivo era ajudar nos ataques aéreos contra o grupo Estado Islâmico. O país havia suspendido a sua participação nos ataques.

Os caças dos Emirados Árabes Unidos vão participar de ataques aéreos contra alvos do Estado islâmico, disse uma autoridade jordaniana que falou sob condição de anonimato por não estar autorizada a discutir o assunto com jornalistas.

##RECOMENDA##

O anúncio dos Emirados Árabes Unidos, transmitido pela agência de notícias estatal WAM, não informou o papel que os aviões de guerra dos Emirados irão desempenhar. Ambos os países são membros de uma coalizão militar liderada pelos Estados Unidos contra o Estado Islâmico.

No ano passado, os Emirados Árabes Unidos haviam suspendido seus ataques aéreos depois que um piloto da Jordânia caiu sobre o norte da Síria e foi capturado pelos militantes do EI, conforme autoridades dos EUA. Os Emirados Árabes, que hospedam bases aéreas utilizadas pelos parceiros norte-americanos e da coalizão, não haviam comentado a suspensão dos ataques.

Os militantes recentemente divulgaram um vídeo mostrando o piloto da Jordânia Muath al-Kaseasbeh sendo queimado até a morte, enquanto estava preso em uma cela. As imagens irritaram a Jordânia e o restante da região. A Jordânia prometeu dura retaliação e disse que vai intensificar ataques a alvos do grupo Estado Islâmico. A partir de quinta-feira, jatos jordanianos realizam ataques diários, de acordo com meios de comunicação militares e estatais.

O ministro do Interior da Jordânia, Hussein al-Majali, disse ao jornal estatal al-Rai que o país irá atrás dos militantes "onde quer que estejam". Fonte: Associated Press.

O governo da Rússia vai destinar este ano 170 bilhões de rublos (US$ 2,5 bilhões) para o plano de combate à crise anunciado mais cedo, afirmou o ministro de Finanças do país, Anton Siluanov, ressaltando que o objetivo de Moscou é equilibrar o orçamento sem fazer gastos que comprometam muito suas reservas.

O Kremlin está buscando formas de cumprir obrigações sociais num momento de forte queda dos preços do petróleo. Sanções impostas pelo Ocidente e o rebaixamento do rating da Rússia pela Standard & Poor's, para grau especulativo, contribuem para piorar a situação econômica da Rússia, tornando praticamente impossível que o país elimine déficits orçamentários por meio de empréstimos nos mercados globais de capitais.

##RECOMENDA##

Segundo Siluanov, cortes em alguns programas do governo vão liberar recursos para as medidas contra a crise. Pelo plano que foi aprovado, os gastos não vão superar níveis anteriores já definidos e poderão até mesmo diminuir. "Nossa tarefa é evitar gastos imprudentes das reservas soberanas da Rússia", disse Siluanov.

As reservas internacionais da Rússia, que se acumularam nos anos em que os preços do petróleo avançaram, sofreram queda de mais de US$ 100 bilhões em 2014 devido a intervenções do banco central russo, no câmbio numa tentativa de conter a desvalorização do rublo. Em meados deste mês, as reservas do país estavam abaixo de US$ 380 bilhões pela primeira vez desde 2008. Fonte: Dow Jones Newswires.

O governo anunciou nesta segunda-feira um pacote de medidas para combater as fraudes relacionadas à aquisição e uso de dispositivos médicos, como órteses e próteses, no sistema de saúde. A estratégia é anunciada um dia depois de o programa Fantástico, da Rede Globo, revelar a existência de uma máfia para venda superfaturada de produtos, indicação inadequada de cirurgias e manipulação de licitações para compra do material. A Polícia Federal deve iniciar uma investigação sobre as denúncias apresentadas no programa. A Secretaria de Defesa do Consumidor, Receita Federal e Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) também vão participar das ações.

Um grupo de trabalho formado por integrantes dos ministérios da Justiça, Saúde e da Fazenda e de secretarias estaduais e municipais de saúde será criado na terça-feira (06) para tentar criar normas para inibir as fraudes nesta área. O prazo para conclusão dos trabalhos é de 180 dias. Uma linha de telefone foi criada também para receber denúncias da população, com número 136. "O que posso assegurar é que o governo federal está declarando guerra a essa máfia que tira dinheiro de cofres públicos", disse o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Ele afirmou que responsáveis serão punidos da "forma mais dura possível", criminal, administrativa ou eticamente.

