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Gravações feitas pela ex-cunhada do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) apontam que ele mantinha um esquema de entrega de salários de assessores -conhecido como ‘rachadinha’ - em seu gabinete como deputado federal, entre 1991 e 2018. A denúncia reforça a participação do ex-assessor da família, Fabrício Queiroz, na coleta dos valores, que configura crime de peculato.

A fisiculturista e ex-assessora do gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Andrea Siqueira Valle, é irmã da ex-esposa do presidente, Ana Cristina Valle. Ela relatou ao UOL que o irmão, identificado como André, era assessor de Bolsonaro e foi demitido porque não aceitava devolver a maior parte do salário.

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"O André deu muito problema porque ele nunca devolveu o dinheiro certo que tinha que ser devolvido, entendeu? Tinha que devolver R$ 6.000, ele devolvia R$ 2.000, R$ 3.000. Foi um tempão assim até que o Jair pegou e falou: 'Chega. Pode tirar ele porque ele nunca me devolver o dinheiro certo'", explicou a ex-cunhada.

Nas investigações contra Flávio em 2019, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) quebrou o sigilo bancário dos envolvidos e descobriu que, pelo menos, 10 familiares da ex-esposa do pai participavam do esquema. 

Movimentação semelhante foi verificada no gabinete do irmão, o vereador Carlos Bolsonaro. Ao todo, a família Bolsonaro teria empregado 18 familiares de Ana Cristina.

Ainda de acordo com a denúncia, uma troca de mensagens de áudio entre a filha e a companheira de Queiroz, Nathália e Márcia Aguiar, revela que Bolsonaro usava o codinome '01' para evitar ser pronunciado.

Além da articulação do suposto esquema operado por Fabrício Queiroz, Andrea aponta que um coronel da reserva do Exército, que teria conhecido Jair na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), também chegou a recolher seu salário quando integrava o gabinete de Flávio.

Questionado sobre as revelações de Andrea, o advogado da família Frederick Wassef - que escondeu Queiroz em seu escritório enquanto foragido - afirmou que as informações "são narrativas de fatos inverídicos, inexistentes, jamais existiu qualquer esquema de rachadinha no gabinete do deputado Jair Bolsonaro ou de qualquer de seus filhos".

Nubia Oliiver está sendo acusada de fazer parte de uma quadrilha que realiza o tráfico de mulheres. De acordo com a investigação da Polícia Federal, há fortes indícios de que Nubia tem/teve a função de intermediar atos de exploração sexual, mediante a exploração de garotas de programa em troca de contraprestação financeira, uma espécie de comissão. Na noite do último domingo, dia 6, ela deu os detalhes em entrevista ao Domingo Espetacular, da Record.

Primeiro, ela afirma ser, de zero a dez, 12, em uma escala de inocência:

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- Sou completamente inocente, afirma.

O apresentador Roberto Cabrini em seguida questiona se Nubia é uma aliciadora de tráfico de mulheres:

- Nunca. Jamais. Isso é uma coisa que eu não faria nunca. Esse envolvimento... a perna dessa quadrilha (é) aqui no Brasil. O que parece é que eu selecionava as mulheres aqui no Brasil. E isso não é verdade.

O programa, então, mostrou áudios de Nubia em troca de mensagens com Rodrigo Cotait, acusado de ser chefe de um esquema internacional de tráfico de mulheres, em que ela aparece dizendo:

- Eu passei umas meninas aí para te ligarem. Essas eu sei que são do Rio.

São essas gravações interceptadas que estão usadas como indícios de envolvimento de Nubia, segundo a Polícia Federal.

Sobre conhecer Cotait, Nubia conta:

- Eu [o] conheço virtualmente. Não conheço pessoalmente. Eu tive uma relação com o Rodrigo [que era] comercial. O Rodrigo é dono de uma marca [de maquiagem], era dono de uma marca, não sei como está hoje. Ele pediu para que eu divulgasse e isso já está com os meus advogados e inclusive eu consegui achar esses vídeos [divulgando a marca] no meu Instagram, as ações que eu fiz para ele. E só. Eu nunca imaginaria que ele seria supostamente investigado por essa rede.

Nessa investigação, Nubia seria supostamente a pessoa que selecionaria mulheres que seriam levadas para fora do país.

- Eu não aceitei [ser intermediária entre Cotait e essas mulheres]. Não tem intermediação. Tem intermediação na maquiagem. Ele pede para eu entrar em contato com as meninas que queiram fazer as ações. Eu recebi os produtos dele, recebi por isso, e também as meninas iriam receber. E obviamente eu iria ganhar a minha comissão. A gente não trabalha de graça.

Algumas dessas meninas, supostamente selecionadas por Nubia e Cotait, foram para fora do país e se envolveram com prostituição. Sobre isso, Nubia afirma:

- Já não é do meu conhecimento. O conhecimento que eu tenho com o Rodrigo, eu não sei o que o Rodrigo fazia, das redes internacionais, eu não sei de nada disso.

Vale citar que Cotait teria uma ligação com as pessoas que comprava as passagens áreas para enviar essas meninas para o exterior. Essa pessoa usava um cartão de crédito clonado para realizar as compras. Ele tinha uma agência de modelos, que era apenas fachada, e na verdade colocava essas moças para serem prostitutas no Brasil e em outros países:

- Nunca [soube disso]. Se eu tivesse qualquer informação de uma pessoa que seja traficante, seja uma pessoa errada. Eu jamais falaria com essa pessoa, continua Nubia.

Ela ainda foi questionada sobre ter arquivos de fotos e vídeos de mulheres seminuas:

- Até as minhas fotos eu estou em poses sensuais. Todas nós, do meu currículo, de amigas, é assim. É calcinha, sutiã. Se provavelmente a pessoa estivesse de biquíni, eu não considero que isso seja uma foto pornográfica.

