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O aumento tarifário médio de 18,98% na conta de luz pela Neoenergia passou a valer nesta sexta-feira (29), em Pernambuco. A mudança afeta 3,8 milhões de clientes da empresa no Estado. O reajuste havia sido autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica na terça-feira (26), em decisão . 

Para as residências o aumento é de 18,5% - o mais baixo da vez. Já no consumo de baixa tensão, que inclui a maioria dos clientes, com exceção das casas, o aumento é de 18,97%. Para os consumidores de alta tensão, como indústrias e comércio de grande e médio porte, é de 19,01%.

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O quilowatt-hora (kWh) passou de R$ 0,619 para R$ 0,74 com o reajuste. O consumidor que gastava R$ 100 com a conta de luz vai passar a gastar R$ 118,50 pelo mesmo volume de energia elétrica.

A Neoenergia explicou que o reajuste solicitado foi de, em média, 18,98%, por conta da escassez hídrica registrada em 2021, que levou à redução histórica do nível de água nos reservatórios das hidrelétricas, que elevaram o custo para geração de energia. 

Por conta da crise hídrica, o Brasil teve de acionar termelétricas de reserva, o que também eleva o custo para a geração de energia. 

No entanto, com a antecipação do fim da bandeira preta, a de escassez hídrica, anunciada pelo governo federal no dia 16 de abril, mesmo com o aumento no preço da energia, deve haver uma redução média de 3,4% nas contas, de acordo com a Neoenergia. 

 

Como reduzir o consumo?

De modo geral, os eletrodomésticos que têm resistência e geram calor ou frio (mudança de temperatura) são os que mais consomem energia, é importante ficar atento ao uso excessivo ou desnecessário: 

- Evitar banhos longos: além de economizar energia, também economiza água

- Função "timer" das TVs: não durma com a TV ligada e consumir mais 

- Uso eficiente da geladeira: evite manter perto do fogão e utilizar a parte de trás para secar roupas e panos, fazer o uso consciente e verificar o estado da borracha de vedação

- Uso da luz natural: dê preferência a lugares com janelas grandes e paredes claras

- Modo de espera dos aparelhos: prefira tirar o eletrodoméstico da tomada quando ele não estiver em uso

- Carregador de celular: não desconecte o celular do carregador e deixe na tomada sozinho; além de consumir mais energia, pode causar acidentes domésticos

- Uso do computador: deixar o computador ligado durante 24 horas consome mais energia do que ligá-lo e desligá-lo a cada uso 

- Passar roupa: junte a maior quantidade de roupa possível para passar de uma única vez e sempre utilize a temperatura indicada para cada tecido. Roupas leves podem ser passadas com o ferro desligado 

- Conferir os fios de casa: fios expostos ou desencapados podem gerar acidentes e contribuem para queda de energia. 

A Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE) se pronunciou, na tarde desta terça-feira (26), sobre a autorização para o aumento da conta de energia em solo pernambucano. Para a entidade, o anúncio chega em um momento crítico para o mercado e o governador Paulo Câmara teria o dever de reduzir o ICMS da energia elétrica de 25% para 18%.

“Mal o consumidor industrial pôde comemorar o anúncio do fim da bandeira de escassez hídrica, terá que se deparar com um novo aumento na conta de energia”, diz um trecho da nota.

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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou reajuste tarifário da Neoenergia Pernambuco de 19,01% para os consumidores de alta tensão, em média, e para os de baixa tensão, de 18,97%.

“O anúncio chega em um momento crítico para o mercado, que tenta recuperação depois de dois anos enfrentando dificuldades geradas pela pandemia, entre elas os custos dos impostos e os encargos setoriais. Para o mercado, mesmo que o ajuste fosse inevitável, porque ele acontece anualmente, o peso do percentual aprovado vai impactar negativamente tanto as empresas quanto a economia. Isso porque, a energia é considerada um dos principais insumos da indústria”, diz a Fiepe.

Sem citar o Governo Federal – responsável pela Aneel – a Fiepe encerra a nota afirmando que a sociedade pernambucana já paga um "custo muito alto" e que é fundamental um esforço do poder público para diminuir esses impactos.

“Ainda mais agora que Pernambuco está equilibrado financeiramente. Esse seria um momento de fazer sua parte e reduzir o ICMS de energia elétrica de 25% para 18%”, finaliza a entidade.

Confira a nota na íntegra:

Nota – Alta no preço de energia em Pernambuco

“Mal o consumidor industrial pôde comemorar o anúncio do fim da bandeira de escassez hídrica, terá que se deparar com um novo aumento na conta de energia. É que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou o reajuste tarifário da Neoenergia Pernambuco de 19,01% para os consumidores de alta tensão, em média, e para os de baixa tensão, de 18,97% - o que acaba por zerar a redução que o consumidor poderia sentir com a bandeira verde, em vigor nesse mês de abril. O anúncio chega em um momento crítico para o mercado, que tenta recuperação depois de dois anos enfrentando dificuldades geradas pela pandemia, entre elas os custos dos impostos e os encargos setoriais.

Para o mercado, mesmo que o ajuste fosse inevitável, porque ele acontece anualmente, o peso do percentual aprovado vai impactar negativamente tanto as empresas quanto a economia. Isso porque, a energia é considerada um dos principais insumos da indústria.

Para se ter ideia do tamanho desse impacto, segundo pesquisa recente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), os efeitos da crise hídrica ainda serão sentidos este ano. Em 2022, o aumento no preço da energia elétrica resultará em uma perda no PIB industrial de R$ 3,8 bilhões a preços de 2020, em comparação ao que ocorreria sem os efeitos da crise. A perda estimada no PIB da indústria de transformação é de R$ 1,7 bilhão.

