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Cotas destinadas a um público específico sempre é um assunto que divide opiniões. Mais um projeto em tramitação na Câmara dos Deputados visa outro um tipo de cota, desta vez, destinada para pessoas com deficiência. De acordo com a proposta, ao menos 10% das vagas em instituições federais de ensino superior e de ensino técnico de ensino médio devem beneficiar essas pessoas. 

No entanto, para que possam ser beneficiados os candidatos, obrigatoriamente, eles precisam ter estudado em escolas públicas. De autoria da deputada petista Luizianne Lins, ela recordou que pessoas com deficiência já desfrutam de cotas em concursos públicos [até 20%] e em empresas [de 2% a 5% conforme a quantidade de empregados] com a diferença de que não tem como critério ter passado pela rede pública. A parlamentar ainda ressaltou que “as políticas de cotas têm sido instrumentos relevantes de inserção social”. 

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O projeto, que ainda será analisado pelas comissões de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência; de Educação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania, pretende mudar a Lei de Cotas nas Instituições Federais de Ensino [12.711/12].

 

A MV, empresa de tecnologia, com sede no Recife, busca profissionais com deficiência para completar o quadro de funcionários da instituição. Ao total, são oferecidas 10 oportunidades. Inscrições são online.

As vagas são para os cargos de auxiliar administrativo, analista de testes, desenvolvedor, analista de suporte, analista de pessoal, analista de projetos, consultor e auxiliar financeiro. Para concorrer, os candidatos devem apresentar interesse na área e o laudo médico, de qualquer tipo de deficiência. Não é exigido ensino superior, nem experiência na área.

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O processo seletivo conta com análise curricular e, em visita a empresa, entrevista e dinâmica em grupo. O cadastro dos currículos é feito via internet, no site da empresa. Os interessados têm até o dia 7 de março para realizar o procedimento.

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A Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Estado de São Paulo recebe a "Semana dos Direitos da Pessoa com Deficiência", de 6 a 9 de novembro, que terá uma série de eventos sobre tecnologia, comunicação, direitos e saúde.

São palestras, fóruns e seminários relacionados a diferentes aspectos e soluções, com a participação de especialistas, profissionais, instituições de ensino e pesquisa, agências de fomento, organizações civis e governamentais e interessados em geral.

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Para mais informações sobre o evento, acesse o site: http://www.pessoacomdeficiencia.sp.gov.br/ultimas-noticias/tecnologiareabilitacaosaude-e-comunicacaoeventos-simultaneos-sobre-inclusao-de-pessoas-com-deficiencia.

Imagina uma menina aos 13 anos de idade, na pré-adolescência onde os anseios, medos e desejos estão à flor da pele, ter os membros superiores e inferiores amputados em face de negligência da rede pública de saúde? O caso aconteceu com a hoje deputada estadual Thaise Guedes (PMDB), 30 anos, após contrair na época meningite meningocócica. 

A alagoana transformou o que poderia ser tristeza, dor e sentimento de pena em coragem para buscar a superação. E conseguiu. Em 2008, com apenas 21 anos, ela se candidatou vereadora por Maceió pelo PSC. Era o primeiro grande trunfo: conquistou a vaga na Câmara Municipal. Após essa fase, decidir alçar um voo maior provando que as dificuldades não foram empecilhos para conseguir mais vitórias. Em 2010, disputou uma vaga na Assembleia Legislativa de Alagoas sendo a mais jovem deputada da Casa. 

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Antes mesmo de entrar na carreira política, Thaise já havia decidido vencer. Em 2006, chegou a viajar para a Alemanha onde trabalhou como modelo fotográfica para uma agência. Ela é casada, mãe de uma menina, e sempre demonstra seu amor pela família e pela vida com frases de agradecimento em suas redes sociais. 

Ao completar 30 anos, no mês passado, a deputada disse que nunca se sentiu tão forte e feliz como agora. Se definiu como uma mulher abençoada, grata e realizada. “A vida é incrível quando amamos e tememos a Deus. Só posso agradecer todo o amor e carinho que sinto. Nunca me senti tão querida, tão amada, completa, respeitada, tão forte e feliz”. 

Para os que não entendem como ela consegue se superar a cada dia, Thaise Guedes declarou que a vida é feita de escolhas. “Eu fiz as minhas. Escolhi ser o melhor de mim, a minha melhor versão. Gratidão por quem me tornei e pela mulher que hoje sou: livre, forte, cheia de fé, apaixonada pela vida, mãe essencialmente, mulher romântica que ainda acredita que o amor pode transformar o mundo e nossos mundos, embora não saiba quando. Eu sou a minha melhor personagem da vida, meu melhor modelo de superação”, frisou. 

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Atualmente, no segundo mandato, Thaise é exemplo na classe política, que anda tão desacreditada por parte da população com os últimos acontecimentos no país. A parlamentar tem uma forte atuação com as pessoas mais carentes e com deficiência física. Por ter viver na pele, ela usa seu mandato para contribuir com a melhoria da qualidade de vida dessa classe. As doações de cadeira de roda, de banho e par de muletas com o apoio de parceiros são constantes e as entregas são feitas pessoalmente. 

Thaise garantiu que é impossível definir o que sente em cada doação. “A cada emocionante relato, impossível explicar o sentimento que toma conta de mim e da nossa equipe. A cada novo encontro, a certeza que nada é em vão e eu sigo cada dia mais fortalecida em fazer mais e melhor. Hoje à noite eu só quero agradecer”, escreveu recentemente em seu Instagram. 