##RECOMENDA##

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, admitiu que o problema não vem de hoje e que uma das metas de sua gestão era fazer o enfrentamento do problema. O ministro completou dizendo que há tempos vem sendo procurado por operadoras de planos de saúde, dirigentes de hospitais e secretários de saúde para resolver o problema. "São fatos graves, lamentáveis e repugnantes, pelos prejuízos para pessoas, para cofres públicos", disse Cardozo.

Chioro afirmou que somente ano passado, na rede pública de saúde, o gasto com dispositivos médicos ficou em torno de R$ 1,2 bilhão. Estudo feito pela Associação Nacional de Hospitais Privados mostra que 16% do custo de uma prótese se refere ao produto. Ele dá como exemplo próteses para joelho: 84% do valor final se refere a comissões de intermediários na venda.

Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul assinaram nesta sexta-feira (5) um compromisso para a construção do Plano de Enfrentamento da Tuberculose. Até março, representantes dos países integrantes do Brics devem detalhar a forma como vão conduzir a estratégia, que prevê a oferta universal de medicamentos e diagnóstico rápido para pacientes, conforme ficou estabelecido ao final da 4ª Reunião de ministros da Saúde do Brics, que reuniu os representantes dos cinco países entre 2 a 5 de dezembro.

Juntos, os países do bloco concentram 50% dos casos de tuberculose do mundo. "É um momento histórico. O primeiro passo para redução significativa do número de casos da doença", disse o ministro da Saúde, Arthur Chioro, ao final do encontro, realizado em Brasília.

##RECOMENDA##

Os compromissos assumidos durante a reunião foram incluídos em um comunicado, divulgado por Chioro. "O documento reflete a preocupação dos cinco países com a saúde global. A possibilidade de garantirmos o fornecimento gratuito de medicamentos de primeira linha contra a tuberculose é um marco, e demonstra nosso compromisso, o fomento ao desenvolvimento tecnológico, e respaldo às iniciativas multilaterais de saúde", afirmou o ministro.

Chioro afirmou que um fundo para o enfrentamento da tuberculose deverá ser criado. A participação do Brasil ainda não foi definida. Ele não descarta, no entanto, a possibilidade de o País contribuir por meio do fornecimento de medicamentos para a doença e com a oferta de testes rápidos. A meta é atingir 90% dos grupos vulneráveis para tuberculose, que 90% dos pacientes sejam diagnosticados e que 90% das pessoas sejam tratadas com sucesso.

Este é o quarto encontro de ministros de saúde do Brics. Além de discutir o plano de tuberculose, o grupo debateu estratégias para melhorar a qualidade de vida de pacientes com HIV/aids e para reduzir o risco de doenças relacionadas a doenças não transmissíveis e a prevenção da obesidade. Ebola também esteve na pauta das reuniões. O grupo aprovou a criação de uma equipe de trabalho para desenvolver um plano conjunto de enfrentamento da doença.

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) lançou nesta terça-feira (2) manifesto defendendo a adoção de um plano nacional de combate à corrupção. No documento, aprovado pelo plenário do Conselho Federal da OAB, a entidade repudia os atos de corrupção descobertos e investigados nos últimos meses.

Além da investigação, o manifesto lista medidas que contribuiriam para enfrentar “os estímulos sistêmicos à prática da corrupção”. A principal, segundo a OAB, é a proibição do financiamento empresarial de campanhas eleitorais e o estabelecimento de limites para contribuições de pessoas físicas.

##RECOMENDA##

“O atual sistema eleitoral torna as eleições brasileiras caríssimas. O financiamento de campanhas por empresas privadas cria uma sobreposição venenosa entre política e interesses empresariais, e precisa ser urgentemente extirpado das eleições que realizamos a cada dois anos”, diz o documento.

Para a OAB, o modelo atual de financiamento estimula a corrupção. Em 2011, a entidade encaminhou ao STF uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin), pedindo que empresas sejam proibidas a financiar partidos políticos e campanhas eleitorais. Durante o julgamento que se estendeu até este ano, o pedido foi acatado pela maioria dos ministros da Corte, mas um pedido de vista do ministro Gilmar Mendes, em abril, suspendeu o julgamento.