Ainda conforme o levantamento da CNI, o mercado de trabalho poderá sofrer uma perda de cerca de 290 mil empregos em relação à quantidade de pessoas ocupadas entre abril e junho de 2021. O consumo das famílias se reduzirá em R$ 12,1 bilhões. Na inflação, será de mais 0,41%. As exportações devem cair aproximadamente R$ 5,2 bilhões. Como se observa, são perdas em efeito cascata, que podem, infelizmente, recair sobre o consumidor.

Para um Estado em que a sociedade já paga um custo muito alto, mesmo com um dos maiores desempregos do País, é fundamental um esforço do poder público para diminuir esses impactos. Ainda mais agora que Pernambuco está equilibrado financeiramente. Esse seria um momento de fazer sua parte e reduzir o ICMS de energia elétrica de 25% para 18%.”

A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) se reúne nesta terça-feira (26) para debater sobre o aumento da conta de luz em Pernambuco. A expectativa é que o reajuste para 2022 da Neoenergia atinja a casa dos 20%, o maior dos últimos oito anos no estado.

A 14ª reunião ordinária da diretoria iniciou por volta das 9h e avalia o impacto na compra de energia com a escassez das fontes hídricas ao longo de 2021. No último sábado (23), quatro estados do Nordeste sofreram reajuste e atingiu 12 milhões de consumidores.

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A maior alta na conta de luz foi no Ceará (23,99%), seguida pela Bahia (20,73%), Rio Grande do Norte (19,87%) e Sergipe (16,46%). O reajuste em Pernambuco passa a valer a partir da sexta (29), mesmo mês em que o governo federal suspendeu as bandeiras tarifárias.

O consumo de energia elétrica no Brasil alcançou 68.095 megawatts médios (MW Med) no primeiro trimestre deste ano, um avanço de 0,9% na comparação com igual período do ano passado, segundo dados preliminares da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Conforme a instituição, o mês de março foi o que mais puxou o aumento trimestral, refletindo o maior nível da atividade econômica interna do País, com a retirada das restrições impostas para combater a pandemia de covid-19 e com um cenário internacional favorável para exportações de setores como o petroquímico e de mineração.

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Dos ambientes de contratação de energia, o mercado livre foi o que mais cresceu - 5,5%, ante o primeiro trimestre de 2021, chegando a 23.298 MW médios. Já o mercado regulado respondeu por 44.796 MW médios, queda de 1,4% em relação aos três primeiros meses de 2021.

Entre 15 ramos de atividade que compram energia no mercado livre, as maiores altas do primeiro trimestre foram registradas nos setores de serviços (15%), madeira, papel e celulose (13%) e químicos (7%).

A CCEE avalia que a alta observada no período no setor de serviços se deu por conta da redução das restrições para movimentação em restaurantes, hotéis, shoppings e outros estabelecimentos, após o avanço da vacinação contra a covid-19. Já entre os segmentos industriais, a instituição aponta que cresceram aqueles ramos que se favorecem com um cenário externo de alta de preços, como é o caso da celulose e do petroquímico.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A partir deste sábado (16), a conta de luz pode ficar mais barata, com o fim a bandeira de escassez hídrica que resultava em uma taxa extra na conta de energia elétrica de R$ 14,20 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. A medida, que encarecia os custos da energia elétrica, estava em vigor desde setembro de 2021.

A redução estimada pelo governo nas contas de luz para o consumidor é de cerca de 20%. Isso será possível porque, com os reservatórios de quatro das cinco regiões do país mais cheios, é possível, ao operador do sistema elétrico nacional, dispensar o uso de termelétricas, que têm custo maior do que o das hidrelétricas. Apenas os reservatórios da Região Sul estão baixos, devido à estiagem que atinge a região.

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Já havia uma previsão de que a bandeira de escassez hídrica, patamar mais alto já adotado pelo governo, terminaria no final deste mês. A medida, no entanto, acabou sendo antecipada em cerca de 15 dias.

A tarifa extra foi aprovada em meio à crise hidrológica que afetou o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas do país em 2021. As usinas são a principal fonte geradora de energia elétrica no país. Segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), o Brasil enfrentou, em 2021, “a pior seca já registrada na história”.

“Para garantir a segurança no fornecimento de energia elétrica, o país utilizou todos os recursos disponíveis e o governo federal teve que tomar medidas excepcionais. Com o esforço dos órgãos do setor, o país conseguiu superar esse desafio, os reservatórios estão muito mais cheios que no ano passado e o risco de falta de energia foi totalmente afastado”, informou, em nota, a pasta.

De acordo com o ministério, o reservatório da usina de Furnas terminou o mês de março acima de 80% de seu volume útil. Em entrevista concedida no início da semana ao programa A Voz do Brasil, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o secretário de Energia Elétrica do ministério, Christiano Vieira,  disse que atualmente os reservatórios estão, em média, com 70% de níveis de armazenamento, o que, segundo ele, “é muito relevante nessa época do ano”.



“Não dispomos de níveis assim desde 2012. Temos uma condição de segurança muito considerável. Na prática, significa que pouca geração termelétrica será necessária, o que se traduz em uma expectativa de bandeira verde até o final do ano”, disse.

