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A editora da Universidade de Pernambuco (Edupe) suspenderá, de 1º de dezembro deste ano a 31 de janeiro de 2021, as submissões de projetos em fluxo contínuo. De acordo com a instituição de ensino, a decisão foi tomada para que sejam concluídos os projetos deste ano que ainda estão em andamento.

Por meio da Edupe, são publicados projetos dos próprios professores da UPE oriundos, muitas vezes, de pesquisas acadêmicas. Existem obras de diversas áreas, tais como Ciências Humanas, Saúde, Literatura e Exatas.

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A segunda fase de reabertura da Biblioteca Pública do Estado (BPE) foi realizada nessa segunda-feira (26). Concentrados na Praça da Informação, o laboratório de informática, o Setor de Referência e o Escritório de Direitos Autorais já estão recebendo 50% da capacidade do público pernambucano. Ainda não há data prevista para o retorno das atividades da próxima fase, que diz respeito à ampliação dos atendimentos das áreas e realização de eventos.

Quem tiver interesse, pode ir à BPE no horário das 9h às 14h. As pessoas podem circular pelo Salão de Leitura e Setor Circulante (esse último tendo seu funcionamento voltado exclusivamente à devolução de livros), além da Praça da Informação, Setor de Referência e Escritório de Direitos Autorais. Por meses, a BPE se preparou para esta retomada, que vem sendo gradual e seguindo os protocolos de segurança para evitar a disseminação do novo coronavírus (Covid-19).

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“Realizamos diversas reuniões on-line com todos os funcionários e todo o espaço está sinalizado, com aferição de temperatura corporal, tapetes sanitizantes, totens de álcool gel e locais para a higienização das mãos. A biblioteca é um local de oxigenação do cérebro também, e é muito importante reabrir esse espaço, principalmente depois do período difícil que passamos. Estamos prontos e seguros para receber o público”, afirmou o gestor da BPE, Hélio Monteiro, segundo a assessoria da Secretaria de Educação e Esportes (SEE).

Hortência Oliveira, antiga usuária da BPE, fez a devolução de um livro e, na ocasião, aproveitou para verificar a segurança do ambiente. “Eu fico muito animada porque vou voltar a ler e estudar, finalmente. Venho todas as manhãs há algum tempo e adoro realizar minhas pesquisas aqui. E agora, depois desse rigoroso isolamento, nada melhor do que um espaço como esse para a gente fugir um pouco dessa realidade tão dolorosa. Já circulei nos locais permitidos e me sinto muito segura para voltar. Aqui é sempre muito organizado, e numa pandemia não seria diferente”, contou ela, segundo a assessoria.

Em mais um anexo de sua delação premiada, o ex-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso José Geraldo Riva, afirmou que empresas responsáveis por obras na AL-MT, inclusive a construção do prédio da Casa Legislativa, devolveram de 12% a 20% dos valores dos contratos originais em propinas a deputados estaduais. Segundo Riva, os repasses foram utilizados para financiar o esquema de "mensalinho" na Assembleia, além de eleições da mesa diretora e de campanhas eleitorais dos membros da Casa.

"Desde quando começou a construção da obra, tinha um acordo com a Mesa Diretora, e a Mesa Diretora, não posso negar, pediu mais, mas houve um acerto depois das contas feitas pelo senhor Anildo (representante das empresas envolvidas, segundo Riva) - desde a construção da obra, da sede - de repassar 12,85%, referente aos contratos originais. Isto é, por exemplo, construção da obra: 12,85. E, em eventuais aditivos, repassaria entre 15% e 20%", afirma o ex-deputado, em depoimento em vídeo.

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As empresas citadas na delação de Riva são: a Eldorado Construções e Obras de Terraplanagem Ltda., que construiu a sede da ALMT no Centro Político Administrativo; e a empresa Tirante Construtora e Consultoria Ltda, que construiu o estacionamento da ALMT, além de ter sido responsável pela reforma e ampliação dos gabinetes dos deputados, de parte da alvenaria do Teatro, do depósito da Secretaria de Patrimônio da ALMT, da Casa de TV, de gerador e do reservatório de águas pluviais.

"Após a construção da obra - não na construção, porque na construção houve uma disputa maior, mas, após - já havia um respeito em relação à empresa do Anildo em função de ele ter feito a obra, de ele conhecer toda a sistemática de uma obra que era muito grande", realçou o colaborador. "Nas ampliações, ele já tinha uma certa facilidade, até de conversar com eventuais interessados e levar uma certa vantagem nesse processo".

Segundo o ex-presidente da AL-MT, não houve ilicitude no procedimento licitatório, mas houve o pagamento de propina de 12,85% nos contratos originais e de 15% a 20% nos aditivos.

Riva alega ainda que a Mesa Diretora chegou a pressionar o representante das empresas envolvidas no esquema, Anildo Lima Barros , para que as transferências fossem maiores. No entanto, o empresário "alegava que, por não ter ocorrido um alinhamento prévio anterior a licitação, não havia margem de lucro suficiente para arcar com uma propina superior a esse índice", diz o delator.

"Sendo assim, a propina paga pelas empresas Eldorado e Tirante, foram utilizadas para financiar a propina dos Deputados Estaduais, eleições de mesa diretora, bem como das campanhas eleitorais dos membros da Casa. Frise-se que o Sr. Anildo emitia cheques das empresas para pagamento da propina, antes mesmo de a ALMT autorizar os pagamento do contrato pois, nesse caso, os membros da mesa diretora trocavam esses cheques junto a agiotas e empresas de factoring", registra o anexo 14 da delação do ex-deputado.

Junto de seu depoimento, Riva apresentou ordens bancárias, avisos de resultado de licitação e lista de pagamento, que, segundo ele, comprovariam os relatos.

A reportagem busca contato com a Assembleia Legislativa de Mato Grosso e com os citados. O espaço está aberto para manifestações.

O presidente Jair Bolsonaro propôs ao Congresso Nacional um corte de R$ 1,4 bilhão nos recursos do Ministério da Educação para acomodar gastos com obras e outras ações patrocinadas pelo Congresso Nacional. A pasta recebeu a maior tesourada na proposta de remanejamento de R$ 6,118 bilhões, formalizada ontem ao Legislativo.

O Ministério do Desenvolvimento Regional foi o maior beneficiado e deve receber R$ 2,3 bilhões. Outro R$ 1,06 bilhão ficará com a Infraestrutura. O restante será dividido entre Saúde, Minas e Energia e Agricultura.

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Como mostrou o Estadão/Broadcast, o remanejamento faz parte do acerto de Bolsonaro com o Congresso para destravar uma parte inicial do Plano Pró-Brasil de investimentos, cujo maior entusiasta é o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho. O ministro tem viajado com o presidente para diversas regiões do País para inaugurações e tem repetido que a ordem de Bolsonaro é não deixar nenhuma obra paralisada.

Os parlamentares também cobraram maior espaço no Orçamento e ganharam poder para indicar mais de R$ 3 bilhões do crédito. Os cortes ainda precisam do aval do Congresso para serem efetivados.

Desde que Bolsonaro bateu o martelo sobre garantir o dinheiro para as obras, os ministérios travaram uma guerra silenciosa nos bastidores para tentar blindar o próprio cofre. Como revelou o Estadão, o corte inicial no MEC seria até maior, de R$ 1,57 bilhão.

A Defesa, que reclamou do possível corte de R$ 430 milhões, perdeu menos: R$ 330 milhões. A Cidadania também conseguiu reduzir a tesourada de R$ 487 milhões para R$ 385,2 milhões.

Também perderam recursos Economia (R$ 615,6 milhões), Justiça (R$ 300 milhões), Turismo (R$ 148,7 milhões) e Presidência (R$ 9,9 milhões).

'Poupança contábil'

Para evitar um aperto ainda maior nos órgãos, o governo ainda tirou R$ 724,5 milhões da reserva de contingência, uma "poupança contábil" para o governo ter de onde tirar dinheiro em emergências.

A Junta de Execução Orçamentária (JEO), formada pelos ministros da Economia e da Casa Civil, reviu os cortes após os órgãos terem lançado uma ofensiva para tentar escapar dos bloqueios. Muitos enviaram ofícios à equipe econômica elencando riscos aos programas em andamento e colocaram a "culpa" pelos cortes na Secretaria de Governo, responsável pela articulação política do Palácio do Planalto e pela ponte com os parlamentares.

Até 15 de outubro, o Home Center Ferreira Costa, empresa especializada na venda de materiais de construção, recebe livros para doação a crianças em situação de vulnerabilidade. A ação visa oferecer aos pequenos a oportunidade de acompanhar obras literárias, bem como brinquedos em condições de uso também estão sendo arrecadados.

As doações devem ser feitas em qualquer loja da Ferreira Costa. Os livros serão enviados ao Centro Especializado de Atendimento à Criança (CEAC), localizado na Rua Capitão Waldemar Viana, 38, em Garanhuns, no Agreste de Pernambuco. Confira, no site da companhia, os horários de atendimento e endereços das unidades.

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Nesta quinta-feira (1º), os reitores Marcelo Carneiro Leão, da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), e José Carlos de Sá, do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE), participaram de uma reunião virtual com parlamentares pernambucanos pedindo apoio à retomada das obras da rodovia PE-33, de responsabilidade da Secretaria Estadual de Transportes e do Departamento de Estradas e Rodagens (DER). O objetivo é viabilizar o início das atividades dos campi de ambas as instituições de ensino no município do Cabo de Santo Agostinho, uma vez que o acesso de mais de 22 mil estudantes ao local depende da conclusão da estrada. 

Os campi de ambas as instituições estão localizados no bairro de Mercês e se inserem no Complexo de Suape, na Região Metropolitana do Recife (RMR). A estrutura do campus do IFPE está pronta, sendo necessário apenas o acesso pela PE-33 para que os estudantes possam usufruir das novas instalações. No caso da UFRPE, 65% da obra está concluída e, quando pronta, terá capacidade para mais de 20 mil estudantes em um prédio sustentável com residência estudantil. 

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Os investimentos já realizados nos dois campi giram em torno de R$ 35 milhões para o IFPE e R$ 108 milhões para a parte já concluída do prédio da UFRPE, e enquanto a estrada não for concluída, o acesso a ambos permanecerá bloqueado. A PE-33, cuja obra teve início em outubro de 2017, tem 8,7 Km e custo total estimado em R$ 32,7 milhões. O investimento necessário para o primeiro trecho, de 2 Km, da BR-101 até as estruturas educacionais, é de R$ 10 milhões. 

“Assim que houver acesso, vamos começar a funcionar, podendo mais do que dobrar a capacidade de estudantes e abrir novos cursos”, disse o reitor do IFPE, José Carlos de Sá. Já Marcelo Carneiro Leão, reitor da UFRPE, destacou que sem a obra da PE-33 não será possível nem mesmo a conclusão da construção do Campus das Engenharias. “Esses equipamentos educacionais são patrimônio do Estado e vão oferecer educação pública, de qualidade e inclusiva para milhares de pessoas”, afirmou ele. 

Para os líderes da bancada pernambucana, deputados Augusto Coutinho e Wolney Queiroz, haverá mobilização parlamentar em torno da questão independentemente de posicionamentos políticos de cada um, no que diz respeito à questão da viabilização da obra para permitir o acesso aos campi. “Quando se trata de Pernambuco, a gente se une, principalmente em torno de uma obra tão importante, cuja dimensão passamos a conhecer ainda melhor hoje”, afirmou Coutinho. 

