Tópicos | executiva

Líder do governo no Senado e presidente do PMDB, o senador Romero Jucá (RR) chamou na tarde desta quarta-feira, 13, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de "líder de facção". Ao ser questionado sobre o conteúdo da delação premiada de Lúcio Funaro, Jucá minimizou o conteúdo dos fatos narrados pelo corretor e o potencial destrutivo de uma eventual segunda denúncia contra o presidente Michel Temer.

"O líder dessa facção, Rodrigo Janot, vai ficar mais dois dias na PGR, o que é lamentável, até porque ele (seu mandato) está acabando de forma muito triste, muito melancólica, como eu previ há alguns dias atrás", declarou Jucá após reunião da Executiva do PMDB. "Agora está se vendo que a organização é Janot, Marcelo Miller, mais alguns procuradores, Joesley (Batista), Sérgio Machado, (Nestor) Cerveró, Delcídio (Amaral). Essas são as companhias de Janot que armaram esse circo", emendou.

##RECOMENDA##

O presidente do PMDB disse que qualquer ato conduzido por Janot na reta final de seu mandato "está eivada de erros, raiva e rancor, de tentativa de apagar o rastro de irregularidades". Por isso, disse o peemedebista, a segunda denúncia deve ser recebida com "desconfiança", mais até do que a primeira denúncia, derrubada na Câmara porque "o véu caiu".

Para Jucá, a delação de Funaro - um dos últimos atos de Janot - foi um "ato entre amigos", por isso merece desconfiança. "Qualquer delação premiada a essa altura do campeonato precisa ser muito investigada e comprovada para ser dar ouvido a ela", declarou. O senador disse que Janot sabia das conversas entre Miller e a JBS e que as ações intermediadas pelo ex-procurador são "extremamente suspeitas".

Funaro afirmou em sua delação premiada que Temer dividiu com Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), ex-homem forte de seu governo, propina da Odebrecht. Nos anexos de sua colaboração, ele afirmou ter buscado R$ 1 milhão em espécie, supostamente pagos pela empreiteira, no escritório do advogado e ex-deputado José Yunes, amigo de Temer. Funaro relatou também em sua colaboração, já homologada pelo Supremo Tribunal Federal, ter mandado a quantia para Geddel, na Bahia.

Reunião

Na reunião desta tarde da Executiva do PMDB, Jucá comunicou ao partido o pedido de afastamento de Geddel das funções partidárias por 60 dias. Geddel já estava afastado do comando do PMDB baiano desde meados de julho e hoje formalizou o pedido para ficar fora dos trabalhos de primeiro-secretário nacional do PMDB.

No encontro, que durou duas horas, a Executiva também deferiu a suspensão por 60 dias da senadora Kátia Abreu (TO). A parlamentar enfrenta um processo na Comissão de Ética do partido por ter feito críticas públicas a Jucá e Temer.

Um dos assuntos que mais tomou tempo na reunião foi o pedido de intervenção no diretório estadual do PMDB pernambucano feito por um aliado do senador Fernando Bezerra Coelho (PE), recém-filiado à legenda. O grupo de Coelho pede a dissolução do diretório estadual. A cúpula do PMDB decidiu que o líder da bancada na Câmara, Baleia Rossi (SP), vai intermediar as negociações entre as partes para evitar a dissolução do diretório pernambucano.

Segundo fontes, Jucá revelou que o líder do governo no Congresso, deputado André Moura (PSC-SE), manifestou o desejo de se filiar ao partido, mas que as conversas ainda não evoluíram. Jucá teria garantido que não haverá intervenção no PMDB local caso Moura se filie ao PMDB.

A decisão do PSDB de usar a propaganda do partido exibida em redes de rádio e TV para pedir desculpas à sociedade e dizer que errou foi foco de mais uma crise entre os tucanos na reunião da Executiva Nacional da legenda, realizada nesta quarta-feira, 9, em Brasília. Quase uma semana depois de os senadores Aécio Neves (MG) e Tasso Jereissati (CE) selarem a paz em acordo pela presidência da sigla, os caciques voltaram a se dividir.

No encontro da cúpula, parte dos tucanos mostrou irritação ao avaliar negativamente a inserção divulgada nesta quarta na internet. Parlamentares ligados a Aécio entenderam o vídeo como uma afronta ao mineiro. O senador foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por pedir R$ 2 milhões à JBS, dos irmãos Wesley e Joesley Batista.

##RECOMENDA##

Além disso, uma das razões da insatisfação é que alguns tucanos se sentiram expostos a pouco mais de um das eleições. Outro foco de descontentamento veio dos membros do partido que assumiram cargos de ministros no governo Michel Temer. Isso porque o texto da inserção trata o erro com uma questão de "agora", sem mencionar exatamente sobre qual assunto se refere. "O PSDB acertou quando criou o Plano Real, mas agora errou", diz a narradora em um dos trechos do vídeo, como adiantou o Estado. A crítica é de que o roteiro abre espaço para que a população entenda o apoio a Temer como um dos equívocos.

Tasso rebateu as críticas. O presidente da sigla argumentou que este é o momento para fazer um aceno de autocrítica à população, mesmo que o apontamento aos erros não seja específico. A ideia é de que os tucanos tentem se diferenciar de outras legendas e do PT. Segundo relatos, o senador cearense argumentou que existia uma cultura do caixa 2 na política brasileira e que é necessário admitir esses erros. Esse deve ser um ponto discutido na íntegra do programa, que será exibida no dia 17.

Publicitário

A propaganda tucana foi elaborada pelo publicitário Einhart Jacome, ligado a Tasso. Ele trabalhou para o senador de 1986 a 1994, época em que Tasso foi governador do Ceará. Após esse período, Jacome foi convidado a trabalhar na campanha presidencial de Fernando Henrique Cardoso.