Em 29 de setembro, ocorrerá o "Dia D", dia de conscientização para a pessoa com deficiência em Guarulhos. A criação é do Ministério do Trabalho, em união com a Prefeitura do município, através das secretarias do Trabalho e de Assuntos Difusos – Subsecretaria de Acessibilidade e Inclusão.

A finalidade do evento é juntar empresários e pessoas com deficiência no Adamastor, de 9h às 16, com o objetivo de abrir vagas de emprego e efetivar encaminhamentos.

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O Dia D abrange eventos que acontecem em diferentes cidades do Brasil, oferecendo espaços para reunião entre deficientes e reabilitados do INSS, que querem entrar no mercado de trabalho, com as empresas que devem cumprir a cota de inclusão desse público antecipada em lei.

Em Guarulhos ocorrerá programação especial, no sábado, 30, com desfile de moda inclusiva. Aproximadamente 20 pessoas serão integradas, mostrando as entidades da cidade. Os membros este ano serão a Secretaria do Estado da Pessoa com Deficiência, o Internacional Shopping e lojistas do mesmo centro de compras.

Na quinta-feira, 20, às 10h a Subsecretaria de Acessibilidade e Inclusão irá viabilizar um aprendizado no auditório do CEU Cumbica, atendendo a Semana do Estudante 2017, com o tema “Desperte o seu olhar inclusivo e vivencie essa experiência”, com atividades que mostram as dificuldades vividas por pessoas com deficiência. A coordenação está sob responsabilidade da Subsecretaria da Juventude.

(Por Beatriz Gouvêa)

A prefeitura de Guarulhos-SP promove, até sexta-feira (dia 25), a Semana da Pessoa com Deficiência. Os eventos pretendem conscientizar a sociedade sobre as dificuldades enfrentadas pelas pessoas com deficiência.

“É importante divulgar que essas pessoas desejam trabalhar, divertir-se e ter acesso a todas as boas iniciativas da sociedade. Onde houver preconceito contra os deficientes, nós precisamos levar o esclarecimento, visando à igualdade para todos”, disse o subsecretário de Acessibilidade e Inclusão de Guarulhos, Toninho Messias.

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Confira abaixo a programação da semana:

Dia 23 (quarta-feira) - 14h às 16h: Palestras sobre saúde, com o Dr. Aly Said Yassine. Local: Secel (Rua Claudino Barbosa, 313 – Macedo);

Dia 25 (sexta-feira) - 9h às 10h e 14h às 15h: Circuito Adaptado, com monitoria e passeio pelo Orquidário e mirante; capoeira, apresentações culturais, escultura de balões e pintura de rosto com palhaços. Local: Bosque Maia, anexo ao Centro de Educação Ambiental;

Dia 25 (sexta-feira) - 10h30 às 12h: Apresentação do GoalBall – Adevig, modalidade esportiva para cegos; e vivência com o público na quadra acessível de basquete do Bosque Maia.

Os interessados para participar do Circuito Adaptado, no dia 25 de agosto, poderão se inscrever através do e-mailcoordenadoriappcd@gmail.com ou pelos fones 2422.7376 e 2414.3685.

A autora da saga "Harry Potter", J.K. Rowling, crítica ferrenha do presidente americano, Donald Trump, pediu desculpas nesta terça-feira, depois de ter sugerido que o político republicano havia ignorado um menino em uma cadeira de rodas durante um evento na Casa Branca.

A escritora britânica que, como Trump, é uma usuária prolífica do Twitter, utilizou a rede social para admitir que cometeu um erro e pedir desculpas, "sem reservas", ao menino e sua família.

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Na sexta-feira, Rowling criticou Trump porque entendeu que o presidente havia ignorado um menino em uma cadeira de rodas que tentava cumprimentá-lo, depois de assistir um vídeo nas redes sociais.

"Fontes me informaram que não era uma interação completa ou precisa da interação entre eles", escreveu Rowling em um tuíte a respeito do vídeo.

"Eu, muito claramente, projetei minha própria sensibilidade sobre a questão das pessoas com deficiência que são ignoradas nas imagens que vi e, se isto causou alguma angústia para aquele menino ou sua família, peço desculpas sem reservas".

No dia 24 de julho, Trump e o vice-presidente Mike Pence receberam várias famílias que, segundo a Casa Branca, foram "muito castigadas" pelo Obamacare, incluindo o menino em questão e sua mãe.

Rowling havia lamentado "quão surpreendente e quão horrível" era o fato de Trump parecer ignorar o menino. Ela apagou os tuítes, mas o jornal Daily Mail já havia publicado as mensagens em seu site.

Um vídeo publicado no site da Casa Branca mostra o momento em que o presidente abaixa para falar com o menino.

O IOS (Instituto da Oportunidade Social) abriu as inscrições para mais de 1200 vagas em cursos gratuitos de capacitação profissionalizante voltados para jovens com deficiência nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Joinville e Belo Horizonte, através do site do instituto ou diretamente nas unidades, até o dia 2 de agosto. São oferecidos cursos presenciais e semipresenciais em áreas como Gestão Empresarial com software ERP TOTVS, Administração de Materiais e Gestão de Projetos. 

“Nosso desejo de qualificar, formar e empregar esses jovens no mercado de trabalho é tão focado que mesmo quando o volume de inscrições em algumas Unidades não atinge nossa capacidade máxima realizamos a ‘Operação Sala Cheia’, que inclui a ida de participantes do IOS às escolas estaduais próximas às unidades do Instituto para divulgar o nosso trabalho e incentivar novos alunos”, relata a gestora do IOS, Alecsandra Neri. 

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Para mais informações sobre o instituto e suas unidades, acesse o site

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A Superintendência de Trânsito e Transportes de Campina Grande (STTP) realiza o recadastramento para as pessoas com deficiência, que são beneficiários da gratuidade nos transportes coletivos, até o dia 30 deste mês.

O recadastramento está sendo efetuado no setor de gratuidade da STTP, apenas nas segundas e terças-feiras, no período das 12h às 17h. Para regularizar é necessário levar o registro de nascimento, CPF, comprovante de residência no nome da pessoa que vai fazer a perícia médica, em caso de casa alugada deve portar cópia autenticada do contrato, Cartão do SUS atualizado, laudo médico com CID10 (em caso de surdez acrescentar audiometria), e o tipo sanguíneo.

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De acordo com a superintendência, o recadastramento é fundamental para as trocas das carteiras que irão vencer em junho deste ano. O calendário de avaliação médica, que iniciou em março, irá até o final do mês. O agendamento das datas é marcado conforme a entrega de documentação.

No entanto, o atendimento à solicitação do órgão ainda não atingiu 60% do total previsto. Os beneficiários que não regularizarem o cadastro perderão a licença da gratuidade no transporte coletivo.

Toby Ott tem 27 anos. Ele adora jogar videogames desde os cinco, quando testou pela primeira vez "Mortal Kombat" em um fliperama. O relato soa como uma história bastante comum, até você descobrir que Toby tem anoftalmia bilateral, uma condição rara que significa que ele nasceu sem globos oculares.

Sua deficiência apresenta desafios significativos para que ele desfrute de um meio de entretenimento que é principalmente visual, mas isso não o impediu de jogar todos os tipos de games ao longo de duas décadas - mesmo sem ver o que está na tela.

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Ele adora principalmente jogos de luta, pois indicadores auditivos como gritos e golpes o ajudam a se posicionar no mapa. Toby até mesmo se arrisca a competir online contra oponentes humanos. Mas sua deficiência também não o impede de experimentar outros gêneros como RPG.

Com a ajuda de um amigo, ele foi capaz de gastar incontáveis horas na jogatina em "Final Fantasy X". Obviamente, este tipo de game traz desafios extras. "Uma vez eu não consegui vencer um chefe por 8 semanas", relembra. "E continuei tentando e tentando e tentando e falhando, até que eventualmente eu o derrotei", conta.

Ele consegue até mesmo jogar títulos da velha guarda como "Duke Nukem" e "Doom", embora nestes games ele precise habilitar cheats, uma vez que é quase impossível encontrar objetos nos mapas ou acertar monstros com uma mira certeira.

A história única de Toby Ott é contada no mini-documentário ''Gaming Through New Eyes'', que foi recentemente publicado no YouTube. Segundo o criador da produção, este é uma perspectiva totalmente nova no universo dos videogames, a partir da imaginação de alguém que nunca soube o que é ter visão.

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A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) instaura, na manhã desta terça-feira (11), a Frente Parlamentar em Defesa da Pessoa com Deficiência. Em entrevista concedida ao LeiaJá, nesta segunda (10), a deputada Terezinha Nunes (PSDB), que propôs a criação da mesma, disse que é a primeira vez uma Assembleia Legislativa, no Brasil, cria uma Frente destinada a tratar do assunto.

A tucana também declarou que é importante que Pernambuco tenha esse "protagonismo" no debate devido a um levantamento realizado pelo IBGE, em 2010, o qual mostra que o Brasil possui cerca de 45,6 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência sendo, no estado, 23,9% da população. 

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"É uma população muito numerosa e é preciso que ela seja ouvida e que seja, sobretudo, incluída na sociedade com todos os seus direitos. A Frente vai traçar diagnósticos, elaborar projetos e sugestões para o governo de forma que sejam corrigidas muitas distorções, assim como também para a própria sociedade entender o que ela pode fazer para que as pessoas com deficiência sejam mais incluídas na sociedade", explicou. 

Terezinha lembrou a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/15), também conhecida por Estatuto da Pessoa com Deficiência, que destaca que governos e empresas devem se empenhar para incluí-los. A Frente terá como relatora a deputada Laura Gomes (PSB) e como membros titulares os parlamentares Clodoaldo Magalhães (PSB), Ricardo Costa (PMDB), Jadeval de Lima (PDT) e Roberta Arraes (PSB). 

A Polícia Civil apresentou, na tarde desta segunda-feira (3), a conclusão do inquérito sobre o caso da blogueira Julia Salgueiro que, pela redes sociais, insultou um bebê com síndrome de down. Durante apresentação, realizada na delegacia de Casa Amarela, o delegado Paulo Rameh afirmou que, de acordo com o Art. 88 da Lei 13146/15 (que veda praticar, induzir ou incitar a discriminação de pessoa em razão de sua deficiência), Julia cometeu o crime de discriminação contra a pessoa portadora de deficiência. No documento, a polícia pede a prisão preventiva da blogueira. O crime prevê a pena de dois a cinco anos de reclusão e multa.

“Foram expressões muito rudes, muito graves. Elas ofendem a moral geral e o senso comum da população. A revolta muito ampla e divulgada em todas as mídias, demonstram que realmente as pessoas se sentiram muito ofendidas com o grau de violência das palavras da autora”, explicou o delegado. O inquérito foi concluído na última sexta-feira (31) e será enviado hoje ao Ministério Público do Estado.

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A defesa da autora é baseada na questão de que Julia estaria passando por um processo depressivo, provados através de cópias de atestados e receituários médicos assinados por um médico psiquiátrico. “O juíz vai avaliar até que ponto essa defesa é válida. Se isso realmente pode fazer com que haja uma pena alternativa mais branda. O trabalho da polícia civil é provar a materialidade do fato e a autoria. A questão da culpa ou se havia realmente a intenção de ofender especificamente aquela pessoa fica para o juíz analisar”, detalhou Rameh.

O delegado também disse que recebeu mensagens de internautas alegando que não era a primeira vez que Julia cometia esse tipo de atitude, porém as mensagens não entraram no inquérito. Rameh ressaltou que as provas que a mãe da criança enviou já seriam suficientes para indiciar a blogueira.  

O fato aconteceu durante a semana do Dia Internacional da Síndrome de Down, quando um ato de preconceito foi praticado pela blogueira Julia Salgueiro, do ModaModaModa, em um grupo de jornalistas no Facebook. Em suas postagens, ela compara uma criança com Down a um cachorro, diz que sexo entre eles é algo “nojento” e ainda aponta ser “um ser pensante que raciocina diferente da boiada”.

Diante dos diversos comentários e a polêmica causada pelas mensagens da blogueira, a mãe da criança de 11 meses com a síndrome se dirigiu à delegacia de Casa Amarela, na Zona Norte do Recife, para prestar queixa contra a blogueira. A mãe ressaltou que jamais ficaria calada diante de um caso de preconceito desse. “Existem pessoas cruéis e ruins nesse mundo. Mas jamais nos calaremos. Jamais! Preconceituosos não terão vez. Faço e farei de tudo para que os direitos do meu filho e de todos os outros sejam respeitados. Preconceituosos não passarão”.

Em meios às polêmicas envolvendo a Operação Carne Fraca, o prefeito de Afogados da Ingazeira, José Patriota (PSB), declarou, nesta terça-feira (28), antes da sua posse como presidente da Amupe – Associação Municipalista de Pernambuco, que há uma deficiência muito grande de abatedouros devidamente licenciados para o abate de animais.

"A gente reconhece que há uma precariedade desses serviços e também entendemos que esse serviço pode ser melhorado com cidades-polos para que possam atender em torno de dez, quinze ou vinte cidades de forma regionalizada sendo gerenciada, inclusive, por consórcios. Há algumas experiências já sendo tocadas assim”, disse.

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Ele também falou sobre as dificuldades em relação a questão de resíduos sólidos ressaltando que há mais de 150 municípios pernambucanos que jogam os resíduos em lixões abertos. “Não é só em Pernambuco, como em onze capitais no Brasil. Tudo isso faz parte das nossas preocupações e que depende de financiamento. Depende muito não só de projetos, mas, sobretudo, de recursos, ou seja, de fonte de financiamento”, enfatizou.

O prefeito declarou que alguns projetos foram elaborados para minimizar esse problema e que há algumas emendas de parlamentares previstas. “Isso tudo faz parte da nossa pauta. É tudo muito importante, mas não é uma resolução fácil do dia para a noite. Leva um certo tempo”, avaliou.

Patriota lembrou da Grande Marcha dos Prefeitos, que acontece em Brasília, no mês de Maio. "Nessa marcha estão na pauta as reformas de uma maneira geral", salientou. 

Ainda pontuou que é necessário discutir quais são as atribuições dos entes federativos no que diz respeito ao Pacto Federativo redefinindo as responsabilidades de modo a repartir, de forma justa e equilibrada, as receitas dos tributos que os brasileiros pagam.

O Communicare é um portal de visibilidade da audiodescrição e de acessibilidade audiovisual, em Belém do Pará, que tem uma equipe multiprofissional. O grupo se reúne às quintas-feiras, na seção Braille da Biblioteca Pública Artur Viana (Centur), às 15 horas. Nos encontros são abordados assuntos de várias áreas e espaços estratégicos de difusão sobre os direitos das pessoas com deficiência e a imediata mudança de postura e revisão de valores sobre o conceito de cidadania.

Tecnicamente, audiodescrição é uma tradução intersemiótica de códigos imagéticos para códigos verbais. Ou seja: o recurso consiste na tradução de imagens em palavras, com a finalidade de garantir acessibilidade a pessoas com deficiência visual em eventos culturais, gravados ou ao vivo, tais como peças de teatro, programas de TV, exposições, mostras, musicais, óperas, desfiles e espetáculos de dança; eventos turísticos, esportivos, pedagógicos e científicos, além de aulas, seminários, congressos, palestras, feiras e outros.

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A audiodescrição amplia também o entendimento de pessoas com deficiência intelectual, idosos e disléxicos. Sendo uma tradução, está inserida nos estudos linguísticos, visto que a Linguística é a ciência da linguagem. O Communicare reúne acadêmicos e profissionais de Letras, Comunicação Social, Pedagogia, Teatro, Dança, Música, Terapia Ocupacional, Direito, Arquitetura e Administração.

O projeto Communicare, fundado em julho de 2016, por meio de uma parceria entre a audiodescritora Aline Diniz Corrêa, de 35 anos, graduada em Licenciatura Plena em Letras Língua Portuguesa pela Universidade do Estado do Pará (Uepa), e Afonso Carlos de Lisboa Gallindo, 42 anos, publicitário, documentarista e jornalista, vem trabalhando a acessibilidade nos meios de comunicação. O trabalho mais recente do grupo foi a participação no debate dos candidatos à prefeitura de Belém, promovido por uma emissora de tevê paraense, que teve sua primeira transmissão com todos os padrões em acessibilidade, em todo o Estado do Pará, em cumprimento à lei brasileira de acessibilidade nº 13.143/2015.

Aline Corrêa, coordenadora do grupo, trabalhou com pessoas portadoras de deficiência, em 2000, na Seção Braille da Fundação Cultural do Estado do Pará (FCP). Em 2003, ingressou no Fórum Estadual de Ações Unificadas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e atuou politicamente em prol dos direitos das pessoas com deficiência. Aline conheceu a audiodescrição, pela primeira vez, na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em São Paulo, e mudou, completamente, seus planos de tornar-se uma Neolinguística. “Acreditei que, naquele momento, eu conseguiria conciliar minhas carreiras política e profissional e acadêmica”, afirmou Aline. “Communicare, que também é composta por membros com deficiência visual, nos permite compartilhar saberes e compreender o espaço de cada um no processo da inclusão, pois é comum que algumas pessoas com deficiência sintam-se coadjuvantes nas decisões referentes aos seus direitos, em função do destaque dos profissionais das tecnologias assistidas. Contudo, todos nós somos atores sociais, com papéis de mesma importância, já que nossas ações são complementares e essenciais”, complementou a audiodescritora.

“Fui convidado para participar de uma oficinal de audiovisual apenas para funcionários e jornalistas de uma tevê local. Foi então que tive meu primeiro contato com a audiodescritora Aline Corrêa. Através dessa oficina, conversamos sobre montar um grupo de audiodescrição, pois a oficina tinha tudo a ver com essa temática. Foi assim que nasceu o Communicare”, afirmou Gallindo. “Percebi o quanto é importante e necessária a questão da audiodescrição, não só em audiovisual, mas também em todos os processos artísticos e em todos os veículos de comunicação, porque o acesso torna-se democrático, a pessoa que não tem visão, tem baixa visão ou que não tem audição é tão cidadão como qualquer um outro”, afirmou Afonso Gallindo.

Rosicleide Gonçalves Lobo, 29 anos, graduanda em História pela Universidade Federal do Estado do Pará, nasceu com glaucoma. Aos 5 anos de idade perdeu a visão do lado esquerdo e com 22 anos perdeu por completo sua visão. Para Rosicleide, o projeto Communicare tem permitido uma ampla acessibilidade e um maior entendimento, conhecimento e facilidade em identificar o que lhe é descrito. “A audiodescrição é fundamental, pois no século avançado em que estamos tudo se tornou muito visual, é muito carregado de signos imagéticos, formas e tamanhos e sem a audiodescrição é impossível identificar tudo isso”, diz Rosicleide. A estudante de História falou também sobre a arquitetura paraense. Para ela, o projeto proporciona conhecer melhor a arquitetura de lugares que jamais imaginou que seriam descritos.

O grupo Communicare é formado por 14 pessoas, de diversas áreas. Para entrar em contato ou contratar o grupo para palestras, audiosdescrições, entre outros serviços, os contatos são: audioline.para@yahoo.com ou pelo telefone (91) 98810-7071.

Por Lilia Amorim.

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Na manhã desta segunda-feira (7), foi realizada a cerimônia de posse dos novos representantes do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência Pará (CEDPD/PA). O evento foi realizado no auditório do Centro Integrado de Inclusão e Cidadania (CIIC), em Belém. A Universidade da Amazônia (Unama) participa do Conselho como sociedade civil, representada por Hérica Simão, Diretora Acadêmica do Núcleo de Atendimento ao Educando Especial (NAEE).

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Em entrevista ao LeiaJá, a professora Hérica Simão falou sobre a importância da Unama poder integrar o Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência. "Eu penso que é um passo para a continuidade do trabalho que a Unama desenvolve no Conselho, que é se fazer presente enquanto sociedade civil, e estar lutando pelos direitos da pessoa com deficiência. Então, isso mostra que a universidade está cumprindo com seu dever e contribuindo para com a população paraense", contou.

De acordo com Hérica Simão, por meio de reuniões ordinárias que são realizadas uma vez por mês, as pautas serão discutidas e situações a respeito dos direitos da pessoa com deficiência passam por votação no Conselho e só então têm um encaminhamento. " Quando o conselho recebe uma denúncia é só depois da discussão que podemos decidir como vamos tratar determinada situação. Como temos representantes da OAB-PA (Ordem dos Advogados do Brasil, seção Pará), então os direitos vão estar sendo garantidos e discutidos, acho que a pauta maior aqui é exatamente a discussão de toda essa temática que vem sendo desenvolvida", explicou.

Hérica Simão destacou a importância de seu trabalho como conselheira e como uma representante lutando pelos direitos de pessoas com deficiência ."Enquanto representante da Unama, é importante olhar não só para dentro da instituição mas para o entorno, para a cidade de Belém, pelo Estado do Pará, principalmente por ser um trabalho direcionado aos portadores de deficiência e para a sociedade como um todo", informou.

Participam do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência Pará (CEDPD/PA) representantes de associações que atendem pessoas com deficiência, Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), Ordem dos Advogados do Pará (OAB-PA), dentre outras instituições.


No Dia Nacional da Luta das Pessoas com Deficiência, celebrado nesta quarta (21), o prefeito do Recife e candidato à reeleição Geraldo Julio (PSB) declarou que propõe criar a Residência Inclusiva para pessoas com deficiência que perderam o convívio familiar e que não possuem recursos financeiros. A proposta foi apresentada durante reunião com integrantes de grupos que lutam por acessibilidade. 

O prefeito também afirmou que pretende criar uma Central da Língua Brasileira de Sinais do Recife, que irá atender a demanda da pessoa com deficiência e disponibilizar intérpretes para atividades externas. O socialista ainda quer realizar, caso reeleito, um programa de capacitação em libras para servidores para que todos os órgãos da Prefeitura do Recife disponham de intérprete para o atendimento ao público.

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“Hoje é o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência e, para garantir uma cidade inclusiva, começamos pelas escolas implantadas com 11 ônibus do Transporte Inclusivo e com as salas bilíngues, onde os alunos surdos têm aulas através da linguagem brasileira de sinais e contratação de 150 agentes de educação especial para nossas escolas”, disse Geraldo Julio, durante o encontro. 

 

 

A maioria das escolas públicas da capital - tanto municipais quanto estaduais - não é adaptada para alunos com deficiência. Só 33% das unidades da Prefeitura estão acessíveis. Na estadual, a proporção é de 38,96%. E as regiões que têm mais alunos matriculados com necessidades especiais, em alguns casos, são as que menos têm unidades adaptadas. É o que mostra cruzamento do jornal O Estado de S. Paulo, feito com dados obtidos pela Lei de Acesso à Informação.

Há, hoje, 30,1 mil alunos com algum tipo de deficiência nas duas redes - mais da metade deles com déficit intelectual. Na rede municipal, de 3,5 mil unidades educacionais, só 1.180 são acessíveis. No Estado, apenas 415 das 1.057 oferecem infraestrutura adequada.

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É considerada "acessível" a escola que segue os padrões da norma NBR 9050, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Isso significa que as unidades devem oferecer rampas de acesso e elevadores para cadeirantes, piso com sinalização tátil para pessoas com deficiência visual e barras de apoio, entre outros equipamentos. Além disso, o Estatuto da Pessoa com Deficiência prevê a oferta de profissionais de apoio escolar para cuidar desses alunos.

No caso da rede municipal, novas unidades têm sido construídas já adequadas às normas, mas colégios mais antigos não têm a infraestrutura adequada. Na Escola Municipal Joaninha Grassi Fagundes, no Parque São Luís, zona norte da capital, por exemplo, os cinco alunos cadeirantes da unidade não têm acesso à sala de leitura nem à de informática, uma vez que estudam no térreo e os equipamentos ficam em área inacessível, segundo professores. "Quando a professora precisa fazer alguma atividade na sala de leitura, ela muda para o térreo com os outros alunos", diz uma funcionária, que pediu para não ser identificada.

Já na rede estadual foi firmado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre o Ministério Público Estadual e a Secretaria da Educação, em 2014, após uma série de reclamações sobre falta de acessibilidade nas unidades. A previsão é de que as adaptações estejam em todos os colégios no prazo de 15 anos.

A defensora pública Renata Tibyriçá, coordenadora do Núcleo dos Direitos do Idoso e da Pessoa com Deficiência, diz que as escolas precisam adaptar-se antes de receber os alunos. "Muitas vezes, eles têm o olhar de só mudar quando o aluno chega. Mas isso já deve ser pensado antes pelo gestor público." Ela conta que a reclamação mais comum dos pais é a de falta de cuidadores.

Por regiões

As regiões com maior número de alunos com deficiência têm menos escolas adaptadas. A diretoria de Campo Limpo, por exemplo, que tem hoje o maior número de crianças com alguma necessidade especial (2,4 mil), é uma das que menos adaptaram suas escolas - apenas 19,1% das unidades. Em contrapartida, regiões com proporcionalmente menos estudantes com deficiência, como Itaquera, Penha e Butantã, já conseguiram estender o benefício a praticamente metade de suas escolas.

A Prefeitura, em nota, diz que já solicitou a reforma das escolas, com prioridade para unidades com o maior número de alunos com deficiência. Já o Estado destacou que o dado obtido pela reportagem se refere às unidades "completamente adaptadas", mas que outras escolas podem atender parcialmente às necessidades estudantis. Diz ainda que todas as escolas têm verba para incluir rampas, piso podotátil, corrimãos e outros itens.

'Ele precisa de muita atenção e não consegue andar', diz mãe

A dona de casa Márcia Martins de Souza, de 44 anos, deixou o emprego de secretária há quatro anos quando nasceu seu segundo filho, João Victor, diagnosticado com microcefalia.

Nos primeiros meses ela até tentou visitar creches na região onde mora, na Freguesia do Ó, na zona norte da capital, mas desconfiou que o filho pudesse não ter um atendimento adequado. "Ele precisa de muita atenção. Não consegue andar e tem problemas respiratórios. Não sabia se teria alguém para ficar com ele o tempo todo. Achei melhor me dedicar integralmente", conta. O marido, autônomo, começou a cuidar da renda da casa.

Hoje, Márcia leva o menino para a fisioterapia três vezes por semana, de ônibus. Ele começou a usar cadeira de rodas recentemente e ainda está se adaptando. A mãe já procura escolas na região para matrículá-lo quando chegar aos 6 anos, idade de ingresso no ensino fundamental, mas teme que ele não possa iniciar os estudos. "Aqui na região as escolas não têm cuidador e não têm acessibilidade. Se for para deixar ele na escola só para passar o tempo, sem fazer nada, melhor ficar em casa", diz.

Mesa

Já a dona de casa Michele da Silva Souza, de 33 anos, conta que tem lutado para garantir à filha Victoria, de 12, portadora da síndrome de DiGeorge, que continue estudando em uma escola regular.

A mãe reclama que é frequente a falta de apoiadores no colégio, que, nestes casos, manda aviso aos pais para que nem levem os filhos para a escola. "Só nesse ano já aconteceu pelo menos umas oito vezes", diz. Ela diz ainda que a filha, que precisa ser acompanhada para comer e ir ao banheiro, não tem cuidador. "Ela já reclamou de ter passado fome porque não tinha quem pegasse o lanche para ela.

Michele também diz que a filha precisa usar um colete especial, que vai até o pescoço, pois tem escoliose, e que a menina não consegue escrever em mesas regulares, pois não consegue se curvar. "Eu já cansei de pedir a mesa adaptada, mas não adianta. A SME, em nota, diz que vai apurar o caso com "extremo rigor". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Lutar contra um agressor invisível pode soar como um pesadelo. Mas para a americana Christella Garcia, medalha de bronze nos Jogos Paralímpicos Rio-2016, é uma experiência "maravilhosa".

"Faz todo sentido", garantiu Garcia à AFP imediatamente após derrotar a adversária brasileira Deanne Almeida na disputa do bronze da categoria 70 kg, no sábado no Rio de Janeiro.

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Garcia, que nasceu praticamente cega, tem a impressão de que sobre o tatame sua deficiência deixa de ser significante.

"Você está segurando e sente o corpo do adversário e a forma como se move", descreve a judoca de 37 anos. "Vence quem quer mais".

Nos Jogos Paralímpicos, o judô acolhe os atletas com deficiência visual, alguns com visão limitada, outros, como Garcia, como cegueira completa. Há algumas mudanças surpreendentes no habitual decorrer das lutas.

Os lutadores podem, sem saber, sair dos limites do tatame, e os árbitros precisam guiá-los de volta para o centro. Diferentemente das lutas normais, nas quais o relógio é visível, um sino toca alto quando falta um minuto para o término do combate.

Os judocas em seus quimonos brancos ou azuis lutam tão feroz e habilmente como os atletas com visão e o espectador pode facilmente esquecer que trata-se de uma luta de cegos, até que o árbitro gentilmente guia os concorrentes até o tatame.

- "Intuição" -

Outro vencedor da medalha de bronze no sábado, o americano Dartanyon Crockett, começou a praticar judô quando terminou o ensino fundamental.

Aprender um esporte em que ser lançado ao ar ou sufocado enquanto se está deitado no tatame são partes integrais do judô e não são fáceis para um jovem que nasceu cego.

"Parte de praticar o judô para os visualmente incapacitados é colocar a si mesmo em situação de medo, situação incômoda", declarou Crockett, de 25 anos. "Trata-se de sair de sua zona de conforto".

O técnico de Crockett, Eddie Liddie, garante que ensinar também é um enorme desafio, em um esporte que envolve dezenas de técnicas, muitas delas sutilmente diferentes uma das outras.

"Estou tão acostumando a mostrar (os movimentos) para que eles possam ver", explica o treinador sobre os treinos com judocas que enxergam. "O que aprendi foi fazer com que coloquem seus corpos em certas posições e que aprendam por repetição".

Uma vez superada essa curva de aprendizagem, o judô pode ser mais natural para os cegos.

Talvez as diferenças mais notáveis entre o judô regular e o Paralímpico é que os judocas agarram seus oponentes o tempo todo, ao invés de se separarem para procurar um melhor posicionamento, como fariam judocas com visão.

Isso significa que os dois atletas cegos literalmente se apoiam um no outro. Para a venezuelana Naomi Soazo, que conquistou o ouro em Pequim e o bronze no Rio, essa conexão é o ponto de partida.

"Quando você segura o adversário, você sente seus movimentos. Com isso você intui e sente o que ele está fazendo", afirma.

De fato, uma vez que agarra a adversária, Soazo pode lutar perfeitamente com outra judoca faixa preta e com visão perfeita. "Não há diferença", garante.

Essa confiança nela mesma vai além do tatame.

Garcia afirma que dominar o esporte a ajudou a ganhar a luta de sua vida: agora "não me considero uma deficiente visual", declara orgulhosa. "É só uma característica: sou uma garota. Tenho cabelo preto. Gosto de pastel e sou cega".

Por uma indicação, Ana Cecília Moreira Silva colocou o filho George Souza Filho numa academia de judô em Belém. Depois de vários campeonatos e cansada de ficar atrás de uma mesa exercendo a função de contadora, ela decidiu abrir uma academia de artes marciais e um filme chamado “A corrente do bem” deu o impulso para o sonho se realizar. Assim começou a história da Associação Souza Filho de Artes Marciais (Asfam), localizada na avenida Alcindo Cacela, entre Bernal do Couto e Oliveira Belo, no bairro do Umarizal, em Belém.

O diferencial da Asfam é a inserção social através das artes marciais para pessoas com alguma deficiência. E assim alunos como Leonardo Baena apareceram na academia. Ele foi o primeiro campeão nacional com Síndrome de Down, na categoria até 18 anos. Além disso, a academia também aceita alunos sem necessidades especiais.

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Os senseis, como são chamados os professores das artes marciais, fizeram um curso de capacitação para dar aulas aos alunos. A associação tem o título de legitimidade pública municipal e estadual. Mesmo com tudo isso ainda há dificuldades financeiras. A Asfam está arrecadando dinheiro nos cruzamentos de Belém para participar de dois torneios que abrangem todas as categorias. Esses torneios serão realizados neste mês de setembro em Imperatriz (9 a 11) e em Parauapebas (23 a 25). “Falta transporte para vir treinar. O quimono, cada atleta tem que ter dois quimonos”, diz Ana Cecília. “Sim, me sinto realizada, quando chega uma mãe aqui e dá um depoimento. O crescimento de um filho, no que ele melhorou. Uma história de mãe. Um abraço de um filho é tudo”, declara a ex-contadora.

Reinaldo Ribeiro da Costa, um dos senseis que auxiliam os alunos na Asfam, afirma que tenta exercer um papel de exemplo para eles. “Sensei tem que servir de exemplo e espelho para o aluno. É gratificante mostrar que podemos mudar a vida das pessoas com deficiência”, diz.

O esporte amador no Pará enfrenta muitas dificuldades. Reinaldo diz que a academia tem um convênio com a SEEL (Secretaria de Estado de Esporte e Lazer), mas não recebe há meses. A Asfam encontrou outros meios para arrecadar dinheiro. Alunos, pais e professores pedem ajuda no sinal. “Não investem no esporte amador, acaba que temos que fazer rifas e pedágios. Dependemos muito de doações”, afirma Reinaldo. A SEEL não se pronunciou até o momento sobre os atrasos.

Leonor Alves é mãe de um dos alunos que a Asfam acolhe. Ela disse que estava numa galeria em Belém quando a coordenadora da Asfam fez o convite para que seu filho João Vitor, portador da Síndrome de Down, participasse das aulas. “Fiquei receosa, nunca tinha pensado nessa possibilidade. Nunca pensei que teria essa facilidade”, afirmou.

Qualquer pessoa pode se matricular na Asfam. Com cadastro no projeto, são 150 alunos. Desses, apenas 10 são pagantes. Lá, alunos com deficiência visual, autismo e portadores de Síndrome de Down são inseridos socialmente por meio do esporte. Mais informações no facebook da Associação:

www.facebook.com/pages/ASFAM-Associacao-Souza-Filho-De-Artes-Marciais/577143988997738?fref=ts

Por Alisson Gouvea e Nicksson Melo.

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Tecnólogos e graduandos de todo o Brasil podem se inscrever, até o dia 11 de setembro de 2016, para o programa de estágio da TIM. No total, a empresa oferecerá cerca de 200 vagas para estudantes a partir do terceiro período da graduação tradicional ou tecnólogos de diversas áreas como engenharia, comunicação, direito, psicologia e administração, entre outras.

Neste ano, a operadora incluirá pessoas com deficiência na sua seleção do programa, a fim de promover a inclusão no ambiente profissional. “Esse novo programa de estágio reforça que queremos construir uma companhia diferente, apostando também na diversidade”, aponta a Diretora de Gestão de RH da TIM Brasil, Régia Barbosa. “Vamos ampliar ainda mais nosso processo de inclusão e capacitar estagiários com deficiência para, futuramente, poderem assumir posições dentro da empresa”, completou, conforme informações da assessoria de imprensa.

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As oportunidades são para as cidades do Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Santo Andre (SP), Curitiba (PR), Brasília (DF), Belém (PA), Recife (PE), Salvador (BA) e Belo Horizonte (MG). O processo seletivo contará com triagem de currículos, dinâmica de grupo e entrevista com gestores de cada área. Os aprovados serão admitidos ao longo do ano. 

Após a contratação, os jovens participarão de treinamentos e concursos com fins de desenvolvimento profissional. O programa ainda promoverá um sistema de job-rotation, que leva o estagiário a conhecer e atuar em diferentes áreas dentro da companhia. A empresa oferece aos selecionados remuneração compatível com o mercado e benefícios que incluem smartphones, vale-refeição e vale-transporte, seguro de vida e assistência médica. As inscrições devem ser feitas na página online disponibilizada pela empresa

As vagas são voltadas para estudantes com previsão de formatura entre dezembro de 2017 e dezembro de 2018. Para alunos de Engenharia, Tecnologia da Informação, Estatística e Direito, a formação pode ser até dezembro de 2019. Exige-se também conhecimento no mínimo intermediário de inglês e informática. Todos os cursos elegíveis estão listados no site do programa.   

 

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