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O temor por confrontos ou atos de violência nas manifestações programadas para o 7 de Setembro levou governos nos Estados e no Distrito Federal e o Supremo Tribunal Federal (STF) a adotarem medidas para garantir a segurança pública nas principais capitais do País. O planejamento visa a evitar que atos a favor e contra o presidente Jair Bolsonaro no mesmo dia resultem em algum tipo de conflito nas ruas. Em São Paulo e Brasília, a preocupação é agravada pelo fato de Bolsonaro ter anunciado presença nas manifestações. Revistas em busca de armas estão previstas nos locais dos atos.

Na capital federal, o Supremo - alvo de convocações bolsonaristas - decidiu fechar as portas na véspera do feriado. A Corte informou que vai decretar ponto facultativo no dia 6 de setembro para "facilitar os preparativos de segurança".

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Manifestações a favor do governo e do presidente estão previstas em todas as regiões do País. O tradicional Grito dos Excluídos, promovido desde os anos 1990 pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) no Dia da Independência, prevê atos em 63 municípios espalhados por 21 Estados.

Em São Paulo, a Corregedoria da PM montou uma operação para impedir a presença ilegal de policiais da corporação na Avenida Paulista, na área central, durante a manifestação bolsonarista. Todo efetivo será empregado na ação, que contará com os policiais que deveriam estar de folga e com os da área administrativa para "reforçar o patrulhamento disciplinar". Nos últimos dias militares da ativa e da reserva convocaram para os atos; em alguns casos, incitando crimes e violência contra instituições

O governador João Doria (PSDB) tentou barrar a manifestação da oposição ao governo, com o argumento de que a Secretaria de Segurança Pública iria vetar o ato, mesmo com a transferência de local para o Vale do Anhangabaú, também no centro, por motivos de segurança. O juiz Randolfo Ferraz de Campos, da 14ª Vara de Fazenda Pública da capital, no entanto, decidiu que não há possibilidade de vetar manifestações de grupos diferentes quando estão programadas para locais diferentes, e que é obrigação da PM garantir a segurança dos dois atos.

Presidente da comissão de Ação Transformadora da CNBB, d. José Valdeci Santos Mendes, disse que a entidade tem "uma preocupação muito grande" com possíveis episódios de violência no 7 de Setembro. "Não estamos satisfeitos com essa situação do País. Precisamos ter todos os cuidados, mas temos o dever de dizer que não estamos satisfeitos."

Reunião

Grupos bolsonaristas e oposicionistas se encontraram brevemente na sede do Comando de Policiamento de Área Metropolitano 1, na Liberdade, região central de São Paulo. Os dois tinham reuniões marcadas para discutir a segurança de cada um dos atos. Eles ouviram de comandantes da PM pedidos para que todos colaborem com a segurança, numa espécie de pacto de não agressão. Todos consentiram, de forma protocolar.

Os próprios organizadores devem orientar manifestantes com medidas de segurança, como evitar se deslocarem sozinhos até os locais de protesto e não responder a eventuais provocações. Isso não ocorreu nas manifestações anteriores que pediram o impeachment do presidente. Os PMs no entorno dessas manifestações devem revistar participantes para evitar a entrada de objetos que ficaram proibidos, como armas brancas, fogos de artifício, bastões e até drones. Os carros de som e veículos só devem entrar nos locais de manifestação após passar por vistoria prévia e aprovados pelo comando da PM.

Em Brasília, o Grito está marcado para a Torre de TV, a menos de dois quilômetros da Esplanada dos Ministérios. É lá que Bolsonaro deve estar durante a manhã para discursar a apoiadores, antes de embarcar para São Paulo. O governo do Distrito Federal informou nesta terça-feira, 31, que a Esplanada dos Ministérios deve ser reservada exclusivamente para as manifestações bolsonaristas no feriado do dia 7 de setembro.

Por estar no centro de Brasília e abrigar a sede dos Três Poderes, a Esplanada é, historicamente, o ponto central de grandes manifestações. Outra determinação para os atos é a proibição para que manifestantes levem "qualquer tipo de objeto que possa ser utilizado como arma".

"A gente faz essa revista para que as pessoas não ingressem com esse tipo de material", afirmou o secretário de Segurança Pública do DF, Julio Danilo. "(Vale para) qualquer tipo de arma: arma de fogo, arma branca, garrafa de vidro, barra de ferro, álcool líquido". O secretário disse que fogos de artifício entram na lista de itens proibidos.

Em outras cidades, contudo, a distância entre os atos será maior. Tradicional reduto dos bolsonaristas no Rio, o posto 5 de Copacabana fica a mais de 10 quilômetros do ponto do Centro em que o Grito marcou sua concentração, na esquina da Rua Uruguaiana com a Presidente Vargas.

Em Salvador, a passeata bolsonarista sairá do Farol da Barra, enquanto o Grito e o protesto Fora Bolsonaro terão trajetos diferentes, saindo do bairro do Campo Grande em direção à Praça Municipal. Também no Nordeste, João Pessoa também terá um esquema semelhante, com direito a monitoramento dos espaços com drones e policiamento motorizado.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que anunciará "em breve" mudanças para tornar o PIX mais seguro, o que poderá incluir a limitação de horário da transação pelos clientes. As medidas serão uma resposta ao aumento do uso do PIX em crimes.

Conforme a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, foram registrados 206 boletins de ocorrência de sequestro-relâmpago no Estado de janeiro a julho deste ano - aumento de 39,1% em relação ao mesmo período de 2020. A pasta não tem o detalhamento de quais dos casos envolvem o Pix.

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"Olhamos com cuidado associação do PIX com criminalidade. Anunciaremos em breve conjunto de medidas para PIX ser mais seguro", afirmou, em evento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e da Esfera.

Apesar de antecipar a adoção de medidas para tornar a transferência mais segura, Campos Neto defendeu que o aumento nos sequestros relâmpagos não estão necessariamente ligados ao PIX, mas sim ao aumento na circulação de pessoas com a melhora nos índices na pandemia.

"Sequestro relâmpago pode ser PIX, TED, DOC, qualquer coisa. Havia sequestros relâmpagos em ATMs, foram ajustando", completou.

Setor financeiro vê com ressalvas limitação de horário

Embora o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, tenha sinalizado a limitação de horários para operações no Pix, como uma forma de tornar a plataforma de pagamentos e transferências em tempo real mais segura, a avaliação no setor financeiro é que essa medida não é suficiente para reduzir a quantidade de crimes envolvendo a ferramenta.

De acordo com fontes do setor ouvidas pelo Broadcast, o rápido sucesso do Pix no Brasil - com mais de 96 milhões de pessoas físicas e cerca de 6,5 milhões de empresas cadastradas - veio acompanhado de uma rápida escalada em problemas, sem que houvesse tempo para que eles fossem corrigidos.

Um especialista em operações do setor bancário ouvido pela reportagem explica que existem diferenças marcantes entre os instrumentos. Enquanto uma transferência pelo Pix leva poucos segundos para ser concluída, as instituições têm, por exemplo, 20 minutos para fazer a liquidação de uma TED. "Eu consigo ligar para um cliente nesse tempo e ver se há algum problema com alguma operação suspeita. Além disso, a TED tem outras camadas de segurança, com a exigência de cadastro do beneficiário se o valor for muito alto", detalha.

O Broadcast apurou que o pleito do setor é para que as instituições possam estabelecer limites diferenciados do Pix com base na análise do perfil de cada cliente, e não necessariamente com relação ao horário de utilização do instrumento - uma vez que os golpes e sequestros-relâmpago também tem ocorrido à luz do dia. "Uma alternativa seria ter um limite para celular, um para o Pix pelo computador em casa, e outro para a madrugada. Dependeria da relação com o cliente", exemplifica a fonte.

Os usuários continuariam tendo liberdade para solicitar limites maiores ou menores. Hoje o prazo para mudança de limite é de até 1h, e essa seria uma das brechas utilizadas pelos sequestradores, que não precisam passar tanto tempo com as vítimas até conseguir fazer novas transferências. O pedido ao BC é para que esse prazo para alteração de limites passe para pelo menos 24h.

E mesmo diante da sinalização de Campos Neto de que o BC fará ajustes pontuais, há uma percepção no mercado de que as autoridades de segurança pública também poderiam estar atuando de maneira mais eficiente no combate a esses crimes. Isso porque qualquer transação do Pix possui total rastreabilidade e, mesmo que os recursos de golpes e sequestros sejam depositados nas contas de laranjas, seria possível chegar até eles para recuperar o dinheiro. "O Pix não é uma praga, como disse um delegado", conclui a fonte.

O Japão pretende ampliar para a maior parte do país as medidas de saúde já em vigor em algumas regiões, em uma tentativa de frear a propagação da Covid-19, que registra recordes de contágios.

No total, 33 dos 47 departamentos japoneses, incluindo a capital Tóquio, que atualmente é sede dos Jogos Paralímpicos, serão afetados, segundo uma lista aprovada nesta quarta-feira (25) por comitê de especialistas em saúde e que deve ser oficializada rapidamente.

Desde o fim de junho, o Japão enfrenta a quinta onda de coronavírus, a mais violenta até o momento, agravada pela propagação da variante delta, que é mais contagiosa.

Na sexta-feira passada o país registrou o recorde de infecções, com quase 25.900 casos em 24 horas. Na cidade de Tóquio, a média de novos contágios em sete dias quintuplicou em seis semanas.

Com a onda de contágios, o sistema hospitalar japonês está em uma "situação grave", afirmou nesta quarta-feira o ministro responsável pela luta contra a pandemia, Yasutoshi Nishimura.

O governo vai estender o estado de emergência de 13 para 21 departamentos, o que permite determinar que bares e restaurantes fechem mais cedo e não ofereçam bebida alcoólica, além de limitar os deslocamentos da população.

As normas, no entanto, não são respeitadas de maneira rigorosa.

Nishimura pediu aos governadores de todos os departamentos que reforcem as infraestruturas médicas, começando por reservas de oxigênio e mais funcionários.

Paralelamente, o Japão também vai intensificar a campanha de vacinação. Atualmente, 42% da população está completamente vacinada.

Desde o início da pandemia, em dezembro de 2019, o Japão registrou 15.600 mortes por covid-19, segundo o balanço oficial.

Novas restrições entraram em vigor nesta quarta-feira (18) em Israel, que na véspera registrou o maior número de contágios desde janeiro, apesar de uma grande campanha de vacinação contra a Covid-19.

O governo restabeleceu a obrigatoriedade de apresentação do certificado de vacinação ou do teste PCR negativo para entrar em restaurantes, hotéis, museus e bibliotecas, assim como para assistir eventos culturais e esportivos.

A medida também é aplicada a locais de culto que recebem mais de 50 fiéis.

O governo restabeleceu em julho a obrigação do uso de máscaras e locais públicos e espaços fechados.

Na terça-feira, as autoridades sanitárias anunciaram mais de 8.700 novos contágios, o maior número no país desde janeiro.

Israel foi um dos primeiros países a iniciar a campanha de vacinação em larga escala, em dezembro de 2020, graças a um acordo com a Pfizer, que entregou rapidamente milhões de doses ao Estado hebreu em troca de dados sobre o efeito e a efetividade de seu fármaco na população.

A campanha permitiu reduzir drasticamente o número de casos.

Nas últimas semanas, no entanto, os contágios voltaram a registrar alta devido à variante delta entre adultos não vacinados, mas também entre pessoas vacinadas há mais de seis meses.

Por este motivo, Israel começou a aplicar a terceira dose da vacina em pessoas com 50 anos ou mais, apesar do apelo da Organização Mundial da Saúde (OMS) contra a medida para que os países mais pobres consigam receber mais vacinas.

O primeiro-ministro israelense, Naftali Bennett, respondeu que a administração das doses de reforço em Israel, um país de nove milhões de habitantes, não afetaria as reservas mundiais e, ao mesmo tempo, permitiria provar a eficácia da terceira dose.

Bennett advertiu que o país poderia adotar um novo confinamento em setembro, mês de celebração de várias festas judaicas, caso a situação não melhore.

Israel tem um balanço de mais de 950.000 pessoas infectadas por covid-19, com 6.700 mortes.

Mais de 5,4 milhões de pessoas já receberam duas doses da vacina e quase 1,1 milhão a terceira.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, anunciou nesta quinta-feira, 12, quatro novas medidas para tornar o processo eleitoral mais transparente e confiável em meio à onda de desinformação que cerca o assunto.

A ação ocorre dois dias após a derrota do presidente Jair Bolsonaro na votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do voto impresso na Câmara dos Deputados. Apesar de ter fracassado ao encampar o discurso contra a urna eletrônica, Bolsonaro continua colocando em xeque a segurança do sistema e a realização de eleições em 2022.

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Diante dos constantes ataques que o sistema de votação eletrônico tem sofrido, a Justiça Eleitoral tornará público o acesso a alguns mecanismos de auditabilidade da urna, como a inserção dos programas, a inspeção do código-fonte, o teste de integridade do dispositivo e ainda vai estimular a presença de fiscais independentes no TSE para atestarem a confiança em cada uma das etapas.

"No início da sessão, expliquei às pessoas de boa-fé que o TSE é contra o voto impresso porque ele faria mal à democracia e ao sistema eleitoral. Anunciei providências para aumentar a transparência e o acompanhamento por parte dos partidos e da sociedade", escreveu Barroso em uma rede social.

Dentre as medidas anunciadas, o tribunal eleitoral apresentou a possibilidade de partidos políticos, técnicos e especialistas inspecionarem os códigos-fonte (programa instalado na urna que permite a computação do voto e a totalização do resultado) um ano antes da realização das eleições. A partir de 1º de outubro deste ano, os interessados poderão comparecer ao tribunal para acompanhar o processo desde o início. Anteriormente, a inspeção só podia ser realizada seis meses antes do pleito.

Outra novidade apresentada pela Justiça Eleitoral na tentativa de despistar os boatos e notícias falsas que envolvem a votação eletrônica é a possibilidade de os partidos políticos participarem como fiscais do processo de inserção dos programas computacionais na urna. O convite aos dirigentes e filiados partidários tem a intenção de garantir que os envolvidos verifiquem que o software utilizado é o mesmo que foi assinado digitalmente e lacrado.

"A realidade é que os partidos não compareciam, nem indicavam seus técnicos. Assim foi nas Eleições de 2016, nas Eleições de 2018, nas Eleições de 2020: nenhum partido compareceu para fiscalizar. Alguém poderia imaginar que é desídia dos partidos, mas não. Era a confiança que tinham no sistema e, por isso, nem se sentiam obrigados a vir aqui ver como estava sendo feito", disse Barroso.

O conjunto de medidas inclui também um estudo em desenvolvimento pela Secretaria de Tecnologia do TSE, cujo objetivo é aumentar o número de urnas eletrônicas auditadas às vésperas das eleições no teste de integridade. O procedimento consiste na escolha de cem urnas aleatoriamente para serem submetidas a uma simulação de votação em que são coletados os votos dos eleitores também em cédulas de papel para contrastar com os registros contidos na urna. O presidente do TSE frisou que o processo é realizado em ambiente controlado, com uso de câmeras, e que nunca houve divergência entre o resultado das urnas e dos registros em papel.

Por fim, o tribunal eleitoral anunciou a criação de uma comissão fiscalizadora formada por instituições públicas e cidadãos que terá o papel de acompanhar dentro do TSE cada etapa da preparação das urnas. O objetivo é que os envolvidos entendam como funciona o processo eleitoral em suas variadas fases de execução.

O governo espanhol anunciou nesta terça-feira (3) a prorrogação da suspensão dos despejos e a proibição de cortar luz e água, entre outras medidas para aliviar o impacto social da pandemia do coronavírus.

A porta-voz do governo, Isabel Rodríguez, anunciou "uma prorrogação do 'escudo social' até o próximo dia 31 de outubro", em declarações na coletiva de imprensa após a reunião semanal do governo, usando o termo adotado pelo Executivo para se referir a este conjunto de medidas.

"Esperamos que os indicadores de saúde nos digam, então, que poderemos enfrentar o futuro sem o 'escudo'", acrescentou.

O governo do socialista Pedro Sánchez adotou este pacote em março de 2020, em meio à primeira onda da pandemia da Covid-19.

As medidas iriam expirar em 9 de agosto. Além das já mencionadas, o pacote inclui o reforço do atendimento às vítimas de violência de gênero.

O Executivo espanhol também lançou um programa de assistência aos desempregados temporários, afetados pela suspensão da atividade das suas empresas, denominado ERTE. Nele, o Estado cobre 70% de seus salários nos primeiros seis meses, e 50%, depois. Este programa foi estendido, recentemente, até o final de setembro.

A economia espanhola registrou uma contração de 10,8% em 2020, uma das piores quedas na zona do euro. Esta queda foi causada, em grande parte, pelo colapso do setor de turismo. Voltou a crescer no segundo trimestre de 2021, e o governo prevê que terminará com um avanço anual de 6,5%.

Com 47 milhões de habitantes, a Espanha acumula 4,5 milhões de casos de coronavírus e 81.000 mortes, desde o início da pandemia.

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), anunciou nesta terça-feira, 20, a flexibilização das medidas sanitárias no Estado contra a covid-19. De acordo com o anúncio, as medidas entram em vigor hoje e se estendem até 30 de julho.

As novas medidas sanitárias incluem o retorno às aulas na rede pública estadual, a partir do dia 2 de agosto, no sistema híbrido; reabertura de cinemas, teatros e igrejas; e autorização de eventos com até 200 pessoas em ambiente fechado e 400 pessoas em ambientes abertos e ventilados. Além disso, foram suspensas as medidas de restrição de horários nos comércios, indústrias, bares, restaurantes, supermercados, academias e shoppings.

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Em entrevista coletiva, o governador fez uma ressalva sobre a volta às aulas que, segundo ele, se dará a partir de um processo progressivo e "de acordo com a realidade de cada escola". "Avaliamos que, com a segunda dose, mediante protocolo de retorno progressivo, teremos condições de retorno às aulas", afirmou o chefe do Executivo estadual. Já na rede municipal, o retorno deve ser decidido pelos prefeitos.

Dino comenta que as novas medidas são possíveis graças ao avanço da vacinação no País e queda no número de internações por covid-19. De acordo com dados da Secretaria da Saúde do Estado, atualmente, a ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), que chegou a ficar em mais 90%, estabilizou em 65% esta semana; já os leitos clínicos reduziram a ocupação para 48%. A taxa de contágio no Maranhão também teve queda, ficando abaixo de 1%.

Na segunda-feira, 19, o Maranhão registrava 34.687 casos ativos da doença, sendo 567 casos em internações de enfermaria e 388 em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Seguindo tendência da semana passada, nenhum óbito havia sido reportado nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, o Estado totaliza 331.085 contaminações e 9.445 óbitos por covid.

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A Câmara aprovou, na última quarta-feira (14), um projeto de lei em que constam uma proposta que cria mecanismos para a prevenção e o enfrentamento da violência doméstica e familiar contra a criança e o adolescente. Entre as medidas protetivas previstas no texto estão o afastamento do agressor; assistência às vítimas em centros de atendimento ou espaços de acolhimento e o aumento de penas. Texto segue para análise do Senado.

A relatora do projeto, deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC), disse que a proposta cria uma engenharia de combate à violência doméstica e familiar semelhante à Lei Maria da Penha (11.340/06), mas adaptada às crianças e adolescentes. Ela afirmou que a aprovação da proposta é uma resposta a situações que chocaram o país, como a morte do menino Henry Borel, no Rio de Janeiro.

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Com o intuito de evitar aglomerações, a Coordenação Nacional do Exame da Ordem Unificado e a Fundação Getulio Vargas (FGV), organizadoras do XXXII Exame da Ordem Unificado, resolveram que a entrada nos locais de prova, neste domingo (13), será escalonada.

Sendo assim, os candidatos acessarão os locais de aplicação do exame por horário, de acordo com a letra inicial do nome. Segundo o documento divulgado pela FGV, às 11h30 poderão ingressar os examinandos cujas letras iniciais dos nomes comecem de A a G.

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Às 12h, por sua vez, poderão acessar os locais de prova aqueles cujas iniciais comecem de H a N. Por último, os estudantes que as letras iniciais dos nomes sejam de O a Z podem ingressar nas salas às 12h30. A prova terá início às 13h.

Ao ingressar no local de prova, ainda de acordo com o documento, o exameninado deverá se dirigir diretamente para sua sala, obedecendo e respeitando os protocolos de segurança contra a Covid-19. É necessário usar máscara.

Confira, abaixo, a nota:

A Coordenação Nacional do Exame da Ordem Unificado e a Fundação Getulio Vargas, considerando as medidas restritivas e as regras de isolamento e condições sanitárias aplicadas por causa da pandemia de COVID-19, no intuito de evitar aglomeração na entrada dos locais de prova, sugerem a seguinte entrada escalonada dos examinandos, observado o horário de Brasília:

Horário de chegada/comparecimento:

Grupo I: às 11:30 – examinando com iniciais do nome de A a G;

Grupo II: às 12:00 – examinando com iniciais do nome de H a N;

Grupo III: às 12:30 - examinando com iniciais do nome de O a Z.

Ao ingressar no local de prova, o examinando deverá se dirigir imediatamente para a sua respectiva sala.

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Na noite desta sexta (4), o Procon-PE interditou um bar, localizado na Zona Oeste do Recife, por funcionar depois das 22h, com a presença de consumidores e som ligado,   desobedecendo aos protocolos contra a Covid-19 decretados pelo governo do Estado. Segundo o órgão de fiscalização, o 'Léo Chopp' já havia sido notificado em dezembro de 2020, pela Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária.

A operação faz parte das ações de fiscalização realizadas em todo o estado de forma conjunta por Procon-PE, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, gestões municipais e Vigilância Sanitária de Pernambuco. No estado, a utilização de som e a realização de show continuam proibidas em lanchonetes, bares e restaurantes.

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Caruaru

Na cidade de Caruaru, no agreste do estado, fiscais autuaram e interditaram o 'Restaurante do Portuga', no bairro de Indianópolis, às 21h da sexta (4). No local, os fiscais do Procon-PE observaram a presença de 21 pessoas, incluindo crianças, sem máscara. No mesmo município, outra ação dispersou um grupo de 18 pessoas que praticavam esportes em uma praça, sem fazer uso de qualquer medida de proteção contra a Covid-19.

 Em coletiva de imprensa realizada nesta quarta (2), o governo de Pernambuco anunciou que as medidas restritivas em vigor no agreste e na Região Metropolitana do Recife serão prorrogadas até o dia 13 de junho. Municípios sertanejos que integram as Macrorregiões de Saúde sediadas em Arcoverde, Afogados da Ingazeira e Serra Talhada apresentaram crescimento de 68% nas solicitações de leito de UTI nas últimas duas semanas, motivo pelo qual entrarão no esquema válido para Macrorregião 1, com restrições nos fins de semana, quando apenas serviços essenciais estão autorizados a funcionar.

Desta forma, as 65 cidades do Agreste, sendo 53 municípios das Gerências Regionais (Geres) de Caruaru e Garanhuns, além das 12 cidades da Geres de Limoeiro terão a quarentena rígida mantida. Nesses locais, mesmo de segunda a sexta, apenas atividades autorizadas poderão ser realizadas. Por sua vez, a Macrorregião 4, que contempla a região do Vale do São Francisco e Araripe, permanece no esquema de funcionamento até 20h, de segunda a sexta, e até 18h nos finais de semana.

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Durante a coletiva, o secretário estadual de Saúde, André Longo, frisou que Pernambuco segue enfrentando uma demanda por leitos maior do que a capacidade das redes de saúde pública e privada. Na semana epidemiológica 21, o estado manteve a tendência de alta de casos de Covid-19, com 1.975 registros de quadros graves suspeitos.

“Na análise por Macrorregião, temos um cenário de estabilidade na 4ª, seguido de um estágio de platô, em níveis ainda muito elevados na 1ª. No Agreste, conseguimos interromper a aceleração exponencial e os indicadores ficaram estáveis, mas a região continua gerando muitos doentes graves, pressionando a rede de saúde. Na 3ª Macrorregião, tivemos uma aceleração mais rápida, com um crescimento de 19% em uma semana e de 21% em 15 dias no número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, comentou Longo.

Oxigênio

O secretário informou ainda que o governo do Estado encaminhou mais concentradores de oxigênio para municípios do interior. “Distribuímos, até hoje, 154 concentradores de oxigênio para os municípios que mais precisavam. Montamos uma Central Emergencial de Fornecimento de Oxigênio que, do último sábado até o começo da tarde de hoje, já socorreu 40 municípios com o carregamento de 718 cilindros, totalizando 5.490 m³ de oxigênio”, explicou.

Israel flexibilizou nesta terça-feira (1) um pouco mais as restrições sanitárias impostas para lutar contra a Covid-19, mas mantém condições rígidas para a chegada de viajantes, anunciou o ministério da Saúde.

O país, que aplica uma campanha de vacinação em larga escala, permanece fechado a cidadãos de outros países, com exceção para aqueles com isenções por motivos profissionais ou familiares imperativos.

Todos os viajantes que chegam ao país devem respeitar uma quarentena de 14 dias, que só termina após um teste sorológico que comprove a vacinação ou imunidade suficiente.

As outras restrições na vida cotidiana foram suprimidas.

Nesta terça-feira foi cancelada a necessidade de apresentação do "passaporte de vacina" para entrar, por exemplo, em um restaurante ou hotel, assim como o limite de capacidade para estabelecimentos abertos ao público.

O ministro da Saúde, Yuli Edelstein, afirmou que o uso de máscara, ainda obrigatório nos locais fechados e nos transportes públicos, pode ser suprimido "em duas semanas".

As crianças, que não foram vacinadas, devem continuar usando a máscara na escola.

Dos 9,3 milhões de habitantes de Israel, mais de cinco milhões (55% da população) já receberam as duas doses da vacina.

Israel iniciou uma grande campanha de vacinação em dezembro graças a um acordo com o grupo farmacêutico Pfizer, que entregou milhões de doses ao país em troca de dados sobre os efeitos da imunização a partir das bases de dados do sistema de saúde israelense.

Nesta terça-feira, Israel anunciou quatro casos de covid-19 nas últimas 24 horas, contra mais de 10.000 no pior momento da epidemia.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, repetiu nesta quarta-feira que o governo tem um "olhar especial" para os trabalhadores mais vulneráveis e voltou a citar os estudos para lançamento em breve do Bônus de Inclusão Produtiva e o de Qualificação (BIP e BIQ). "Queremos evitar o efeito cicatriz dos jovens que estão chegando ao mercado de trabalho e não encontram empregos. No BIP, governo vai pagar R$ 300 de um lado, e as empresas R$ 300 de outro lado, pagando para darem cursos de qualificação. O jovem será treinado para desempenhar o papel que depois será o seu emprego. Algumas empresas importantes, McDonalds, já têm conversado com governo", adiantou.

Segundo o ministro, o governo tem os recursos necessários para bancar o programa ainda em 2021. "Temos os recursos para esse ano, mas em vez de lançar um contrato de seis, estamos tentando arrumar fontes para 2022, para que o contrato possa ter um ano, pelo menos", completou.

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Guedes voltou a destacar a resiliência da economia brasileira na crise. O ministro voltou a citar os programas lançados pelo governo, como o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm). "Agora essa nova geração de programas ajudarão a empregar também os invisíveis. Não só vamos formalizar o trabalho, como vamos criar uma rampa de ascensão social. O Brasil já atravessou a onda do impacto econômico, agora temos que resistir à covid", concluiu.

O mercado de trabalho formal brasileiro registrou um saldo positivo 120.935 carteiras assinadas em abril, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). No acumulado dos quatro primeiros meses de 2021, ao saldo do Caged é positivo em 957.889 vagas.

A partir desta quarta-feira (26), as regiões administrativas de Pernambuco passarão por um novo período de aplicação mais rígida das medidas restritivas, para tentar conter o avanço da Covid-19 no Estado. As novas regras valerão de 26 de maio a 6 de junho, como complemento ao Decreto nº 50.561, de 23 de abril de 2021, e são exceção para as macrorregiões 3 e 4 (ambas no Sertão do Estado), nas quais permanece o funcionamento das atividades em geral até 20h, de segunda a sexta-feira, e até 18h, nos fins de semana.

Estas medidas contemplam o funcionamento de escolas e universidades, públicas e privadas; escritórios comerciais e de prestação de serviços; clubes sociais, esportivos e agremiações (não se aplicam à realização de jogos de futebol profissional); competições e práticas esportivas coletivas, profissionais ou voltadas ao lazer; praias marítimas e fluviais, inclusive os calçadões e parques; ciclofaixas destinadas a atividades de lazer ou recreativas; e shoppings centers e galerias comerciais.

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Confira abaixo os detalhes do novo decreto:

RECIFE E RMR

A capital pernambucana é contemplada pela Geres I, assim como as demais cidades da Região Metropolitana e Zona da Mata. Para este grupo, fica vedado o funcionamento de estabelecimentos e a prática de atividades econômicas e sociais de forma presencial apenas aos finais de semana, que dentro do período do lockdown correspondem aos dias 29 e 30 de maio e 5 e 6 de junho, independente do horário.

Desta forma, estão permanentemente fechados e/ou proibidos aos fins de semana no Grande Recife:

- O funcionamento de academias de ginástica;

- Acesso a parques;

- Ciclovias e ciclofaixas;

- Ciclofaixas destinadas a atividades de lazer ou recreativas;

- O acesso à praia e aos calçadões (*permitido apenas prática de esporte individual, exceto nadar no mar);

- Competições e práticas esportivas coletivas, profissionais ou voltadas ao lazer (*permitido apenas futebol profissional, desde que cumpra os protocolos do setor).

Durante a semana, as atividades acima estão permitidas até às 20h, também respeitando as medidas de proteção e o distanciamento social mínimo de um metro e meio.

Os municípios da Gerência Regional de Saúde (Geres) I são: Abreu e Lima, Araçoiaba, Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Chã de Alegria, Chã Grande, Glória do Goitá, Igarassu, Ilha de Itamaracá, Ipojuca, Itapissuma, Jaboatão dos Guararapes, Moreno, Olinda, Paulista, Pombos, Recife, São Lourenço da Mata, Vitória de Santo Antão.

Sertão

Diferentemente das demais regiões, no Sertão do Estado permanece o funcionamento das atividades em geral até 20h, de segunda a sexta, e até 18h nos finais de semana.

Agreste em quarenta mais rígida

São 65 municípios, contemplados pelas Geres II, IV e V, adotando medidas mais rígidas de segunda a domingo, no Agreste pernambucano. Os altos registros de casos na região e a lotação de unidades de Saúde preocupa o governo e coloca a área em estado de alerta.

Logo, academias de ginástica, parques, ciclovias, ciclofaixas, praias, competições esportivas e de lazer, ou qualquer atividade pública e presencial estão estritamente proibidas de segunda a sexta-feira e também aos sábados e domingos.

Seguem permitidos os serviços essenciais à Saúde e os descritos abaixo:

- Desde que possuam acesso externo e independente aos shopping centers e similares, os estabelecimentos destinados ao abastecimento alimentar da população neles localizados, a exemplo dos supermercados, ficam autorizados a funcionar;

- Fica autorizada, para o atendimento em agências bancárias e lotéricas, a abertura de shopping centers e similares;

- O funcionamento das feiras livres nos municípios abrangidos pelo decreto será disciplinado por ato do respectivo(a) prefeito(a), observando as peculiaridades locais e evitando aglomerações;

- As igrejas, templos e demais locais de culto podem ficar abertas, nos finais de semana inclusive, para a realização de atividades administrativas, serviços sociais e celebrações religiosas apenas de forma virtual, sem público.

Veja quais são as cidades das regiões administrativas mencionadas:

Geres II (Bom Jardim, Casinhas, Cumaru, Feira Nova, João Alfredo, Limoeiro, Machados, Orobó, Passira, Salgadinho, Surubim, Vertente do Lério);

Geres IV (Agrestina, Alagoinha, Altinho, Barra de Guabiraba, Belo Jardim, Bezerros, Bonito, Brejo oda Madre de Deus, Cachoeirinha, Camocim São Félix, Caruaru, Cupira, Frei Miguelinho, Gravatá, Ibirajuba, Jataúba, Jurema, Panelas, Pesqueira, Poção, Riacho das Almas, Sairé, Sanharó, Santa Cruz do Capibaribe, Santa Maria do Cambuca, São Bento do Una, São Caitano, São Joaquim o Monte, Tacaimbó, Taquaritinga do Norte, Toritama, Vertentes);

Geres V (Águas Belas, Angelim, Bom Conselho, Brejão, Caetés, Calçado, Canhotinho, Capoeiras, Correntes, Garanhuns, Iati, Itaíba, Jucati, Jupi, Lagoa do Ouro, Lajedo, Palmeirina, Paranatama, Saloá, São João, Terezinha).

O secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco, disse nesta quarta-feira (28), que a antecipação das duas parcelas do 13º benefício de aposentados e pensionistas deve ocorrer nos próximos dois meses.

"A data ainda está pendente, mas tudo indica que será nos dois meses subsequentes. Trata-se de um montante significativo de dinheiro, de cerca de R$ 56 bilhões para aproximadamente 31 milhões de aposentados e pensionistas. É um movimento não trivial, mas que entendemos necessário", completou Bianco.

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O ministro da Economia, Paulo Guedes, repetiu nesta quarta-feira, 28, que o governo continua acreditando em transformação de recuperação cíclica baseada em consumo em uma retomada do crescimento sustentável com base em investimentos. O ministro enfatizou que o País vai enfrentar a segunda onda da pandemia com vacinação em massa e privatizações.

"Amanhã chegam as novas vacinas da Pfizer e depois de amanhã a privatização da Cedae. Isso foi possível graças ao novo marco do saneamento. O Brasil é a única economia do mundo que faz reformas estruturantes em meio à pandemia. Elogio o Congresso brasileiro que continua aprovando reformas econômicas. Estamos conversando sobre prosseguimento da reforma administrativa e da tributária", completou o ministro.

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Guedes admitiu que o Brasil está, talvez, no pior momento da pandemia, mas avaliou que o País segue com espírito de "resiliência, compreensão e fraternidade" entre os brasileiros.

"O setor privado está entrando agora em coordenação com o governo na vacinação em massa e na ampliação de leitos", acrescentou o ministro.

Mais uma vez, Guedes argumentou que o governo segue vendendo empresas estatais, abatendo a dívida pública e reduzindo o déficit de despesas recorrentes. "Os gastos recorrentes continuam embaixo do teto de gastos. Temos um duplo compromisso com a saúde da população e com as gerações futuras. Cada geração precisa pagar pelas suas guerras", repetiu.

BIP

O ministro ainda reforçou que a equipe econômica deve lançar novos programas em breve, como o Bônus de Inclusão Produtiva (BIP).

"Não é só o problema do mercado formal de trabalho. O BIP é para ajudar os invisíveis", concluiu Guedes.

O BIP é o nome fantasia do governo para o chamado imposto de renda negativo, instrumento de transferência de renda para quem está trabalhando na informalidade e ganha menos do que um salário mínimo. O BIP seria destinado aos trabalhadores "invisíveis" e estaria associado à nova Carteira Verde Amarela, com menos encargos para a contratação.

O secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco, disse que BIP em estudo pelo governo é um complemento à decisão do Supremo Tribunal Federal sobre o benefício assistencial, que é da competência do Ministério da Cidadania. "Da nossa parte, seria uma proteção específica ao mercado informal de trabalho. Ainda estamos elaborando os pontos fiscal e orçamentários. Não é trivial. Vamos terminar os estudos e levar ao ministro Paulo Guedes e ao presidente da República antes de falarmos em detalhes", respondeu.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou, na manhã desta quarta-feira (28), durante encontro com apoiadores na saída do Alvorada, que o governo pretende elevar a média do benefício que é pago pelo programa Bolsa Família de cerca de R$ 190 para R$ 250 a partir de agosto ou setembro. Bolsonaro não especificou a origem dos recursos.

"Só com o auxílio emergencial no ano passado nós gastamos mais do que 10 anos de Bolsa Família. Então para o PT que fala tanto em Bolsa Família, hoje a média está em R$ 192. O auxílio emergencial está em R$ 250. É pouco, sei que é pouco, mas é muito maior que a média do Bolsa Família. A gente pretende passar para R$ 250 agora em agosto ou setembro", afirmou o presidente.

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Durante o encontro, Bolsonaro também fez críticas ao ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e a partidos de esquerda na América Latina. "Não estou preocupado com política, mas votar em um cara com um passado desses não tem cabimento", disse Bolsonaro.

Pesquisas de opinião recentes colocam o petista empatado ou numericamente a frente de Bolsonaro para um eventual embate à Presidência da República em 2022.

"O cara (Lula) fez obras em várias ditaduras do mundo. Petrobras? Vocês estão pagando a conta. A gasolina está alta? Vocês estão pagando a conta. Foram R$ 230 bilhões de refinarias que ele começou e não terminou. A propina, né? Plataformas e etcetera. E tem gente que acha que esse cara pode ser a solução", disse Bolsonaro que também fez críticas a governos de esquerda em países vizinhos.

"Quem botou a Argentina e os nossos irmãos argentinos naquela desgraça, foi a família Kirchner. E agora, quando o Macri estava terminando o mandato dele - houve alguns problemas no governo dele - o pessoal retornou a família Kirchner, quem botou a Argentina na desgraça, para comandar o país", emendou.

Um levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que a demora dos estados em adotar medidas de restrição no início da segunda onda da Covid-19 impulsionou o aumento de casos e óbitos. Segundo o autor do estudo, o técnico de planejamento e pesquisa Rodrigo Fracalossi de Moraes, os governos agiram sobretudo de forma reativa em relação à segunda onda, ao contrário da postura preventiva observada anteriormente.

"Ao contrário do ocorrido tanto antes como durante a primeira onda da pandemia da Covid-19, a introdução de medidas rígidas de distanciamento por ocasião da segunda onda aconteceu – na maior parte do país – apenas após decorridos vários dias de sua manifestação e, em alguns casos, nem mesmo quando os números de óbitos cresciam de maneira acelerada", diz o pesquisador em nota técnica publicada pelo Ipea.

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Segundo Moraes, as medidas passaram a ser enrijecidas de maneira mais sólida a partir de fevereiro de 2021, "cerca de três meses após o número de novos óbitos voltar a crescer de forma consistente no país." O pesquisador destaca que, apesar da maior gravidade da segunda onda, as medidas ainda se mantêm menos rígidas do que as adotadas antes e durante grande parte da primeira onda. 

Ao Uol, o técnico do Ipea diz que os decretos tardios ajudaram na alta de mortes. "Claro que isso é uma coisa probabilística, não determinística. Mas, se a gente compara as medidas que foram tomadas na primeira e na segunda ondas e compara o número de pessoas que morreram nas duas, podemos chegar a essa conclusão", afirma.

O estudo cita quatro estados que são exceção e agiram de forma relativamente rápida: Acre, Ceará e Espírito Santo. Outros estados optaram por não endurecer as medidas ou até relaxaram, como é o caso de Mato Grosso, Rondônia e Tocantins. 

"Nota-se que o rigor das medidas foi cerca de 25% menor em março de 2021 ao se considerar dados agregados para o Brasil, tendo se reduzido em 22 das 27 UFs, ainda que o número de óbitos tenha sido bastante mais elevado no segundo período em todas as UFs e onze vezes superior ao se observar dados agregados para o Brasil", diz nota técnica do Ipea.

Moraes acredita que as medidas rígidas de distanciamento são vistas pelos governos como último recurso, quando os sistemas de saúde já estão em situação crítica e não se vislumbra opções adicionais para resolver a situação. "Ademais, em função de longos períodos prévios de isolamento, é possível que grande parte da população esteja experimentando uma 'fadiga', o que diminui sua adesão a normas de distanciamento, ainda que a pandemia se manifeste substancialmente mais grave durante a segunda onda", assinala na nota técnica.

Ao final do estudo, o Ipea oferece duas recomendações: governos devem considerar com urgência a adoção de medidas de distanciamento mais rígidas devido à gravidade da segunda onda e da menor disposição da população em aderir o distanciamento social; e os estados que não possuem planos organizados de distanciamento devem adotá-los com urgência. 

O governo japonês aprovou, nesta sexta-feira (9), o reforço das medidas contra o coronavírus em Tóquio, menos de três semanas após a suspensão do estado de emergência e pouco mais de 100 dias antes dos Jogos Olímpicos.

"Hoje decidimos tomar medidas intensivas para prevenir uma epidemia em Tóquio, Kyoto e Okinawa", declarou o primeiro-ministro Yoshihide Suga, após uma reunião de ministros e funcionários do governo.

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"Tomamos essa decisão, porque o número de infecções aumenta, e tememos que o sistema médico fique sob pressão nessas regiões", acrescentou.

Adiados em um ano devido à pandemia, os Jogos de Tóquio-2020 começam em 23 de julho na capital japonesa, onde os contágios haviam caído, graças ao estado de emergência. Voltaram a aumentar, porém, desde a suspensão das restrições em 21 de março.

As novas medidas - menos severas que os rígidos confinamentos impostos em outros países - preveem o fechamento de restaurantes e bares às 20h, sob pena de multas.

A cidade de Osaka (oeste do Japão) decretou medidas especiais, após o aumento de casos de Covid-19, e cancelou o revezamento da tocha olímpica nas vias públicas de todo departamento.

A partir de segunda-feira e até 11 de maio, grande parte da capital japonesa estará sujeita a novas medidas semelhantes ao estado de emergência anterior, mas que permitirão concentrar mais facilmente as atenções em surtos infecciosos, segundo as autoridades.

"Para administrar a crise, pedi que medidas especiais fossem aplicadas em Tóquio", disse a governadora da cidade, Yuriko Koike, a repórteres na quinta-feira.

"É urgente que adotemos mais medidas e mais fortes, como a redução do fluxo de pessoas entre as grandes cidades, porque, senão, vamos assistir a uma propagação dos contágios", acrescentou Koike.

'Deslocar-se livremente'

"Com o objetivo de evitar uma grande propagação do vírus durante os Jogos e garantir que todos possam circular livremente tomando precauções, acho que devemos tomar medidas para reduzir os casos", insistiu ela nesta sexta-feira.

A cidade de Kyoto (oeste) e várias áreas do departamento de Okinawa (sul) também estarão sujeitas a novas medidas até 5 de maio, incluindo a semana de férias "Golden Week", durante a qual costumam receber milhares de visitantes.

Apesar de várias ondas de infecção, o Japão tem sido relativamente pouco afetado pelo coronavírus, em comparação com outros países, com cerca de 9.300 mortos oficialmente desde janeiro de 2020.

Agora, porém, os centros urbanos estão testemunhando um aumento nos casos de Covid-19, e os profissionais de saúde relatam uma pressão crescente sobre os hospitais. Os médicos também alertaram sobre a rápida disseminação das variantes.

A vacinação está progredindo muito lentamente no Japão, que até agora aprovou somente a vacina da Pfizer.

Apenas o pessoal de saúde foi vacinado por enquanto e, na próxima semana, será a vez dos idosos.

No momento, não há data para administrar a vacina na população em geral.

Um feriado de Páscoa quase confinado: a maioria dos comércios será fechada e os serviços religiosos cancelados ou organizados online na Alemanha para conter a "nova pandemia" da Covid-19 causada pela variante britânica.

Durante cinco dias, de 1º a 5 de abril, o país viverá uma "pausa", com contatos entre pessoas limitados ao mínimo e apenas lojas de alimentos autorizadas a abrir, anunciaram nesta terça-feira (23) Angela Merkel e os 16 Länder, após mais de doze horas de negociações.

"A situação é séria, muito séria", alertou a chanceler. "O número de casos está aumentando exponencialmente e os leitos de terapia intensiva estão se enchendo de novo", disse Merkel em uma entrevista coletiva realizada no meio da noite.

Nessas condições, "é importante aproveitar o período da Páscoa para conter a dinâmica das infecções", ressaltou nesta terça o vice-chanceler, Olaf Scholz.

A taxa de incidência atingiu hoje 108,1 casos por 100.000 pessoas, em alta constante nas últimas semanas, com mais de 7.700 novos casos e 50 mortes registradas nas últimas 24 horas.

- Pandemia "mais letal" -

A Alemanha vive uma "nova pandemia (...) claramente mais letal, claramente mais infecciosa e contagios", advertiu a chanceler.

Um dispositivo batizado de "frenagem de emergência", negociado no início de março e que prevê restrições adicionais quando a taxa de incidência ultrapassa 100, será acionado, segundo Merkel.

Já não se trata de considerar flexibilizações: as restrições em vigor desde o final de 2020, como as restrições à participação em reuniões privadas, o fechamento de certas lojas não essenciais e também de locais de cultura e lazer, estão prorrogadas até 18 de abril.

A hipótese de toque de recolher foi, no entanto, descartada, assim como o fechamento das escolas. As aulas já haviam sido interrompidas de dezembro a fevereiro e muitos alunos ainda não voltaram às aulas ou frequentam apenas um dia em cada dois.

A maioria dos locais culturais, como clubes esportivos, no entanto, permanecerá fechada, pelo menos até meados de abril, apesar das tentativas dos teatros e salas de espetáculos de Berlim de receber novamente público testado no mesmo dia.

Para lidar com a crise, o governo e as regiões apostam na campanha de vacinação, que ainda não deslanchou. O país, no fim do pelotão europeu, vacinou com duas doses menos de 5% de sua população.

"Estamos numa corrida pela vacinação, que deve se tornar eficaz o mais rápido possível", alertou a chanceler.

Neste contexto, ela levantou a voz contra a anglo-sueca AstraZeneca, que vem acumulando atrasos nas entregas, e afirma apoiar a ameaça da União Europeia de bloquear as exportações de vacinas para fora da Europa.

Essas novas medidas surgem em um momento em que o descontentamento aumenta entre a população, após mais de um ano de esforços.

Os aviões que partem para Maiorca, um destino popular para os alemães e que deixou de ser zona de risco, estão cheios de turistas.

"No geral, o fato de haver recepções de turistas em Maiorca criou uma situação que não é simples", disse Merkel, mais uma vez aconselhando os alemães "a não viajar este ano".

O governo e as regiões concordaram em exigir que os turistas vindos do exterior sejam testados antes de embarcar no avião de volta.

"A impaciência não deve se tornar nossa fraqueza", argumentou o ministro-presidente da Bavária, Markus Söder, defensor de severas restrições desde o início da epidemia. Ele também é um dos favoritos para suceder Merkel.

Mas, salpicado por escândalos envolvendo alguns deputados e criticado por sua gestão da pandemia, o campo conservador da chanceler não tem mais garantia de vencer as eleições legislativas de 26 de setembro.

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