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Grupos e personalidades políticas lamentaram a morte do ex-vice-presidente da República, Marco Maciel, neste sábado (12). O falecimento do pernambucano, que também desempenhou as funções de senador e deputado, além de ter ocupado o segundo posto do governo Fernando Henrique Cardoso entre 1995 e 2005, foi confirmado na conta oficial de seu partido, o Democratas.

"No momento que o país precisa construir consensos, o Brasil perde o maior símbolo da política do diálogo: o pernambucano Marco Maciel. O Democratas perde um de seus maiores líderes. Perco um amigo, conterrâneo e exemplo de ética a ser seguido. Uma referência pessoal e política", escreveu o ex-ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), em sua conta no Twitter.

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O ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), também comentou o ocorrido: “Lamento a morte do ex-vice-presidente do Brasil, Marco Maciel. Homem decente e de espírito público, dignificou as melhores tradições pernambucanas na política brasileira. Meus sentimentos à família e amigos”.

Em uma nota assinada por Eduardo da Fonte, presidente do partido, o Progressistas de Pernambuco afirmou que “lamenta profundamente a morte de Marco Maciel, recifense e grande quadro da política nacional”, descrevendo o político como um “homem público honrado” e que “será sempre reconhecido pelo estilo conciliador e por sua grande capacidade pacificadora”.

Segundo o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), que também se pronunciou através de nota, Marco Maciel, enquanto vice-presidente do Brasil, “soube a exata dimensão do cargo, que exerceu com ponderação sempre em busca do bem comum”. O senador pontuou ainda, a relevância do ex-vice para o estado: “Como governador de Pernambuco, trabalhou pelo desenvolvimento do semiárido, missão que ainda nos desafia”. Ele também enviou “sentimentos e solidariedade à família e aos amigos” de Maciel.

ACM Neto, presidente nacional do Democratas, usou o Twitter para lamentar a morte do ex-vice e classificá-lo como “um dos mais importantes quadros” do partido. De acordo com ele, o político teve “exemplar atuação na vida pública”. “Em minha trajetória, pude me inspirar e aprender com seus ensinamentos. Ex-vice-presidente da República, Marco Maciel foi uma liderança capaz de motivar políticos de todas as idades”, declarou ele.

Reforçando a natureza amistosa do ex-governador de Pernambuco, Paulo Teixeira, secretário geral do Partido dos Trabalhadores (PT), disse que Maciel foi “um homem que se notabilizou pela valorização do diálogo”. Em seguida, prestou condolências à família do político.

Já o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), declarou que o Brasil está “no auge da falta de racionalidade  e da incapacidade de construir consensos” e perde “um homem público brasileiro cuja trajetória foi marcada por essas qualidades”.

Acompanhe os tuítes:

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O senador Marcos Rogério (DEM-RO), vice-líder do governo Bolsonaro no Senado e um dos principais defensores do presidente na CPI da Covid, foi às suas redes sociais nesta segunda-feira (7) para se defender das reações mostradas à notícia de que o conservador paga aluguel de um escritório de apoio, em Rondônia, com cota parlamentar. Rogério menciona que não há ilegalidade na transação e expôs ocorrido pessoal para justificar o caso.

Em reportagem do domingo (6), o site 'Metrópoles' disse que o parlamentar tem usado recursos dos cofres públicos para pagar à ex-esposa, Andréia Schimdt, um aluguel do que ele afirmou ser seu escritório de apoio em Rondônia. A matéria aponta que o imóvel, localizado na cidade de Ji-Paraná, custa mensalmente R$ 4,6 mil, e que os valores foram pagos nos meses de março e abril deste ano, em nome da administradora 'OK Imóveis'.

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Marcos Rogério rebateu e explicou que o espaço sempre foi utilizado gratuitamente, sem usufruir da verba pública, e que a mudança na relação de uso ocorreu apenas em virtude do divórcio com Schimdt. O bolsonarista também afirmou estar sendo perseguido pelos colegas senadores, por causa da sua atuação como governista na CPI.

“A perseguição não para! Desde 2017 utilizo imóvel de minha propriedade como escritório de apoio parlamentar, sem custo algum de locação para a Câmara e o Senado. Passei por um processo de divórcio e esse imóvel tornou-se propriedade de minha ex-esposa. Decidi manter ali o escritório e, naturalmente, precisaria pagar aluguel, o que fiz nos meses de abril e maio deste ano”, escreveu o senador.

E continuou : “não há ilegalidade nisso, mas meus acusadores querem me constranger diante de minha atuação na CPI da Pandemia. Estou estudando a medida mais adequada para evitar que explorem esse fato e ataquem minha honra”.

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Segundo o site da Câmara, a Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (CEAP), instituída pelo Ato da Mesa 43/2009, é um benefício que deve ser utilizado pelo deputado para custear despesas típicas do exercício do mandato parlamentar e inclui o aluguel de escritório de apoio no respectivo estado de atuação. Os valores da cota por estado estão disponíveis no site e, no caso de Rondônia, se aproxima dos R$ 44 mil.

O deputado tem até 90 dias para apresentar a documentação comprobatória do gasto. Os valores das notas fiscais apresentadas dentro desse prazo são debitados da cota do mês a que a despesa se refere. Desta maneira, antes de transcorridos os 90 dias, não é correto afirmar o total gasto por um parlamentar, uma vez que ele ainda pode apresentar documentos referentes a despesas de meses anteriores.

O valor do reembolso referente ao uso da cota é depositado na conta do deputado, em média, até três dias úteis depois da solicitação. Como Marcos Rogério utilizou da verba nos últimos dois meses, o prazo para prestação de contas confere.

Na investida para filiar Geraldo Alckmin, o DEM ofereceu ao ex-governador o controle total da sigla em São Paulo. Caso decida trocar o PSDB pela legenda presidida pelo ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, Alckmin poderá determinar como será a distribuição de recursos dos fundos partidário e eleitoral do DEM em São Paulo e terá a última palavra nas estratégias para uma futura candidatura ao governo paulista no ano que vem.

As negociações dos dirigentes nacionais do DEM com o ex-governador, no entanto, causaram atrito com a direção estadual do partido, controlado pelo presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Milton Leite. O vereador não aceita a proposta de "porteira fechada" da sigla para atrair o tucano.