Além da proibição do financiamento empresarial, a OAB propõe o cumprimento da ordem cronológica no pagamento das contas públicas; a regulamentação da chamada Lei Anticorrupção (Lei 12.846, de 2013), que pune as empresas corruptoras; a aplicação da Lei da Ficha Limpa para todos os cargos públicos e a exigência do cumprimento por todos os órgãos públicos da Lei de Transparência, para proporcionar acesso fácil às informações.

A OAB também defende o fortalecimento e interligação de sistemas de órgãos de controle como a Controladoria-Geral da União (CGU), a Coordenação-Geral de Assuntos Financeiros (Coafi) e órgãos de registro de propriedade, como cartórios, tribunais de Contas, Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Receita Federal e Polícia Federal para melhorar a investigação dos casos de caixa 2 na campanha eleitoral.

As mulheres que sofrerem algum tipo de violência ou abuso na capital pernambucana vão poder ligar para o número do Liga Mulher, através do 0800 281 0107, do Centro de Referência Clarice Lispector. A campanha lançada nesta terça-feira (25) pela Prefeitura do Recife (PCR), traz o tema "Ser feliz. Eu vou. É meu direito", que pede o fim da violência. 

O principal objetivo da campanha é diminuir o número de casos relacionados à agressão feminina, que é crescente no Recife. O Liga Mulher vai ser especializado no acolhimento e orientação de quem sofre violência doméstica e/ou sexista. A ligação é gratuita e o serviço funciona de domingo a domingo, das 7h às 19h.

##RECOMENDA##

 

 

O primeiro-ministro do Iraque, Haider al-Abadi, determinou que mais apoio aéreo e armas sejam concedidos a combatentes que lutam contra militantes do grupo Estado Islâmico na província de Anbar, em meio a confrontos pelo controle da capital, Ramadi. Al-Abadi pediu a assistência adicional após uma reunião realizada no fim da noite desse sábado (22) com representantes de Anbar.

O apoio aéreo e armas serão fornecidos tanto às forças armadas iraquianas, quanto para tribos sunitas que participam da luta contra os militantes em Anbar, segundo comunicado do governo iraquiano. O Estado Islâmico capturou uma série de cidades de Anbar, inclusive Falluja.

##RECOMENDA##

Neste domingo (23), soldados iraquianos e combatentes sunitas estão envolvidos em violentos confrontos numa tentativa de retomar o bairro de Sijariya, na porção leste de Ramadi, que o grupo extremista afirma ter conquistado na sexta-feira. Também anteontem, os militantes executaram vários membros da tribo al-Bu Fahd, que participa dos combates ao lado do Exército iraquiano. Fonte: Associated Press.

O Parlamento do Afeganistão aprovou neste domingo (23) acordos com os Estados Unidos e com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) para permitir que tropas internacionais permaneçam no país além do fim do ano, em meio a uma nova ofensiva de militantes do Taleban. A missão internacional de combate no Afeganistão, iniciada após a invasão liderada pelos EUA em 2001 que derrubou o Taleban do poder, deveria ser concluída no fim de dezembro.

Com o aval dos parlamentares aos acordos, os EUA e a Otan poderão manter 12 mil soldados no Afeganistão para dar apoio a forças locais no próximo ano.

##RECOMENDA##

Os acordos vieram após o presidente dos EUA, Barack Obama, ter aprovado novas instruções que permitem a soldados do país abordar combatentes do Taleban - e não apenas militantes da Al-Qaeda - no Afeganistão, segundo militares americanos. A decisão de Obama também permite que os EUA realizem operações de assistência aérea, quando necessário. Fonte: Associated Press.

Novas e promissoras perspectivas no tratamento da doença de Alzheimer foram apresentadas nesta quarta-feira (12) durante o Primeiro Encontro sobre Envelhecimento e Doenças Neurodegenerativas da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Pesquisa de laboratório descobriu um composto orgânico capaz de evitar o acúmulo de metais fisiológicos no cérebro, o que pode ajudar a retardar a progressão da doença.

A pesquisa é fruto de parceria entre o Departamento de Química do Centro Técnico Científico da PUC-Rio e o Instituto de Biologia Molecular e Celular de Rosario, na Argentina.

##RECOMENDA##

Um dos coordenadores da pesquisa, Nicolás A. Rey, explicou que os testes experimentais comprovaram que o composto hidrazona mostrou-se eficaz no sequestro dos biometais zinco, cobre e ferro da beta-amiloide, proteína encontrada em grande quantidade nos pacientes com Alzheimer. "Os metais que se acumulam na beta-amiloide produzem radicais-livres, que atacam os próprios neurônios", explicou ele.

Os pequenos agrupamentos de beta-amiloide podem bloquear a sinalização entre as células nas sinapses, que é o primeiro passo para a série de eventos que leva à perda de neurônios e aos sintomas da doença. Nicolás disse que "o hidrazona tem boa absorção no cérebro, não é tóxico, e seu processo [de produção] é ambientalmente correto e de baixo custo".

Após testes preliminares em animais, a reação do grupo de controle foi muito positiva, segundo o cientista, sem mortes ou doenças entre os ratos que receberam enormes doses da substância. Os testes devem durar mais um ano e meio, e nesse período a equipe vai buscar parceiros para a fase de testes farmacológicos na busca por drogas anti-Alzheimer.

A Libéria, um dos países mais afetados pela epidemia de Ebola, anunciou nesta terça-feira a queda no número de novas infecções, no mesmo dia em que 25 pessoas no Mali deixaram a quarentena após terem contato com um paciente.

Os novos casos na Libéria caíram de uma média de 500 por dia para 50, informou o vice-ministro da Saúde liberiano, Tolbert Nyenswah, números que confirmam a diminuição do número de casos em todo o mundo.

"Já não se trata do número de casos de Ebola que tínhamos há dois meses, está reduzindo", garantiu à AFP Nyenswah na segunda-feira.

O surto de Ebola que teve início neste ano, o maior da história, já matou 5.000 pessoas, sendo a Libéria um dos países mais afetados, junto a Serra Leoa e Guiné.

Por sua vez, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou na segunda-feira ter suspendido a quarentena de 25 pessoas de um total de 100 que teriam estado em contato com o único caso confirmado da doença no Mali.

A vítima, uma menina de dois anos da Guiné que viajava com sua avó, foi diagnosticada com Ebola em Kayes, no oeste do Mali, onde morreu em 24 de outubro.

Durante sua viagem por ônibus e táxi com sua avó, irmão e tio, ela entrou em contato com um total de 108 pessoas, que foram identificadas pelas autoridades do Mali com o apoio da OMS.

"Dessas 108 pessoas, 25 foram mantidas em observação por 21 dias e receberam alta (...) Até agora nenhuma apresentou sintomas de Ebola ou dado positivo nos testes", explicou a OMS.

De acordo com Abdoulaye Nene Coulibaly, um médico da equipe de emergência de Kayes, todos os que permanecem isolados nesta cidade poderiam receber alta nesta terça-feira caso não apresentem sintomas. "A avó da menina está bem e os outros também", disse à AFP.

A OMS acredita ser improvável a propagação do vírus no Mali e explicou que a menina tinha "sintomas de sangramento, mas sem diarreia durante a viagem".

Médico de Nova York recebe alta

Nos Estados Unidos, as autoridades de saúde anunciaram a cura de Craig Spencer, um médico de 33 anos que contraiu Ebola quando tratava de pacientes infectados na Guiné. Ele receberá alta do hospital em Nova York onde está internado em breve.

"Depois de um rigoroso tratamento e acompanhamento, Dr. Craig Spencer, admitido e diagnosticado com o vírus Ebola no HHC Bellevue Hospital foi declarado curado", diz um comunicado oficial.

O governo dos Estados Unidos, onde houve nove casos, lidera os esforços internacionais para combater o surto e financiou programas de combate ao Ebola na Libéria.

O primeiro centro especializado construído pelos Estados Unidos foi inaugurado na segunda-feira em Tubmanburg, uma cidade a cerca de 70 km de Monróvia, capital da Libéria.

"A busca de casos, o contato e o monitoramento e as pesquisas têm ajudado muito na luta" contra o vírus, declarou Gorbee Logan, responsável pelo serviço de saúde nesta área.

A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) também publicou nesta terça-feira um curso on-line para ajudar as pessoas que lutam com a doença para desacelerar sua expansão.

A doença causada pelo vírus Ebola, também conhecida como febre hemorrágica do vírus Ebola, é uma doença com uma taxa de mortalidade que pode chegar a 90%.

O contágio se dá por meio do contato direto com sangue, fluidos corporais e secreções da pessoa infectada.


Na Praça do Derby, na área central do Recife, uma roda de amigos discute o câncer de próstata: 

-  Todo ano eu faço exame de sangue. Mas só se acusar alguma coisa nesse eu vou para o toque – comenta o auxiliar Edson Jerônimo Lucas, de 56 anos.