 Nesta quinta-feira (31), a Associação dos Produtores e Exportadores de Hortigranjeiros e Derivados do Vale do São Francisco (Valexport) divulgou um documento que expõe os prejuízos causados por constantes cortes de energia elétrica na região. De acordo com a instituição, o problema vem se acentuando desde outubro do ano passado, em razão do corte de incentivos para a tarifa de irrigação noturna, um mecanismo do Governo Federal que oferece descontos de 90% para os produtores rurais que trabalham com alta tensão e de 73% para aqueles que realizam os serviços em baixa.

“As concessionárias do grupo Neoenergia [Celpe, em Pernambuco, e Coelba, na Bahia], cancelaram o fornecimento de inúmeras propriedades sem uma prévia comunicação. Estamos calculando os prejuízos principalmente com a interrupção dos sistemas de irrigação, câmaras frias, packing houses inteiros parados e os contratempos com a descontinuidade do fornecimento nas residências e escritórios”, afirma o presidente da Valexport, José Gualberto de Almeida.

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Segundo o presidente, a partir desta quinta-feira, a associação disponibilizará um canal para coleta de denúncias dos produtores. A ferramenta funcionará através do telefone/whatsapp: (87) 98821-6210.

“O serviço vai ouvir as reclamações e cobrar a resolução imediata dos problemas identificados nos municípios pernambucanos de Petrolina, Lagoa Grande, Santa Maria da Boa Vista, Orocó, Cabrobó e Belém do São Francisco, e na Bahia, em Juazeiro, Sobradinho, Curaçá, Casa Nova, Remanso e Sento Sé”, acrescenta Almeida.

Confira o posicionamento da Neoenergia:

POSICIONAMENTO NEOENERGIA 

A Neoenergia esclarece que os produtores rurais que não se recadastraram até o mês de dezembro de 2021, conforme obrigatoriedade da Resolução Normativa 901 da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), perderam o benefício da Tarifa Rural de Energia Elétrica. Os clientes foram previamente comunicados pelas distribuidoras de energia por meio de aviso na fatura de energia elétrica. Os consumidores rurais que não apresentaram os dados  completos, entre eles a Outorga d’Água e a Licença Ambiental, podem voltar a receber o benefício caso apresentem toda a documentação exigida pelo órgão legislador. Contudo, o benefício não será aplicado aos meses anteriores. A empresa informa ainda que o descadastramento não tem qualquer relação com a qualidade do serviço, que sofreu impacto das fortes chuvas associadas a ventos de maior intensidade e descargas atmosféricas registradas na região, nos últimos meses

O procurador-geral da República, Augusto Aras, ajuizou uma ação direta de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal (STF) contra uma lei do Governo de Pernambuco, apontada como ilegal, que teria aumentado excessivamente a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na energia elétrica e nas comunicações. O processo foi enviado na sexta-feira (25) com o pedido de medida cautelar. 

No entendimento de Aras, o preço acima do patamar geral vai de encontro ao princípio da seletividade, que prioriza a menor tributação sobre produtos e serviços essenciais.

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"A Lei 15.730/2016 do Estado de Pernambuco, com a redação dada pela Lei 16.489/2018, ao instituir alíquotas incidentes sobre energia elétrica e serviços de comunicação em patamar elevado, acima da alíquota geral fixada pela unidade federada, ofende o princípio da seletividade, inscrito no art. 155, § 2º, III, da CF", pontuou no documento.

Uma ação semelhante já havia sido protocolada contra o Rio de Janeiro no último dia 15. A relatoria do processo de Pernambuco ficou para o ministro Gilmar Mendes, mas Aras recomendou que fosse enviada para o ministro Roberto Barroso, que recebeu a denúncia do Rio.

“A energia elétrica, que no início do século passado era considerada artigo de luxo reservado somente às famílias abastadas, é hoje indispensável em qualquer residência como item mínimo de subsistência e conforto. Pode-se dizer o mesmo sobre a internet e os demais serviços de comunicação”, destacou o PGR.



Críticas do Governo de Pernambuco

Em nota, o Governo de Pernambuco definiu a atuação de Aras como desnecessária, já que a alteração das alíquotas só vai ocorrer em 2024, como acordado.

"O Supremo Tribunal Federal já se manifestou a respeito da tributação das telecomunicações e energia elétrica, no último mês de dezembro. Qualquer alteração nas atuais alíquotas estaduais só ocorrerão a partir de 2024, com os novos planos plurianuais dos entes federativos. As 25 ações ajuizadas pela Procuradoria-Geral da República contra os Estados e o Distrito Federal são, portanto, com o devido respeito, inócuas e desnecessárias, gerando apenas falsas expectativas sobre assunto já superado na maior instância do Judiciário Nacional", rebateu no comunicado.

O efeito da alta dos combustíveis não vai se restringir às bombas dos postos de gasolina ou às prateleiras dos supermercados, inflacionadas com o custo do transporte. A conta de luz também vai subir.

O governo e órgãos do setor elétrico ainda fazem as contas, uma equação complicada em função da volatilidade diária que domina os preços dentro e fora do Brasil, mas o fato é que o preço do óleo diesel subiu, e esse repasse é inevitável para bancar as operações de usinas térmicas movidas pelo combustível.

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Essas usinas, que são as mais caras de todas as fontes de geração, já foram acionadas à exaustão até o fim do ano passado, por causa da crise hídrica. Com as chuvas de verão, parte delas foi desligada, mas ainda assim há centenas que continuam em operação, por dois motivos: o primeiro é que essa geração ajuda a preservar os reservatórios das hidrelétricas para que eles atravessem o período seco; o segundo é que as térmicas a óleo são, basicamente, a única fonte de energia elétrica em centenas de municípios do Brasil que ainda não estão conectados ao sistema nacional de transmissão de energia.

Seja qual for o motivo de acionamento das usinas a óleo, quem paga mais essa conta é o consumidor. Cada centavo gasto por essas térmicas é bancado por um encargo embutido na conta de luz, a Conta de Consumo de Combustíveis (CCC). No fim do ano passado, já se previa que as despesas com o encargo subiriam 21% neste ano, chegando a R$ 10,3 bilhões, justamente em função do aumento dos preços dos combustíveis. Agora, em decorrência da guerra entre Rússia e Ucrânia e das dificuldades de se prever os impactos nos preços dos combustíveis, não se sabe exatamente onde isso vai parar.

Distribuidoras

O Estadão apurou que, desde a semana passada, as principais distribuidoras de energia da Região Norte, onde funciona a maioria das usinas térmicas, passaram a fazer contas e procuraram a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para tratar do assunto.

Tome-se como exemplo o caso de Boa Vista. A capital de Roraima, que é a única do País que não está conectada ao sistema interligado nacional, depende completamente de usinas a óleo diesel. Por dia, é consumido mais de 1,05 milhão de litros de óleo diesel para abastecer a cidade e sua região. "O reflexo imediato na alta do diesel é basicamente o aumento do preço médio da energia, o que impacta sobremaneira a Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), haja vista que o custo acima da cobertura tarifária é totalmente coberto via reembolso pelo encargo", afirmou a distribuidora Roraima Energia.

A Amazonas Energia declarou que "os limites de preço para os insumos de geração dos sistemas isolados são definidos pela regulamentação" do setor. Por isso, tem tratado do tema com os agentes públicos que fiscalizam o setor elétrico.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira, 15, um aumento médio de 14,68% nas contas de luz dos clientes atendidos pela Light, concessionária de distribuição de energia que atua no Rio de Janeiro. A empresa atende cerca de 4,5 milhões de unidades consumidoras de 37 municípios do Estado. Os novos valores passam a valer a partir desta terça.

Os efeitos do reajuste serão diferentes para cada grupo de consumidores, devido à variação dos custos que compõem as tarifas de energia.

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Para os consumidores atendidos em alta tensão (como as grandes indústrias), o efeito médio será de 12,89%. Já para os residenciais, atendidos em baixa tensão, o aumento será de, em média, 15,53%.

O reajuste aprovado pela Aneel é resultado da chamada "revisão tarifária" da empresa. O processo é realizado pela agência reguladora a cada cinco ou quatro anos, a depender do contrato da distribuidora, para manter o equilíbrio econômico-financeiro da concessão. Ao longo da apuração, são analisados diversos aspectos do contrato, diferente do que acontece nos reajustes anuais.

Durante a análise do processo, o relator do processo, diretor Efrain da Cruz, afirmou que o reajuste aprovado nesta terça "não é o desejável", pois está acima dos principais índices de inflação do País.

Ele ressaltou ainda o impacto dos encargos setoriais cobrados via contas de luz para todos os consumidores. Segundo a agência reguladora, os encargos contribuíram para um efeito médio de 6,78%.

Não está fácil para ninguém mesmo. Gkay usou suas redes sociais, neste sábado (12), para reclamar do serviço da concessionária de energia de São Paulo. Revoltada, ela disse que tem ficado sem o fornecimento de energia por noites consecutivas e ainda mostrou a conta de quase R$ 3 mil.

Não é a primeira vez que Gkay reclama de falta de energia em sua casa de São Paulo. Ela disse que já perdeu até alimentos por conta do problema. "Passou a noite inteira sem energia de novo. Vocês deviam ter pelo menos consideração com o cliente de vocês que vocês tratam como lixo. Minha geladeira ficou podre. Sorte é que eu tenho dinheiri para repor as coisas, e gente que não tem?". 

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Reprodução/Instagram

A atriz também mostrou prints de seguidores de diversos lugares do país, que contam com a emsma concessionária, reclamando de problemas semelhantes, e mostrou sua conta de quase R$ 3 mil. Por fim, ela disse que seria a "voz do povo" e que ia reclamar até que o serviço melhorasse. "Eu já tava com ódio, agora triplicou o ódio".

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O mais antigo mercado público do Brasil, o Mercado de São José, patrimônio histórico no coração do Recife, ficou 36 horas sem energia elétrica. O fornecimento de energia ocorreu apenas no final da manhã desta segunda-feira (7), resultando em muitas queixas dos comerciantes. A Prefeitura do Recife (PCR) informou que um curto-circuito, ocasionado pelas fortes chuvas, provocou o interrompimento do serviço desde a noite do sábado (5).

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O expediente desta manhã foi marcado por correria por parte dos vendedores, que precisaram comprar sacos de gelo às pressas para conservar os produtos. O mercado é popular pela oferta de pescados, laticínios e frios no geral. No entanto, pelas condições de climatização e armazenamento disponíveis no local atualmente, a refrigeração paralela, improvisada pelos comerciantes, é frequente.

“Normalmente chego aqui às seis da manhã, de segunda a sábado, e no domingo não venho. Cheguei hoje e estava sem energia. Esse freezer meu, depois de aproximadamente 18 horas, se transforma em um forno. Os produtos que estavam dentro dele tiveram que ser descartados; foram salsicha, salsichão, queijo coalho, queijo manteiga. Os frios que estavam aqui do que ficou no sábado. São produtos que recebemos resfriados, é a forma como a gente trabalha. Eles ficaram sem condições de comercialização”, disse ao LeiaJá Sales Júnior, de 46 anos, proprietário da Granja Passarinha, que perdeu 16 quilos somente de peças de queijo após o ocorrido .

Sales alegou também que os comerciantes não recebem muitas informações. "Se houvesse uma rede de contatos ou apoio oficial, que abrangesse a todos, o problema poderia ser amenizado", diz ele.

“Não é a primeira vez que tenho prejuízos do tipo aqui. Infelizmente, essa parte da energia está comprometida, porque eventualmente ocorre esse tipo de situação. Não vou dizer que ocorre todo mês, mas tem vezes que ocorre e passa até mais tempo. Nem de gelo eu precisei, porque já tinha se perdido tudo, senão tinha comprado. Se eu tivesse tomado conhecimento, teria vindo aqui e refrigerado tudo manualmente”, continuou.

Essa comunicação "independente", na qual o comércio se vira sozinho, é algo que a comerciante Ruth de Miranda Bezerra, de 67 anos, também critica. Sem prejuízos diretos desta vez, a proprietária da ‘Rutinha Pescados’ diz que a situação tem piorado de maneira gradativa: “A gente se antecipa, toma providência. Evita o prejuízo porque já entende. Acho que gasto uns 50 reais por dia só comprando gelo, para conservar a mercadoria”.

A autônoma continua: “Mesmo sem prejuízo [com perda de mercadorias], a gente se prejudica porque tem que gastar dinheiro com gelo, temos que ter muita atividade e cuidado, porque se o movimento estava ruim, sem luz fica pior. Aliás, desde 2020 que a realidade da gente é essa. A cada dia piora. É falta de cliente, de segurança. O mercado de São José está basicamente abandonado”.

O irmão de Ruth, Joel Gomes, de 63 anos, também tem uma banca própria de pescados, onde divide espaço de trabalho com familiares. Há cerca de 45 anos trabalhando no São José, na atividade que é herança de família, ele denuncia que a situação vem de anos e outras gestões prometeram reformas que nunca chegaram.

“Desde a pandemia que a situação ficou mais caótica. O começo foi um dos piores momentos da vida da gente. Os governantes não entendem o que é preciso fazer e não podemos contar muito com eles. Quem entende da casa é quem mora nela. Falta muita coisa aqui dentro. Inclusive, uns anos atrás, houve uma reunião, falando que houve verba federal, pensaram em reforma e tudo, mas só foi aquilo ali. Nunca aconteceu”, afirmou.

Gomes diz que nem mantém mais as esperanças no alto, mas que espera algum tipo de intervenção, pois o mercado está se “acabando”. “A gente precisa de uma reforma geral, o que já está nos planos há tempo. Falar em climatizar já seria sonhar alto demais, a insegurança eu já sei que tem em toda parte. Mas, ao menos, melhorar as condições de trabalho. A gente precisa de mais espaço, mais freezers. Há muita coisa para fazer aqui”, completou.

Motivo para a falta de energia

De acordo com a administração do Mercado de São José, o suporte da Neoenergia chegou ao local por volta das 11h, para realizar os reparos e religar a fiação elétrica. Um caminhão de suporte havia seguido ao Mercado no domingo (6), mas a equipe não tinha autorização para realizar a religação.

Em nota ao LeiaJá, a PCR informou o motivo do curto-circuito. Confira na íntegra:

"A Autarquia de Serviços Urbanos do Recife (CSURB) informa que, na madrugada de domingo (06), houve um curto-circuito na subestação elétrica do Mercado de São José, devido às chuvas. Para realizar o reparo, a equipe de manutenção da autarquia solicitou à Neoenergia o desligamento da eletricidade, que foi feito às 11h30, tendo o serviço sido concluído às 13h. Tão logo foi realizado o conserto, houve solicitação à concessionária para o religamento da energia, o que aconteceu apenas na manhã desta segunda-feira (7)".

Os consumidores que recebem o benefício da Tarifa Social de Energia Elétrica terão bandeira verde em março. Com isso, não haverá acréscimo na conta de luz dos beneficiários. A decisão foi anunciada nessa sexta-feira (25) pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Para os demais usuários, no entanto, continua vigente a bandeira Escassez Hídrica, no valor de R$ 14,20 a cada 100 kWh consumidos.

Segundo o governo, esse valor extra foi necessário para cobrir os custos de energia, que ficaram mais caros em decorrência do enfrentamento do período de escassez de recursos hídricos, em 2021, o pior em 91 anos. A bandeira Escassez Hídrica segue em vigor até abril de 2022.

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O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, acredita que a partir de abril a bandeira de Escassez Hídrica deixará de ser aplicada. “Acreditamos que [a bandeira Escassez Hídrica] não será necessária a partir de abril. [Ela] foi utilizada para pagar o custo adicional de geração de energia. Como nós não tínhamos água para gerar as nossas usinas hidrelétricas, tivemos que contratar energia no exterior, da Argentina, do Uruguai, e tivemos que usar nossas usinas termelétricas, que são mais caras, por conta do petróleo, do óleo, por conta do gás”.

Moradores de Niterói, Duque de Caxias, São Gonçalo e Maricá, na Região Metropolitana do Rio, ficaram sem eletricidade em suas casas após uma explosão seguida de incêndio numa subestação de energia da Enel (empresa que fornece eletricidade para municípios da Região Metropolitana do Rio) em São Gonçalo, na madrugada deste sábado, 29.

A explosão ocorreu por volta das 2h, na subestação instalada no bairro de Alcântara. Segundo a Enel, em 65% dos imóveis afetados o fornecimento de energia foi restabelecido 25 minutos após o incidente. Ainda conforme a empresa, todos os clientes afetados tiveram a eletricidade restabelecida durante a madrugada.

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Por causa da falta de eletricidade, a estação de tratamento de água Laranjal, da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae), deixou de funcionar temporariamente, fazendo com que moradores da Ilha de Paquetá (zona norte do Rio) e dos municípios de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá ficassem sem água por algum tempo. O serviço começou a ser restabelecido às 4h, mas algumas regiões podem ficar sem água por até 24 horas.

As chuvas, mas principalmente os ventos que atingiram a Região Metropolitana do Recife na noite de sexta-feira (28) e madrugada deste sábado (29) causaram alguns estragos. Relatos de moradores por meio das redes sociais mostram que a forte ventania derrubou árvores, arrancou telhas e deixou boa parte sem energia elétrica. Há registros de pessoas sem luz em diversos bairros das cidades do Recife, Olinda, Paulista, Camaragibe e Jaboatão. Muitos relatam que estão há mais de 12h sem energia em casa.

A Neoenergia confirma a interrupção do fornecimento  e aponta que os chamados aumentaram na região.

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"Devido às fortes chuvas, estamos com grande número de ocorrências em andamento, nossas equipes foram reforçadas para atuar no restabelecimento da energia com maior brevidade possível", destaca a empresa de distribuição elétrica de Pernambuco.

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Confira a nota completa

"Em virtude das fortes chuvas e ventos de maior intensidade na Região Metropolitana do Recife, a Neoenergia Pernambuco registrou aumento no número de chamados. A maioria das ocorrências foi motivada por queda de árvores, galhos e objetos arremessados contra a rede elétrica. A empresa reforçou o número de equipes para atuar no restabelecimento pontuais de energia com a maior brevidade possível."

Mais chuva

A previsão do tempo divulgada nesta última sexta-feira (28) pela Agência Pernambucana de Águas e Climas (Apac) confirma que as chuvas devem continuar neste sábado (29), com pancadas isoladas ao longo do dia.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) regulamentou nesta semana a inclusão automática na Tarifa Social de Energia Elétrica para famílias de baixa renda. Atualmente, são 12,3 milhões de famílias beneficiadas pela tarifa e a expectativa do governo é que mais de 11 milhões tenham acesso ao benefício.

Conforme a Aneel, os critérios para a concessão de benefícios não mudaram. Podem receber a Tarifa Social de Energia famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com renda familiar mensal per capita menor ou igual a meio salário mínimo nacional; idosos com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais ou pessoas com deficiência, que recebam o Benefício de Prestação Continuada (BPC); ou família inscrita no CadÚnico com renda mensal de até três salários mínimos, que tenha membro portador de doença ou deficiência.

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A principal mudança é que, a partir de janeiro de 2022, as famílias que se enquadrem nos critérios para recebimento do benefício, mas que ainda não estejam cadastradas serão incorporadas por meio do cruzamento de dados dos sistemas do Ministério da Cidadania e das distribuidoras de energia. O cadastramento automático ocorrerá mensalmente.

A tarifa traz descontos no valor mensal do consumo das famílias beneficiadas. Para famílias que consomem até 30 quilowatts/hora, a redução é de 65%; de 31 a 100 kWh/mês, o valor fica 40% menor; de 101 kWh a 220 kWh, a redução é de 10%. Acima dos 220 kWh/mês o custo da energia é similar à dos consumidores que não recebem o benefício.

As famílias indígenas e quilombolas têm descontos maiores. As famílias inscritas no CadÚnico têm desconto de 100% até o limite de consumo de 50 kWh/mês, de 40% para consumo a partir de 51 kWh/mês, de 10% para consumo de 101 kWh a 220 kWh. Para indígenas e quilombolas que consomem acima dos 220 kWh/mês o custo é similar à dos consumidores sem o benefício.

Segundo a Aneel, ninguém será descadastrado com a nova regra. Só deixará de receber o benefício quem deixar de atender aos critérios previstos na lei ou não fizer as atualizações cadastrais do Ministério da Economia.

Problemas

Se a família estiver com o endereço desatualizado no CadÚnico também é preciso fazer a regularização. Para receber o benefício não pode haver ligação irregular de energia, também conhecido como “gato”.

Na contramão do que aconteceu nos últimos meses, os consumidores podem ter um alívio parcial nas contas de luz no horizonte. A projeção para o ano que vem ainda é de aumento nas tarifas, mas a decisão do governo de limitar o uso de termoelétricas e a importação de energia de países vizinhos pode evitar um impacto maior nos bolsos dos brasileiros e mais pressão na inflação. A medida vem atrelada às previsões positivas de chuvas nos próximos meses. Contudo, a situação ainda requer cautela, já que não é possível indicar qual será o cenário dos reservatórios em 2022.

A necessidade de usar todas as térmicas fez o preço da energia disparar nos últimos meses. A preferência agora, de acordo com o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Carlos Ciocchi, é acionar "das mais baratas para as mais caras".

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Na prática, a priorização destas usinas, por meio da limitação da geração de térmicas e importação de energia a 15 mil megawatts médios, estabelecida desde quarta-feira, 1º, pode reduzir os encargos pagos por todos os consumidores, inclusive as grandes indústrias.

De acordo com estimativas feitas pelo diretor técnico da PSR, Rodrigo Gelli, a redução do acionamento de todas as térmicas do sistema para o montante colocado pelo governo representa uma economia de R$ 2 bilhões por mês - ou R$ 11,5 bilhões ao longo de todo o período úmido, que vai até abril. Com isso, a medida pode gerar uma redução de 4 pontos porcentuais na tarifa do consumidor regulado (residencial, por exemplo) em relação ao reajuste que seria aplicado caso todas as térmicas estivessem ligadas como antes.

ENCARGOS. Especialistas no setor elétrico consideram acertada a decisão do governo. O ex-diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) Edvaldo Santana explica que a redução da geração de energia mais cara diminui o montante do Encargo de Serviços do Sistema (ESS), taxa que serve para manter a estabilidade do sistema elétrico, mas ressalta que o impacto é no sentido de apenas amenizar o que os brasileiros estão pagando. "Isto só faz aumentar menos a conta de luz. Enquanto tiver encargo, tem custo para as tarifas, que pode ser maior ou menor", afirmou.

Na mesma linha, o ex-presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e professor de planejamento energético da UFRJ, Maurício Tolmasquim, afirma que os consumidores ainda vão sentir o custo da crise hídrica no bolso.

"Ainda há um número importante de térmicas sendo operadas. Em condições normais, neste período do ano, estaríamos operando com poucas térmicas. É claro que não pode reduzir muito mais, pois o nível dos reservatórios partiu de um patamar muito baixo. Então, tem que ter prudência, mas sem dúvida alguma a redução é um primeiro passo para reduzir um pouco o impacto", afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira, 30, as regras para a inscrição automática de famílias de baixa renda na Tarifa Social, programa que garante descontos na conta de luz aos mais carentes. Hoje, 12,4 milhões são beneficiadas com a política social. Pelas estimativas da agência reguladora, esse número poderia quase dobrar a partir do próximo ano, pois há 11,3 milhões de famílias que têm potencial para participarem do programa com o novo formato de cadastro.

A nova lei facilita que novas famílias carentes passem a receber os benefícios. Segundo o relator do processo, diretor Sandoval Feitosa, houve um aumento de 45% no número de beneficiados no programa nos últimos três anos, mas é possível contemplar mais cidadãos. "Essa política pública tem tanta justiça social, tanta cidadania envolvida, que ela enfrenta de frente um problema que nós podemos caracterizar como a pobreza energética. Uma parcela significativa da população, hoje 23,7 milhões fazem jus ao benefício, mas apenas 52% recebem efetivamente", disse.

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As inscrições automáticas serão feitas pelo cruzamento de dados do Ministério da Cidadania e das distribuidoras de energia, desde que a família atenda todos os critérios para participar do programa. A pasta é responsável por gerir os dados do Cadastro Único e do Benefício de Prestação Continuo de Assistência Social (BPC). Cerca de 23,7 milhões de famílias brasileiras estão cadastradas nessas bases de dados.

O relator do processo afirma que a alteração não criará um novo subsídio, nem altera as regras para as famílias já beneficiadas. "A lei nova não incluiu um único real de custo, elas apenas desburocratizou o acesso ao benefício, fazendo efetiva a política pública", disse. "O novo marco legal possibilitará a inclusão de famílias que já possuíam o direito à Tarifa Social a exercê-lo de fato. Além do impacto positivo para as finanças das famílias de baixa renda, a alteração legal traz consigo as seguintes externalidades positivas: combate à pobreza energética do Brasil, a redução da burocracia", diz em seu voto.

Com o aumento de beneficiários do programa, o valor a ser pago por todos possivelmente irá aumentar. Isso porque os custos para manter os subsídios aos mais carentes são bancados por todos os consumidores do País, incluindo grandes indústrias, por meio de encargos nas contas de luz. O custo para manter o programa este ano foi de R$ 3,6 bilhões. Os recursos são incluídos no orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), fundo financiado por meio de encargos nas contas de luz de todos, incluindo grandes indústrias, para garantir subsídios para alguns consumidores e segmentos.

Regras

As famílias ainda poderão solicitar por conta própria a inscrição ao programa para as distribuidoras, como acontece atualmente, mas a empresa ficará obrigada a identificar quais atendem os critérios para receber o benefício. As empresas deverão consultar, mensalmente, a base do governo utilizando o CPF ou outros dados fornecidos. Uma vez que seja identificado que o consumidor tem direito, o desconto já deve ser aplicado na fatura seguinte.

Como será difícil que empresas identifiquem todas essas famílias em um momento, a agência propôs um prazo de transição, que foi alterado a pedido das empresas. Para as distribuidoras que têm até 120 mil unidades consumidoras, fica mantido o prazo até 30 de junho. Para as demais, que possuem mais de 10 mil famílias potenciais para entrar no programa, o prazo para realização da busca será até 31 de dezembro de 2022.

As empresas também poderão fazer a busca por contato telefônico e visitas a domicílios. Durante análise na Aneel, elas foram dispensadas de informar sobre a medida por meio das faturas de energia, mas deverão divulgar em suas páginas na internet, redes sociais e por mensagens eletrônicas. As distribuidoras solicitaram ainda a exclusão da devolução em dobro de valores já pagos em casos de não realizar a inscrição automática, mas o pedido foi negado.

A inscrição automática está prevista em projeto de lei aprovado pelo Congresso em agosto e sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro em setembro deste ano. O chefe do Executivo e os ministros Bento Albuquerque, de Minas e Energia, e João Roma, da Cidadania, participam de evento para anunciar as novas regras do programa às 17h.

Tarifa Social

O programa Tarifa Social concede descontos escalonados na conta de luz de acordo com consumo de cada família: 65% para os primeiros 30 kWh consumidos, 40% de 31 kWh a 100 kWh; 10% de 101 kWh a 220 kWh; e zero a partir de 221 kWh. Indígenas e quilombolas têm 100% de desconto caso consumam até 50 kWh; 40% entre 51 kWh e 100 kWh; 10% de 101 kWh a 220 kWh; zero a partir de 221 kWh. Em média, cada família consome 126 kWh mensais e recebe um desconto de R$ 24,00.

A Neoenergia Pernambuco identificou, nesta segunda-feira (22), um desvio de energia elétrica na unidade da Cafeteria DeltaExpresso, na rua Serinhaém no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife.

As equipes técnicas da concessionária estiveram no estabelecimento comercial para inspecionar a ligação do local, quando se depararam com a irregularidade. 

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A Neoenergia aponta que análises da área de inteligência da empresa apontaram indícios prévios de irregularidades na medição de energia elétrica do estabelecimento, o que motivou a ida dos técnicos ao local. 

Na ocasião, o medidor foi substituído e o cliente regularizado. O volume de energia recuperada com esta ação foi de 17.749,31 kWh, quantidade que seria suficiente para abastecer, aproximadamente, 150 residências por 30 dias. Toda energia não medida será cobrada do cliente, conforme determinações da legislação do setor elétrico.

A Neoenergia Pernambuco reforça que o furto de energia é crime sujeito às penalidades do artigo 155 do Código Penal Brasileiro. Além de acarretar prejuízos à população, a prática representa riscos de acidentes graves. Em caso de denúncias, os clientes podem entrar em contato pelos canais de atendimento da concessionária, sem a necessidade de identificação.

Vitória Medeiros, filha do piloto de avião de Marília Mendonça, resolveu processar a companhia de energia Cemig. De acordo com os representantes da jovem, a falta de sinalização nas torres é a principal causa do acidente. Geraldo Martins foi uma das vítimas fatais da queda da aeronave, no último dia 5, em Caratinga (MG), que transportava Marília e mais três pessoas.

Nos stories do Instagram, Vitória comentou sobre a decisão de mover a ação contra a empresa de energia. "Sobre o processo, eu só tenho uma coisa a falar, por ora: se tivesse a sinalização tudo poderia ser diferente. E isso vai ser importante agora para poder proteger a vida de outras pessoas caso haja uma emergência", explicou.

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Em um comunicado, a Cemig declarou: "A sinalização por meio de esferas na cor laranja é exigida para torres em situações específicas, entre elas estar dentro de uma zona de proteção de aeródromos, o que não é o caso da torre que teve seu cabo atingido". Segundo o jornal Extra, a defesa de Vitória Medeiros alegou que a filha do piloto busca defender a honra do pai.

O aumento na conta de luz dos brasileiros tem impulsionado a geração própria de energia solar em telhados, fachadas e pequenos terrenos no País. Segundo mapeamento do Portal Solar Franquias, a potência instalada nos sistemas dos consumidores saltou de 4,7 gigawatts (GW) acumulados em janeiro deste ano para 7,3 GW até o início de novembro, um crescimento de 53% no período.

Nesta sexta-feira, o Brasil atingiu a marca de 12 GW de capacidade instalada da fonte, entre geração distribuída e centralizada, esta última formada pelos projetos que concorrem nos leilões de energia elétrica do governo.

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De acordo com a análise do Portal Solar, baseada em dados da Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o mercado de energia solar tem se mostrado cada vez mais resiliente diante dos desafios impostos pela pandemia de covid-19. Enquanto muitos setores perderam receita nos últimos 18 meses, quem estava no segmento solar viu as suas vendas aumentarem nesse período.

"A evolução desse mercado confirma que cada vez mais os consumidores brasileiros tomam consciência da necessidade de buscar soluções sustentáveis para enfrentar as elevadas tarifas de energia elétrica e as mudanças climáticas", explica o CEO do Portal Solar, Rodolfo Meyer.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as tarifas de energia elétrica acumulam alta de 30% nos últimos 12 meses no Brasil. Somente em 2021, a alta é de 25%, muito em função da crise hídrica.

A expectativa é de mais reajustes na conta de luz no próximo ano, por conta do uso intensivo de termelétricas fósseis, que já gerou uma conta de mais de R$ 5 bilhões para os consumidores pagarem em 2022. Até agosto, a conta total de encargos (soma de todos os itens) a ser repassada nas tarifas do próximo ano se aproxima dos R$ 10 bilhões, de acordo com levantamento do Portal Solar Franquias, com base em dados preliminares da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Há ainda a possibilidade de contratação de um novo empréstimo de R$ 15 bilhões para poder arcar com todos os custos da geração de energia.

Para 2022, a projeção é de uma aceleração ainda maior em razão da continuidade do encarecimento das tarifas de energia. O mercado solar também deve ser impulsionado por questões regulatórias. Até o final deste ano, a expectativa é que o marco legal da GD (PL 5829/19) seja aprovado pelo governo, trazendo previsibilidade e segurança jurídica para o mercado.

"Estamos em um ritmo de crescimento acelerado mesmo com as adversidades do cenário econômico nacional. Para 2022, nem mesmo a elevação dos preços dos equipamentos deverá parar a energia solar no Brasil", afirmou Meyer.

O Portal Solar já conta com 82 franquias vendidas em 6 meses como franqueadora e prevê chegar a 100 unidades em 2021.

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