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Um estudante de 13 anos provocou pânico em uma escola particular da zona sul de Belo Horizonte após ter sido flagrado com uma granada na mochila. O caso ocorreu na terça-feira, 22, no Colégio Santa Doroteia, localizado no bairro Sion.

Em nota oficial, a escola informou que o aluno foi "desligado". "A conversa sobre quais os caminhos foi alinhada com a família. Triste ver um estudante sair da escola. Estou arrasada", afirmou a diretora da instituição, Zuleica Reis Ávila. Ela não soube informar se o estudante tinha histórico de problemas. "Ele é novato, entrou este ano".

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A coordenação da instituição de ensino foi informada por colegas do aluno, que estuda no nono ano e teria exibido o artefato na sala de aula. Após recolher a granada e a colocar em uma sala isolada, o colégio chamou a Polícia Militar, que acionou o esquadrão antibombas. Foi feita uma análise e concluiu-se que a arma não tinha potencial explosivo.

A direção informou, em nota, ter comunicado o fato aos responsáveis legais do adolescente. Porém, o pai teria dito que não teria como comparecer à escola, e o garoto deixou a escola sozinho. "Os pais foram comunicados imediatamente. Não conseguimos contato com a mãe. Tentamos por diversas vezes. O pai não pode comparecer e solicitou que encaminhasse o filho para casa", disse a diretora.

Na nota que divulgou, o Santa Doroteia lamentou o ocorrido e informa que "prontamente requisitou a presença do aluno, promovendo os esclarecimentos dos fatos para possibilitar o seguimento às medidas cabíveis".

O colégio afirmou ainda que, "em ato contínuo, os responsáveis legais do aluno foram prontamente comunicados e, diante da relevância dos fatos e da presença do artefato bélico, foi acionada a Polícia Militar do Estado de Minas Gerais, para que tomasse conhecimento e conduzisse o caso dentro dos protocolos necessários".

Na nota, a instituição tentou tranquilizar as famílias, afirmando que as medidas necessárias foram tomadas, inclusive, o desligamento do estudante. Zuleica Ávila faz um apelo para as famílias, para que monitorem mais os seus filhos e o que eles estão levando para a escola. "Gostaríamos de aproveitar esse momento e pedir às famílias que colaborem com a questão da segurança. Essa é uma responsabilidade da escola, mas é um compromisso de todos. É preciso que fiquemos atentos ao que os nossos filhos estão trazendo para a escola."

Um adolescente de 16 anos morreu após cair em um bueiro enquanto voltava da escola, no centro de Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife (RMR), na noite da segunda-feira (21). O jovem Fillipe Dias estudava na Escola Estadual Joaquim Amazonas e estava acompanhado de um amigo no momento em que a queda aconteceu. Com a rua alagada devido às fortes chuvas que chegaram ao Grande Recife nas últimas 24 horas, o estudante acabou caindo em bueiro coberto por água e em seguida foi arrastado para um canal de esgoto, do qual não conseguiu sair.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, a corporação foi acionada inicialmente por volta das 0h50 para socorrer uma pessoa que caiu em um canal nas proximidades da Rua Sidrônio de Andrade Lima. Cinco minutos depois, a ocorrência foi cancelada pelo solicitante, que informou que haviam encontrado o adolescente e o socorrido para o Hospital Aristeu Chaves, também em Camaragibe. Uma equipe de resgate chegou a ser utilizada, mas foi dispensada em seguida.

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Em nota, a Prefeitura de Camaragibe confirmou a morte e lamentou o ocorrido, afirmando estar disponível para auxiliar os familiares da vítima com o que for necessário. Ainda de acordo com o comunicado, Fillipe chegou à unidade hospitalar apresentando ausência de pulso. Após as tentativas de reanimação sem sucesso, o óbito foi registrado. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), no Recife.

A professora do Departamento de Psicologia da Universidade de Brasília, Valeska Zanello, publicou em suas redes sociais um relato de revolta e insatisfação, acusando um estudante de psicologia de ter plagiado, por duas vezes, o seu trabalho. Segundo Valeska o primeiro plagio ocorreu no ano passado, sobre sua pesquisa a respeito de “Grupos Masculinos de WhatsApp no Brasil”, onde o estudante divulgou o conteúdo, no Instagram, como sendo de sua própria autoria.

No primeiro suposto plágio, muitas pessoas comentaram na postagem exigindo que o aluno fizesse a devida referência ao trabalho da autora. A segunda acusação de plágio aconteceu neste ano, onde ele supostamente usa de frases literais do livro da escritora, sem colocar os devidos créditos. Após a divulgação, o estudante de psicologia bloqueou comentários em suas postagens e restringiu o envio de mensagens.  

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“Novamente, ele se apropria do meu trabalho e de frases literais do meu livro, e recebe créditos por isso. Como, por exemplo, a frase de que homens aprendem a amar muitas coisas e mulheres aprendem a amar os homens”, criticou a docente. “Que absurdo. Além de misoginia, plágio e crime e para pessoas desse tipo não há outro caminho, tem que processar”, disse uma internauta sobre o caso.  

“Por que é tão difícil para o homem referendar o trabalho de uma mulher? Isso tem um nome: misoginia”, finalizou Zanello. A reportagem tentou contato com o estudante de psicologia, mas, até o fechamento desta matéria, não obtivemos retorno.

