Tópicos | obras

Nesta terça-feira (14), a Câmara Municipal do Recife vota o dispositivo inédito que permite o repasse de R$ 30 milhões para obras de infraestrutura da Prefeitura. Com o corte de gastos causados pela pandemia, o dinheiro seria destinado a compra de imóveis.

O decreto legislativo partiu de uma decisão coletiva das lideranças da Casa, que foram recebidas pelo prefeito João Campos (PSB) na sexta (10). O recurso foi guardado através de economias, como a informatização dos processos, e outra parte foi retirada do fundo para a construção da sede do Legislativo, criado pela lei municipal 17.853/12.

##RECOMENDA##

Em entrevista ao LeiaJá, o vereador Ivan Moraes (PSOL), celebrou o amplo acordo que permitiu a destinação mais efetiva do montante.

"Na realidade que a gente vive é muito mais interessante para o povo do Recife ter esse recurso podendo ser executado pelo Poder Público, e que a gente possa acompanhar a devolução desse dinheiro para a população", disse o parlamentar, que divulgou o item da pauta da Câmara de hoje em publicação no Twitter.

Ele reforça que, além dos parlamentares, é importante que a população fiscalize como os valores serão destinados através do Portal da transparência e do Diário Oficial do município.

 O presidente da Câmara, Romerinho Jatobá (PSB) destacou a importância do investimento para estimular a retomada econômica permitida pela ampliação da cobertura vacinal.

“O Recife está iniciando sua retomada econômica e voltando a investir em obras públicas. Fechamos o primeiro ano da Legislatura com uma decisão histórica de vereadoras e vereadores, que certamente irá impactar na melhoria da qualidade de vida de milhares de recifenses”, complementou.

Proposta enviada ao Congresso pelo Poder Executivo (PLN 38/21) abre crédito suplementar de R$ 90,4 milhões para obras do Ministério do Desenvolvimento Regional. O projeto ainda oferece recursos para Educação (R$ 12,4 milhões) e Saúde (R$ 2,1 milhões), somando um total de quase R$ 105 milhões. As verbas vêm de emendas de bancada de Acre, Ceará, Rio de Janeiro, Rondônia e Roraima. 

Da dotação para o Desenvolvimento Regional, R$ 62,8 milhões se destinam a projetos de desenvolvimento sustentável local no Acre e em Caracaraí (RR). Também em Roraima, Mucajaí vai ganhar R$ 19 milhões para qualificação viária. Outros R$ 8,6 milhões vão para sistemas de drenagem urbana sustentável e de manejo de águas pluviais em Três Rios (RJ). 

##RECOMENDA##

A verba para Educação será repartida entre a Universidade Federal de Rondônia (R$ 5,5 milhões) e o Instituto Federal de Rondônia (R$ 6,9 milhões). Já os R$ 2,1 milhões da Saúde buscam fornecer saneamento básico a 922 domicílios em municípios de até 50 mil habitantes do Ceará. 

Tramitação A proposta será analisada pela Comissão Mista de Orçamento antes de seguir para votação do Plenário do Congresso (sessão conjunta de Câmara dos Deputados e Senado Federal). 

*Da Agência Câmara de Notícias

O governador de Pernambuco Paulo Câmara (PSB) apresentou, nesta sexta (29), durante solenidade realizada no palácio do Campos das Princesas, área central da capital, os detalhes do projeto de triplicação da BR-232, no trecho que dá acesso à Região Metropolitana do Recife. Na ocasião, Câmara também fez o lançamento do edital para contratação das obras, com investimento previsto de R$ 93 milhões. 

O projeto da triplicação dos 6,8 quilômetros da BR-232, na saída do Recife, que estava engavetado há algum tempo, foi detalhado durante sua apresentação, nesta sexta (29). Os planos incluem a construção de três passarelas e dois viadutos no trecho triplicado, com ciclovia e iluminação de LED. A previsão é de que a obra seja concluída dentro de um ano a partir da assinatura da ordem de serviço, após a conclusão do edital. 

##RECOMENDA##

O anúncio do projeto contou, também, com as presenças de secretários do governo, como a com a secretária de Infraestrutura e Recursos Hídricos, Fernandha Batista; vereadores do Recife; deputados estaduais e federais e senadores, como Humberto Costa (PT);  prefeitos, como João Campos (PSB), gestor da capital pernambucana; e a vice-governadora, Luciana Santos (PCdoB). 

O prefeito João Campos deu uma palavra, durante a solenidade, e falou sobre a importância das mudanças na via. "Representa uma intervenção na rodovia mais importante do nosso Estado, uma intervenção trabalhada por muitas mãos. Aqui, eu quero deixar o meu reconhecimento ao papel que o Governo do Estado teve em tomar a decisão de priorizar esse projeto".

À Prefeitura do Recife (PCR) ficará a responsabilidade de cuidar da parte paisagística do projeto, além do licenciamento e demais obras complementares. "O que a gente espera é poder ver cada vez mais isso, a essência da política colocada em prática, através da união, colocando quaisquer divergências de lado em prol da população", disse Campos referindo-se à parceria da PCR com o Governo do Estado neste projeto.

A vice-governadora Luciana Santos também falou com entusiasmo sobre a intervenção na via. "O quanto isso é impactante para as cadeias produtivas do nosso Estado e a interlocução que isso tem para o desenvolvimento do nosso Estado. Esse trecho estava praticamente em colapso. Essa intervenção tem o conceito de mobilidade urbana inclusiva e possibilita que a via tenha uma qualificação agradável. Então, só tenho a parabenizar e dizer ao governador que mais uma vez o senhor dá esse exemplo de unidade que eu penso que é um marco na frente popular de Pernambuco". 

Após assinar os papéis que autorizam a licitação que dará início às obras, o governador Paulo Câmara se pronunciou a respeito da empreitada. "Nós temos recursos limitados e temos que utilizá-los em cima de ações que possam representar o desenvolvimento do Estado. Recife é a capital, um polo de serviços fundamental da nossa economia, então o ir e vir é essencial para toda a população".

Câmara também frisou a celeridade com a qual o projeto deve ser executado, 12 meses após o término da licitação com o objetivo de "melhorar a vida do povo pernambucano". "O que a gente vê hoje, com a apresentação do projeto já com edital de licitação publicado, é que a gente conseguiu realizar o desafio de executar um projeto que estava engavetado e que resolvesse em curto prazo o que a gente precisava resolver. É um projeto que foi feito da forma que deve ser feito dentro da urgência. A triplicação da BR 232 está antenada com o futuro do nosso povo".

 

A venda de 11 obras de Pablo Picasso, incluindo um retrato de sua musa e amante Marie-Thérèse Walter, durante um leilão organizado pela Sotheby's, no sábado (23), em Las Vegas arrecadou 108,87 milhões de dólares, no mês de aniversário de 140 anos do nascimento do pintor espanhol.

A grande joia do leilão, de obras pertencentes à coleção de arte da empresa MGM Resort, era "Femme au béret rouge-orange", um dos últimos retratos que o artista fez de Marie-Thérèse Walter, que inspirou muitos trabalhos do artista na década de 1930.

##RECOMENDA##

Na obra, vendida por 40,479 milhões de dólares - a avaliação inicial era de 20 a 30 milhões -, Picasso pintou a mãe de sua filha Maya em 1938, quando já estava apaixonado pela fotógrafa Dora Maar.

Também foram vendidos dois retratos emblemáticos produzidos pelo pintor nos últimos anos de sua vida: "Homme et enfant" (24,393 milhões de dólares) e "Buste d'homme" (US$ 9,456 milhões), este último abaixo do preço inicial estimado de 10 milhões de dólares.

As demais obras leiloadas no hotel Bellagio de Las Vegas incluem cerâmicas, trabalhos em papel e naturezas mortas.

Uma quantidade maior de tubarões passou a frequentar, nos últimos meses, as praias do Balneário Camboriú, um dos principais destinos turísticos do verão brasileiro, no litoral norte de Santa Catarina. Desde agosto, pelo menos 16 espécimes de porte médio foram avistados na região. Um deles chegou a esbarrar em uma surfista. Especialistas acreditam que o aumento nas aparições desses animais pode estar relacionado com as obras de alargamento da faixa de areia da Praia Central do balneário. A prefeitura disse que a obra respeita todas as normas ambientais.

No último dia 13, um grupo de surfistas avistou um tubarão de quase um metro quando praticava o esporte na Praia Central, no balneário. O surfista Pita Tavares, de 41 anos, contou que o animal bateu a cauda em sua perna e resvalou a cabeça em suas costas. Conforme o relato, há 30 anos surfando no local ele jamais tinha visto um tubarão por ali. Dois dias depois, um morador socorreu e arrastou para o mar um tubarão com cerca de 30 quilos que havia encalhado na Praia Central. Um mês antes, um tubarão maior, com cerca de dois metros, foi visto nadando no trecho em que acontecem as obras de alargamento da faixa de areia.

##RECOMENDA##

Com base nas imagens, a equipe do Museu Oceanográfico da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) identificou o animal como um tubarão-martelo jovem. O curador do museu, professor Jules Soto, acredita que a presença maior dos tubarões se deva ao trabalho das dragas que movimentam a areia na praia, fazendo com que haja maior dispersão de pequenos moluscos e outros alimentos para os peixes que, por sua vez, atraem os tubarões. "Quando a dragagem cessar, os tubarões não devem mais chegar tão perto da praia", disse.

Segundo ele, os tubarões são sensíveis aos ambientes em que vivem e qualquer alteração nesses ambientes gera um distúrbio na dinâmica local. Soto, que participou do primeiro estudo sobre ataques de tubarões em Recife, na década de 1980, disse que as espécies potencialmente agressivas não ocorrem em Santa Catarina. "As pessoas associam tubarões a ataques, mas não é bem assim. Eles têm aparecido em maior número, mas sem representar risco."

Para o oceanógrafo Rodrigo Cordeiro Mazzeloni, professor da Univali, a relação do aparecimento maior de tubarões com as obras na praia pode, sim, existir. "Quando temos uma obra de grande porte, pode ser em uma praia ou em uma rodovia, a gente acaba mexendo no equilíbrio da natureza. Algumas espécies animais fogem do local, enquanto outras acabam se aproximando, atraídas pelo movimento", disse. Segundo ele, é preciso estudar mais o que está acontecendo. "Se for essa a razão, ao final da obra, o equilíbrio ambiental tende a se restabelecer", pontuou.

Conforme Mazzeloni, a presença de tubarões no litoral é registrada desde as décadas de 1930 e 1940. "É fato que estão acontecendo avistamentos mais frequentes, mas hoje temos muito mais gente nas praias e muitos com celulares, o que facilita o registro", disse. Ele afirma que a possibilidade de ataques a pessoas é muito remota. "As espécies são de menor porte do que aquelas encontradas, por exemplo, em Recife, onde os ataques costumam acontecer. Lá são espécies de tubarões maiores que habitam águas mais quentes e que não ocorrem em nossa região. Um ataque aqui seria um fenômeno raríssimo."

PRAIA MAIS LARGA

As obras começaram em março deste ano, mas a interferência maior na maré teve início no dia 22 de agosto, quando as dragas começaram a remexer a areia. O projeto prevê alargar a faixa de areia dos atuais 25 metros para até 70 metros. A previsão é terminar a obra em novembro deste ano. De acordo com a prefeitura, a ampliação vai proteger a orla contra o avanço das marés e ampliar o espaço para banhistas e turistas, já que será possível construir uma ciclovia e aumentar o paisagismo.

A secretária do Meio Ambiente, Maria Heloisa Lenzi, disse que o município monitora a presença de tubarões ao longo da orla, assim como de outros espécimes da fauna. Segundo ela, não há como comprovar a relação entre os avistamentos recentes de tubarões e as obras na praia. A intervenção teve licença ambiental concedida em 15 de dezembro de 2020 pela comissão central de licenciamento do Instituto do Meio Ambiente (IMA) do Estado. Ao custo de R$ 67 milhões, os serviços estão sendo realizados por um consórcio de duas empresas que venceu a licitação realizada pela prefeitura.

A intervenção acontece no momento em que o Balneário Camboriú experimenta uma das maiores valorizações imobiliárias do Brasil, segundo o Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Santa Catarina (Creci/SC). Embora a prefeitura afirme que esse não é um dos objetivos da obra, o alargamento das praias vai reduzir o sombreamento da faixa de areia pelos edifícios altos e espigões construídos ao longo de toda a orla.

Nos estudos para o licenciamento, foram previstos maiores impactos ambientais durante a realização dos serviços, como a redução da produtividade biológica, afetando principalmente a atividade pesqueira, perturbação sonora sobre pequenos cetáceos e aumento na turbidez da água. Conforme o município, o licenciamento ambiental previu 21 programas de avaliação e redução desses impactos, entre eles o monitoramento da avifauna (aves, peixes e moluscos), da pesca artesanal, e do regime das marés.

Entre os impactos positivos que devem acontecer após a conclusão da obra, estão modificação nos padrões de erosão na orla, melhoria nas condições de lazer para os usuários, maior área de reprodução e alimentação para as espécies marinhas e geração de renda devido ao aumento no turismo. Soto disse ser favorável ao 'engordamento' da praia. "Vai recuperar um ecossistema que estava perdido, pois praticamente não havia mais praia", disse.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) retornará, nesta quinta-feira (21), a Pernambuco, após pouco mais de um mês sem visitar o estado. A última visita do mandatário foi em setembro. Bolsonaro será acompanhado pelos ministros do Turismo, Gilson Machado, e da Infraestrutura, Rogério Marinho, que integrarão a comitiva presidencial. Também acompanhará a comitiva o deputado estadual Coronel Alberto Feitosa (PSC). 

A visita faz parte de um ciclo de nove viagens à região Nordeste. O único estado fora da rota é o de Minas Gerais, onde o chefe do Executivo divulga a Jornada das Águas, projeto para revitalizar bacias hidrográficas.  

##RECOMENDA##

O giro em Pernambuco é marcado pela visita ao município de Sertânia, no Sertão de Pernambuco, para inaugurar mais um trecho do Ramal do Agreste. No mesmo dia, o mandatário também cumpre agenda na Paraíba, onde entrega o último trecho do canal Eixo Norte do Projeto de Integração do Rio São Francisco. A viagem à Minas Gerais já foi iniciada nesta segunda-feira (18) e deve ser encerrada com a publicação de editais e anúncios de obras complementares. 

Confira a agenda presidencial completa no Nordeste 

Terça-feira (19), visita à Bahia 

- Canal do Sertão Baiano – abertura da licitação para o projeto básico 

- Águas Brasileiras – anúncio do patrocínio do Projeto Agroflorestando Bacias para Conservar Águas 

- Anúncio do edital para concessão do Perímetro Irrigado do Baixio do Irecê 

Quarta-feira (20), visita ao Ceará 

- Ramal do Salgado – anúncio da obra 

- Reservatório Taquarão – visita a obra de abastecimento 

- Barragem Banabuiú – assinatura de Contrato/Ordem de Serviço para recuperação 

Quinta-feira (21), visita à Paraíba e Pernambuco 

- Paraíba  

Eixo Norte do Projeto de Integração do Rio São Francisco – entrega do último trecho do canal 

- Pernambuco  

Ramal do Agreste – inauguração 

Sexta-feira (22), visita ao Rio Grande do Norte 

- Barragem de Oiticica – liberação de R$ 10 milhões 

- Adutora do Agreste Potiguar – lançamento do edital de licitação para projeto básico 

- Lagoa do Bonfim – anúncio do edital de licitação do projeto de revitalização 

- Lançamento do Polo da Moda e exposição de produtos locais 

- Instalação de 60 cisternas em São Tomé 

Segunda-feira (25), visita ao Piauí 

- Lançamento do Plano de Ação Estratégica para a bacia hidrográfica do Rio São Francisco e área de influência do Projeto de Integração do São Francisco e do Rio Parnaíba 

- Programa Águas Brasileiras – Projeto de Recuperação e Revitalização de Nascente na Bacia do Parnaíba 

- Retomada das obras do projeto de irrigação Marrecas 

Terça-feira (26), visita ao Maranhão 

- Lançamento do edital dos estudos para a implantação da integração de Bacias do Piauí/Maranhão e demais estados do Nordeste 

Quarta-feira (27), visita a Alagoas 

- Canal do Sertão Alagoano – assinatura de OS de três subsistemas do Canal e entrega do subsistema Água Branca 

- Anúncio do Fundo de Estruturação de projetos – criado pela MP 1.052 

Quinta-feira (28), visita a Sergipe 

- Anúncio do Novo Marco Hídrico 

- Canal do Xingó – Apresentação do projeto 

 

O Congresso Nacional aprovou, nesta quinta-feira, o substitutivo ao PLN 20/2021 que abre crédito suplementar de mais de dois bilhões de reais no Orçamento para reforçar o caixa de projetos e ministérios. O texto foi relatado pelo líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), que apresentou parecer favorável à proposição, com emendas.

A maior parte dos recursos (46,45%) vai para o Ministério da Infraestrutura a fim de viabilizar no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), a conservação e recuperação de ativos de infraestrutura da União (R$ 343 milhões); a construção de ponte sobre o Rio Araguaia em Xambioá - na BR-153/TO, além da adequação de diversos trechos rodoviários (R$ 624 milhões).

##RECOMENDA##

Parte do dinheiro vai para investimentos do Ministério de Minas e Energia (21,6%) no parque fabril das Indústrias Nucleares do Brasil S.A (INB), em Resende (RJ). Serão cerca de R$ 450 milhões para melhorar a infraestrutura e para a reposição de equipamentos industriais.

Dos recursos do crédito suplementar, R$ 1,1 bilhão vem do superávit financeiro apurado no ano passado, mas R$ 965 milhões foram transferidos pela anulação de outras dotações orçamentárias. Durante a votação do texto, Eduardo Gomes assumiu o compromisso de, nos próximos dias, recompor os recursos cancelados em outros dez PLNs que devem ser votados pelo Congresso.

O senador Esperidião Amin (PP-SC) registrou que Eduardo Gomes preservou as dotações orçamentárias que irão garantir a continuidade de obras rodoviárias em Santa Catarina.

Eduardo Gomes, por sua vez, agradeceu às lideranças partidárias pela paciência e determinação na votação dos projetos e destacou seu compromisso com as recomposições previstas nas proposições votadas pelos deputados e senadores.

O líder do governo no Congresso destacou ainda os 33 anos da Constituição e, por consequência, do estado do Tocantins, cuja criação foi prevista no artigo 13 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) da Carta promulgada em outubro de 1988.

O PLN 20/21 ainda abre crédito suplementar para outros oito ministérios:

Saúde (R$ 113,5 milhões)

Justiça e Segurança Pública (R$ 94,2 milhões)

Agricultura (R$ 77 milhões)

Educação (R$ 71,6 milhões)

Cidadania (R$ 67 milhões)

Economia (R$ 35,7 milhões)

Turismo (R$ 30 milhões)

Defesa (R$ 14,4 milhões)

*Da Agência Senado/Com informações da Agência Câmara de Notícias

 

Nove obras do pintor espanhol Pablo Picasso (1881-1973) foram doadas nesta segunda-feira (20) à França por sua filha Maya, a terceira cessão de quadros do artista desde a criação do Museu Picasso em Paris.

Entre as obras se destacam um retrato do pai de Picasso, de 1895, e "Menino com pirulito sentado embaixo de uma cadeira", um quadro pintado pouco depois de "Guernica", em 1938.

##RECOMENDA##

"É uma doação excepcional", a primeira desde 1990, declarou a ministra da Cultura francesa, Roselyne Bachelot, durante a cerimônia de doação no museu parisiense.

As obras contribuem para manter o Museu Picasso de Paris como o maior depositário da obra do artista espanhol, com mais de 5.000 peças, incluindo 300 pinturas, além de 200.000 documentos e objetos.

A doação serve para que os herdeiros da família Picasso evitem grandes impostos por questões de sucessão.

Maya Ruiz Picasso (86 anos), filha de Picasso e de Marie-Thérèse Walter, foi representada, por motivos de saúde, na cerimônia de doação pelos filhos Diana e Olivier. O evento também teve a presença do ministro da Economia da França, Bruno Le Maire.

Maya foi pintada com frequência por seu pai quando era criança, nos anos sombrios da II Guerra Mundial e da ocupação alemã.

"A França foi a escolha do meu pai e eu nunca pensei em partir para outro lugar", explicou a filha de Picasso em uma carta lida por seu filho Olivier.

"O que seria da França sem o espanhol Pablo Picasso?" perguntou o ministro da Economia.

- Nove obras de grande valor -

Por ordem cronológica, a primeira obra é "Dom José Ruiz" (1895), um quadro do início da carreira do artista. Picasso pintou seu pai de perfil, com uma delicada paleta de marrons.

Depois aparece "Estudio para una intérprete de mandolina" (1932), uma obra mista, óleo e carvão.

"Menino com pirulito sentado embaixo de uma cadeira" (1938) foi a obra escolhida para ser revelada à imprensa e aos convidados.

É uma obra de grande força, pintada em pleno vigor artístico de Picasso. Um retrato em preto e branco, cubista, que recorda plenamente as personagens encurraladas de "Guernica", que provocou grande sensação um ano antes.

O "Retrato de Émilie Marguerite Walter (Mémé)" de 1939 tem o mesmo estilo, mas a personagem está pintada a cores e apresenta um grande sorriso. Trata-se da avó de Maya, a mã sueca de Marie-Thérèse.

Uma escultura, "A Vênus de Gas", de 1945, demonstra a capacidade de surpreender de Picasso. O artista pegou um queimador de gás, o ajustou, colocou um pedestal de madeira e transformou-o em uma deusa de ares pré-históricos.

A influência dos grandes mestres aparece em "El Bobo" (1959), um óleo que se apropria da figura do anão da corte. A personagem aparece sorrindo, com uma garrafa em uma mão e uma frigideira com o que parecem ser dois ovos fritos na outra.

Picasso também estava muito interessado pela pintura de seu país de acolhida. Sua filha doou ao museu um caderno de desenhos sobre o quadro "Almoço na Relva" de Edouard Manet (1863).

"Cabeça de homem" é de 1971, na etapa final de Picasso. Este óleo foi escolhido para ilustrar a capa do catálogo da última exposição em vida do artista.

A última peça doada à França não é uma obra de Picasso, mas que o acompanhou por toda a vida desde que a comprou na primeira década do século XX: uma estatueta Tiki das Ilhas Marquesas, um magnífico exemplar de arte primitiva.

"É um novo enriquecimento (para o Museu Picasso) com obras que minha mãe sempre guardou com a intenção de que fossem para um museu”, disse à AFP Olivier Widmaier Picasso, neto do artista.

Entre engenheiros, laranjas e diretores do Departamento de Estradas de Rodagem em Pernambuco (DER-PE), o Ministério Público Federal (MPF) denunciou oito envolvidos em um esquema de desvio de recursos das obras da BR-101, na Região Metropolitana do Recife (RMR). As investigações estimam o prejuízo de aproximadamente R$ 14 milhões aos cofres públicos.

A Operação Outline foi deflagrada em 2019, por meio de relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) que identificou a atuação de um grupo criminoso composto por representantes da Construtora Andrade Guedes e do DER-PE. A denúncia envolve pagamentos de propina aos servidores do Estado com a finalidade de desviar verbas de requalificação do trecho entre os quilômetros 51,6 e 82,3 da rodovia.

##RECOMENDA##

Os acusados são Silvano José Queiroga de Carvalho Filho, na época gestor do contrato e diretor de Operações e Construções do DER-PE; sua esposa Priscilla Ferraz Magalhães Queiroga de Carvalho, que atuou como “laranja” no esquema; o ordenador de despesas do DER/PE, Schebna Machado de Albuquerque; o sócio-proprietário da Construtora Andrade Guedes, Júlio César Gomes da Silva; o engenheiro Fábio de Almeida Ferreira Lima; Lúcio Max Ferreira Mota, também representante da construtora; além de Jorge Luiz Lorena de Farias e Dinildo de Carvalho Nogueira Ferraz, usados para ocultação de patrimônio, com a finalidade de impedir a identificação da origem ilícita dos bens.

O grupo foi indiciado pelos crimes de peculato, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro. A análise dos documentos revelou que os pagamentos indevidos somavam R$ 60 milhões. Porém, após a atuação dos órgãos de controle, os denunciados fizeram ajustes para dissimular os desvios e, ainda assim, o furo nos cofres públicos é calculado em R$ 14 milhões.

O esquema também prejudicou à finalidade das obras na BR-101, com “deficiências na fiscalização e supervisão das obras, alterações de cronograma e adiantamento de medições, contratação indevida de serviços de conservação e recuperação, bem como pagamentos por serviços não realizados e execuções da obra com defeitos”, aponta o MPF.

A obra da BR-101 é objeto de termo de compromisso firmado, em 2012, entre o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Governo de Pernambuco. Em 2017, foi formalizado contrato com consórcio de construtoras, com repasse previsto de mais de R$ 182 milhões. Cerca de R$ 125 milhões chegaram a ser liberados pela autarquia federal, em 2013.

Nesta quarta-feira (8), Dia Mundial da Alfabetização, por meio do Ministério da Educação (MEC), o Governo Federal lança duas obras referentes ao curso 'Práticas de Alfabetização', do programa Tempo de Aprender: o Livro de Atividades e o Livro do Professor Alfabetizador.

O Livro de Atividades é formado por 70 atividades recreativas, que, de acordo com o MEC, “exploram os seis componentes para a alfabetização, consolidando, portanto, as estratégias de ensino do curso Práticas de Alfabetização”. O Livro do Professor Alfabetizador traz estratégias que mostram práticas para o ensino da leitura e da escrita fundamentadas em evidências científicas.

##RECOMENDA##

As práticas visam o apoio e incentivo do processo criativo dos docentes para a sala de aula. De acordo com o secretário de Alfabetização do MEC, Carlos Nadalim, "com essa iniciativa, o Ministério segue firme no objetivo de assegurar, por muitos meios, o direito à alfabetização e, assim, impactar positivamente na aprendizagem durante o decorrer de toda a trajetória educacional, em seus diferentes níveis e etapas, a fim de promover a cidadania e contribuir para o desenvolvimento social e econômico do país".

Vitrine eleitoral do presidente Jair Bolsonaro, as obras de moradias para famílias de baixa renda no Casa Verde e Amarela podem ser paralisadas entre o fim de agosto e o início de setembro por falta de dinheiro. O orçamento do programa está perto de se esgotar, e não há até o momento previsão de um novo crédito para dar mais recursos ao programa.

Hoje, o programa habitacional substituto do Minha Casa Minha Vida conta com apenas R$ 400 milhões do Orçamento da União para o faixa 1 (destinado a famílias que ganham até R$ 2 mil mensais). O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) precisa de um adicional equivalente ao dobro disso (R$ 800 milhões) para manter as obras até o fim do ano, segundo apurou o Estadão/Broadcast.

##RECOMENDA##

O governo até prepara o envio de dois projetos de lei para abrir créditos no Orçamento, no valor total de R$ 4,7 bilhões, mas segundo a apuração da reportagem com duas fontes envolvidas na elaboração dessas propostas, não haverá recursos para o Casa Verde e Amarela.

Pelas discussões internas do governo, o Ministério da Infraestrutura deve receber R$ 1 bilhão desse dinheiro. Também haverá recursos para o Fundo de Garantia à Exportação, para honrar financiamentos que deixam de ser pagos por outros países e que são segurados por esse fundo, e para a criação da subsidiária da Companhia Brasileira de Trens Urbanos, que será dividida para posterior privatização.

Os projetos que abrem os créditos ainda não foram enviados ao Congresso Nacional. Segundo apurou o Estadão/Broadcast, o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, ainda está conversando internamente no governo para buscar uma solução para a continuidade das obras.

A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), por sua vez, tem procurado ajuda no Congresso Nacional. O presidente da CBIC, José Carlos Martins, afirma que o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), lhe assegurou, durante almoço após inauguração de uma obra em Maceió (AL), que não faltarão recursos para o Casa Verde e Amarela. "O presidente Arthur Lira disse para não nos preocuparmos, que teria um PLN (projeto de lei ao Congresso Nacional) a tempo de atender às nossas necessidades, não está havendo falta de arrecadação", disse Martins.

Mesmo que o projeto seja enviado sem previsão de recursos para o programa habitacional, o Congresso tem autonomia para remanejar verbas e decidir para onde vai o dinheiro. Por isso, a indústria da construção aposta no apoio dos parlamentares. O valor total do crédito, porém, não pode superar o espaço que existe no teto de gastos, a regra que limita o avanço das despesas à inflação, mesmo que haja aumento na arrecadação.

Segundo o MDR, o governo federal entregou 19.684 unidades habitacionais do faixa 1 do Casa Verde e Amarela em 2021, e outras 153 mil moradias estão em andamento. "O MDR está em tratativas com o Ministério da Economia e o Congresso Nacional para viabilizar a suplementação necessária para o ano", diz a pasta em nota.

Veto

No início do ano, o impasse em torno do Orçamento de 2021 - e a necessidade de destinar recursos a emendas parlamentares para honrar um acordo político do presidente Jair Bolsonaro - resultou no veto total da verba de R$ 1,37 bilhão programada para o Casa Verde e Amarela este ano. Desde então, apenas R$ 400 milhões foram repostos. O Nordeste é o principal perdedor da paralisação das obras. No início do ano, a CBIC estimou que 40% das obras em andamento estão na região, considerada crucial para os planos de reeleição do presidente. É para lá que Bolsonaro tem viajado seguidamente, inaugurando novas casas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Foram iniciadas, neste sábado (14), as obras de recuperação do prédio da unidade que foi desativada após um incêndio ocorrido em 2014, no Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP). O local recebeu a visita do governador Paulo Câmara (PSB) na manhã de hoje, para oficializar a restauração. O investimento é de aproximadamente R$ 2,4 milhões, por meio de uma subvenção social, segundo o governo. De acordo com o governador, a instituição é referência em Pernambuco, e o início das obras trará reforço para a saúde pública no Estado.

“Iniciamos uma nova etapa dessa parceria, justamente para a recuperação dessa estrutura que foi danificada anos atrás, mas que agora recebe aportes do Governo de Pernambuco para ser totalmente requalificada. Teremos a abertura de novos serviços e leitos, no intuito de seguir avançando em uma área tão sensível como a oncologia”, destacou Paulo Câmara, que esteve acompanhado da vice-governadora Luciana Santos.

##RECOMENDA##

O HCP recuperou o pavimento térreo e instalou no local o novo Centro de Quimioterapia. Com a subvenção, será possível recuperar os demais pavimentos, onde funcionarão o novo Centro de Transplante de Medula Óssea – TMO, 24 leitos para hematologia, 20 leitos de UTI, um novo centro cirúrgico com 12 salas e a central de material de esterilização, além de 13 leitos da sala de repouso. A previsão é de que até dezembro deste ano a reestruturação esteja concluída.

O secretário estadual de Saúde, André Longo, parabenizou a iniciativa e reforçou a importância da instituição para a Rede Estadual de Saúde. “É preciso destacar a sensibilidade do governador Paulo Câmara em reconhecer o valor do hospital, enviando esse projeto de lei, que vai permitir ampliar os serviços da oncologia. Essa ação vai qualificar a assistência do hospital, ampliar a capacidade de atendimento, fortalecendo toda a assistência ao pacientes oncológicos de Pernambuco”, frisou.

Com a ampliação do prédio, devem ser oferecidos os serviços de transplante de medula óssea e enfermaria dedicada a esses pacientes, além de uma área que vai ser ampliada para centro cirúrgico e uma nova UTI, de acordo com o superintendente geral do HCP, Hélio Fonsêca.

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB-MA), usou suas redes sociais para criticar o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) sobre suas declarações quanto à obra de requalificação e urbanização da Ponta do São Francisco, na capital São Luís. Em publicações nas redes sociais na manhã desta segunda-feira (9), o parlamentar disse que “com recursos 100% federais, o governador do Maranhão engana a população e coloca placa dele na obra de Bolsonaro”, e Dino rebateu:

“A obsessão do pai contaminou o filho que só entende de “rachadinhas” e mansão milionária no Lago Sul. Deveria procurar alguma coisa de útil para fazer. E deixar o Maranhão em paz. Temos muito o que fazer aqui, diferente dessa gente que fica só em passeio de moto e cercadinho”, escreveu o governador.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

O maranhense se referiu à mansão de R$ 6 milhões comprada pelo filho do presidente em Brasília e à investigação das rachadinhas no gabinete de Flávio Bolsonaro.

Na sua publicação, o senador insinuou que Dino estaria se apropriando no mérito do governo federal, e compartilhou notícia do blog do jornalista Gilberto Léda, que mostra uma placa do governo do estado na obra. A imagem também mostra uma antiga placa, que indicava que a obra era do governo federal.

A intervenção integra o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e tem área total de 8.144 metros quadrados. Segundo o governo do Maranhão, o projeto de urbanização prevê a construção de um completo centro urbanístico composto por praças com academia de ginástica, playground, caramanchões e áreas de paisagismo, além de outras opções de lazer.

[@#podcast#@]

Pressionado por descumprir suas principais promessas de campanha, sobretudo em relação à eliminação do déficit orçamentário do Estado, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), encontrou uma boia de salvação no acordo feito com a mineradora Vale. Assinado semana passada, o acordo prevê um crédito suplementar ao orçamento mineiro de R$ 11,06 bilhões, como parte da reparação aos danos causados pelo rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, em janeiro de 2019.

O recurso poderá abastecer caixas de prefeituras e realizar obras e investimentos em 853 municípios no momento em que Zema articula sua candidatura à reeleição.

##RECOMENDA##

No ano que vem, o governador deverá enfrentar o atual prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), que está no final do segundo mandato e deve concorrer ao governo do Estado. De acordo com pesquisas locais e monitoramentos feito pelos partidos, Zema é melhor avaliado no interior, pela força do cargo. Por outro lado, Kalil tem aprovação concentrada em Belo Horizonte e nos municípios da região metropolitana, onde está a maior parte dos eleitores.

O valor destinado ao Executivo corresponde a 30% do total de R$ 37,68 bilhões do acordo com a Vale. Os outros R$ 26,62 bilhões serão aplicados pela mineradora na reparação socioeconômica e socioambiental de Brumadinho e mais 25 municípios de seu entorno atingidos pela tragédia - que deixou 270 pessoas mortas, entre elas duas mulheres grávidas, em 25 de janeiro de 2019. Dez vítimas continuam desaparecidas.

Zema sofreu críticas por não obter êxito em eliminar o déficit orçamentário. Para 2021, a previsão é de déficit de R$ 17,3 bilhões. No ano que vem, a estimativa é de novo rombo de R$ 12,4 bilhões. Os novos recursos, porém, não serão usados para reduzir o déficit. Com as contas no vermelho, somente na área da saúde, entre 2009 e 2020, em transferências obrigatórias que deixou de fazer, o governo mineiro acumulou dívidas de R$ 6,9 bilhões com os municípios, de acordo com levantamento do Tribunal de Contas de Minas Gerais. Essa situação fez com que, desde sua posse, Zema enfrentasse pressão por parte dos prefeitos.

Agora, desse total de 11,06 bilhões que entram no caixa do Estado, R$ 1,5 bilhão serão repassados diretamente às prefeituras. A distribuição será proporcional ao número de habitantes, em valores que variam entre R$ 750 mil, em municípios pequenos, e R$ 50 milhões, cifra recebida pela capital. O cronograma prevê transferências até as vésperas das eleições do próximo ano: 40% até o dia 30 deste mês, 30% até 31 de janeiro de 2022 e, os outros 30%, até 1º de julho de 2022.

O restante de pouco mais de R$ 9,5 bilhões, Zema vai poder gastar em iniciativas como a retomada da construção de hospitais, serviços de pavimentação e melhorias nos 475,8 km de rodovias estaduais, aquisição de equipamentos de comunicação para a Polícia Militar e órgão de fiscalização ambiental, reformas de escolas estaduais e postos de saúde, construção de cisternas e intervenções em córregos.

"Esses R$ 50 milhões para Belo Horizonte podem não valer nada para a prefeitura da capital. Mas R$ 750 mil ou R$ 1,5 milhão é um dinheiro que vai ter um impacto político muito grande em cidades pequenas", disse o presidente da Associação Mineira de Municípios, Julvan Rezende Araújo Lacerda. "Esses recursos vão agregar muito para o governador em cidades pequenas do interior."

Reeleição. Zema nega que o dinheiro da Vale possa favorecer sua campanha à reeleição, argumentando que a maior parte dos investimentos previstos serão feitos após concluir o atual mandato. "Serão depositados em valores semestrais, durante os próximos cinco anos. A maior parte das receitas será viabilizada, após o encerramento do período de mandato", disse, por meio de nota.

O líder do bloco de oposição na Assembleia Legislativa, André Quintão (PT), relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou o desastre na mina da Vale, disse haver ausência de transparência e debate com as vítimas e a sociedade para definir os investimentos. "As vítimas e a sociedade não participaram. O governo definiu os investimentos sem ouvir", disse o deputado.

O prefeito de Santana do Garambéu, - a 240 Km da capital mineira - José Francisco de Moura (Republicanos) disse que a receita extra será gasta na reforma de uma escola municipal, na compra de equipamentos para o posto de saúde e início da construção de uma creche na cidade. O município de 2,4 mil habitantes, com orçamento de R$ 10 milhões, em 2020, vai receber R$ 750 mil do acordo com a Vale.

"Eu não conhecia o governador (Zema). Estivemos com ele no Palácio (Tiradentes) e fomos muito bem recebidos. Ele é um homem muito simples. A conversa foi muito boa. Agora arrumamos uns troquinhos com ele", disse o prefeito. "Ele (Zema) pode contar com a nossa ajuda nas eleições do ano que vem", completou.

Da forma como foi aprovado pelo Congresso, o fundo eleitoral vai tirar um total R$ 4,93 bilhões de obras e serviços de interesse dos próprios parlamentares no ano que vem, de acordo com nota técnica da Consultoria do Senado ao qual o Broadcast Político teve acesso. O valor corresponde aos recursos que sairão das emendas de bancada estadual, calculadas em R$ 7,06 bilhões em 2022.

Bolsonaro anunciou que vetará o aumento, mas já admitiu um fundo eleitoral de R$ 4 bilhões, valor mínimo exigido pelo Centrão, o dobro do gasto com as campanhas nas eleições de 2020. Mesmo com o veto, o chamado fundão terá a garantia de no mínimo R$ 791 milhões no próximo ano, de acordo com a análise técnica assinada pelo consultor Augusto Bello de Souza Neto após consulta solicitada pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE).

##RECOMENDA##

Ao votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), no último dia 26, o Congresso aprovou um dispositivo que muda o cálculo do fundo eleitoral em 2022, triplicando o valor gasto nas últimas eleições, para R$ 5,7 bilhões. Bolsonaro anunciou que vetará esse artigo, o que na prática deixará o valor final em aberto.

O montante será definido em outro projeto, o da Lei Orçamentária Anual (LOA), que será enviado pelo governo em agosto e precisa ser aprovado pelo Legislativo. Para Vieira, é um absurdo que o valor de R$ 5,7 bilhões possa ser sancionado pelo presidente, "ainda mais em plena crise econômica e com o drama da pandemia".

De acordo com a legislação, o valor do fundo eleitoral é estipulado com base na arrecadação de impostos oriunda do fim da propaganda partidária mais um porcentual não definido das emendas de bancada. Somente a primeira parte, porém, é obrigatória pela legislação em vigor, de acordo com o consultor. O cálculo apresentado é o seguinte: com o projeto aprovado pelo Congresso, o fundo teria R$ 791 milhões da arrecadação de impostos mais R$ 4,93 bilhões que saíram das emendas de bancada, montante equivalente a 25% das despesas da Justiça Eleitoral. Todos os anos, as bancadas do Congresso, formadas pelo conjunto de deputados e senadores de cada Estado, podem indicar recursos no Orçamento para obras do governo federal. Em ano eleitoral, porém, elas abrem mão de parte dos recursos para bancar as eleições.

"Os R$ 4,93 bilhões das emendas de bancada estadual de execução obrigatória deixarão de ser utilizados em serviços, obras e entregas diretas à sociedade para financiar as campanhas", diz a nota ao considerar o cenário de sanção do projeto aprovado pelo Congresso. Com isso, o chamado "fundão" tiraria 70% do total de recursos reservados para projetos indicados pelas bancadas no Orçamento. Além disso, se o artigo for sancionado por Bolsonaro, o Legislativo "não poderá recompor o montante original das emendas impositivas de bancada estadual", de acordo com o especialista.

A nota técnica será usada para pressionar o Executivo a vetar o aumento do gasto com as campanhas eleitorais, que somou R$ 2 bilhões no ano passado. Vieira e um grupo de deputados entraram com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para anular a votação da LDO e proibir o aumento do fundo para as campanhas no ano que vem. De acordo com a consultoria, é possível defender a tese de que o fundo eleitoral é inconstitucional porque fere a norma que tornou as emendas de bancada impositivas. O técnico pontuou, porém, que a lei atual garante o financiamento e que não há decisão do STF contra o chamado "fundão".

Mínimo

Se Bolsonaro vetar o dispositivo que turbinou o fundo eleitoral em 2022, o chefe do Planalto terá que encaminhar o Orçamento do ano que vem com um patamar mínimo de R$ 791 milhões, de acordo com a nota técnica. É o valor projetado pelo consultor para a arrecadação oriunda da extinta propaganda partidária. Técnicos da Câmara apresentaram um cálculo de R$ 803 milhões. De qualquer forma, a legislação garante esse patamar como obrigatório, mais um porcentual não definido das emendas de bancada. Para o consultor do Senado, "o Congresso Nacional não poderia ser obrigado a remanejar recursos das emendas impositivas de bancada estadual para o Fundo."

De acordo com Alessandro Vieira, a garantia de R$ 791 milhões apontada pela consultoria "é mais uma prova técnica de que o presidente Jair Bolsonaro só não veta o fundão porque não quer". "É absurdo esse recurso ser usado assim em qualquer momento, mais ainda durante a pandemia.". A nota da consultoria rebate a possibilidade de o chefe do Planalto sancionar apenas uma parte do artigo que garantiu um fundo de R$ 5,7 bilhões. Nesse caso, Bolsonaro é obrigado a sancionar ou vetar integralmente o dispositivo. Mesmo com o veto, o fundo eleitoral não é extinto, porque outro artigo na própria LDO garante a previsão da despesa para 2020.

Estes são os 24 filmes na disputa pela Palma de Ouro na 74º edição do Festival de Cannes, cujo resultado será anunciado neste sábado (17).

- "Annette", do francês Leos Carax. Protagonizado por Adam Driver e Marion Cotillard, que personificam um casal de estrelas cuja vida muda com a chegada de sua primeira filha.

##RECOMENDA##

- "Benedetta", do holandês Paul Verhoeven. Retrato de uma freira homossexual ambientado no século XV e baseado em fatos reais.

- "The French Dispatch", do americano Wes Anderson. Filmado no sudoeste da França e protagonizado por Bill Murray, Tilda Swinton, Benicio del Toro e Adrien Brody.

- "Tout s'est bien passé", do francês François Ozon. Adaptado do romance homônimo de Emmanuèle Bernheim, sobre uma filha que ajuda o pai a morrer. Com Sophie Marceau, Charlotte Rampling e André Dussollier no elenco.

- "Tre piani", do italiano Nanni Moretti. Duas décadas depois de ganhar a Palma de Ouro, o diretor volta a Cannes com um filme sobre várias famílias que moram no mesmo prédio.

- "A Hero", do iraniano Asghar Farhadi. Um thriller psicológico com o qual o oscarizado cineasta voltou a filmar em seu país natal.

- "Flag day", do americano Sean Penn. Sobre a vida dupla de um pai de família.

- "Red Rocket", do americano Sean Baker. Um filme de cinema independente que narra o retorno de uma estrela pornô à sua pequena cidade no Texas.

- "Petrov's Flu", do russo Kirill Serebrennikov. Um filme entre o sonho e a realidade que retrata a vida de um quadrinista na Rússia pós-soviética.

- "Memoria", do tailandês Apichatpong Weerasethakul. Tilda Swinton interpreta uma orquidófila que viaja à Colômbia para visitar sua irmã e começa a ouvir sons estranhos.

- "Titane", da francesa Julia Ducournau. Protagonizado por Vincent Lindon, conta o retorno de um menino desaparecido há 10 anos e o reencontro com seu pai.

- ""Haut et fort", do marroquino Nabil Ayouch. Um filme ambientado no mundo do hip hop que descreve a criatividade da juventude de Marrocos.

- "Bergman Island", da francesa Mia Hansen-Love. Um casal de cineastas americanos se estabelece na ilha que inspirou o cineasta sueco. Tim Roth é o protagonista.

- "Drive my car", do japonês Ryusuke Hamaguchi. Um filme basado em uma obra de Haruki Murakami.

- "The story of my wife", da húngara Ildikó Enyedi. Um drama com os franceses Léa Seydoux e Louis Garrel.

- "Ahed’s knee", do israelense Nadav Lapid. Um cineasta enfrenta a morte de sua mãe.

- "Compartment N. 6", do finlandês Juho Kuosmanen. Um "road-movie" sobre uma mulher que pega um trem romo ao círculo polar ártico.

- "The worst person in the world", do norueguês Joachim Trier. Relata a história de uma mulher em Oslo que busca refazer sua vida.

- "La fracture", da francesa Catherine Corsini. Um filme ambientado em um hospital, com Valeria Bruni Tedeschi e Marina Foïs.