IFPE

O campus do Cabo de Santo Agostinho do IFPE tem 12 mil metros quadrados de área construída, divididos entre dois blocos de salas de aula com 30 ambientes, dois blocos de laboratórios com 24 ambientes, biblioteca central com salão amplo, três salas de estudo, uma sala de vídeo para 40 pessoas, creche projetada para atender, em parceria com o município, até 56 crianças de zerp a seis anos, auditório central para 439 pessoas, além de bloco administrativo, bloco acadêmico, miniauditório, ampla área de convivência e ginásio poliesportivo.

Cerca de 1500 estudantes serão atendidos por uma estrutura moderna, bem equipada e pronta para promover educação pública de alta qualidade.

UFRPE

A Unidade Acadêmica do Cabo de Santo Agostinho (UACSA-UFRPE) iniciou as atividades em 2014, com a oferta de cinco cursos de engenharia: civil, eletrônica, eletrotécnica, mecânica e de produção. A Unidade – que funciona atualmente em um prédio alugado, com 3 mil estudantes – tem um conceito inovador em sua proposta pedagógica, na qual os estudantes têm contato com empresas parceiras desde o início de sua formação e podem escolher entre os diplomas de tecnólogo ou bacharel.

Quando estiver em pleno funcionamento, a sede definitiva da UACSA poderá abrigar mais de 20 mil estudantes, em uma estrutura equipada com biblioteca, auditório, residências estudantis, restaurante universitário, entre outros espaços, com moderno sistema de reaproveitamento hidráulico e sustentabilidade nas estruturas e serviços.  

Rodovia PE-33

Ligação viária estratégica para mobilidade no vetor sul da Região Metropolitana do Recife, interligando a BR 101 Sul ao Porto de Suape, PE 28, praias de Jaboatão dos Guararapes (Paiva, Enseada dos Corais, Gaibú, entre outras), acesso às praias de Porto de Galinhas, Muro Alto e demais ao sul. Desafogando a BR 101 antiga, Curcurana e o Gargalo da BR 101 sul próximo à Vitarella, na sequência, da Estrada da Batalha.

*Com informações do IFPE

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--> IFPE divulga convocatória para matrículas via Sisu

O presidente Jair Bolsonaro sancionou, nessa quarta-feira (30), a lei que estabelece teto de R$ 100 mil para obras executadas pelo poder público sem licitação durante a pandemia do novo coronavírus. O limite anterior à MP era de R$ 8 mil ou R$ 15 mil, conforme o tipo de obra.

Essas regras já estão em vigor desde maio, quando foram editadas pelo governo em uma medida provisória. Com a aprovação no Congresso e a sanção presidencial, o novo limite fica consolidado durante a pandemia e não corre risco de perder validade.

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A sanção foi anunciada pelo Palácio do Planalto e a lei deve ser publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (1º). O material divulgado pelo governo não cita vetos presidenciais ao texto.

A lei, assim como a medida provisória inicial, também autoriza o pagamento antecipado a empresas que firmarem contratos com o poder público. O texto vale para todos os níveis da administração pública - isto é, contratos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios.

As mudanças valem somente durante a vigência do decreto de calamidade pública, portanto, até 31 de dezembro deste ano.

Atualmente, a lei dispensa licitação e autoriza a modalidade de convite para alguns tipos de contrato. São casos em que os custos do edital de licitação não compensam, na comparação com o valor do contrato em si.

Essa modalidade de convite tem um processo simplificado. A administração pública escolhe pelo menos três interessados e envia uma carta-convite para que as empresas apresentem, dentro de cinco dias, as propostas.

Não é necessária a divulgação oficial do edital por órgão público ou via meios de comunicação. A lei para anos "convencionais" prevê essa modalidade para obras e serviços de engenharia de até R$ 15 mil e para compras de até R$ 8 mil. A MP, agora convertida em lei, permite a seleção por convite para contratar sem licitação obras e serviços de engenharia de até R$ 100 mil e compras de até R$ 50 mil. O teto é estabelecido para o valor global do contrato, de uma única compra.

A nova lei também autoriza pagamento antecipado às empresas contratadas pelo governo, desde que o adiantamento seja "condição indispensável" para garantir a compra ou serviço ou para gerar economia de recursos.

O edital deve prever a antecipação do dinheiro e deixar claro que os recursos serão devolvidos à administração pública, corrigidos pela inflação, se o serviço não for feito.

Para evitar o descumprimento do contrato, o texto prevê que o adiantamento deve ser feito mediante comprovação da execução de parte da obra, antes do pagamento do valor total do contrato; garantia como fiança ou seguro de até 30% do valor da obra; emissão de título de crédito; acompanhamento do transporte da mercadoria comprada; e exigência de certificação do produto.

O texto proíbe o adiantamento de valores se houver "dedicação exclusiva de mão de obra", como acontece com a terceirização de serviços.

A MP permite que o contrato seja firmado, obedecendo as novas regras, de março a 31 de dezembro, "independentemente do seu prazo ou do prazo de suas prorrogações".

O texto também libera para qualquer obra ou compra aplicação do Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC), criado para situações específicas como Copa do Mundo e Olimpíada, e que serve também para ações do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e obras e serviços de engenharia do Sistema Único de Saúde (SUS).

Depois de vários adiamentos e atrasos com o prazo de entrega, o maior ginásio poliesportivo do Recife, o Geraldão, será inaugurado, nesta quinta-feira (24), e voltará aos seus 'bons tempos', após sete anos desde o início da reforma. O evento acontece nesta quinta-feira (24), às 10h, e contará com a presença do prefeito Geraldo Júlio. 

Foi em 2013 que as obras do Geraldão tiveram início. No período, a expectativa era que em 2014, no embalo da Copa do Mundo sediada no Brasil, o local fosse inaugurado.

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Em setembro de 2019, cerca de um ano atrás, a reportagem do LeiaJá esteve presente no local e presenciou um avanço das obras, mas também constatou que a inauguração demoraria um tempo.

Naquela ocasião, a Prefeitura do Recife disse, em nota enviada ao LeiaJá, que a 'crise' teria afetado o andamento das obras, mas garantiu que a peça seria entregue no fim daquele ano, o que acabou por não se confirmar.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deve inaugurar, no segundo semestre, 25 obras iniciadas pelos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, ambos do PT. A informação foi publicada pelo jornal Folha de São Paulo, no fim da noite desse sábado (29).  

O roteiro elaborado pelo governo, segundo a reportagem, inclui principalmente obras rodoviárias. Alguns trechos em intervenção estão localizados no Nordeste, onde Bolsonaro tem articulado para elevar sua popularidade. De um total de 33 obras, duas foram iniciadas pelo ex-presidente Michel Temer (MDB), 25 nas gestões dos petistas e as demais na atual administração. 

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Neste domingo (30), Bolsonaro reforçou a pretensão em publicação nas redes sociais e disse que o foco do seu governo é encerrar obras já iniciadas pelo país. "O nosso governo, antes de obras novas, queremos concluir obras inacadabas há 10, 20, 30, 40 anos", escreveu no Twitter.

O presidente Jair Bolsonaro publicou hoje a mensagem de que seu governo vai priorizar a conclusão de obras não terminadas de governos anteriores antes de iniciar novos projetos.

"O nosso governo, antes de obras novas, queremos concluir obras inacabadas há 10, 20, 30, 40 anos", afirmou em sua conta no Twitter.

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A postagem compartilhou ainda o vídeo de uma declaração do ministro de Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, admitindo que o governo está, sim, inaugurando obras de governos anteriores.

"Sempre se questiona ou critica a falta de continuidade dos governos", disse. "Terminamos obras de outros governos. Quem bom", disse o ministro sob alguns aplausos no vídeo em que participa de audiência da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados. "Não podemos reinventar o Brasil a cada quatro anos. Infraestrutura é uma questão de Estado, é uma questão de longo prazo", afirmou Freitas no vídeo.

A divisão de R$ 5 bilhões em recursos do Orçamento acertados pelo presidente Jair Bolsonaro para bancar obras públicas no Pró-Brasil, programa de infraestrutura para tentar impulsionar a retomada dos investimentos no pós-pandemia, deflagrou uma disputa nos bastidores para ver quem consegue uma fatia maior do bolo. Parlamentares e os ministérios do Desenvolvimento Regional e da Infraestrutura travam uma batalha silenciosa por mais espaço nas despesas, que serão realizadas ainda em 2020 - ano de eleições municipais.

Uma proposta que destinava metade do crédito (R$ 2,5 bilhões) aos parlamentares foi levada ontem ao presidente Jair Bolsonaro em reunião com ministros. Outro R$ 1,5 bilhão iria para o Ministério da Infraestrutura, enquanto o MDR ficaria com R$ 1 bilhão.

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Segundo apurou o Estadão/Broadcast, o presidente não concordou com a divisão e pediu a seus auxiliares uma repactuação. O MDR também é contra essa distribuição dos recursos porque ficaria com a menor fatia, enquanto o chefe da pasta, ministro Rogério Marinho, assumiu o desgaste público de brigar por uma verba pública para ampliar investimentos em 2020. Marinho tem viajado para diferentes regiões do País junto a Bolsonaro para inaugurar obras.

A ideia, de acordo com fontes que participam das discussões, é tentar reduzir o espaço que será destinado aos parlamentares no crédito de R$ 5 bilhões. A tarefa é considerada delicada, pois pode azedar o clima com o Congresso Nacional, sobretudo com o Senado, que já tem mostrado descontentamento com declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, de que os senadores cometeram "um crime contra o País" ao derrubar um veto à concessão de reajustes para servidores. A proibição foi depois mantida pela Câmara dos Deputados.

Obras

Nas discussões iniciais, os parlamentares poderiam indicar R$ 1,3 bilhão em obras. Depois, um novo desenho previa que o Congresso ficaria com R$ 2 bilhões, o MDR com R$ 1,7 bilhão e a Infraestrutura com R$ 1,3 bilhão. Em nova rodada de negociação, a cifra dos congressistas voltou a subir, mas o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), tem pedido R$ 3 bilhões para os parlamentares, um valor até maior que o levado nesta terça a Bolsonaro.

A verba que será destinada à indicação de deputados e senadores é diferente das chamadas emendas parlamentares impositivas. Trata-se de dinheiro no Orçamento dos próprios ministérios que é direcionado para ações patrocinadas por esses parlamentares.

O argumento de quem defende a divisão pró-Congresso é que as pastas, inclusive o MDR, continuarão sendo contempladas. O problema, de acordo com uma fonte que participa dessas discussões, é que as ações patrocinadas pelos parlamentares atendem a "interesses paroquiais" e acabam deixando de fora projetos estruturantes.

Nas últimas semanas, os congressistas já vinham sendo consultados sobre quais obras querem beneficiar. Segundo apurou a reportagem, há obras de interesse parlamentar nos ministérios da Cidadania, Turismo, Desenvolvimento Regional, Agricultura, Defesa e Infraestrutura.

No MDR, parte do dinheiro deve ser destinada à pavimentação em municípios e à compra de máquinas. Uma das ações deve beneficiar municípios do Amapá - um aceno direto a Alcolumbre, eleito pelo Estado.

Após a polêmica em torno do instrumento a ser usado para abrir espaço no Orçamento, o mais provável é que os recursos sejam obtidos por meio de remanejamento de verbas. Inicialmente, como antecipou o Estadão/Broadcast, o governo cogitou abrir um crédito extraordinário (fora do teto de gastos, regra que limita o avanço das despesas à inflação) para bancar as obras, mas o drible foi mal visto por investidores.

O Programa Mãe Coruja Recife está recebendo, até o fim do mês de agosto, obras de histórias infantis para doar a 650 famílias que fazem parte do programa realizado pela Secretaria de Saúde (Sesau) do Recife. As doações farão parte de kits que também terão álcool a 70% e são uma maneira de instigar o hábito da leitura entre os pequenos, além de reforçar os cuidados com a higiene pessoal no atual cenário de pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

Quem tiver interesse em colaborar, pode entrar em contato por meio do e-mail maecorujarecife@gmail.com ou pelo telefone: (81) 3355-9331, e marcar horário para uma equipe da Sesau Recife ir buscar os livros doados. Vale ressaltar que os livros precisam ser lúdicos, contar histórias infantis e precisam estar em bom estado de conservação.

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A ideia de produzir os kits surgiu com a doação de 650 exemplares do livro “Carta às meninas e aos meninos em tempos de covid-19” realizada, no início deste mês, pela Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, que realiza ações para beneficiar a Primeira Infância. A empresa 'O Boticário' também doou o mesmo número de frascos de álcool a 70%.

No ponto de vista da coordenadora do Programa Mãe Coruja, Cláudia Soares, esta ação é uma forma de conscientizar as famílias que fazem parte do programa sobre o momento da pandemia. “Levar informação para essas pessoas é a principal forma de ajudar a frear a proliferação do novo coronavírus. E tanto o livro que fala da covid-19 de uma forma simples como o álcool são, neste momento, as nossas ferramentas para isso”, afirmou ela, segundo informações da assessoria de imprensa da Prefeitura do Recife.

A ação, que já arrecadou 230 livros na última semana, destaca que um dos mecanismos para o bom desenvolvimento infantil é o hábito de ler. “Por isso, estamos pedindo a doação de livros mais lúdicos, com histórias que prendam a atenção das crianças. Queremos que essas famílias possam fazer, em casa, um cantinho especial da leitura, por exemplo, e saibam a importância de ter um momento para contar histórias para as crianças”, ressaltou Cláudia Soares, segundo informações da assessoria.

Após quebrar a hegemonia de partidos de esquerda no comando de Olinda, na Região Metropolitana do Recife, o atual prefeito, Professor Lupércio (Solidariedade), foca em obras estruturais para alcançar os eleitores. Com os esforços voltados ao enfretamento da pandemia no município, o gestor optou em retardar o início da sua pré-campanha eleitoral de 2020. 

Envolvido em pautas sociais, Lupércio ingressou na carreira política como vereador de Olinda, em 2005, e depois alcançou o cargo de deputado estadual. Embora a expectativa seja de uma disputa acirrada nas urnas com o candidato da oposição, João Paulo (PCdoB), os impactos da crise sanitária fizeram com que o prefeito contivesse o teor eleitoral. "O momento não é de pensar em eleição", comunicou por meio da assessoria.

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Embora admita que ainda não entrou de cabeça na corrida pela recondição à prefeitura, Lupércio usa as redes sociais para apresentar obras estruturais mantidas por sua gestão. Na estratégia da prática além do discurso, o objetivo é que os olindenses considerem o trabalho, que pretende recuperar a Avenida Presidente Kennedy e requalificar mais de 100 ruas do município.

Questionado sobre possíveis alianças para formar sua base de apoio, o prefeito adotou um discurso generalista e garantiu que sua gestão "é de diálogo com todos os partidos".

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--> João Paulo: "Olinda merece ser governada com grandeza"

Uma galeria de arte de Tóquio sugeriu que os visitantes "roubassem" as obras que quisessem, e, por conseguinte, a exposição durou apenas 10 minutos. Como para muitos a cultura era o de menos, boa parte do recolhido acabou em sites de leilão.

Os organizadores acharam que o evento seria bastante confidencial, mas as informações se espalharam rapidamente pelas mídias sociais. Logo, quase 200 pessoas compareceram à abertura do evento, pouco antes da meia-noite da última quinta-feira.

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Os "malfeitores" foram tão eficazes que a exposição ficou esvaziada de suas obras em menos de dez minutos. A intenção era que durasse dez dias. Havia tanta gente que a polícia teve que ir ao local, onde os organizadores esclareceram qualquer mal-entendido. Roubar era permitido.

Essa exposição funcionaria como um "experimento", supostamente para transformar a relação entre artistas e o público, segundo Tota Hasegawa, promotora do projeto, contou à AFP.

Yusuke Hasada, de 26 anos, conseguiu se apossar de uma nota emoldurada de 10.000 ienes (cerca de US$ 93), que fazia parte da instalação "My Money", do artista Gabin Ito.

Ele chegou uma hora antes do horário previsto para a abertura. O jovem, um dos poucos que não saiu de mãos vazias, posicionou-se estrategicamente em frente à entrada da galeria.

O prazer da transgressão

"Quando eles (os organizadores) anunciaram que abririam antes, todos atrás de mim se apressaram para entrar. Eu quase caí", relatou Hasada à AFP. "Foi aterrorizante", acrescentou. O jovem diz que quer guardar o objeto para decorar o apartamento.

Já outros mostraram ter outros interesses: poucas horas após o "roubo", vários itens da exposição já estavam à venda nos sites de leilão, às vezes a preços de até 100.000 ienes (mais de US$ 900).

Yuka Yamauchi, uma engenheira de 35 anos, chegou quando faltavam quinze minutos para a meia-noite, a tempo de ver os outros saírem com as obras. "Faz um tempo que não via tantas pessoas", ressalta Yamauchi. Hoje, a maioria dos habitantes de Tóquio evita aglomerações por medo de contrair o coronavírus, que na capital japonesa.

A jovem teve que se contentar com um prêmio de consolação: um pregador que provavelmente foi usado para pendurar uma das obras. "Encontrei no chão, então guardei como lembrança", conta ela, rindo.

A possibilidade de roubar objetos atrai mais público e dá aos visitantes um certo prazer, o de transgressão, explica Minori Murata, artista que expôs carteiras com dinheiro e cartões de crédito. A sociedade japonesa não tem o costume de desrespeitar as regras e proibições, e a incidência de criminalidade no país é muito baixa.

A Empresa Brasileira de Correios divulgou, nesta segunda-feira (29), que utilizará navios para distribuir 17,2 mil toneladas de livros didáticos para as escolas do país no próximo ano letivo. A abertura do pregão eletrônico para contratação dos serviços de transporte de cargas por navio está prevista para o dia 20 de julho.

Os Correios informa que os livros serão levados diretamente das editoras para o Porto de Santos, localizado em São Paulo. De lá, a carga seguirá de navio para os portos de Salvador (BA), Recife (PE), Fortaleza (CE), Belém (PA) e Manaus (AM) até chegar nos centros de distribuição da instituição e, em seguida, nas escolas públicas desses Estados.

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A estatal apresentou, por meio de videoconferência, os detalhes do projeto aos representantes do Ministério da Infraestrutura, da Secretaria de Portos e Associação Brasileira dos Armadores de Cabotagem (ABAC). A reunião também contou com a presença das principais empresas de navios armadores do país.

De acordo com os Correios, o uso do modal marítimo possui diversas vantagens e é algo novo para administração pública. Por isso, a partir dessa primeira experiência, os Correios pretende expandir a utilização do modal marítimo para outros produtos e contratos da empresa.

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Desde 2017 a Pará.grafo Editora realiza campanhas de financiamento coletivo para arrecadar fundos e reeditar os livros do escritor paraense Dalcídio Jurandir. Com cinco livros editados, o projeto tem como objetivo resgatar clássicos amazônicos que hoje se tornaram raros por nunca terem sido reeditados ou estarem sem edições há décadas. 

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A editora segue para a quarta campanha, que ficará no ar até o dia 13 de maio, pela reedição o livro "Ribanceira", o último escrito por Dalcídio Jurandir e que teve uma edição, em 1978. A campanha atual também inclui um livro de outro autor paraense, Jaques Flores, com "Panela de Barro". Para apoiar e ajudar no financiamento basta acessar o site da Catarse.

Segundo o editor da Pará.grafo Editora Dênis Girotto, no Estado ela é a única que trabalha com reedições que buscam resgatar obras raras da literatura clássica paraense. “Iniciamos o projeto de resgate de livros de autores paraenses do século XIX e XX esgotados há muito tempo. Eles acabam se tornando inacessíveis aos leitores”, explica Dênis.

Os dois livros são de autores paraenses nascidos no Marajó. Em “Panela de Barro”, do escritor e jornalista Jaques Flores, há uma reunião de crônicas que tratam da cultura paraense, da gastronomia, do açaí e do pato no tucupi, de personagens icônicos da capital paraense do início do século XX e da sociedade de forma geral.

Em "Ribanceira", o último livro do chamado Ciclo do Extremo-Norte, do escritor considerado o mais importante romancista da Amazônia, Dalcídio Jurandir, o autor aborda o personagem Alfredo, um menino marajoara que tenta buscar concluir os estudos na cidade grande, Belém. Dalcídio Jurandir trabalha em sua obra com a atmosfera da vida cabocla e ribeirinha paraense, expressões linguísticas e a percepção do personagem a partir de situações geopolíticas e sociopolíticas.

Compõem também o Ciclo do Extremo-Norte os livros: "Chove nos Campos de Cachoeira" (1941); "Marajó" (1947); "Três Casas e um Rio" (1958); "Belém do Grão Pará" (1960); "Passagem dos Inocentes" (1963); "Primeira Manhã" (1967); "Ponte do Galo" (1971); 'Os Habitantes" (1976) e "Chão dos Lobos" (1976).

Para Dênis Girotto, Jaque Flores e Dalcídio Jurandir são dois escritores que trazem consigo a memória e literatura do século passado. Resgatar essas obras é resgatar a cultura, a vivência cabocla e ribeirinha e mergulhar em um universo paraense. “'Panela de Barro' e 'Ribanceira' fazem parte da nossa história e da história da Amazônia. Um pouco de cada paraense está registrado nesses dois livros e não se pode deixar que caiam no esquecimento e deixem de ser lidos pela sociedade”, afirma.

A campanha atual começou no dia 28 de fevereiro, e até agora já foram atingidos 61% da meta estipulada para reeditar os dois livros dos escritores paraenses. De acordo com o editor da Pará.grafo, por causa da pandemia, a participação dos leitores na campanha foi afetada e eles enfrentaram uma certa dificuldade, mas os leitores sempre abraçaram a causa. “É justificável, pois as pessoas estão no clima de tensão social, amigos e familiares estão adoecendo”, afirma Dênis. “É um projeto que a gente quer que se realize, por ser muito importante para a literatura paraense, mas também compreendemos o que estamos vivendo”, complementa.

A editora já teve três campanhas bem-sucedidas. Em 2017, com a reedição do livro "Ponte do Galo", de Dalcídio Jurandir. Em 2018, quando foram reeditados mais dois livros, "Três casas e um Rio" e "Os habitantes", também de Dalcídio Jurandir. Em 2019, mais dois livros do escritor paraense foram reeditados, "Chove nos Campos de Cachoeira" e "Chão dos Lobos".

Para apoiar a campanha e ajudar na concretização do projeto basta acessar o site da Catarse e escolher uma das várias opções de apoio. São diversos kits disponíveis que estão desde R$ 10,00 até valores mais altos. O leitor pode adquirir só o e-book do livro, na versão impressa de um dos dois autores, ou até garantir os dois livros.

Por Amanda Martins.

Na manhã desta terça-feira (31), o prefeito do Recife Geraldo Julio anunciou a abertura de 41 novos leitos hospitalares para pacientes infectados pela covid-19 no Recife. A expansão faz parte da construção de uma unidade provisória na Policlínica Amaury Coutinho, localizada no bairro da Campina do Barreto, na Zona Norte da capital pernambucana.

Com sete obras em andamento, a meta é que sejam construídos 163 novos leitos, equipados com 24 respiradores. A expectativa é que o plano de contingência no Recife consiga reservar 371 leitos, com 78 respiradores pulmonares, aos pacientes vítimas da pandemia.

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"A nossa escolha é tentar salvar a maior quantidade de vidas e reduzir o sofrimento que uma perda traz para uma família. A nossa escolha é tentar evitar esse sofrimento para o máximo de famílias possível", afirmou Geraldo Júlio.

Anteriormente, a Prefeitura do Recife (PCR) já havia ampliado o atendimento do Hospital da Mulher, no bairro do Curado, Zona Oeste do Recife, com 31 novos leitos. Mais 120 leitos de enfermaria estão sendo erguidos na área externa. A unidade deverá disponibilizar 208 leitos, divididos em 54 de UTI e 154 de enfermaria.

As ações do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) para limpeza e desassoreamento do Rio Tietê no ano passado caíram à metade do nível dos anos anteriores, conforme dados do governo do Estado. No primeiro ano da gestão João Doria (PSDB), o total de lama retirado da calha do Tietê foi de 409 mil metros cúbicos de material, enquanto a média entre os anos de 2016 e de 2018 foi de 800 mil metros cúbicos, segundo informa o departamento. Uma chuva recorde para fevereiro fez o Rio Tietê transbordar em 16 locais anteontem.

A Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente informou, por meio de nota, que mais recentemente concentrou esforços na região do Alto Tietê e em serviços feitos no Rio Pinheiros, que deságua no Tietê. "A prioridade foi definida de acordo com a batimetria (técnica que mede a profundidade do leito) que constatou alguns trechos com cerca de um metro", diz o texto.

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O desassoreamento é a forma de retirar do fundo do rio o material levado ao Tietê pelos córregos. Com o fundo cheio de sedimentos, a capacidade de vazão do rio é reduzida, o que facilita os transbordamentos. Em 2016, no Tietê, foram retirados 672 mil m³ de sedimentos; em 2017 foram 958,5 mil m³. Já em 2018 foram 778 mil m³, segundo números repassados pelo governo à reportagem.

Dados da Secretaria Estadual da Fazenda mostram que os gastos com a manutenção do Rio Tietê na área urbana também foram menores do que em anos anteriores. Em 2019, essas ações consumiram R$ 58,5 milhões. Já em 2018, último ano da gestão de Geraldo Alckmin (PSDB) e Márcio França (PSB), esse volume havia sido de R$ 99 milhões, em números corrigidos pela inflação.

Em todos os anos anteriores, até 2014, os recursos destinados a manter o rio desassoreado foram maiores do que no ano passado: em 2014, essa atividade consumiu R$ 164,9 milhões, em valores corrigidos pela inflação. Subiu para R$ 100 milhões (2015), caiu para R$ 80 milhões (2016) e passou em 2017 para R$ 100,2 milhões.

Para o ano de 2020, as ações de manutenção do Rio Tietê têm previsão de gastos de R$ 90,2 milhões, também segundo dados da Fazenda estadual. Por enquanto, o sistema de execução do orçamento mostra que, em janeiro, nenhum gasto foi feito.

A situação do Tietê é diferente da do Rio Pinheiros, que anteontem também transbordou, causando oito pontos de alagamento. Para este, Doria anunciou um plano em junho do ano passado para retirada de R$ 1,2 milhão de metros cúbicos de sedimentos da calha, que ainda está em execução.

Na época, o anúncio foi que, nos cinco anos anteriores (portanto entre 2014 e 2019), haviam sido retirados 500 mil metros cúbicos de material da calha do Pinheiros, serviço feito pela Empresa Metropolitana de Água e Energia (Emae). Ao longo do ano, 322 mil m³ foram retirados do Pinheiros. Anteontem, o temporal fez o rio alcançar o maior nível em 15 anos.

Contraponto

O engenheiro civil Aluísio Canholi, que foi coordenador técnico do Plano de Macrodrenagem da Bacia do Alto Tietê, destaca que há mais indicadores sobre a eficiência do serviço de manutenção do rio, que não consideram só a quantidade de material retirado por desassoreamento. Cita como exemplo os pontos onde o Tietê encontra os afluentes, como o Tamanduateí, que são locais em que o acúmulo é maior e precisam ser considerados.

Canholi destaca também que, mesmo se a calha estivesse em boas condições, o projeto de engenharia que a definiu foi pensado para que o Tietê tivesse uma capacidade de receber e transportar água inferior a condições climáticas atuais. "O projeto foi de cem anos", diz.

Na prática, se buscaram dados dos cem anos anteriores e se calculou um projeto que aguentasse a pior tempestade registrada neste período. "A vazão é para uma chuva de 120 milímetros em 24 horas. A chuva de anteontem teve 120 milímetros entre 6 e 12 horas, dependendo do ponto", destaca ele. No projeto da calha, feito no fim dos anos 1990, o fenômeno mais intenso dos cem anos anteriores havia sido justamente as enchentes de 1983, que foram superadas pela tempestade da madrugada de anteontem.

Investimentos

Segundo nota enviada pela gestão Doria, a partir deste ano o Estado ainda contará com um recurso extra de R$ 20 milhões do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro) para arcar com as despesas relacionadas aos serviços de desassoreamento. "Vale lembrar que o orçamento recebido em 2019 não foi elaborado pela atual gestão", destaca.

Nos últimos cinco anos, a Prefeitura de São Paulo deixou de gastar R$ 2,7 bilhões em obras para o controle de cheias na cidade. Em números atualizados, entre 2015 e 2019, as administrações de Fernando Haddad (PT), João Doria (PSDB) e a atual, de Bruno Covas (PSDB), planejaram desembolsar R$ 3,8 bilhões em intervenções nos córregos, mas apenas R$ 1,1 bilhão foi investido em projetos que saíram do papel.

Entre as propostas que ficaram nas pranchetas, estão intervenções em córregos com histórico de transbordamentos, como o Zavuvus, na zona sul, e o Córrego da Paciência, na zona norte, além de serviços de drenagem na região da Lapa, zona oeste, planejados para ocorrer em meio à construção da Ponte Raimundo Pereira de Magalhães, que ligará a região à Pirituba, na zona norte.

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Não entram nesta conta os serviços de manutenção dos rios e córregos - retirada de entulho e desassoreamento de calhas, um trabalho mais ligado à zeladoria urbana. Entre 2014 e 2019, a previsão de gastos com esses serviços de manutenção era de R$ 970 milhões. Segundo dados da Secretaria Municipal da Fazenda, compilados pelo jornal O Estado de S. Paulo, 86% dessa verba (R$ 835 milhões) foi gasta.

Parte da desconexão entre o planejado e o executado na área de prevenção de alagamentos está ligada ao fato de que a cidade contou, especialmente na gestão Haddad, com uma ajuda do governo federal para a execução de obras que acabou não se concretizando. Em 2016, por exemplo, último ano de mandato do petista, o orçamento da cidade previa uma transferência da União da ordem de R$ 759 milhões para intervenções de controle de cheias nas bacias dos córregos. Ao fim daquele ano, apenas R$ 16 milhões (2,1% do previsto) foram gastos.

Na gestão Doria - hoje governador do Estado -, os recursos originários de operações de créditos - empréstimos obtidos pela Prefeitura em instituições financeiras brasileiras e estrangeiras - foram superestimados. Em 2018, esperava-se gastar em obras R$ 46 milhões desta fonte. No entanto, não houve desembolsos. Em 2019, já sob Covas, a Prefeitura tinha previsão de gastar R$ 133 milhões obtidos por meio desses empréstimos, mas investiu R$ 171 mil.

Haddad admitiu o não cumprimento de acordos por parte do governo federal para executar os gastos planejados por sua gestão, mas defendeu a eficiência do que saiu do papel. "O que fiz com os córregos é equivalente à construção de dez piscinões", disse. Em nota, a assessoria de Haddad disse que ele "realizou as obras que podia com recursos próprios, caso da canalização do córrego da Água Preta-Sumaré, além de obras na zona sul, na região da Ponte Baixa e os piscinões cobertos da Cupecê".

A atual gestão foi procurada, mas até as 20h não respondeu aos questionamentos do jornal.

Manutenção

As obras de melhorias nos córregos tendem a evitar o transbordamento desses cursos d'água no bairro onde eles se encontram, mas, por outro lado, aceleram a velocidade com que a água corre para os rios Tietê e Pinheiros. Por isso, para especialistas, é necessário investimento constante na manutenção da calha desses rios, com a retirada de lodo e lama para evitar o assoreamento. Segundo o governo do Estado, em 2019 foram gastos R$ 49 milhões para a retirada de 400 mil toneladas de material do Tietê.

O dado é contestado pela oposição na Assembleia. Levantamento da bancada do PT no Sistema de Gerenciamento das Execuções Orçamentárias mostra que, no ano passado, foram gastos R$ 10,2 milhões na atividade. Questionado, o governo estadual informou que, de 2016 a 2018, houve o investimento de R$ 217,1 milhões em obras de desassoreamento no Tietê e a retirada de 3,9 milhões de metros cúbicos de sedimentos.

Em 2011, a gestão Geraldo Alckmin (PSDB) chegou a manter uma placa comemorando o fim dos transbordamentos do Tietê. Naquele ano, foram retiradas 2,1 milhões de toneladas do rio, de acordo com anúncio feito na época.

Para a arquiteta Alejandra Devecchi, "a burocracia pública se prendeu à necessidade de obras de urbanização que têm mentalidade do início do século passado, em que a água deveria ser levada para longe. É preciso renaturalizar os rios", disse ela, que é doutora em urbanismo. 

Em anúncio realizado nesta sexta-feira (17), o Governo de São Paulo comunicou que as obras de extensão da Linha 2-Verde do Metrô da capital, que hoje serve da estação Vila Madalena até a parada Vila Prudente, estão programadas para ter início até o próximo mês de junho. O ramal terá mais oito estações na região leste da cidade. A construção deve ser concluída no ano de 2025.

As novas estações atenderão bairros que ainda não têm o serviço de transporte sobre trilhos instalado. De acordo com o projeto, as paradas serão Orfanato, Água Rasa, Anália Franco, Vila Formosa, Guilherme Giorgi, Nova Manchester e Aricanduva, com o ponto final na Penha. A última fará a ligação da Linha 2-Verde com a Linha 3-Vermelha do Metrô, que liga a zona leste à região oeste da capital paulista.

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O projeto inicial da ampliação do ramal, proposto pela administração do governador Geraldo Alckmin (PSDB) no ano de 2012, havia programado mais cinco estações que também serviriam a cidade de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo. O atual governador, João Doria (PSDB), informou que não há verba suficiente para toda a expansão e, por isso, reduziu o número de pontos de parada. Ainda segundo o Governo de São Paulo, a estimativa é atender cerca de 1,1 milhão de passageiros por dia a partir da conclusão da obra.

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