##RECOMENDA##

- Tu nunca vai ter nada na próstata não, Edson, que tu transa muito – brinca o vigilante Jurandir Barbosa, 43.

- Eu também só fiz exame de sangue, e foi há uns cinco anos – diz o fiscal Antônio Francisco de Lima, 53. – Eu faria esse exame do toque, mas só tenho medo de gostar. Mas se eu gostar todo ano eu vou – opina, caindo na gargalhada. 

- Eu vou, mas só para o médico que tem dedo fino – conclui Jurandir.

Apesar do tom descontraído, os três amigos carregam um discurso que é grande inimigo do combate ao câncer de próstata. O medo da interferência do exame de toque na masculinidade influencia na prevenção. Uma pesquisa de 2013 realizada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) apontou que 47% dos entrevistados nunca realizaram exames para detectar o câncer de próstata, 44% jamais se consultaram com o urologista e 51% nunca fizeram exames para aferir os níveis de testosterona.

A estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) é que 68,8 mil novos casos do câncer sejam detectados em 2014. Para reverter esses valores, é preciso lutar contra o machismo. Neste mês de novembro, a campanha Novembro Azul serve justamente para alertar a população da importância do exame de detecção ao câncer de próstata.

A desculpa dos amigos do texto de que já faziam o exame de sangue também não é válida. O exame de Antígeno Prostático Específico (PSA), ao qual eles se referem, não detecta cerca de 10% a 20% dos casos de câncer, sendo necessário o exame de toque para complementar. Mesmo comentando que fariam o exame caso fosse necessário, o tom jocoso do grupo traz muitas dúvidas no cumprimento dessa promessa. 

Depois de ouvir algumas pessoas do Recife, o perfil que se cria é de alguém com um comportamento mais semelhante ao do comerciante Mario Gomes da Silva, 63 (de óculos na foto), que firmemente diz: “Eu peço a Deus para nunca precisar fazer. E mesmo assim, faço não, de jeito nenhum. Dá não...”.

Quem já fez também tem vergonha de dizer. O aposentado Edivaldo Alves, 57 (de boné), se machucou na virilha durante uma partida de futebol com os amigos na época em que trabalhava como porteiro. No hospital, acabou fazendo o exame de toque. Fez outras três vezes depois daquela. Mas ainda assim fica constrangido para dizer. “É... é... levei uma dedada”, assume sorrindo e com hesitação.

Para o chefe de urologia do Hospital do Câncer, André Maciel, o preconceito e a vergonha diminuíram nos últimos 20 anos. “Em geral, os pacientes mais esclarecidos entendem melhor. Quem tem menos formação, tem mais resistência. Mas a massificação do tema tem ajudado”, ele esclarece. O urologista também lembra outro aspecto importante do combate ao câncer: “O papel da mulher. Ela exige que o marido vá ao médico. ‘Só vim pra me livrar dela’ é muito comum de se ouvir. Ela é a cuidadora do parceiro. Marca consulta, lembra, é proativa”, ele destaca.

Segundo a sexóloga Silvana Melo, o comportamento de muitos homens com relação ao exame do toque é “uma verdadeira homofobia”. “A nossa sociedade, nossa cultura, é muito machista. Os homens têm medo da homossexualidade. Quando há estímulo anal, eles vão sentir prazer devido aos terminais nervosos, aí ficam com medo desse prazer, até acham que são homossexuais. Isto é totalmente errôneo. O que define homossexualismo é o desejo, a paixão, o amor por outra pessoa do mesmo sexo”, ela resume. 

Atualmente, os exames são indicados para homens a partir dos 50 anos. Caso haja histórico da doença na família, as avaliações devem começar antes, aos 45 anos. Além do histórico familiar, outros fatores de risco são a raça, pois há maior incidência em negros, e idade avançada. O Inca diz que 75% dos casos do mundo ocorrem em pessoas acima dos 65 anos. Há ainda 16% de chance do homem sofrer do câncer de próstata durante toda a sua vida.

A importância de se fazer anualmente a avaliação se deve também ao comportamento do câncer. “Ele é assintomático no início. Quando vem aparecer algum sintoma é porque já ultrapassou o limite da próstata”, diz o urologista.  

Apesar da difusão da importância dos exames, o processo ainda é lento e o preconceito ainda perdura. Próximo dos três amigos que conversavam na praça, um jovem taxista de 20 anos, que não quis se identificar, ainda não lida muito bem com o exame de próstata. “Não, eu vou fazer esse não. Vou fazer o do laser”. Aí ele foi informado que não há exame por laser para detectar câncer de próstata. “Mas falta muito tempo ainda, faltam ainda 20 anos para eu pensar nisso. Tem que ver um que seja seguro”. Aí ele é informado de que o exame de toque é altamente seguro. “É... não é nem questão de ser seguro não, é que é complicado. Vou fazer o do laser”.

Tratamento – Para o câncer localizado, a indicação é a cirurgia radical, que cura 90% dos casos. Os efeitos colaterais da cirurgia, entretanto, são expressivos. O procedimento causa impotência em 40% das vezes e incontinência urinária, em 5%. 

Quando não há condições para a cirurgia e o risco é maior, a recomendação é a radioterapia. Quando o câncer está avançado já não há cura, sendo feito apenas um tratamento paliativo, para oferecer melhor qualidade de vida ao paciente.

Fotos: Augusto Cataldi/LeiaJáImagens / Ilustração: WikimediaCommons

A Lei Anticorrupção deve ser regulamentada até o final deste ano, de acordo com expectativa do ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage. “Espero que assim seja. Claro que não posso assumir compromisso em nome da presidenta Dilma (Rousseff), porque é ela quem vai assinar o decreto. Mas, pelo avanço das discussões e das conversas conduzidas já nesta etapa, na Casa Civil, tudo indica que sairá muito proximamente o decreto”, disse Hage.

O ministro participou, na tarde desta sexta-feira (31), de seminário do Instituto dos Advogados de São Paulo (Iasp) para discutir a Lei Anticorrupção, que ele costuma chamar também de “lei da empresa limpa”. Segundo o ministro, falta apenas “o ajustamento de alguns detalhes da legislação” para que a lei possa ser regulamentada.

##RECOMENDA##

A Lei Anticorrupção (12.846/13) foi sancionada em agosto do ano passado, no “calor das manifestações”, segundo ele, mas ainda falta ser regulamentada. Ela responsabiliza as empresas por atos de corrupção contra a administração pública e define punições que variam de 0,1% a 20% do faturamento bruto do exercício anterior ao do processo administrativo. Caso não haja informação sobre faturamento, a multa à empresa pode ser estabelecida entre R$ 6 mil e R$ 60 milhões.

A lei também proíbe que as empresas envolvidas em episódios de corrupção recebam recursos de instituições financeiras públicas. Também não podem participar de processos de licitação nem contratar com o poder público durante o período de cumprimento da sanção. A lei pode levar até ao fechamento da empresa. A multa, ressaltou o ministro, nunca será inferior ao valor da vantagem obtida, e caso a multa não seja paga no prazo, a empresa será inscrita na dívida ativa.

Uma das controvérsias da lei, disse o ministro, envolve as empresas públicas. Uma questão polêmica, segundo Hage, é se as empresas públicas também estariam sujeitas a todas as penalidades, incluindo o fechamento da empresa e a interdição de suas atividades. "Imagina uma empresa de água e esgoto ter suspensas suas atividades. Isso me parece impensável. A aplicação da lei para as empresas estatais é prevista sim, mas tem que ser feita dentro do princípio da razoabilidade”, falou.

Embora a lei esteja em vigor desde janeiro, ela ainda não foi aplicada, porque não ocorreu nenhum fato posterior, segundo o ministro. Perguntado se o caso da Operação Lava Jato, que envolve a Petrobras, não poderia render punição à empresa, prevista já na Lei Anticorrupção, ele explicou que não, pois o fato é anterior à lei, embora o conhecimento sobre o episódio só tenha se tornada público este ano. “A lei entrou em vigor no dia 29 de janeiro de 2014. Não podemos fazer a lei retroagir para punir, porque a Constituição brasileira não permite. Então, todos os casos acontecidos antes da data não estão sujeitos a esta lei, mas a outras leis como o Código Penal, à Lei de Licitações ou à Lei de Improbidade”, explicou.

O ministro comentou ainda sobre sua expectativa para o segundo mandato da presidenta Dilma, e espera "a intensificação do combate à corrupção, o fortalecimento das instituições de controle, o empenho do governo pela reforma política - a começar pela alteração do financiamento empresarial dos partidos -, a redução do número dos partidos e a mudança do sistema partidário, para que se reduza a pulverização dos partidos nanicos no Brasil.

 

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando