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A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (3) o início formal do processo de venda da participação na empresa BR Distribuidora. Em nota publicada na página da estatal na internet, a companhia detalhou o processo.

“Comunicamos hoje ao mercado o início do envio de prospecto [teaser] sobre o processo de venda da nossa participação acionária na BR Distribuidora para potenciais parceiros. A seleção de empresas que receberam o teaser foi realizada com base em critérios objetivos, em conjunto com a instituição financeira especializada em fusões e aquisições contratada para assessorar o processo de venda”, informou a Petrobras.

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A estatal explicou que a decisão faz parte da estratégia definida pelo Conselho de Administração em julho deste ano de compartilhamento de controle, em uma estrutura societária que visa assegurar a maioria do capital total da BR, mantendo 49% do capital votante.

“Esse novo modelo de venda atrai maior interesse do mercado e tem como objetivo maximizar o valor do negócio de distribuição de combustíveis, atender aos nossos objetivos estratégicos e manter a operação integrada na cadeia do petróleo.”

A venda de ativos da Petrobras visa a fortalecer o caixa da empresa, que sofreu prejuízo de R$ 34,8 bilhões em 2015, por problemas envolvendo corrupção interna, má administração e devido ao preço baixo do petróleo no mercado internacional.

O governo Geraldo Alckmin (PSDB) bateu o martelo na privatização conjunta das Linhas 5-Lilás do metrô, que está sendo ampliada, e 17-Ouro do monotrilho, ainda em construção, na zona sul de São Paulo. A Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos deve lançar ainda neste ano a licitação para conceder a operação de 27,5 km de trilhos e 25 estações à iniciativa privada por 30 anos.

O modelo foi sacramentado terça-feira (23) na reunião do conselho gestor do Programa Estadual de Desestatização (PED), responsável por definir as privatizações no Estado. Segundo o secretário dos Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, a meta é concluir o processo de concessão das duas linhas até julho do ano que vem, antes da entrega de 9 novas estações da Linha 5, previstas para o segundo semestre de 2017. "Nós queremos que as novas estações já sejam operadas pelo concessionário", disse. A décima estação (Campo Belo) ficou para março de 2018.

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Hoje, a Linha 5 opera com 9,3 km e 7 estações, ligando o Capão Redondo a Santo Amaro, na zona sul. Com a ampliação, a Linha 5 chegará até a Chácara Klabin, fazendo conexão com a Linha 1-Azul na Estação Santa Cruz e a Linha 2-Verde na Estação Chácara Klabin. Já o monotrilho da Linha 17, prometido para 2014, deverá ser entregue pela metade (8 estações e 7,7 km) entre 2018 e 2019. As duas linhas farão conexão no Campo Belo (zona sul).

"Vai ser uma concessão única porque as linhas se cruzam no Campo Belo. Há uma sinergia de energia elétrica e integração na estação que está sendo construída lá", explicou Pelissioni. "Será uma concessão por 30 anos na qual será cobrada uma outorga fixa de entrada e o concessionário receberá uma parcela da tarifa paga por passageiro transportado que continuará sendo arrecadada pelo Metrô. O Estado não vai mais aportar recurso nenhum", completou.

Quando as obras estiverem totalmente concluídas, as duas linhas deverão receber cerca de 995 mil passageiros por dia, conforme estimativa feita pela Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), atual responsável por operação e construção dos ramais. "Nós acreditamos que a operação privada é menos custosa. O Estado tem dificuldade de gerenciar porque tem a Lei de Licitações e certas burocracias necessárias porque se trata de empresa pública", disse o secretário.

Segundo Pelissioni, o governo Alckmin também deve concluir até o fim do ano os estudos para a privatização da Linha 15-Prata do monotrilho, que ligará a Vila Prudente até São Mateus, na zona leste da capital. O trecho também havia sido prometido para 2014 com distância mais longa, até Cidade Tiradentes, mas deve ser concluído com 16 km a menos em 2018. "Os estudos ainda estão sendo concluídos. Também queremos aprovar ali uma concessão dos serviços. É a próxima na pauta."

Com a concessão das três linhas, São Paulo terá cinco das oito linhas de metrô e monotrilho sob operação da iniciativa privada. Hoje, a Linha 4-Amarela (Luz-Butantã) já é operada pelo Consórcio Via Quatro, e a futura Linha 6-Laranja (São Joaquim-Brasilândia) está sendo concluída no regime de Parceria Público-Privada (PPP), no qual a operação também será feita pela setor privado.

PPP

O governo paulista avalia ainda proposta feita pelo Grupo Triunfo para operação por meio de PPP das Linhas 8 e 9 da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). "Nós percebemos pela proposta da empresa que o aporte do Estado ainda pode ser diminuído e aprovamos a continuidade dos estudos", disse Pelissioni. "Nesse momento de crise econômica, é melhor fazer concessão do que PPP, que ainda exige contrapartidas do Estado", completou. Para fiscalizar as linhas privatizadas, o governo deve criar uma agência reguladora. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Contra a privatização da empresa, lutando por melhores condições de trabalho e dando início a campanha salarial 2016/2017 da categoria, os trabalhadores dos Correios de Pernambuco realizam uma manifestação na manhã desta sexta-feira (5). O grupo está reunido em frente ao edifício sede dos Correios, na Avenida Guararapes, no centro do Recife.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios em Pernambuco (Sintect-PE), a estrutura sucateada da empresa é proposital para que o órgão estatal seja privatizado. Os trabalhadores também denunciam que o efetivo de funcionários é pouco e cobram a realização de concurso público para contratação de novos servidores. 

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O Sitect-PE aponta, ainda, que desde 2011 não há concurso público para contratação de novos servidores e os trabalhadores acumulam função para tentar dar conta do grande volume de encomendas. Fato que, segundo o Sindicato, resulta na demora das entregas e as grandes filas para atendimento nas unidades. 

De acordo com o Secretário Geral do Sintect-PE, Rinaldo Nascimento, a privatização dos Correios opõe-se a proposta de manter o serviço social com ênfase em dar suporte à sociedade. Ele explicou que categoria dos trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos são contra a uma possível privatização porque a empresa iria visar apenas o lucro.

O Sindicato aponta que a mobilização em Pernambuco ocorrerá simultaneamente a outras pontos do país como parte do calendário de mobilizações, aprovado no 33º Conselho Nacional de Representantes (CONREP) da FENTECT, realizado nos dias 6 a 9 de julho, em Luziânia, em Goiás.

Trabalhadores lutam por melhores condições de trabalho 

No início de julho deste ano, o Procon de Pernambuco determinou a abertura de uma investigação contra os Correios. A decisão partiu após um grande quantitativo de consumidores realizarem diversas reclamações em relação à má prestação de serviço pelo órgão.

Na época, o Procon estabeleceu o prazo de dez dias para que os Correios resolvessem as suas pendências, inclusive aumentando o número de carteiros, medida que, segundo representantes da empresa, estava sendo tomada.

O diretor político do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos de Pernambuco, Luciano Batista, informou que a Justiça deveria obrigar os Correios a contratarem novos funcionários. "São poucos servidores e o trabalho é muito desgastante. Isso nos impede de fazer um serviço de qualidade para a população que paga pelos seus pedidos", afirmou Batista. Ele ainda lamentou que com a falta de carteiros, a sobrecarga de trabalho só tende a piorar e atrasar os serviços.

Após prazo de dez dias para normalização das atividades, estipulado pelo Procon de Pernambuco, os Correios regularizaram os serviços e contrataram mais 12 funcionários terceirizados. De acordo com o Procon, a decisão de investigar o órgão partiu após um grande quantitativo de consumidores realizarem diversas reclamações em relação à má prestação do serviço de entrega de cartas e produtos.

A normalização dos serviços dos Correios, no entanto, foi negada por Luciano Batista, diretor político do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos de Pernambuco Para ele, a história deverá se repetir. "A empresa apenas fez uma campanha de mutirão, mas os problemas de falta de efetivo irão continuar. É apenas uma questão de tempo até que os mesmos atrasos nas demandas reapareçam", denunciou.

Ainda de acordo com Luciano, não houve a contratação formal desses 12 servidores para suprir as demandas, como divulgado pelo Procon. "O que eles fizeram foi transferir efetivo de outros setores para suprir a carência de um outro", falou. A categoria reclama que os Correios estão apenas contornando os problemas. "São poucos funcionários e a sobrecarga é grande", cravou. 

A Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou na terça-feira, 7, projeto de lei que autoriza a concessão de 25 parques públicos do Estado à iniciativa privada. Pelo texto, fica autorizado, por 30 anos, o uso para ecoturismo e exploração comercial madeireira ou de subprodutos florestais.

A proposta original da gestão Alckmin, de 2013, mencionava apenas três parques e a exploração turística. No ano passado, o projeto sofreu uma modificação que deixou em aberto quais unidades poderiam ser consideradas e, na prática, tornou possível que mais de cem parques tivessem a gestão concedida à iniciativa privada. Após um ano sem avanços, na quinta-feira, 2, foi apresentada uma emenda aglutinativa pelo líder do governo, Cauê Macris (PSDB), e mais 21 deputados, que delimitou a concessão a 25 parques e colocou o projeto em regime de urgência para votação, como divulgou na terça-feira, 7, o jornal Folha de S.Paulo. O texto segue para a sanção do governador.

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Entre os parques que poderão ser explorados estão os de Campos do Jordão, Cantareira, Jaraguá, Serra do Mar, Ilha do Cardoso e Ilhabela.

Ambientalistas e o Ministério Público se queixaram da pressa para aprovação e disseram que ficaram de fora itens que garantiriam a restauração de áreas exploradas, os direitos das comunidades que vivem nesses locais e as pesquisas ali feitas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Apontado por centrais sindicais como "ultraliberal", o novo presidente da Petrobras, Pedro Parente, afirmou ontem que a privatização da estatal "não está madura" para ser discutida com a sociedade. Segundo ele, a privatização não está em pauta no governo. Parente descartou socorro do governo a estatal e , defendeu "parcerias" com investidores para projetos estratégicos e voltou a pedir o fim da participação obrigatória da estatal em áreas de exploração do pré-sal.

"Não vim para cuidar de privatização da Petrobras. Não vou perder tempo com essa questão, porque não está madura para uma discussão na sociedade", afirmou o executivo em entrevista à Rádio Gaúcha, ontem. "Isso é uma decisão de acionista controlador. Eu não vejo essa discussão acontecendo no governo e não foi parte da conversa do presidente (Michel) Temer comigo".

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Parente disse que sua missão é "resgatar" a companhia que, segundo ele, foi vítima de uma "quadrilha organizada". "O principal acionista não é o governo federal, é a sociedade brasileira. Nós somos proprietários", completou.

Segundo o executivo, sua atuação terá foco na redução do endividamento. Parente voltou a descartar uma capitalização na empresa pelo governo. "Se o problema foi gerado dentro da companhia, temos que encontrar os meios para resolvê-lo dentro da própria companhia", afirmou o executivo.

Ele disse priorizar parcerias com investidores à venda completa de ativos. "É onde pensamos em ir neste momento", afirmou Parente. Ele não detalhou o modelo estudado para subsidiárias já listadas para venda, como BR Distribuidora e Transpetro.

Ex-ministro do governo Fernando Henrique Cardoso, o novo presidente defende retirar da estatal a obrigação de atuar em todos os consórcios do pré-sal, além de ser a operadora única das áreas de exploração.

O projeto que altera a lei do setor, de autoria do senador José Serra (PSDB-SP), aguarda votação na Câmara, após ter sido aprovado no Senado, em fevereiro. Parente acredita que as mudanças podem "levar ao potencial máximo" a exploração do pré-sal.

Críticas

O discurso de posse e as posições do executivo foram criticados por sindicatos de trabalhadores e por pesquisadores. Para o professor Luiz Pinguelli, diretor da Coppe/UFRJ, a Petrobrás deve manter o "protagonismo" no pré-sal e a política de conteúdo local para diversificar a indústria, também criticada pelo novo executivo.

"O problema não é aumentar a produção e se tornar exportadora. Ela vive batendo recordes. A questão é diminuir a necessidade de importação de derivados. A empresa só faz sentido enquadrada em uma política de Estado".

Para Pinguelli, o novo presidente não é ligado ao setor e se equivoca nas posições anunciadas, que diz "discordar radicalmente". "Ele volta à política neoliberal do governo FHC, tem um viés nitidamente ideológico. Se é para destruir a Petrobras, vamos brigar contra ele", afirmou.

Outras entidades de classe criticaram as propostas de Pedro Parente para a empresa. A Associação dos Engenheiros da Petrobras (Aepet), o acusa de "promover o desmonte da empresa, inclusive abdicando do pré-sal". "As posições de Parente atentam contra a integridade da Petrobras".

Também a Federação Única dos Petroleiros (FUP), maior entidade da categoria, criticou "a agenda de privatização" do executivo.

"O Parente explicitou o que pensa o PSDB sobre o pré-sal, que é entregá-lo a outras empresas. Somos o único país que tem petróleo e prefere vender mesmo com as cotações em baixa", afirmou o sindicalista José Rangel. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Concessões, privatizações e parcerias público-privadas vão estar, em um eventual governo Michel Temer, sob responsabilidade de um grupo técnico vinculado à Presidência da República. O novo órgão, inspirado no governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961), deve ser chefiado por Wellington Moreira Franco, ex-ministro da Aviação Civil e de Assuntos Estratégicos no governo Dilma Rousseff.

Moreira Franco não teria status de ministro, mas iria se reportar diretamente a Temer, caso o Senado aprove o afastamento de Dilma. O grupo técnico seria responsável por deslanchar as concessões que já estão previstas de aeroportos, portos, rodovias e ferrovias, com investimentos estimados em mais de R$ 30 bilhões. Também ficará responsável por qualquer outro tipo de privatização ou até mesmo PPPs, mesmo que de outras áreas, como na saúde.

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A inspiração veio de JK, que criou um conselho de desenvolvimento para tirar do papel metas do "50 anos em 5". O novo órgão tem o objetivo de sinalizar ao mercado a intenção do governo de dar velocidade ao programa de concessões das obras de infraestrutura. "O Estado deve transferir para o setor privado tudo o que for possível em matéria de infraestrutura", diz o documento "A Travessia Social", da Fundação Ulysses Guimarães, do PMDB.

O governo Dilma sempre foi criticado pela forma como tratou as concessões, principalmente por estabelecer regras que espantaram investidores e travaram os leilões. Em entrevista à reportagem, Moreira Franco afirmou que, caso Temer assuma a Presidência, será modificado o modelo pelo qual há fixação de taxas de retorno dos investimentos feitos pelas empresas. A regra, sempre criticada e associada a um excesso de intervencionismo do governo no setor privado, fixa qual deve ser o lucro máximo para investimentos adicionais feitos nos empreendimentos.

"Ainda não tive condição de definir a remodelagem, mas certamente não terá esse tipo de equívoco", afirmou Moreira. Para ele, as regras devem ser mais claras e transparentes, condição necessária para o sucesso dos leilões.

Confiança

Pelo "plano Temer", a confiança dos investidores voltaria com a saída da equipe de Dilma e a instalação dos novos nomes indicados pelo vice-presidente. A mudança na percepção do mercado favoreceria o aumento da participação da iniciativa privada na execução dos projetos de infraestrutura. Essa nova postura permitiria, no curto prazo, o reforço do caixa com os recursos dos leilões e, a médio prazo, a redução do papel do Estado como força propulsora dos investimentos para o crescimento.

Abriria espaço, em tese, cortar os gastos com investimentos e protelar, pelo menos por ora, o necessário aumento da carga tributária para o reequilíbrio das contas públicas. Os aliados de Temer não descartam a criação de um imposto aos moldes da CPMF, mas não veem este como o momento propício, dada a impopularidade da medida e por ter virado um dos símbolos da campanha contra o governo Dilma. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, indicou nesta segunda-feira (1°) que não deve haver uma rápida venda de ativos estatais apesar da forte necessidade de caixa para incrementar o Orçamento do País. "Não haverá venda de ativos a preços de ocasião. Isto não traria nenhum benefício ao Orçamento", disse Putin.

Em encontro com diretores de estatais e outros integrantes do governo, o presidente russo reiterou a posição do Kremlin de que o país não deve conduzir uma privatização ou vender a participação em empresas a preços baixos.

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O gesto contraria declarações como a do ministro da Economia, Alexei Ulyukayev, que disse no mês passado que a Rússia poderia vendar participação em dois grandes bancos estatais, Sberbank e VTB. O sistema bancário local precisa de novos fundos, ele disse, por causa da falta de acesso ao sistema financeiro ocidental em razão de sanções sobre o conflito na Ucrânia.

Rosneft, a maior produtora de petróleo do país, também tem sido alvo de rumores sobre privatização nos últimos meses. Putin afirmou, no entanto, que não há planos específicos para vender a participação do Estado nas maiores companhias russas. Fonte: Dow Jones Newswires.

A Grécia concordou em vender as operações de 14 aeroportos regionais a empresa alemã Fraport. O acordo de 1,23 bilhões de euros (US$ 1,37 bilhões) é o primeiro de uma onda de privatizações que o governo terá de fazer pelos empréstimos de resgate.

Inicialmente, o primeiro-ministro Alexis Tsipras havia prometido cancelar o programa de privatizações do país, mas o governo foi forçado a voltar atrás para poder fechar um acordo com os credores gregos e conseguir um pacote de resgate de 86 bilhões de euros, evitando o calote e uma possível expulsão da União Europeia.

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O governo também relaxou as restrições bancárias, permitindo que os gregos enviem até 500 euros mensais ao exterior a até 8 mil euros trimestrais a estudantes gregos que estejam realizando estudos em outros países. Também será possível a abertura de contas bancárias sem direito a retiradas com a finalidade de pagar empréstimos.

Nesta terça-feira, a agência de classificação de risco Fitch elevou o rating em escala global da Grécia de CC para CCC. Segundo a agência, a elevação ocorreu porque o acordo entre a Grécia e os credores internacionais, formalizado em 14 de agosto, reduziu o risco de calote por parte de Atenas.

Apesar disso, a agência pondera que a relação entre a Grécia e seus credores se mantém delicada e que a situação política interna ainda é "imprevisível".

Sendo assim, a Fitch aposta em um colapso na coalizão de sustentação do governo, liderada pelo esquerdista Syriza, abrindo o precedente para a realização de eleições "antes do final do ano". Fonte: Associated Press.

Se não serviu para despertar no empresariado o "espírito animal", a segunda edição do programa de concessões em infraestrutura lançada na semana passada pela presidente Dilma Rousseff foi recebida, no setor privado, como um bom ponto de partida. Ao contrário da rodada anterior, o governo se mostra disposto a negociar e garantir um "preço justo" aos concessionários, o que demonstra uma dose maior de pragmatismo do que o visto na rodada anterior.

Falta, porém, criar as condições para tirar os projetos do papel. As dúvidas são muitas, a começar pelas condições de financiamento, dos mecanismos de garantia e a rentabilidade dos projetos.

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"Vamos sentar e conversar", disse ao Estado o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, que coordena os programas de investimento do governo. "Consideramos que todos os projetos são atraentes e que há demanda para eles." Não há dúvida, por exemplo, no interesse privado em portos. "Temos demanda e interessados", assegurou o ministro-chefe da Secretaria de Portos, Edinho Araújo.

Ainda assim, ele reconhece o peso do cenário econômico. "Vivemos um novo momento, de ajuste, e a expectativa é de que o setor privado possa investir." Responsável por boa parte dos leilões bem-sucedidos da etapa anterior do Programa de Investimentos em Logística (PIL), o ex-ministro dos Transportes César Borges reconhece que há muito a responder. "Tudo começa agora", disse. "O que vai dizer se as concessões são ou não viáveis são os projetos."

Eles responderão a perguntas básicas como: qual o investimento necessário, qual a receita potencial daquele empreendimento e qual a rentabilidade possível. Em suma, quais as tarifas necessárias para tornar o negócio bom.

Alguns estudos, porém, ainda nem começaram a ser elaborados. No caso dos aeroportos, a expectativa é que sejam concluídos em 90 dias. Nas novas rodovias, 180 dias. Até lá, as dúvidas permanecerão. "Os desafios são imensos", disse o vice-presidente executivo da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), Ralph Lima Terra. Ele considera que os pontos mais difíceis de superar serão o financiamento e a oferta de garantias. Não só porque o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai reduzir seu apoio ao programa e cobrar mais pelos empréstimos, mas também pela situação macroeconômica do País. Ela pode encarecer até a obtenção de crédito externo, que é o grande trunfo do governo nessa nova rodada.

O executivo aposta na dupla formada por Barbosa e pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, para superar essas dificuldades. A mesma impressão tem o presidente da seção latino-americana da União Internacional de Rodovias (UIC), Guilherme Quintella. Ele considera positivo o fato de os dois estarem no lançamento do programa, o que indica um compromisso do mais alto escalão do governo. "É um começo para a melhora do investimento", comentou o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan.

Mais realista

A dupla garante um governo mais realista e sensível às opiniões do mercado. Muitas das propostas apresentadas pelo setor privado já foram acolhidas. Por exemplo, a fixação da chamada Taxa Interna de Retorno (TIR) será mais alinhada com o mercado. O governo também concordou em escolher concessionários de portos e ferrovias pela maior taxa de outorga paga por eles, conforme pedido pelas empresas. Além disso, haverá menor participação da Infraero nas novas concessões de aeroportos.

A insistência em fixar uma TIR muito abaixo do que o mercado queria atrasou a primeira edição do programa de concessões em quase um ano. O governo só desistiu dessa postura após as grandes construtoras brasileiras, principais candidatas às concessões, avisarem que não participariam dos leilões.

Agora, a promessa é dar uma "remuneração compatível com custos e riscos de construção". Prova disso é que a TIR dos quatro lotes de rodovias cujos estudos técnicos já foram concluídos está sendo recalculada para níveis mais "adequados", segundo informou Barbosa.

Nos demais empreendimentos, a TIR ainda será fixada. Tal como na primeira rodada, os cálculos serão feitos pela Secretaria do Tesouro Nacional, que por sua vez consultará os ministérios de cada setor.

Um  dia após o anuncio da nova etapa do Programa de Investimento em Logística (PIL) do governo federal, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, negou que concessão seja uma forma disfarçada de privatização. Conforme o ministro, os modelos adotados pelo governo atendem às necessidades concretas e não a “posições ideológicas”.

Durante reunião conjunta das comissões de Infraestrutura e de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle do Senado, Barbosa disse que o desafio é transformar a demanda que existe em projetos de execução viável. O ministro avaliou que a taxa de investimento no Brasil em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) – hoje em 20% - está na média de outros países, mas ponderou que para crescer mais rápido o país precisa elevar o índice, aumentando a competitividade. O programa anunciado pelo governo ontem (9) prevê investimentos de R$ 198,4 bilhões nos próximos anos. 

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O ministro destacou que a prioridade em ferrovias – com investimentos previstos da ordem de R$ 86,4 bilhões – visa a melhorar o escoamento da safra agrícola do Centro-Oeste, com ligações de saída pelo corredor norte. Questionado sobre a falta de recursos do governo, ele reconheceu que o desembolso para os investimentos previstos será grande, mas será escalonado ao longo do tempo.

No caso das rodovias, as novas licitações terão os estudos concluídos até o início de 2016 e devem começar a sair do papel no segundo semestre do ano que vem. Ao fazer um resumo das ações anunciadas, Barbosa disse que o volume de concessões cresceu significativamente nos últimos 12 anos, ainda que esteja abaixo das metas iniciais, assim como as execuções do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A nova fase do programa de investimentos, afirmou, prevê metas realistas de execução.

Nelson Barbosa ouviu críticas da oposição pelo anúncio de um novo pacote de investimentos sem que todos os recursos anunciados nas etapas do PAC tenham sido aplicados. Para o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), o programa de investimentos do governo é “ilusionismo” para desviar o foco de problemas como “inflação galopante, desemprego ascendente e caos na segurança pública”.

Já a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), da base aliada, destacou melhorias na infraestrutura do país a partir das concessões, como nos aeroportos. “Não saem mais notícias negativas sobre aeroportos. Dificilmente ocorrem atrasos nas viagens aéreas”, ressaltou.

A primeira etapa do Programa de Investimento em Logística, anunciada nesta terça-feira (9), pelo Governo Federal, tem uma série de concessões para Pernambuco, entre elas a da requalificação e duplicação da BR-232. Gargalo da infraestrutura viária no estado, a rodovia passará por um Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), em que empresas privadas vão estudar a viabilidade para a concessão e, em seguida, passar por uma seleção em edital. 

A inclusão da BR-232 no pacote, segundo o engenheiro de trânsito e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Maurício Pina, “é uma medida extremamente acertada” já que a gestão federal e estadual está “sem capacidade para investimentos devido à conjuntura econômica nacional”. 

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“A BR-232 está com o pavimento deteriorado a olhos vistos por causa do excesso de carga que é intenso e a falta de investimentos. A concessão é uma maneira de conseguir capital privado para que sejam recuperadas as malhas viárias e, certamente, a empresa que ganhar a licitação vai ter mais cuidados com a infraestrutura local”, opinou o estudioso. 

Sob a ótica de Pina, a concessão já deveria ter acontecido há muito tempo. “As demandas são tão grandes que não sobra recursos para estados e municípios gerirem as estradas”, argumentou. “São vias importantes para o Estado (BR 232 e a BR 101) que se tornam cada vez mais intransitáveis”, acrescentou. 

“O trecho que corta o Recife, por exemplo, tem buracos que estão colocando a vida das pessoas em risco. É importante que se estabeleça um nível de serviço decente, bem feito e que o governo se prepare para fiscalizar”, corroborou o engenheiro de trânsito e também professor da UFPE, Oswaldo Lima Neto. 

Para o estudioso, além de melhorar o serviço da infraestrutura estadual, a concessão deve ser benéfica para a economia local. “Sem sombras de dúvidas a concessão impulsiona o desenvolvimento. Além da própria geração de emprego que as obras em si vão gerar, ao manter as rodovias em boas condições, será reduzido o custo de manutenção dos veículos e o valor dos produtos produzidos pelo estado ou advindos de outros locais”, disse Lima Neto. 

A confirmação das concessões ajudam o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), a cumprir promessas de campanha. No ano passado ele prometeu que duplicaria a BR-232 até Arcoverde e frisou que, mesmo sendo uma obra federal, se a presidente não instalasse o Arco Metropolitano, a gestão estadual tomaria à frente. 

Além da BR-232, também foi incluído no pacote de concessões para Pernambuco o Arco Metropolitano e três terminais do Porto de Suape (grãos, minérios e contêineres). O Aeroporto de Guararapes entrará na primeira rodada de 2016.

A Justiça de Portugal garantiu aos opositores da venda da companhia aérea nacional TAP uma liminar que impede a sua privatização em curso. Esta é a segunda vez que o governo português tenta vender a empresa aérea.

A Corte Suprema Administrativa garantiu a um grupo civil a liminar nesta quarta-feira, dois dias antes de o governo iniciar a análise de duas ofertas de compra da companhia aérea por duas empresas da América Latina.

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A liminar foi concedida, pois o governo não foi capaz de abrir uma licitação para que companhias independentes avaliassem a situação financeira da TAP. O governo afirmou que irá contestar a decisão do tribunal

O governo cancelou a venda da companhia aérea pela primeira vez em 2012, pois a empresa compradora não foi capaz de prover as garantias financeiras para a transação. Fonte: Associated Press.

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), disse na manhã desta quinta-feira (14) que é favorável a privatizações em caso de benefício à população. "Por exemplo, a Prefeitura está vendendo uma gleba na Cidade Tiradentes. É uma privatização. Não vejo nenhum problema com isso", afirmou, em visita ao Parque do Rodeio, no extremo leste da capital. O lote, de 632 mil metros quadrados, deve ser vendido por preço estimado de R$ 73 milhões. A condição, entretanto, é que a empresa compradora erga ali um complexo comercial e de serviços.

No dia seguinte à aprovação da Câmara Municipal de uma lei de Haddad para terceirizar terminais de ônibus, o prefeito negou que a proposta seja de privatização.

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"Tem gente que considera que toda e qualquer parceria, mesmo que temporária com o setor privado, é privatização. Aí é uma questão semântica. Eu não considero. Eu considero privatização a alienação de um bem", explicou. "Quando você faz uma parceria e aquele bem retorna para o âmbito do Estado, eu não considero privatização porque aquele bem continua público. Ele só está sendo administrado em parceria com o setor privado, é diferente."

Segundo Haddad, a proposta que permite a concessão dos 29 terminais da cidade à iniciativa privada por um prazo de até 30 anos é de concessão, diferentemente de uma parceria público-privada (PPP).

"Concessão exige lei específica de acordo com a Lei Orgânica (do Município). Diferente de uma PPP que tem uma lei genérica. Vamos começar a estudar quais são os terminais que podem ter interesse da iniciativa privada para que eles mantenham o terminal em troca da exploração do potencial de aproveitamento do terreno", declarou.

O prefeito afirmou que há um "mapeamento superficial" sobre os coletivos com possibilidade de privatização e adiantou que a ideia é ter shoppings nos terminais, nos moldes da Estação Santa Cruz, da Linha 1-Azul do Metrô.

Assembleia

Motoristas e cobradores realizam nesta quinta-feira uma assembleia que irá definir os rumos da campanha salarial. O sindicato exige 15,5% de reajuste salarial e aumento do valor de outros benefícios. A proposta das empresas é de aumento de 7,21%.

Questionado sobre a possibilidade de decisão pela greve, Haddad disse que a expectativa da Prefeitura é de que não haja. "Mesmo havendo uma negociação aberta, havendo divergência, a Justiça já decidiu pela essencialidade do serviço público de transporte", afirmou o prefeito.

"O que nós estamos fazendo chegar aos dois sindicatos é que observem as decisões judiciais a respeito da essencialidade do serviço de transporte público. Transporte público é essencial e não pode faltar para a população", considerou Haddad.

São Paulo planeja vender suas ruas sem saída. Em estudo pelo Ministério Público Estadual, Prefeitura e Câmara Municipal, a iniciativa serviria para pôr fim ao impasse relacionado às vilas fechadas com cancelas ou portões. São cerca de 500 oficializadas com base em uma lei considerada inconstitucional. No início do mês, 289 delas já foram notificadas pela Prefeitura a liberar a passagem de carros e pedestres.

A solução transformaria espaços públicos em privados e, por tanto, permitiria que os moradores "selecionassem" quem pode ou não entrar. Com o pagamento, o território funcionaria como uma espécie de área comum para os proprietários de imóveis da rua, como ocorre em um condomínio de prédios. A proposta, defendida pela Promotoria de Habitação e Urbanismo, será debatida durante a revisão do zoneamento da cidade, ainda neste ano.

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Na semana passada, o prefeito Fernando Haddad (PT) afirmou que a nova Lei de Uso e Ocupação do Solo deve mesmo tratar desse assunto, mas não adiantou se a proposta será incorporada ao texto que o Executivo enviará à Câmara ou se caberá aos vereadores propor e definir as novas regras. A segunda opção é a que deve vingar, segundo o secretário municipal de Finanças, Marcos Cruz.

Ao Estado, ele afirmou que essa solução faz parte dos planos da Prefeitura de aumentar suas vendas de ativos. Em plena crise financeira, a privatização das vilas teria função dupla: elevar a receita e resolver o imbróglio jurídico que envolve o fechamento de ruas na cidade.

De acordo com o promotor de Justiça José Carlos de Freitas, a alternativa é interessante para as ruas que realmente são sem saída e têm baixa movimentação. "Atualmente, há um vácuo legislativo em torno disso, já que a lei que foi considerada inconstitucional fala em ruas com características sem saída. Com isso, abre brecha para ruas em formato de ferradura, por exemplo, com dois acessos, serem fechadas por seus moradores", afirma.

É o caso das Ruas Leiria e São Giusto, ambas travessas da Avenida IV Centenário, que fica em uma das áreas mais valorizadas da capital, ao lado do Parque do Ibirapuera, na zona sul. Fechadas por cancelas e portões, e vigiadas dia e noite por seguranças particulares, ambas impedem a passagem de pedestres e carros sem autorização dos moradores.

O bloqueio, especialmente para pedestres, é considerado ilegal, mesmo pela lei derrubada pela Justiça. O princípio segue a norma de que espaço público deve ter uso público. Diante disso, a solução, segundo o Ministério Público Estadual, é vender tais espaços a seus moradores ou vetar por definitivo seus fechamentos. Depois de notificados, moradores das duas ruas retiraram os portões que impediam a passagem dos pedestres, mas seguranças perguntam antes onde os "estranhos" vão.

Privatização. Freitas explica que, para privatizar uma rua sem saída, a Prefeitura precisará de autorização dos vereadores. "Em primeiro lugar, o Município terá de desafetar (desincorporar da lista de bens municipais) a área para que a mesma deixe de ser de uso comum. Depois, terá de fazer uma avaliação do preço, com base nos valores praticados pelo mercado. Aí, sim, poderá vendê-la."

Os valores a serem cobrados, assim como a forma de pagamento, deverão ser debatidos durante a revisão do zoneamento, na Câmara Municipal. Para o vereador José Police Neto (PSD), é possível pensar em dividir essa conta, para que os moradores tenham condições de pagá-la. Segundo o parlamentar, a Casa também pode condicionar a venda a algumas normas urbanísticas, como o aumento da permeabilidade da área comum das vilas.

O procedimento cogitado não é comum, mas já foi adotado tanto pela atual gestão, de Fernando Haddad (PT), como pela anterior, de Gilberto Kassab (PSD). Em julho do ano passado, por exemplo, a Câmara aprovou a venda de uma rua sem saída de 589 m² no Itaim-Bibi, zona sul da cidade. Polêmico, o projeto proposto por Kassab e defendido por Haddad definiu o valor da Rua Oswaldo Imperatrice: R$ 5,8 milhões.

Se virar lei, a nova regra tornará oficial casos informais que se espalham pela cidade. A Rua Alberto Afonso Martins, por exemplo, já funciona como um condomínio fechado. Localizada na Chácara Klabin, zona sul, a via em formato de "l" tem dois prédios que somam 48 apartamentos e 16 casas. Segundo os moradores, que hoje são "protegidos" por três seguranças que se revezam 24 horas na guarita de entrada, um terreno remanescente de uma casa já foi comprado de maneira coletiva para alargar a rua.

‘Céu.’ O advogado Messias Mathey, de 79 anos, mora na rua há 50 e apoia a presença do portão. "Teve uma época que começou a entrar malandro aqui e levar tudo o que tinha dentro dos carros. Até os valets vinham estacionar carro aqui. Foram dois anos de briga falando com a Prefeitura para ter a autorização para colocar o portão. Agora, isto aqui virou um céu."

Uma manifestação pacífica dos trabalhadores dos Correios em Pernambuco aconteceu no fim da tarde desta sexta-feira (20), na Avenida Guararapes, área central do Recife. Através de panfletagem, os funcionários pediram o apoio da população na luta contra a privatização da empresa. Na última terça-feira (17), a categoria aprovou estado de greve em assembleia geral.

O Sindicato dos Trabalhadores dos Correios em Pernambuco (Sintect-PE) alega que a medida do Governo de querer acabar com a empresa estatal é extremamente prejudicial para milhares de trabalhadores, que irão perder seus empregos e o sustento de suas famílias, além de ser, em suas palavras, uma destruição do patrimônio público.

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A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) anunciou a abertura do processo de tomada de subsídios nº 1/2015, que trata dos elementos do projeto básico para novas outorgas de rodovias federais. Formulário de envio de contribuições estará disponível no site da ANTT entre hoje e 15 de fevereiro de 2014. Segundo a ANTT, o objetivo da iniciativa é dar transparência ao processo licitatório de novas outorgas para operação e exploração da infraestrutura rodoviária e escolher a melhor opção regulatória que definirá os elementos do projeto básico.

A agência explicou ainda que a Lei Geral das Concessões (nº 8.987/1995) não especifica como deve ser a caracterização dos elementos do projeto básico. Os interessados poderão colaborar com a indicação dos elementos técnicos que consideram necessários para compor os editais para exploração da infraestrutura rodoviária. Os dados e informações obtidos vão subsidiar a tomada de decisão nas demais etapas do projeto da Agenda Regulatória-ANTT.

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A concessão do Aeroporto Internacional dos Guararapes é vista com bons olhos pelo vice-governador de Pernambuco, Raul Henry (PMDB). Mesmo sem estar em pauta pelo Governo, o peemedebista assumiu, particularmente, uma posição favorável, e elencou a privatização como uma estratégia estimada para o crescimento do Estado. Em entrevista, ele desatou os possíveis problemas que deverão ser prioridade da Gestão.

“Questões de infraestrutura, como a transposição do Rio São Francisco, que está com o cronograma totalmente defasado; a Transnordestina, que está com as obras completamente paradas são algumas das prioridades”, enumerou as pendências. Além disso, o vice-líder ainda destacou o Arco Metropolitano, o Cais dois de Suape, de contanders e a possível concessão do Aeroporto de Pernambuco como questões importantes para o desenvolvimento do Estado.

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“O Cais número dois de Suape, a possível concessão do Aeroporto Internacional dos Guararapes, para receber volume maior de investimentos privados e se transformar em um grande aeroporto do Nordeste”, opinou com particularidade Raul. Ainda sobre essas estratégias, o peemedebista vislumbrou crescimento “para que o Estado continue atraindo o crescimento e crescendo, com uma velocidade maior que da região e do País”, reforçou deixando claro que esta é uma opinião pessoal e não reflete a avaliação do Governo do estado sobre o assunto.

Quando questionado quais seriam os benéficos da privatização do Aeroporto, ele destacou empreendimento do São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília estão recebendo grandes investimentos. Confira no áudio a seguir.

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O analista político e Ph.D em economia, Maurício Gusmão, diz que a temática é muito abrangente, porém ele avalia que uma possível privatização é positiva. “Acredito que essa concessão proporcionaria benefícios em longo prazo. Uma vez que, hoje o Aeroporto dos Guararapes pode ser considerado o melhor, mas daqui a dez, 15 ou 20 anos, não será”, lembrou o especialista.

Ainda justificando o resultado positivo, Romão destacou que o empreendimento apresenta falta de estrutura e se comparado com países subdesenvolvidos está defasado. “Você observa que os banheiros, eventualmente, estão sem manutenção; existem poucas plataformas de embarque, inclusive alguns passageiros descem na pista, fora do País é completamente diferente”, apontou e ainda perspectiva é que o Governo não tenha aporte suficiente para melhorar a infraestrutura.

Contrário à posição de Romão, o economista e mestre em engenharia de produção, Djalma Guimarães, considera que a privatização é de estranheza e não tem explicação plausível. “Quando se fala de concessão, normalmente está ligado a crítica ao Governo e ao serviço prestado. Não entendo porque seria privatizado se o empreendimento é tido como modelo”, indagou. Em relação às projeções, Guimarães foi crítico.

“Não acredito que seja uma preocupação dos gestores do Brasil prospectar essas necessidades. A cultura do brasileiro é de fazer as obras na hora”, falou. Ainda em entrevista ao Portal LeiaJá, o economista destacou que muito cedo para observar benéficos dos aeroportos que foram privatizados. “As obras ainda não foram finalizadas. Dessa forma até a finalização e uso do espaço, não há como Alencar benefícios”, finalizou.

O melhor do Brasil - Em outubro de 2014, o Aeroporto Internacional dos Guararapes foi considerado o melhor do País, segundo a pesquisa da Secretaria de Aviação Civil. Estando à frente dos aeroportos de Curitiba. Entre os itens avaliados estão desde serviços públicos, como tempo de espera em filas da aduana e da imigração, até infraestrutura, como limpeza e conforto do terminal de passageiros, quantidade de assentos e de banheiros. Além disso, também foram também foram pesquisados indicadores de responsabilidade das companhias aéreas, como tempo de check-in e de embarque e desembarque.

O deputado federal Silvio Costa (PSC) afirmou que a privatização da Petrobras poderia melhorar a qualidade dos serviços oferecidos. A imagem da estatal, que ficou meio nebulosa após o escândalo que está sendo investigado pela operação Lava-Jato, poderia ganhar mais credibilidade. 

“Ela vai valer bilhões de dólares (...) Até porque a Petrobras estava privatizada. Era um grupo lá roubando a Petrobras. O povo não está preocupado se é privado ou público, o povo está preocupado com o serviço. Não privatizou os telefones? Não foi bom para o País? Não privatizou a energia? Então não tem dificuldade de privatizar”, pontuou o parlamentar, em entrevista concedida a uma rádio local.

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Ainda segundo o deputado, as empresas envolvidas no escândalo poderiam ser substituídas por construtoras internacionais. “As construtoras vão ficar inidôneas, mas vão aparecer outras construtoras. Eu, por exemplo, defendo o capital internacional”, cravou Costa.

Com custo de R$ 1,4 bilhão, o Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, deverá ser entregue à iniciativa privada. Esse é o objetivo do governador Agnelo Queiroz (PT). Segundo ele, a discussão está avançada e será retomada agora com o fim da Copa do Mundo. "Estudaremos a realização de uma licitação internacional destinada a transferir a administração do estádio", afirmou.

Desde a reinauguração do novo estádio, em maio de 2013, o Mané Garrincha foi palco de 50 eventos, entre partidas de futebol e apresentações musicais. No total, mais de 1,2 milhão pessoas passaram pela arena do ano passado para cá. A arrecadação gira em torno de R$ 3,2 milhões, enquanto as despesas com água e energia elétrica foram de R$ 1,5 milhão.

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O Secretário Extraordinário da Copa no Distrito Federal, Cláudio Monteiro, disse que os estudos para a privatização do estádio ocorrem desde a época em que a arena estava sendo construída. Segundo ele, existem diversos empresários interessados em assumir a gestão do espaço. "A Copa serviu para valorizar ainda mais o Mané, é uma pena que ainda haja quem pense que se trata de um elefante branco", desabafou.

Monteiro reforçou que o estádio deverá ser palco de alguns eventos ao longo do segundo semestre. "Teremos pelo menos mais seis jogos da primeira divisão por aqui esse ano. Além disso, em dezembro, devemos realizar a segunda edição do Torneio Internacional de Futebol Feminino, com a seleção brasileira feminina", frisou. O secretário declarou ainda que duas atrações musicais internacionais se apresentarão na cidade até o fim do ano.

Os três principais candidatos ao Palácio do Planalto têm adotado posturas conservadoras na maioria dos temas considerados polêmicos. O jornal O Estado de S. Paulo elaborou um questionário sobre assuntos tratados em campanhas presidenciais anteriores, a exemplo do aborto e das privatizações, pautas como flexibilização da legislação trabalhista e reajuste do salário mínimo, além do passe livre no transporte público, bandeira dos protestos de 2013.

De modo geral, Aécio Neves (PSDB), Dilma Rousseff (PT) e Eduardo Campos (PSB) vão evitar ao máximo esses temas na campanha, para não correr riscos políticos. A equipe de Dilma nem sequer respondeu ao questionário, mesmo em relação a temas a respeito dos quais a presidente se posicionou ao longo do atual mandato.

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"No momento, a campanha está dedicada ao debate com a sociedade das linhas gerais do programa de governo apresentado ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral)", afirmou a assessoria de imprensa da chapa petista. Procurado, o coordenador do programa de governo, Alessandro Teixeira, tampouco se pronunciou.

Na campanha de Aécio, foi a assessoria de imprensa quem respondeu ao questionário - ora de forma direta, como ser contra a legalização do aborto, ora de forma evasiva. Ao se posicionar sobre a reforma da previdência, Aécio diz que a diminuição do déficit vai ocorrer com o aumento da atividade econômica e a formalização dos trabalhadores.

Campos também foi evasivo ao tratar da previdência e contra a legalização do aborto. Ao contrário do tucano, que diz ser possível manter gratuidades no transporte público para setores específicos, o candidato do PSB passou a defender publicamente a adoção do passe livre.

Mínimo. Seja quem for eleito em outubro, terá como uma das primeiras missões no mandato discutir a política de reajuste do salário mínimo. A correção automática conforme o crescimento da economia adotada pela gestão Dilma se encerrará em 2015, e o próximo governo terá de decidir se renova essa política ou se adota outra forma de correção do valor.

O programa de governo e a assessoria de Aécio dizem ser a favor da manutenção da política de valorização do salário mínimo, embora não digam como. Já na campanha de Campos, ainda não há uma posição fechada sobre o tema. No programa de Dilma, a presidente comemora o fato de ter dado aumentos reais para os assalariados, mas não diz nada sobre o futuro.

Quando o assunto é privatização de estatais, Aécio e Campos dizem ser contra. "Não é objeto (nem do programa, nem do governo). Já foi privatizado o que tinha de privatizar. Petrobrás nem pensar", desconversou o coordenador da campanha do PSB, Carlos Siqueira. O governo Dilma fez leilões de concessão de aeroportos e rodovias, mas o PT não usa o termo "privatização" e rejeita a ideia de vender empresas ou bancos públicos à iniciativa privada.

Na campanha de 2006, a discussão sobre uma possível privatização da Petrobrás ganhou força. Na época, o candidato à reeleição pelo PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, conseguiu tachar no PSDB do então candidato ao Planalto Geraldo Alckmin o rótulo de "privatista". Lula venceu a disputa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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