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Equipe levou os três prêmios a que concorria no Prêmio MPT deste ano. (Divulgação)

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Na tarde desta terça (5), o especial “Trabalhador, herança escravista, pobreza e irregularidades”, veiculado pelo LeiaJá no dia 28 de maio de 2018, assinado pelos jornalistas Eduarda Esteves, Nathan Santos e Marília Parente, sagrou-se vencedor de mais duas categorias do Prêmio de Jornalismo do Ministério Público do Trabalho (MPT): a de melhor reportagem nacional em internet e o Grande Prêmio, em que concorreu com todas as reportagens participantes, inclusive as que foram publicadas em outras plataformas, como televisão e rádio. A equipe já havia sido reconhecida com a premiação de melhor reportagem regional em internet.

A reportagem revela os malefícios das “diferentes dores” dos trabalhadores brasileiros a partir da herança escravocrata no Brasil, expondo como a pobreza e a desigualdade social estão fortemente atreladas às condições de trabalho de muitos brasileiros. Em busca do sustento familiar, pessoas pobres são submetidas a atividades informais, que exigem extrema força corporal. “Discutir as dores dos brasileiros, em relação ao contexto histórico do trabalho no Brasil, foi um acerto muito grande do LeiaJá. Vivemos uma fase de incertezas que, ao meu ver, desmerece o trabalhador brasileiro. A equipe mereceu muito essa conquista. O leitor precisa entender as dores que atingem os trabalhadores desde a escravidão”, afirma Nathan Santos.

A repórter Eduarda Esteves representou a equipe na cerimônia de premiação em Brasília, Distrito Federal. (MPT/divulgação)

A repórter Eduarda Esteves representou a equipe na cerimônia de premiação na sede do MPT, em Brasília, Distrito Federal. “Essa premiação é um estímulo ao bom jornalismo- com verdade, humanizado- que infelizmente, na situação econômica das redações, tem sido pouco feito. A gente recorta os malefícios e consequências da reforma que o novo governo está tentando implementar e o mais importante é que a gente dá voz a pessoas que não teriam essa oportunidade”, comemora Eduarda. 

“Num contexto de escalada fascista e progressiva perda dos direitos dos trabalhadores, o núcleo de especiais do LeiaJá insiste em fazer jornalismo, profissão que se solidificou num contexto revolucionário em que o principal mote era ‘liberdade, igualdade e fraternidade’. Trazer a público a dor inerente à história do trabalho e dos trabalhadores no Brasil é escancarar a hipocrisia dos discursos conservadores, que seguem legitimando o açoite nas costas que carregam o país. Que jornalismo em sua essência lhes traga alteridade, empatia e humanidade em tempos de tanta cegueira, escuridão e desprezo pelos direitos humanos", ressalta a repórter Marília Parente.

Confira os vencedores regionais da categoria Webjornalismo:

Norte: “‘Se achasse negócio melhor, trocaria’, diz carregador que trabalha na zona portuária de Manaus e tem aposentadoria incerta” – Leandro Tapajós – Portal G1 Amazonas.

Nordeste: “Trabalhador, herança escravista, pobreza e irregularidades”, Nathan Santos, Marília Parente e Eduarda Esteves – Portal LeiaJá (vencedor nacional).

Centro-Oeste: “Aviação agrícola: perigo no céu e na terra” – Larissa Rodrigues e Douglas Carvalho – Portal Metrópoles.

Sudeste: “100 anos de servidão” – Thais Lazzeri – Portal Repórter Brasil.

Sul: “QueFazer . uma história sobre a labuta dos imigrantes” – Geórgia Santos – Portal Vós.

Vencedor na categoria Nacional Webjornalismo:

“Trabalhador, herança escravista, pobreza e irregularidades”- Nathan Santos, Marília Parente e Eduarda Esteves

Vencedor do Grande Prêmio MPT de Jornalismo (entre todas as plataformas, de todo o país)

“Trabalhador, herança escravista, pobreza e irregularidades”- Nathan Santos, Marília Parente e Eduarda Esteves

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A jornada para concluir a graduação superior não é nada fácil. Sue Anne Calixto, 22 anos, Trayce Melo, 22, e Yasmim Bitar, 21, concluintes do curso de Jornalismo da UNAMA – Universidade da Amazônia, decidiram encarar um desafio ainda maior: apresentar um projeto experimental como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) - veja vídeo abaixo. A iniciativa serviu como aprendizado e amadurecimento das novas jornalistas, no início de suas carreiras profissionais.

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Sue Anne decidiu escrever crônicas jornalísticas. Autora do projeto “Crônicas da cidade”, ela falou de Belém em uma série de textos, sob diversos pontos de vista. “Sempre gostei muito de crônicas desde que entrei no curso de Jornalismo, sempre foi algo que eu gostei de estudar. Resolvi falar sobre Belém para poder vivenciar todas as crônicas que escrevi, falando sobre as características da cidade e o clima, de acordo com o que eu observava”, declarou. Os textos de Sue Anne estão sendo publicados no site Expedição Pará.

“Um processo de trabalho de redação de jornal, com roteiro de entrevista, colocando de fato o que era importante perguntar, correndo atrás de entrevistados para escrever. Revisei várias vezes a reportagem até chegar no resultado final”, disse Yasmim Bitar, que produziu uma reportagem sobre “A crise do jornal impresso depois da criação da internet”.

Para escrever uma série de reportagens sobre as pessoas em situações de rua em Belém, Trayce Melo destacou o quanto teve que se aprofundar no tema. “Eu vivenciei de perto, saindo da minha zona de conforto, conheci pessoas incríveis e o trabalho voluntário. Foi uma coisa nova. Cheguei a trabalhar oito horas de um sábado à noite fazendo entrega de donativos. Foi muito importante para o projeto e para o meu crescimento pessoal”, disse. “É muito gratificante passar pelo TCC, aquilo acaba tomando conta da gente e ainda mais de receber o convite para publicação. Dá para ver que o nosso trabalho foi importante, principalmente para a nossa universidade, que nos deu todo o auxilio”, finalizou Trayce Melo.

Outros dois projetos experimentais ganharam destaque no final do semestre. A concluinte Maria Rita Kapazi escreveu uma reportagem sobre transtorno de ansiedade e Carol Boralli publicou um livro-reportagem sobre o autismo, a partir da experiência de uma família. Os textos foram publicados no LeiaJá.

LeiaJá também:

A cidade dos invisíveis: a vida e dor de quem mora na rua

(Por Trayce Melo)

O futuro do jornal impresso: reinvenção ou morte

(Por Yasmim Bitar)

Transtorno de ansiedade: o mal do século XXI

(Por Maria Rita Kapazi)

Crônicas da cidade

(Por Sue Anne Calixto)

Concluinte de Jornalismo escreve livro sobre o autismo

(Reportagem sobre o trabalho de Carol Boralli)

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A série de reportagens “Além da técnica: a função social dos institutos federais”, veiculada pelo LeiaJá no dia 4 de dezembro de 2018, venceu o Prêmio de Jornalismo do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif). As matérias foram assinadas por Eduarda Esteves, Marília Parente e Nathan Santos, com fotografias de Chico Peixoto, Júlio Gomes e Rafael Bandeira, artes de João Lima, além dos vídeos editados por Adonis Oliveira.

O especial abordou as iniciativas dos IF’s que ajudam a transformar vidas. “Em um país que tem taxas de desigualdades absurdas e o acesso à educação ainda é precário, conhecer histórias pessoas e incluídas em instituições de ensino por projetos sociais e abordar a devida importância do retorno desses projetos para a sociedade é de emocionar. Histórias como a de José, que tive a felicidade de narrar, dão o gás que é preciso para continuar acreditando que a educação pode transformar vidas”, comemora a repórter Eduarda Esteves.

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A Comissão Julgadora do Prêmio- coordenada pelo reitor do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), Willian Silva de Paula- escolheu quatro vencedores nas categorias impresso, rádio, televisão e internet. Dentre os principais critérios, foram avaliados ineditismo/originalidade, criatividade, contextualização social, imparcialidade, profundidade/abrangência, relevância, linguagem, humanização e utilização de dados das reportagens. Confira a lista dos vencedores na íntegra:

Impresso:

- Reportagem: Uma década de excelência

- Veículo: Correio Brasiliense (DF)

- Autor: Thays Martins

Rádio:

- Reportagem: Abelhas do bem

- Veículo: Rádio Difusora (RS)

- Autor: Felipe Machado

Televisão:

- Reportagem: Novos sinais em Libras são criados para retratar obras históricas em Congonhas

- Veículo: TV Globo Minas (MG)

- Autores: Talita Nunes e Cristina Mara (produção); Danilo Girundi (repórter); Gláucio Nogueira (cinegrafista); Aluísio Marques (editor de texto) e Xico César (editor de Imagem)

Internet

Reportagem: Além da técnica: a função social dos institutos federais Veículo: LeiaJá (PE)

Autores: Maria Eduarda Esteves, Marília Parente, Nathan Santos

Confira as matérias da série especial:

1º) Além da técnica: a função social dos Institutos Federais

2º) Do campo ao campus: conheça a trajetória de José

3º) Sons da inclusão: grupo cria óculos 3D para cegos

4º) IFs: tecnologia assistiva a serviço da qualidade de vida

5º) Dez anos dos IF’s: uma Coreia dentro do ensino brasileiro 

O autismo é um transtorno que ainda desperta muitas dúvidas quanto ao tratamento. Foi a partir dessa realidade que a recém-formada em Jornalismo pela UNAMA - Universidade da Amazônia Carol Boralli decidiu escrever o livro “Maternidade & autismo - A ligação umbilical que transformou vidas”. A obra aborda um recorte temporal do diagnóstico positivo de autismo de uma jovem chamada Nathália Lopes até a defesa da dissertação de mestrado de Eliana Boralli, sua mãe. O livro faz parte do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) e o lançamento está previsto para este ano.

A história de vida da jovem e a vontade de fazer a diferença motivaram a jornalista a elaborar o livro-reportagem. “A partir do sexto semestre eu comecei a ver apresentações de TCCs de colegas do mesmo curso e descobri a possibilidade de escrever um livro. A partir daí me encontrei. Comecei a pesquisar temas que tivessem informações suficientes para elaborar esse trabalho. Então, decidi escrever sobre a história da minha tia Eliana Boralli e da filha dela, a Nathália, minha prima”, contou.

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A obra segue os preceitos do jornalismo literário, com documentos, fotos de arquivo e a biografia de Eliana. “O mais interessante é que durante os depoimentos e a grande quantidade de informações, pude perceber o quanto a educação brasileira precisa melhorar no que diz respeito ao cuidado com pessoas autistas. Me deparei com a história de uma mãe que não tinha informação suficiente sobre autismo no passado e que hoje é referência no assunto”, afirmou.

A jornalista ressalta que o trabalho não se resume somente a uma história de amor, mas também de muita informação e relevância sobre o transtorno. “Foi um trabalho muito bacana de se fazer porque falei com um personagem que foi pioneiro nessa questão. A Eliana decidiu, na época, estudar mais sobre o assunto quando soube do diagnóstico e fundou da AUMA - Associação dos Amigos da Criança Autista, junto com o pai de Nathália, pois não se sentiam confortáveis em deixar a filha em nenhuma outra escola. O meu trabalho, portanto, contém informação para familiares, pessoas com autismo e demais pessoas interessadas”, declarou.

Carol Boralli destaca a importância da UNAMA nesse processo e afirmou que se sentiu muito segura ao escrever o livro com a ajuda dos professores. “Eu já sou formada em Direito e, depois de um bom tempo, decidi mudar para Jornalismo porque sentia que alguma coisa estava faltando. Apesar de já estar com 35 anos de idade e meus colegas de turma estarem na faixa etária dos 20, a Universidade me deu total apoio e tranquilidade para realizar o curso e fazer esse tipo de trabalho”, concluiu. 

Por Alessandra Fonseca (Ascom/UNAMA).

 

O Facebook anunciou nesta terça-feira (15) que vai investir US$ 300 milhões em projetos de jornalismo para ajudar as agências locais a fortalecer suas operações de coleta de informações e combater as notícias falsas na plataforma.

"Vamos continuar a combater notícias falsas, desinformação e notícias de baixa qualidade no Facebook", disse a chefe de parcerias de notícias do Facebook, Campbell Brown, em um post de blog. "Mas também temos uma oportunidade e uma responsabilidade para ajudar as organizações de notícias locais a crescer e prosperar", completou.

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O compromisso financeiro do Facebook vem um ano depois de o Google ter prometido o mesmo valor em dólares, no mesmo cronograma, para combater a desinformação e apoiar o jornalismo, com foco em aumentar as assinaturas de agências de notícias locais.

Juntas, as duas empresas comandam cerca de 58% do mercado de anúncios digitais, direcionando enormes quantidades de dólares para suas plataformas. O Facebook disse que decidiu se comprometer com as iniciativas de jornalismo com base no feedback dos usuários e de agências de notícias, que disseram à empresa como melhorar o impacto de seu público.

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O especial "Trabalhador" escancara os malefícios das "diferentes dores" dos trabalhadores brasileiros a partir da herança escravocrata no Brasil. Foto: Paulo Uchôa/LeiaJáImagens

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Pelo segundo ano consecutivo, o LeiaJá é finalista no Prêmio MPT de Jornalismo, promovido pelo Ministério Público do Trabalho. Nesta segunda-feira (7), o órgão anunciou os 27 trabalhos finalistas da edição 2018. O portal concorre nacionalmente na categoria "webjornalismo", representando o Nordeste, com o especial "Trabalhador - Herança escravista, pobreza e irregularidades.

Os grandes vencedores serão revelados durante a cerimônia de premiação que ocorrerá no dia 6 de fevereiro de 2019, na sede do Ministério Público do Trabalho, em Brasília.

A série de reportagens publicada pelo LeiaJá escancara os malefícios das "diferentes dores" dos trabalhadores brasileiros a partir da herança escravocrata no Brasil. Mostramos como pobreza e desigualdade social estão fortemente atreladas às condições de trabalho de muitos brasileiros; em busca do sustento familiar, pessoas pobres são submetidas a atividades informais que exigem extrema força corporal.

Os autores das reportagens são Nathan Santos, Marília Parente e Eduarda Esteves. Os vídeos e fotografias foram produzidos por Chico Peixoto, Paulo Uchôa e Rafael Bandeira. A pós-produção e arte são de Raphael Sagatio, enquanto que a montagem e edição dos vídeos são de Danilo Campello. A coordenação de web é de Thiago Azurém.

“Num contexto da progressiva perda dos direitos dos trabalhadores, o núcleo de especiais do LeiaJá insiste em fazer jornalismo, profissão que se solidificou num contexto revolucionário em que o principal mote era ‘liberdade, igualdade e fraternidade’. Publicizar a dor inerente à história do trabalho e dos trabalhadores no Brasil é escancarar a hipocrisia dos discursos conservadores, que seguem legitimando o açoite nas costas que carregam o país. Que jornalismo em sua essência lhes traga alteridade, empatia e humanidade em tempos de tanta cegueira, escuridão e desprezo pelos direitos humanos", ressaltou a repórter Marília Parente.

Com as feridas escravistas abertas no país, surgiram diferentes tipos de "dores" que, até então, assolam o trabalhador que luta para sobreviver e alimentar as esperanças de um futuro mais brando. Foto: Chico Peixoto/LeiaJáImagens

De acordo com o MPT, nesta edição, 395 reportagens de profissionais da imprensa de todo o país foram inscritas no principal concurso dedicado à valorização de peças jornalísticas que abordam irregularidades contra os trabalhadores brasileiros. Entre elas, 27 venceram a fase regional, sendo classificadas para a etapa nacional.

O Prêmio MPT de Jornalismo reconhece reportagens nas seguintes categorias: jornal e revista impressa, radiojornalismo, telejornalismo, webjornalismo, fotojornalismo e universitário. Com o propósito de informar a sociedade sobre a importância da proteção e da defesa dos direitos do trabalhador, as reportagens classificadas envolvem temas como trabalho infantil, discriminação de gênero, cor e pessoas com deficiência, condições inadequadas e precárias de trabalho, entre outros.

Conheça todos os finalistas:

Fotojornalismo

Nordeste - Alpinista do lixo 

Sudeste - Carteira de sangue 

Centro-Oeste - Os últimos dias do lixão sem fim 

Norte - Longe de Casa 

 Sul Consumidos pela escravidão

Jornal Impresso e Revista Impressa

Sul - Cicatrizes do Bahamas

Centro-Oeste - O desrespeito como obstáculo

Nordeste - Entre a terra e o mar

Sudeste - Vidas transformadas

Radiojornalismo

Sudeste - Vidas transformadasCentro-Oeste Agrotóxicos: a dor silenciosa das comunidades rurais

Norte - REESCREVENDO A HISTÓRIA LONGE DAS RUAS

Sul - Do abrigo à universidade: iniciativa do MPT permite ingresso de jovens carentes em cursos superiores

Sudeste - Correntes Invisíveis

Nordeste - Trans: o difícil caminho para a educação e o mercado de trabalho

Telejornalismo

Nordeste - CASAS DE FARINHA : o fim da tradição, o início da escravidão!

Sudeste - Infância Comprometida 

Sul - Oito de março: uma reflexão sobre assédio sexual 

Centro-Oeste - CATADORES DE SONHOS

Universitário

 Centro-Oeste - Amendoim fora de época Universitário

Nordeste - A relação dos ambientes de Call Center com o adoecimento no trabalho

Sul - Cinco anos da PEC que garantiu direitos aos domésticos 

Sudeste - Na Casa dos Outros – Histórias Vividas por Trabalhadoras Domésticas

Webjornalismo

Centro-Oeste - Aviação agrícola: perigo no céu e na terra 

Nordeste - Trabalhador – Herança escravista, pobreza e irregularidades

Norte - Se achasse negócio melhor, trocaria’, diz carregador que trabalha na zona portuária de Manaus e tem aposentadoria incerta

Sudeste - 100 anos de servidão

Sul - QUEFAZER . uma história sobre a labuta dos imigrantes

O jornalista Alexandre Garcia, de 78 anos, não faz mais parte da equipe de jornalismo da Rede Globo. Ali Kamel, diretor de jornalismo, agradeceu a Alexandre pelo trabalho desenvolvido durante os 30 anos que esteve na emissora.

"Ele deixa um legado de realizações que ajudaram o jornalismo da Globo a construir sua sólida credibilidade junto ao público. O trabalho na Globo foi a sequência de uma vida profissional que poucos podem ostentar", diz um trecho do comunicado, de acordo com informações do site Uol.

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Atualmente, Alexandre comentava direto de Brasília os assuntos do universo da política para o "Bom Dia Brasil", atração jornalística comandada por Ana Paula Araújo e Chico Pinheiro. Alexandre Garcia ingressou na Globo em março de 1988.

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Com a descoberta sobre manipulação de fatos e propagação de mentiras em diversas reportagens publicadas, o premiado jornalista Claas Relotius, de 33 anos, foi demitido da revista de notícias alemã Der Spiegel. Algumas das 60 reportagens escritas por ele eram verdadeiras, entretanto, o jornalista admitiu que enganou os leitores em pelo menos 14 artigos publicados.

Colaborador da revista desde 2011, após a verificação do caso, seu contrato foi cancelado imediatamente. De acordo com o periódico, após negar as acusações, ele confessou na semana passada que criava passagens e histórias. Em alguns artigos, foram incluídos indivíduos que ele nunca manteve contato. De acordo com a publicação da Spiegel, o jornalista "falsificou artigos em grande escala e até mesmo inventou personagens".

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Entre as histórias falsas, constavam conteúdos sobre um detento de Guantánamo preso por engano, crianças capturadas pelo Estado Islâmico, e a história de uma americana que participava como testemunha de execuções de presos do corredor da morte.

A Der Spiegel ainda trabalha para descobrir a extensão das farsas do jornalista. Ela se referiu ao ocorrido como um "ponto baixo” nos seus 70 anos de história e desculpou-se pelas ações do ex-funcionário. "Ele agiu com intenção, método e elevado nível de energia criminal", afirmou o comunicado. Relotius disse aos seus editores que "não era motivado pelo desejo de fazer sucesso, mas pelo medo de fracassar".

 

Compromisso com a verdade e consciência coletiva são as premissas básicas para quem quer fazer um bom jornalismo. Com duração de quatro anos, a graduação que garante o diploma de jornalista é a de bacharelado na área. Dentro do ensino superior é nela que o estudante caminha para ser um “foca” - jornalista recém formado, em início de carreira e inexperiente. Mas, antes de conseguir alcançar esse patamar, é necessário ter bons rendimentos dentro da faculdade para se tornar um bom profissional.

Segmento com mais de dois  mil anos de existência, o primeiro jornal que se tem conhecimento é o Acta Diurna (59 a.C.), surgido das necessidades de Júlio César em divulgar os primeiros atos políticos e sociais no império romano. Já no século 8, os jornais escritos à mão surgiram na China. O jornalismo moderno, como é semelhante ao que temos atualmente nos impressos, veio com a invenção da prensa de Gutemberg. O aparelho era uma espécie de máquina de escrever. A partir disso, foi possível a escrita de notícias em larga escala.

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No sexto período do curso de jornalismo, Juliana Maniçoba, 22, escolheu a profissão ao acaso. Ela lembra que a sua primeira opção, medicina, não tinha muita relação com as atividades que exerce hoje. “Mas sempre tive o pé em comunicação. Após dois anos tentando, decidi arriscar e hoje [jornalismo] é o que eu quero para o resto da vida”, conta. A estudante, como muitos outros alunos que ingressam na área, acreditava que já iniciaria a graduação aprendendo a vida prática de um jornalista. “Mas é preciso, antes, estudar muito, ter muita teoria, importantíssima para desenvolver mais na profissão”, opina Juliana.

A jovem, que tem afinidade com a área de televisão, conseguiu o primeiro estágio na tevê virtual da instituição de ensino onde estuda. “É uma ótima experiência, aqui a gente faz programa, faz matéria, tem a vivência do dia a dia de um jornalista. É onde eu tenho oportunidade de aprender”, explica Maniçoba. Seu plano após a conclusão da graduação é de ser contratada por uma emissora e continuar no segmento do jornalismo que tanto ama.

O professor do curso de jornalismo da UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau, André Ferreira, aconselha que os estudantes não encarem a profissão apenas com a vertente televisiva. “Muitos estudantes entram achando que vão se repórteres de TV de uma grande emissora, mas jornalismo é mais que isso. Existe quem trabalha com texto, o rádio, documentários, entre tantas outras áreas”, explica Ferreira.

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Áreas de atuação

Muito além do repórter de televisão e do repórter de texto, atualmente o jornalista ocupa diversos outros cargos dentro de uma empresa de comunicação, seja ele um jornal, revista, emissora, assessoria de imprensa ou até mesmo uma agência de marketing digital.

Dentro dos jornais e portais, os repórteres são divididos diante de seu tempo e experiências de carreira. Os níveis podem ir de repórter júnior a sênior. Outras áreas também podem ser alcançadas com a profissão. As que mais estão em evidência atualmente são as de assessoria de imprensa e marketing digital. “Muitos estudantes chegam à universidade achando que vão para veículos, entretanto os locais que mais empregam são as assessorias e agências”, ressalta o professor André Ferreira.

Há dois anos atuando com marketing digital, a jornalista Taísa Silveira achou na função uma oportunidade de se conhecer. “Encontrei um terreno muito fértil e cheio de possibilidades para minha atuação enquanto profissional de comunicação. Atualmente penso o jornalismo de uma forma para além dos meios tradicionais. Faço parte da Rede de Cyberativistas, um grupo nacional que pensa comunicação e jornalismo para além do impresso, do rádio... Usamos as plataformas digitais para produzir comunicação, jornalismo”, afirma.

Graduada há sete anos, Taísa ainda aponta para a mudança no mercado. “Oportunidades existem, redes sociais por exemplo, são uma outra forma de realizar jornalismo hard news que os estudantes devem estar inseridos e dominar seus métodos. Portanto, fazer cursos de atualização voltado para redes sociais é uma das soft skills que devem ser desenvolvidos”, aconselha.

A televisão continua sendo a principal fonte de notícias para os americanos, enquanto a imprensa perde terreno para os serviços digitais, mostrou uma pesquisa nesta segunda-feira (3).

O relatório do Pew Research Center descobriu que 47% dos americanos preferem assistir às notícias, enquanto 34% optam pela leitura e 19% preferem ouvir.

A pesquisa sugere mais problemas para o já debilitado setor de jornais, enquanto a televisão está mantendo sua posição contra os vídeos on-line.

Entre os que assistem às notícias, 75% disseram preferir a televisão, e 20% a internet.

Mas entre os leitores de notícias, 63% preferiram o digital e 17% o impresso.

No geral, isso significa que apenas 7% dos entrevistados escolheram o formato impresso como a forma preferida de consumir notícias, em comparação com 11% em um estudo semelhante de 2016.

Detalhada por segmento de idade, a pesquisa ofereceu uma perspectiva particularmente sombria para os jornais impressos.

Adultos com menos de 50 anos têm maior probabilidade de preferir a internet como plataforma para receber notícias, independentemente de se leem, assistem ou ouvem, descobriram os pesquisadores.

E mesmo entre aqueles com mais de 50 anos, um terço disse que eram mais propensos a buscar notícias on-line que impressas.

A rádio se manteve estável como fonte de notícias, mas um número crescente de americanos está ouvindo notícias on-line por meio de podcasts ou de rádios na Internet, mostrou a pesquisa.

A televisão também se manteve, apesar do crescente número de iniciativas de vídeo on-line, de acordo com o Pew.

O relatório foi baseado em uma pesquisa com 3.425 adultos dos EUA, realizada de 30 de julho a 12 de agosto, com uma margem de erro estimada de 2,9 pontos percentuais.

A universitária Ariela Motizuki, aluna do oitavo semestre de Jornalismo da UNAMA - Universidade da Amazônia, realizou uma oficina sobre as narrativas amazônidas no audiovisual, na galeria de arte Graça Landeira, na UNAMA da Alcindo Cacela, na terça-feira (16). O evento teve como objetivo mostrar o espaço amazônico tem personagens e histórias muito interessantes ao propósito narrativo. “Essa oficina tem como objetivo fazer abrir a mente da galera para pensar quais as narrativas acontecem aqui na Amazônia, e como passar isso através de uma ferramenta que é o audiovisual”, disse a estudante.

Ariela conta que teve a ideia da oficina ao participar do MOAV (Mostra Universitária de Audiovisuais), que teve como tema, este ano, o protagonismo. "Como o tema do MOAV 2018 é protagonismo, eu quis aproveitar e fazer uma oficina sobre narrativas amazônidas. Que é algo que faz parte do meu trabalho", afirmou Ariela.

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Na oficina, Ariela mostrou como fazer um bom trabalho de audiovisual, com o foco no storyline, que é um miniroteiro para se começar um trabalho de audiovisual, e no formato ideal para se produzir um bom trabalho. "Além do storyline, quero mostrar como pensar um formato dentro do audiovisual, como gravar, e como atingir teu público alvo", contou a universitária.

Alunos de outros cursos estavam presentes na oficina, como a estudante de Artes Visuais Valéria Aranha. Valéria disse que aprendeu muito sobre o storyline, e principalmente como retratar as pessoas do meio amazônico. ”Conscientizou bastante sobre a história do povo da Amazônia, que não é só dos ribeirinhos. É uma coisa que a gente tem que prestar atenção para não ser retratado de qualquer forma para as pessoas de fora", falou a estudante.

Por Breno Mendonça (Com apoio de Sayury Moraes).

Morreu na manhã desta terça-feira (16), aos 78 anos, em São Paulo, o ex-repórter policial Gil Gomes. Conhecido por relatar os casos investigativos de forma dramática no telejornal "Aqui Agora", na década de 1990, Gil era portador de Parkinson. Desde 2005 ele lutava para combater a doença. 

Gil Gomes passou mal nessa segunda-feira (15) e foi levado às pressas para um hospital na Zona Sul da capital paulista, desacordado, mas não resistiu. Casado pela segunda vez, o jornalista teve dois filhos com Eliana Izzo, além de deixar quatro netos.

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Em 2016, no programa "Sensacional", da RedeTV!, Gil Gomes revelou que sofreu com o período em que ficou afastado do trabalho por contra da doença degenerativa. "Tanta coisa que vivi, senti, chorei. Sou chorão e quando choro eu me revolto. Passei os últimos seis anos sentado em uma poltrona, esperando a morte, mas agora voltei e estou feliz", disse. 

Na época da entrevista, o ex-comunicador do SBT participou de um programa patrocinado por uma rede de farmácias. 

O candidato a deputado federal pelo PDT Túlio Gadêlha recebeu a ajuda da amada, a apresentadora Fátima Bernardes rumo à Câmara dos Deputados. A jornalista fez uma doação no valor de R$ 5 mil reais e se tornou, até o momento, a maior doadora da campanha de Túlio depois da Direção Nacional, que doou R$ 50 mil.

Também chama atenção do pai da apresentadora ter feito a segunda maior doação para a campanha do advogado no valor de R$ 4.500. Amâncio Bernardes é militar e suboficial da Força Aérea. Na lista, tem ainda Rafaela Brites, esposa de Felipe Andreoli, que ajudou com R$ 400.

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Em entrevista concedida ao LeiaJá, Túlio já garantiu que não pensa em um projeto político pessoa e, sim, em uma construção horizontal. "Nunca fui candidato de mim mesmo. Nunca pensei em ser candidato para ter um projeto político pessoal. Nosso projeto sempre foi de grupo e, hoje, o grupo parece que está mais forte do que nunca", garantiu. 


Parentes, admiradores e amigos da jornalista Graça Araújo, falecida na tarde deste sábado (8), estão se despedindo da apresentadora da TV Jornal e da Rádio Jornal durante seu velório no Cemitério Morada da Paz, em Paulista. Graça faleceu após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico extenso. Ela estava internada desde a noite da quinta-feira (6) e teve falência múltipla dos órgãos.

O velório da jornalista está sendo marcado por muita emoção. Saudosos, todos comungam da mesma opinião: Graça era sinônimo de competência, respeito, generosidade e referência. A jornalista apresentou o telejornal TV Jornal Meio-Dia durante 26 anos e comandava, ainda, o programa Rádio Livre e o Consultório de Graça na Rádio Jornal.

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“Eu admirava muito o trabalho dela. Ela defendia a gente, o povo. É uma perda imensa. Outros jornalistas podem chegar, mas igual a ela nunca vai ter”, contou a dona de casa Neide Santos, 48, que veio do bairro da Joana Bezerra para dar o último adeus à apresentadora que ela acompanhava desde os anos 90. 

“Infelizmente a comunicação perdeu uma grande profissional. Há um ano a conheci. Ela era humilde, tratava todos com igualdade. Hoje só sinto tristeza por termos perdido um ser humano tão especial”, disse o estudante Danilo Henrique.

“A gente está perdendo uma grande referência. Quem não chegava em casa e corria para assistir ao TV Jornal Meio-Dia? Graça era uma mulher que representava e dava voz à outras mulheres que talvez não fossem escutadas se ela não existisse. Ela falava com clareza, defendia os mais desfavorecidos. É uma perda imensa”, desabafou o estudante de jornalismo Thalis Araújo, de 22 anos.

Graça Araújo tinha 62 anos e passou mal durante um treino em uma academia no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, na quinta-feira. Ela foi socorrida pelo Serviço Médico de Urgência (SAMU) para o Hospital Esperança, no bairro da Ilha do Leite, área central do Recife, onde ficou internada.

Por conta da rápida evolução do seu quadro clínico, os órgãos da jornalista, que era doadora, não puderam ser doados. A cerimônia de cremação do corpo de Graça será realizada também no Cemitério Morada da Paz às 16h do domingo (9). A cerimônia será fechada para a família.

 

Executivos de jornais e do mercado publicitário se reuniram nesta quinta-feira, 30, em São Paulo, para debater o futuro da mídia impressa e o papel no combate à desinformação e às chamadas fake news. Promovido pela Associação Nacional de Jornais (ANJ), o evento ofereceu ao público desafios e sugestões para a produção de conteúdo qualificado, com checagem em tempo real das informações, como forma a combater os cada vez mais frequentes ataques à imprensa no Brasil e no mundo.

Para o presidente Marcelo Rech, reeleito para mais dois anos ao lado da diretoria atual - que tem o diretor-presidente do Grupo Estado, Francisco Mesquita Neto, como um dos vice-presidentes - confiança é um bem crescente e escasso em uma sociedade inundada por ondas de desinformação, mas é exatamente o produto emanado das rotativas e das telas de celular e computador associadas aos jornais.

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"No mundo da comunicação somos como a medicina séria e responsável que se contrapõe ao charlatanismo e as supostas curas milagrosas", disse Rech, em relação ao papel da mídia formal hoje na abertura do evento.

Para o CEO da Associação Mundial de Jornais e Editores de Notícias (WAN-IFRA), Vincent Peyrègne, confiança é a nossa nova moeda do jornalismo. "Nosso público anseia por isso e a boa nova é que estamos preparados para oferecê-la", disse. "A checagem dos dados é a pedra angular da confiança", completou.

Representantes do mercado publicitário, Luiz Lara e Igor Puga ressaltaram que a busca da confiança e da audiência, também desafio hoje para os jornais impressos, passa por um trabalho de reforço das marcas e da criação de novos canais com o leitor, que agora é ainda ouvinte e telespectador.

Diretor executivo de marca e marketing do Banco Santander, Puga acredita que um dos caminhos a trilhar pelos jornais é investir em conteúdos em vídeo para atrair um novo público, novos anunciantes e, ao mesmo tempo, maior credibilidade.

Presidente da Lew Lara/TBWA, Lara ressaltou que é preciso reafirmar o papel da imprensa tradicional, colocada em xeque em todo o mundo, mas cada vez mais presente na vida das pessoas. "A sociedade se reconhece no jornal. Ele não perdeu a relevância. Pelo contrário, porque seu conteúdo está em todos os locais. Viralizou . Está nas hashtags, no Facebook, no Whatsapp."

Diretor de Jornalismo do Grupo Estado, João Caminoto seguiu na mesma linha, destacando, com um olhar positivo, como o jornalismo é entregue hoje ao público, seja por meio do papel, do celular, da rádio ou da TV. "Acho que nunca estivemos numa situação tão privilegiada para oferecer às nossas audiências as informações necessárias para tomarem suas decisões neste período crucial em nosso País", afirmou.

Para Caminoto, o "jornalismo nunca esteve tão forte" e preparado para exercer seu papel junto à sociedade.

Eleições

As estratégias de alguns dos principais jornais do País para a cobertura eleitoral também foram tratadas durante o evento. Além de Caminoto, participaram também do debate os editores responsáveis da Folha de S.Paulo, Sérgio Dávila; do O Globo, Alan Gripp; e do Grupo RBS, Marta Gleich.

Nos discursos de todos, o comprometimento em criar mecanismos internos para checar informações disseminadas nas mídias sociais e esclarecer o eleitorado sobre o que é ou não verdadeiro, o que vale ou não a pena.

Ao fim do evento foram homenageados os jornalistas Otavio Frias Filho, diretor de redação da Folha de S.Paulo, e Alberto Dines, criador do Observatório da Imprensa, mortos neste ano.

Francisco Mesquita Neto encerrou o encontro entregando o Prêmio ANJ de Liberdade de Imprensa 2018 ao presidente da WAN-IFRA, Michael Golden. "É fundamental para os cidadãos e as sociedades que o jornalismo prossiga na sua missão. O jornalismo independente e sem restrições é o melhor que temos para entender a realidade que nos cerca e para formar nossa visão de mundo, disse Mesquita Neto.

Golden, em seu discurso, lembrou que a imprensa americana, em especial, está sob ataque e pelo próprio presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e ressaltou que, apesar das desconfianças levantadas e disseminadas a respeito da imprensa por políticos, os cidadãos devem sempre ser informados.

Depois de uma onda de desinformação que pode até mesmo ter alterado o resultado da eleição presidencial nos Estados Unidos, os meios de comunicação tradicionais contra-atacam para recuperar sua credibilidade e ajudar a filtrar as notícias falsas, as famosas "fake news".

Os grandes meios de comunicação têm formado, em muitos casos, alianças com importantes empresas de tecnologia e redes sociais, redobrando seus esforços na verificação de notícias para promover um jornalismo apoiado em fatos concretos e verificáveis.

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Mas esta tarefa está sendo difícil com os ataques do presidente Donald Trump e de outras personalidades, que qualificam como "fake news qualquer coisa que não os favoreça.

Papel de sentinela

As notícias falsas são tão antigas quanto o jornalismo, mas, nos últimos anos, os veículos de mais prestígio adquiriram o papel de "sentinelas" de informações confiáveis.

Essa tarefa se acelerou no mundo da Internet, quando boatos e informações falsas se tornam virais, muitas vezes com resultados trágicos.

Na Índia, por exemplo, um boato espalhado pelo WhatsApp de que 300 pessoas no estado de Gujarat, no oeste do país, estavam vadiando para sequestrar crianças e depois vendê-las, provocou confrontos entre a população com vítimas fatais.

As redes sociais "pioraram muito as coisas, porque elas oferecem um meio simples para aqueles que não são jornalistas enganarem esses sentinelas, e assim qualquer um pode publicar qualquer coisa, não importa o quanto seja tendenciosa, ou diretamente falsa", diz o professor de Jornalismo John Huxford, da Universidade Estadual de Illinois.

"Essa função de 'sentinela' que o jornalismo tem para determinar o que é notícia e o que não é sempre foi controversa, sem dúvida. Mas agora estamos testemunhando o quão ruim pode ser quando essa função entra em colapso", acrescentou.

Depois de certa relutância em se definir como "mídia", empresas de Internet redobraram seus esforços para identificar notícias falsas e promover histórias que vêm de fontes confiáveis.

"Empresas de tecnologia como Apple, Google, Snapchat, Twitter e, acima de tudo, Facebook assumiram muitas das funções da mídia tradicional, tornando-se atores-chave no mundo das notícias, querendo, ou não", aponta um relatório de março de 2018 do Centro de Apoio ao Jornalismo Digital da Universidade de Columbia.

Fake news se espalham mais rápido

Vários estudos mostraram que as "fake news", mais sensacionalistas e chocantes do que as notícias verdadeiras, espalham-se muito mais rápido na Internet por causa da maneira como as redes sociais priorizam a "viralidade".

"As notícias políticas falsas se espalham mais, atingem mais pessoas e se tornam mais virais do que qualquer outra categoria de informação", aponta um relatório do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).

Os pesquisadores do MIT analisaram 126 mil boatos que chegaram a três milhões de pessoas e descobriram que as notícias falsas atingem um número maior de pessoas do que as reais.

"Descobrimos que as notícias verdadeiras levaram seis vezes mais tempo para atingir um público de 1.500 pessoas do que as falsas", explicam os pesquisadores.

Alunos do Instituto de Internet de Oxford chegaram a conclusões semelhantes, observando que, em muitas plataformas on-line, as notícias são "ordenadas por sua relevância, usando algoritmos complexos que foram codificados para classificar, filtrar e enviar conteúdo de uma forma que se maximize o envolvimento do usuário com essa informação", segundo um estudo.

"A velocidade e a escala em que um conteúdo 'viraliza' cresce exponencialmente, independentemente de se a informação é verdadeira, ou não", escreveram os pesquisadores da Universidade de Oxford Samantha Bradshaw e Phillip Howard.

Huxford ressalta que muitos internautas não sabem distinguir notícias falsas de verdadeiras, o que torna o papel da grande mídia muito importante.

"É por isso que Trump rotular a imprensa tradicional de 'fake news' é tão prejudicial", acrescenta.

"No momento em que há muitas invenções e mentiras circulando pelo sistema, a credibilidade de fontes confiáveis ​​também está sendo minada", ressalta.

Há alguns sinais encorajadores para a grande mídia, como o aumento das assinaturas digitais dos jornais The New York Times e The Washington Post, mas muitos outros veículos menores ainda estão lutando com a mudança para uma plataforma digital.

Novos perigos para os jornalistas?

Os jornalistas podem enfrentar novos perigos nesta nova realidade e, em muitos casos, são apontados e criticados por líderes políticos, mesmo que estejam tentando desmontar informações falsas.

No Brasil, as organizações de checagem de notícias Lupa e Aos Fatos, que estabeleceram uma parceria com o Facebook para atacar as "fake news", enfrentaram ameaças e assédios, e alguns grupos as acusam de serem ideologicamente tendenciosas.

O governo filipino, por sua vez, revogou a licença do site Rappler, que tem feito esforços no campo da verificação de notícias, o que não agradou aos partidários do presidente Rodrigo Duterte.

Nos Estados Unidos, a imprensa goza de proteção constitucional, mas algumas pessoas alertam que as consequências dos ataques de Trump estão começando a ser vistas.

Após o tiroteio na redação de um jornal em Annapolis, Maryland, uma renomada jornalista afirmou que a postura do Trump prepara o terreno para a violência contra os meios de comunicação.

"Ele diz que nós somos os inimigos do povo. Nos acusa de antipatriotismo, de não amar o nosso país... E ainda ficamos surpresos quando alguém pegua uma arma para nos matar", ressaltou a colunista do Washington Post Jennifer Rubin em entrevista à HBO.

O valor da checagem

A verificação das informações tem crescido nos últimos anos, com 149 iniciativas em 53 países, de acordo com o laboratório de repórteres da Universidade de Duke.

O Facebook fez parcerias em 14 países para a checagem de notícias ("fact-checking") com 25 organizações, incluindo a AFP, para impedir a disseminação de notícias falsas.

No entanto, a verificação das informações tem seus limites, e muitas pessoas continuam a acreditar nas "fake news" quando lhes convém, apesar dos esforços feitos para refutá-las, como mostram os estudos.

No final de 2016, um homem armado deu vários tiros em uma pizzaria de Washington, por acreditar que o lugar fosse a base de uma rede de prostituição que usava crianças, e na qual Hillary Clinton estaria envolvida, de acordo com o que tinha lido na Internet. E 51% dos eleitores republicanos, em uma pesquisa divulgada recentemente, disseram acreditar que o ex-presidente Barack Obama nasceu no Quênia.

Uma pesquisa do Pew Research Center do ano passado revelou que 23% dos americanos admitiram compartilhar histórias com base em notícias falsas, e quase a metade confessou que sabia que a história era falsa.

A Organização das Nações Unidas Mulheres (ONU Mulheres) divulgou um processo seletivo para duas vagas de estágio voluntário de nível superior em Brasília. Para participar, é necessário estar cursando a partir do 4º período dos cursos de comunicação social, jornalismo, publicidade e propaganda, marketing, design e em áreas afins. 

Os candidatos serão selecionados através do envio de currículos no formulário P-11 e cartas de motivação, e da realização de entrevista e prova realizadas através da internet nos dias 26 e 27 de junho.

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Para concorrer, os interessados devem enviar a documentação por e-mail para o endereço unwomenbra.hr@unwomen.org até às 23h59 da próxima quinta-feira (21), com o assunto “Estágio-voluntário de Comunicação”.

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O consumo de notícias está se transferindo cada vez mais de redes sociais como Facebook para plataformas de mensagens como o WhatsApp, segundo um estudo publicado nesta quinta-feira, que constata também o aumento da desconfiança em relação às notícias nestas plataformas.

O relatório do Instituto Reuters, que analisou 37 países de cinco continentes, concluiu que o consumo de notícias nas redes sociais caiu 6% nos Estados Unidos em relação ao ano passado.

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"Quase toda a queda se deve à redução da descoberta, publicação e compartilhamento de notícias no Facebook", disse o principal autor do estudo, Nic Newman, um dos criadores do site da BBC News.

A imagem do Facebook sofreu o pior golpe de sua história neste ano, quando se soube que dados privados de seus usuários eram usados irregularmente com fins políticos.

O caso levou muitas pessoas no mundo todo a abandonarem o Facebook e passarem mais tempo no WhatsApp e Instagram, embora ambos sejam propriedade do Facebook.

O estudo "2018 Digital News Report" estimou que cerca de metade dos consultados na Malásia (54%) e Brasil (48%) usam agora o WhatsApp, como um terço dos entrevistados na Espanha (36%).

O relatório, elaborado a partir de uma pesquisa feita pela empresa YouGov com 74.000 consumidores de notícias na internet, mostrou também o aumento do uso do Instagram na Ásia e América do Sul, enquanto o Snapchat avançou na Europa e Estados Unidos.

A confiança média nas notícias se manteve estável em 43%, mas só 23% afirmaram confiar nas notícias que encontram em redes sociais.

Com a chegada da internet e dos dispositivos móveis, o jornalismo vem se modificando para poder alcançar cada vez mais público e as novas gerações. Pensando em discutir essa transição do jornalismo, o grupo de pesquisa de Interações e Tecnologia na Amazônia (ITA), a Universidade Federal do Pará (UFPA) e a Universidade da Amazônia (Unama) realizaram a conferência “"Transições, inovações e desafios no Jornalismo para dispositivos móveis", ministrada pelo Prof. Dr. João Canavilhas, referência internacional em Webjornalismo e professor da Universidade da Beira Interior (UBI), de Portugal.

Reunindo alunos de graduação, profissionais, mestrandos e doutorandos de comunicação, o evento abordou questões sobre como fazer jornalismo na era digital usando as plataformas disponíveis. “Aqui iremos discutir sobre o futuro do jornalismo, o que mudou com a digitalização do jornalismo e o aparecimento dos dispositivos móveis, e de que forma essas mudanças tiveram impacto na profissão e no ensino do jornalismo”, disse o professor João Canavilhas, organizador do livro "Webjornalismo: sete características que marcam a diferença".

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Durante a palestra, o professor explicou que a emergência dos dispositivos móveis (iphones, smartphones, tablets) obrigou todo o ecossistema que envolve o jornalismo e a comunicação a se adaptar a uma nova realidade, uma realidade mais rápida e emergencial. Canavilhas enfatizou que os chamados dispositivos também se referem a qualquer plataforma que permita a interação e comunicação sem fios pela internet.

 Além de expandir o jornalismo, os dispositivos móveis também modificam o modo de ensino e consumo.“Esses dispositivos podem ser usados em dois momentos: nos meios de produção, no chamado ‘mobile journalism', e enquanto plataforma de consumo, que é o foco da discussão. Para podemos chegar nas novas gerações é preciso estar onde os jovens estão”, enfatizou.

A palestra de João Canavilhas pode ser acessada no perfil Facom UFPA no Facebook.

A convite do Grupo de Pesquisa Inovação e Convergência na Comunicação (InovaCom) e do Grupo de Pesquisa Interações e Tecnologias na Amazônia (ITA), o professor João Canavilhas, da Universidade da Beira Interior (UBI), de Portugal, vai ministrar a conferência "Transições, inovações e desafios no jornalismo para dispositivos móveis", na Universidade Federal do Pará (UFPA), na tarde de quarta-feira (6). A conferência será às 16 horas, no Auditório Benedito Nunes, no campus do Guamá. 

A conferência marca o retorno das atividades do Grupo de Pesquisa Interações e Tecnologias na Amazônia (ITA), criado em parceria entre o Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Cultura e Amazônia (PPGCom), da UFPA, e o Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Linguagens e Cultura (PPGCLC), da Universidade da Amazônia (UNAMA). O ITA reúne docentes e discentes de pós e da graduação das duas instituições e atualmente é coordenado pelas professoras Elaide Martins (PPGCom/UFPA) e Analaura Corradi (PPGCLC/UNAMA).

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Para Canavilhas, a visita é uma excelente oportunidade para discutir o futuro do jornalismo com os investigadores do ITA, do InovaCom e com os demais interessados. "Pretendemos aproximar as comunidades científicas brasileira e portuguesa que se dedicam ao estudo das novas tecnologias no jornalismo, esperando-se que desta relação possam surgir candidaturas a projetos e estágios de doutorado e pós-doutorado nos dois lados do Atlântico”, afirmou.

O trabalho de pesquisa do professor concentra-se no jornalismo on-line, no jornalismo para dispositivos portáteis e na narrativa jornalística para Web. A repercussão de sua obra tem servido de referência para diversos trabalhos acadêmicos em âmbito nacional e internacional. 

Para a professora Elaide Martins, "a conferência é uma oportunidade singular para ampliar as discussões que são feitas nesses grupos de pesquisas e nas disciplinas desses programas, procurando compreender as mudanças e desafios que as tecnologias da comunicação descortinam em nosso cotidiano, sobretudo a partir do uso dos dispositivos móveis”.

Doutor em “Comunicação, Cultura e Educação” pela Universidade de Salamanca, João Canavilhas é pesquisador e docente na Faculdade de Comunicação e vice-reitor para as Áreas de Ensino, Internacionalização e Saídas Profissionais na Universidade da Beira Interior (UBI), em Covilhã, Portugal. Ele integra o Labcom/IFP na UBI, onde investiga os variados aspectos das relações entre comunicação e tecnologias.

É autor da tese "Webnoticia: propuesta de modelo periodístico para la WWW”, uma importante contribuição para a identificação de uma linguagem convergente para o Webjornalismo. Além disso, escreveu diversos artigos científicos, como: “Webjornalismo: da pirâmide invertida à pirâmide deitada” e “Jornalismo Transmídia: um desafio ao velho ecossistema midiático”.

Canavilhas também participou da organização de vários livros. Entre eles, pode-se destacar o "Notícias e Mobilidade: o jornalismo na era dos dispositivos móveis", "Jornalismo para dispositivos móveis: produção, distribuição e consumo" e o "Webjornalismo: sete características que marcam a diferença", no qual também é autor do capítulo Hipertextualidade. Para a produção deste último livro, Canavilhas convidousete autores, de sete países diferentes, para dissertar sobre cada uma das característicasque marcam e diferenciam o Webjornalismo.

O evento é gratuito e aberto a todos os interessados e conta com o apoio da Faculdade de Comunicação (Facom) e da Pró-Reitoria de Relações Internacionais (PROINTER), da UFPA.

Serviço

Conferência "Transições, inovações e desafios no jornalismo para dispositivos móveis", com João Canavilhas.

Local: Centro de Convenções Benedito Nunes, dia 6 de junho de 2018, 4ª-feira, às 16h. Entrada Franca.

Da assessoria da UFPA.

 

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