Cabrini ainda quis saber se ela tinha conhecimento que Cotait mantinha relação sexual com essas mulheres para afirmar sobre a qualidade delas.

- Se eu soubesse qualquer coisa em relação a isso, eu jamais ia conversar. Primeiro, eu tenho uma filha, então eu tenho que zelar dela. E segundo, foram 28 anos de carreira bem consolidada. Eu não ia jogar isso no lixo, por nada. (...) Uma coisa é comigo. Eu falar do meu corpo, eu falar de sexo, eu expor o meu corpo.

Por fim, entende que o contexto dá a entender que ela faz parte de algo maior que um esquema de maquiagem:

- Do jeito que foi colocado, dá a entender que eu sou parte da quadrilha, que eu estou indicando uma pessoa ou outra para ele, pelo o que ele faz. (...) Agora eu estou aqui falando pela primeira vez que eu passei sim algumas meninas para ele. Porém, era para a maquiagem. Ele queria explodir a marca dele aqui no Brasil.

E ainda acrescenta:

- Eu fui enganada, passada para trás. De alguma forma, como eu não sabia, eu executei o meu trabalho. Eu não sou 24 horas inteligente. Eu já tive pessoas que me roubaram, amigos meus de 22 anos, que me levaram tudo o que eu tinha guardado. [Agora] é o período mais difícil da minha vida. Eu já passei por períodos complicados, gravidez, depressões fortíssimas, perdas financeiras, neuroses, mas igual a essa, não. Esse peso para mim realmente está difícil.

O Ministério Público do Paraná (MPPR) denunciou 17 pessoas suspeitas de envolvimento em um esquema de "fura-fila" da vacinação contra a Covid-19 em Apucarana-PR. A ação penal decorre de uma investigação relacionada à conduta de uma falsa enfermeira que teria desviado doses de vacinas no município.

Segundo a denúncia, oferecida na segunda-feira (31) pela 2ª Promotoria de Justiça da Comarca, a falsa enfermeira, admitida para trabalhar como voluntária pelo coordenador da Vigilância Epidemiológica do município, exerceu ilegalmente a profissão de técnica de enfermagem e teria aplicado a vacina em pelo menos 12 pessoas que não preenchiam os requisitos dos grupos prioritários entre 16 de abril e 11 de maio.

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As investigações apontaram que o coordenador responsável pela admissão da falsa enfermeira teria aplicado a vacina no filho de outro servidor, que também não integrava grupo prioritário, em uma casa de repouso de idosos. Todos os suspeitos, sendo três deles servidores públicos, foram denunciados, inclusive a proprietária da casa de repouso, pois ela teria conhecimento da conduta ilícita.

Os agentes públicos e as pessoas indevidamente vacinadas foram denunciados por peculato e infração de medida sanitária. Aos que receberam as doses ilegalmente, o Ministério Público propôs acordo de não persecução penal, mediante o pagamento de prestação pecuniária de R$ 22 mil por cada um dos acusados. 

A Promotoria de Justiça também requereu que o coordenador da Vigilância Epidemiológica seja afastado da função pública e proibido de manter contato com as testemunhas e ter acesso às dependências da Autarquia Municipal de Saúde e aos locais de vacinação.

O Ministério Público Federal pediu ao Tribunal Regional Federal da 5ª Região a prisão preventiva de Sebastião Figueiroa de Siqueira e Waldemir Silva de Oliveira, investigados na Operação Casa de Papel, que apura a prática de crimes contra a Administração Pública em diversas prefeituras de Pernambuco.

As prefeituras do Recife, Paulista, Cabo de Santo Agostinho e Olinda teriam contratado, sem licitação, a empresa AJS Comércio e Representação Ltda. para fornecer materiais médico-hospitalares para enfrentamento da Covid-19, cujos gastos somam aproximadamente R$ 9 milhões. A empresa seria de fachada e não teria condições de realizar o contrato acordado com os municípios.

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De acordo com o parecer do MPF, a prisão preventiva foi motivada após análise parcial dos materiais apreendidos na deflagração da referida Operação, especialmente na perícia dos aparelhos celulares dos investigados. "Ficou evidenciado que eles tiveram prévio conhecimento de diligências sigilosas, ainda em andamento, e atuaram para ocultar provas que poderiam indicar a prática das atividades criminosas investigadas", aponta o Ministério Público Federal.

A prisão preventiva dos suspeitos já tinha sido negada em primeira instância após o Juizo apontar ausência de contemporaneidade da medida, já que a ocultação de provas apontada teria ocorrido em junho de 2020. Além disso, foi afirmado que não existiriam laudos periciais que comprovassem um "hackeamento" dos sistemas informatizados da investigação. 

Nesse novo pedido, o MPF assevera que há vários indícios nos autos, verificados no cumprimento das diligências investigativas, de que Waldemir e Sebastião - e pessoas relacionadas a eles - teriam conhecimento prévio das ações policiais e estariam, não só se preparando, mas atuando para alterar os elementos de prova.

O parecer ressalta que as evidências ocultadas em junho de 2020 ainda não foram encontradas e analisadas, e também não se sabe como se deram os vazamentos de informação. Por isso, há probabilidade de reiteração e persistência na prática de atividades ilícitas por parte dos investigados, podendo virem novamente a embaraçar o trabalho de investigação.

Diante dessas razões, o MPF confirma a contemporaneidade da ameaça à ordem pública, requerendo reforma da decisão em primeiro grau, com a consequente prisão preventiva dos investigados, para impedir a continuidade do risco à investigação criminal e para a desestruturação do esquema criminoso.

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), foi preso às 6h desta terça-feira (22). Há menos de duas semanas para o fim do seu mandato, visto que não conseguiu ser reeleito, o pastor é investigado por instituir o 'QG da propina' no setor turístico da cidade. No esquema, empresários precisavam pagar para conseguir contratos com a RioTur.

Também foram presos o empresário Rafael Alves, apontado como suposto operador do QG e irmão do ex-presidente da RioTur; Mauro Macedo, ex-tesoureiro da campanha de Crivella; e o ex-vereador e ex-delegado Fernando Moraes. O ex-senador Eduardo Lopes (Republicanos) é procurado pela Polícia Civil, que ainda não o encontrou nos endereços indicados.

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Após o cumprimento do mandado de prisão expedido pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), Crivella foi encaminhado à Cidade da Polícia, na Zona Norte. Já os demais envolvidos vão primeiro para a delegacia Fazendária, no mesmo complexo policial.

O inquérito do MP-RJ indica que Rafael Alves recebia cheques de empresários para facilitar acordos com a RioTur e articulava o pagamento de dívidas do município. As investigações iniciaram em 2019, quando o doleiro Sérgio Mizrahy aceitou a delação premiada e informou que um escritório da Prefeitura era conhecido como 'QG da Propina'.

Sem admitir a participação do prefeito, Mizrahy também revelou que, embora não tivesse cargo oficial, Rafael Alves conquistou a confiança de Crivella ao ajudá-lo com a captação de recursos para a campanha vitoriosa de 2016. Após a eleição, o prefeito pôs o irmão do empresário na presidência da RioTur, o que deu início ao suposto esquema de propina.

Um esquema contra beneficiários do Auxílio Emergencial foi desarticulado no Sertão de Pernambuco, na última sexta-feira (4). De acordo com a Polícia Federal (PF), funcionário de uma lotérica em Belém de São Francisco cobrava 10% do saque para que as vítimas não enfrentassem filas.

Desde abril, o funcionário da casa lotérica, de 26 anos, cobrava parte do auxílio e marcava a entrega da quantia já abatida fora do estabelecimento. "Os envolvidos estavam cobrando e obtendo vantagem indevida em detrimento de pessoas de baixa renda, em situação de miserabilidade", aponta a PF.

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Um motoboy, de 43, recebia R$ 100 do golpista para coletar os cartões e as senhas das vítimas interessadas. Após o saque, ele devolvia os cartões com a quantia restante. Descoberto pelo proprietário da lotérica, o suspeito passou a retirar o dinheiro em agências de Salgueiro e Cabrobó.

Ao todo, seis mandados de busca e apreensão foram expedidos pela Justiça Federal. Na casa do principal suspeito foram apreendidos 27 cartões do Bolsa Família e do Cidadão, um celular, um caderno de anotações dos saques e diversos comprovantes de saques do Auxílio Emergencial. Os golpistas vão responder por corrupção passiva e podem ser condenados a até 12 anos de reclusão.

O deputado federal Alexandre Frota (PSDB) entregou à Polícia Federal diversos números de IPs de computadores de Brasília e do Rio de Janeiro, que teriam sido usados para disseminar fake news na internet. Frota afirmou, em depoimento, que esses IPs estão ligados a um e-mail oficial de Eduardo Bolsonaro (PSL).

Segundo Frota, as informações foram obtidas na CPMI das Fake News, que ainda está em andamento no Congresso. A Folha de São Paulo aponta que os dados levados à PF mostram que alguns dos IPs foram identificados em computadores localizados em um apartamento declarado por Eduardo à Justiça Eleitoral, no Rio de Janeiro.

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Outro IP foi relacionado a uma casa no Jardim Botânico, em Brasília, onde o deputado mora. O e-mail identificado na utilização dos IPS, ainda conforme declarado por Frota, é o bolsonaro.enb@gmail.com, o mesmo declarado por Eduardo Bolsonaro no registro de sua candidatura em 2018.  

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A investigação que apura o esquema de rachadinhas da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) indica que um ex-assessor da família Bolsonaro, o cabelereiro Márcio Gerbatim, fez movimentações bancárias atípicas e sacou todo o salário que recebeu em dois anos. No gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) entre abril de 2008 e abril de 2010, e nomeado pelo então deputado Flávio Bolsonaro (Republicanos) entre 2010 e 2011, o ex-assessor foi casado com Márcia Aguiar, atual companheira de Fabrício Queiroz.

Além da quebra de sigilo bancário do então deputado estadual Flávio Bolsonaro (Republicanos), o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) teve acesso às contas de ex-assessores, como Gerbatim, que migrou do gabinete do vereador para o de Flávio em 2010, onde ficou até 2011. Carlos também é investigado por supostas rachadinhas e nomeações fantasmas, um de seus assessores morava em Minas Gerais, de acordo com O Globo.

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Enquanto esteve com Carlos na Câmara dos Vereadores, Gerbatim recebeu R$ 89.143,64 pelo Banco do Brasil. Durante o período, o total de créditos na conta foi de R$ 93.422,91 e o registro de saques somam R$ 90.028,96 em espécie. De acordo com o Estadão, o cabelereiro nem chegou a ter crachá de identificação enquanto assessorou o vereador.

Gerbatim recebia o salário no dia 5 de cada mês e se apressava para retirar o dinheiro do banco. No dia 1º de maio de 2008, o ex-assessor recebeu R$ 3.014,59 e, já no dia seguinte, fez dois saques de R$ 400 e R$ 500. No terceiro dia, retirou mais R$ 2.070.

A movimentação estranha se repete em julho, quando recebeu R$ 4.210 e, no mesmo dia, sacou todo o valor. Em agosto, ganhou R$ 3.077 e retirou no mesmo dia até mais que o recebido, R$ 3.099. Em fevereiro de 2009, recebeu R$ 3.318 e sacou R$ 3.169 em espécie. 

O próprio presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chegou a depositar R$ 10 mil para Gerbatim, em 9 de junho de 2010. Após dois dias, o nomeado efetuou um pagamento de R$ 10 mil na Real Veículos Comércio e Serviços. Questionada, a empresa não soube informar sobre a compra. No dia 30 de outubro de 2008, Bolsonaro já lhe havia transferido R$ 100.

Em dezembro de 2018, o ex-assessor parlamentar afirmou que trabalhou como motorista de Flávio, mas negou a entrega de parte dos salários que caracteriza a rachadinha.

Em representação enviada ao Superior Tribunal de Justiça, a subprocuradora-geral da República Lindôra Maria Araújo estimou que, somente com esquema criminoso de contratação de organizações sociais na área de Saúde, a organização criminosa supostamente chefiada pelo governador afastado Wilson Witzel pretendia angariar quase R$ 400 milhões em valores ilícitos, ao final de quatro anos de mandato. A estimativa leva em consideração suposto objetivo do grupo em cobrar propina de 5% de todos os contratos para gestão de unidades de Saúde.

A indicação é feita, segundo a subprocuradora, "para se ter uma ideia" da dimensão do esquema criminoso somente na Saúde. Isso porque, segundo o delator e ex-secretário de Saúde do Rio Edmar Santos, o suposto esquema de corrupção instalado no governo Witzel abrangeria todas as secretarias de Estado do Rio de Janeiro.

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A estimativa da PGR toma como base documento do governo do Estado que indicou que a Superintendência de Acompanhamento de Contratos de Gestão acompanha o montante mensal de R$ 160.999.451,65 pagos às organizações sociais de Saúde, já excluindo o valor de Hospitais de Campanha, que são de caráter excepcional. Assim, segundo Lindôra, as contratações das OSs na área de Saúde envolvem o montante anual de, aproximadamente, R$ 2 bilhões, ou, ainda, R$ 8 bilhões durante o mandato de Witzel, desconsiderando eventual reeleição.

"Nesse diapasão, a organização criminosa, somente com esse esquema criminoso de contratação de organizações sociais na área de Saúde, tinha por pretensão angariar quase R$ 400.000.000,00 (quatrocentos milhões de reais) de valores ilícitos, ao final de quatro anos, na medida em que objetivava cobrar 5% de propina de todos os contratos", registra então a subprocuradora.

A PGR apontou ainda que o documento do governo traz uma divisão do montante repassado mensalmente a cada uma das OSs contratadas. "A maioria das OSs é mencionada por Edmar Santos em seus anexos, indicando que seus administradores integravam a organização criminosa, efetivando pagamento frequente de propina com base em porcentagem dos contratos. Aliás, note-se que, dentre as maiores recebedoras do Estado, quase todas são mencionadas como integrantes da organização criminosa, de modo que a maior parte dos recursos pagos mensalmente às OSs está envolvido no esquema criminoso", registra a representação enviada ao STJ.

As indicações são feitas em seção do documento em que a PGR diz tratar de "concretos envolvendo dezenas de contratos com Organizações Sociais".

"Por ser um esquema bastante grande, envolvendo diversas OSs, cada uma dela com vários contratos obtidos por meio de pagamento de propina e consequente direcionamento da contratação, a identificação de todos os participantes do ilícito, neste momento investigatório, mostra-se inviável, sendo necessário o aprofundamento da apuração para mapear, de maneira mais completa, esta vasta rede de corrupção que, uma vez mais, tomou conta do Estado do Rio de Janeiro", registra Lindôra.

No entanto, segundo a subprocuradora, as informações apresentadas pelo delator e ex-secretário de Saúde Edmar Santos sobre contratos específicos e os "diversos" elementos de prova já coletados "são suficientes para, comparando-se os processos administrativos de contratação, apontar, exemplificativamente, robustos indícios de ilícitos na contratação".

No trecho em questão, Lindôra ainda apontou condutas envolvendo servidores que teriam praticado atos "concretos em benefício da organização criminosa: desclassificação de concorrentes em licitação que não fossem as empresas prévia e ilicitamente selecionadas; a manipulação de edital com exigências amplas para abarcar empresas que não poderiam normalmente ser contratadas para aqueles serviços ou com exigências específicas desnecessárias, que direcionassem o objeto de licitação para a empresa criminosamente já escolhida".

Segundo a representação, em seu depoimento Edmar Santos relatou que havia servidores públicos da Secretaria de Saúde que eram pagos mensalmente e em espécie pela organização criminosa para ter acesso a informações e tratamento privilegiado nas ordens que diziam respeito a esta pasta.

O documento registra em seguida cinco ocasiões em que teria havido direcionamento de contratos. O primeiro deles, segundo delatado por Edmar Santos, seria a contratação da Organização Social de Saúde Instituto Solidário para a gestão do Hospital Getúlio Vargas. Lindôra registra que até então o hospital era gerido pela Pró-Saúde e, "ao substituí-la, parecendo que estava praticando um ato de probidade ao afastar uma OS investigada por crimes, o novo Governo e a organização criminosa estavam, em verdade, praticando novo crime, direcionando a licitação para Organização Social, mediante promessa e/ou pagamento de propina".

Edmar contou que Edson Torres e Victor Barroso, os responsáveis, dentro da organização criminosa, por fazer o arranjo com as organizações sociais de Saúde que participariam do esquema indicaram para qual das empresas o contrato em questão deveria ser direcionado. A Procuradoria narra então como se deu o restante do procedimento - que teria contato até com mudança de orientação, pela orcrim, de qual OSs que deveria se sagrar a vencedora da licitação. Segundo Lindôra, há diversos pontos que chamam a atenção como indicativos de irregularidades.

"Há fortes indícios de ilicitude que corroboram a narrativa de que servidores da Secretaria de Saúde participavam da organização criminosa, notadamente, com Mariana Scardua atuando no direcionamento do edital, Gustavo Borges agindo no processo de seleção, garantindo que a OS escolhida pela organização se sagrasse vencedora, e Carlos Frederico Verçosa Duboc e Maria Ozana Gomes operando na liberação dos recursos, assegurando que os valores do contrato ilicitamente obtido chegassem até as OSs envolvidas", registrou a subprocuradora.

COM A PALAVRA, O GOVERNADOR WILSON WITZEL

A defesa do governador Wilson Witzel recebe com grande surpresa a decisão, tomada de forma monocrática e com tamanha gravidade. Os advogados aguardam o acesso ao conteúdo da decisão para tomar as medidas cabíveis.

COM A PALAVRA, O PASTOR EVERALDO

O Pastor Everaldo sempre esteve à disposição de todas as autoridades e reitera sua confiança na Justiça.

COM A PALAVRA O PSC

O ex-senador e ex-deputado Marcondes Gadelha, vice-presidente nacional do PSC, assume provisoriamente a presidência da legenda.

O calendário eleitoral do partido nos municípios segue sem alteração.

O PSC reitera que confia na Justiça e no amplo direito de defesa de todos os cidadãos.

O Pastor Everaldo sempre esteve à disposição de todas as autoridades, assim como o governador Wilson Witzel.

COM A PALAVRA, ANDRÉ CECILIANO

O presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), deputado André Ceciliano, está acompanhando os desdobramentos da Operação Tris in Idem e seus impactos na governança do Estado do Rio de Janeiro.

Ceciliano desconhece as razões da busca e apreensão em seus gabinetes no prédio da Rua da Alfândega e no anexo, mas está tranquilo em relação à medida. Ele pôs à disposição dos agentes da PF seu gabinete no Palácio Tiradentes, que não estava incluído no mandado.

Ceciliano reitera a sua confiança na Justiça e afirma que está pronto a colaborar com as autoridades e a contribuir com a superação desse grave momento que, mais uma vez, o Rio de Janeiro atravessa. Ele também colocou seus sigilos bancário, fiscal e telefônico à disposição das autoridades.

A Polícia Federal em Pernambuco (PF) emitiu um alerta sobre um novo golpe para clonagem de WhatsApp. Segundo a instituição, o golpista finge estar fazendo uma pesquisa para o Datafolha sobre a Covid-19.

Ao final da pesquisa por telefone, o criminoso informa que foi enviado ao celular via SMS um código com seis dígitos. Quando a pessoa repassa os números, o WhatsApp é clonado. 

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De acordo com a PF, após isso, os bandidos passam a aplicar golpes financeiros acessando a agenda telefônica das vítimas para entrar em contato com pessoas próximas e solicitar dinheiro emprestado. As desculpas são diversas e vão desde que o limite de transferência acabou ao carro quebrou e precisa de dinheiro urgente.

A PF alerta que o Datafolha tem realizado algumas pesquisas por telefone, mas em nenhum momento são enviadas mensagens de confirmação para o celular. 

No golpe, o criminoso cadastra indevidamente o número de telefone do usuário em outro celular e, após esse processo, um SMS contendo um código de liberação de acesso é enviado ao celular da vítima, que é induzida a fornecer o número.

A PF recomenda que o usuário faça a ativação de confirmação em duas etapas, nas configurações do próprio aplicativo; nunca forneça ou envie o código de ativação sob nenhuma hipótese; e leiam as mensagens que recebem, pois quando o código é enviado o texto diz que se trata de uma autenticação de segurança.

Caso o WhatsApp tenha sido clonado, a polícia recomenda: instalar o aplicativo o mais rápido possível, pois é possível que o golpista ainda não tenha colocado a senha enviada pela vítima; enviar um email para support@whatsapp.com informando seu número no formato internacional (+55 9 xxxx xxxx) solicitando bloquear o WhatsApp ou relatando o ocorrido na opção de ajuda no app; entrar em contato com a operadora do celular e solicitar a suspensão temporária da linha telefônica e, em seguida, ir em uma loja autorizada e pedir transferência do número para outro chip; informar nas redes sociais que sua conta foi clonada; e ir em uma delegacia fazer o Boletim de Ocorrência.

Abaixo uma das tentativas de golpe divulgada pela polícia:

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A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (15) a Operação Escaparate, que investiga crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, de lavagem de dinheiro e de organização criminosa. Essa é a terceira fase da Operação Impunitas, que mira organização criminosa instalada na agência do Banco do Nordeste de Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste de Pernambuco. Um ex-gerente da instituição é apontado como líder da organização cujas fraudes resultaram em prejuízos aos cofres públicos superiores a R$ 10 milhões.

Nesta manhã, a operação teve finalidade de cumprir um mandado de prisão preventiva, um mandado de busca e apreensão, bloqueios de contas bancárias de 11 pessoas físicas e jurídicas, sequestro de bens e afastamento de sigilo fiscal de nove pessoas físicas e jurídicas, além da intimação de oito pessoas identificadas como supostos "laranjas". Os mandados estão sendo cumpridos em Surubim, no Agreste, e região.

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O caso é investigado desde março de 2019. As duas primeiras fases da Operação impunitas resultaram no cumprimento de 15 mandados de busca e apreensão, dois de prisão preventiva, além do bloqueio de valores e sequestro de bens dos investigados. As ações culminaram na identificação do ex-gerente da agência do Banco do Nordeste em Santa Cruz do Capibaribe como líder e no indiciamento de 30 pessoas por envolvimento nas práticas criminosas.

Segundo a Polícia Federal, o ex-gerente foi responsável por atos de gestão fraudulenta que facilitaram o acesso dos demais integrantes da organização a altas somas de valores em espécie decorrentes de operações de créditos ilegítimas, subsidiadas por documentos produzidos com essa finalidade e sem qualquer relação com a realidade dos fatos. A maior parte dos valores disponibilizados pelo banco eram destinados ao líder do grupo e seus comparsas mais próximos.

As análises das quebras dos sigilos bancários dos investigados apontaram que, entre 2016 e 2020, eles movimentaram valores na ordem de R$ 379,4 milhões, o que, segundo a PF, demonstra a capacidade operacional dos investigados.

Do dinheiro obtido de forma fraudulenta, pelo menos R$ 19,9 milhões tiveram origem no Fundo Constitucional de Desenvolvimento ao Nordeste. Esse recurso deveria ser destinado ao desenvolvimento do Nordeste, por meio de concessão de créditos a micro e pequenas empresas e microempreendedores individuais. A investigação da PF constatou que o gerente, após ser denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF), continuava a praticar os mesmos crimes, desta vez, na agência do Banco Itaú, também em Santa Cruz do Capibaribe.

Os novos delitos vieram à tona por meio do recebimento de dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Os dados apontam que de 1 de outubro de 2019 a 8 de abril de 2020, ou seja, após o término das duas primeiras fases, o suspeito movimentou R$ 4.012.208 com fracionamento de valores entre contas de sua titularidade e de novas empresas de fachada, com finalidade de dissimular a origem ilícita. As investigações continuam para apurar a participação de terceiros e práticas de outros crimes. 

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) suspeita da origem de R$ 261 mil pagos em dinheiro em mensalidades escolares e planos de saúde das filhas de Flávio Bolsonaro (Republicanos). Segundo o pedido do MPRJ que levou à prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio, foram 116 boletos quitados em espécie. As informações são do G1.

 Ao menos dois boletos, referentes a mensalidades de colégio no Rio, foram comprovadamente pagos por Queiroz, de acordo com o Ministério Público. Queiroz quitou duas mensalidades, de R$ 3.382,77 e R$ 3.560,28, em 1º de outubro de 2018, conforme fotos e dados presentes no processo.

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 Cruzando os dados com as imagens das câmeras de segurança de agência bancária dentro da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), o MPRJ verificou que Queiroz efetuou os pagamentos.

 O ex-assessor foi preso preventivamente, na quinta-feira (18), por suspeita de envolvimento em esquema de "rachadinha". O pagamento das mensalidades seria mais um indício de que o salário dos servidores voltava para o parlamentar. Os investigadores acreditam que Queiroz era um operador financeiro de Flávio Bolsonaro, que liderava a organização criminosa.

O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) afirmou, nesta quinta-feira (18), que está tranquilo com a Operação Anjo, que prendeu seu ex-assessor Fabrício Queiroz e cumpriu mandados de buscas no endereço de uma das suas assessoras, Alessandra Esteves Marins. A ação policial faz parte da investigação que apura um possível esquema de 'rachadinha' no gabinete de Flávio quando ele era deputado estadual do Rio de Janeiro. 

"Encaro com tranquilidade os acontecimentos de hoje. A verdade prevalecerá! Mais uma peça foi movimentada no tabuleiro para atacar Bolsonaro. Em 16 anos como deputado no Rio nunca houve uma vírgula contra mim", escreveu o parlamentar no Twitter.

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O senador ligou a operação ao fato do seu pai, Jair Bolsonaro, ser presidente da República. "Bastou o Presidente Bolsonaro se eleger para mudar tudo! O jogo é bruto!", acrescentou.

Fabrício Queiroz foi preso em um imóvel de Frederick Wassef, advogado de Flávio Bolsonaro e do presidente da República em São Paulo.

O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) usou dinheiro público para investir em prédios ilegais associados a milícias. De acordo com documentos do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), divulgados pelo The Intercept Brasil, o montante para o financiamento das construções é proveniente da coleta de 'rachadinha', no seu antigo gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

Em um esquema com o suposto envolvimento de 86 pessoas, o inquérito investiga os crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e peculato. Sem laudo técnico ou permissão para a construção, os imóveis foram levantados na região Rio das Pedras e Muzema, localizada em Jacarepaguá, Zona Norte do município. Em abril do ano passado, dois prédios irregulares desabaram no local e deixaram 24 mortos.

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A investigação aponta que o filho 01 do presidente da República recebia sua fatia dos lucros por meio de repasses feitos pelo ex-assessor Fabrício Queiroz - identificado como autor de 438 transferências e depósitos nas contas de Flávio e na da primeira-dama Michelle Bolsonaro. Outro responsável pelo pagamento era o ex-capitão do Bope Adriano Nóbrega, executado em fevereiro pela polícia baiana na cidade de Esplanada. Ele é considerado o chefe do 'Escritório do Crime', uma milícia que matava por encomenda.

Além da venda dos apartamentos, a organização criminosa cobrava taxas de segurança e acesso ao sinal clandestino de TV, bem como vendia botijões de gás e garrafões d'água. O dinheiro chegava para Adriano através das contas bancárias da mãe e da esposa. Ambas nomeadas por Queiroz para ocupar cargos comissionados no antigo gabinete de Flávio, entre 2016 e 2017.

Mesmo com nove pedidos de suspensão do processo por parte da defesa do senador, o MPRJ identificou que os repasses também eram feitos para dois restaurantes, uma loja de material de construção, e entre as construtoras São Felipe Construção Civil Eireli, São Jorge Construção Civil Eireli e ConstruRioMZ, que teriam sido registradas em nome de 'laranjas' da milícia.

Com apenas um carro popular, declarado por cerca de R$ 25 mil, Flávio Bolsonaro entrou na política em 2002. No entanto apresentou uma evolução patrimonial atípica e, conforme indicou na última declaração feita em 2018, possui um patrimônio de R$ 1,74 milhão.

Além de sócio de uma rede de franquia de chocolates, entre 2015 e 2017 ele adquiriu dois apartamentos na Zona Sul da cidade. O prosseguimento das investigações é um dos motivos que o ex-ministro da Justiça Sergio Moro foi pressionado pela troca da direção da Polícia Federal do Rio de Janeiro.

Na Câmara, Zambelli é uma das mais fervorosas apoiadoras do presidente. (Reprodução/Twitter)

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Na noite desta sexta (18), a deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP) publicou em suas redes sociais um áudio atribuído à parlamentar Carla Zambelli (PSL-SP), uma das líderes do Movimento Vem pra Rua, supostamente encaminhado para o Secretário de Saúde da cidade de São Carlos, no interior paulista, em que ela admite que o governo federal comprou votos de parlamentares da situação para aprovar a Reforma da Previdência. “Todos os deputados que votaram a favor da Reforma da Previdência tiveram alguma verba, que poderiam tirar de alguns ministérios para mandar para alguma cidade", teria dito Zambelli na gravação.

A deputada bolsonarista visitou São Carlos no fim de 2019, quando prometeu encaminhar R$ 500 mil para a pasta de saúde da cidade. No áudio divulgado por Sâmia Bomfim, Zambelli ainda explica o porquê de não ter enviado a verba prometida ao município. “Infelizmente, o deputado no primeiro mandato não tem verba”, afirma, acrescentando posteriormente que conseguiu a verba de R$ 5 milhões para a saúde através da verba suplementar distribuída pelo governo Jair Bolsonaro por meio dos ministérios para comprar votos para a reforma da Previdência.

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Após a repercussão do áudio, Sâmia Bomfim declarou que a bancada do Psol abriu um inquérito no Ministério Público Federal para verificar a liberação de mais de R$ 444 milhões em emendas sem autorização. “A integralidade da votação da reforma da previdência está em cheque. É inadmissível que dinheiro público seja usado para influenciar o processo legislativo”, afirmou. Zambelli ainda não se manifestou sobre o caso. 

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou, nesta terça-feira (10), por organização criminosa e lavagem de dinheiro, quatro desembargadores do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), entre eles o presidente da Corte, Gesivaldo Britto, que desde o mês passado encontra-se afastado de suas funções por ordem do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

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Os desembargadores e outras 11 pessoas, incluindo três juízes, foram denunciadas no âmbito da Operação Faroeste, que apura um esquema milionário de venda de sentenças para legitimar a grilagem de terras no oeste da Bahia. Segundo a denúncia, foram lavados mais de R$ 517 milhões, com o pagamento de altas somas em espécie.

Em troca do dinheiro, “há registro de decisões em apelações, agravo de instrumento, embargos à execução, mandados de segurança, recursos administrativos e até edição de portarias”, disse a Procuradoria-Geral da República (PGR) em nota.

Além de Britto, os desembargadores Maria da Graça Osório Pimentel, José Olegário Monção Caldas e Maria do Socorro Barreto Santiago, bem como os juízes Marivalda Almeida Moutinho e Sérgio Humberto de Quadros Sampaio, também estão afastados de suas funções, por ordem do ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), e são alvo da denúncia. Ainda em suas funções, o juiz Márcio Reinaldo Miranda Braga também foi implicado.

Esquema

A peça de acusação descreve que o esquema, que teria funcionado entre 2013 e 2019, incluiu a transformação de um borracheiro num dos maiores latifundiários da Bahia, com um patrimônio de 366 mil hectares de terras e cifras que superam R$ 1 bilhão, em valores atualizados. Um hectare equivale, aproximadamente, a um campo de futebol.

Advogados seriam os responsáveis por intermediar a negociação entre os magistrados e o idealizador do esquema, identificado como Adaílton Maturino dos Santos, que se apresentava na sociedade baiana como cônsul de Guiné-Bissau. Sua esposa, Geciane Maturino, também foi denunciada.

Além de prisão, a PGR pediu a perda dos cargos públicos dos envolvidos e a imposição de multas de mais de R$ 580 milhões.

A Agência Brasil tenta contato com a defesa dos citados.

 

 

 

Para este final de semana, que deve ser movimentado no Recife, a Autarquia de Trânsito e Transportes Urbano do Recife (CTTU) montou esquemas especiais de trânsito para os eventos que acontecem a partir desta quinta-feira (14), até o próximo domingo (17). Ao todo, cerca de 50 agentes de trânsito acompanharão as programações. Além dos agentes nos locais, a Central de Operações de Trânsito (COT) estará de plantão 24h monitorando os principais corredores viários da cidade.

Na quinta-feira (14), a partir das 17h30, acontecerá a pré-estreia do filme Azougue Nazaré, no cinema São Luiz, localizado na área central do Recife. Devido ao evento, haverá interdição de uma faixa da Rua da Aurora e interdição total da Rua Doutor Sebastião Lins, ao lado do cinema. A previsão é de que os bloqueios sejam desfeitos a partir da 0h.

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No sábado (16) e no domingo (17), das 16h às 3h, um efetivo de agentes de trânsito estará na Avenida Caxangá para auxiliar na mobilidade devido ao evento Coquetel Molotov 2019, que acontecerá no Caxangá Golf Club. Não haverá interdições de vias.

No domingo (17), acontecerá a 116ª Romaria Vicentina ao Morro da Conceição, no bairro de Casa Amarela, Zona Norte do Recife. O percurso, que se inicia às 8h, sairá da Rua da Harmonia em direção à Rua Deputado Mário Monteiro, Avenida Norte, Largo Dom Diniz, Rua Itaquatiara e Praça da Conceição. As 12h a romaria deve encerrar. Os bloqueios serão itinerantes, ou seja, feitos e desfeitos de acordo com a passagem do público.

Também no domingo (17), às 16h, acontecerá o jogo Sport x Vila Nova, na Ilha do Retiro, Zona Sul do Recife. A operação terá início às 14h e será montada no entorno do estádio Adelmar da Costa Carvalho. Uma equipe com agentes de trânsito, disposta em pontos fixos ou em motos e viaturas, foi destacada para atuar no local até a dispersão total do público, prevista para acontecer por volta das 20h. 

Os agentes da Autarquia vão monitorar pontos como a Avenida Engenheiro Abdias de Carvalho, Estrada dos Remédios, Túnel Chico Science e o cruzamento entre Avenida Governador Agamenon Magalhães e a Rua Paissandu. Inicialmente, apenas a Rua Tabaiares, que dá acesso ao estádio, será bloqueada. No entanto, os bloqueios poderão ser ampliados a depender da necessidade.

*Da assessoria

A Polícia Federal em Curitiba não montará nenhum esquema especial de segurança para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixar a prisão. Na tarde desta sexta-feira, 8, o juiz Danilo Pereira Júnior, titular da 12.ª Vara de Execuções Penais, determinou expedição de alvará de soltura do petista, menos de 24 horas depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou inconstitucional a prisão em segunda instância.

Segundo delegados ouvidos pela reportagem, a partir da determinação de soltura Lula não estará mais sob custódia da PF e deixará o prédio como os demais presos, a não ser que seus advogados peçam para que a exposição seja evitada.

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A avaliação na PF é a de que a própria defesa não irá pedir que ele deixe o prédio acompanhado por policiais, para escapar de fotos e evitar tumulto, porque a escolta passaria a imagem de que o petista continua preso.

Manifestantes montaram, ao lado do prédio da PF, na capital paranaense, um palanque para Lula discursar assim que deixar a prisão.

A estimativa da Polícia Militar é a de que 2 mil pessoas aguardam o ex-presidente no momento, diante da Superintendência da PF.

A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad e o ex-senador Lindbergh Farias (RJ) também chegaram ao local.

Lula está preso desde 7 de abril do ano passado, condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá.

O petista está inelegível e responde a outros processos, situação que por enquanto não muda, mesmo que ele seja libertado.

O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou nesta quinta-feira, 7, que condenados têm direito a cumprir a pena em liberdade até que o último recurso seja julgado.

Um esquema especial de monitoramento para o jogo entre o Sport x Paraná foi montado no final da tarde desta quarta-feira (23), pela Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU). Uma equipe de cerca de 20 agentes de trânsito estarão dispostos em pontos fixos ou em motos e viaturas no entorno do estádio Adelmar da Costa Carvalho. Inicialmente, apenas a Rua Tabaiares, que dá acesso ao estádio, será bloqueada.

O jogo está previsto para começar às 19h15, na Ilha do Retiro. Os agentes da CTTU deverão monitorar pontos como a Avenida Engenheiro Abdias de Carvalho, Estrada dos Remédios, Túnel Chico Science e o cruzamento da Avenida Governador Agamenon Magalhães e a Rua do Paissandu. A autarquia aponta que os bloqueios poderão ser ampliados a depender da necessidade.

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Orientações

A CTTU aconselha o torcedor a chegar cedo ao estádio para evitar retenções e corre-corre. Os condutores também devem estar atentos à sinalização que proíbe estacionamento. A fiscalização será rigorosa e o veículo flagrado sobre calçadas ou em fila dupla corre o risco de ser rebocado. Já o motorista pode receber multas entre leve, média e grave, no valor de R$ 88,38 (três pontos na CNH), R$ 130,16 (quatro pontos na CNH) ou 195,23 (cinco pontos na CNH).

Um advogado recifense de 33 anos foi preso por aplicar golpes envolvendo emissão de documentos de cidadania estrangeira e de revalidação de diploma para profissionais que querem trabalhar fora do Brasil. Rodolfo José Cottard Giestosa Filho foi detido pela Polícia Federal no Aeroporto de Guarulhos-SP na manhã do domingo (8).

O advogado estava sendo procurado em vários países através do sistema de difusão vermelha no sistema da Interpol. O mandado havia sido expedido em maio de 2019 e, desde então, Rodolfo estava residindo em Portugal.

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Ao todo, 34 pessoas relataram ter sido vítimas do advogado. Em Pernambuco, oito pessoas prestaram denúncias nas delegacias do Recife. Outras 26 vítimas residem no Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e São Paulo.

Conforme as denúncias, o advogado solicitava pagamento adiantado com valor entre R$ 6,5 mil e R$ 9,5 mil para realizar serviços especializados na emissão de cidadania estrangeira, abertura de empresa na Europa e revalidação de diploma para profissionais formados que desejam trabalhar fora do país. Depois que recebia o dinheiro, ele desligava o celular e não realizava o serviço contratado.

Rodolfo está preso na delegacia da Polícia Federal no Aeroporto de Guarulhos, após desembarcar de um voo procedente de Los Angeles, nos Estados Unidos. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) abrirá um processo contra o suspeito.

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