A juíza da Vara Única de Iconha, no Espírito Santo, condenou uma faculdade particular, no município de Guarapari, a indenizar um estudante impedido de dar continuidade ao seu curso de graduação por supostamente acumular bolsas de estudo. 

Conforme o processo, o aluno foi beneficiado com uma bolsa de 50%, mas teve dificuldades financeiras e não conseguiu arcar com a outra metade do valor do curso. Para não largar a graduação, o estudante firmou contrato com Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para financiar o restante.

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A instituição de ensino informou que ele estava ferindo uma das cláusulas do contrato do desconto institucional, que diz não ser permitido a cumulatividade de bolsa de estudos. Apesar disso, o aluno continuou os estudos, mas no segundo semestre do mesmo ano seu nome não estava constando na chamada e ele foi privado de realizar as provas.

Diante do caso, a juíza destacou que o contrato celebrado entre o autor e a instituição financeira é de financiamento com recursos do Fies, o qual não possui qualquer natureza de bolsa. Dessa forma, considerando que o autor foi privado de estudar, a faculdade deverá indenizá-lo no valor de R$ 6.000 por danos morais.

Nesta sexta-feira (25), um vídeo repercutiu nas redes sociais e tem emocionado os internautas. Nas imagens, Sandro Lúcio Nascimento Rocha, 21 anos, morador de Caculé, no Sertão da Bahia, aparece atravessando a roça para dar a notícia ao seu pai, um trabalhador rural, de que passou no vestibular de medicina, na Universidade Federal da Bahia (UFBA).

O jovem é filmado por um amigo enquanto caminha pela roça já emocionado em contar a conquista ao pai. No áudio o homem comemora: "Um jovem do Sertão da Bahia, o mais novo estudante de medicina, vai lá dar um abraço no seu pai.”

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Entre lágrimas e muita emoção, o jovem encontra o pai enquanto o mesmo trabalha no cultivo do solo. No encontro, Sandro dá um abraço apertado no pai e logo os dois dividem o choro de alegria e emoção pela conquista.

Com uma pontuação acima da média no SISU, 738,52 pontos, o estudante conquistou uma vaga em medicina na UFBA, localizada no campus Vitória da Conquista (BA), a mais de 200 km de distância da cidade em que vive hoje.

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Conforme o cronograma do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o resultado será divulgado nesta terça-feira (22) às 23h, horário de Brasília, por meio do site do Sisu. A matrícula da chamada regular será entre os dias 23 de fevereiro e 8 de março.

O candidato que não for selecionado na chamada regular poderá participar da fila de espera. O interessado deve acessar o Boletim do Candidato e marcar a opção “participar da lista de espera”, podendo manifestar interesse para a primeira e segunda opção de curso escolhida na inscrição.

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O vice-reitor do Conselho Universitário Cesmac, Douglas Apratto Tenório, comunicou, em entrevista ao G1 nesta quarta (16), que o conselho universitário da instituição recomendou a expulsão da estudante de medicina que ironizou a morte de uma paciente nas redes sociais.

De acordo com Apratto, após o conselho enviar o parecer para a reitoria da universidade, foi determinado a instauração de uma comissão de sindicância para apuração do caso, que deverá ser concluída em até um mês. A estudante terá um prazo para realizar sua defesa, e segundo o vice-reitor, a decisão sobre o futuro da estudante deve seguir o princípio democrático da ampla defesa.

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A reitoria ainda divulgará uma portaria com a decisão definitiva sobre o caso, por ora, a estudante estará suspensa durante seis meses por decisão do colegiado dos professores do curso de medicina da universidade.

Entenda

Cumprindo atividades de estádio supervisionado na Unidade Mista Dr. José Carlos de Gusmão, no município de Marechal Deodoro, em Alagoas, a estudante fez pouco caso da situação de saúde de uma paciente, que acabou morrendo.

"Faltando 10 minutos para minha hora de dormir chegar, a mulher infartando e com edema agudo no pulmão e agora já passou 1h30 da minha hora de dormir. Tô puta”, escreveu a aluna nas redes sociais. Em outra publicação, a universitária segue a reclamação em tom irônico: "Atualizações: a mulher morreu e não dormi”.

Afastada

Segundo nota publicada pela Instituição após o vídeo viralizar, a aluna foi afastada preventivamente das suas atividades acadêmicas pela Coordenação do Curso e pela Secretaria de Saúde de Marechal Deodoro até que a apuração seja concluída e os fatos devidamente esclarecidos. Ela também teve seu vínculo de estágio desfeito pela prefeitura de Marechal Deodoro.

No domingo (13), a Justiça Federal concedeu a autorização a uma aluna de 11 anos do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, a frequentar as aulas sem ter se vacinado contra a Covid-19. A proibição, que anteriormente foi tomada pela 26ª Vara Federal do Rio de Janeiro, foi derrubada pelo desembargador Marcello Granado, do Tribunal Regional da 2ª Região (TRF-2). Granado alega que a exigência viola a liberdade de ir e vir da estudante e utilizou de relatos nas redes sociais como argumentação.

“Noticiam-se relatos dos mais diversos desde síndrome de Guillain Barre, trombose ocular, AVC hemorrágico e morte súbita”, afirmou o magistrado no documento. Marcello Granado utilizou de depoimentos recolhidos nas redes sociais e Telegram. O magistrado ainda argumenta: “Negar os riscos para a saúde relacionados a qualquer vacina é uma postura anticientífica, especialmente se tratando de uma vacina cujos os testes de segurança e eficácia não estão concluídos”, escreveu.

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Com relação a obrigatoriedade da vacinação, o magistrado argumentou: “entendo que essa não pode ser exigida, visto que, tratam-se de vacinas ainda em fases de estudos e que necessitam de aprimoramento e de estudos de segurança amplamente comprovados e divulgados à população antes de se tornar de uso obrigatório”, disse em outro trecho.

A determinação não só derrubou a decisão da juíza Mariana Preturlan, da 26ª vara criminal do Rio, que havia negado o pedido dos pais da aluna para que ela frequentasse as aulas sem estar imunizada, como a obrigação de Andressa da Conceição Vasconcelos Bento Nogueira, mãe da estudante, de prestar esclarecimentos ao conselho tutelar. O desembargador afirma que a juíza causou um “constrangimento legal” ao negar o pedido e extingui-lo sem julgamento ou posicionamento do Ministério Público Federal.

Em nota, divulgada no último domingo (13) à comunidade escolar, o reitor do colégio, Oscar Halac, declarou estar espantado com a interferência das autoridades municipais em assuntos da instituição e pontuou que acredita que há assuntos mais importantes para serem resolvidos pelos órgãos. “Causou-me surpresa que a Prefeitura do Rio e seu Secretário de Saúde tivessem se imiscuído nestas questões já que, creio, há assuntos mais graves a serem tratados no município, como a não construção de creches suficientes à comunidade ou as condições do transporte urbano, dentre outros”, afirmou em um trecho.

O estudante Bruno Augusto, do colégio Motivo, foi o único pernambucano aprovado no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Ele também conseguiu se classificar no IME/RJ, AFA, EFOMM e Escola Naval. O segredo, segundo ele, foi estudar muito e conhecer a prova que vai realizar, ou pelo menos a estrutura da banca.

Bruno passou três anos para conseguir a aprovação. Ele afirma que sua rotina durante esse tempo foi bem diferente e precisou ser adaptada para se enquadrar no desejo de passar no vestibular tão almejado.

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“Eu cheguei no cursinho só com um sonho na mente e a coragem no coração, mas não tinha base nenhuma e foi isso que corri atrás no primeiro ano. Estudava todas as horas disponíveis do meu dia e fazia o máximo de material possível. Já no meu segundo ano, com um pouco mais de base, procurei maximizar o meu rendimento. E foi justamente no ano que começou a pandemia. Nesse ano eu tinha 8 horas de aula à distância e estudava mais 4 horas depois disso. Mas, eram 4 horas bem feitas”, relatou o jovem.

Os estudos diários e o cronograma de estudo foram o divisor de águas para sua aprovação. No terceiro ano de estudo, ele buscou conciliar o estudo com cuidados próprios e se deu a liberdade de diminuir seus estudos, tendo em vista seu alto rendimento dos últimos 2 anos.

“Eu realmente percebi a importância do bem-estar emocional. Eu estava bastante triste por não ter passado no ano anterior, então resolvi realmente me envolver em outras atividades além dos estudos. O que foi pessoalmente mais importante para mim foi voltar a me dedicar à música, uma atividade que eu tinha deixado de lado devido à rotina intensa de estudos”, conta Bruno.

Aos 4 anos de idade, a estudante Verena Paccola, do primeiro ano do curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP (FMRP), já nutria um olhar questionador e curioso sobre o mundo. Um exemplo dessa característica é que ela levava um microscópio na escola no dia em que as crianças podiam levar brinquedos.

“Minha madrinha fazia pesquisa e ela tinha um microscópio velho e me deu, eu levava para a escola e colocava formigas e folhas de árvore para analisar. Isso marca muito a minha história, porque eu me considero cientista desde então. Para mim, ser pesquisador é quando você começa a buscar as respostas para as perguntas sobre o mundo”, conta.

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Verena, que tem apenas 22 anos, possui um histórico de excelência em diversas áreas, como em campeonatos de robótica, olimpíadas de neurociência e até de visita à Organização das Nações Unidas (ONU). Em dezembro de 2021, ela recebeu uma nova conquista: foi premiada pela descoberta de um asteroide classificado como importante no programa Caça Asteroides da Nasa e do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).

Primeiros passos

Tudo começou em 2020, quando a estudante se preparava para o vestibular e sonhava com a vaga no curso de Medicina da USP. “Eu precisava estudar algo além dos conteúdos do ensino médio e fiquei sabendo da oportunidade de caçar asteroide, me inscrevi e fiz o treinamento on-line para aprender a analisar uma sequência de imagens do Universo”, conta.

Ou seja, ela analisava visualmente fotos em busca de pontos em movimento, gerava um relatório e enviava para os organizadores do programa. Depois, o material é enviado para a Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, que confirma se é um asteroide – corpos rochosos de estrutura metálica, que orbitam o Sol – ou outro elemento do Universo.

“Eu descobri mais de 25 asteroides e pelo menos um deles é classificado como muito importante. Ele faz parte de um grupo que é chamado de fraco, se movimenta mais devagar e pode colidir com a Terra. Agora, a Nasa está colhendo mais dados e irá analisar a órbita do asteroide para verificar qual é a probabilidade de colisão com a Terra e quando isso ocorreria”, revela Verena. A estudante ainda poderá dar nome aos asteroides descobertos após a emissão da documentação.

Monitoramento de asteroides de grande dimensão prevê impactos globais

Em entrevista à Rádio USP, Roberto Costa, professor do Departamento de Astronomia do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP, explicou que objetos espaciais maiores de 1 quilômetro de diâmetro têm riscos de impacto global. “Sorte nossa que a Terra é um alvo pequeno e esses objetos na faixa do quilômetro de diâmetro adiante são conhecidos e monitorados”, esclarece.

A premiação aconteceu no dia 9 de dezembro de 2021, em Brasília, e contou com a participação de Patrick Miller, criador do programa Caça Asteroides; do ministro Marcos Pontes e membros do MCTI.

“Eu fui convidada para fazer um discurso como representante do Estado de São Paulo e recebi troféu, medalhas e certificados pela participação, por ser o primeiro lugar no Brasil e de honra ao mérito”, comemora.

Sonho que virou realidade

Nascida em Indaiatuba, interior de São Paulo, Verena sempre enxergou o corpo humano como um desafio. “Eu tive um padrasto que era médico e eu passava a noite lendo os livros de medicina dele. Ele era radiologista, me ensinava a ver chapas de radiografia e eu ficava fascinada”, relembra.

Na época, a estudante tinha 7 anos e brincava com tubos vazios de sangue, jaleco e se divertia com o sonho de se tornar médica. A vontade permaneceu ao passar dos anos e ganhou um novo capítulo: Verena cursou o ensino médio no Colégio Técnico de Campinas, da Unicamp, e se formou como técnica em Enfermagem.

Após se formar no ensino médio, ela desenvolveu uma pesquisa na área de Neurociência Computacional para pessoas com Transtorno do Espectro Autista, no Hospital Albert Einstein, por um ano. Também fez a inscrição e foi aceita na Universidade da Columbia Britânica no Canadá, em 2019. “Foi complicado por questões financeiras e pela diferença nas formações, pois é preciso fazer quatro anos de graduação e depois fazer pós-graduação em Medicina e eu queria ser médica”, explica.

Verena voltou para o Brasil no final de 2019 e decidiu que iria estudar novamente os conteúdos do ensino médio para cursar Medicina na USP em 2020.

“Tem uma frase que marca muito a minha vida: ‘Na vida não existem escolhas certas ou erradas. Existem escolhas. E o nosso papel é, depois de decidir, fazer desta escolha a melhor decisão que poderíamos ter tomado na vida’. Então se eu voltei do Canadá e se eu não fui direto para a faculdade após o ensino médio, fiz com que essas decisões fossem uma das melhores para mim”, conta.

Ao voltar para o Brasil, ela ganhou bolsa para um cursinho preparatório e estudou para o vestibular em meio à angústia da pandemia.

“Eu passei em Medicina na FMRP pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) em abril de 2021 e um dos melhores momentos foi contar para minha mãe e para a minha avó. Foi muito emocionante”, relembra.

Atualmente, Verena sonha em ser neurocientista e atuar na área da Neurocirurgia.

“O centro cirúrgico é a área que eu mais me apaixonei, até hoje. Tudo me guia para essa área, mas pode ser que eu mude no decorrer da graduação. Estou aberta a oportunidades”, finaliza.

Por Giovanna Grepi, para o Jornal da USP

Durante a festa de formatura, realizada no Distrito Federal, uma aluna da CED 15, localizada no bairro de Ceilândia, denunciou um professor e acusou o diretor da unidade de "passar pano" para o docente. O discurso da estudante foi filmado e viralizou nas redes sociais.

Nas imagens, é possível perceber, em um primeiro momento, que a jovem se recusa a tirar foto ao lado do gestor logo após receber o diploma. "Era para ser só uma formatura, mas começaram a ‘babar ov*’ do diretor e eu não aguentei. Primeiro, me recusei a tirar foto com ele. E resolvi falar, para todo mundo saber, o que esse ‘ótimo diretor faz'", legendou o vídeo a aluna.

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Na ocasião, a estudante pegou o microfone e iniciou o discurso dizendo que discordava "do que acabou de ser dito" [sobre o diretor]. Ela chegou a ser interrompida, no entanto, não desistiu de falar. "Desligaram meu microfone, mas eu vou falar. Falaram um monte de coisa do Anderson, que é bom diretor. Mas ele passa pano para os assediadores na escola”, gritou. Neste momento, outros estudantes aplaudem. Veja o vídeo:

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Outras vítimas e posicionamento da escola

Com a repercussão do vídeo nas redes sociais, mulheres começaram a relatar casos de assédio sofridos na mesma instituição de ensino. Por meio de nota, o colégio afirmou que uma aluna denunciou à coordenação ações de um profissional no dia 10 de dezembro.

Na ocasião, a jovem relatou que este profissional “vem tendo comportamento estranho comigo e sempre falando coisas em duplo sentido, exemplo, em uma conversa sobre cavalos ele falou que amava éguas porque era um 'cavalo'". No comunicado também é apontado que um grupo de alunos procurou a gestão e questionaram sobre quais medidas seriam adotadas".

Questionaram se daria alguma coisa, no sentido de exoneração ou devolução do profissional. Declarei que era tão simples assim (...) No mesmo dia, ouvimos o profissional acusado, que negou o assédio, mas confirmou o comportamento inadequado".

Em outro trecho, o diretor aponta que todas as denúncias foram apuradas e concluídas com punições. E finaliza: "Levamos a sério denúncias sobre assédio, entendendo a necessidade de apuração completa, participação da família e respeitar o rito legal e os envolvidos". Confira a nota na íntegra:

Em 10 de dezembro uma aluna realizou uma denúncia junto à Coordenação relatando as ações de um profissional, “vem tendo comportamento estranho comigo e sempre falando coisas em duplo sentido, exemplo, em uma conversa sobre cavalos ele falou que amava éguas porque era um “cavalo”. Após deixar o relato da denúncia a aluna foi embora.

Um grupo de alunos procurou-me para relatar também o ocorrido e ao serem questionados sobre onde estava a aluna, informaram que a mesma voltaria à tarde com a mãe. Questionaram se daria em alguma coisa, no sentido de exoneração ou devolução do profissional. Declarei que não era tão simples assim, que já devolvemos professores nessa situação, mas com mais dados ou ocorrências, mas que encaminharíamos a situação após ouvir a família da aluna e o profissional, conforme registrado no livro de ocorrências da escola.

No mesmo dia ouvimos o profissional acusado que negou o assédio, mas confirmou o comportamento inadequado. Foi advertido e comprometeu-se a prestar esclarecimentos à família, ciente de que isso não impediria providências serem tomadas como ouvidoria, sindicância, processo administrativo e afins, caso fosse interesse da família.

Surpreendemos-nos ao receber uma ligação de alguém se identificando como mãe da aluna reclamando da postura do diretor em dizer que só faria algo se acontecesse novamente. Mesmo falando que não procedia esta fala e solicitando que a família comparecesse à escola para dar continuidade, a família declarou que iria direto à delegacia, pois acreditava mais no que a amiga da aluna teria dito.

Declarei que em seu lugar faria o mesmo, mas iria à escola primeiro. Ainda aguardamos a família ou autoridades nos procurarem para seguirmos com o andamento dos procedimentos legais, o que não aconteceu até o momento. Infelizmente na maioria dos vídeos relacionados a que tivemos acesso várias histórias se misturam como se todas denúncias fossem descartadas, sendo que todas foram apuradas, concluídas com punições ou não se sustentaram.

Por fim, nunca impedimos ou coagimos família de realizar qualquer tipo de denúncia, nos colocando à disposição para auxiliar na apuração e procedimentos legais que o caso requer. Levamos a sério denúncias sobre assédio, entendendo a necessidade de apuração completa, participação da família e respeitar o rito legal e os envolvidos.

Morta aos 24 anos, meses antes de se formar como pedagoga pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Remís Carla Costa recebeu diploma In Memorian e teve um dos laboratórios do campus Recife batizado com seu nome. Nesta terça-feira (9), cerca de quatro anos após o assassinato, o ex-namorado e acusado de feminicídio será julgado por júri popular.

Natural de uma família humilde, o pai da vítima Carlos Costa lembra do esforço da filha pela formação e se mostrou surpreso pela forma brutal que ela foi morta às vésperas do Natal de 2017.

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O reitor da UFPE, Alfredo Gomes, foi ao Fórum Thomaz de Aquino, área Central do Recife, para acompanhar o julgamento e prestar solidariedade à família. "Nós esperamos que seja devidamente justiçada. Que a pessoa que cometeu o crime seja devidamente julgada e punida pelo que fez", reforçou.

Assassinada em novembro de 2017, a estudante teria se formado em junho do ano seguinte e, em maio de 2018, recebeu Diploma Especial de Graduação In Memoriam do departamento de Pedagogia da instituição. Remís também foi homenageada ao dar nome a um dos laboratórios da UFPE. 

Na época, Alfredo era diretor do Centro de Educação e recorda o sentimento de tristeza nos corredores com a morte da aluna. "Nós ficamos realmente muito abalados com o assassinato dela. A universidade fez todos os esforços para apoiar a família e dar maior assistência possível, e também para apoiar no sentido que o julgamento viesse a ser realizado com maior celeridade possível", comentou. 

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O acusado

O réu é Paulo César Oliveira da Silva, que na época tinha 25 anos, e teria enforcado a estudante durante uma briga. Ele é acusado de ocultar o corpo a cerca de 400 metros de casa, no bairro da Várzea, na Zona Norte da capital.

Após o crime, Paulo César fugiu para o município de Vicência, na Mata Norte de Pernambuco, mas foi capturado e preso há quatro anos.

Com informações de Vitória Silva

O estudante do curso de química da Universidade Estadual Paulista (Unesp) Joelson Francisco dos Santos, de 35 anos, foi encontrado morto, na última sexta-feira (29), na acomodação estudantil onde morava, em Araraquara, interior de São Paulo. De acordo com o G1, as causas da morte serão investigadas pela Polícia Militar (PM).

O corpo, achado por outros moradores do alojamento, estava deitado de bruços na cama. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado e confirmou o óbito no local. A Polícia Científica realizou perícia no local e uma funerária da cidade fez a remoção do corpo.

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Em nota, a Unesp informou que o estudante era da Bahia, e que a instituição se dispõe a prestar auxílio à família. Confira abaixo o comunicado da universidade sobre o ocorrido:

Prezada Comunidade do Câmpus de Araraquara:

Com grande pesar recebemos na noite de ontem, 29/10, a triste notícia do falecimento do estudante do Instituto de Química Joelson Francisco dos Santos, 25 anos, graduando do Curso de Química, que faleceu na Moradia Estudantil, onde residia.

O Conselho Diretor do Câmpus de Araraquara lamenta profundamente o ocorrido e se solidariza com os familiares, amigos, estudantes da Moradia Estudantil e com toda a comunidade acadêmica do Câmpus e da Unesp por essa trágica perda.

Na noite de ontem, as direções do IQ e da FCLAr estiveram na Moradia Estudantil para tomar providências junto às autoridades, realizar contato com familiares e acolher os moradores presentes.

Para o acompanhamento psicológico dos estudantes da Moradia, foram acionadas as psicólogas do CENPE e da Seção Técnica de Saúde, que desde ontem à noite estão à disposição dos alunos. O CENPE fará hoje à tarde uma visita à Moradia para conversar com os estudantes.

O IQ e a FCLAr, assim como a FCFAr, a FOAr e a Coordenadoria de Permanência Estudantil da Reitoria da Unesp, estão envidando esforços para que todas medidas cabíveis sejam tomadas neste momento tão difícil.

Cordialmente, Conselho Diretor do Campus de Araraquara

O Governo de Pernambuco divulgou, nesta quarta-feira (13), o programa Monitora PE, que consiste em fortalecer a educação do Estado e diminuir a evasão escolar. O programa contemplará estudantes da rede estadual.

O anuncio foi realizado pelo governador Paulo Câmara (PSB) em evento promovido no Palácio do Campos da Princesas, junto ao secretário de Educação e Esportes, Marcelo Barros, e os gestores das 16 Gerências Regionais de Educação do estado (GRE).

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O programa se divide em Monitoria de Busca Ativa e Monitoria Aprendizagem. A primeira tem por objetivo resgatar os estudantes que, dentro do contexto da pandemia, afastaram-se do ambiente escolar, e atualmente classificam-se como estudantes com tendência de evasão escolar.  Entre os critérios exigidos está à disponibilidade para jornada de 20h semanais e, preferencialmente, ser egresso da rede estadual. Neste caso, os monitores, que serão estudantes das escolas estaduais de Pernambuco, receberão uma bolsa de R$ 800. O projeto tem investimento de R$ 568 mil.

Já o Programa Monitoria Aprendizagem, que tem um investimento de mais de R$ 4 milhões apenas neste ano, tem como objetivo estimular os estudantes com lacunas de aprendizagem neste momento de retomada das aulas presenciais. Ao todo, estão sendo disponibilizadas 7.128 vagas de monitores para todas as escolas do Estado. Com isso, as turmas do 9º ano do Ensino Fundamental e do 3º ano do Ensino Médio terão dois monitores, sendo um para Língua Portuguesa e um para matemática. Os alunos receberão uma bolsa no valor de R$ 200

Esses estudantes terão como atribuição socializar os conhecimentos adquiridos com aqueles colegas que têm dificuldades em determinados conteúdos. Para ser um monitor, o estudante precisa, entre outros critérios, ter média superior a 7,0 no componente de Língua Portuguesa ou matemática.

Aprovada em amplo acordo no Congresso, a proposta de distribuir absorventes para estudantes de escolas públicas e mulheres em situação de rua foi vetada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A decisão publicada nesta quinta-feira (7), no Diário Oficial da União, justifica que o texto não define a fonte de custeio para manter o projeto.

O Projeto de Lei (PL) 4968/2019 da deputada Marília Arraes (PT-PE) visava entregar o item de higiene básica para mulheres em extrema vulnerabilidade e possibilitar que estudantes de baixa renda deixassem de faltar aulas durante o período menstrual. 

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Apesar da expectativa pela aprovação integral, Bolsonaro sancionou partes do PL e criou o Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual. Contudo, vetou logo o 1º artigo referente ao repasse dos absorventes e o 3º que listava quatro categorias de beneficiárias, que seriam mulheres em vulnerabilidade social, estudantes da rede pública, reclusas em unidades socioeducativa e em presídios. 

O PL também pretendia incluir o item nas cestas básicas entregues pelo Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, mas o trecho também foi retirado sob o argumento de que a proposta aprovada pela Câmara e pelo Senado não aponta a fonte de custeio para manter a medida. O texto sugeria o uso de recursos destinado ao Sistema Único de Saúde (SUS) e no caso das reclusas, o repasse viria do Fundo Penitenciário Nacional.

Para vetar os eixos do PL, o presidente destacou que absorventes não fazem parte do rol de medicamentos essenciais definidos pela Relação Nacional de Medicamentos Essenciais e que ao definir as categorias de beneficiárias, o projeto quebra o princípio da universalidade do SUS. Já a justificativa para não destinar a verba do Fundo Penitenciário Nacional foi de que a lei não tem essa finalidade.

Dos trechos do PL aprovados por Bolsonaro estão a obrigação do Poder Público em promover campanhas de conscientização sobre a saúde menstrual. Ele também liberou que secretários de Educação possam custear o atendimento ao que a lei prevê.

A matéria volta ao Congresso, que tem até 30 dias para avaliar os vetos do presidente e derrubá-los ou não.

 

A estudante de direito Andressa Lustosa divulgou nas suas redes sociais um vídeo que mostra o momento em que sofreu um acidente de bicicleta após ser assediada por um passageiro de carro. O caso ocorreu no município de Palmas, no Paraná.

No vídeo, é possível observar que uma pessoa coloca o braço para fora do carro e apalpa a ciclista. A mulher, em seguida, se desequilibra e cai. 

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"Nós mulheres não temos um minuto de paz!! Saí de casa para andar de bicicleta e volto toda machucada pra casa por uma atitude covarde dessas!

Todas as medidas cabíveis estão sendo tomadas.. estou bem, só quero que paguem pelo o que fizeram", escreveu a estudante no Instagram.

Nos stories do Instagram, a ciclista agradeceu o apoio e mostrou as escoriações que sofreu no ombro. "Estou bem, em casa, me recuperando das lesões. Ainda bem que estou viva, machucado físico é o de menos", disse.

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Um vídeo que circula nas redes sociais mostra a estudante de enfermagem Gabriely Ramsdorf emocionada ao aplicar a 2ª dose da vacina contra a Covid-19 no próprio pai. A cena ocorreu em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, em 10 de agosto.

"Ai, tô emocionada", diz a jovem no momento de aplicar a vacina no pai, Marcelo Barros Leal, de 41 anos. Ramsdorf participa da imunização há dois meses, após a Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) se tornar polo de vacinação.

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"Aqui no drive, quando você chega para ser recebido, tem as pessoas que indicam o caminho. Meu pai falou que tinha uma conhecida e eles encaminharam ele para o meu box. Estava no box 5 e ele disse que queria vacinar comigo e foi direto para lá", contou a estudante ao G1.

Ramsdorf também disse que fica emocionada todas as vezes que assiste ao vídeo.  "Consegui vacinar meu pai que era a pessoa que mais me preocupava."

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Nesta sexta-feira (23), o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, recebeu em seu gabinete o estudante Fred Ramon dos Santos Gomes, que foi aprovado em nove universidades nos Estados Unidos. Fred foi aluno de duas escolas de referência em ensino médio (EREM), a Desportista Rubem Rodrigues Moreira, em Jaboatão dos Guararapes, e a Professor Fernando Mota, em Boa Viagem, no Recife. Ele também participou do curso de idiomas do Programa Ganhe o Mundo (PGM).

O chefe do executivo do Estado confirmou que pretende ajudar o jovem em seus estudos no exterior, como forma de inspirar outros estudantes. “Fred é um exemplo importante de que, com educação, a gente pode ir em busca dos nossos sonhos. É isso que a gente quer para Pernambuco, uma educação que possa fazer com que as pessoas avancem e consigam alcançar suas metas. Agora, queremos ajudá-lo a concretizar esse sonho de ir aos Estados Unidos e fazer o seu curso escolhido. É uma história que com certeza vai inspirar muitos pernambucanos a alcançarem seus objetivos”, observou Paulo Câmara.

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Entre as instituições onde ele foi aceito, Fred escolheu a Whittier College, situada no estado da Califórnia, que lhe ofereceu uma bolsa de 70% dos custos para estudar tecnologia e teatro. Morador de Cajueiro Seco, em Jaboatão dos Guararapes, ele vive com sua mãe, Silvia dos Santos, que trabalha como faxineira. As aprovações vieram após ele ter alcançado uma nota acima da média em provas de inglês, e com recomendações de professores e da Junior Achievement PE, rede de empreendedorismo jovem.

O estudante de 20 anos busca explorar os potenciais que os estudos podem oferecer para garantir uma melhor qualidade de vida para outros jovens. “Uma escola particular não é melhor que uma pública. Eu vim de uma escola pública de Pernambuco e aqui tem um diferencial: eles estão interessados em buscar parcerias e novos projetos. Temos programas que permitem levar o estudante para fora da sala de aula e melhorar a forma como aprendemos as coisas”, disse Fred.

A secretária executiva de Educação Integral e Profissional da Secretaria Estadual de Educação e Esportes, Maria Medeiros, também esteve presente no encontro e demonstrou admiração pela trajetória de Fred. “A história de Fred está inspirando os jovens de Pernambuco e das nossas escolas. É uma prova de que sonhos podem ser conquistados e que a educação transforma vidas. A nossa educação integral dá ainda mais oportunidades aos jovens pernambucanos, pois ocupa o tempo ocioso e abre as mentes para que eles construam e conquistem seus projetos de vida”, afirmou.

Com informações da assessoria

O estudante pernambucano Fred Ramon dos Santos Gomes, de 20 anos, foi aprovado em nove universidades situadas nos Estados Unidos. Diante das opções, o jovem morador do bairro de Cajueiro Seco, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, escolheu a Whittier College, na Califórnia, e para efetuar a matrícula e embarcar para o destino, abriu uma arrecadação virtual em sua página do Instagram

Com uma bolsa de 70% de desconto, obtida pela boa avaliação de sua candidatura, ele tem até o mês de agosto para declarar ao Governo Americano que possui o valor de 31 mil dólares, estimado em R$ 161.285,25, em conversão atual. Segundo Fred, o valor será usado para arcar com os custos da taxa de inscrição da faculdade, moradia, plano de alimentação e seguro saúde.

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O pernambucano conta com o suporte de pessoas próximas. “Tenho apoiadores amigos, pessoas próximas com quem fiz trabalhos sociais, e me confirmaram que poderão me ajudar”, ele afirma. O estudante tenta arrecadar o valor para o primeiro ano do curso, mas nos anos seguintes ,ele afirma que poderá tentar outras bolsas da faculdade. “O importante é conseguir chegar lá, ter o valor total para o primeiro ano do curso. Quando eu já estiver lá, a faculdade pode abrir outras bolsas, e eu posso complementar”, ele diz.

Fred Ramon fará a graduação em ciência da computação, além de estudos globais, com foco em diplomacia, relações internacionais, política e economia. Segundo o estudante, seu sonho é ser embaixador de projetos sociais que possam melhorar a vida dos jovens brasileiros.

Estudantes e pesquisadores brasileiros estão sendo impedidos de entrar na Espanha e na França, por causa de fronteiras fechadas e impossibilidade de emissão de vistos. A norma não tem previsão de atualização ou liberação, e muitos intercambistas se veem prestes a perder as bolsas de estudo ou o início das aulas.

Para chamar a atenção das autoridades, dois movimentos foram criados, o "Étudier Est Impérieux" e o "Estudiar es Esencial". Ambos buscam auxílio nacional e internacional para que o estudo seja visto como motivo imperioso - situações que o governo considera necessária a entrada de estrangeiros no país durante a pandemia -, mesmo para os países classificados em zona vermelha, como o Brasil.

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Bárbara Luíza, de 22 anos, é representante do Estudiar es Esencial e recebeu uma bolsa de estudo para graduação em Criminologia. A estudante precisa estar na Espanha até setembro. Mesmo tendo um certo tempo para cumprir o prazo, ela está preocupada de não conseguir a emissão do visto, principalmente porque não há uma estimativa de quando o Brasil será liberado. A proibição valia até o dia 22 de junho e, mesmo sem ter chegado a data, foi modificada para o dia 6 de julho. Bárbara está em contato com a faculdade. "Eles falaram para eu não me preocupar e também estão em contato com a embaixada para ver como vai ficar", diz.

Mas, nem todos têm a mesma sorte. Segundo ela, algumas pessoas do movimento estão correndo risco de perder a bolsa porque precisam estar lá em julho. "Nenhum estudante consegue ir nem vacinado. As únicas pessoas que estão sendo liberadas para entrar no país são aqueles que têm nacionalidade espanhola. Nem quem tem cônjuge ou parente na Espanha está podendo entrar."

O movimento criado no dia 10 já conta com quase 200 estudantes que passam pelo mesmo problema. A criadora do Estudiar es Esencial já enviou mais de 90 e-mails para senadores, pedindo suporte. Ela também já tentou contato com o Itamaraty, que ajudou os estudantes que iam para os Estados Unidos no início do ano, mas, até agora, não teve nenhum retorno. "A única resposta que recebemos é que temos de esperar porque é uma decisão de outro país. Mas, quando mandamos e-mail ou entramos em contato pelas redes sociais para saber se houve atualização, eles não nos respondem."

O único apoio que obteve até o momento foi o de Luan Dias, um dos representantes do "Étudier Est Impérieux", movimento que conta com quase 500 pessoas. Desde o dia 13 de junho, quando criaram as redes sociais do movimento e começaram a compartilhar os conteúdos, elas buscam um posicionamento da embaixada e do Itamaraty, sem sucesso. No domingo, a senadora francesa Joëlle Garriaud-Maylam viu a manifestação nas redes e passou a apoiar a ação. Em seu Twitter, ela declarou que "não há razão para impedir que os alunos continuem sua carreira universitária, especialmente se forem vacinados e fizerem exames".

Os representantes do movimento e a senadora têm mantido contato. "Mandamos um documento explicando tudo o que tem acontecido no Brasil", declarou Luan, de 26 anos, que precisa estar em Paris em setembro para iniciar os estudos na École Internationale de Création Audiovisuelle et de Réalisation (EICAR).

Quarentena

Bárbara e Luan ressaltam que entendem o posicionamento dos dois países e declaram que os participantes dos movimentos estão dispostos até a cumprir uma quarentena quando chegarem ao local de destino e a seguir as orientações sanitárias. "O que queremos é que foquem na inclusão dos estudantes", declara Bárbara. "O processo para entrar nas universidades francesas é muito trabalhoso e complicado. Sem garantia de prorrogação ou manutenção para o próximo ano é muito preocupante. Não podemos perder essa oportunidade", diz ele.

Na Espanha "algumas faculdades têm entrado em contato para prorrogar as bolsas, mas tem gente que não consegue", explica Bárbara. Já para quem vai para França, a situação é diferente, segundo Luan, pois "a maioria das universidades não fala nada sobre prorrogação de prazo". "Por isso, muita gente corre o risco de perder a bolsa."

No início da semana passada, os dois grupos foram surpreendidos com a notícia de que a Índia, que também é classificada como zona vermelha, teve liberação de visto para estudantes na Espanha e na França. "Esse acontecimento foi muito curioso, porque o que os países alegam é que países com variantes preocupantes circulando no território não podem ser liberados. Mas, a Índia tem variantes circulando e mesmo assim conseguiu a permissão", diz Luan. O Estadão procurou a embaixada dos dois países e o Itamaraty, mas não obteve resposta.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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