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A General Motors (GM) comunicou a seus funcionários nesta terça, 25, que vai parar completamente por seis semanas a produção da fábrica de São Caetano do Sul, no ABC paulista, em razão da falta de peças e adequação das linhas de montagem para a produção de uma nova picape.

O início da paralisação está previsto para 21 de junho, com retorno dos trabalhadores no dia 2 de agosto. Antes disso, porém, a montadora vai suspender já na próxima segunda-feira, 1º, a jornada de produção noturna, com exceção dos setores de funilaria e pintura. Nesta quarta, 26, os funcionários da GM em São Caetano votam de forma online a proposta negociada com o sindicato de suspensão dos contratos de trabalho.

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Procurada pelo Broadcast, a GM informou que a medida é necessária diante dos impactos da pandemia na cadeia de suprimentos e o objetivo de manter os empregos. A montadora também confirma que a adaptação da fábrica para a produção da nova picape, prevista no plano de investimentos de R$ 10 bilhões, também afeta temporariamente a produção.

No último dia 10, a GM reativou o segundo turno de produção na fábrica de São José dos Campos, no interior de São Paulo, onde são montados a picape S10 e o utilitário esportivo TrailBlazer. A fábrica de Gravataí (RS), onde é fabricado o Onix, carro mais vendido do País, segue, porém, parada desde março por falta de componentes. O retorno dos trabalhadores do complexo, que estava previsto para o início de julho, foi adiado para 19 de julho, conforme informa o sindicato local.

Em nota, a GM diz que vem trabalhando com fornecedores para retomar a produção em Gravataí "o mais rápido possível".

A apresentadora americana Oprah e o Príncipe Harry produziram documentário especial “The me you can’t see” (O que você não pode ver, em tradução literal para o português), que trás personalidades discutindo a forma com que lidam com experiências traumáticas e sua saúde mental. A produção estreia no Brasil nesta sexta (21) no Apple TV+ e um dos relatos chocantes é da cantora pop Lady Gaga, que revelou ter sido estuprada por um produtor e ficado grávida do ato, aos 19 anos de idade.

A cantora relatou na produção que já trabalhava na área musical e estava com um produtor, quando ouviu que tinha que tirar suas roupas. “Eu tinha 19 anos de idade e estava trabalhando. E um produtor disse para mim: ‘Tire as suas roupas’. E eu disse que não. Eu fui embora e eles me disseram que iam queimar todas as músicas. E eles não queriam parar. Eles continuaram a me perguntar e eu só congelei. Eu nem mesmo consigo me lembrar”, disse.

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Gaga continuou contando que prefere não nomear o produtor para não ter que encarar ele novamente e disse que após o estupro, descobriu que estava grávida do agressor.

Por muito tempo a cantora sofreu com o trauma da agressão, anos depois sentindo dores no corpo decidiu ir ao hospital e pouco depois, no lugar de um médico, mandaram um psiquiatra para atendê-la. Gaga contou que foi nesse percebeu que realmente continuava sofrendo muito com o abuso.

“Primeiro senti uma dor total, depois fiquei paralisada. E então fiquei doente por semanas e semanas e semanas e semanas depois, e percebi que era a mesma dor que senti quando a pessoa que me estuprou me deixou grávida em uma esquina na casa dos meus pais, porque eu estava vomitando e enjoando. Porque fui abusada. Fiquei trancada em um estúdio por meses”, finalizou.

 

O Instituto Butantan retomou a produção da vacina Coronavac com o carregamento de IFA que chegou da China na última segunda-feira (19). De acordo com o governo do Estado, a próxima entrega ao Plano Nacional de Imunização (PNI), com 5 milhões de doses, está prevista até a primeira semana de maio.

No último dia 7, o Butantan confirmou que o envase da Coronavac estava paralisado havia 10 dias após um atraso no envio do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) que chegaria da China. Com a entrega do carregamento de 3 mil litros do produto nesta semana, o instituto retomou a operação de envase, rotulagem, embalagem e controle de qualidade das vacinas.

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Desde 17 de janeiro, o Butantan já entregou 41,4 milhões de doses da Coronavac ao PNI. De acordo com o calendário firmado em contrato com o Ministério da Saúde, 46 milhões de vacinas devem ser entregues ao governo federal até 30 de abril.

Em nota, o governo do Estado disse que um segundo carregamento com mais 3 mil litros de matéria-prima, suficientes para outros 5 milhões de doses, deve ser entregue ao Butantan nas próximas semanas. Esse lote ainda estaria aguardando autorização para embarcar da China.

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Começou no sábado (10) e vai até o dia 30 o III Festival de Cinema das Periferias da Amazônia, com o tema "A democratização do acesso ao cinema nas periferias". O evento de abertura teve a presença do ex-BBB e ator Babu Santana, da atriz global Dira Paes e da jornalista Joyce Cursino. Oficinas, palestras, cineclubes, mostra de filmes e debates podem ser acessados no Facebook, YouTube e Whatsapp.

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Para a idealizadora do festival, Joyce Cursino, o objetivo principal do projeto é democratizar o cinema, com mostras, debates e oficinas para jovens em situação de vulnerabilidade social. Também está no foco envolver a comunidade nas produções futuras.

Este ano, o evento será voltado para a inclusão digital, mais especificamente para as pessoas que têm dificuldades de acesso à internet. Todo o conteúdo será disponibilizado nas redes, para quem não pode assistir às lives. Haverá também a participação do projeto República de Emaús, organização não governamental de defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes.

