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A jurista Janaína Paschoal, uma das autoras do processo que baseou o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), questionou, nesta segunda-feira (16), o apoio dos parlamentares petistas à ocupação do triplex no Guarujá (SP), atribuído ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como pagamento de propina da empreiteira OAS. 

“É surreal ver parlamentar do PT aplaudindo a invasão do triplex. Eu não sei como esse partido ainda existe”, disparou Janaína, em publicação no Twitter. O local foi ocupado na manhã de hoje por membros do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e a Frente Povo Sem Medo.

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Ela não foi a única a criticar a ocupação nas redes. "O Triplex é do Lula, mas não o prédio. Existem diversos moradores que não têm culpa nenhuma do último andar ter sido destinado ao líder petista", refutou o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson.

A ocupação do triplex do Guarujá aconteceu no início da manhã de hoje. Cerca de 30 membros do MTST estão dentro do apartamento e exibem faixas com frases como "Se é do Lula é nosso!" e "Se não é por que prendeu?". Além dos que já entraram no prédio, um grupo também está em frente ao triplex entoando palavras de ordem como “ou solta o Lula ou não vai ter sossego”. 

O ex-presidente Lula está preso desde o último dia 7 na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. Ele foi condenado a 12 anos e um mês de prisão, em regime fechado, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. De acordo com a sentença, dada pelo juiz Sérgio Moro e confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª região (TRF4), Lula recebeu R$ 2,2 milhões da OAS em troca de contratos com a Petrobras.

Em resposta ao recurso de Janaina Paschoal por sua reprovação no concurso de titularidade, professores da banca da Faculdade de Direito alegam que sua atuação no impeachment de Dilma Rousseff não tem valor para uma avaliação acadêmica. Na petição, os examinadores afirmam ainda que ela está "inconformada por não ter sido dado destaque ao seu papel no impeachment".

Reprovada no concurso em setembro, a autora do pedido de impeachment entrou com um recurso que será analisado nesta quinta-feira, 30, na Congregação da faculdade.

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A petição conjunta dos professores Salomão Shecaira, presidente da banca, e Renato Silveira, afirma em um trecho que "a recorrente mostra-se inconformada por não ter sido dado destaque ao seu papel no impeachment, a sua luta pelo povo da Venezuela, ao fato de integrar o Conselho Seccional da OAB, do Conselho Penitenciário e de Política Criminal". Todos esses foram pontos citados por Janaina como serviços prestados à comunidade, em seu memorial.

Mais além, o documento diz: "Nota-se, contudo, que atuações em relação ao impeachment ou à questão da luta pelo povo da Venezuela não se mostram, segundo o entendimento dos subscritos, aptos para avaliação para fins universitários."

Professora na instituição desde 2003, ela concorreu com três docentes para duas vagas de titularidade, e foi a última colocada. Em outubro, Janaina disse ao jornal O Estado de S. Paulo ver perseguição dentro da faculdade. O seu recurso pede que a instituição corrija as notas de seus memoriais e que instale uma comissão para apurar o que chamou de "falta de originalidade" na tese de Alamiro Velloso, primeiro colocado.

"Não é que eu queria que destacassem minha participação no impeachment. O que eu não acho justo é que, por não gostarem das minhas ideais, eles desmereçam todo o meu trabalho e escrevam em um parecer, que é um documento público, que eu não presto serviços à comunidade", afirmou a professora.

Tese

Apesar dos pedidos de retratação do memorial, o principal motivo da reprovação de Janaina, em que obteve as notas mais baixas, foi a sua tese - Direito Penal e Religião: as várias interfaces de dois temas que aparentam ser estanques. Na petição, os professores a classificaram como de "lamentável profundidade".

A Congregação votará nesta quinta o parecer do relator, professor Flávio Yarshell. Qualquer membro pode pedir vista, mas, se a votação for encerrada hoje, ainda cabe recurso no Conselho Universitário - última instância administrativa da USP.

Pedalada

O órgão também vai analisar hoje o caso do professor José Maurício Conti, um dos especialistas em Direito Financeiro responsáveis por apontar crime de responsabilidade de Dilma Rousseff nas pedaladas fiscais durante o impeachment. Ele foi reprovado em concurso de titularidade do Departamento de Direito Econômico, Financeiro e Tributário no fim de outubro, após ter contestado e judicializado a banca examinadora. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Reprovada no concurso para professora titular da Universidade de São Paulo (USP), uma das autoras do pedido de impeachment de Dilma Rousseff, Janaina Paschoal, vê "perseguição" no processo. Ela leciona na Faculdade de Direito desde 2003 e concorreu com três colegas a duas vagas de titularidade- último degrau da carreira acadêmica - e ficou em quarto lugar. Janaina entrou com recurso no qual pede a anulação da disputa e diz que o primeiro colocado apresentou um trabalho sem originalidade, um requisito para a aprovação.

"Não tenho como negar a perseguição, não é só política. É maior do que isso, é de valores mesmo", afirmou Janaina. "Eu já sabia que não teria a menor chance de ganhar pelas questões políticas, eu já esperava ser reprovada. Eles me veem como uma conservadora", disse a docente. A direção da faculdade, no entanto, negou quaisquer irregularidades no concurso.

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O resultado da disputa saiu em setembro e a professora, à época, disse em sua conta no Twitter que "ganhou em último". Janaina recebeu as notas mais baixas dentre os professores avaliados, entre 3,5 e 6 - de dez pontos possíveis. No microblog, ela afirmou que não iria recorrer, mas, depois de receber ligações de antigos professores da instituição alertando, segundo ela, para a estranheza das notas tão baixas, procurou se "informar mais".

Janaina apresentou uma petição ao diretor da faculdade, José Rogério Cruz e Tucci, para que ele analisasse o que ela chamou de "inverdades". A professora alegou que tem 28 livros publicados e que a banca examinadora - formada por cinco professores - não reconheceu sua produção.

A professora também recebeu notas menores às dos outros concorrentes quanto à prestação de serviços à comunidade. "Fui presidente do Conselho de Entorpecentes de São Paulo, estou na segunda gestão como membro do Conselho Seccional da OAB-SP, tudo de graça. Dá um Google no meu nome, vê o tanto de entrevista que dei sobre assuntos de interesse à comunidade. Como podem afirmar que não presto serviços?"

Na petição, Janaina solicitou que as "inverdades" nos pareceres da banca fossem corrigidas, a instauração de uma comissão isenta para apurar as irregularidades que apontou e ainda requereu falar à Congregação - órgão colegiado que homologa concursos. Após o pedido ser indeferido, ela apresentou um recurso na quinta-feira passada - dessa vez, pedindo a anulação do concurso. Se não for aceito, disse que vai judicializar.

Tucci chamou os pedidos de Janaina de "absurdos". "Tomada pela síndrome da perseguição, colocando-se no centro do mundo, a professora Janaina procura atacar a todos. Aliás, não é a primeira vez que isso acontece", afirmou. O diretor da faculdade disse que, antes do concurso, todos foram chamados e apresentados à banca, e ninguém, nem Janaina, a contestou.

Suspeita

Apesar de não usar a expressão "plágio", que gera muita controvérsia, segundo a própria Janaina, a docente acusou o primeiro colocado, Alamiro Velludo, de ter copiado ideias do doutorado de Leandro Sarcedo, de 2015. O título do trabalho supostamente plagiado é Compliance e Responsabilidade Penal da Pessoa Jurídica, e a tese de Velludo é Responsabilidade Penal da Pessoa Jurídica.

"É engraçado até, porque, se for procurar títulos acadêmicos com 'responsabilidade da pessoa jurídica', vai ter mais de mil. É um macrotema", afirmou Sarcedo. "Não houve plágio. Enquanto busco fundamentar a legitimidade de um sistema de punição de pessoas jurídicas, o professor Alamiro desenvolve tecnicamente os critérios de imputação", afirmou. Segundo ele, desde que Janaina começou a postar na internet sobre o assunto, recebe quatro ou cinco mensagens por dia.

Já Velludo disse que recebeu as queixas com "muita tristeza e insatisfação". "Não vejo nisso outra hipótese que não a tentativa de não aceitar o resultado da faculdade", afirmou o professor. Ele citou as mesmas diferenças nas teses apontadas por Sarcedo. "Ela só juntou duas capas de livros, que nem sequer seriam iguais, só semelhantes. Isso mostra absoluto desconhecimento."

Mais além, Janaina disse que um dos pivôs dessa crise é seu chefe de departamento, Sergio Salomão Shecaira. Enquanto ela foi uma das autoras do impeachment, ele subscreveu manifesto de juristas a favor de Dilma. A professora disse que a perseguição de valores que sofre é porque é "contra a legalização das drogas, do aborto, da liberação de traficantes e da abertura das prisões" e porque trata de temas que não agradam aos docentes. A sua tese de titularidade era Direito Penal e Religião: as várias interfaces de dois temas que aparentam ser estanques.

"Olhe no meu (currículo) Lattes. Eu nunca falei nem contra nem a favor de nenhum dos temas que ela menciona. Escrevi uma vez sobre drogas, mas nunca defendi liberação de traficantes", disse Shecaira. O professor também é posto em suspeição por ter sido o único que votou contra a aprovação de Janaina em concurso anterior, de livre-docência. Na titularidade, ele foi o docente que lhe concedeu a maior nota, 6.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A advogada Janaina Conceição Paschoal, autora do pedido de impeachment de Dilma Rousseff ao lado dos juristas Miguel Reale Jr. e Hélio Bicudo, disse que hoje se sente "mais madura, mais velha e mais tolerante". Segundo ela, o Brasil saiu "maior" do processo de cassação da petista.

Professora de Direito Penal da USP, Janaina disse que tem o "sentimento de ter cumprido uma missão". A rotina, apesar do assédio e das polêmicas nas redes sociais, é a mesma: aulas, bancas, concursos. Para ela, Temer perdeu a "oportunidade" de ser um "estadista". Leia trechos da entrevista:

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O que mudou na sua vida nesse último ano?

Vida normal. Eu me sinto uma pessoa mais madura, mais velha em todos os sentidos, mas a vida segue normal. Dou aulas normalmente, nada mudou. Você fica mais tolerante depois de passar por tudo aquilo. Eu já era tolerante, e fiquei ainda mais tolerante.

Como avalia sua responsabilidade nesse processo?

Sobre o crime dos outros, eu não tenho responsabilidade nenhuma. Sinto um alívio muito grande, um sentimento de ter cumprido uma missão. Não me omiti, esse é o sentimento. Responsabilidade é forte demais. Trabalhei para que um comportamento ilícito tivesse consequência. O meu sentimento é de tranquilidade porque ter feito o que precisava.

Qual o balanço a senhora faz dos rumos do governo Temer nesse período?

É importante deixar bem claro que, quando eu pedi o impeachment da presidente, não foi com o objetivo de colocar Temer no poder. Pedi o impeachment por força dos crimes que foram cometidos. E o PT tinha convidado Michel Temer (para ser vice). O problema que eu vejo é que Temer poderia ter aproveitado essa oportunidade histórica para ser um estadista. Os fatos mostram que não foi assim.

O que faltou para Temer se tornar um estadista?

O problema foi a mala (entregue por um executivo da JBS ao ex-assessor do presidente Rodrigo Rocha Loures). Aconteceu algo na vida dele que dá a oportunidade de ele dar uma virada. E o sujeito pega esta oportunidade e joga no lixo. É muito grave. Nada do que ele faça na economia, em qualquer campo, nada vai apagar a mala.

Como vê o trabalho do STF, do MPF e da PF contra a corrupção?

Tenho algumas divergências pontuais, mas elas não impedem de reconhecer o mérito do trabalho do Ministério Público, da Polícia Federal, dos juízes. Com relação ao STF, tenho grandes preocupações.

Quais preocupações?

O discurso de alguns ministros é um discurso que vai no sentido de anular tudo.

Quais ministros?

As decisões do ministro (Ricardo) Lewandowski, do ministro (Dias) Toffoli, algumas libertações que eu acho que as pessoas não seriam libertadas se não fossem importantes. Agora, o discurso mais assustador é o do ministro Gilmar Mendes. É muito assustador.

E em relação à PF e ao MP que terá uma nova chefe?

Nunca soube de nada que desabonasse a doutora Raquel (Dodge). Em relação à polícia, as mudanças (na Lava Jato) não são algo assim tão incomum. No Supremo, o risco é total. O Supremo hoje é o maior perigo que o País corre nesse processo.

Passado um ano, como o Brasil saiu desse processo?

O Brasil saiu maior, porque mostrou que a gente tem a capacidade de enfrentar a nossa triste realidade.

Se a senhora for chamada ou sentir que algo precisa mudar entraria novamente numa briga tão grande quanto foi aquela?

Eu acho que sim. Mas tem de ser uma coisa que eu entenda que seja determinante para o País, como eu entendi que era naquele momento. No caso do Temer, a OAB já tomou a frente. Eu acredito que, a depender do rumo, eu entro de novo, sim.

Pretende entrar na política?

Na vida político-partidária, não tenho pretensão, mas na vida política, sim. Sou engajada há muito tempo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A advogada Janaína Paschoal, uma das autoras do pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), lamentou na manhã desta sexta-feira (19) as denúncias contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG), candidato derrotado à Presidência em 2014.

"Em profunda tristeza, não por mim, mas por Tancredo Neves, entendo que seu neto não tem mais condições de compor o Senado Federal", declarou a advogada em uma série de postagens no Twitter. "Como se mancha o nome de um verdadeiro herói nacional, um mito, por dinheiro? O nome tem peso. O neto de Tancredo não poderia ser um político como outro qualquer."

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A delação de Joesley Batista, da JBS, revelou que o empresário gravou Aécio pedindo R$ 2 milhões para sua defesa na Lava Jato. O valor teria sido entregue em espécie ao primo do tucano, que teria tratado de entregá-lo a uma empresa do filho do senador Zezé Perrella (PMDB-MG) em Belo Horizonte. Segundo as investigações, Andrea Neves, presa na manhã de quinta-feira (18) em Belo Horizonte, foi quem articulou o encontro entre o irmão e Joesley.

"Quando pedi o impeachment da Presidente Dilma, eu disse que também pensava em seus netos. E eu estava falando a verdade", escreveu Janaína Paschoal. "Naquele momento, pensei nos netos; neste, penso no avô. Não consigo parar de refletir sobre a decepção de Tancredo".

Autora do processo que resultou no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), a jurista Janaína Paschoal afirmou, na noite desta quarta-feira (17) nas redes sociais, que se os diálogos gravados pelos donos da JBS se confirmarem "não têm condições" de o presidente Michel Temer (PMDB) e o senador Aécio Neves (PSDB) permamecerem em seus cargos. Sob a ótica de Janaína, a situação "é muito grave", mas apesar disso, ela minimiza ao ponderar que o caso trata-se de "crimes comuns". 

"Conversei com Dr. Hélio Bicudo, entendemos que o caminho mais breve é o STF. Os telefonemas indicam crime comum.  Em caso de crime comum, a depender do que já há, o PGR denuncia, o STF recebe a denúncia e afasta o presidente. Não é necessário pedir impeachment, muito embora caiba, se as gravações se confirmarem", observa, em publicações no microblog.

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Janaína também pede que o Supremo Tribunal Federal divulgue "imediatamente" os áudios. "O povo tem direito a conhecer o conteúdo das gravações", ressalta. E dá um conselho a presidente da Alta Corte do país: "Peço ao Ministro Fachin que divulgue os áudios e que a Ministra Carmen Lúcia se prepare para assumir a Presidência".

Dizendo ainda que não se arrepende de ter defendido o impeachment de Dilma, Janaína diz que os eventuais crimes de Aécio e Temer não minimizam as responsabilidades da petista. Se os crimes de Temer e Aécio se confirmarem, os crimes de Dilma e Lula não ficam menores. Digo desde o início: caia quem tiver que cair...  Já me perguntaram se me arrependi de pedir o impeachment de Dilma. Não! [sic] Essa limpeza toda era necessária", frisa.

Por fim, a jurista reconhece que a situação do senador Aécio Neves "é mais grave". "Pelos áudios, para se defender nos 5 inquéritos, ele teria pedido dinheiro para pagar o advogado", observa e conclui pregando que "iependentemente do que venha a aparecer, nosso país é forte e sairá dessa situação mais forte".

A jurista Janaína Paschoal, autora do processo que resultou no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), recomendou, nesta sexta-feira (24), que o presidente Michel Temer (PMDB) fizesse uma “limpeza” no governo e afastasse os seus auxiliares mencionados nas delações da Operação Lava Jato. 

“Desde o início deste governo, eu venho dizendo que o presidente não deveria aguardar os escândalos para afastar os delatados. Apesar de não ser teimoso como era Dilma, que não afastava ninguém, melhor seria se Temer se antecipasse, fazendo a devida limpeza”, ponderou a jurista.

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Segundo ela, “cada escândalo” envolvendo membros da gestão só enfraquece o governo. “Isso só prejudica o país. Não é possível que não haja técnicos, não mencionados nas delações”, destacou.

Janaína também comentou sobre a escolha do deputado Osmar Serralho (PMDB) para o comando do Ministério da Justiça. “Gostei da escolha para o Ministério da Justiça. O atual ministro foi um dos responsáveis por desvendar o esquema do Mensalão. Não tem sentido, por um lado, nomear Ministro que desvendou o esquema e, por outro, contemplar quem acusou o STF de julgar politicamente. Espero que o Ministério da Justiça não seja dividido. Isso afrontaria a Lei de Responsabilidade Fiscal e a lógica”, avaliou.

Com a situação crítica da segurança pública do país, inclusive tendo a polícia militar com atividade reduzida em Pernambuco e em greve no Espírito Santo, a jurista Janaína Paschoal, autora do processo que resultou no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), defendeu o armamento feminino como solução. De acordo com Janaína, “as mulheres são mais disciplinadas” que os homens e não vão “usar as armas à toa”.

“Vamos armar as mulheres e marido folgado não vai bater na esposa, noiva, companheira, namorada. Vamos armar as mulheres e cabra safado não vai querer fazer graça! O Brasil vai reduzir vertiginosamente os estupros. Vamos armar e treinar as mulheres. Com certeza, elas não usarão as armas à toa. Vão usá-las quando preciso para defender a família”, argumentou Janaína, em publicação no Twitter.

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Apesar de declarar ter votado contra o armamento no referendo de 2005, a jurista considera que não adiantou. “A lei não proíbe completamente o porte, nem a licença. Mas os procedimentos administrativos sim. Aumentaram os estupros, os latrocínios, os roubos, os assaltos a domicílios. Surgiram os arrastões em prédios e restaurantes Os entusiastas do desarmamento se apegam a uma suposta diminuição nos homicídios. Ora, são mais de 60 mil por ano”, ponderou. 

Sob a ótica de Janaína, a “polícia em greve” gera uma “criminalidade desenfreada” e faz com que a população se tranque em casa. “Estou defendendo abertamente armar as mulheres brasileiras. Treiná-las, para que elas possam se defender e defender suas famílias. Armando as mulheres, os engraçadinhos saberão que serão recebidos à bala”, pontuou.

A advogada e professora de direito penal Janaina Paschoal, uma das autoras do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, afirma que a proposta costurada na Câmara dos Deputados para anistiar o crime de caixa dois funcionaria também para proteger políticos de acusações de falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

Ainda segundo a advogada, a movimentação na Câmara representa "perigos concretos à Operação Lava Jato e a muitas outras". Ontem, deputados tentaram inserir uma emenda que trata da anistia no pacote anticorrupção que tramita na Câmara, projeto originalmente proposto pelo Ministério Público Federal e levado ao Congresso na forma de um projeto de iniciativa popular que reuniu dois milhões de assinaturas.

Com a falta de consenso e a polêmica, a votação que ocorreria no plenário sobre o tema foi adiada. A emenda elaborada pelos deputados falava "em eximir de punições criminais, eleitorais ou cíveis todo aquele que recebeu doação, declarada à Justiça ou não (caixa dois), para fins eleitorais e partidários até a publicação da lei". A redação discutida também menciona doação "omitida ou ocultada de bens, valores ou serviços".

"Essa redação é bastante ampla", critica Paschoal. "Note que ela não trata apenas do recebimento de valores. Ela abrange a contabilização, a declaração e a omissão dos valores recebidos. Isso impacta diretamente no crime de falsidade ideológica do Código Eleitoral", afirmou. "Além de falar na contabilização dos valores, a cláusula trata da ocultação de bens. A ocultação está diretamente relacionada ao crime de lavagem", acrescenta.

Deputados pretendem, com a inclusão da emenda, dar argumento jurídico de defesa aos alvos da Lava Jato, já que a maioria dos políticos acusados de receber recursos desviados da Petrobras, via empreiteiras, afirmam ter usado o dinheiro em campanhas ou atividades partidárias. Ou seja, eles argumentariam judicialmente que em vez de serem processados por crimes já existentes, como corrupção e lavagem de dinheiro, eles têm que ser enquadrados na nova tipificação do caixa dois.

CRIME E ANISTIA– Do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sobre o projeto de anistia do caixa 2: "A nossa obrigação é, de cabeça erguida, discutir essa matéria, que eu disse, desde o início, que, votada na comissão, estaria pronta para ser votada no plenário em seguida. E vamos acabar com essa discussão de anistia. Não há anistia de um crime que não existe. Isso é só um jogo de palavras para desmoralizar e enfraquecer o parlamento brasileiro. Temos a nossa responsabilidade e de hoje até terça-feira, ouvindo todos os líderes, todos os parlamentares que quiserem participar, e ouvindo os presidentes de partido, nós vamos tomar uma decisão sobre essa matéria".

Risco de nova eleição – O Tribunal Superior Eleitoral agendou para a próxima terça-feira o julgamento da pendenga judicial sobre o resultado da eleição em Água Preta, na Mata Sul do Estado. Ali, o mais votado, o ex-prefeito Eduardo Coutinho (PSB), que

venceu o prefeito Armando Souto (PDT) por uma diferença de 513 votos, é acusado de improbidade administrativa em processos relacionados à rejeição de suas contas pela Câmara Municipal. A tendência, segundo um advogado que acompanha o caso, é que o TSE decida por uma nova eleição.

TSE limpa a pauta- O TSE julgou, ontem, mais dois casos pernambucanos relacionados ao pleito municipal deste ano: Cabrobó, no Sertão, e Riacho das Almas, no Agreste. Na primeira, validou a vitória do candidato da oposição, Marcílio Cavalcanti, do PMDB, o mais votado, mas não reconhecido por um recurso questionando prazo de filiação. Em Riacho, o prefeito Mário da Mota (PSB), reeleito por uma diferença de apenas cinco votos, foi absolvido, por unanimidade, de uma acusação relacionada a uma conta rejeitada em sua gestão.

Fim das coligações– Na avaliação do senador Armando Monteiro (PTB), a proposta do Senado, já aprovada, que acaba com as coligações partidárias nas eleições de 2018, ataca frontalmente a origem das distorções do atual sistema político e contribui para minimizar a questão da fragmentação partidária no Brasil. “A PEC 36 representa um avanço importante para o aperfeiçoamento do sistema político e de representação do País", analisa. A formação de coligações, segundo ele, permite, em alguns casos, eleger candidatos sem voto ou que não têm identidade do ponto de vista programático com as legendas coligadas.

Gari destacado em TV – Um dos principais personagens da série “Fenômenos eleitorais”, o vereador Jacky Leoni (PSDB), campeão de votos para a Câmara de São Caetano, no Agreste, que este blogueiro está levantando no Nordeste como grandes surpresas nas eleições deste ano, ganhou destaque na TV-Jornal-SBT. A reportagem, muito bem produzida e editada, ocupou 7 minutos em rede estadual e deve ganhar espaço em um programa de rede nacional.

CURTAS

DESEMPREGO– De acordo com informações do Ministério do Trabalho, no mês passado houve 74.748 demissões a mais do que contratações. Apesar de negativo, o resultado do mês passado foi melhor que o de outubro de 2015, quando foram fechados 169.131 postos de trabalho, o pior resultado para esse mês desde o início da série histórica do Ministério do Trabalho, em 1992.

EDUCAÇÃO– Sub-relator para a área de Educação da proposta de orçamento para 2017, o deputado estadual Romário Dias (PSD) apresentou seu parecer com mais de R$ 5 milhões em emendas aprovadas. No total, o orçamento para o setor é o mesmo deste ano: R$ 3,7 bilhões. “É justamente por meio da Educação que temos um País mais desenvolvido, por isso, não poderia me furtar de incorporar essas emendas que fortalecem ainda mais esta área”, diz.

Perguntar não ofende: Os ônibus também vão aderir à paralisação de hoje no Grande Recife?

Autores do pedido de impeachment que culminou com a cassação de Dilma Rousseff da Presidência, a advogada Janaina Paschoal e o ex-ministro da Justiça Miguel Reale cobraram nesta quarta-feira (23) medidas do presidente Michel Temer em relação ao ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, no episódio que levou à demissão de Marcelo Calero do Ministério da Cultura.

Sem citar o nome do ministro, Janaina comparou a condução do caso por Temer à forma com que, segundo ela, sua antecessora tratava desvios de conduta de seus subordinados. "Os sinais indicam que o presidente pretende trilhar o caminho de sua antecessora, passando a mão na cabeça de quem precisa ser afastado."

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Um dos autores do código de conduta da alta administração e integrante da primeira composição da Comissão de Ética Pública da Presidência na gestão de Fernando Henrique Cardoso, Reale disse que o homem forte do presidente Temer infringiu um ponto básico do documento. "Sem dúvida nenhuma existe um conflito de interesse, que é o ponto básico sobre o qual se baseia o código de conduta da alta administração. É uma infração", disse em entrevista ao Estado. O jurista evitou, porém, opinar sobre qual seria a punição ideal ao ministro pelo episódio.

"Cabe ao presidente tomar alguma medida de repreensão. A Comissão de Ética não impõem sanção ao ministro, mas sugere."

Geddel foi acusado por Calero de pressionar para que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), órgão subordinado à pasta da Cultura, autorizasse a construção de um empreendimento em Salvador próximo a patrimônios tombados. O ministro admitiu ter adquirido um apartamento no condomínio. O imóvel é avaliado em mais de R$ 3 milhões.

'Providências'

Já Janaina, advogada e professora da Universidade de São Paulo (USP), foi além e afirmou que "para conduzir o Brasil, um verdadeiro líder precisa ter a sensibilidade de notar que o País mudou". "Sei que o presidente Michel Temer já manifestou que não pretende afastar pessoas com base, apenas, em alegações. Dilma também dizia isso.", escreveu ela em sua conta no Twitter.

Em outro post, ela prosseguiu. "Não adianta o governante se apegar ao princípio da presunção da inocência. Esse princípio vale para o processo penal, não para gestão pública."

A advogada afirmou que, "por mais que um presidente da República goste e confie em determinadas pessoas, ele tem o dever de tomar providências diante de denúncias".

Protagonista de discurso inflamado no julgamento do impeachment no Senado, Janaina voltou a lembrar a presidente cassada em sua última postagem. "O primeiro crime de responsabilidade atribuído a Dilma foi não afastar os envolvidos no escândalo do Petrolão, nunca vou cansar de lembrar." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A advogada e professora da USP Janaina Paschoal, uma das autoras do processo de impeachment de Dilma Rousseff, está convicta de que a Rússia tem planos de atacar o Brasil em breve.

Em seu Twitter, Janaina explicou seus motivos: "Com a construção de uma base militar russa, na Venezuela, uma posição firme do Brasil já não é só questão humanitária, mas de defesa. Putin tem pouco mais de 60 anos, pode ser idoso, pela lei brasileira. Para fins políticos, é um adolescente. Imperialista, ninguém nega.

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Com uma base militar na Venezuela, Putin está a um passo de atacar o Brasil. Estão rindo? Estou falando sério. Bem típico: fazer a pessoa passar por burra, para que ela se cale. Mas comigo não!".

Uma das autoras do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), a jurista Janaína Paschoal recomendou, nesta quinta-feira (1º), que os partidos aliados não recorressem à decisão do Senado Federal de manter os direitos políticos da petista. Sob a avaliação dela, qualquer tipo de impugnação ao que ficou definido pelos senadores durante o julgamento encerrado nessa quarta (31) beneficiaria o PT. 

“Na denúncia, nós pedimos o afastamento e a inabilitação por oito anos. Conseguimos o primeiro. Para mim, era o que mais importava. O que eu tenho falado desde o início? O processo é jurídico-político. A parte jurídica afastou Dilma; a política teve compaixão”, observou, em publicação no Twitter. “Qualquer tipo de impugnação à decisão tomada, ontem, pelo Plenário do Senado, somente ajudará o PT. É justamente isso que eles querem”, acrescentou. 

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A jurista também pontuou que “se, pela acusação, alguém recorrer da decisão do Senado, automaticamente, legitimará o recurso da defesa”. “Estará caindo na armadilha”, disparou, contando ter ouvido muitos senadores “revoltados” com a separação dos quesitos do julgamento. 

“Muitos senadores ficaram com pena de Dilma e não retiraram seus direitos. Houve vários comentários de que ela estaria deprimida com a perda dos direitos... Eu fiz tudo o que podia e acredito que fiz certo. Não posso controlar as ações de partidos, nem de políticos. Mas posso aconselhar”, salientou. 

Após o fim da sessão que resultou no impeachment de Dilma Rousseff, a jurista Janaína Paschoal, uma das autoras do processo, enviou uma recado para o novo presidente, Michel Temer. "Ele tem uma dívida comigo. Ele me deve ser o maior presidente de todos os tempos", disse a advogada.

Janaína mandou o recado pelo telefone de um assessor parlamentar do Senado para o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, um dos braços direito de Temer. Ela disse não saber ao certo com quem estava falando no início.

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A jurista comemorou o resultado do processo. "Eu sempre tive convicção de que o afastamento era justo, mas apenas hoje, durante a votação, é que percebi a magnitude do processo", afirmou.

Janaína concordou com a decisão do ministro Ricardo Lewandowski de separar as votações sobre a presidente. Durante a sessão, ele optou por fazer duas votações, uma que determinava o afastamento de Dilma do cargo de presidente e outra para decidir se suspendia as funções políticas da petista e seu direito de elegibilidade por oito anos. "Acredito que foi uma decisão justa, respaldada pelo que foi feito no processo de impeachment do ex-presidente Fernando Collor", disse.

Por outro lado, a jurista chamou de "compaixão" a decisão dos senadores de rejeitarem a perda das funções públicas de Dilma Rousseff. "Acho que ali no final, houve um ato de compaixão dos senadores. Houve um apelo, alguns falaram sobre seu salário de aposentadoria, sobre o impedimento de ser até mesmo professora", alegou.

Tietagem

A jurista foi uma das últimas a deixar o plenário do Senado. Todos os senadores já haviam saído quando restaram apenas ela e o colega de processo, o jurista Miguel Reale Jr. Janaína foi muito assediada por funcionários do Senado e chegou a tirar fotos com seguranças, equipe de notas taquigráficas, assessores parlamentares e outros membros da secretaria da Mesa Diretora do Senado Federal.

A advogada de acusação no processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT), Janaina Paschoal, pediu para que apoiadores do afastamento da petista não se manifestem nas ruas e fiquem em casa nesta quarta-feira, 31, quando o julgamento será encerrado.

"O clima está tenso. Aqueles que concordam com o impeachment, peço serenidade! Se possível, torçam de suas casas, ou do trabalho. Penso que sair as ruas, hoje, não seja adequado. Precisamos evitar conflitos", escreveu a advogada em sua conta no Twitter.

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Ela reafirmou que todo o trabalho de acusação foi constitucional, legal e legítimo e pediu que apoiadores não cedam a provocações. "Aqueles que só concordam com o que lhes é favorável farão tudo para conturbar o país. Não podemos ajudá-los. Não cedam as provocações, elas virão e serão muitas", afirmou.

Janaina rebateu críticas dirigidas a ela por ter falado na terça, no Plenário, que "foi Deus" quem fez com que as pessoas percebessem o que estava acontecendo no Brasil.

"Ontem, fui criticada, por gregos e troianos, pelos mais diversos motivos. Uma das críticas veio por eu ter falado em Deus. Falei e reitero: Deus está no comando! Mas ele só ajuda quem se norteia pelo amor", disse a advogada.

Ela encerrou uma série de publicações pedindo que os internautas tenham "amor pelo Brasil" na hora da votação.

O fim do discurso da jurista Janaína Paschoal, uma das autoras do pedido de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT), causou um tumulto no plenário do Senado na manhã desta terça-feira (30). Ao deixar a tribuna, ela foi chamada de “golpista” pelo deputado federal José Guimarães (PT-CE) que assiste à sessão do plenário da Casa Alta. 

A citação proferida por Guimarães foi ouvida pelo líder do governo no Senado, Aloysio Nunes (PSDB-SP). Em reação, o tucano pediu a palavra e com um discurso ácido disse que “golpista foram os que saquearam a Petrobras, golpistas são aqueles que fraudaram a contabilidade pública”.

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“Quando a senhora Janaína Pascoal desceu da tribuna, depois de reproduzir uma peça irretorquível, demolindo um a um os argumentos da defesa houve um insulto proferido aqui pelo deputado Guimarães”, descreveu Nunes. “Golpistas são vocês, deputado Guimarães. Não tenho medo de você, nem de vocês”, acrescentou referindo-se aos petistas e aliados de Dilma.

O tucano pediu ainda para que se houvesse outra manifestação do tipo por meio de Guimarães, que segundo ele não deveria estar no plenário, a polícia o conduzisse para fora do local. 

Apesar do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowisk, pedir para que as manifestações fossem extintas, o clima ficou acalorado. “Vamos manter um clima civilizado”, pediu, pouco antes de suspender a palavra cedida a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB) e dar um intervalo de cinco minutos à sessão. 

Quando a sessão foi retomada, Grazziotin fez uma questão de ordem pedindo ao presidente do STF que ordenasse que Aloysio Nunes se retratasse. Segundo ela, Dilma falou em "golpe" em discurso, mas dentro do processo legal. "Estamos todos equilibrados, apesar de sermos vítimas", afirmou.

 

Ao iniciar a fala da acusação na fase final do julgamento do processo de impeachment, a advogada Janaína Paschoal acusou, novamente, a presidente afastada Dilma Rousseff de “maquiar as contas públicas”. Ela dividiu o tempo da acusação com o jusrista Miguel Reale Junior, que ainda vai se pronunciar.

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“Quero dizer aqui que esse processo é do povo. Reitero que, ao trazer esse pleito de afastamento para o Congresso Nacional, estou reforçando a confiança nesta Casa”, disse ela, diante do plenário cheio de senadores. “O processo é triste, no entanto tem um lado muito positivo. É um remédio constitucional que precisamos recorrer quando a situação se revela grave. Espero que não precisemos voltar a lançar mão dele no futuro”.

“Foi Deus que fez com que várias pessoas, ao mesmo tempo, cada uma com sua competência, percebessem o que estava acontecendo ao nosso país e conferissem a coragem para se levantarem e fazerem alguma coisa a respeito”, declarou.

Ela negou que a acusação esteja agindo com misoginia, como chegou a dizer a defesa. “Ninguém pode ser perseguido por ser mulher. Mas também ninguém pode ser protegido por ser mulher. Fosse o presidente da República um homem, eu pediria o impedimento do mesmo jeito. Não seria justo que eu assim não procedesse pelo fato de ser mulher”, declarou.

A advogada também rechaçou que haja uma conspiração para tirar Dilma do poder. "Ontem eu fiquei surpresa com a acusação de que teria um complô. Chegou-se ao absurdo de dizer que o [ex-]presidente da Câmara [Eduardo Cunha] teria redigido a denúncia", disse. “Nada do que é ilegal e que é ilegítimo está sendo feito neste processo”, disse ela.

Ela lembrou, inclusive, que a denúncia foi reduzida por Cunha. “A denúncia foi alterada. A que oferecemos tinha três pilares: a omissão da presidente diante do escândalo do petrolão, as pedaladas fiscais e os decretos editados em desconformidade com a meta de superávit primário vigente. Nossa denuncia tinha três pilares e alcançava fatos entre 2013 e 2015”, afirmou.

“Não estamos tratando aqui apenas de questões contábeis. O povo brasileiro foi vítima de uma fraude. Nós fomos enganados. Foi uma grande fraude o que a presidente fez ao assinar decretos de crédito suplementar sem autorização das Vossas Excelências e ao atrasar os pagamentos ao Banco do Brasil, algo que ela não faria com um banco privado, porque não se submeteria a isso”.

A advogada também não poupou críticas ao partido da presidente afastada. “Tudo isso aconteceu para ver o modo PT de ser: da enganação, que nega os fatos, que nega a realidade”, disparou.

No final das considerações, Janaína Paschoal conclamou os senadores a votarem com consciência. “O que nos carecemos é de transparência. Queremos líderes que olhem nos nossos olhos. Conto com Vossas Excelências para garantirmos um Brasil mais translúcido para as nossas crianças”, frisou. “Emocionada ela pediu desculpas a Dilma. “Espero que um dia ela entenda que estou fazendo isso pelo meu país. Espero que um dia ela entenda que estou fazendo isso pelos próprios netos dela”, declarou.

Um dos autores do processo de impeachment de Dilma Rousseff, a advogada Janaina Paschoal, foi agredida verbalmente por algumas pessoas na fila do embarque no Aeroporto de Brasília, na tarde da quarta-feira (29). Enquanto era xingada de ‘golpista’ e ‘fascista’, ela pedia calma aos manifestantes.

Confira o vídeo: 

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A comissão especial do impeachment no Senado inicia, nesta quarta-feira (8), a ouvir as testemunhas de acusação no processo que pede a destituição do mandato da presidente afastada Dilma Rousseff (PT). Os primeiros a se pronunciar são o procurador da República junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Júlio Marcelo de Oliveira, e o auditor do TCU Antonio Carlos Costa d'Ávila Carvalho. Os dois foram indicados pelos autores do pedido de impeachment, os juristas Janaína Paschoal, Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior.

Júlio de Oliveira é o responsável pelo parecer que indicou a existência de pedaladas fiscais nas contas da petista. Ele já foi ouvido pelo colegiado na primeira fase do processo. Também serão ouvidas hoje mais três testemunhas indicadas por senadores que endossam a cassação do mandato de Dilma Rousseff: Rogério Jesus Alves Oliveira, Adriano Pereira de Paula e Otávio de Medeiros, da Secretaria do Tesouro Nacional.

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Nesta fase probatória do processo – com testemunhas, provas e perícias – as perguntas serão feitas na seguinte ordem: relator, senadores inscritos, denunciantes e, por último, a defesa. A advogada Janaína Paschoal representa os denunciantes hoje na reunião e o advogado José Eduardo Cardozo a defesa de Dilma. Cada convidado tem o prazo de dois minutos para responder as indagações. 

Líder do governo no Senado, Humberto Costa (PT) afirmou, nesta sexta-feira (29), que os argumentos expostos pelos juristas Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal em defesa do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) foram “frágeis” e “vazios”. Os dois autores do pedido que endossa o processo contra a petista foram ouvidos pela comissão especial do senado que analisa o caso durante uma sessão que durou mais de oito horas nessa quinta (28). 

Para Humberto Costa os dois juristas fizeram um discurso “completamente político, de militantes anti-petistas, em que falaram sobre política econômica, e não se ativeram aos fatos da denúncia”. De acordo com o senador, Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal reforçaram a tese de que não há qualquer crime de responsabilidade - condição prevista no art. 86 da Constituição Federal para impedir o chefe de Estado do exercício do mandato – cometido por Dilma. 

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“Foi uma lástima a acusação, que ficou nua com suas denúncias vazias. A senhora Janaína nega que seja partidária, mas com suas visões ideológicas, que já discursou ‘para limpar o país dessa corja’, referindo-se ao PT, mostra claramente que o seu objetivo é absolutamente político”, analisou o líder, observando que a sessão teve choro, menção a bailaria e a criancinhas, menos aos fatos e argumentos técnicos. 

O senador ainda acusou Janaína Paschoal de incitar a violência e a intolerância com palavras de ódio contra o PT. “Nada técnico foi apresentado durante toda a exposição. Eles dizem que a presidenta Dilma deve ser impedida ‘pelo conjunto da obra’. Como assim pelo ‘conjunto da obra’? Estamos aqui para analisar um pedido de impeachment que contém fatos que não configuram crime de responsabilidade. Para mim, o PSDB, um dos signatários do pedido, não cansa do golpe”, cravou Humberto. 

O pernambucano também criticou o ex-ministro da Justiça de Fernando Henrique Cardoso, Miguel Reale Júnior, por ter se retirado da sessão logo após a sua fala inicial, sem ouvir as perguntas previstas pelos senadores membros da comissão. “Ele, denunciante, vem à comissão, faz discurso político e sem embasamento técnico. Após isso, diz que vai embora porque tem voo. Isso não pode ser sério”, lamentou.

“Estamos discutindo uma denúncia de uma presidente da República. Crime, tipicidade, se teve conduta, se teve dolo. E o objeto foi muito bem delimitado aqui pelo Supremo Tribunal Federal, que são duas coisas: seis créditos suplementares e pedaladas fiscais no Plano Safra, em 2015. Não é possível que eles tenham tocado nesses assuntos apenas superficialmente”, acrescentou.

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Perto da 0h desta sexta-feira (29) quando a sessão na Comissão Especial do impeachment já andava morna, a denunciante Janaína Paschoal se exaltou com o senador Telmário Mota (PDT-RR) depois que ele questionou se ela era advogada do procurador da República Douglas Kirchner - demitido pelo Conselho Nacional do Ministério Público em função da suspeita de agredir e torturar a esposa. "Não quero! Não vou admitir", gritou.

Após se exaltar, a advogada levou uma bronca do presidente da comissão, senador Raimundo Lira (PMDB-PB). "Por favor, vamos falar em um tom compatível com o ambiente em que nós estamos", disse.

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Convidada para detalhar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff que tramita no Congresso, Janaína rebateu que "seu cliente nunca bateu na mulher" e que a autoria das agressões é de uma tia da vítima. "Tudo tem limite, meus clientes são sagrados", protestou, retirando-se da sala.

O senador Telmário Mota treplicou dizendo que fez várias perguntas técnicas sobre o embasamento jurídico da denúncia contra Dilma e que a questão sobre o procurador era secundária. "Respondeu porque quis", alfinetou, recebendo críticas do líder do PSDB, senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB). "Lamento essa intimidação. Querem transformar em ré a pessoa que acusa", afirmou o tucano.

Janaína retornou à mesa e pediu desculpas ao presidente pelo comportamento. Antes de sair do plenário, Telmário Mota também pediu desculpas discretas à denunciante, que sorriu e seguiu ouvindo o orador seguinte, senador José Pimentel (PT-CE), líder do governo no Congresso.

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