Depois de mentir durante seu depoimento na CPMI das Fake News, na última terça-feira (11), no Congresso, o ex-funcionário da agência de disparo de mensagens Yacows, Hans River do Rio Nascimento, deverá ser expulso do PTB de São Paulo. De acordo com o site UOL, Hans era filiado ao partido desde março de 2010. Além de prestar falso testemunho, Hans ainda se envolveu em mais polêmicas durante a sessão.
Convocado para prestar depoimento pelo deputado Rui Falcão (PT-SP), o ex-funcionário afirmou que não encaminhou à Folha de S. Paulo documentos que revelavam uma ação coordenada de disparos de mensagens de WhatsApp, durante as eleições de 2018. As declarações, dadas sob juramento, foram desmentidas pelo jornal.
##RECOMENDA##Além disso, Hans River também insultou uma das jornalistas do periódico teria entrado em contato com ele a respeito de um livro que teria lançado - que nada tinha a ver com a empresa Yacows. Patrícia Campos Mello foi acusada pelo depoente de se insinuar sexualmente em troca da entrevista.
Pouco depois das declarações, a jornalista publicou em suas redes sociais uma contestação do depoimento de River. Ela afirmou que tornará público todas as mensagens trocadas entre eles. A Folha de S. Paulo divulgou documentos, fotos, áudios e mensagens de texto enviados por River à repórter na época, o que ajudou a provar que o testemunho dado pelo depoente era falso.
Na última quarta-feira (12) a bancada do PT anunciou, em reunião na CPMI das Fake News, que está encaminhando uma notícia-crime, à Procuradoria-Geral da República, contra Hans. A relatora da CPMI das Fake News, deputada Lídice da Mata (PSB-BA), também protocolou uma ação à PGR para que as informações colocadas no depoimento sejam investigadas.
A assessoria do PTB informou que, após tomar conhecimento da filiação do ex-funcionário da empresa Yacows, expulsaria-o do partido, de acordo com informações dadas pelo site UOL. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, cobrou punição ao deponente "dar testemunho falso à CPMI é crime".