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Em descompasso com a investida da direção nacional, os planos traçados pelo DEM estadual não incluíam Alckmin.

O partido está alinhado ao projeto desenhado pelo governador João Doria (PSDB) de lançar o atual vice-governador, Rodrigo Garcia, que deixou o DEM e se filiou ao PSDB há três semanas, como candidato ao Executivo. Ele confirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que pretende disputar o Palácio dos Bandeirantes, e conta com o apoio de Leite. Doria e Garcia prometeram a Leite que a vaga de vice-governador na chapa ou a candidatura ao Senado a um representante do DEM paulista.

A ideia de repassar o controle do DEM a Alckmin se vale do argumento de que o diretório estadual paulista é provisório, o que permitiria à Executiva Nacional impor decisões à direção paulista. Mas Milton Leite afirma que a legenda fez convenções locais em 2019 - que haviam eleito Rodrigo Garcia presidente estadual. A presidência, atualmente, é exercida pelo filho de Milton Leite, o deputado estadual Alexandre Leite.

Nos bastidores, tanto integrantes da direção nacional quanto da estadual do DEM falam em "judicializar" o caso se não houver uma solução.

Opções

Na direção estadual, a aposta é que uma eventual saída de Alckmin do PSDB só ocorra após as prévias da legenda tucana, se Garcia for o vitorioso.

Alckmin, que também é assediado pelo PSD de Gilberto Kassab, vem mantendo conversas com seu antigo vice, Márcio França (PSB), em um trabalho para reeditar a chapa vitoriosa nas eleições de 2014 ao governo de São Paulo.

Ao jornal O Estado de S. Paulo, entretanto, o tucano negou que planeje deixar o PSDB.

Depois de apoiar candidatos tucanos em todas as disputas presidenciais desde 1994, o DEM vive uma crise de identidade e se afastou do projeto de formar uma frente ampla de centro na eleição presidencial. A legenda agora se divide entre a possibilidade de aderir de vez ao projeto de Jair Bolsonaro ou investir em um nome próprio.

Presidido por ACM Neto, ex-prefeito de Salvador e pré-candidato ao governo da Bahia, o DEM tem sofrido uma debandada de políticos mais alinhados ideologicamente ao centro que à direita. O vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, se filiou ao PSDB na semana passada, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, anunciou sua ida para o PSD, e o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (RJ) foi o primeiro a revelar a desfiliação, mas ainda não bateu martelo sobre a nova legenda. Outras saídas ligadas aos três ainda devem ocorrer.

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A sigla, que nasceu em 1985 como PFL, fundada por integrantes da Arena, partido que deu apoio ao regime militar, foi rebatizada de Democratas em 2007. Após participar das gestões tucanas e fazer oposição aos governos do PT, a legenda mantém o discurso de independência em relação a Bolsonaro, apesar de ter dois ministros filiados: Teresa Cristina (Agricultura) e Onyx Lorenzoni (Secretaria-Geral).

Na esteira da onda conservadora que ajudou a eleger o presidente, o DEM saiu fortalecido das eleições do ano passado: saltou de 268 prefeitos eleitos em 2016 para 464 - alta de 73%.

A cúpula do partido, porém, tenta agora evitar que a legenda migre por gravidade para o palanque governista em 2022. Além de dois ministros, a maior parte de sua bancada no Congresso tem atuado alinhada ao Palácio do Planalto. O senador Marcos Rogério (RO), por exemplo, faz parte da tropa de choque governista na CPI da Covid.

Levantamento do Estadão com os 27 deputados do partido, em fevereiro, mostrou que a maioria é simpática às pautas do governo no Congresso e admite apoiar a reeleição de Bolsonaro.

Presidenciáveis

Para se contrapor a esse movimento, dirigentes da sigla planejam aumentar a exposição do ex-ministro da Saúde Henrique Mandetta, pré-candidato ao Palácio do Planalto por meio de viagens pelo País e participação em lives e outros eventos. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), também tem sido citado na sigla como presidenciável. Já nos Estados, pela contabilidade interna, o DEM considera ter boas chances de reeleger seus dois governadores, Ronaldo Caiado (GO) e Mauro Mendes (MT), além de emplacar ACM Neto (BA), Gean Loureiro (SC) e Marcos Rogério (RO). A força eleitoral de Bolsonaro nestes palanques será essencial para a decisão da sigla, mas, por ora, o discurso é não vincular o apoio local à aliança nacional.

A partir das últimas pesquisas de intenção de voto, que apontam larga vantagem para o ex-presidente Lula e a perda de força de Bolsonaro, integrantes do partido acreditam que é possível abocanhar votos de centro-direita entre eleitores do presidente.

Com nomes de centro patinando abaixo de dois dígitos nas mesmas pesquisas (inclusive o de Mandetta), a chamada frente ampla para enfrentar Lula e Bolsonaro parece menos atrativa. "A ideia de frente ampla perdeu espaço para a estratégia de testar diferentes nomes. Em vez de nos unir na largada, vamos unir na chegada com o nome que tiver mais respaldo. A decisão será mais do eleitor do que dos partidos políticos", disse ao Estadão Efraim Filho (PB), líder do DEM na Câmara. "Mandetta está indo bem nas pesquisas qualitativas. É um liberal democrata e da área da saúde", afirmou o ex-ministro Mendonça Filho, que preside a fundação de estudos do DEM.

Estados

No ano passado, com Rodrigo Maia à frente da Câmara e Davi Alcolumbre (AP) do Senado, o DEM montou uma espécie de "consórcio" com PSDB e MDB para construir essa "terceira via" de centro. Mas a disputa pela sucessão na Câmara implodiu essas negociações. Candidato de Maia, Baleia Rossi (MDB) acabou derrotado por Arthur Lira (Progressistas-AL). O MDB abandonou esse plano logo após aquela eleição, e as tratativas com o PSDB azedaram de vez na semana passada, com a migração de Garcia para o ninho tucano. Além de ampliar a exposição de Mandetta, o DEM tem se dedicado também a fortalecer seus palanques regionais com candidatos próprios. Nessa linha, já convidou a se filiarem (por enquanto sem sucesso) o governador do Rio, Cláudio Castro (PSL), e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB).

O perfil oficial do DEM no Twitter se posicionou contra as falas do senador e líder da sigla no Senado, Marcos Rogério (DEM-RO), durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid nesta quinta-feira (20). "As posições do senador Marcos Rogério na CPI refletem seu pensamento como parlamentar, e não como Partido", declarou o partido na rede social.

Nesta manhã, à sessão, Rogério apresentou um vídeo em que aparecem governadores falando sobre o uso da hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19. Dentre os gestores aparecem João Doria (PSDB-SP), Flavio Dino (PCdoB) e Renan Filho (MDB-AL). Ao fazer a apresentação, iniciou-se uma discussão na comissão.

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Questionado pela jornalista Daniela Lima da CNN Brasil sobre os vídeos datados de 2020, a sigla afirmou na rede social que "as posições do senador Marcos Rogério na CPI refletem seu pensamento como parlamentar, e não como Partido". E completou: "Desde o início da pandemia, o compromisso do Democratas com a ciência e a preservação da vida se faz evidente em nossas gestões pelo Brasil".

Rogério afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é criticado por defender o uso do remédio, mas os governadores também tinham apoiado a cloroquina. No entanto, as falas dos governadores sobre a cloroquina foram realizadas na época em que testes estavam sendo realizados para verificar se o medicamento tinha eficácia.

Filiado ao PSDB desde a fundação do partido, em 1988, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin deve deixar a legenda em breve. A informação é da colunista Mônica Bérgamo, que ouviu pessoas próximas ao tucano. O pivô da desfiliação seria o vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, que acaba de se filiar à sigla, com o apoio de João Doria, e deve ser o candidato apoiado para substituir Doria no estado, bloqueando o caminho de Alckmin de volta ao cargo. A informação foi divulgada nessa sexta-feira (14).

Por causa do redirecionamento de apoio, a relação entre o governador paulista João Doria e o possível ex-tucano tem se tornado mais “seca”, diz a coluna. “Segundo interlocutores de Alckmin, a conversa entre ele e Doria tem sido cada vez mais ríspida, e o governador não garante apoio a ele nem mesmo para disputar o Senado, já que a vaga, em tese, está garantida para a reeleição de José Serra ao cargo”, escreveu Bérgamo.

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Geraldo Alckmin já é sondado por partidos como o Podemos, o PSD de Gilberto Kassab, o PSB de Márcio França e o DEM de ACM Neto. No entanto, a situação é vista, ainda, como reversível e os intermediadores acreditam que o ex-governador ainda possa permanecer filiado à legenda. Alckmin é um dos mais antigos militantes do PSDB, estando lá há 33 anos.

Após as fortes críticas do ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), ao presidente nacional do DEM, ACM Neto, a sigla deliberou pela expulsão de Maia do partido. A informação é do deputado Arthur Maia (DEM-BA), que em publicação no Twitter afirma ainda que Rodrigo Maia deve perder o mandato.

"O DEM deliberou pela expulsão de Rodrigo Maia. Depois que perdeu todo o apoio dentre os deputados, não havia mais clima para ele no partido", afirmou Arthur. "Mesmo sendo expulso, Rodrigo Maia deverá perder o mandato, pois é óbvio que a agressão gratuita e grosseira contra o presidente do partido configura uma desfiliação indireta", declarou.

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Na publicação, Arthur insulta o ex-correligionário chamando-o de "Nhonho" - referindo-se ao personagem da série mexicana "Chaves" - e afirma que o ex-presidente da Câmara virou "figura odiada pelos brasileiros".

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Nesta sexta-feira Rodrigo Maia decidiu formalizar seu pedido de saída do DEM, após a decisão, Maia usou suas redes sociais para fazer fortes críticas a ACM Neto. "Malandro baiano", "Esse baixinho não tem caráter" e "Bolsonaro presidente e ACM Neto vice-presidente. Não sobrou nada além disso" foram alguns dos ataques postados pelo deputado.

O ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (RJ) decidiu, nesta sexta-feira (14), formalizar o pedido de saída do DEM. No mesmo dia, Maia usou as redes sociais para fazer fortes críticas ao presidente do DEM, ACM Neto. "Malandro baiano", "Esse baixinho não tem caráter" e "Bolsonaro presidente e ACM Neto vice-presidente. Não sobrou nada além disso", foram alguns dos ataques postados pelo deputado.

Os comentários de Maia foram enviados ao perfil no Instagram do DEM, no qual ACM Neto havia feito diversas críticas ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB), por tirar o vice-governador Rodrigo Garcia do DEM e filiá-lo ao PSDB.

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No pedido de desfiliação do DEM, encaminhado ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, Maia alegou "grave discriminação política pessoal" e disse ter sido "traído" pelo partido na eleição do seu sucessor à presidência da Câmara. Maia sustenta, ainda, ter sofrido "execrações públicas" por parte de ACM Neto, ex-prefeito de Salvador.

"A saída de Rodrigo Maia tem a ver com aquele processo de eleição na Câmara, que foi já por demais discutido", disse ACM Neto ao Estadão.

Maia está há 23 anos no DEM - desde o tempo do antigo PFL - e está agora em negociações para se filiar ao PSD de Gilberto Kassab. Ao TSE, o ex-presidente da Câmara sustentou que houve "substancial mudança do programa partidário do DEM", à sua revelia, na medida em que o partido saiu de uma postura de independência em relação ao governo federal para "alinhar-se e a apoiar o presidente Jair Messias Bolsonaro e o seu candidato à Presidência da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL)".

Na campanha para sua sucessão, Maia teve aval do partido para apoiar o candidato Baleia Rossi (MDB-SP) em uma costura política capitaneada por ele que envolveu partidos de centro de direita e a oposição. Às vésperas das eleições de fevereiro, no entanto, parte da bancada do DEM declarou apoio a Lira e ACM Neto acabou liberando os correligionários.

No documento, a defesa de Maia destaca a carreira política do parlamentar, no sexto mandato como deputado, todos pelo atual partido e no antigo nome da agremiação (PFL). Entre as citações estão, em 2017 e em 2019, as eleições para presidente da Câmara, "sempre pelo Democratas". A defesa também menciona o período de 2019 a 2020, marcado "por uma postura (pessoal e partidária) de independência e de diálogo crítico em relação ao governo do presidente Jair Bolsonaro".

A defesa de Maia aponta, ainda, as pautas, "sobretudo as de costume", defendidas por Bolsonaro criticadas pelo ex-presidente da Câmara ao longo do primeiro biênio de mandato presidencial. "Por outro lado, é inegável que Rodrigo Maia (e o DEM) sempre se mostrou favorável à agenda de reformas econômicas defendida por Jair Bolsonaro e pelo Ministro da Economia Paulo Guedes", pondera.

Maia cita também sempre ter refutado a hipótese de instaurar "por mero revanchismo" processo de impeachment contra Bolsonaro "apesar da enorme pressão da opinião pública - e de vários parlamentares - para isso". Argumentou, ainda, que as linhas política e ideológica do DEM estão muito longe de estar alinhadas às do governo Bolsonaro, "com as (várias) pautas de extrema-direita defendidas por ele, por seus Ministros e apoiadores", além da condução do governo na pandemia.

Após apontar uma série de fatos determinantes para o seu afastamento do partido, o ex-presidente da Câmara informou Barroso, por meio de sua defesa, que "conforme bem expôs o Exmo. Min. Sérgio Banhos (do TSE) recentemente, a fidelidade partidária é construída de forma bilateral, mediante o respeito recíproco entre o filiado e a agremiação". "Esse respeito recíproco deixou de existir por parte de DEM para com o requerente", conclui a defesa de Maia.

O presidente nacional do DEM, ACM Neto, criticou nesta sexta-feira (14) a saída do vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, do DEM para ir ao PSDB. Em nota, o dirigente partidário faz duras críticas ao governador paulista João Doria (PSDB). "A postura desagregadora do governador de São Paulo amplia o seu isolamento político, e reforça a percepção do seu despreparo para liderar um projeto nacional".

Aliados em todas as eleições presidenciais, desde 1994, o PSDB e o DEM travaram nas últimas semanas uma "guerra fria" em busca de protagonismo para a disputa de 2022. O embate passa pelo palanque em São Paulo e opõe os antigos parceiros. O presidente do DEM, ACM Neto, já havia avisado o governador João Doria que, se ele insistir em filiar o vice, Rodrigo Garcia, ao PSDB, as negociações entre os dois partidos para 2022 estarão encerradas.

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Garcia era do DEM, mas foi confirmado nesta sexta-feira, 14, a no PSDB. O movimento de Doria, que quer fazer de Garcia o candidato do PSDB ao governo de São Paulo, em 2022, contraria ACM Neto.

Como mostrou o Estadão, o projeto presidencial de Doria também enfrenta resistências de dirigentes tucanos. Além disso, de uns tempos para cá, o DEM tem indicado que não vai endossar a possível candidatura do governador à sucessão do presidente Jair Bolsonaro.

O DEM conta com dois nomes que podem entrar na briga pelo Palácio do Planalto: o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG).

LEIA A ÍNTEGRA DA NOTA DO DEMOCRATAS:

"A mudança do vice-governador Rodrigo Garcia para o PSDB é fruto de uma inexplicável imposição estabelecida pelo governador de São Paulo, João Doria, cuja inabilidade política tem lhe rendido altíssima rejeição e afastado os seus aliados.

A postura desagregadora do governador de São Paulo amplia o seu isolamento político, e reforça a percepção do seu despreparo para liderar um projeto nacional. O momento pede grandeza e compromisso dos homens públicos com o país. Não é hora de dividir, mas de agregar. O Democratas defende a união de forças, e que se deixem os interesses pessoais de lado.

Certos de que o PSDB possui lideranças e quadros nacionais que são capazes de colocar os objetivos comuns e os sonhos para o futuro do Brasil à frente de projetos pessoais, o Democratas espera preservar a longa história de parcerias construída com o partido."

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, tomou a decisão de se desfiliar do DEM e está de malas prontas para o PSD. A informação foi confirmada pelo Estadão com a cúpula do PSD, partido presidido por Gilberto Kassab. A saída do prefeito ocorre no momento em que há crescente apoio de setores do DEM ao presidente Jair Bolsonaro. Ainda que mantenha uma relação amistosa com Bolsonaro, Paes é alvo de ataques e críticas de bolsonaristas, sobretudo por parte do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho "02" do presidente.

A desfiliação de Paes se soma a outra baixa no DEM. O ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia anunciou, em fevereiro, que vai sair do partido. O desentendimento ocorreu após a direção do DEM se negar a apoiar o deputado Baleia Rossi (MDB-SP), nome lançado por Maia ao comando da Câmara. À época, a maioria dos deputados do DEM avalizou a candidatura de Arthur Lira (Progressistas-AL), eleito para presidir a Câmara até 2023, com o apoio de Bolsonaro.

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Maia ainda não bateu o martelo sobre o partido que irá se filiar. Além do PSD, ele recebeu convites do PSDB e do MDB. No atual cenário, porém, é provável que o seu destino político não seja o MDB, uma vez que problemas regionais, especialmente no Rio, seu reduto eleitoral, têm pesado para a filiação.

Paes, Maia e o secretário municipal da Fazenda do Rio, o deputado licenciado Pedro Paulo (DEM-RJ), são do mesmo grupo político. Em 2018, a saída de Paes e Pedro Paulo do MDB, para posterior filiação ao DEM, foi articulada por Maia. Diferentemente de Paes, porém, Maia e Pedro Paulo podem perder o mandato se saírem do DEM agora. Para que isso não ocorra, o ex-presidente da Câmara pretende ingressar no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com uma ação pedindo para se desfiliar do DEM por "justa causa".

Conversar e planejar os rumos do DEM tendo em vista o pleito de 2022 esteve em pauta, nesta segunda-feira (19), na reunião entre o deputado federal Fernando Filho e os deputados estaduais Antonio Coelho e Priscila Krause com Mendonça Filho, presidente estadual da legenda. O encontro, que é o marco inicial desse debate partidário interno, ocorreu no escritório do dirigente democrata.

Líder da Oposição na Assembleia Legislativa, o deputado Antonio Coelho ressaltou que os parlamentares sempre estão conversando sobre os rumos da legenda, mas que esse é um momento de dar os primeiros passos no sentido de organizar internamente a legenda. “Estamos começando a fazer o dever de casa”, salientou o parlamentar. “O encontro de hoje marca mais um importante passo do Democratas em Pernambuco no sentido de preparar o partido para as eleições do ano que vem”, complementou Priscila Krause.

O deputado Fernando Filho sublinhou seu compromisso de ajudar no fortalecimento da legenda em Pernambuco e na montagem de chapas competitivas em conjunto com Mendonça Filho a fim de promover o crescimento do DEM no Estado, já tendo como horizonte o ano de 2022.

O deputado Gustavo Gouveia não participou do encontro devido a imprevisto doméstico, no entanto, está acompanhando o processo de discussão da estruturação de chapas competitivas para deputado estadual e federal.

Mendonça Filho, por sua vez, reforçou a motivação da reunião com os membros das bancadas federal e estadual do partido e afirmou que o DEM vai trabalhar não só para renovar o mandato dos seus atuais parlamentares, “mas vai se empenhar para ampliar a representação do partido”.

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*Da assessoria

O ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), mostrou interesse em montar uma rede política de apoio na chamada ‘centro-esquerda’, costurando alianças com o PSB, PV, Rede e até mesmo com o PSD. Aspirante a candidato nas eleições presidenciais de 2022, declarou sua expectativa para o sucesso da coligação e que espera que o “DEM venha junto” na aposta para o próximo ano. As declarações foram feitas em chamada no aplicativo Clubhouse, ao lado do vocalista Tico Santa Cruz, na última quinta-feira (15).

“Dado que o Lula quer se impor e o Bolsonaro quer se impor, o que resta para mim é discutir uma ampla aliança de centro-esquerda fora desse espectro. De um lado, meus vizinhos mais tradicionais: o PSB, o PV e a Rede, da Marina Silva, que é uma figura importantíssima e que tem sido censurada”, afirmou Ciro durante o programa Política e Patuscada.

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Gomes também comenta que o centrão segue disperso e que o DEM precisa firmar suas apostas, acreditando que há três vias desconexas dentro da ala. “A partir daí nós vamos conversar com o DEM, que não está no Centrão e que está numa confusão interna, dividido em três correntes. Uma parte quer o Bolsonaro, outra parte quer filiar o Huck e outra parte quer votar no Doria. Eu estou querendo que eles venham comigo. Então, são quatro partes, na prática. Vamos ver o que eu consigo”, acrescentou.

Por fim, comenta o interesse em conquistar o apoio do PSD. “O PSD também virou um partido relevante do ponto de vista desse acesso à centro-direita e que tem uma figura muito importante emergindo na política brasileira, que é o atual prefeito de Belo Horizonte, que tem, se quiser, a condição favorita de ser o governador de Minas Gerais, que se chama Kalil. Então, essa é a minha tática”, completou Ciro Gomes.

 

Em resposta à crise militar instaurada pelo Governo Bolsonaro, seis presidenciáveis assinaram um manifesto pela Democracia nessa quarta-feira (31). A data celebrada pelo presidente Jair Bolsonaro marca o aniversário de 57 anos do golpe que trouxe um regime de exceção ao Brasil.

O documento lembra do movimento "Diretas Já" e adverte para a ameaça à Democracia após o período de redemocratização. O texto foi assinado pelos concorrentes do presidente Jair Bolsonaro em 2018, Ciro Gomes (PDT) e João Amoêdo (Novo); pelo governadores de São Paulo e Rio Grande do Sul, João Doria (PSDB) e Eduardo Leite (PSDB); pelo ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), e pelo apresentador Luciano Huck.

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Entre o Centrão e a direita, mas com certo diálogo com a esquerda, a coalização dá pistas sobre uma eventual frente para vencer Bolsonaro nas urnas. "Fora da Democracia o que existe é o excesso, o abuso, a transgressão, a intimidação, a ameaça e a submissão arbitrária do indivíduo ao Estado", descreve parte da carta articulada por Mandetta, que se mostrou preocupado com a troca de seis ministros e a saída dos comandantes das Forças Armadas praticamente no mesmo dia.

"O autoristarismo pode emergir das sombras, sempre que as sociedades se descuidam e silenciam na defesa dos valores democráticos", alertam em outro trecho da carta. Apesar do posicionamento contrário ao Palácio do Planalto, exceto Ciro Gomes, todos os demais integrantes do manifesto indicaram apoio à candidatura do atual presidente na eleição de 2018.

Confira o documento:

Reprodução/Twitter

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou, nesta quarta-feira (31), que o comitê de enfrentamento à pandemia da Covid-19 discutiu em sua primeira reunião a ampliação da iniciativa privada na aquisição de vacinas. Pacheco ressaltou que o apoio do setor privado ocorreria com a doação de parte das doses adquiridas para o Plano Nacional de Imunização.

O senador também disse ter levado as demandas de governadores ao presidente Jair Bolsonaro. "Transmiti também ao presidente e demais membros as reflexões e reivindicações de governadores dos Estados e do Distrito Federal. Uma série de sugestões colocadas que deixei na mão do ministro da Saúde de iniciativas que podem ser tomadas", disse. Uma das sugestões citadas por Pacheco foi a atualização do plano de imunização para incluir a prioridade para profissionais de segurança pública e professores.

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"Falamos também a respeito do aprimoramento das relações internacionais", citou Pacheco. O presidente do Senado disse ter "grande confiança" no novo ministro nomeado das Relações Exteriores, Carlos França, que assumiu a vaga de Ernesto Araújo. A troca no Itamaraty era uma das cobranças do Parlamento.

Pacheco afirmou ter ouvido informações do ministro Marcelo Queiroga, da Saúde, que tranquilizam o Congresso e a sociedade sobre as ações da pasta para garantir a disponibilização de oxigênio e medicamentos de intubação. O senador avaliou que a "união e pacificação" dos Três Poderes é caminho para o êxito no combate à pandemia. "Ninguém quer o caminho do caos, todos querem o caminho da solução", disse. Ele reforçou, no entanto, que é papel do Congresso fazer cobranças e fiscalização em prol do bem-estar da população.

O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta evita se apresentar como potencial candidato à Presidência em 2022 neste que é o pior momento da pandemia de covid-19 no Brasil. Segundo ele, nem a devolução dos direitos políticos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve precipitar definições de futuras candidaturas. "Espero que esse debate possa ser feito mais para frente, porque as reações não costumam ser lúcidas. Podem surgir nomes novos até lá", disse. Neste processo, o ex-ministro afirmou que seu partido, o DEM, pode "com certeza abrir mão de encabeçar uma chapa presencial" por uma candidatura de consenso.

O sr. diz que Lula e Bolsonaro representam os extremos, mas Rodrigo Maia (DEM-RJ) fez elogios ao petista e descartou a comparação entre eles. Isso é sinal do racha no DEM ou no centro?

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O racha é na sociedade, e os partidos refletem isso. Esse racha, aliás, é que tem de acabar. Há 30 anos vivemos essa lógica da divisão. Os dois apostam exatamente nesta divisão. Lula e Bolsonaro são iguais, mas em sinais contrários. Os dois têm a mesma estratégia de comunicação direta, mas se acostumaram ao raciocínio pequeno, tosco, não têm um projeto de nação, de transformação geracional, só de poder.

Lula fez aceno ao centro, dizendo que procurará todos para conversar. O que acha disso?

Esse aceno é tão frágil como o de Bolsonaro na direção do uso da máscara e da defesa da vacina. São movimentos "fake", sem qualquer reflexão. E, para mim, não existe o "centro". Existem, sim, pessoas centradas, com bom senso, sensatas, capazes de dialogar. Esses polos radicais têm 20% de cada lado, a maioria da população não quer saber disso, quer um projeto de País.

A possibilidade de Lula concorrer em 2022 força os partidos que buscam opção a essa polarização a uma definição mais célere por um candidato em comum?

Olha, uma coisa foi boa. Se o ministro (Edson Fachin, do STF) tivesse tomado essa decisão em meados do ano que vem, seria pior, acabaria com qualquer tentativa de racionalidade no debate. Agora, ao menos, ainda estamos distantes da hora da urna. Mas acho que as crises submersas em função da pandemia vão eclodir todas ao mesmo tempo, nos obrigando a pensar numa saída. Espero que esse debate possa ser feito mais para frente. Podem surgir nomes novos até lá.

O sr. é pré-candidato?

Todas as minhas energias estão voltadas agora no que posso ajudar nessa situação de vida e morte. Vai chegar uma hora em que vamos terminar de enterrar nossos mortos e pensar na reconstrução do terreno. Esse debate eu topo, estou preparado para ele. Não vejo por que a eleição tenha de ser Lula contra Bolsonaro, direita contra esquerda.

O DEM abriria mão de encabeçar candidatura por esse projeto de País de que o sr. fala?

Com certeza. Somos um partido plural, temos nossas discussões internas e saberemos qual o nosso momento. O cenário hoje é de pesadelo, o que nos força a trabalhar ainda mais neste sentido.

O anúncio feito pelo PSDB de lançar em outubro, após prévias, um candidato próprio atrapalha esse processo?

Acho que cada partido tem a sua lógica. Os partidos estão conversando.

Luciano Huck é levado em conta nesse projeto no DEM?

Pode ser, claro. Huck é uma pessoa de comunicação, que é superimportante. Tem um programa de visibilidade, o que também é importante. Se vier para o DEM será muito bem-vindo.

Se isso ocorrer, vocês serão concorrentes no partido?

Não é um concorrente meu, não. O meu projeto é de nação, e um projeto desse não tem concorrente. Todos, mesmo os mais radicais, têm de ser contemplados.

Como o sr. vê o comportamento de Bolsonaro na pandemia?

A estratégia, neste primeiro ano de pandemia, foi a de levar as pessoas de encontro ao vírus. É um comportamento que serve de álibi para outras pessoas fazerem o mesmo. A voz dele (Bolsonaro) tem um peso absurdo nessa história. E, agora, ele tenta se repaginar, dizendo que a vacina é sua arma.

A que o sr. atribui a mudança?

É uma reação, acho, do ponto de vista eleitoreiro.

Se Bolsonaro ocupa um desses extremos que o sr. critica, por que aceitou participar dele como ministro da Saúde?

Quando fui chamado, Bolsonaro me garantiu que poderia montar minha equipe de forma técnica. Convidei os melhores do Brasil. Só que quando a hora do trabalho técnico se revelou, não era o que ele queria, mas o político, cuja consequência era a tragédia. Quando me deparei com isso, decidi que não iria abrir mão dos meus valores, mas não pedi para sair. Se me pôs, me tira.

Sem vacina, sem coordenação nacional e com 2,3 mil mortos em um dia, o que é possível fazer para reduzir mortes e contágio?

Temos de pensar em estratégias novas, mais desafiadoras. E não estou só falando em lockdown, que virou o bicho-papão, mas pode ser um dos remédios amargos que funcionem. Precisamos de estratégias diferentes para locais e sistemas de saúde diferentes. Só o atual ministro da Saúde nega que estamos em colapso. Mas ele não sabe nem o que é uma sala de emergência lotada, não tem noção do que é intubar um paciente. E é por ele que seguiremos liderados? É isso que nos falta: liderança.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (DEM-RJ) disse ao Estadão que planeja apresentar seu pedido de desfiliação do DEM até o fim do mês. Maia vai fazer o pedido no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) alegando "justa causa", já que ficou sem condições de permanecer na legenda depois dos embates públicos que teve com o comando do partido durante a eleição para a presidência da Câmara.

Assim que for enviado, o recurso precisará ser analisado pelo TSE para saber se há procedência no pedido. Pela lei de fidelidade partidária, Maia só poderá mudar de sigla se o tribunal considerar que há um motivo forte o suficiente que justifique isso. Do contrário, perderá o direito ao mandato parlamentar se deixar o DEM.

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A princípio, havia até a intenção da direção do partido de permitir que Maia deixasse a legenda, sem reivindicar o seu mandato. Mas, com o acirramento da briga com o presidente do DEM, ACM Neto, de quem criticou o "caráter", isso foi colocado de lado.

Maia afirmou que ainda não decidiu a qual partido pretende se filiar. Segundo ele, essa decisão será tomada apenas "mais para frente". Entre as opções possíveis estão PSDB, PSL, MDB, Cidadania e até uma eventual nova legenda que seja fruto da fusão de partidos atuais e que, de acordo com ele, poderia abrigar uma frente política de centro.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em outubro de 2020, o senador Chico Rodrigues foi flagrado com R$ 33,1 mil na cueca e acusado de desviar recursos do combate à COVID-19. Na ocasião, escreve o jornal Estado de São Paulo, o parlamentar foi afastado de seu cargo. A licença solicitada por Rodrigues após o escândalo terminou nesta quarta-feira (17).

De acordo com a Constituição e o regimento interno do Senado, um parlamentar não pode se licenciar do mandato por mais de 120 dias a cada ano.

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Nesta quinta (18), o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu não prorrogar o afastamento Chico Rodrigues, o que, na prática, abre caminho para ele reassumir o cargo.

Diante da repercussão negativa, Barroso explicou o caso. Segundo ele, o Ministério Público ainda não ofereceu uma denúncia contra Chico Rodrigues. Não havendo fatos novos que justificassem a extensão da medida (de afastamento), a tendência é que ele volte às suas atividades no Senado.

O senador foi afastado do cargo há quatro meses por decisão de Barroso, após uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal. Rodrigues tentou esconder o dinheiro dos agentes da PF, mas não obteve sucesso.

Após a decisão do STF, Rodrigues decidiu se licenciar para evitar um desgaste maior em uma solução combinada com o ex-presidente do Senado, Davi Alcolumbre.

Da Sputnik Brasil

A maioria da bancada do DEM na Câmara é simpática às pautas do governo no Congresso e não descarta apoiar o presidente da República, Jair Bolsonaro, na disputa pela reeleição em 2022, destaca o Estadão. A provável saída do ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (RJ) do partido também não provocará uma "debandada" dos deputados da legenda. As conclusões são de um levantamento do Estadão com os parlamentares da sigla na Casa.

Nos últimos dias, a reportagem contatou os 27 deputados em exercício do partido. Dos 22 que responderam às perguntas, só dois - Alexandre Leite (SP) e Kim Kataguiri (SP) - descartaram apoiar Bolsonaro em 2022. Outros seis disseram que vão apoiar o atual presidente da República na disputa pela reeleição. Os demais afirmaram que não decidiram ainda, mas deixaram aberta a possibilidade de defender uma aliança com Bolsonaro. E nenhum deputado, com exceção de Maia, pretende deixar o DEM.

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Boa parte dos que foram ouvidos também se mostraram dispostos a apoiar as pautas do governo na Câmara, ainda que o alinhamento não seja automático.

Segundo o líder do partido, Efraim Filho (PB), a bancada "segue a linha da independência". O grupo "aprovará os temas com os quais temos identidade, especialmente a agenda econômica, mas preservará a autonomia de divergir com temas discrepantes", disse ele.

Apesar disso, a sigla conta com dois ministros na gestão Bolsonaro (Onyx Lorenzoni na Cidadania e Tereza Cristina na Agricultura), além de um deputado na função de vice-líder do governo na Câmara (Paulo Azi, BA) e um no Congresso (Pedro Lupion, RJ).

No começo de fevereiro, a eleição para a presidência da Câmara expôs divergências entre figuras poderosas do partido, como Maia e o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, e a maioria dos deputados.

Inicialmente, o DEM apoiou o candidato de Maia à presidência da Câmara, Baleia Rossi (MDB-SP). Às vésperas da votação, porém, o partido retirou o apoio ao emedebista e adotou a neutralidade. A mudança favoreceu o candidato apoiado por Bolsonaro, Arthur Lira (PP-AL), que saiu vitorioso no primeiro turno, com 302 votos.

Questionado pelo Estadão, Maia disse que o posicionamento dos colegas de bancada não o surpreendeu. "Nenhuma novidade. O resultado da eleição da Câmara mostrou que isso é uma tendência no partido. Independência não existe. Ou você é governo ou é oposição", disse o ex-presidente da Câmara.

Maia também reconheceu que seu plano de deslocar o partido da direita para o centro do espectro político deu errado. "Pela pesquisa que vocês (da reportagem) fizeram, parece que sim, né? O projeto de levar o DEM para o centro fracassou", disse.

Sobre a inexistência de um movimento de saída de deputados do DEM, Maia disse que não está trabalhando para provocar uma revoada na sigla. "Eu não convidei ninguém para sair comigo do partido. Nem mesmo o prefeito do Rio, Eduardo Paes", disse ele.

As respostas dos deputados ao Estadão contrariam o discurso do presidente nacional do DEM, ACM Neto.

Na terça-feira, Neto jantou em São Paulo com o governador João Doria (PSDB) e, segundo o tucano, disse que a sigla não apoiará Bolsonaro no Congresso e nem na disputa de 2022. Doria também tem a intenção de disputar a Presidência nas próximas eleições.

Pouco após o governador relatar o encontro em entrevista a jornalistas nesta quarta-feira (10), ACM Neto divulgou uma nota. No texto, o ex-prefeito de Salvador diz que "não permitirá, neste momento, que aconteça qualquer debate interno sobre o processo eleitoral de 2022". "Esse assunto não compõe a agenda prioritária do País, e nem da sigla".

"Tal como vem acontecendo desde o início de 2019, o DEM mantém sua posição de independência em relação ao governo federal, não estando sequer sob discussão partidária, qualquer posição diferente desta", diz o texto assinado pela Executiva Nacional da legenda. O Estadão apurou que Neto tenta se livrar da pecha de "adesista" colada nele por Maia. O apelido foi reforçado após o ex-prefeito dizer que não poderia descartar uma aliança com Bolsonaro em 2022.

Levantamento

Dos 27 parlamentares procurados pela reportagem, só quatro não responderam aos questionamentos: Carlos Henrique Gaguim (TO), Igor Kannário (BA), Juninho do Pneu (RJ) e Marcos Soares (RJ). Do total, quatro são presidentes de diretórios regionais do partido, o que significa que têm maior influência nas decisões partidárias. São eles: Alan Rick (AC), Hélio Leite (PA), Norma Ayub (ES) e Professora Dorinha (TO).

O conjunto das respostas mostra que parte da bancada está magoada com Maia - ainda mais depois das últimas declarações públicas dele com críticas ao partido.

Arthur Oliveira Maia (BA), por exemplo, ironizou ao ser perguntado se sairia do DEM. "Kkkkk Era só o que faltava. Rodrigo já vai tarde", disse ele por mensagem de texto. Apesar do sobrenome, o baiano não tem parentesco com o carioca.

"Ninguém na bancada, depois da última entrevista que ele deu, está feliz com ele ( Maia). Depois daquela entrevista, ele acabou com o nome dele. De vez. Se estava ruim (o clima), agora está péssimo", disse o deputado Luís Miranda (DF), referindo-se à entrevista do ex-presidente da Câmara para o jornal Valor Econômico, publicada na segunda-feira.

Sobre o apoio ou não a Bolsonaro, alguns deputados foram enfáticos ao defender suas posições. Kataguiri, por exemplo, disse que prefere fazer "campanha pelo voto nulo antes de apoiar Bolsonaro". Pedro Lupion (RJ), por sua vez, disse que é "óbvio" que defenderá a reeleição.

A maioria, no entanto, preferiu a cautela. "Agora é momento de falar de Brasil", afirmou José Schreiner (GO). "É muito cedo para falar de 2022. A gente nem sabe se estará vivo (até lá)", disse Elmar Nascimento (BA).

ACM Neto e Doria

Em um movimento para tentar conter a crise no DEM, o ex-prefeito de Salvador e presidente nacional da legenda, ACM Neto, jantou na noite de terça em São Paulo com o governador João Doria (PSDB). No encontro, o dirigente afirmou que o partido ainda avalia a hipótese de apoiar o governador na disputa presidencial de 2022 e não estará necessariamente na área de influência do presidente Jair Bolsonaro.

A conversa na ala residencial do Palácio dos Bandeirantes. Estavam na mesa ACM Neto, o vice-governador, Rodrigo Garcia (DEM), o ex-ministro Mendonça Filho (DEM-PE), o presidente do PSDB-SP e secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, e o "embaixador" de São Paulo em Brasília, ex-deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA).

Na definição de Doria, o jantar "foi produtivo, sereno e equilibrado": "Ouvimos de ACM Neto que DEM não apoia nem apoiará governo Bolsonaro".

Segundo participantes, ACM Neto foi "respeitoso" em relação ao deputado Rodrigo Maia (RJ) - ex-presidente da Câmara e que está de saída do partido - e não cobrou Doria pelo convite feito ao deputado para que o ex-presidente da Câmara se filiasse ao PSDB. À tarde, em nota, ACM Neto afirmou que "não permitirá, neste momento, que aconteça qualquer debate interno sobre o processo eleitoral de 2022". 

Com a saída anunciada de Rodrigo Maia do Democratas, cientistas políticos avaliam que o deputado federal pode encorpar uma oposição ao governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que pode dificultar a aprovação de pautas do Executivo na Câmara dos Deputados.  

Alguns partidos já sondam o deputado, entre eles o PSL e o PSDB.

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A saída de Maia do Democratas acontece depois que ele foi traído por uma ala de seu próprio partido que abandonou o bloco de Baleia Rossi (MDB), apadrinhado pelo Rodrigo para a eleição da Câmara, e favoreceu a vitória de Arthur Lira (PP), candidato de Bolsonaro.

“Rodrigo Maia vai para oposição identificado como alguém que, mesmo tendo perdido a eleição da Câmara, mostrou que tem uma capacidade muito grande em fazer articulações políticas, em conversar com forças políticas das mais diversas linhas partidárias, é alguém que transita com facilidade em diversas regiões - ele conversa com políticos do Nordeste assim como conversa com políticos do Sul e Sudeste”, analisa a cientista política Priscila Lapa.

Ela aponta que Rodrigo pode puxar uma oposição menos óbvia ao governo Bolsonaro, sendo uma oposição menos ideologicamente posicionada, que seria mais neutra. 

Para o professor da Universidade da Amazônia (Unama) e cientista político Rodolfo Marques, Rodrigo Maia perde espaço na Câmara dos Deputados, mesmo que ele tenha uma boa interlocução com vários setores econômicos e políticos do Brasil. 

“Ele perdeu a supremacia do cargo tão importante que é a presidência da Câmara e agora ele passa a ser apenas mais um deputado federal. Ganhou muitas experiências e contatos nos últimos cinco anos e meio que ficou à frente da Câmara dos Deputados, mas isso acabou”, explica Marques.

O professor reforça que Maia na oposição pode liderar um processo para dificultar as votações de pauta do governo. “Mas eu acredito que o poder do centrão, das verbas que o governo federal está repassando para determinados grupos de parlamentares tendem a ter uma vantagem maior nesse conflito. Rodrigo Maia perde força, espaço, embora continue sendo um ator relevante a ser observado”, pontua.

Alguns partidos já sondam o deputado, entre eles o PSL e o PSDB.

O senador Tasso Jereissati (PSDB) afirmou que o seu partido não irá apoiar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nas eleições presidenciais de 2022. Tasso, que já presidiu o PSDB, aponta que o partido é "radicalmente contra o governo Bolsonaro".

Em entrevista ao UOL, o senador declarou que o presidente da República "deseducou o Brasil". "Nós vemos um presidente deseducando o Brasil, levando o Brasil para a vulgaridade quando faz um discurso em um restaurante com todas as palavras chulas e baixas possíveis e com seus ministros rindo e batendo palminhas. Isso desmoraliza moralmente a presidência", disse.

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Com Rodrigo Maia (DEM) desembarcando do Democratas depois de ser 'traído' pelo seu partido na eleição do presidente da Câmara dos Deputados, Tasso aponta ter gostado do convite feito pelo governador de São Paulo, João Dória (PSDB) para que Rodrigo se filie ao PSDB.

"É sempre importante poder tê-lo em qualquer partido, principalmente quando se tem uma identidade ideológica. Qualquer partido gostaria de ter Rodrigo Maia", pontua.

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