No vídeo completo, o PSDB também deve fazer um mea-culpa por não ter feito a defesa do modelo parlamentarista no Brasil, sistema que foi rejeitado em plebiscito de 1993.

Ainda assim, alguns tucanos pressionam para que o roteiro seja alterado antes de sua veiculação. Ao final da reunião, outros caciques pediram para ver o conteúdo completo. Os tucanos irritados acusam Tasso de ter autorizado a exibição sem consultar a cúpula. Um grupo de parlamentares próximos a Tasso diz, porém, que foram convidados por ele para assisti-lo há duas semanas. O senador Cássio Cunha Lima (PB) confirmou ter visto a inserção.

Aécio foi um dos que negaram ter conhecimento do teor do vídeo. "Na verdade, não participei dessa elaboração. Acho que é uma tentativa de uma reconexão do PSDB com a sociedade. Vamos aguardar o programa, vamos discutir ainda os textos que estão sendo propostos para o programa, mas eu acho que é uma tentativa do ponto de vista de comunicação de mostrar que, além dos acertos que nós tivemos e não foram poucos, certamente alguns equívocos o PSDB cometeu", minimizou. A afirmação é rebatida por aliados de Tasso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente licenciado do PSDB, senador Aécio Neves (MG), disse nesta quarta-feira, 9, que a divergência interna do partido em relação ao apoio ao governo Michel Temer é uma questão superada.

"Essa questão está superada, não é a pauta do PSDB hoje. Cada parlamentar se manifestou na Câmara dos Deputados de forma absolutamente livre e de acordo com suas convicções. O que nos une hoje é o compromisso com as reformas. Existem divergências, mas são naturais. Nosso entendimento é que essa questão está superada", disse.

##RECOMENDA##

O senador tucano afirmou também que enquanto Temer julgar necessário contar com os quadros do PSDB nos ministérios, o Palácio do Planalto terá "liberdade" para isso. Ao defender essa posição, Aécio ainda elogiou o desempenho dos ministros Bruno Araújo (Cidades) e Aloysio Nunes (Relações Exteriores).

Aécio falou à imprensa durante a reunião da Executiva Nacional do partido, que começou na manhã desta quarta na sede do PSDB em Brasília. O mineiro deixou o encontrou logo pós o início e informou que apresentou uma proposta para que a eleição da nova direção do partido seja feita em dezembro, assim como a escolha do pré-candidato tucano à Presidência em 2018.

A reunião tem as presenças de nomes como Aloysio Nunes, Bruno Araújo e senador José Serra (PSDB-SP). Mesmo estando em Brasília para audiências com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e Senado, Eunício Oliveira (PMDB- CE), o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, não compareceu à reunião.

O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), líder do governo Temer no Senado, afirmou nessa quarta-feira (11) por meio de nota, que não foi procurado pelo presidente do PSDB paulista, deputado Pedro Tobias, que foi reconduzido por mais um ano à frente do Diretório Estadual, contrariando o governador Geraldo Alckmin.

"Embora considere o deputado um bom presidente, não fui ouvido por ele nem por ninguém sobre esse assunto", disse Aloysio, que também negou ser adversário de Alckmin.

##RECOMENDA##

Tobias afirmou à reportagem ter consultado o senador e o chanceler José Serra sobre sua permanência no cargo. Ambos, disse, chancelaram a iniciativa.

Segundo Tobias, o temor é de que Alckmin, para viabilizar sua candidatura à Presidência, faça uma aliança com o PSB de seu vice, Márcio França, em detrimento de um nome do PSDB em São Paulo. Dirigentes do PSB defendem França como o candidato apoiado pelos tucanos.

Com a decisão de Tobias, prevaleceu determinação do senador Aécio Neves (PSDB-MG), que prorrogou o próprio mandato no comando nacional da sigla e estendeu a medida a todos os diretórios. Alckmin, Aécio e Serra são cotados como candidatos ao Planalto em 2018. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirmou que o indiciamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela Polícia Federal por suspeita de corrupção comprova que há uma perseguição. "Estamos protestando contra isso", disse, após reunião da Executiva Nacional do PT. "Essa nova investida contra o presidente Lula comprova o que temos dito. Em nome do combate à corrupção, que a população se preocupa com razão, se faz uma cruzada seletiva contra um partido e a maior liderança popular do país", afirmou.

Segundo Falcão, "nessa cruzada" para atingir o partido e o ex-presidente, as investigações passam "inclusive por cima de direitos fundamentais". "A ideia, por exemplo, de aceitar provas mesmo que colhidas ilegalmente, a ideia de violar o princípio da presunção de inocência, alterando o critério de que coisa julgada se dá na Suprema Corte e não na segunda instância", disse.

##RECOMENDA##

Para o presidente do PT, essas práticas representam "o estado de exceção em andamento". "Primeiro é o PT, depois vem a esquerda e os cidadãos isoladamente também", afirmou. "Foi assim que em vários países a aceitação do mal com a banalidade levou a desastres que a gente nunca mais quer ver se repetirem."

A Polícia Federal indiciou, nesta quarta-feira, Lula sob suspeita de corrupção. O ex-presidente é acusado de receber parte de uma propina de R$ 20 milhões que teria sido paga pela empreiteira Odebrecht à Exergia. A empresa pertence a Taiguara Rodrigues, que o ex-presidente trata como sobrinho.

Lava Jato

O comando do PT avaliou, nesta quarta-feira, que a Operação Lava Jato, da Polícia Federal, foi a maior responsável pela derrota do partido nas eleições municipais. Na primeira reunião após perder 256 das 635 prefeituras sob seu comando, a Executiva Nacional do PT não escondeu o abatimento com o declínio da legenda e mostrou divergências sobre os rumos a seguir daqui para a frente. "A gente mede aqui também como a Lava Jato influiu na campanha eleitoral", disse.

Prefeitura

Indagado sobre o desempenho do PT na periferia paulista, que ficou muito abaixo do comum para a sigla, Falcão afirmou que essa camada não votou apenas no Doria, mas em outros candidatos também e reconheceu a derrota petista. "(a periferia votou) minoritariamente no PT, essa que é constatação", disse.

O presidente do PT ponderou que o resultado eleitoral em São Paulo foi uma surpresa relativa e disse que se o candidato Fernando Haddad tivesse mais tempo ele chegaria ao segundo turno. "Todos vocês hão de convir que a expectativa geral é que nós fossemos ficar no 3 ou 4 lugar, não era isso? E com um pouquinho mais de campanha nós teríamos ido para o segundo turno", disse. "Mas aí são águas passadas, vamos pensar para o futuro agora", afirmou.

Rui Falcão reiterou a disposição do partido em iniciar um balanço para reconhecer os erros. "Não só a culpa da política econômica, da Lava Jato, da perseguição a mídia monopolizada, nós vamos tirar lições desses erros também", disse.

Segundo o dirigente do PT, a eleição mostrou a necessidade urgente de uma reforma política "em profundidade". Ele destacou ainda que o pleito deste ano deu "brechas" para o poder econômico ao não ter fixado teto nominal para as contribuições. "Era só um teto porcentual e os 10% meus são diferentes dos 10% de um milionário", disse, ressaltando que também não foi estipulado um teto para as autocontribuições dos candidatos majoritários.

Corrida presidencial

Rui Falcão afirmou que a vitória do tucano João Doria à prefeitura de São Paulo reforça o nome do governador paulista Geraldo Alckmin à corrida presidencial em 2018, mas antes com uma disputa interna com o senador Aécio Neves (PSDM-MG).

Questionado sobre a declaração do senador mineiro de que o PT foi dizimado nas eleições, Rui Falcão afirmou que "não costumo ficar opinando sobre opinião dos outros". "Fizemos uma menção à nota (que a executiva nacional soltou após o encontro) que diz que a vitória do Doria reforça as pretensões presidenciais do governador de São Paulo em sua disputa com o senador derrotado nas eleições de 2014", disse.

Integrantes da cúpula nacional do PSDB afirmaram nesta terça-feira, 4, que veem dificuldades um possível anúncio de apoio aos candidatos Marcelo Crivella (PRB) ou Marcelo Freixo (PSOL) no segundo turno da disputa pela prefeitura do Rio de Janeiro.

Após o resultados das urnas, que levou Crivella e Freixo para o segundo turno da disputa na capital fluminense, os dois postulantes iniciaram a busca pelo apoio dos concorrentes que foram derrotados. Na disputa, o PSDB lançou Osório, que ficou em sexto colocado com 8,62% dos votos válidos.

##RECOMENDA##

"A tendência não está muito longe do sentimento que o candidato Osório já externou. Há uma dificuldade de o PSDB em se identificar com qualquer uma das candidaturas, mas quero consultar primeiro outras lideranças locais", afirmou o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), após reunião com integrantes do partido em Brasília.

Aécio disse que na tarde desta terça-feira iria fazer uma conferência com a participação do presidente estadual do PSDB no Rio, Otávio Leite, para só depois anunciar, a decisão.

"Essa talvez seja a questão mais difícil para o PSDB resolver. (Não apoiar nenhum dos candidatos) é uma hipótese e acho que ela hoje é a mais predominante", afirmou o vice-presidente do PSDB e senador Tasso Jereissati (CE), que também participou do encontro dos tucanos.

PMDB

Na reunião, alguns integrantes da legenda consideraram como "surpreendente" o fato de o PMDB não ter conseguido chegar ao segundo turno na capital fluminense. O candidato peemedebista, Pedro Paulo, ficou no terceiro lugar com 16,12% dos votos.

"Impressionante. O Rio com Copa do Mundo, Olimpíadas, isso há dois meses atrás. (O PMDB) com o governo do Estado, a prefeitura... Foram muitos erros", considerou Jereissati.

A Executiva Nacional do PSB se reúne, nesta terça-feira (10), para deliberar sobre a participação em um eventual governo do vice-presidente Michel Temer (PMDB). O encontro, marcado para às 14h30 na sede do partido em Brasília, acontece um dia antes do Senado definir se instaura ou arquiva o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). 

Na semana passada, a legenda entregou uma série de sugestões para que o peemedebista norteasse a gestão dele. E apesar de não ter definido ainda se vai integrar o primeiro escalão do eventual governo ou não, algumas lideranças tem se articulado para ganhar o comando de algum ministério. A expectativa é de que seja o da Integração Nacional, já administrado pelo partido. Um dos nomes mais cotados é o do líder do PSB na Câmara, Fernando Filho.   

##RECOMENDA##

Mesmo com a possibilidade de integrar o quadro, uma ala do PSB – da qual o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, e o prefeito do Recife, Geraldo Julio participam – é contrária a ocupação dos cargos. 

“O PSB tem definição de que poda ajudar o governo Temer, mas a gente pode ajudar aprovando propostas no Congresso e dando sugestões, não necessariamente ocupando cargos. Este modelo [de troca de apoio] se exauriu. A contribuição maior que o PSB pode dar é com as nossas propostas que são muito boas”, chegou a pontuar Paulo Câmara em entrevista recente. 

O presidente do PMDB e vice-presidente da República, Michel Temer, rebateu nesta quarta-feira, 16, as críticas do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que classificou como um "horror" e um "retrocesso democrático" a resolução aprovada hoje pela Executiva Nacional determinando que todas as filiações de deputados terão de passar pelo aval do comando da sigla.

Renan disse que Temer tem, como presidente do partido, culpa neste processo que aumentará a divisão da bancada. "É correta a afirmação de que o PMDB não tem dono. Nem coronéis. Por isso, suas decisões são baseadas no voto. O resultado apurado na reunião de hoje da Executiva foi de 15 votos a favor da resolução e dois contrários, resultado revelador de ampla maioria. Decisão, portanto, democrática e legítima", afirmou o vice-presidente, em nota.

##RECOMENDA##

Michel Temer destacou que a Comissão da Executiva Nacional do partido é o órgão colegiado com plena competência para tomar decisões que preservem o "partido de manobras e artimanhas que quebrem artificialmente a vontade expressa legitimamente pelas suas instâncias internas".

"Neste momento, os disputantes da Liderança na Câmara dos Deputados buscavam filiar deputados transitórios apenas para assinarem lista de apoio. Isto fragilizaria o PMDB. Por isso, a decisão da Executiva de evitar tais procedimentos", disse Temer, referindo-se à disputa entre o atual líder, Leonardo Quintão (MG), e o destituído, Leonardo Picciani (RJ).

Assim como o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o presidente do PMDB articulou a derrubada de Picciani do cargo. O ex-líder dos peemedebistas havia indicado somente deputados pró-governo na comissão especial da Câmara que discutiria o impeachment.

Contudo, uma ação de bastidores de Cunha e Temer levou à aprovação de uma chapa avulsa com deputados mais favoráveis ao impedimento de Dilma e também para retirar Picciani da liderança. Na nota, Temer rebateu a ironia feita por Renan de que o ex-presidente da Câmara Ulysses Guimarães (PMDB) estaria tremendo na cova pela decisão de submeter novas filiações à cúpula do partido.

"O deputado Ulysses Guimarães foi a maior liderança do PMDB. Qualquer jovem peemedebista sabe que seu desaparecimento se deu em um acidente em Angra dos Reis, em 1992. Seu corpo repousa no fundo do mar e devemos manter o respeito à sua história e sua memória, sem evocar seu nome em discussões que em nada enobrecem seu exemplo de retidão, honestidade e decência para todo o PMDB", cutucou.

Em uma articulação costurada pelo vice-presidente Michel Temer e a ala do PMDB pró-impeachment, a Executiva Nacional do partido aprovou, na manhã desta quarta-feira (16) resolução obrigando que todas as novas filiações de deputados e senadores tenham de ser aprovadas pelo comando nacional da sigla. A decisão foi aprovada por 15 votos a favor e 2 contra. O vice-presidente da legenda, senador Valdir Raupp (RO), conduziu a reunião e se absteve de votar.

A medida, na avaliação de integrantes do partido, fortalece a posição de Temer e da legenda, uma vez que o objetivo da decisão foi barrar articulação da bancada do PMDB do Rio de Janeiro e do Palácio do Planalto para reconduzir Leonardo Picciani (RJ), pró-governo, à liderança do partido na Câmara. O parlamentar carioca foi destituído do cargo na semana passada, após deputados da ala pró-impeachment apresentarem lista com 35 nomes para indicar Leonardo Quintão (MG) ao cargo.

##RECOMENDA##

À cúpula da legenda chegou a informação de movimentação de que ao menos quatro deputados do Rio poderiam embarcar na sigla ou dar espaço para que suplentes do PMDB ingressassem na bancada, para dar apoio a Picciani.

A reunião da Executiva durou cerca de 30 minutos e ocorreu na sede da legenda, na Câmara dos Deputados. O senador Valdir Raupp substituiu o vice-presidente da República e presidente nacional da legenda, Michel Temer. O peemedebista desistiu de participar da reunião, na véspera, diante da possível retaliação da ala governista do partido, que ficou irritada com a proposta de mudar as regras das novas filiações.

Contrariado com a decisão da maioria, o deputado Leonardo Picciani afirmou que irá recorrer da decisão da Executiva na Justiça e reafirmou que pretende apresentar até o fim desta semana uma nova lista com apoio da maioria da bancada por sua recondução à liderança do PMDB.

"Creio que hoje a Executiva escreveu uma página triste da história do PMDB. O partido por decisão da maioria aprovou uma resolução ilegal, que vai ser contestada judicialmente, porque invade a competência do estatuto do partido, invade a competência da convenção. Tirar dos diretórios regionais a liberdade que sempre teve de processar filiações", disparou.

Raupp rebateu Picciani e afirmou que é "normal" que a Executiva Nacional possa avalizar filiações. Segundo ele, essa prática já ocorre na filiação de vereadores e deputados estaduais. "A resolução é para fazer uma espécie de filtros nas filiações, sobretudo de deputados federais", ressaltou o senador.

Desembarque

Segundo o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), que também participou da reunião, com a vitória esmagadora contra a interferência do Planalto no partido, a discussão em torno da antecipação de um desembarque do governo ficará em "stand-by". "A tentativa do governo de interferir no PMDB por meio de deputados de outros partidos não teve o efeito que eles gostariam. Com isso, a lista de diretórios estaduais pela antecipação, que já tem 12 assinaturas, fica de stand-by", ressaltou.

Começou por volta das 10h40 desta quarta-feira (16) a reunião da Executiva Nacional do PMDB na qual o partido pode aprovar resolução contra as chamadas filiações "oportunistas". O encontro acontece na sede nacional da legenda, que fica dentro da Câmara dos Deputados.

Com a ausência do vice-presidente da República e presidente nacional do partido, Michel Temer (PMDB-SP), a reunião está sendo presidida pelo vice-presidente nacional do PMDB, senador Valdir Raupp (RO).

##RECOMENDA##

O principal objetivo do encontro é votar resolução que poderá obrigar todas as novas filiações de deputados e senadores a passarem pelo comando nacional do PMDB. A ideia foi articulada por Temer e pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), em reunião na segunda-feira (14).

O objetivo é barrar articulação do Planalto e da bancada peemedebista carioca de trazer deputados de outros partidos para o PMDB para apoiar a restituição de Leonardo Picciani (RJ), pró-governo, à liderança da sigla na Casa.

Picciani foi destituído do cargo na semana passada, após articulação de deputados da ala pró-impeachment. Com aval de Temer, esses parlamentares colheram 35 assinaturas indicando Leonardo Quintão (MG) como novo líder do PMDB na Câmara.

A articulação para derrubar Picciani começou após o parlamentar carioca se recusar a indicar deputados antigoverno para algumas das oito vagas a que a legenda terá direito na comissão especial do impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Presenças

Além de Raupp, Quintão e Picciani, participam do encontro os deputados Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), Osmar Terra (PMDB-RS), o ex-ministro da Aviação Civil Eliseu Padilha (PMDB-RS) e o ex-ministro Geddel Vieira Lima - dentre outros membros da Executiva Nacional do partido.

Como já havia revelado o jornal O Estado de S. Paulo, Temer desistiu de participar da reunião diante da possível retaliação da ala governista do partido, que ficou irritada com a proposta de mudar as regras das novas filiações.

O vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB, Michel Temer, cancelou a sua participação na reunião da Executiva Nacional do partido marcada para esta quarta-feira (16). Ele decidiu não comparecer diante da possível retaliação de setores da ala governista que ficaram irritados com a proposta de mudar as regras de novas filiações à sigla e ameaçaram esvaziar o encontro.

"Eu represento dois votos na Executiva. Não vou a uma votação para dividir o PMDB", disse o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE). Temer tenta evitar que deputados migrem para o PMDB com o objetivo de reconduzir Leonardo Picciani (RJ) à liderança da bancada da Câmara. Na reunião de hoje, o grupo do vice tentará aprovar uma resolução determinando que filiações de deputados federais só ocorram com aval do comando nacional da sigla.

##RECOMENDA##

Trata-se de uma resposta à estratégia montada junto com o Palácio do Planalto. O governo quer o controle do comando da bancada para conseguir indicar os integrantes da comissão especial que analisará o pedido de impeachment.

A convocação da reunião irritou a ala do PMDB do Senado, que, por ora, tem se posicionado contra o impeachment. Tesoureiro do partido e líder no Senado, Eunício Oliveira (CE) afirmou que não vai ao encontro marcado por Temer.

Temer telefonou para Eunício ontem para convidá-lo para o encontro. No começo da noite, o senador também recebeu no seu gabinete o ex-ministro Eliseu Padilha, apontado como um dos principais articuladores políticos de Temer. Também foram ao encontro de Eunício o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o novo líder na Câmara, Leonardo Quintão.

'Loucura'

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), também tem criticado as ações de Temer. A um interlocutor próximo, o senador alagoano chegou a afirmar que o vice "cometeu uma loucura" ao marcar uma reunião da Executiva para hoje.

Na avaliação de Renan, a tendência é que o partido se divida ainda mais em relação às teses de manutenção de apoio ou rompimento com o governo. Apesar das críticas, Temer deve conseguir aprovar a resolução que determinará que novas filiações sejam submetida à Executiva da sigla. "Ele tem maioria no comando da sigla para fazer isso", disse o senador Valdir Raupp (PMDB-RO). Integrantes da ala governista do partido, porém, prometem desobedecer à resolução.

Em reunião com a executiva nacional do PT na manhã desta quarta-feira (30) na sede do partido, no centro de São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu mudanças na política econômica do governo e pediu que o PT não crie obstáculos à reforma ministerial desencadeada pela presidente Dilma Rousseff. Lula aproveitou o encontro para confirmar que vai a Brasília nesta quinta para um almoço com Dilma no qual serão discutidos os detalhes finais da reforma ministerial.

Segundo fontes que participaram da reunião, Lula voltou a defender mudanças na política econômica como forma de reconectar o governo com os setores historicamente ligados ao PT e que hoje estão descontentes com o ajuste fiscal promovido pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Conforme relatos, Lula disse que Dilma precisa fazer um gesto para "o nosso povo".

##RECOMENDA##

Ainda conforme relatos de participantes da reunião, Lula disse que o PT precisa aceitar a perda de cargos no primeiro escalão do governo. A reforma, de acordo com o presidente, é a maneira encontrada por Dilma de recompor uma base parlamentar que garanta maioria no Congresso e governabilidade à presidente. "Tomara que ela (Dilma) consiga", teria dito Lula, segundo um dos presentes no encontro.

Pedido

O ex-presidente falou durante quase duas horas à executiva petista. Além de comentar as ações do governo, Lula pediu empenho aos dirigentes do partido na defesa do PT e do governo. Ele estimulou os participantes do encontro a "se assumirem enquanto dirigentes" e viajarem pelo País "mesmo que seja de ônibus", a exemplo do que ocorria nos primórdios do partido.

A reunião atende a um pedido do presidente do PT, Rui Falcão, que vinha recebendo pedidos da executiva petista para uma conversa com o ex-presidente. Lula tem feito reiteradas críticas à direção petista que, segundo ele, tem perfil excessivamente burocrata, estaria mais empenhada nas disputas internas por espaço do que no futuro da legenda e não estaria à altura dos desafios do PT. O ex-presidente não se reunia com a direção petista desde o 5º Congresso Nacional do PT, realizado em junho, em Salvador.

Enquanto a Executiva Nacional do PT se reunia na sede nacional do partido em São Paulo para discutir a conjuntura nacional, permeada por uma das mais agudas crises que atingem a gestão do partido no governo, a poucos metros do local, o irmão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Frei Chico, almoçava e discorria sobre o cenário atual.

Na avaliação de Frei Chico, a legenda está encurralada e é preciso reagir para sair da atual situação. "Lula está triste (com toda a situação) e não podemos sacrificar a Dilma", disse, emendando que "é isso o que temos." Ele considerou ainda que a presidente Dilma Rousseff não deveria ir para a linha de frente defender o governo dos ataques que recebe.

##RECOMENDA##

Frei Chico afirmou acreditar que isso deveria ser feito pela equipe de ministros e líderes partidários no Congresso. No final da tarde desta quinta-feira, 17, a executiva nacional da sigla divulgará um documento com o posicionamento com relação ao novo pacote fiscal da administração federal, com a adoção de medidas como a recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) para cobrir o rombo do Orçamento de mais de R$ 30 bilhões em 2016.

O presidente do Instituto Perseu Abramo, Marcio Pochmann, esteve no encontro para falar sobre a conjuntura econômica, deixou a reunião mais cedo e não quis comentar com a imprensa a avaliação das medidas. "O Rui (Falcão, presidente nacional da agremiação), dará entrevista com essa avaliação", destacou.

A Comissão Executiva Nacional do PT está reunida nesta quinta-feira, 17, na capital paulista, para discutir, entre outros assuntos, o novo pacote fiscal anunciado pelo governo Dilma Rousseff e a reforma administrativa que será implantada por sua gestão.

A reunião ocorre em uma semana decisiva para o governo petista conseguir aval do Congresso Nacional para o seu pacote que visa equilibrar o rombo orçamentário de mais de R$ 30 bilhões. Dentre as medidas está a recriação da CPMF, uma das principais fontes de novas receitas que o governo federal espera obter.

##RECOMENDA##

Na reunião da Executiva Nacional, prevista para durar o dia todo, na sede nacional do partido em São Paulo, correntes de esquerda devem apresentar um texto que pede mudanças imediatas na condução da política econômica e na própria condução política do governo federal. Quem articula apoio ao texto é a Mensagem ao Partido, a segunda maior corrente do PT.

O ator Emile Hirsch, protagonista do filme "Na natureza selvagem" (2007), foi condenado nesta segunda-feira a 15 dias de prisão por agredir, em janeiro, uma executiva do estúdio Paramount no festival americano de cinema Sundance, informou a imprensa americana.

Durante uma audiência realizada em Park City, no estado de Utah, o artista se declarou culpado de ter atacado, no dia 25 de janeiro, a vice-presidente de conteúdo digital da Paramount, Daniele Bernfeld.

##RECOMENDA##

O ator chegou a um acordo com a promotoria que lhe permitiu escapar de uma pena de cinco anos de prisão.

Hirsch passará 15 dias na prisão a partir desta segunda-feira, além de permanecer 90 dias em liberdade condicional, pagar uma multa de 4.750 dólares e realizar 50 horas de trabalhos comunitários.

O ator reconheceu que seu comportamento, agravado pelo estado de embriaguez, "não tem desculpa" e pediu perdão à Bernfeld, segundo o site especializado www.deadline.com.

O Partido Socialista Brasileiro (PSB) começou a emitir convites para o ato em homenagem ao ex-governador Eduardo Campos, vítima de um acidente de avião em agosto de 2014. O ex-presidenciável será enaltecido na próxima segunda-feira (10), às 9h30, no Arcádia Paço Alfândega, bairro do Recife. A data marcaria o aniversário de 50 anos de Campos, caso estivesse vivo. 

A reunião extraordinária contará com a presença de governadores, parlamentares, prefeitos e presidentes estaduais do partido, além de líderes nacionais de outras legendas.

##RECOMENDA##

No ato, o professor e economista Paulo Rabello de Castro fará a conferência Tributo a Eduardo Campos e a Fundação João Mangabeira lançará uma coleção de livros com discursos feitos pelo ex-governador entre 2007 e 2014.  

[@#galeria#@]

Outras homenagens Fora a reunião com a cúpula nacional e demais políticos e militantes, no dia 12 de agosto, às 10h, em Brasília, Eduardo Campos será lembrado em sessão solene no plenário da Câmara dos Deputados. A homenagem foi proposta pelo deputado Luiz Lauro Filho (PSB-SP).

Já no dia 13, às 9h, o Senado Federal promove uma sessão especial em memória do ex-governador. O requerimento, de autoria do senador Roberto Rocha (PSB-MA), foi subscrito por 79 parlamentares. 

Além das homenagens politicas estão previstas duas missas que marcam um ano da morte do ex-líder do PSB: uma no dia 10 de agosto em São Lourenço da Mata e outra no dia 13 de agosto na Igreja de Casa Forte, Zona Norte do Recife. 

 

A nova executiva nacional do PSDB foi instalada nesta terça-feira (14), em Brasília, em reunião com o presidente da legenda, senador Aécio Neves. Após o encontro que contou com lideranças tucanas de Pernambuco, o parlamentar concedeu entrevista à imprensa e comentou sobre a atual conjuntura do País, a reforma política e os ajustes sugeridos pelo ministro da Fazenda Joaquim Levy. 

“Fizemos hoje a primeira reunião da nova Executiva Nacional. Dentre várias questões que foram tratadas, a primeira delas obviamente diz respeito ao momento que passa o país e a política brasileira, e reafirmamos conjuntamente o nosso respeito e nosso apoio às instituições”, contou Aécio. 

##RECOMENDA##

Recém-integrante da equipe nacional, o deputado federal Daniel Coelho (PSDB) comentou sobre as articulações das bancadas tratadas na reunião. “Teve a instalação o partido com a participação dos integrantes do ITV (Instituto Teotônio Vilela) que faz o debate do partido e começa o novo processo para poder afinar o partido nas bancadas e o quadro da renovação que ocorreu, com os novos deputados eleitos”, afirmou ao Portal LeiaJá. 

De acordo com o deputado, as próximas estratégias da legenda serão em prol das eleições do próximo ano. “Agora a gente vai tentar fortalecer o partido em relação às eleições municipais e vamos trabalhar neste sentido”, revelou. 

[@#galeria#@]

Aécio Neves aproveitou o momento para enaltecer as instituições dentro da sociedade. “Se há algo hoje no Brasil que funciona de forma efetiva são as nossas instituições, que devem obviamente, com serenidade e equilíbrio, fazer o seu trabalho. Sempre seremos guardiões das instituições, seja em relação a esses episódios que ocorrem hoje e em relação a todos os outros que estão por vir”, prometeu, disparando farpas ao PT. “Vejo em setores do PT uma preocupação exagerada com a ação do PSDB, e quero reiterar aqui: não se preocupem com o PSDB, preocupem-se em defender-se, em dar explicações ao TCU, ao TSE em relação a eventuais delitos que a partir das denúncias podem ter ocorrido. Repito que vamos nos manter sempre absolutamente nos limites da Constituição”, ponderou. 

Reforma política – Segundo o líder do PSD a reunião abordou também vários outros assuntos, como a reforma política, por exemplo. “Defenderemos o financiamento misto das campanhas eleitorais. Me preocupa um caminho que se aventa que pode restabelecer o caixa dois no Brasil, no momento em que se impede o financiamento privado. Vamos estabelecer limites e transparências para esse financiamento privado, que poderá ser dado apenas a partidos político até 2% do faturamento de cada empresa e no máximo 1/4 desse valor para determinado partido. Não há como uma empresa financiar apenas um partido político. De todas as propostas em discussão, essa nos pareceu até aqui a mais equilibrada, e é essa que estaremos defendendo a partir de agora”, declarou. 

O senador disse ter recebido um telefone do ministro Joaquim Levy, na noite dessa segunda-feira (13), sobre a proposta do governo que busca repatriar recursos que estão no exterior. “Acho que não há condições de que essa proposta, assinada pelo senador Randolfe e relatada pelo senador Delcídio, seja votada essa semana, como gostaria o governo. É algo complexo. Temos que examinar de forma clara o que ocorreu em outros países que tomaram essa decisão”, opinou. 

Segundo no tucano, o governo pede pressa em razão da necessidade de constituição de fundos que possam possibilitar a aprovação do projeto de unificação do ICMS, mas ele não é favorável que essa discussão seja feita agora. “Depois da nossa reunião da executiva de que da nossa parte nós não permitiremos a quebra do interstício. E mesmo que a maioria aprove a urgência para esse projeto, nós não permitiremos que ele seja votado essa semana para que possa ser discutido em profundidade”, alegou Neves. 

A política pernambucana dos tucanos ganhou destaque na 12ª Convenção Nacional do PSDB realizado neste domingo (5), em Brasília. Em meio aos principais líderes do partido, o deputado federal e líder da Minoria na Câmara, Bruno Araújo foi reeleito a vice-presidente nacional. Fora ele, o deputado federal Daniel Coelho (PSDB) entrou na equipe como um vogal da executiva e ex-deputada estadual, Terezinha Nunes (PSDB), garantiu a vaga como suplente.

Durante discurso, o parlamentar da oposição, Bruno Araújo, fez uma análise do governo do PT e soltou várias alfinetadas. “Estamos sob um governo que se elegeu na base da mentira. Um governo, que desde aquele fatídico domingo, quando grande parte dos brasileiros se frustraram com o resultado das urnas, de lá pra cá mais de um milhão perderam emprego. Nós estamos sob um governo que não teve critérios nem limites para impor uma reeleição ao custo do desemprego dos brasileiros, do fim do Pronatec, da perda de recursos do Fies”, disparou. 

##RECOMENDA##

[@#galeria#@]

Segundo o vice-presidente nacional do PSDB, além do PT ter mentido, “passou a mão no dinheiro público”. “Estamos sob um governo que mentiu para a sociedade e sob um partido que passou a mão no dinheiro público das estatais. O Brasil conhece uma presidente que mentiu, que não tem capacidade de gerenciamento, que não diz nada com nada, que a sociedade não compreende”, criticou, alegando unidade dentro de seu partido. “O PSDB está unido para enfrentar esse momento. Esse Brasil o PSDB não aceita. E pode ter certeza de que a nossa unidade nos fará sair dessa convenção cada vez mais fortes para continuar conversando com a sociedade e mostrando soluções”, reforçou. 

A ex-deputada estadual e atual presidente da Junta Comercial de Pernambuco (Jucepe), Terezinha Nunes aproveitou o discurso para também endossar as críticas a Dilma. “Estamos aqui para mostrar nossa unidade e mostrar, como mulheres, que essa mulher que está na Presidência não nos representa”, cravou. 

Para Daniel Coelho, a convenção serviu não apenas para fortalecer o PSDB em Pernambuco, mas também para demonstrar a unidade do partido em torno da liderança do senador Aécio Neves. Ele também comentou o desafio de integrar a Executiva Nacional. “Me senti muito honrado em ter sido um dos membros do partido escolhidos para integrar a Executiva Nacional do PSDB. Para mim, fazer parte da Executiva vai ser um grande desafio, e pretendemos contribuir com nossa visão de Brasil e de Pernambuco para o nosso futuro”, prometeu.

Na última convenção do PSDB, Pernambuco contava apenas com dois nomes integrando a Executiva nacional que era de Bruno Araújo e Sérgio Guerra - ex-deputado, falecido no início de 2014. Com a Inserção de Daniel Coelho o Estado ganhou mais uma representatividade na estância máxima da legenda. 

A cúpula nacional do PSDB se reunirá no próximo domingo (5) na 12ª Convenção Nacional do partido, no Centro de Convenções do Hotel Royal Tulip, em Brasília, onde o atual presidente da legenda, senador Aécio Neves, será reconduzido à liderança da agremiação por mais dois anos. Além da presidência, o partido definirá a composição da Executiva Nacional composta pelo presidente de honra do partido, seis vice-presidentes, um secretário-geral, primeiro e segundo secretários, tesoureiro e tesoureiro-adjunto, oito vogais, sete suplentes e os líderes na Câmara e no Senado, além do presidente do Instituto Teotônio Vilela (ITV).

Para o líder da Minoria na Câmara dos Deputados, Bruno Araújo (PSDB), a composição da executiva partiu de um entendimento de Aécio e do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. “Os dois se resolveram, compuseram espaços e trataram de tudo com antecedência. O PSDB chega à convenção do domingo já há semanas resolvido com as principais posições equacionadas, respeitando critérios geográficos e atendendo o partido nacionalmente. Aécio confirma novamente sua posição como presidente, Alckmin indica a secretaria-geral, cargo importante no partido, com o deputado Sílvio Torres, de modo que o partido chega ao domingo unido para ter posicionamentos contundentes em relação às atuais situações política e econômica do país, conduzidas pelo desgoverno da presidente Dilma”, avalia Araújo

##RECOMENDA##

O evento que deve reunir também militantes e simpatizantes dos tucanos é avaliado por Aécio como um momento de mostrar a força do PSDB em meio ao ciclo “perverso” do PT. “Para encerrar esse ciclo perverso de governo do PT e iniciar um outro, virtuoso, onde haja responsabilidade fiscal, desenvolvimento econômico e, principalmente, avanços sociais”, destacou, convidando para o evento. “Contamos com a sua presença para reafirmarmos, através da nossa unidade, que estamos prontos para mudar de verdade o Brasil”, frisou.

Com presença marcada no próximo domingo, a delegação pernambucana que participará do evento será comandada pelo presidente estadual e deputado, Antônio Moraes. Para ele, a expectativa para o encontro nacional é a de que “o partido, unido, encaminhe alternativas que atendam a confiança de todo povo brasileiro neste momento tão difícil”, destacou. 

Eleição – Além das principais lideranças, 528 delegados do PSDB com direito a voto, também serão responsáveis pela eleição dos integrantes da Comissão Executiva e do Diretório Nacional. No mesmo dia, o partido definirá os nomes dos membros do Conselho de Ética e Disciplina, do Conselho Fiscal, do Conselho Político e o presidente do ITV.

PSDB-Mulher – Neste sábado (4) o PSDB-Mulher fará a eleição da nova executiva, durante o 11º Encontro do Secretariado Nacional da Mulher. A atividade será realizada a partir das 16h no auditório do Hotel San Marco, em Brasília. Após a eleição, o segmento fará a entrega da Medalha Ruth Cardoso.

A premiação, bienal, homenageia mulheres e entidades que colaboraram para a criação ou implementação de ações e programas de promoção social, econômica, política e cultural, em prol da defesa dos direitos femininos, no combate à discriminação e às desigualdades de gênero.

A Comissão Executiva Nacional (CEN) do Partido Socialista Brasileiro (PSB) aprovou, nesta quinta-feira (18), o projeto para a realização da I Conferência Nacional Política e Programática do partido a ser realizada em novembro de 2015. No encontro da cúpula socialista, em Brasília, também ficou decido que haverá um seminário da legenda no Recife no próximo dia 3 de julho, além de ter sido articulado um evento regional no mês de agosto em homenagem aos ex-governadores de Pernambuco Miguel Arraes e Eduardo Campos. 

A expectativa é que Pernambuco sedie, no mês de agosto, um dos cinco encontros regionais preparatórios para a I Conferência Nacional Política e Programática do PSB, programada para ocorrer no final de novembro. O evento deve relembrar as atuações políticas de Campos e Arraes, falecidos em 13 de agosto de 2014 e 13 de agosto de 2005, respectivamente. 

##RECOMENDA##

A realização da agenda em Pernambuco foi proposta pelo senador Fernando Bezerra Coelho (PSB), durante a reunião. “Esta será a oportunidade para prestarmos uma grande homenagem a eles. Não para chorarmos; mas, para lembrarmos e nos animarmos com as ideias, a visão e a luta de Arraes e Eduardo”, ressaltou.

Conferência Nacional - Ainda com local a ser definido, um dos temas que deve ser incluído nos debates é a segurança hídrica, bandeira defendida por Fernando Bezerra Coelho. Além disso, os líderes partidários debateram também outros assuntos como, por exemplo, as eleições municipais de 2016. “Nosso partido tem projetos para 2016. Vamos ter candidaturas próprias, e principalmente competitivas, em pelo menos 15 capitais. O nosso quadro político e eleitoral é muito promissor”, afirmou o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira.

Para o socialista este é o momento propício para discutir acerca das estratégias políticas do PSB para os próximos quatro anos e aprofundar temas essenciais ao desenvolvimento social, econômico e político do país, por isso, no documento elaborado foram pontuados sete temas centrais, que se dividem em vários subtemas, a serem debatidos nas conferências. São eles:

•        Estado e a Democracia;

•        Novo Federalismo;

•        Economia para o Desenvolvimento Sustentável e Integral;

•        Economia Criativa;

•        Educação, Cultura e Inovação;

•        Políticas de Combate e Enfrentamento à Pobreza;

•        Novo Urbanismo e o Pacto pela Vida;

Durante a reunião também foi confirmada a realização, no Recife, no próximo dia 3 de julho, do seminário “Diálogo Brasil – Uma Reflexão sobre a Crise e os Caminhos Democráticos”. A programação já passou por São Paulo, Brasília e Porto Alegre. 

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando