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Bernardo Madrazo, um médico cubano que trabalhou na África, Guatemala e Venezuela, se prepara com dezenas de compatriotas para trabalhar nas aldeias indígenas mais distantes da Amazônia, aonde os médicos brasileiros não querem ir.

"A Amazônia será muito diferente do que fiz antes. Estou muito animado", explica este afro-cubano procedente de Cienfuegos, 47 anos e com 23 de experiência médica (dois na Guatemala, dois no Lesoto e quatro na Venezuela). Seu destino será o Vale do Javari, uma área de tribos isoladas na fronteira com o Peru.

O governo de Dilma Rousseff acaba de lançar o programa "Mais Médicos" para preencher 15.000 vagas nas regiões remotas e pobres do país. Serão 4.000 médicos cubanos e centenas de argentinos, venezuelanos, espanhóis e portugueses.

"O principal problema será a língua. Estudamos muito português, mas os indígenas não falam português, vamos ter que aprender suas línguas", explica Ania Ricardo, outra cubana que passou três anos em bairros pobres e violentos de Caracas e que agora irá para uma aldeia no rio Solimões, na Amazônia.

Junto com outros 40 compatriotas que chegam ao Brasil com um contrato de três anos, Madrazo e Ricardo tiveram seus primeiros contatos com indígenas brasileiros esta sexta-feira, com um treinamento na Casa de Saúde Indígena, a 25 km de Brasília, um local que abriga pacientes submetidos a tratamentos e cirurgias complicados em todo o país.

O pequeno Ruberilson, de 12 anos, dono de um belo sorriso e grandes cicatrizes escondidas por um boné, caminha batendo com sua bengala entre os cubanos depois de ter ficado cego há alguns meses. Ele se comunica em idioma ianomami.

"Era um tumor benigno, mas demorou em ser atendido e afetou o nervo óptico. Será difícil seu retorno para a aldeia ianomami, porque é uma sociedade onde cada um tem sua função, pescar, caçar", explica uma encarregada do curso para os cubanos.

= A doença do espírito=

"O governo está determinado a dar prioridade à saúde indígena" e cobrir estas praças muitas vezes rejeitadas pelos médicos brasileiros porque são áreas muito remotas e que "requerem uma habilidade para tratar com uma cultura e hábitos muito diferentes", explica à AFP Antonio Alves de Souza, secretário de Saúde Indígena do governo brasileiro.

"São culturas que consideram o pajé como um médico e acreditam que a doença é do espírito e não do corpo. Não pode chegar alguém com essa visão de que a ciência do homem branco domina o mundo", explica.

A melhoria dos serviços de saúde pública foi uma das grandes reivindicações das manifestações que tomaram as ruas do Brasil em junho.

Mas o programa também gerou controvérsia.

Apesar de os médicos estrangeiros irem para as praças aonde os brasileiros não chegam, alguns deles foram recebidos nos aeroportos com vaias e declarações racistas.

Uma polêmica surgiu porque os cubanos recebem apenas parte dos 4.000 dólares que o Brasil paga, uma vez que o dinheiro é destinado ao governo de Havana. "Em Cuba, temos tudo garantido pelo Estado, eu não paguei um centavo para me formar, é nosso sistema, como também nos incutem a solidariedade de sair para exercer (a medicina) fora", explica Ania Ricardo.

Sétima economia do planeta, o Brasil tem uma taxa de 1,8 médico por 1.000 habitantes, menos que Argentina (3,2) ou Grã-Bretanha (2,7).

"A saúde no país estava cada vez mais precária. Realmente precisamos destes médicos estrangeiros e talvez incentivem nossos médicos a trabalhar melhor, me refiro aos que não querem ir a locais distantes ou atendem mal", diz Kenia Gomes de Matos, enfermeira da Casa de Saúde Indígena.

Nos últimos dozes anos, dobraram os índices de problemas de saúde na infância. Um desses problemas é a obesidade, que vem se tornando uma verdadeira epidemia e trazendo consigo outros problemas de saúde, a exemplo das cardiopatias. “O Brasil está se tornando um país com taxa muito elevada de obesidade infantil. Uma criança obesa tem uma chance muito alta de se tornar um adulto obeso, com comorbidades associadas como diabetes e síndrome metabólica”, afirma o médico cardiologista Tomás Mesquita.

De acordo com Tomás Mesquita, a criança deve ser acompanhada pelo pediatra desde o nascimento. Caso ele detecte algum problema, irá encaminhá-la para avaliação cardiológica. É importante, para essa prevenção, estar atento ao histórico familiar para detectar casos de diabetes, obesidade, hipertensão e dislipidemia, além de histórico familiar de cardiopatia congênita. “Se na família da criança há antecedentes de dislipidemia e obesidade, o pediatra solicita dosagem de colesterol e triglicérides a partir dos dois anos de idade. Em caso de alteração nestas dosagens, encaminha a criança para o cardiopediatra”, explica.

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O cardiologista explica que a primeira dosagem de lipídeos sanguíneos deve ser feita a partir dos dois anos de idade e repetida a cada cinco. Mas a prevenção pode ser iniciada antes disso, com o acompanhamento pré-natal e a adoção de hábitos saudáveis, como evitar o fumo durante a gravidez, por exemplo.

Abaixo, algumas dicas de como preservar a saúde do coração:

- Para quem tem a partir de 45 anos, os check-ups devem ser realizados anualmente. Antes disso, a cada dois anos. A avaliação cardiológica também deve ser feita por quem vai entrar em uma academia.

- Controlar os fatores de risco: pressão arterial, obesidade, tabagismo;

- Praticar atividades físicas regularmente (caminhadas ritmadas, natação, bicicleta...);

- Manter uma alimentação saudável, rica em vegetais, fibras e carnes brancas;

- Reduzir o consumo de álcool;

Municípios do Norte e do Nordeste serão os principais locais a receberem o primeiro grupo de médicos cubanos que chegaram ao Brasil. Em Pernambuco, 34 profissionais atuarão em 22 municípios. Em todo o país, 400 cubanos serão direcionados a um total de 219 localidades (206 municípios e 13 DSEIs). 

Este grupo atende a 29,4% dos 701 municípios que não foram selecionados por nenhum médico ao longo do chamamento individual, que deu prioridade a brasileiros com diplomas do Brasil e a brasileiros formados no exterior antes de convocar estrangeiros de países como Espanha, Argentina e Portugal. Confira a tabela com as cidades que receberão o programa:

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Juntas, as regiões Norte e Nordeste receberão 91% desses médicos – o equivalente a 364 profissionais. Eles trabalharão em unidades básicas de saúde de 187 localidades (69 municípios e 12 distritos indígenas no Norte e 105 municípios e um distrito indígena no Nordeste). Os 36 demais médicos irão para áreas carentes em 26 cidades do Sudeste e em seis do Sul.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirma que com a participação dos profissionais cubanos, já neste primeiro mês do programa, o governo conseguirá oferecer médicos a uma parte dos 701 municípios que não tinham sido selecionados por nenhum médico brasileiro, nem estrangeiro. “Este é ainda o primeiro passo, estamos no primeiro mês de chegada dos profissionais. O grande esforço do Ministério da Saúde é garantir o cumprimento da demanda total dos municípios prioritários e vamos fazer tudo o que for preciso para isso”, reforçou.

Até o fim do ano, outros 3.600 profissionais cubanos chegam ao Brasil para ocupar os postos remanescentes após novas rodadas de chamamento individual de brasileiros e estrangeiros.

A estreia do programa Mais Médicos foi adiada em várias partes do País pela falta de profissionais no primeiro dia de trabalho. Embora o cronograma oficial estabelecesse esta segunda-feira (2), como o dia em que 1.096 profissionais deveriam se apresentar para o início das atividades, em várias regiões os médicos não apareceram. O Ministério da Saúde não tinha estimativa das ausências.

Em Brasília, dos 15 profissionais inscritos, apenas nove se apresentaram. A subsecretária de Atenção Primária de Saúde do governo do Distrito Federal, Rosalina Aratani Sudo, atribui o alto índice de ausência à falta de interesse de parte dos profissionais. "A leitura que se faz é que eles se inscreveram sem convicção sobre se, de fato, gostariam de integrar o programa", disse.

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Na cidade de Araguaina, Tocantins, a estreia do programa também foi frustrada. Dos quatro médicos esperados, apenas um se apresentou. Dois disseram que não viriam e outro, que perdera o avião. "Vamos esperar esta semana. Mas a esperança que eles apareçam é quase nula", afirmou o superintendente de Atenção Básica da cidade, Osmar Negreiro Filho.

Para a cidade de 160 mil habitantes a prefeitura havia requisitado oito profissionais. "Se eles não vierem, vamos reforçar o pedido para o ministério. O mais provável é que, num segundo momento, as vagas sejam ocupadas por médicos cubanos", completou.

Em Imperatriz, no Maranhão, o placar de ausência foi semelhante ao de Araguaina. Dos quatro inscritos, apenas um compareceu. "Está claro que essa ausência em massa é fruto do boicote feito pelos médicos. Eles se inscreveram, mas sem interesse verdadeiro em integrar o programa", disse o coordenador de atenção básica do município, Anderson Gomes Nascimento.

Na cidade baiana de Feira de Santana, também quatro médicos foram selecionados e somente um se apresentou. "Um deles afirmou que seu registro não está valendo e outro, que não tem disponibilidade de tempo", disse Valdenice de Queiroz Costa Rodrigues, responsável pela atenção básica do município. "A nossa sorte é que não anunciamos para a população a chegada dos profissionais, justamente para não criar expectativas."

O Ministério havia fixado, num comunicado às secretarias municipais, esta segunda-feira como prazo para a apresentação dos profissionais que integram o programa. O início das atividades, no entanto, ficaria a critério de cada prefeitura. Em Brasília, por exemplo, os médicos inscritos devem passar por dois dias de treinamento.

As prefeituras têm até dia 12 para informar quantos médicos de fato ingressaram no programa. Atrasos até essa data podem ser tolerados e compensados, de acordo com a pasta, com desconto de dias de férias ou horas extras.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia, recebeu nesta segunda-feira (2) os seis profissionais brasileiros, de um total de 12, que se apresentaram e começam amanhã suas atividades pelo Programa Mais Médicos. Os profissionais foram distribuídos nas Unidades de Saúde da Família (USF) de três distritos sanitários do Recife – Adeisa Maria Toledo, em DS I (USF Santa Terezinha); Carlos Alberto Seal da Cunha, em DS II (Luis Wilson); Luiz Alves Sobrinho, Sergio Veloso Cavalcanti Costa e Marcela Fernanda Couto Beilfuss, nas DS V (Jiquiá, Jardim Uchôa, Coqueiral I e II, respectivamente).

Esses profissionais chegam para reforçar a rede no momento em que a Prefeitura do Recife inaugura um novo padrão de atendimento básico de saúde. As Unidades Básicas de Saúde passam a se chamar Upinhas Dia e a funcionar em locais apropriados. Das 22 Upinhas Dia previstas, 13 serão reconstruções de equipamentos já existentes e outras nove serão construções.

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As Upinhas Dia vão juntar-se às 20 Upinhas 24h no atendimento a pequenas urgências e emergências. Nessas últimas serão investidos R$ 30,6 milhões. Três delas já estão em obras (Córrego do Jenipapo, Linha do Tiro e Morro da Conceição). As 20 unidades serão entregues até 2016. A Prefeitura também vai reformar 68 Unidades de Saúde da Família. A reforma desses equipamentos está em licitação.

Os profissionais brasileiros inscritos no Programa Mais Médicos começam a atuar nos municípios de Pernambuco na próxima semana. Nesta segunda-feira (2), os médicos serão recebidos pelo secretário de vigilância em saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa.

Na primeira seleção do programa, 1.096 profissionais com diplomas do Brasil confirmaram atuação em 454 municípios de todo o país. O Mais Médicos foi lançado pela presidente Dilma Rousseff no dia 8 de julho e pretende ampliar o número de médicos nas regiões carentes.

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Com informações da assessoria

O secretário de Saúde da Prefeitura de Camaragibe, Região Metropolitana do Recife, Caio Melo, desmentiu nesta sexta-feira (30), a demissão de médicos no município, divulgado pela Folha de São Paulo. A reportagem aborda a troca de profissionais em vários municípios brasileiros com o intuito de economizar os gastos públicos aproveitando o Programa Mais Médicos do Governo Federal.

De acordo com o gestor da pasta, a inserção dos novos profissionais é para suprir a necessidade de algumas unidades de saúde e não serão demitidos ninguém. “A gente não vai demitir médicos, porque como se diz, é uma peça rara. O que eu disse ao jornalista é que necessariamente os médicos que estão hoje em Camaragibe nenhum são concursados. Eles são prestadores de serviços e pelo Programa Mais Médicos nós estamos na próxima segunda-feira (2), adquirindo mais quatro médicos que vão preencher as vagas abertas e isso é um dos critérios do Governo Federal”, explicou.

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O secretário de Saúde informou a naturalidade dos novos profissionais integrantes da rede municipal de Saúde e da grande alternância de médicos. “Todos os médicos são pernambucanos e nós já habilitamos. Essa questão dos médicos é muito rotativa, depende da lei da oferta e da procura. Tenho médico que trabalho há dois anos e tenho médico que trabalha há dois meses. Muitas vezes recebem uma proposta melhor de salário e saem”, reconheceu.

Os novos profissionais atuarão nas unidades localizadas no Bairro Novo, Asa Branca, São Jorge e Camará. “Mesmo com a ida dos médicos para esses locais, duas comunidades: Timbi e Celeiro ficarão sem profissionais, mas já estamos habilitando”, explicou Melo, acrescentando que essas duas necessidades também serão supridas pelo programa do governo através do envio de dois profissionais ainda no mês de setembro.

O Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) realiza nesta segunda-feira (26), às 19h30, na Associação Médica de Pernambuco (AMPE), uma Assembleia Geral Extraordinário (AGE), onde será discutida a possibilidade de uma greve. A categoria pretende intensificar o Movimento Nacional Médico que é contrário a Medida Provisória 621/2013 e a importação de médicos estrangeiros sem a aplicação do exame Revalida.

O presidente do Simepe, Mário Jorge Lôbo, fala sobre as reivindicações do movimento. “Lutar pelo repasse de 10% da Receita Bruta da União para o custeio da saúde pública, carreira de Estado que atenda ao Sistema Único de Saúde (SUS) como solução para melhor distribuição desses profissionais em regiões longínquas e de difícil acesso e a realização de concursos públicos.”

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Segundo Mário Jorge, a vida dos médicos cubanos não solucionar os problemas da saúde pública no país. “O Governo Federal apresentou suas armas e trata a vinda dos cubanos e os demais estrangeiros como “salvadores” dos problemas existentes na saúde pública do País. O Simepe defende o REVALIDA para assegurar a qualidade da assistência à população, investimentos no SUS a valorização e respeito aos profissionais médicos deste País.”

Do total de 1.772 inscritos no país para o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida), 424 candidatos ou 23,93% fizeram a prova em São Paulo neste domingo (25), segundo informações da Agência Brasil. O exame é obrigatório para profissionais que se formaram em outros países e querem trabalhar no País.

Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pelo exame, não houve o registro de nenhum incidente ou atrasos envolvendo os inscritos na capital paulista, onde as provas ocorreram em unidade da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), informou a Agência Brasil.

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A exemplo das demais localidades onde ocorre o Revalida, os médicos que fazem as provas em São Paulo cumpriram a primeira etapa, de testes de múltipla escolha, de manhã e, à tarde, as questões dissertativas.

Setenta médicos cubanos tiveram uma recepção tumultuada na tarde deste domingo (25), no aeroporto Pinto Martins, em Fortaleza. Cerca de 30 estudantes secundaristas e militantes do PT, PCdoB e PSB chegaram ao saguão do Pinto Martins ao meio dia. Pintaram faixas e cartazes de saudação aos médicos que vêm ao Brasil graças ao programa Mais Médicos. O tumulto aconteceu com manifestantes do Sindicato dos Médicos, que cobraram do Ministério da Saúde o Revalida para os médicos cubanos. O voo que trouxe os 70 médicos para Fortaleza saiu de Havana com 217 médicos, sendo que 147 foram para Recife (PE) e Salvador (BA).

As palavras de ordem dos estudantes que gritaram boas vindas para os cubanos eram rivalizadas com os médicos brasileiros. Foi preciso a intervenção do secretário nacional de gestão estratégica e participativa do Ministério da Saúde, Odorico Monteiro, ao garantir que os médicos cubanos não vão operar, mas "apenas fazer o atendimento na atenção básica e vão passar por uma avaliação permanente".

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O voo direto de Havana chegou com mais de duas horas de atraso. Previsto inicialmente para desembarcar às 13h20, o voo só chegou a Fortaleza às 15h30. Houve ainda mais 30 minutos de burocracia, além de recepção do governador do Ceará, Cid Gomes (PSB).

As boas vindas para os cubanos, a maioria de médicas (60%), foi cantada em verso e traduzida pela bandeira cubana além de cartazes e faixas. Os manifestantes ainda tumultuaram a entrevista coletiva dada por quatro médicos cubanos gritando palavras de ordem contra a Rede Globo.

O cubano Juan Hernadez disse que veio para o Brasil para poder trabalhar com qualidade, mas admite que "de início será um pouquinho difícil, mas acreditamos que vamos trabalhar com as melhores condições". Questionado sobre o fato de alguns postos de saúde no interior, onde ele vai trabalhar, não ter esparadrapo, gaze e remédios, Juan Hernandez disse ter "certeza que o governo brasileiro vai resolver isso".

Os cubanos que desembarcaram em Fortaleza vão começar nesta segunda-feira um treinamento de três semanas a ser dado por professores da Universidade Federal do Ceará (UFC) e da Escola de Saúde Pública do Ceará. Logo que chegaram eles embarcaram em três ônibus com destino ao 23º Batalhão de Caçadores do Exército, onde ficam alojados até serem destinados a municípios do Ceará, Piauí, Maranhão e Rio Grande do Norte em 16 de setembro.

Mesmo diante de tantos debates, as provas escritas do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida) serão realizadas neste domingo (25). A avaliação é direcionada aos profissionais que obtiveram o diploma no exterior. De acordo com informações do Ministério da Educação (MEC), a prova objetiva ocorrerá no horário das 8h às 13h, em Brasília, e os quesitos discursivos serão aplicados das 15h às 18h.

O Revalida será realizado em dez capitais brasileiras, com a participação de 1.772 candidatos que tiveram as inscrições homologadas e pagas. As cidades que receberão as provas são Brasília, São Paulo, Rio Branco, Manaus, Salvador, Fortaleza, Campo Grande, Curitiba, Rio de Janeiro e Porto Alegre.

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Adiamento do pré-teste

Um pré-teste do exame acabou sendo adiado. Ele seria aplicado a estudantes brasileiros do sexto ano de medicina. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) ainda não decidiu a nova data.

Dados do MEC apontam que foram inscritos 2.353 concluintes de medicina pelas 32 instituições de ensino superior, públicas e privadas, que participariam da amostra, porém, desse total, apenas 505 confirmaram a participação no estudo. Segundo a Diretoria de Avaliação da Educação Superior (Daes), esse número de participantes impede que os resultados do pré-teste atinjam o objetivo de subsidiar a subcomissão de Revalidação de Diplomas Médicos em suas decisões.

 

 

O Estado de Pernambuco vai receber 74 médicos do programa Mais Médicos do Governo Federal. Destes, 62 brasileiros e 12 estrangeiros, e começam a atuar em 34 cidades a partir de setembro. Ontem (22), houve no Recife, uma reunião com o secretário de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mozart Sales, e representantes dos municípios pernambucanos que receberão médicos pelo programa. 

“Este encontro ajudou a sanar as dúvidas dos prefeitos e gestores de saúde e prepará-los para fazer o receptivo destes profissionais. Ressaltamos, também, que o Mais Médicos é um programa que vai contribuir para suprir a carência desses profissionais e, assim, ampliar o atendimento nas áreas que mais precisam. Não é um programa para substituição ou transferência de médicos”, disse o secretário Mozart Sales.

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Lançado em julho deste ano, o programa Mais Médicos vai levar 1.340 profissionais para 516 municípios em todo o país nesta primeira etapa. Os médicos do programa atuarão, por três anos, nas unidades básicas de saúde, recebendo bolsa mensal de R$ 10 mil custeada pelo Ministério da Saúde. 

RESPONSABILIDADES – Para confirmar a participação dos profissionais e informar as unidades em que atuarão, os gestores municipais devem acessar o site do sistema do Mais Médicos (https://maismedicos.saude.gov.br) até o dia 26 de agosto.

É responsabilidade do município o custeio da moradia e da alimentação dos profissionais ao longo dos três anos de atuação. O gestor local deve oferecer também o translado do aeroporto até o município onde o médico realizará suas atividades, e, em casos de locais de difícil acesso, disponibilizar o transporte diário da moradia do profissional até a unidade de atendimento. 

Os municípios se comprometem também a não substituir médicos que já atuam na Atenção Básica local por profissionais do programa, uma vez que o objetivo é ampliar o número de médicos para atendimento à população. Dessa forma, o Ministério da Saúde, com base nos dados de 12 de julho do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), bloqueará o CPF do profissional do programa Mais Médicos, impedindo a inserção dele em equipes que já possuem médicos.

MAIS MÉDICOS –  O programa do Governo Federal selecionou no primeiro mês, 1.096 profissionais com diplomas do Brasil e 243 médicos com diplomas do exterior que já estão sendo deslocados. Além desses, 48 ainda estão apresentando documentos para emissão de passagem a tempo de participar do primeiro ciclo de avaliação. Os demais inscritos no programa podem dar continuidade ao cadastramento para participar da segunda etapa de seleção. 

Os médicos brasileiros começam atuar nos municípios dia 2 de setembro e os estrangeiros em 16 de setembro. Está aberta a segunda fase para os municípios que ainda não se cadastraram até o dia 30 de agosto.

Com informações da assessoria 

O jaleco branco, estetoscópio pendurado no pescoço, receituário na mão. Esse visual é o sonho de milhares de brasileiros. Se tornar médico é o objetivo de muitos estudantes que, tanto no âmbito privado quanto no público, batalham incansavelmente para serem aprovados nos vestibulares das instituições de ensino.

Os bons salários são um dos aspectos que fazem da graduação de medicina o curso mais procurado nas grandes faculdades e universidades. Além disso, ainda há aquelas pessoas que colocam o “fazer bem ao próximo” por meio das técnicas médicas como o fator primordial para a escolha do curso. E, para quem acredita de verdade na aprovação, não encontrar o nome no “listão” do vestibular pode ser apenas um “empurrão” na busca pela não reprovação.

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“O que eu ouvia, servia de combustível. Já estava com raiva por ter sido reprovado algumas vezes e escutar piada dos outros era o cúmulo. Mas, eu sempre quis medicina e a minha hora chegou”, diz Auremir Ferreira, que por sete vezes foi reprovado no processo seletivo para cursar medicina da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

De fato, a concorrência nos vestibulares é enorme. Na própria UFPE, por exemplo, o Vestibular 2013 teve o curso de medicina como o mais concorrido, com 35 candidatos para uma vaga. Em instituições privadas, a concorrência não é muito diferente. O último vestibular da UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau teve mais de 2,2 mil inscritos concorrendo a 120 vagas. Isso que dizer que 19 pessoas brigaram para uma vaga.

Diante de tanta concorrência, ser aprovado em medicina nas instituições de ensino brasileiras, principalmente as públicas, é um objetivo a ser muito comemorado. Há quem faça robustos investimentos financeiros em cursos preparatórios e aulas de disciplinas isoladas. “Estudei muito mesmo e está aí o resultado. Para passar, você abre mão de muita coisa. Depois da reprovação, ganhei maturidade e graças ao meu esforço fui recompensado. Estou muito feliz”, declarou Gustavo de Oliveira Arouco, quando aprovado em primeiro lugar geral no Vestibular 2013 da Universidade de Pernambuco (UPE).

Curso e mercado

O Ministério da Educação (MEC), no mês passado, elevou a carga horária dos cursos de medicina das redes pública e particular de ensino. Ela passou de seis para oito anos e, a partir do mês de janeiro de 2015, os alunos que ingressarem nos cursos de medicina, deverão cumprir, de forma obrigatória, um período de dois anos na grade curricular, em atividades no Sistema Único de Saúde (SUS).

