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Diante dos ânimos arrefecidos no cenário político nacional, militantes vão às ruas do Recife, nesta sexta-feira (18), para defender o governo da presidente Dilma Rousseff (PT), a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como ministro-chefe da Casa Civil e a democracia. O ato é organizado pelo PT de Pernambuco e a Frente Brasil Popular, que reúne entidades como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Movimento Sem Terra (MST), além do PCdoB. 

A concentração da passeata será a partir das 15h, na Praça do Derby, área central do Recife. De lá, os militantes pretendem seguir pelas Avenidas Governador Carlos de Lima Cavalcanti, Conde da Boa Vista e Guararapes até chegar a Praça da Independência. O ato incialmente estava marcado para acontecer em Brasília Teimosa, na zona sul da capital pernambucana, no entanto, por conta da logística, o local foi alterado. 

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Apesar da tensão instalada no país, o pedido dos que apoiam o governo é de paz. “Estamos pedindo prudência aos militantes, para que eles não aceitem provocações. Está acontecendo um processo de ódio e intolerância muito grande no país, mas quem enfrentou a ditadura não vai se submeter a estes ataques. Não vamos ser coagidos de maneira nenhuma. Sabemos que o que está em jogo não é à saída de Dilma ou um ‘orquestramento’ contra Lula, mas um ataque as nossas conquistas instaladas durante o governo do PT. Vamos, de forma tranquila, defender a nossa pauta”, frisou o presidente da CUT-PE, Carlos Veras (PT). 

Além das bandeiras de defesa, os militantes vão criticar a atuação do juiz Sérgio Moro diante da condução da Lava Jato. “Está evidente a tentativa, que se arrasta há um ano e meio, de tentar desrespeitar o voto soberano e legitimo de 2014. Não só para tirar a presidenta, mas para mudar um modelo de país. Há um condomínio – formado por Eduardo Cunha, o PSDB, Sérgio Moro e alguns procurados”, cravou o presidente estadual do PT, Bruno Ribeiro. “Não aceitamos que manipulem as investigações da corrupção para fatos políticos, isso já está ficando muito evidente”, acrescentou.

Segundo a organização, a expectativa é de que 50 mil pessoas participem da manifestação. O Bloco Carnavalesco Eu Acho É Pouco também divulgou apoio e vai participar da mobilização. 

O presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), Cândido Ribeiro, derrubou agora há pouco decisão que suspendeu a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no cargo de ministro-chefe da Casa Civil. O desembargador atendeu a um recurso da Advocacia-Geral da União (AGU).

A posse foi suspensa na manhã desta quinta-feira (17) pelo juiz federal Itagiba Catta Preta Neto, da 4ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal, durante a posse de Lula, realizada no Palácio do Planalto hoje (17) pela manhã.

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No despacho, o juiz disse que “a posse e o exercício no cargo podem ensejar intervenção, indevida e odiosa, na atividade policial, do Ministério Público e mesmo no exercício do Poder Judiciário, pelo senhor Luiz Inácio Lula da Silva”.

No recurso, a AGU alegou “ausência de imparcialidade objetiva” do juiz federal.

Para o ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo, Catta Preta tem se “engajado” contra o governo Dilma.  “Conforme apresentamos ao TRF, esse magistrado, contra o qual, pessoalmente, temos apenas que fazer elogios, tem se engajado publicamente em uma militância política contra o governo Dilma Rousseff. Não foram poucas as mensagens desse magistrado na questão relativa a um posicionamento pelo fim do governo Dilma Rousseff”, disse Cardozo, mais cedo, em entrevista coletiva à imprensa.

A ação do Partido Socialista Brasileiro (PSB) pedindo a suspensão do decreto presidencial que nomeou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como ministro-chefe da Casa Civil, protocolada no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta-feira (17), deveria ter sido “amplamente discutida” na legenda, segundo a análise de líderes socialistas pernambucanos. O pedido do PSB foi assinado pelo deputado federal Julio Delgado (MG) e endossado pelo presidente nacional da sigla, Carlos Siqueira. 

Vice-presidente nacional da legenda e governador de Pernambuco, Paulo Câmara, pontuou que não foi consultado sobre o assunto. “Foi uma posição de uma parte da bancada, mas que foi referendada pelo presidente nacional Carlos Siqueira. Não fui consultado. Decisões desse porte precisam de uma consulta maior do partido, mas ela já existe. É fato concreto. Como existe questionamentos da populações e áreas jurídicas pode ser uma oportunidade da Justiça responder isso”, ponderou.

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Sob a ótica do primeiro-secretário nacional da sigla e prefeito do Recife, Geraldo Julio, a decisão de ingressar com o pedido no STF aconteceu “com base na urgência” e “parece desnecessária”. “Não houve discussão sobre esse tema. Foi uma coisa feita com base na urgência e não houve discussão sobre isso. Vamos conversar, naturalmente. Não conheço o teor, mas a primeira análise parece desnecessária”, pontuou.

Além da suspensão da nomeação de Lula, a legenda também quer que as investigações referentes ao petista continuem sob a tutela da Justiça Federal em Curitiba. A relatoria da ação no STF ficou a cargo do ministro Teori Zavaski.

A presidenta Dilma Rousseff está reunida neste momento, no Palácio da Alvorada, com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tomou posse nesta quinta-feira (17) como ministro-chefe da Casa Civil. Em caráter temporário, porém, a posse de Lula está suspensa por liminar de um juiz federal.

Além de Dilma e Lula, estão na residência oficial o Advogado-Geral da União, José Eduardo Cardozo, e o novo ministro da chefia de Gabinete Pessoal da presidenta, Jaques Wagner, que deixou a Casa Civil.

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Até o momento, o Palácio do Planalto não se manifestou oficialmente sobre a liminar. Às 15h, o ministro da AGU, José Eduardo Cardozo, concederá uma entrevista a jornalistas sobre o assunto.

Recifenses contrários ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT) realizam um ato, nesta quinta-feira (17), no Recife. A intenção, segundo o movimento Direita Pernambuco, é fechar a Avenida Agamenon Magalhães nas proximidades da Praça do Derby. A mobilização está agendada para às 17h e, segundo um dos líderes do grupo, o autônomo Leandro Quirino, ainda não tem uma rota definida.  

“A intenção é fechar as faixas da Agamenon por um período, depois ainda não definimos se vamos seguir em caminhada para Boa Viagem [na zona sul] ou se faremos outro trajeto. Vai depender do calor das lideranças no local”, afirmou. O Direita Pernambuco também apoiou a manifestação que aconteceu na noite dessa quarta (16) na Avenida Boa Viagem contra a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para ministro-chefe da Casa Civil. 

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De acordo com Quirino, a principal pauta do ato de hoje é a deposição da presidente, mas o apelo contrário a posse de Lula e o apoio ao a Operação Lava Jato, que investiga o esquema de corrupção na Petrobras, também devem estar nas bandeiras levantadas pelos militantes. 

“O governo está totalmente destruído. Não existe mais República. Agora é o momento de pedir a deposição do governo. Estão querendo implantar o parlamentarismo sem consultar o povo e isso é um golpe. Se ela diz que não vai sair, vamos tira-la. Seja por impeachment ou qualquer outro meio que acharmos viáveis. Ela não vai terminar este mandato”, projetou o líder. 

Uma decisão da Justiça Federal de Brasília suspendeu, nesta quinta-feira (17), a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como ministro-chefe da Casa Civil. A decisão foi assinada pelo juiz Itagiba Catta Preta Neto e susta a nomeação publicada na edição extra do Diário Oficial da União dessa quarta (16).

No despacho, o magistrado afirma que a ação da presidente Dilma Rousseff (PT) é "em tese, de intervenção no exercício do Poder Judiciário" e justifica que a posse de Lula pode "ensejar intervenção, indevida e odiosa, na atividade policial do Ministério Público" contra o ex-presidente. Catta Preta Neto reconhece a complexidade do mérito da questão e determina o cumprimento imediato da decisão. 

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O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, informou que o governo vai recorrer ainda hoje da suspensão. "Estamos tomando o conhecimento da situação para poder recorrer", afirmou. A posse do ex-presidente aconteceu no Palácio do Planalto. Durante a cerimônia a presidente enalteceu o ingresso do aliado na equipe ministerial e disse que "pelos brasileiros" ela e Lula estariam juntos no comando do país.

Veja a íntegra da decisão:

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Após ter uma conversa com o ministro-chefe da Casa Civil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), interceptada pela Polícia Federal e vazada na imprensa, a presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou, nesta quinta-feira (17), que vai acionar os meios legais para apurar de onde saiu a ordem para grampear a ligação telefônica e a divulgação da mesma. O juiz Sérgio Moro foi o responsável por vazar a gravação. 

Durante discurso na cerimônia de posse dos novos ministros, entre eles o próprio Lula, que aconteceu no Palácio do Planalto, a petista questionou a legitimidade da justiça ao quebrar as garantias constitucionais da presidência e pontuou que repudia “total e integralmente todas as versões deste fato”. 

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“Somente haverá justiça com o respeito rigoroso aos princípios constitucionais. O funcionamento eficiente da justiça deve estar assentado na produção de provas sem ceder sua natural preponderância a outros instrumentos. Afinal não há justiça quando delações são tornadas publicas de forma seletiva para a execração de alguns investigados. Não há justiça quando leis são desrespeitadas, não há justiça quando as garantias constitucionais da própria presidência são violadas”, disparou Dilma Rousseff. 

Sob a ótica da presidente, quando a Justiça Federal “fere as prerrogativas” dela também pode fazer o mesmo com as dos cidadãos. Ela alegou que o diálogo divulgado nessa quarta (16) com Lula foi “publicizado com uma interpretação modificada” e, por isso, vai pedir a apuração da legalidade da interceptação que é, segundo Dilma, “uma agressão a democracia e a constituição”. 

“Queremos saber quem o autorizou, porque o autorizou e porque foi divulgado quando não continha nada que possa levantar qualquer suspeita sobre seu caráter republicano. Interpretação desvirtuada. Investigações baseada em grampos ilegais não favorecem a democracia deste país. Quando isso acontece fica nítida a tentativa de ultrapassar o Estado Democrático de Direito”, argumentou a presidente. 

A presidente disse ainda acreditar em estratégias para “convulsionar a sociedade brasileira em cima de inverdades”. “Os golpes começam assim. Não interessa aos brasileiros um ambiente que paralise o país e impeça o funcionamento normal das instituições”, observou. “Sou otimista e acredito na justiça do meu país. Sei que em qualquer situação muitos magistrados nossos, ministros de tribunais, ministros de Corte serão corretos na defesa das suas prerrogativas, tarefas e da proteção dos nossos direitos”, complementou Dilma Rousseff. 

Com a plateia cheia de aliados, a presidente Dilma Rousseff (PT) empossou, na manhã desta quinta-feira (17), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como ministro-chefe da Casa Civil. Inicialmente a posse estava agendada para a próxima terça-feira (22), mas foi antecipada para hoje. 

A cerimônia, que iniciou com o coro de “não vai ter golpe”, também empossou o novo ministro da Justiça, Eugênio Aragão; da Secretaria de Aviação Civil, Mauro Lopes; e o chefe de Gabinete Pessoal da Presidência da República, Jaques Wagner.  

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No início do discurso da presidente, momento de silêncio da plateia, um grito de “vergonha” foi disparado pelo deputado Major Olímpio (SD). Ele foi colocado para fora do local onde acontecia a cerimônia. 

A fala da petista foi repleta de recados a aliados, a oposição e a Polícia Federal, além disso, a presidente fez de afagos à experiência e parceria com o ex-presidente.  Segundo ela, o cenário de dificuldades costuma criar oportunidades e, desta vez, trouxe “a maior liderança política deste país” para o lado dela na gestão federal. 

“Conto com a identidade que ele tem com o povo deste país. Conto com a sua incomparável capacidade de olhar para os olhos do nosso povo, de entender este povo. Nós sempre estivemos juntos, pois temos em comum a consciência de um projeto extremamente generoso para o Brasil que olha, sobretudo, para aquela parcela do povo que é a mais sofrida”, afirmou. 

Segundo Dilma, o ingresso do ex-presidente quebra a tese de separação entre os dois. “Nós sempre estivemos perto. Tenho orgulho de ter trabalhado como ministra-chefe da Casa Civil... Pelos brasileiros estamos juntos outra vez. Neste momento não quero e não posso prescindir de ninguém. Temos que estar juntos pelo Brasil. A nossa base política, a base social e mesmo os opositores que querem o melhor para o Brasil”, argumentou. 

A presidente Dilma Rousseff também pontuou que está determinada a reestabelecer o equilíbrio do país e com Lula no governo ela disse que “terá ainda melhores condições para fazer isso”. 

Com um tom duro, Dilma ainda criticou a postura da oposição de não ter superado a derrota nas eleições de 2014. “Desde a minha reeleição em 2014 não fizeram outra coisa a não ser tentar paralisar o meu governo, me impedir de governar ou me tirar o mandato de forma golpista. Não exigimos nada a não ser o dialogo”, frisou. “Temos que superar os ódios e a atuação daqueles que não estão do lado da verdade e não terão força política para provocar o caos e a convulsão social”, complementou. 

Um ferrenho crítico da gestão petista, o deputado federal pelo PMDB, Jarbas Vasconcelos não ficou calado diante da indicação do ex-presidente Lula para ministro da Casa Civil. Na avaliação do deputado peemedebista, a nomeação de Lula “representa o fim do governo Dilma Rousseff”. 

Entre as ponderações feitas pelo parlamentar, está a de que Lula a indicação da presidente Dilma significa o ex-presidente iniciar um ‘terceiro mandato’.  "Hoje começou o terceiro mandando de Lula. E começou marcado pelo cinismo no seu mais alto grau. Como pode o País que já está afundado e degradado em uma crise sem precedentes ainda ver uma situação surreal e inédita como essa acontecer? As instituições e os poderes precisam reagir a isso. É uma vergonha e uma aberração ver a atuação do atual Governo", condena o deputado.

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O embarque do ex-presidente no governo federal significa, de acordo com Jarbas, uma "renúncia branca" de Dilma. "Lula nos apresentou e reapresentou ela como uma ‘gerentona’ capaz de tocar o País. E ela vestiu esse papel. Ambos mentiram e estão agora debochando do País. Não há mais Governo. É um desgoverno sem fim e o povo e o País sendo submetidos a isso. A falta de vergonha deles é sem limite", cravou o parlamentar.

A nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o comando da Casa Civil tem agitado a política nacional nesta quarta-feira (16). Para aos aliados, a participação do petista no 1º escalão do governo Dilma Rousseff (PT) vai garantir uma reestruturação política, já sob a ótica da oposição a escolha da presidente é uma “manobra” para garantir foro privilegiado ao padrinho político diante das acusações de envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras, investigado pela Lava Jato. 

Operação esta que, segundo o cientista político e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Adriano Oliveira, deve nortear a atuação do ex-presidente à frente da Casa Civil. Na análise do estudioso, o ingresso de Lula na equipe ministerial de Dilma deve ser observado por duas vertentes: uma positiva – como um remédio as crises política e econômica – e outra negativa – com a possível prisão de um ministro. 

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“Ela [a Lava Jato] pode diminuir o ritmo e não mais incomodar o presidente Lula. Se assim for pode-se considerar estratégia de Dilma, porque ela terá um articulador político, com a bagagem do ex-presidente, para mudar a política econômica e galgar espaços internacionais, além de um novo cenário da economia”, observou Oliveira em conversa com o Portal LeiaJá.

No entanto, caso a operação mantenha o ritmo acelerado e constate as acusações contra o ex-presidente trará um problema para a gestão federal. “Dilma pode também ter trazido um problema para o seu governo. Caso a Lava Jato continue em ritmo acelerado e as acusações das delações sejam confirmadas o STF pode mandar prender um ministro. O que aceleraria também o processo de impeachment contra a presidente”, projetou o estudioso. 

Segundo Adriano Oliveira, a ida de Lula para a Casa Civil também pode promover uma reforma ministerial. 

Durante discurso na tribuna da Casa nesta quarta-feira (16), as acusações de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assume o Ministério da Casa Civil apenas para garantir o foro privilegiado e ser blindado das investigações quanto o envolvimento dele no esquema de corrupção na Petrobras. O parlamentar pontuou que Lula chega ao 1º escalão do Governo Federal “com a finalidade de assessorar” a presidente Dilma Rousseff (PT) da mesma forma que ela o assessorou enquanto ministra da Casa Civil de 2005 a 2010. 

“Não há mentira maior. O ex-presidente que – assim como Dilma, foi preso político da ditadura militar – jamais se colocou acima da lei ou deixou de responder a qualquer demanda sobre esclarecimentos dos seus atos, mesmo quando essas ações foram absolutamente abusivas”, disse citando a condução coercitiva de Lula para prestar depoimento a Polícia Federal no último dia 4. 

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Sob a ótica do líder, as acusações de blindagem ofendem a atuação dos ministros do Supremo Tribunal Federal. “Ela traz implícita a perigosa ilação de que os integrantes da Suprema Corte julgam para proteger detentores de foro privilegiado”, pontuou. “Essa operação, aliás, o país fique tranquilo: ela não vai parar”, acrescentou garantindo. Durante sua fala, Humberto mencionou que o governo do PT foi responsável pela autonomia das instituições públicas e declarou que é graças ao governo Dilma que “não tem havido interferências no desenrolar dessa operação [a Lava Jato]”. 

“É hora de encerrarmos de vez com as acusações levianas e pensarmos no Brasil e em soluções que atendam aos interesses da nossa população soluções essas que não passam por golpes institucionais que levem à ruptura da ordem democrática nacional”, prega o líder do governo. De acordo com ele, Lula integra a gestão federal nesse sentido e com a missão de “construir uma unidade nacional em torno de grandes temas, que nos tire desse impasse improdutivo e devolva o Brasil aos trilhos do avanço e do desenvolvimento”. 

“Lula vem agregar sua experiência, seus conhecimentos, suas habilidades ao governo da presidenta Dilma para que, juntos, num grande esforço nacional, possamos tirar o Brasil da crise, recuperar nossa economia e retomar nossas discussões pelo crescimento e futuro”, observa, pontuando a “afinada parceria” entre Dilma e o ex-presidente. Humberto disse também que Lula protagonizou “um capital político inigualável construído no coração e na confiança dos brasileiros” durante os dois mandatos como presidente.

O líder destacou ainda a “grandeza” do ministro Jaques Wagner diante da mudança. “Ele foi de uma grandeza ímpar no processo de convencimento para que o ex-presidente assumisse a sua própria cadeira, dada a relevância da Casa Civil na articulação política e na coordenação de ações de governo”. 

Agora chefe do Gabinete Pessoal da Presidência da República, o ministro Jaques Wagner afirmou, nesta quarta-feira (16), em publicação nas redes sociais que “o cara voltou” ao mencionar a ida do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a Casa Civil, antes comandada por ele. Segundo Wagner, agora a articulação política do governo vai dar uma guinada maior. 

“A agenda do desenvolvimento, da retomada do crescimento econômico com justiça social, a articulação política e o diálogo com os movimentos populares ganharam um gigantesco reforço: o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva”, analisou o baiano.

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Na publicação, Jaques Wagner aproveita para agradecer a presidente por mantê-lo na equipe. “Agradeço a presidenta pela confiança ao me convidar para o Gabinete da Presidência, função que buscarei desempenhar com a mesma dedicação, empenho e compromisso que marcaram minha trajetória”, pontua.

O ingresso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na equipe ministerial do governo da presidente Dilma Rousseff (PT) acaba de ser oficializado pelo Palácio do Planalto. Em nota, publicada no Blog do Planalto, a presidente informa a alteração no seu ministério e convoca o ex-presidente para ocupar o cargo de ministro chefe da Casa Civil. 

No texto, assinado pela Secretaria de Comunicação Social, também é confirmada a ida do ex-ministro da Casa Civil, Jaques Wagner (PT-BA), para a chefia do Gabinete Pessoal da Presidência da República.

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A posse de Lula não teve data anunciada pelo Planalto, mas o presidente nacional do PT, Rui Falcão, disse que o ato vai acontecer na próxima terça-feira (22). "Terça-feira é a posse de Lula, o ministro da esperança", crava o dirigente no Twitter.

O documento ainda informa outra alteração na equipe de Dilma, desta vez na Secretaria de Aviação Civil que deixará de ser administrada por Guilherme Walder e passará a ser comandada pelo deputado federal Mauro Ribeiro Lopes.

A confirmação de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumirá o comando da Casa Civil foi recebida com indigestão por deputados que compõem a bancada de oposição. Para o líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), o ingresso de Lula na equipe “é uma tapa na cara da sociedade” e o retrato de que o petista tenta “fugir pelas portas do fundo”. 

“Em vez de se explicar e assumir as suas responsabilidades, o ex-presidente Lula preferiu fugir pelas portas do fundo. Vai assumir um ministério para garantir foro privilegiado e escapar do juiz Sérgio Moro. É uma confissão de culpa e uma tapa na cara da sociedade. A presidente Dilma, ao convidá-lo, torna-se cúmplice dele”, disparou. 

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Corroborando o posicionamento do líder, o deputado federal Betinho Gomes (PSDB) encarou a confirmação como uma “renúncia branca” da presidente. “Nomeação de Lula para Casa Civil, representa a renúncia branca de Dilma. Passou a ser uma presidente laranja ou rainha da Inglaterra”, observou.

Fazendo menção também ao retrato da rainha da Inglaterra, o deputado federal Mendonça Filho (DEM) disse que o “Brasil está à deriva” por culpa do PT e a única solução para isso é o impeachment. “Ao aceitar fazer parte do ministério da presidente Dilma, depois de ter recusado duas vezes, Lula deixa claro o descaso com que trata a Justiça brasileira. Essa decisão explicitou o papel de ‘Rainha da Inglaterra” que Dilma assumiu. O Brasil está à deriva, o PT acabou com todas as condutas republicanas que um governo deveria adotar. Atolados na lama da corrupção, com a economia em frangalhos, o governo virou as costas para à sociedade”, disparou. 

A bancada da oposição está se preparando para ingressar, em diversos estados, com um pedido da anulação da nomeação de Lula, como aconteceu com o ex-ministro da Justiça Wellington Lima e Silva. “Está muito claro desvio de finalidade. Lula não vai servir o povo brasileiro, vai se esconder da Lava-Jato. Nem Lula, nem Dilma tem credibilidade para enfrentar a crise e o caos político e econômico que eles mesmos implantaram. É uma tentativa de desviar o foco do impeachment. Mas não vamos permitir. O processo seguirá e vamos dar celeridade”, observou o deputado federal Ronaldo Caiado (DEM-GO).

O ministro da Casa Civil, Jaques Wagner (PT-BA), deve assumir a chefia do gabinete do governo da presidente Dilma Rousseff (PT). O comando da Casa Civil ficará, a partir de agora, a cargo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Wagner estava reunido com a presidente no Palácio da Alvorada para tratar dos trâmites finais para a troca. Agora ele segue para Salvador, onde pretende celebrar o aniversário com a família. 

“Ministro Wagner no dia de seu aniversário mostra grandeza e desprendimento ao deixar a Casa Civil! Lula novo Ministro da pasta!”, anuncia o líder do governo na Câmara, José Guimarães, em publicação no Twitter. Lula é o primeiro ex-presidente que assume uma pasta no Governo Federal.

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Dilma Rousseff e Lula também estiveram reunidos na manhã de hoje. A expectativa agora é pelo anúncio oficial do ingresso do ex-presidente na equipe ministerial. Além disso, há a possibilidade de que outras mudanças aconteçam no comando dos ministérios. 

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