 “As palestras irão gerar vídeos de um minuto feitos pelos próprios alunos do projeto, que serão disponibilizados nas redes sociais como forma de incentivar a inclusão digital”, disse Joyce. O festival contará também com a participação da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) e apresentações de video-mapping. O local não foi informado para evitar aglomerações.

As lives com os atores Babu Santana e Dira Paes, que são ativistas dos direitos humanos, defesa da Amazônia e inclusão de pessoas que estão em situação de vulnerabilidade social, ocorreram nos dias 13 e 14 de abril. Para assistir é só entrar no canal do Telas em Movimento, no YouTube.

Abaixo, veja o vídeo de divulgação do festival.

Por Álvaro Davi e Cássio Kennedy.

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Câmara de descontaminação, pessoal com roupas impermeáveis e sala com atmosfera controlada, toda precaução é pouca para os funcionários do laboratório BioNTech que começaram a produzir a vacina contra a Covid-19 em uma nova fábrica na Alemanha.

Visto de fora, o edifício nos arredores de Marburg (centro) parece insignificante.

Tudo muda assim que se entra na fábrica, da qual deve sair um bilhão de doses por ano. É a segunda fábrica europeia a produzir a vacina desenvolvida pela BioNTech com a sua parceira Pfizer.

Desde que recebeu autorização da Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) na semana passada, a produção funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana, apurou a AFP durante uma visita.

"Realmente são necessários muitos gestos manuais e cerca de 50.000 operações para produzir uma carga" de ácido ribonucléico mensageiro (mRNA), "da qual você pode obter cerca de 7 a 8 milhões de doses de vacina", explica a gerente de produção Valeska Schilling.

Ela está "extremamente orgulhosa" de participar desse esforço científico.

Com uma pipeta de vidro na mão e protegida da cabeça aos pés por um traje hermético azul, uma jovem funcionária mistura líquidos, coletados em uma bolsa esterilizada, que marca o início da fabricação do mRNA. Esta tecnologia permite ditar às nossas células aquilo de que precisam fabricar para combater o coronavírus.

"Fotocópia"

Essa etapa da "transcrição in vitro" é "a mais complicada do ponto de vista tecnológico", diz Schilling. Parece mais artesanato de última geração do que produção em cadeia.

Ela compara o processo a "fazer uma fotocópia de um livro". As enzimas permitem gerar, a partir de uma única molécula de DNA, até 500 "cópias", moléculas de mRNA responsáveis por transmitir as informações necessárias.

Essas instruções genéticas entram diretamente nas células humanas e as programam para produzir um antígeno do coronavírus e, assim, desencadear uma resposta do sistema imunológico.

Demora de um a dois dias para fabricar o mRNA, e de cinco a seis dias, para um lote de vacina, que depois será transportado para outras fábricas para envazamento, o que está ocorrendo na Bélgica e, em breve, em Frankfurt.

Após a reação de produção do RNA, a "carga" de 35 litros de líquido obtido do biorreator deve ser purificada: as enzimas e o DNA usados para a fabricação são eliminados e, em seguida, é filtrado novamente para remover qualquer resíduo.

A partir daí, vem a terceira e última fase realizada em Marburg, onde o mRNA é envolto em lipídios para evitar que se degrade e permitir chegar às células.

Além disso, vários testes são realizados para garantir a qualidade da vacina, que é quase 95% eficaz contra a Covid-19, segundo estudos clínicos.

Prêmio Nobel

As primeiras doses fabricadas em Marburg por 400 funcionários deverão ser distribuídas no início de abril.

A BioNTech anunciou na terça-feira que pretende produzir este ano até 2,5 bilhões de doses da vacina, ou seja, 25% a mais do que o planejado originalmente.

Junto com a empresa americana Moderna, a aliança Pfizer/BioNTech foi a primeira a lançar uma vacina, usando o procedimento pioneiro de RNA mensageiro.

Para Marburg, hospedar a fábrica da empresa alemã faz parte de uma longa história de inovação médica, lançada em 1890 pelo primeiro prêmio Nobel de Medicina, Emil von Behring, que desenvolveu a vacina contra difteria nessa cidade.

A fábrica da "start-up" fundada pelo casal Özlem Türeci e Ugur Sahin está localizada nas instalações da antiga empresa farmacêutica "Berhingwerke", produtora de vacinas. A BioNTech comprou o local no verão passado do grupo farmacêutico suíço Novartis.

Marburg, onde existe um laboratório que estuda doenças graves e contagiosas, já viveu o terror de uma epidemia. Em 1967, foi afetada por um patógeno do tipo ebola, então desconhecido e agora chamado de "vírus de Marburg". É endêmico em vários países africanos e ainda não há vacina para combatê-lo.

A LG Electronics vai fechar sua unidade de smartphones nos próximos meses, como já se especulava há algum tempo, para concentrar esforços em negócios de crescimento mais rápido.

Em comunicado divulgado na noite desse domingo (4), a empresa sul-coreana disse que a unidade será desmantelada até o dia 31 de julho, embora o estoque atual de aparelhos possa ainda estar disponível para venda depois desse período.

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A LG também informou que vai fornecer assistência e atualizações para seus aparelhos por tempo indeterminado.

Na Bolsa de Seul, a ação da LG Electronics fechou em baixa de 2,52% nesta segunda-feira (5).

Fonte: Dow Jones Newswires.

O laboratório alemão BioNTech anunciou, nesta terça-feira (30), que pretende fabricar em 2021 até 2,5 bilhões de doses de sua vacina desenvolvida com a americana Pfizer, o que representa 25% a mais do que inicialmente anunciado.

As capacidades de produção deverão aumentar devido à "otimização dos processos de produção", de "ampliação da rede de produção", além da autorização para retirar seis doses de um frasco, explica a empresa em um comunicado.

Até 23 de março, a companhia forneceu com seu parceiro "mais de 200 milhões de doses" da vacina contra a Covid-19 no mundo.

A autorização, na semana passada, para o funcionamento de um novo local para a produção de doses na Alemanha, em Marburg (sul), deve apoiar o aumento das capacidades - com uma produção de 250 milhões de doses prevista para o primeiro semestre -, para eventualmente chegar a um bilhão de doses por ano.

A fábrica de Marburg, a cerca de 100 quilômetros de Frankfurt, é o segundo centro de produção da vacina BioNTech/Pfizer na Europa, além da planta de Puurs, na Bélgica.

Sua vacina, que foi a primeira a ser autorizada nos Estados Unidos e na União Europeia, agora é administrada em "mais de 65 países e regiões", de acordo com Ugur Sahin, chefe e cofundador da companhia com sede em Mainz (oeste).

"Já estamos vendo os primeiros sinais de queda nos casos de covid-19 e da mortalidade em vários países", explicou ele, acrescentando que o laboratório agora está trabalhando nas variantes e em testes clínicos adicionais.

Em particular, um estudo da vacina em crianças entre 6 meses e 12 anos foi lançado em março.

No total, a BioNTech tem pedidos de 1,4 bilhão de doses este ano e espera "um aumento da demanda", segundo seu comunicado.

A aliança germano-americana também possui três unidades de produção nos Estados Unidos.

Recentemente, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) autorizou o armazenamento dessa vacina em temperaturas de congelador, superiores às permitidas até o momento, o que facilitará sua distribuição.

No plano financeiro, a vacina contra a Covid-19 permitiu à BioNTech gerar um lucro anual de 15,2 milhões de euros no ano passado, contra um prejuízo de 179,2 milhões em 2019, de acordo com os resultados publicados nesta terça-feira.

A empresa espera uma receita total de 9,8 bilhões de euros pelos contratos de entrega assinados, juntamente com um maior investimento em pesquisa e desenvolvimento em 2021.

No total, a BioNTech gastou 645 milhões de euros em pesquisas em 2020, um aumento acentuado devido ao desenvolvimento da vacina contra o coronavírus.

A vacina russa Sputnik V será produzida na Itália a partir de julho, anunciou nesta terça-feira à AFP a Câmara de Comércio Itália-Rússia, uma novidade na União Europeia, que ainda não autorizou o fármaco.

"A vacina será produzida a partir de julho de 2021 nas fábricas (da farmacêutica ítalo-suíça) Adienne na Lombardia, na localidade de Caponago, perto de Monza", norte da Itália, afirmou Stefano Maggi, assessor de imprensa do presidente da Câmara de Comércio.

"Serão produzidas 10 milhões de doses entre 1 de julho 1 de fevereiro de 2022", completou Maggi.

"Este é o primeiro acordo no âmbito europeu para a produção no território da UE da vacina Sputnik", disse.

A vacina Sputnik V ainda não foi autorizada na UE, mas na semana passada a Agência Europeia de Medicamentos (EMA), que tem sede em Amsterdã, começou a examiná-la em seu processo de homologação.

Após o anúncio da EMA, as autoridades russas afirmaram que estavam preparadas para fornecer vacinas a 50 milhões de europeus a partir de junho.

Depois de recordar que sua vacina já foi aprovada em 46 países, o fundo russo que produz a Sputnik V voltou a criticar nesta terça-feira a EMA por "ter adiado durante meses" o processo de validação do fármaco.

Vários países da UE, impacientes com um processo considerado muito lento, recorreram a vacinas ainda não autorizadas pela EMA. Este é o caso da Hungria, que começou a administrar a vacina russa em sua população no mês passado.

A Rússia também criticou e exigiu um pedido de desculpas pelos comentários de uma diretora da EMA, que comparou a autorização emergencial da vacina Sputnik V por alguns países europeus a uma "roleta russa".

"Se a vacina não for autorizada na Europa até 1 de julho de 2021, as doses produzidas serão adquiridas pelo fundo soberano russo e distribuídas nos países onde a vacina Sputnik já foi autorizada", explicou Maggi à AFP.

A vacina russa, recebida com ceticismo pelos países ocidentais, convenceu os especialistas, especialmente depois da publicação de seus resultados na revista científica The Lancet, que mostraram uma eficácia de 91,6%.

Até o momento, três vacinas foram autorizadas pela UE: Pfizer-BioNTech, Moderna e AstraZeneca.

Uma quarta vacina, da Johnson & Johnson, está em processo de autorização. Além da Sputnik V, outras duas estão sendo revisadas, Novavax e CureVac.

O ministério da Saúde da Itália, procurado pela AFP, não comentou a notícia.

A Fiocruz anunciou que produzirá a vacina de Oxford/AstraZeneca em grande escala a partir desta segunda-feira, 8. Pelo menos 3,8 milhões de doses do imunizante contra a covid-19 serão entregues até o fim deste mês. Pelo calendário da instituição, 30 milhões de doses serão entregues até abril. E até meados do ano, a Fiocruz espera já ter disponibilizado 100 milhões de doses.

O anúncio foi feito durante a visita do governador Wellington Dias, do Piauí, que preside o consórcio de governos do Nordeste, e do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, ao laboratório de BioManguinhos, onde as vacinas contra a covid-19 estão sendo produzidas.

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Já houve a conclusão dos testes de fábrica - em que as condições da produção são testadas. Os chamados testes de consistência verificam, por exemplo, se há alguma contaminação dos frascos na linha de produção, se o volume envasado está calibrado corretamente, se a temperatura de todo o processo está correta, entre outras variáveis. Para isso são feitas três produções independentes.

Se houver qualquer problema, e preciso parar a produção para reajustar os equipamentos. Havia o temor de que algum desajuste pudesse atrasar ainda mais a produção, mas não houve contratempo.

Pelo calendário original, estava prevista a entrega de 15 milhões de doses até o fim deste mês. Um problema técnico em um dos laboratórios, no entanto, acabou atrasando a produção.

A presidente da Fiocruz, Nísia Silveira, não participou presencialmente da reunião porque teve contato com uma pessoa que testou positivo para covid-19 na ultima sexta-feira, dia 5.

A decisão da Ford de deixar de produzir carros no Brasil e passar a ser apenas importadora de modelos premium, anunciada em janeiro, vai despejar no mercado ao menos 160 concessionárias que fecharão as portas ou vão tentar migrar para outras marcas.

A rede Ford tem 283 pontos de venda nas mãos de 138 empresários. A empresa quer manter cerca de 120 delas, consideradas viáveis para o novo negócio. Esse mesmo grupo, porém, é alvo de outras montadoras que veem oportunidade de ampliar sua representação no País ou abrir unidades aonde não atuam.

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Ao mesmo tempo em que descarta grande número de revendas que considera "sem condições adequadas de continuidade" - como disse em carta aos distribuidores -, a Ford hoje disputa com concorrentes suas melhores lojas. "Vencerá quem fizer a melhor oferta", diz um executivo envolvido na discussão.

"Várias marcas estão em conversações intensas para atrair as melhores revendas Ford", confirma um empresário, que pede anonimato. "Tem muita gente convidando concessionárias a mudar de bandeira, oferecendo pacotes atraentes como linhas de crédito, carência e carros de segmentos que a Ford não terá mais." A disputa está sob responsabilidade de diretores das áreas de gestão de rede e comercial e consultorias que avaliam localização das lojas, saúde financeira, histórico de vendas, carteira de clientes e estrutura.

A Lei Renato Ferrari, que dita regras do setor, prevê delimitação de área para vendas de veículos de uma marca. "Isso será respeitado", diz o empresário. Vários revendedores foram procurados e não quiseram falar abertamente sobre o tema. Segundo eles, há cláusula de confidencialidade sobre as negociações.

A Ford já fechou alguns contratos de manutenção de revendas. "Poucos", diz a Associação Brasileira dos Distribuidores Ford (Abradif), que é contra a estratégia de conversas individuais com concessionários e defende negociações em bloco.

A montadora se vale do fato de os contratos de representação serem individuais. Como importadora, ela precisa de menos da metade da rede atual para vender carrões com preços a partir de R$ 160 mil que trará da Argentina (Ranger), China (Territory), Uruguai (Transit), EUA (Mustang) e Bronco (México).

Na lista que quer manter com o slogan oval provavelmente estão grupos que em 2020 fizeram altos investimentos na inauguração (ou reinauguração) de lojas com o novo padrão global de arquitetura da Ford.

Entre eles estão os grupos Amazonas (São Paulo), Econorte (interior de São Paulo), Roma (Rio), GranVia (Pernambuco) e Forlan (Minas Gerais), que construíram instalações modernas, com paredes envidraçadas e oficinas com alta tecnologia.

Fontes do setor calculam em cerca de R$ 2 milhões o investimento em lojas com esse padrão. "Investi uma fortuna", diz Paulo Magalhães Noronha, da Econorte, que inaugurou em agosto uma revenda com padrão global em Taubaté (SP).

O grupo tem mais duas lojas no interior de São Paulo, e 150 funcionários. Noronha diz que, se depender dele, as três lojas vão manter a bandeira Ford. Os outros grupos foram procurados, mas não comentaram.

Quem sobrar na rede Ford também terá de prestar serviços aos carros em circulação. Segundo a Abradif, há cerca de 500 mil veículos rodando pelo País que ainda estão no prazo de três anos de garantia dado pela fabricante na compra.

Marcas que disputam revendas Ford também estão de olho na fatia de 7,5% do mercado que ela tinha antes de parar a produção. Carteira de contatos e fidelidade de clientes interessam às fabricantes, ainda que o mercado não esteja tão aquecido e as lojas operem com ociosidade.

Há uma janela de oportunidades no segmento de distribuição e marcas com bom desempenho em vendas querem aproveitar. Registraram queda inferior ao mercado em 2020 e ganharam participação Fiat, Jeep, Hyundai e Caoa/Chery (que tem dez revendas Ford). Mas há outras fora dessa lista na briga.

Associação de revendas avalia ir à Justiça

A disputa por suas revendas mais rentáveis travadas por concorrentes ocorre paralelamente às difíceis negociações da Ford com a Associação Brasileira de Distribuidores Ford (Abradif) sobre a indenização a ser paga aos revendedores, alguns deles grupos familiares com 60 anos de representação da marca.

A entidade avalia entrar com ação na Justiça, o que pode prolongar uma solução entre as partes, mas afirma acreditar em consenso sem a judicialização.

Uma das desavenças é que a Ford propôs indenização de acordo com o faturamento da loja nos últimos dois anos, mas exclui da conta as vendas diretas (para frotistas e locadoras) e para pessoas com deficiência. Ambas são feitas pelas montadoras, mas passam pelas revendas para entrega e serviços de revisão. Nos últimos dois anos esse tipo de venda representou mais de 40% dos negócios de veículos novos no País.

A Abradif quer que a empresa desconsidere o ano de 2020 que, em razão da pandemia, registrou as piores vendas dos últimos anos. Em 2019 foram vendidos 218,5 mil carros Ford, número que caiu para 139,2 mil no ano passado, uma redução de 36,3%.

Conta da entidade indica que o investimento médio realizado pelas concessionárias somam R$ 1,5 bilhão, indicando que seria esse o total da indenização a ser paga. Outra reivindicação é que a montadora arque com custos da demissão de funcionários - a rede emprega 11 mil pessoas.

Notificação

A Abradif notificou extrajudicialmente a Ford sobre seu descontentamento com a proposta e critica as negociações individuais com revendedores, o que caracteriza como "assédio moral negocial".

Em resposta, a Ford diz que "seguirá com contatos individuais para entendimentos justos e equilibrados". Acrescenta que as negociações "dão o tom de seu comprometimento quanto à velocidade para conclusão dos acordos e subsequentes pagamentos, minimizando eventuais impactos do período de transição para toda a rede".

A Abradif alerta para o fato de o negócio de cada concessionária ter perdido valor de mercado com o fim da produção. Os modelos Ka e EcoSport, fabricados em Camaçari (BA), respondiam por 85% das vendas dos lojistas. Em carta à entidade, a Ford diz que oferece aos revendedores selecionados condições robustas para participar de sua nova fase como importadora.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) pretende protagonizar o Plano Nacional de Imunização (PNI) e mantém contato com o laboratório AstraZeneca para contornar os atrasos da produção de vacinas com o próprio ingrediente farmacêutico ativo (IFA). O diretor de Bio-Manguinhos - unidade responsável pela produção de imunobiológicos-, Maurício Zuma, afirmou, nessa sexta-feira (26), que pode importar mais insumos e doses prontas para seguir com a produção local.

“Acho que a partir de abril a gente começa um protagonismo no PNI. Vamos ter perto de 30 milhões de doses distribuídas em abril e depois mais de 20 milhões ao mês”, afirmou em entrevista à Reuters. No total, a Fiocruz almeja entregar mais de 210 milhões de doses.

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A meta de Zuma é fabricar 110 milhões de imunizantes com o próprio IFA no segundo semestre. Entretanto, o objetivo pode não ser alcançado pela dificuldade dos processos de produção e a burocracia para a validação regulatória.

"Produzir aqui a vacina é todo um processo. Tem que validar os lotes de IFA, validar o registro de local de fabricação do IFA. Acreditamos que em meados do segundo semestre vamos ter vacina pronta, agora, se vamos conseguir liberar vai depender das questões regulatórias. O processo é complexo e não dá para afirmar na ponta do lápis. Sabemos que vamos ter percalços em um processo que se fazia em anos", relatou.

O acordo entre os laboratórios é de transferência de tecnologia para a produção de IFA no Brasil. Porém, a proposta ainda não foi assinada e o cronograma pode sofrer atraso. “Se a gente demorar um pouquinho mais para conseguir liberar as doses de vacina nacional podemos acertar com eles, (AstraZeneca), podemos trazer vacina. São várias abordagens possíveis. O problema é complexo e vamos adaptando de acordo com a situação", sugeriu o diretor, que não escondeu a possibilidade de ‘mix’ entre a aquisição internacional e a fabricação local.

Ele informa que os equipamentos para a produção do IFA já estão na Fiocruz. Porém, os dispositivos ainda passam por um detalhado processo de qualificação e a área de produção passa por vistoria para garantir a certificação técnico-operacional, que podem ser concedidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na primeira metade de março. “Achamos que em abril ainda tenhamos a Anvisa aprovando a nossa área e a gente possa no mais tardar em maio produzir aqui. O processo é longo e vamos ver como vamos nos comportar”, projeta.

Cerca de 500 mil doses já foram produzidas para a pré-validação. A validação, que inclui a análise de 1 milhão de doses, vai estipular os critérios de qualidade, limites de perda, rejeição, e não-conformidade de frascos.

A Fiocruz já sofre com um atraso para envasar as doses da AstraZeneca. A entrega das primeiras doses ao Ministério da Saúde era prevista para fevereiro, mas a demora na chegada do IFA adiou o plano para março. Para manter o comprometimento com o Ministério da Saúde, a fundação viabilizou a importação da Índia de 12 milhões de doses prontas, das quais 4 milhões já foram entregues ao ministério.

Zuma garante que há grande chance do imunizante passar por ajustes e que as pessoas terão que tomar mais um reforço por conta das variantes que se espalham no mundo, com destaque a P1 identificada em Manaus. “É normal e muito possível que a vacina terá que ser ajustada no futuro. Mas a vantagem dessa vacina é que você faz com relativa rapidez através do sequenciamento da mutação. Isso vai propiciar a atualização da vacina muito rápido, mas é preciso investigar mais profundamente”, acrescentou.

 Com sua campanha de vacinação atrasada devido a problemas na logística da indústria farmacêutica, o governo da Itália vai reunir empresas do setor para discutir a possibilidade de produzir imunizantes anti-Covid no país.

A notícia chega após a AstraZeneca ter entregado na semana passada uma quantidade de doses da vacina de Oxford 10% menor do que o previsto no cronograma. Antes disso, Pfizer e Moderna, além da própria AZ, já haviam registrado atrasos na distribuição.

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Em entrevista à ANSA, Massimo Scaccabarozzi, presidente da associação Farmindustria, que reúne as indústrias farmacêuticas na Itália, disse nesta segunda-feira (22) que as empresas já foram contatadas pelo ministro do Desenvolvimento Econômico, Giancarlo Giorgetti, do partido de ultradireita Liga.

Segundo Scaccabarozzi, o objetivo do contato foi discutir a "possibilidade de produzir vacinas anti-Covid na Itália". "Agora estamos fazendo uma avaliação entre as empresas associadas para ver quem tem máquinas adequadas para eventualmente participar da produção", afirmou o presidente da Farmindustria, que se reunirá com Giorgetti na quinta-feira (25).

De acordo com ele, no entanto, seriam necessários de quatro a seis meses para o início da fabricação das vacinas. A União Europeia já anunciou que pretende facilitar o licenciamento para permitir a produção por outras empresas das fórmulas já aprovadas no bloco.

Até o momento, estão em circulação na UE os imunizantes da AstraZeneca, Pfizer e Moderna, mas as três empresas apresentaram problemas na produção e no cumprimento do cronograma de entregas.

Em cerca de dois meses de campanha de vacinação contra a Covid-19, a Itália já aplicou 3,5 milhões de doses, sendo que 1,33 milhão de pessoas já receberam as duas necessárias, o equivalente a pouco mais de 2% da população nacional. 

Da Ansa

Após ser eliminado com 98,76% e bater o recorde de rejeição do Big Brother Brasil, parece que o humorista está pronto para voltar ao trabalho - e, talvez, fazer um pouco de piada consigo mesmo.

Através de seu Instagram, o rapaz anunciou que já está voltando a gravar vídeos de humor, inclusive com piadas sobre sua participação no programa e sobre os participantes que ainda estão confinados:

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"Galera… Vai dar tudo certo! Já estou elaborando as piadas que eu vou fazer sobre a minha participação no BBB. Vou fazer a cobertura do restante do programa, como de costume, e depois o Inter que me aguarde [risos]. O negócio é trabalhar. Não tem jeito".

O internautas, no entanto, não parecem ter grandes expectativas para o retorno do humorista.

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A corrida global por componentes eletrônicos, cuja escassez vem parando fábricas em todo o mundo, chegou à indústria brasileira provocando desde atrasos de produção a paralisações completas de linhas. Na indústria de automóveis, a Honda já havia parado na semana anterior ao carnaval a fábrica de Sumaré (SP) e voltará a interromper a produção nos dez primeiros dias de março. A montadora ficou sem circuitos eletrônicos para produzir o compacto Fit e os sedãs Civic e City.

Como a eletrônica é necessária em quase todas as partes de um veículo, dos painéis de instrumentos e dispositivos de mídia aos sistemas de frenagem, itens como sensores, microprocessadores e semicondutores são hoje essenciais ao setor.

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Em linhas mais flexíveis, a saída tem sido manter as fábricas ocupadas com os modelos sem problemas de componentes, adiando aqueles em que não há material suficiente para concluir a montagem. Isso tem, por enquanto, evitado paradas mais prolongadas, mas não atrasos que geram falta de carros nas concessionárias e dificuldade de recomposição de estoques, atualmente em níveis historicamente baixos.

Nas fábricas de eletrônicos, como notebooks, TVs e celulares, os componentes eletrônicos importados da Ásia entraram em janeiro no rol de insumos com maior dificuldade de abastecimento. Na lista, ficam atrás apenas de papelão, materiais plásticos e cobre, segundo sondagem feita com associados pela Abinee, entidade que representa o setor.

De acordo com Wilson Périco, presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), embora não exista registro até agora de interrupção de atividades, parte das empresas do polo de Manaus, onde está concentrada a produção nacional de eletroeletrônicos, motos e bicicletas, vem relatando falta de peças.

Os fornecedores de chips, em sua maioria asiáticos, não estão dando conta da dupla demanda: a da indústria em geral e a das fábricas de eletrônicos, que viram a demanda por seus equipamentos em meio à pandemia de covid-19.

Todos os maiores grupos automotivos do mundo - como General Motors, Stellantis (dona da Fiat, da Chrysler e da Peugeot), Ford, Volkswagen e Renault - já anunciaram ajustes de produção ou fechamento temporário de fábricas nos Estados Unidos, no México e na Europa por falta de peças.

No Brasil, não será surpresa se a decisão da Honda fizer um movimento parecido. Além dos componentes eletrônicos, o setor tenta contornar a insuficiência de insumos como aço, peças plásticas e pneus - que ainda deve durar mais seis meses.

Ao confirmar as paradas de produção em Sumaré em duas etapas, a Honda afirma que está adotando todas as medidas possíveis para minimizar os impactos provocados pelo desequilíbrio entre oferta e demanda de semicondutores, bem como qualquer inconveniente para o consumidor final.

A Mercedes-Benz, que produz caminhões e chassis de ônibus no ABC paulista, diz que um fornecedor de microprocessadores vem encontrando dificuldades de abastecimento. O estoque baixo de peças importadas obrigou a Mercedes a adiar em três semanas uma jornada extra de produção marcada para o mês passado.

Fornecedores

Segundo Besaliel Botelho, presidente da Bosch, grupo que fornece dispositivos eletrônicos para as montadoras, a falta de componentes se tornou um dos grandes desafios da indústria automotiva global, com reflexos agora no Brasil. Já a Continental informou que criou uma força-tarefa para dar respostas rápidas, monitorar gargalos de fornecimento e atualizar clientes sobre os prazos de entrega e eventuais necessidades de ajustes nos volumes de produção.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Brasil tem hoje quatro fábricas de veículos à venda, cujos fechamentos foram anunciados em dezembro e janeiro. Uma é da Mercedes-Benz, que produzia carros de luxo em Iracemápolis (SP), e três da Ford na Bahia, Ceará e São Paulo.

A planta da Mercedes é a mais nova delas. Inaugurada em 2016, é compacta e bem equipada e, ao lado, tem uma moderna pista de testes. O grupo informa que segue em busca de alternativas e que é primordial garantir um futuro para a fábrica. A venda é uma alternativa.

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O complexo da Ford em Camaçari abriga, junto à fábrica de carros, vários fornecedores de peças que eram conectados à linha de montagem. A intenção do grupo é vender as instalações para uma empresa que mantenha a produção de veículos. Esse também era objetivo para a planta do ABC paulista, fechada em 2019. Mas, sem conseguir um comprador do setor automotivo, a área foi vendida para uma construtora e um grupo de investidores. Está sendo preparada para ser um dos maiores centros logísticos do País.

O governo da Bahia já falou com embaixadores da Coreia do Sul, da Índia e do Japão para pedir ajuda na busca de interessados nesses países.

Para a área da filial de motores, em Taubaté, o desejo também é que fique com empresa automobilística, mas as chances são ainda menores do que na Bahia. A prefeitura local informa que, com o governo federal, mantém conversas com um interessado. O governo do Estado estaria falando com dois grupos, mas nomes e setores de atuação não foram revelados.

Orgulho

O prefeito de Horizonte (CE), Manoel Gomes de Farias Neto, conhecido como Nezinho, também torce por um comprador que dê continuidade à produção da Troller que, segundo ele, "é um orgulho para a cidade, gera bons empregos, renda e arrecadação". A fábrica responde por 4% da arrecadação do município de 72 mil habitantes.

Nesse caso, a Ford pretende vender todo o negócio, ou seja, o comprador terá direito a produzir o jipe T4. Nezinho está em seu quarto mandato e conta que, em sua primeira gestão, doou um pequeno terreno para início da operação da Troller. Horizonte tem 28 indústrias, a maior delas a Vulcabrás, que gera cerca de 10 mil empregos, diz. "Trabalhamos para que a Troller permaneça ativa pois é uma marca cearense, horizontina, é um pedacinho do nosso terrão", diz Nezinho, de 61 anos.

Analistas do setor veem poucas chances de as fábricas serem adquiridas por grupos automotivos em razão da alta ociosidade em que a indústria automotiva no Brasil e no mundo. O País tem capacidade para produzir de 4,5 milhões a 4,7 milhões de veículos, já descontados números da Ford. O maior volume registrado até agora foi de 3,7 milhões em 2013; neste ano, a projeção é de 2,5 milhões. A indústria mundial produziu 91 milhões de veículos em 2019 e, no ano passado, 76 milhões. 

O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) iniciou nesta quarta-feira (10) o descongelamento do ingrediente farmacêutico ativo (IFA) que chegou ao Brasil no sábado. Desde o desembarque, o insumo passou por checagens de controle de qualidade.

Os 88 litros de IFA foram transportados a uma temperatura de -55 graus Celsius (ºC) e serão usados para a produção de 2,8 milhões de doses da vacina desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca e pela Universidade de Oxford, parceiros da Fiocruz na fabricação por meio de um acordo de transferência de tecnologia. Entenda o que é o IFA.

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Na próxima sexta-feira, terá início a formulação das doses, quando o IFA é diluído e misturado a estabilizadores, responsáveis por garantir que o insumo mantenha seu poder de ação na rede de frios do Sistema Único de Saúde.

Em seguida, ocorre o envase das doses em frascos esterilizados, que são lacrados em um processo chamado de recravação. A partir daí, um equipamento é usado para inspecionar cada frasco e identificar possíveis danos e rachaduras, o que ocorre antes das doses serem rotuladas, momento em que recebem informações como a identificação do lote e a data de validade.

O primeiro lote e vacinas contra covid-19 produzido pela Fiocruz será embalado e passará, então, por um rígido controle de qualidade. A previsão da fundação é que apenas no dia 18 de fevereiro as vacinas serão liberadas para aprovação da Anvisa. 

Depois de todo esse processo, o Programa Nacional de Imunizações receberá o primeiro milhão de doses até 19 de março. Conheça a previsão de vacinas já contratadas pelo Brasil.

 

A Pfizer retomou a fabricação da vacina contra a covid-19, desenvolvida em parceria com a BioNTech, em sua fábrica na Bélgica, após reduzir temporariamente a produção para atualizar as linhas de produção.

De acordo com uma porta-voz da Pfizer, as mudanças na fábrica foram finalizadas e, durante a semana de 25 de janeiro, a empresa retomou seu cronograma original de entrega de doses à União Europeia.

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A farmacêutica também planeja aumentar as entregas na próxima semana para cumprir suas obrigações contratuais para o primeiro trimestre do ano, de acordo com a porta-voz.

As modificações da empresa em meados de janeiro pegaram os governos da UE de surpresa, pois resultaram em um atraso nas remessas de vacinas. Fonte: Dow Jones Newswires

O Instituto Butantan começou a produzir 8,6 milhões de novas doses da vacina Coronavac neste sábado, 6. Os imunizantes estão sendo fabricados a partir dos insumos que chegaram da China na noite de quarta-feira, 3. O órgão de pesquisa desenvolve a vacina contra o novo coronavírus em parceria com o laboratório chinês Sinovac.

Os 5.400 litros de matéria-prima passarão por envase, rotulagem, embalagem e processo de inspeção para controle da qualidade das ampolas. A previsão é de que as novas doses comecem a ser liberadas para imunização dos brasileiros a partir de 23 de fevereiro.

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A chegada da matéria-prima, na quarta-feira, encerra, por enquanto, os problemas enfrentados para a importação do material. A carga atrasou e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) chegou a pedir atuação do governo federal, por meio do Ministério das Relações Exteriores, para ver a importação ser bem sucedida.

A vacina vem sendo envasada após o recebimento do insumo farmacêutico ativo (IFA), importado da China. Na próxima quarta-feira, 10, o instituto deverá receber mais 5.600 litros da matéria-prima. Eles correspondem a mais 8,7 milhões de doses. A liberação de outros 8 mil litros está em negociação com a farmacêutica chinesa. Uma nova fábrica está sendo construída para a produção completa da vacina pelo Butantan, que deve iniciar a fabricação em escala a partir de janeiro.

A Coronavac é hoje a mais amplamente disponível no País. A produção da vacina foi comprada pelo Ministério da Saúde e está sendo distribuída aos Estados. Até o dia 31 de janeiro já haviam sido entregues 8,7 milhões de vacinas. O contrato com o governo federal prevê a entrega de 46 milhões de doses, além da promessa de aquisição de mais 54 milhões.

A Rússia quer aumentar a produção de sua vacina Sputnik V no exterior, informou nesta quarta-feira (3) o porta-voz do Kremlin, um dia depois de a revista científica The Lancet publicar que a eficácia do fármaco é de quase 92%.

"Em um futuro muito próximo queremos começar a produzir em outros países para responder a demanda crescente de mais e mais países", disse Dmitri Peskov.

A vacina russa há muito é tratada com suspeita em face da falta de dados científicos públicos.

No entanto, a Sputnik V já foi aprovada em mais de 15 países: em vizinhos ex-soviéticos como Belarus e Armênia, em aliados como Venezuela e Irã, mas também na Argentina, Argélia, Tunísia e Paquistão. Na terça-feira, as autoridades mexicanas aprovaram o uso da vacina russa.

Em vez de exportar, Moscou quer desenvolver parcerias de produção. No momento, Cazaquistão, Índia, Coreia do Sul e Brasil produzem a Sputnik V. Mas nem todos a utilizam ainda.

A Rússia também iniciou o processo de aprovação junto à Agência Europeia de Medicamentos (EMA). A chanceler alemã, Angela Merkel, disse estar aberta, condicionalmente, à ideia de usá-la na Europa.

A Sputnik V é uma vacina de vetor viral em duas injeções, mas terá uma versão "light", de uma só dose.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e integrantes da Vigilância Sanitária do Distrito Federal inspecionaram nesta quarta-feira (27), em Brasília, a fábrica da União Química, empresa que firmou parceria para a produção da vacina russa Sputnik V.

De acordo com a Anvisa, a União Química ainda não começou a produzir insumos farmacêuticos ativos em escala industrial para uso humano. A atividade da fábrica tem sido voltada para a fabricação de “lotes de desenvolvimento”.

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Tais lotes fazem parte do processo de transferência tecnológica entre o desenvolvedor da vacina, o Instituto Gamaleya, na Rússia, e a União Química. Este é o processo por meio do qual uma tecnologia criada em outro país pode ser usada por um laboratório daqui.

Segundo nota divulgada pela Anvisa, a União Química ainda não concluiu o processo de transferência tecnológica.

Esse tipo de acordo foi celebrado também entre a farmacêutica chinesa Sinovac e o Instituto Butantan, para produção da vacina CoronaVac, e pelo consórcio Universidade de Oxford e AstraZeneca e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

No comunicado, a Anvisa esclareceu que o objetivo foi averiguar a situação da produção e das instalações implantadas pela União Química, mas a inspeção não cumpre o papel de avaliação de boas práticas de fabricação, que faz parte da análise de um pedido de autorização emergencial.

Os responsáveis pela vacina têm se reunido com a Anvisa para discutir os procedimentos e requisitos para a solicitação de uso emergencial. A agência já informou que faltam documentos para dar andamento à análise.

Nesta semana, a agência reguladora informou ao Supremo Tribunal Federal que, por causa da “insuficiência e a incompletude de dados relevantes à análise do pleito”, a solicitação está inviabilizada neste momento, uma vez que foi constatada a “inadmissibilidade dos documentos apresentados pelo interessado”.

CoronaVac

Tambémhoje, a Anvisa emitiu um alerta sobre a aplicação da CoronaVac. O segundo lote da vacina, com previsão de 4,8 milhões de doses, é distribuído em frascos de 5 ml com 10 doses. Assim, a agência chama a atenção para a importância dos profissionais observarem a quantidade para aplicar a dose exata.

A Anvisa destacou ainda a importância do cuidado com o tempo de validade de cada frasco, de 8 horas. Assim, uma vez que um recipiente for aberto para ministrar a primeira dose, o restante deve ser aplicado dentro desse período.

A agência também reforçou a necessidade de assegurar o armazenamento conforme as temperaturas definidas, de 2ºC a 8ºC.

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