O mesmo MEC, no dia 31, também de julho, desistiu de aumentar o tempo de curso – que ocorreu por causa do Programa Mais Médicos -, porém, o ministro da educação, Aloizio Mercadante, indicou um posicionamento para o ano de 2008. Mercadante defendeu que a residência médica se torne obrigatória ao final dos seis anos de graduação, para determinadas atividades de medicina. Nesse contexto, toda a residência será realizada no Sistema Único de Saúde (SUS). Obrigatoriamente, o primeiro ano será feito na atenção básica, emergência no sistema e urgência.

Na graduação, os estudantes passam inicialmente por disciplinas bases. De acordo com o coordenador do curso de medicina da UNINASSAU, Cláudio Lacerda (à esquerda da foto), na maioria das vezes, o aluno que ingressa na graduação não sabe ao certo qual especialidade vai seguir. “Ao longo do curso, quando eles entram em contato com as disciplinas específicas, eles começam a idealizar o que querem seguir de fato”, comenta Lacerda.

Fisiologia, bioquímica, anatomia de bioquímica são algumas das áreas que norteiam o início da formação dos futuros médicos. Porém, é partir do quinto período que os universitários começam a entender mais claramente as partes específicas do curso. “Não existem diferenças entre os cursos médicos. Todo mundo aprende os mesmos assuntos. Só na residência médica é que existem diferenciações de áreas de atuação”, explica o coordenador.

Lacerda opina que a residência médica é extremamente importante para a formação dos médicos. É nela onde são formados os cirurgiões gerais, dermatologistas, pediatras, cardiologistas, entre outros. “A residência médica é essencialmente prática. Os alunos têm a prática em tempo integral, passando por vários setores dos hospitais e cuidando dos pacientes”, destaca o profissional.

Pedro Ivo Padilha, de 26 anos, está bem próximo da residência. O rapaz cursa o nono ano de medicina na Universidade de Pernambuco (UPE) e afirma ter adquirido uma formação especial com a graduação. “É um curso bem amplo. Não é uma graduação voltada apenas para a doença. Você sempre tem contato com o povo, abrangendo diversos aspectos, como economia, política, religião. Ganhei uma experiência de mundo muito grande”, conta Padilha, que quer se tornar um mastologista.

De acordo com dados do Conselho Federal de Medicina (CFM), o Brasil soma hoje quase 378 mil médicos. Segundo a Federação Nacional dos Médicos (FENAM), o atual piso salarial para a categoria, levando em consideração 20 horas semanais, é de R$ 10.412. 

O primeiro mês de seleção do programa Mais Médicos foi encerrado na última terça-feira (13) com a confirmação da participação de 84 profissionais em Pernambuco, sendo 62 brasileiros e 22 com registro profissional de fora do país. Os participantes estarão distribuídos em 36 municípios, sendo a maioria (27) em regiões de extrema pobreza. O número de vagas preenchidas equivale a 12% da demanda dos municípios do estado, que apontaram a necessidade de 679 médicos para completar seus quadros na atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS).

Os municípios do Nordeste tiveram a maior cobertura de profissionais do Mais Médicos, com 261 cidades com profissionais confirmados. Em seguida, vêm as regiões Sul (103), Sudeste (101), Norte (78) e Centro-Oeste (36). Dos 18 distritos indígenas que receberão médicos, 15 estão no Norte, um no Nordeste e dois no Centro-Oeste.

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Considerando a quantidade de médicos alocados, o Estado com maior número é a Bahia, com 144 profissionais, seguida de São Paulo (134), Rio Grande do Sul (119), Ceará (117), Goiás (103), Minas Gerais (101), Paraná (98), Amazonas (88), Pernambuco (84) e Rio de Janeiro (70).

Dos 1.618 médicos confirmados em todos os estados do Brasil na primeira seleção do programa, 1.096 já atuam no Brasil, 358 são estrangeiros e 164 são brasileiros graduados no exterior. Cerca de 6,5 milhões de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) serão diretamente beneficiados na primeira etapa do Mais Médicos.

Confira a lista dos municípios que serão beneficiados em Pernambuco:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Ministério da Saúde

O primeiro mês de seleção do programa Mais Médicos foi encerrado na última terça-feira (13) com a confirmação da participação de 1.618 profissionais, que atuarão em 579 municípios e 18 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs). Este grupo, que contempla 1.096 médicos que já atuam no Brasil (938 profissionais com diplomas do Brasil que já haviam homologado sua participação e 158 que confirmaram sua atuação até segunda-feira), 358 estrangeiros e 164 brasileiros graduados no exterior, atenderá cerca de 6,5 milhões de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).

O desempenho do primeiro mês do Mais Médicos cobriu 10,5% da demanda apresentada pelos 3.511 municípios que aderiram ao programa e apontaram a existência de 15.460 vagas nas unidades básicas de saúde. Mais de 1.096 cidades prioritárias não receberão profissionais neste momento, de um total de 2.032 que ficaram de fora.

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Para continuar estimulando o preenchimento destes postos, o Ministério da Saúde abre inscrições para a segunda seleção mensal para médicos brasileiros e estrangeiros na próxima segunda-feira (19). Também será permitida a entrada de novos municípios no programa. “O fluxo para os médicos será contínuo, e já sabemos do interesse de médicos brasileiros que se formaram agora em julho. Continuaremos ampliando o número de médicos nas regiões onde mais precisam”, pontuou o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mozart Sales.

Com informações de assessoria

CARUARU (PE) - O programa do Governo Federal “Mais Médicos”, que revalida os diplomas de médicos formados em instituições estrangeiras já começa a dar frutos, em Caruaru. A cidade irá receber 20 profissionais que atuarão nas Unidades de Saúde Básica do município. Inicialmente chegarão cinco médicos, desse total.

A lista com os nomes dos profissionais selecionados na primeira chamada do programa já foi divulgada pelo Ministério da Saúde. o trabalho tem previsão de início no mês de setembro. Cada profissional ganhará uma bolsa de R$ 10 mil do Governo Federal.

Em todo o Brasil, foram selecionados 715 médicos com diploma de instituições de fora do país, para trabalhar no Sistema Único de Saúde (SUS).

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O programa “Mais Médicos” está sendo desenvolvido pelo Governo Federal com o objetivo de aumentar a oferta de médicos, principalmente nos municípios do interior e periferia das grandes cidades.

Os médicos estrangeiros selecionados poderão atuar sem necessidade de passar pelo Revalida, exame de revalidação do diploma.



A presidente Dilma Rousseff comentou nesta quarta-feira em Varginha, no sul de Minas Gerais, os planos de expansão nas vagas de medicina em universidades públicas e privadas no País. Respondendo a uma pergunta sobre a possibilidade da abertura de uma faculdade de medicina na cidade, Dilma disse que o Brasil está em plena campanha para aumentar e ampliar o número de médicos no Brasil.

"Nosso objetivo é aumentar 11 mil vagas nos cursos de medicina e 12 mil vagas em residência médica até 2017", disse. "Sim, vocês têm todas as condições de pleitear ao longo deste processo uma faculdade de medicina aqui em Varginha", completou, dizendo que o governo pretende construir escolas superiores públicas e privadas. Ela desembarcou por volta das 10 horas no município, onde participará nesta manhã da inauguração do câmpus avançado da Universidade Federal de Alfenas (Unifal).

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Menos de mil médicos confirmaram a participação no Programa Mais Médicos, anunciado em julho como uma das respostas da presidente Dilma Rousseff às cobranças e críticas à saúde. O número foi anunciado nesta terça-feira, 06, pelo Ministério da Saúde, que destacou a participação de 938 médicos para atender 404 cidades. As vagas preenchidas equivalem a 6% da demanda dos municípios - a necessidade para completar os quadros na atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS) é de 15.460 profissionais.

A quantidade de participantes do programa é 53% menor que o número de profissionais inscritos - 1.753 médicos afirmaram interesse em participar do Mais Médicos, mas 815 não concordaram com o local para o qual foram direcionados. Inicialmente, 626 municípios seriam atendidos.

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Dos 938 profissionais confirmados nessa primeira etapa, 51,8% atuarão nas periferias de capitais e regiões metropolitanas e 48,1%, em cidades do interior de alta vulnerabilidade social. Quase metade deles se formou entre 2011 e 2013.

Entre os 404 municípios que vão receber médicos pelo programa, 213 estão em regiões com 20% ou mais da população em situação de extrema pobreza, 111 em regiões metropolitanas, 24 são capitais. Foram atendidos, ainda, 16 distritos sanitários indígenas.

A região Nordeste foi a contemplada com maior número de profissionais: 372, direcionados a 203 cidades. Em seguida, é a região Sudeste, com 216 médicos para 77 municípios. A região Norte vai receber 144 profissionais distribuídos em 49 áreas. Outros 107 vão para 53 cidades da região Sul e 99, para 22 municípios do Centro-Oeste.

Os Estados que receberão mais médicos são Ceará (91), Bahia (85), Goiás (70), Minas Gerais (64), Espírito Santo (58), Pernambuco (55), Rio de Janeiro (49), Rio Grande do Sul (47), Amazonas (45) e São Paulo (45).

Outras etapas

A adesão abaixo do esperado levou o Ministério da Saúde a manter até quinta-feira, 08, a possibilidade de indicação, por médicos brasileiros, de seis opções de cidades em que desejam atuar. Uma nova lista será publicada no sábado, 10. Nesse mesmo período, os médicos brasileiros ou estrangeiros que atuam em outros países poderão selecionar municípios com vagas não ocupadas na primeira fase. Dia 15 de agosto tem início a próxima chamada de médicos e municípios.

Os profissionais do Mais Médicos, tanto brasileiros como estrangeiros, devem começar a atuar nos municípios no mês que vem. Os médicos formados no exterior serão avaliados e supervisionados por universidades federais, de todas as regiões do País, que se inscreveram na primeira etapa do programa.

O programa Mais Médicos, lançado pela presidente da República, Dilma Rousseff no dia 8 de julho, integra um pacto de melhoria do atendimento aos usuários do SUS na tentativa de acelerar os investimentos em infraestrutura nos hospitais e unidades de saúde e ampliar o número de médicos nas regiões carentes do País.

Os médicos participantes receberão bolsa federal de R$ 10 mil, paga pelo Ministério da Saúde, mais ajuda de custo, e farão especialização em Atenção Básica durante os três anos do programa.

O Nordeste será a região mais beneficiada com o programa Mais Médicos, do governo federal. De acordo com o Ministério da Saúde, 619 profissionais serão direcionados a 300 cidades e um Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI).

No total, nesta primeira etapa, foram selecionadas 626 cidades com 1.753 vagas. Dessas, 51,3% estão em municípios de maior vulnerabilidade social do interior e 48,6% nas periferias de capitais e regiões metropolitanas. De acordo com o Ministério da Saúde, todos os municípios contemplados integram a faixa prioritária do programa.

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O Sudeste é a segunda região a receber mais profissionais. Serão 460 dos médicos para atender 122 municípios. Em seguida vem a região Sul, com 244 médicos em 90 municípios. A região Norte vai receber 250 médicos em 74 municípios e 17 DSEIs; e o Centro-Oeste 180 médicos em 40 municípios e 5 DSEIs.

Processo - Os médicos selecionados têm até às 16h deste sábado (3) para homologar a participação no programa e assinar o termo de compromisso, confirmando o interesse para o município indicado. A lista final será publicada na segunda-feira (5) no site do Ministério da Saúde. A próxima chamada para médicos e municípios começa no dia 15 de agosto.

Apesar das vagas preenchidas, o déficit ainda é de 13.647 profissionais, conforme demanda apresentada por municípios de todo o país. No primeiro levantamento, 3.511 cidades apontaram a necessidade de mais 15.460 médicos. Com o resultado dessa primeira seleção, apenas 11% das vagas serão preenchidas, deixando 13.707 postos ociosos em 2.885 cidades.

O ministro Alexandre Padilha evitou falar sobre o boicote dos médicos brasileiros ao programa, destacando apenas que parte da grande demanda será atendida. “Estamos muito satisfeitos com esses profissionais que demonstraram interesse de atuar nas regiões mais carentes do Brasil, mas sabemos que ainda temos uma grande demanda para atender. Com o Mais Médicos, confirmamos que faltam muitos profissionais no interior do país e nas periferias de grandes cidades", disse.

A partir de terça-feira (6), o governo federal abrirá o processo de inscrições para médicos formados no exterior, a fim de preencher as vagas remanescentes. A prioridade será dada aos brasileiros graduados em outros países e, em seguida, para os profissionais estrangeiros. O prazo de inscrições seguirá até o dia 8. No dia 9, será publicada a lista dos municípios que receberão médicos estrangeiros.

Os médicos do programa – tanto brasileiros quanto estrangeiros – devem começar a atuar nos municípios em setembro. Todos os profissionais formados no exterior serão avaliados e supervisionados por universidades federais, de todas as regiões do país, que se inscreveram nesta primeira etapa do programa. Os médicos do programa receberão bolsa federal de R$ 10 mil, paga pelo Ministério da Saúde, mais ajuda de custo, e farão especialização em Atenção Básica durante os três anos do programa.

CAMPINA GRANDE (PB) - Os profissionais da saúde de Campina Grande cruzaram os braços, na manhã desta sexta-feira (02). A greve foi iniciada após reunião realizada nesta quinta-feira (1º), na qual o indicativo foi aprovado pelos servidores públicos municipais.

De acordo com o Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Públicos (Sintab), Napoleão Maracajá, a paralisação reinvidica o pagamento da Gratificação de Incentivo ao Trabalho (Git), execução e correção do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR), revogação integral da lei da pactuação dos serviços da Saúde, e ainda de outros benefícios.

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Maracajá informou que após a deflagração da greve, a Secretaria de Saúde se reuniu e agendou reunião para esta sexta-feira (2) e para a próxima terça-feira (6), quando propostas serão feitas. Caso estas propostas não interessem para a categoria, serão iniciadas as manifestações de rua, com passeatas e cartazes na terça e quarta-feira indo até a Câmara Municipal.

Ainda segundo o Presidente, um protesto, em dia ainda a ser marcado, será feito também no centro da cidade. “Haverá um dia de atendimento na Praça da Bandeira com os profissionais vestidos de preto, simbolizando nosso luto pela falta de interesse do poder público”.

Com a greve, as Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSFs) e os Postos de Saúde pararam os trabalhos. A Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) poderá também ter redução do número de atendimentos.

São ao todo, 23 categorias de braços cruzados. Segundo Napoleão Maracajá, médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, assistentes sociais, entre outros estão aderindo ao protesto.

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