- "Les intranquilles", do belga Joachim Lafosse. Drama que explora os meandros do trastorno bipolar.

- "Les Olympiades", do francês Jacques Audiard. Filmado em um bairro multiétnico de Paris, conta com a premiada Céline Sciamma no roteiro.

- "Lingui", do chadiano Mahamat-Saleh Haroun. Drama sobre uma adolescente grávida no Chade, onde o aborto é proibido.

- "Nitram", do australiano Justin Kurzel. Um filme que através da lembrança de um massacre com dezenas de mortos em 1996 aborda a venda de armas.

- "France", do francês Bruno Dumont. Léa Seydoux encarna uma famosa jornalista cuja vida muda totalmente após um acidente.

O Festival de Cannes encerra sua maratona de estreias nesta sexta-feira (16), com uma crítica que parece caminhar para a coroação, pelo terceiro ano consecutivo, de um filme asiático, o japonês "Drive my car", embora as surpresas de última hora também sejam uma marca da maior competição do cinema mundial.

"Nitram", do australiano Justin Kurzel ("Assassin's Creed"), e "Les intranquilles", do belga Joachim Lafosse, são os últimos dos 24 filmes que competem este ano pela Palma de Ouro.

##RECOMENDA##

O primeiro, um retrato do autor de um massacre que deixou 35 mortos na ilha da Tasmânia em 1996, gerou polêmica na Austrália antes mesmo de sua estreia, especialmente entre as famílias das vítimas.

"Les intranquilles", drama sobre transtorno bipolar baseado na própria experiência do diretor, vai baixar a cortina desta edição, que marcou o retorno do cinema mundial à Croisette. O evento foi cancelado no ano passado pela pandemia do coronavírus.

Os vencedores serão anunciados no sábado (17), após um dia de deliberações a portas fechadas pelo júri presidido pelo cineasta americano Spike Lee.

Murakami em competição

Com vários filmes ainda por pontuar, incluindo "Memoria", com a atriz Tilda Swinton, e o francês "Les Olympiades", ambos lançados nesta quinta-feira, a crítica internacional concorda até o momento que "Drive my car", do japonês Ryusuke Hamaguchi, merece a Palma de Ouro, de acordo com a revista Screendaily.

Baseado na história de Haruki Murakami, um dos mais célebres romancistas contemporâneos, o filme avança no tempo da mesma forma que seus protagonistas - um dramaturgo e sua jovem motorista - viajam dia após dia pela cidade de Hiroshima, onde o primeiro ensaia "Tio Vânia", o clássico de Anton Chekhov.

O mais longo de toda competição (2h59), o filme aproxima estes personagens atormentados pela morte de um ente querido, na medida em que quebram o silêncio em que estão mergulhados há anos.

"Absorvente", "profundamente comovente", com "profundezas poéticas"... Estes são alguns dos elogios da crítica internacional ao filme de Hamaguchi, que já competiu em Cannes, em 2018.

Se vencer, será a terceira Palma de Ouro consecutiva asiática, depois de "Assunto de Família", do também japonês Hirokazu Koreeda (2018), e de "Parasita", do sul-coreano Bong Joon-ho (2019).

Nessa última edição, o tragicômico "thriller" que mais tarde arrebatou o Oscar foi lançado perto do final da competição e mudou as apostas, em detrimento do até então favorito, "Dor e Glória", de Pedro Almodóvar.

Além das surpresas de última hora, a história do Festival de Cannes também mostra que crítica e júri não precisam andar de mãos dadas.

Este foi o caso, por exemplo, em 2010, quando ninguém viu a Palma de Ouro chegar a Apichatpong Weerasethakul, por "Tio Boonmee, que pode recordar suas vidas passadas".

Meditar com "Memoria"

E o realizador tailandês, que se caracteriza por uma filmografia alegórica admirada por seus colegas e pelos grandes cinéfilos, mas que é incompreendida pelo grande público, voltou este ano ao concurso com "Memoria".

Ambientado na Colômbia, com sequências filmadas na selva e poucos diálogos, o longa foi definido pela revista especializada IndieWire como "um exercício mais de meditação do que um filme, o que o torna magistral".

O musical "Annette", que abriu a competição, em 7 de julho, com Adam Driver e Marion Cotillard, "A Hero", do diretor iraniano vencedor do Oscar Asghar Farhadi, e o norueguês "The Worst Person in the World", um retrato da geração dos millennials, também conquistaram a crítica.

Os bairros de Beberibe e Dois Unidos, na Zona Norte do Recife, em breve terão uma nova ponte atravessando o Rio Morno, na nova avenida marginal do Rio Beberibe, com limites até o bairro do Passarinho. A obra é mais uma etapa da requalificação da bacia do Rio Beberibe e acontece por meio da Secretaria de Saneamento da Prefeitura do Recife. Nesta quinta-feira (8), foi publicado o edital de licitação que expõe detalhes sobre a obra. O valor máximo para a construção é de R$ 4,3 milhões e as empresas devem entregar as propostas no dia 22 de agosto.

A ponte será construída em concreto armado, com extensão de 30 metros e largura de 14 metros, tendo duas faixas de trânsito, ciclovia e passeios. Ela cruzará o Rio Morno na altura da confluência com o Rio Beberibe, conectando o trecho já pronto da via marginal com o Lote 3, que está em construção.

##RECOMENDA##

“As obras estão mudando a cara dessa região. Já entregamos mais de 3 km de novas avenidas e estamos fazendo outros 1,3 km, com pavimentação, drenagem, esgotamento sanitário e ciclovia”, afirma a secretária de Saneamento do Recife, Érika Moura.

Segundo a PCR, das quase 2,2 mil famílias que moravam em condições precárias na beira do rio, cerca de 1,5 mil foram realocadas para 16 conjuntos habitacionais e o restante recebeu indenização ou auxílio moradia.

“O PAC Beberibe é um projeto fundamental para melhorar a qualidade de vida dos moradores da área e a mobilidade para todas as pessoas que por ali transitam”, complementa a secretária. A ponte beneficiará diretamente 62 mil moradores dos bairros de Beberibe, Dois Unidos e Passarinho.

O programa

Através do PAC Beberibe estão sendo realizadas a requalificação das margens, a construção de vias e de equipamentos urbanos, melhorias na drenagem e no esgotamento sanitário, além do reassentamento de famílias residentes de forma inadequada na área de intervenção da obra. As tubulações de esgoto implantadas nas avenidas levarão os dejetos para a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Minerva, em Dois Unidos.

O lote 1 foi entregue em agosto do ano passado, com a implantação de avenida às margens do Beberibe, entre a Avenida José dos Anjos e a Rua dos Craveiros. O trecho concluído mede 1,2 km e recebeu investimentos de R$ 23,9 milhões. O lote 2 foi entregue em junho deste ano pelo prefeito João Campos e totaliza 2,2 km de avenidas, com investimentos em torno de R$ 29 milhões. Já o lote 3, em andamento, está implantando a via marginal entre o CT do Santa Cruz e a 2ª. Travessa Santo Antônio, em Dois Unidos, totalizando 1,3 km, ao custo de R$ 24,4 milhões.

Nesta terça-feira (22), comemora-se o Dia Internacional da Mulher Engenheira. A data foi instituída pela organização britânica Women’s Engineering Society (WES) e visa fortalecer o espaço conquistado pelas mulheres em uma área profissional com índices desproporcionais de ocupação masculina. De acordo com o Censo da Educação Superior do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), divulgado em outubro de 2019, apenas 37% dos formandos na área de Engenharia, Produção e Construção, são do sexo feminino.

Este é o caso de Denise Pavan Limpias, 41 anos, engenheira elétrica. A profissional conta que no período de sua graduação havia seis turmas de 120 alunos, sendo que em cada turma tinham no máximo 10 mulheres. Ao final de seus estudos, quando já estava na área de especificação, a turma de eletrotécnica tinha 25 alunos e três mulheres e até mesmo no mercado de trabalho Denise pôde perceber essa desproporção. “Eu trabalhei em obras no interior de São Paulo, na capital, no Rio de Janeiro e em uma obra de construção de metrô no Catar. E sim, no mundo todo, é massiva a presença masculina. Tanto em projetos, quanto na área da construção”.

##RECOMENDA##

Por conta do alto número de homens que compõem os ciclos profissionais, a engenheira conta que desde o começo sofreu preconceito, porque costumava trabalhar em obras. “No começo duvidavam bastante da minha capacidade, eu demorava um tempo para ganhar o respeito deles. Eu acho que a gente, como mulher na obra, tem muito a contribuir e deveria sim ser igualitário”. Apesar da presença masculino em peso, em alguns cargos já é possível ver uma crescente no número de mulheres. “Eu percebo que hoje em dia temos mais mulheres atuando nos cargos de coordenação, administração e gerência de obra”, aponta.

A profissional esteve a trabalho no Brasil de 1998 até 2013, após isto, ela teve a oportunidade de trabalhar em uma construção de linha de metrô em Dubai. “Eu sofri muito preconceito por aquela área no Oriente Médio ser muito machista”. Denise era a única mulher nesta ocasião, apesar de depois ter chegado uma coordenadora proveniente de uma empresa chinesa. “É engraçado porque no decorrer do tempo eles [homens no trabalho] iam me respeitando mais, por causa do meu conhecimento e experiência. Eles mandavam mensagem para os meus gerentes, me elogiando e como eu aguentava o calor, em sensação térmica de 50° C”, relembra Denise.

A engenheira já havia provado para sua equipe que estava apta a trabalhar nessas condições, até que veio sua maior dificuldade: a gravidez durante o trabalho em Dubai. “Quando eu engravidei, eu não contei para ninguém. Eu tinha que tomar quatro litros de água por dia, devido ao ambiente externo sem ar condicionado. Eu escondi a barriga com roupas largas e ninguém ficou sabendo até os seis meses de gravidez, quando não dava mais para esconder. Todos queriam que eu voltasse ao escritório para sair da obra, mas eu não parei. Eu trabalhei até os sete meses, atuando da mesma maneira, só que carregando um galão de água comigo”.

Uma história, uma inspiração

Toda essa jornada no campo da engenharia começou quando Denise ainda era uma adolescente e trabalhava com entrega de marmita. Alguns dos compradores que eram arquitetos e engenheiros a convidaram para ver os computadores, os projetos, maquetes e plantas. “Eu fiquei apaixonada por aquilo”, afirma a profissional. Após iniciar um um curso técnico em edificações, Denise pôde perceber que na área de engenharia, cada profissional pode ter sucesso e reconhecimento profissional. E assim aconteceu, até que se formou em engenharia elétrica no ano de 2007.

Mesmo com as dificuldades, Denise conquistou seu lugar no mercado de trabalho, seja no Brasil ou no exterior e o Dia Internacional da Mulher Engenheira celebra esta e outras histórias de superação feminina. De acordo com Denise: “assim como outras datas importantes, essa é significativa porque dá exemplo para outras mulheres que estão começando uma carreira, que tem o sonho de ser engenheira, a se inspirarem. Saber que temos capacidade, temos qualidade e que conseguimos chegar onde quer que seja”, finaliza.

 

 

Dia da mulher engenheira ocorre nesta terça (22)

Profissional conta quais foram seus maiores desafios para conquistar uma posição no mercado de trabalho

 

Nesta terça-feira (22), comemora-se o Dia Internacional da Mulher Engenheira. A data foi instituída pela organização britânica Women’s Engineering Society (WES), e visa fortalecer o espaço conquistado pelas mulheres em uma área profissional com índices desproporcionais de ocupação masculina. De acordo com o Censo da Educação Superior do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), divulgado em outubro de 2019, apenas 37% dos formandos na área de Engenharia, Produção e Construção, são do sexo feminino.

Este é o caso de Denise Pavan Limpias, 41 anos, engenheira elétrica. A profissional conta que no período de sua graduação, haviam seis turmas de 120 alunos, sendo que em cada turma tinham no máximo 10 mulheres. Ao final de seus estudos, quando já estava na área de especificação, a turma de eletrotécnica tinha 25 alunos e três mulheres, e até mesmo no mercado de trabalho Denise pôde perceber essa desproporção. “Eu trabalhei em obras no interior de São Paulo, na capital, no Rio de Janeiro, e em uma obra de construção de metrô no Catar. E sim, no mundo todo, é massiva a presença masculina. Tanto em projetos, quanto na área da construção”.

Por conta do alto número de homens que compõem os ciclos profissionais, a engenheira conta que desde o começo sofreu preconceito, porque costumava trabalhar em obras. “No começo duvidavam bastante da minha capacidade, eu demorava um tempo para ganhar o respeito deles. Eu acho que a gente, como mulher na obra, tem muito a contribuir, e deveria sim ser igualitário”. Apesar da presença masculino estar em peso, em alguns cargos já é possível ver uma crescente no número de mulheres. “Eu percebo que hoje em dia temos mais mulheres atuando nos cargos de coordenação, administração e gerência de obra”, aponta.

A profissional esteve a trabalho no Brasil de 1998 até 2013, após isto, ela teve a oportunidade de trabalhar em uma construção de linha de metrô em Dubai. “Eu sofri muito preconceito por aquela área no Oriente Médio ser muito machista”. Denise era a única mulher nesta ocasião, apesar de depois ter chegado uma coordenadora proveniente de uma empresa chinesa. “É engraçado porque no decorrer do tempo eles [homens no trabalho] iam me respeitando mais, por causa do meu conhecimento e experiência. Eles mandavam mensagem para os meus gerentes, me elogiando e como eu aguentava o calor, em sensação térmica de 50°C”, relembra Denise.

A engenheira já havia provado para sua equipe que estava apta a trabalhar nessas condições, até que veio sua maior dificuldade: a gravidez durante o trabalho em Dubai. “Quando eu engravidei, eu não contei para ninguém. Eu tinha que tomar quatro litros de água por dia, devido ao ambiente externo sem ar condicionado. Eu escondi a barriga com roupas largas e ninguém ficou sabendo até os seis meses de gravidez, quando não dava mais para esconder. Todos queriam que eu voltasse ao escritório para sair da obra, mas eu não parei. Eu trabalhei até os sete meses, atuando da mesma maneira, só que carregando um galão de água comigo”.

Uma história, uma inspiração

Toda essa jornada no campo da engenharia começou quando Denise ainda era uma adolescente, e trabalhava com entrega de marmita. Alguns dos compradores que eram arquitetos e engenheiros a convidaram para ver os computadores, os projetos, maquetes e plantas. “Eu fiquei apaixonada por aquilo”, afirma a profissional. Após iniciar um um curso técnico em edificações, Denise pôde perceber que na área de engenharia, cada profissional pode ter sucesso e reconhecimento profissional. E assim aconteceu, até que se formou em engenharia elétrica no ano de 2007.

Mesmo com as dificuldades, Denise conquistou seu lugar no mercado de trabalho, seja no Brasil ou no exterior, e o Dia Internacional da Mulher Engenheira celebra esta e outras histórias de superação feminina. De acordo com Denise: “assim como outras datas importantes, essa é significativa porque dá exemplo para outras mulheres que estão começando uma carreira, que tem o sonho de ser engenheira, a se inspirarem. Saber que temos capacidade, temos qualidade e que conseguimos chegar onde quer que seja”, finaliza.

 

Palavras-Chave: Engenheira, Mulher, Dia Internacional, Obras, Brasil, Dubai

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando